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I
MINISTRIO DA EDUCAO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Escola de Engenharia
Programa de Ps-Graduao em Engenharia de Minas, Metalrgica e dos Materiais
PPGEM
ESTUDO DO PROCESSO DE ESTAMPAGEM INCREMENTAL EM CHAPA DE
ALUMNIO PURO
Anderson Daleffe
Dissertao para obteno do ttulo de Mestre em Engenharia
Porto Alegre
2008
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Livros Grtis
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Milhares de livros grtis para download.
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II
MINISTRIO DA EDUCAO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Escola de Engenharia
Programa de Ps-Graduao em Engenharia de Minas, Metalrgica e dos Materiais
PPGEM
ESTUDO DO PROCESSO DE ESTAMPAGEM INCREMENTAL EM CHAPA DE
ALUMNIO PURO
Anderson Daleffe
Dissertao para obteno do ttulo de Mestre em Engenharia
Trabalho realizado no Centro de Tecnologia da Escola de Engenharia da UFRGS, dentro
do Programa de Ps Graduao em Engenharia de Minas, Metalrgica e de Materiais
PPGEM, como parte dos requisitos para a obteno do ttulo de Mestre em Engenharia.
rea de Concentrao: Processos de Fabricao
Porto Alegre
2008
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III
Esta Dissertao foi julgada adequada para obteno do ttulo de Mestre em
Engenharia, rea de concentrao Processos de Fabricao e aprovada em sua forma final,
pelo Orientador e pela Banca Examinadora do Curso de Ps-Graduao.
Orientador: Prof. Dr. Lrio Schaeffer
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Alexandre Rocha (PPGEM/UFRGS)
Prof. Dr. Eng. Alberto Moreira Guerreiro Brito (Escola de Engenharia/UFRGS)
Prof. Dr. Eng. Andr Felippe Vieira da Cunha (POSMEC/UFSC)
Prof. Dr. Carlos Prez Bergmann
Coordenador do PPGEM
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IV
Dedico a Andreza e Gilmar pela pacincia, apoio e motivao.
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V
AGRADECIMENTOS
A todos que colaboraram direta ou indiretamente na elaborao deste Trabalho, o
meu reconhecimento. Ao Professor Dr. Lrio Schaeffer, pelo estmulo, dedicao e ateno;
ao LdTM e Faculdade SATC pelo apoio logstico e tecnolgico; ao CNPq pelo apoio ao
projeto de estampagem incremental no Laboratrio de Transformao Mecnica
LdTM/UFRGS.
E ao colega Jovani Castelan pelo apoio tcnico, pelas sugestes e observaes
valiosas.
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VI
SUMRIO
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................... IX
LISTA DE TABELAS .............................................................................................................. XI
LISTA DE ABREVIATURAS ............................................................................................... XII
LISTA DE SMBOLOS E UNIDADES ................................................................................ XIII
RESUMO ............................................................................................................................... XIV
ABSTRACT ............................................................................................................................ XV
OBJETIVOS .......................................................................................................................... XVI
1 INTRODUO ..................................................................................................................... 17
2 REVISO BIBLIOGRFICA .............................................................................................. 19
2.1 Estampagem ................................................................................................................... 19
2.2 Processo de Estampagem .......................................................................................... 20
2.2.1. Processo de Embutimento ..................................................................................... 20
2.2.2 Processo de Estiramento ......................................................................................... 21
2.3 Histrico da Estampagem Incremental .......................................................................... 22
2.3.1 Mquinas para Estampagem Incremental ............................................................... 22
2.3.2 Robs Manipulando Ferramentas para Estampagem Incremental ......................... 23
2.3.3 Modelo de Ferramentas Usadas na Estampagem com Robs ................................ 24
2.3.4 Rob ....................................................................................................................... 25
2.4 Mquina Dedicada a Estampagem Incremental ............................................................. 26
2.5 Descrio do Processo de Estampagem Incremental ..................................................... 28
2.5.1 Ferramentas de Estampagem Incremental .............................................................. 30
2.5.2 Lubrificao ............................................................................................................ 31
2.5.2.1 Tipos de lubrificantes .......................................................................................... 32
2.5.3 Profundidade da Estampagem Incremental ............................................................ 32
2.5.4 Pontos Crticos ....................................................................................................... 33
2. 5.5 Caractersticas do Acabamento da Superfcie Estampada .................................... 34
2.5.6 Parmetros Importantes .......................................................................................... 35
2.5.7 Aplicaes Industriais ............................................................................................ 35
2.5.8 Geometria de Pea Estampagem Incremental ........................................................ 38
2.5.9 Vantagens do Processo ........................................................................................... 39
-
VII
2.6 Estampagem Incremental com Ponto Simples (SPIF) ................................................... 39
2.7 Limites de Geometria ..................................................................................................... 40
2.8 Limites do Material ........................................................................................................ 41
2.8.1 Ensaio de Trao .................................................................................................... 43
2.9 Desenvolvimento do Dispositivo para Estampagem Incremental ................................. 45
3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ............................................................................. 46
3.1 Experimento Preliminar ................................................................................................. 46
3.1.1 Mquina Utilizada para Estampagem Incremental ................................................ 46
3.1.2 Dispositivo Prensa Chapas ..................................................................................... 48
3.1.3 Ferramenta de Estampagem ................................................................................... 48
3.1.4 Fixao do Dispositivo Prensa Chapas no Centro de Usinagem CNC .................. 49
3.1.5 Fixao da Chapa no Dispositivo Prensa Chapas .................................................. 50
3.2 Ensaios Realizados ......................................................................................................... 50
3.2.1 Projeto da Pea a ser Estampada ............................................................................ 51
3.2.2 Resultado do Ensaio Preliminar ............................................................................. 52
3.3 Parmetros de Estampagem Coletados .......................................................................... 53
3.3.1 Velocidade de Estampagem ................................................................................... 54
3.3.2 Profundidade de Estampagem no Eixo Z ............................................................... 54
3.3.3 Rotao da Ferramenta de Estampagem Incremental ............................................ 54
3.3.4 Aquecimento da Ferramenta e da Chapa de Alumnio ........................................... 54
3.3.5 Lubrificante Utilizado na Estampagem .................................................................. 55
3.3.6 Excentricidade da Ferramenta ................................................................................ 55
3.3.7 Rugosidade Superficial da Chapa de Alumnio ..................................................... 56
4 CARACTERIZAO DA CHAPA DE ALUMNIO .......................................................... 58
4.1 Determinao das Propriedades Mecnicas da Chapa de Alumnio .............................. 58
4.2 Definio das Caractersticas Mecnicas ....................................................................... 58
4.3 Tenso de Escoamento ................................................................................................... 60
4.4 Ensaio Metalogrfico ..................................................................................................... 61
4.5 Anlise Qumica ............................................................................................................. 62
5 ANLISE DOS ENSAIOS .................................................................................................... 63
5.1 Testes de Estampagem ................................................................................................... 63
5.1.1 Teste de Estampagem N1 ...................................................................................... 63
5.1.2 Teste Estampagem N2 ........................................................................................... 64
-
VIII
5.1.3 Teste de Estampagem N3 ...................................................................................... 65
5.1.4 Teste de Estampagem N4 ...................................................................................... 66
5.1.5 Teste de Estampagem N5 ...................................................................................... 66
5.1.6 Teste de Estampagem N6 ...................................................................................... 67
5.1.7 Teste de Estampagem N7 ...................................................................................... 67
5.1.8 Teste de Estampagem N8 ...................................................................................... 68
5.1.9 Teste de Estampagem N9 ...................................................................................... 68
6 ANLIZE DE RESULTADOS E DISCURSES ................................................................ 70
6.1 Anlise das Propriedades Mecnicas ............................................................................. 71
6.2 Medio e Clculo da Deformao Atravs da Visioplasticidade ................................. 72
6.3 Clculo do ndice de Anisotropia ................................................................................... 76
6.4 Anlise dos Testes de Estampagem Mudando o Dimetro das Ferramentas ................. 77
6.5 Comparao dos Testes Atravs das Fotos .................................................................... 78
7 CONCLUSO ....................................................................................................................... 82
8 CONSIDERAES FINAIS SOBRE ESTAMPAGEM INCREMENTAL......................... 83
9 SUGESTES ......................................................................................................................... 85
10 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................. 86
ANEXO 1: DISPOSITIVO PARA USINAGEM DE CORPO DE PROVA ........................... 92
ANEXO 2: FOTOS DAS FERRAMENTAS USADAS NOS TESTES PRTICOS .............. 94
ANEXO 3: PROJETO DO DISPOSITIVO PRENSA CHAPAS ............................................. 96
ANEXO 4: FERRAMENTAS MONTADAS NA MQUINA CNC ...................................... 99
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IX
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Estampagem combinada, embutimento 1, estiramento 2 . ....................................... 21
Figura 2: Operao de estiramento por trao . ....................................................................... 22
Figura 3: Dispositivo de estampagem para robtica . .............................................................. 24
Figura 4: Ferramentas de estampagem utilizadas na robtica . ............................................... 24
Figura 5: Rob usado na estampagem incremental . ............................................................... 25
Figura 6: Chapa girando durante o processo ........................................................................... 26
Figura 7: Mquina dedicada a estampagem incremental . ....................................................... 27
Figura 8: Esquema de fixao da chapa . ................................................................................. 28
Figura 9: Estampagem de geometrias complexas . .................................................................. 29
Figura 10: Estampagem livre, sem ponto de apoio . ................................................................ 29
Figura 11: Ferramentas para atuao no eixo Z, com dimetros diferentes . .......................... 30
Figura 12: Exemplo de possveis ferramentas . ....................................................................... 30
Figura 13: Ferramenta no processo de estampagem . .............................................................. 31
Figura 14: Ferramenta utilizando como lubrificante graxa convencional . ............................. 31
Figura 15: Profundidade do puno de estampagem . ............................................................. 33
Figura 16: Ruptura da chapa durante o processo de estampagem . ......................................... 34
Figura 17: Aplicaes mdicas da ISF . .................................................................................. 36
Figura 18: Exemplo de estampagem . ...................................................................................... 36
Figura 19: Exemplo de estampagem . ...................................................................................... 37
Figura 20: Painel decorativo, produzido atravs da tcnologia ISF . ...................................... 37
Figura 21: Tipos de peas . ...................................................................................................... 38
Figura 22: Descrio do caminho da ferramenta . ................................................................... 39
Figura 23: Estampagem incremental com ponto simples . ...................................................... 40
Figura 24: Lei dos senos equao 2.1 . .................................................................................... 41
Figura 25: Curvas tenso x deformao do alumnio . ............................................................ 42
Figura 26: Curva tenso deformao de engenharia . ........................................................... 44
Figura 27: Idealizao inicial do dispositivo prensa-chapas ................................................... 45
Figura 28: Centro de usinagem discovery modelo 4022, romi com comando MACH9. ........ 46
Figura 29: Dispositivo prensa chapas. ..................................................................................... 48
Figura 30: Ferramenta de estampagem incremental. ............................................................... 48
-
X
Figura 31: Ferramenta presa no mandril. ................................................................................. 49
Figura 32: Montagem do prensa chapas na mquina CNC. .................................................... 49
Figura 33: Chapa sendo presa no dispositivo prensa chapas. .................................................. 50
Figura 34: Projeto da pea a ser estampada. ............................................................................ 51
Figura 35: Fotos da pea j estampada vista superior. ............................................................ 52
Figura 36: Fotos da pea j estampada vista inferior. .............................................................. 52
Figura 37: Medio da chapa conformada. .............................................................................. 53
Figura 38: Coleta da temperatura durante o processo de estampagem incremental. ............... 55
Figura 39: Aplicao de lubrificante no processo de estampagem incremental. ..................... 55
Figura 40: Medio da excentricidade da ferramenta. ............................................................. 56
Figura 41: Medio da rugosidade da chapa a ser estampada. ................................................ 56
Figura 42: Desenho do corpo de prova. ................................................................................... 59
Figura 43: Corpo de prova usinado. ......................................................................................... 59
Figura 44: Curva tenso de engenharia pela deformao ........................................................ 60
Figura 45: Curva de escoamento do alumnio puro (99,33% Al). ........................................... 61
Figura 46: Anlise metalogrfica do alumnio laminado. ........................................................ 61
Figura 47: Ferramenta de estampagem incremental. ............................................................... 64
Figura 48: Nova ferramenta utilizada no ensaio. ..................................................................... 64
Figura 49: Foto do teste de N8. .............................................................................................. 71
Figura 50: Grade de crculos feita atravs da tcnica de silk-screen (serigrafia). ................... 72
Figura 51: Mtodo de medio dos crculos. ........................................................................... 73
Figura 52: Medio realizada nos crculos. ............................................................................. 74
Figura 53: Tipos de deformao de chapas metlicas. ........................................................... 74
Figura 54: Grfico de rugosidade em funo dos dimetros das ferramentas. ........................ 78
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XI
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Dados tcnicos do centro de usinagem CNC Fanuc MSC-521 .............................. 23
Tabela 2: Caractersticas do centro de usinagem discovery 4022. .......................................... 47
Tabela 3: Caractersticas da mquina CNC. ............................................................................ 47
Tabela 4: Analise da inclinao do ngulo de parede da pea estampada. .............................. 70
Tabela 5: Valores de rugosidade de acordo com os dimetros da ferramenta. ........................ 77
Tabela 6: Fotos dos ensaios. .................................................................................................... 78
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XII
LISTA DE ABREVIATURAS
ISF Incremental Sheet Forming
CNC Comando Numrico Computadorizado
SATC Associao Beneficente da Indstria Carbonfera de Santa Catarina
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
IST Instituto Superior Tcnico de Lisboa
CLC Curva Limite de Conformao
RPM Rotaes Por Minuto
ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnica
3D Trs dimenses
CAD Computer Aided Design
CAM Computer Aided Manufacturing
SPIF Single Point Incremental Forming
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XIII
LISTA DE SMBOLOS E UNIDADES
[] ngulo de parede de chapa na estampagem.
E
[N/mm2] Mdulo de elasticidade.
90450 ,, RRR ndice de anisotropia segundo a direo da laminao.
Deformao verdadeira.
[N/mm2] Tenso de escoamento convencional.
xyz ,,
[N/mm2] Tenses nas direes z, y e x.
eq
[N/mm2] Tenso equivalente.
kf [N/mm2] Tenso de escoamento em funo da deformao.
l [mm] Alongamento do corpo de prova no ensaio de trao.
l
[mm] Variao do comprimento.
0l [mm] Comprimento inicial do corpo de prova.
1l [mm] Dimenso final do corpo de prova, na direo do estiramento.
2l [mm] Dimenso final do corpo de prova, transversal ao estiramento.
pa [mm] Passo vertical.
321 ,,
Deformaes principais.
Fx, Fy, Fz [N] Fora de conformao em cada eixo ortogonal.
0S [mm2] rea inicial da seo da chapa.
1S [mm2] rea final da seo da chapa.
0d [mm] Dimetro inicial do crculo de visioplasticidade.
a
[mm] Dimetro final transversal do crculo de visioplasticidade.
b [mm] Dimetro final longitudinal do crculo de visioplasticidade.
Rz [ m] Rugosidade mdia.
t [mm] Espessura da chapa.
t0 [mm] Espessura inicial da chapa.
t1 [mm] Espessura final da chapa.
[mm] Dimetro da ferramenta.
e [%] Deformao especfica residual convencional.
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XIV
RESUMO
O presente trabalho estuda o processo de estampagem incremental em chapas de
alumnio puro, descrevendo as ferramentas e um suporte prensa chapas. Estuda e pesquisa
bibliograficamente e experimentalmente o processo de estampagem incremental.
O trabalho apresenta os procedimentos de caracterizao utilizados para determinar
os limites do processo, aplicveis para chapas de 0,5 mm de espessura em alumnio puro. A
caracterizao da chapa, juntamente com o ensaio mecnico de trao e os testes prticos de
estampagem fornecero um panorama da estampagem incremental, para algumas situaes
diversas sobre o tema. Para a execuo dos testes prticos foi fabricado um dispositivo prensa
chapas e um puno, matriz incremental e ferramenta de estampagem incremental, tambm
foram feitas adaptaes na mquina CNC, centro de usinagem CNC com trs eixos.
Palavras-chave: Ferramenta de Estampagem Incremental, Matriz Incremental,
Estampagem Incremental.
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XV
ABSTRACT
This paper studies the process of incremental sheet forming, in plates the aluminum
pure, describing the tools and support a press plates. Studies and literature search and
experimentally the process of stamping incremental.
The work presents the characterization of procedures used to determine the limits of
the process, applicable to plates of 0.5 mm thick pure aluminum. The characterization of the
plate, along with mechanical traction test and practical tests of printing provide an overview
of incremental printing, for some different situations on the subject. For the practical
implementation of the tests was a device manufactured press plates and a puncture, matrix
and incremental tool for stamping incremental, were also made adjustments in the CNC
machine, CNC machining center with three axles.
Keywords: incremental sheet forming tool, incremental die, CNC device.
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XVI
OBJETIVOS
Geral:
Estudar o processo de estampagem incremental e realizar testes prticos de
estampagem na chapa de alumnio puro. Projetar e usinar o dispositivo para prender a chapa
de alumnio de 0.5 mm de espessura, para a realizao da estampagem.
Especfico:
Produzir peas em carter experimental;
Obter produtos atravs da estampagem incremental, variando formas geomtricas;
Definir os limites de estampabilidade de chapas de alumnio puro de 0,5 mm de
espessura;
Realizar os procedimentos necessrios caracterizao do material: anlise
qumica, anlise metalogrfica, ensaios de trao e exame de visioplasticidade
para verificao do ndice de anisotropia.
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17
1 INTRODUO
A indstria metal-mecnica atual possui uma ampla diversidade de produtos, se
analisarmos em nossa volta praticamente todos os produtos industrializados utilizam ao em
sua composio ou em seu processo de industrializao.
A produo de produtos metlicos utilizando chapas muito ampla e diversificada,
dispondo de vrios processos produtivos, dentre eles o mais utilizado atualmente a
estampagem, que basicamente realizada atravs de uma matriz e um puno acionado pela
fora da prensa dando o formato desejado a chapa plana. Os produtos so manufaturados
atravs de processos industriais que viso uma produo maior com custo menor, tendo essa
viso, o presente trabalho estuda o processo de estampagem incremental em chapa de
alumnio puro.
Esse processo inovador e muito pouco aplicado industrialmente, mas a estampagem
incremental pode ser aplicada industrialmente em escala de produo, na construo de
tanques, carcaas de proteo de equipamentos eletromecnicos e silos de armazenamento.
H ainda outras aplicaes importantes, como a indstria mdica, para a confeco de
prteses, indstria automobilstica, indstria naval, utenslios domsticos, latas para a
embalagem de alimentos e outros produtos industrializados.
A Estampagem Incremental de Chapas ISF: Incremental Sheet forming uma
tecnologia inovadora, que teve incio no Japo, consiste na conformao de chapa sem o uso
de puno e matriz convencionais, conforme os processos tradicionais de estampagem de
chapa [1].
O processo consiste na estampagem de chapas de metal de forma relativamente
rpida e com razovel preciso a partir de arquivos de CAD em 3D, a trajetria da ferramenta
gerada por uma tecnologia CAM e controlada por programa CNC, que vai formando aos
poucos a pea, atravs de pequenas deformaes [2,3].
Utiliza uma ferramenta semi-esfrica, que pode ser aplicada para vrios produtos
com diferentes formatos geomtricos [4]. A chapa e presa sobre um dispositivo desenvolvido
para a tecnologia ISF. A mquina usada para estampagem incremental pode ser um centro de
usinagem CNC adaptado, um rob tambm adaptado ou mquinas desenvolvidas
especialmente para a ISF [5].
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18
As tendncias mundiais indicam um crescente interesse por parte das indstrias que
trabalham com conformao de chapa, que buscam inovadoras tecnologias reduzindo os
custos e aumentando a produo. A estampagem incremental um conceito em estudo que
pelo fato de no utilizar as ferramentas de estampagem tradicionais reduz consideravelmente
os custos com ferramental [6].
O trabalho tem como objetivo principal estudar o processo de estampagem
incremental de chapa de alumnio puro com 0,5 mm de espessura. Realizando ensaios de
estampagem incrementa no centro de usinagem CNC, usando um dispositivo prensa chapas e
ferramentas para a realizao dos testes prticos.
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19
2 REVISO BIBLIOGRFICA
Desde 4000 a.C. na Mesopotmia e no Egito que so produzidos produtos
utilizando chapas, produtos estes com formas geomtricas simples. Eram copos de ouro e
prata que foram produzidos atravs do processo de embutimento manual usando martelos de
pedra como ferramentas. Martelos de embutir feitos de ferro e equipados com cabos foram
desenvolvidos e usados a partir de 900 a. C. O desenvolvimento do processo de laminao e a
fabricao das primeiras chapas finas de ao no sculo XVIII possibilitaram uma produo
em srie de peas de chapas. A partir das primeiras prensas e ferramentas de corte e
embutimento profundo no fim do sculo XIX, iniciou-se a fabricao em srie de produtos
estampados [7]. O grande crescimento industrial, principalmente da indstria automobilstica,
impulsionou o uso da tecnologia de estampagem de chapas. Atualmente muitas peas so
fabricadas atravs deste processo, so exemplos:
Autopeas;
Eletrodomsticos;
Talheres;
Embalagens;
Peas de avies;
Peas de navio.
Surgiram tambm muitas maneiras de estampar chapas, com processos diferentes e
com caractersticas individuais de cada processo.
2.1 Estampagem
A estampagem em sua essncia compreende todas as operaes executadas em
prensas, sobre chapas, incluindo operaes de corte e de conformao [8]. O processo de
estampagem geralmente vem depois de um corte ou cisalhamento e conformando a pea de
acordo com a matriz e o puno de estampagem. Um exemplo tpico deste procedimento o
embutimento de recipientes cilndricos, obtidos a partir de discos planos previamente
-
20
recortados. Se as peas necessitarem de um acabamento muito preciso, necessrio, aps o
corte, uma operao posterior, onde realizado o acabamento.
De acordo com a classificao da norma DIN 8580 os processos de estampagem
pertencem a dois grupos principais [7]:
Grupo principal dos processos de conformao;
Grupo principal dos processos de separao.
Ao grupo principal de conformao pertencem todos os processos que alteram a
forma geomtrica da pea sem separar ou adicionar material, como o embutimento profundo,
a dobra e o repuxamento. Ao grupo principal de separao pertencem os processos de corte
como o cisalhamento e o corte fino.
2.2 Processo de Estampagem
Existem muitos processos de estampagem de chapas, todos eles com o mesmo
objetivo que deformar a chapa tornando-a um produto de aplicao industrial, com
dimenses precisas e formas geomtricas bem definidas. Cada processo de estampagem
possui muitos parmetros diferentes e particulares para cada processo. A seguir vamos estudar
alguns destes processos.
2.2.1. Processo de Embutimento
O repuxo ou embutimento uma operao de estampagem onde uma chapa,
inicialmente plana, transformada em um corpo oco sem que haja aparecimento de rugas e
trincas. As ferramentas que permitem a obteno da forma desejada so chamadas de
estampos, constitudos por um puno, uma matriz e um sujeitador chamado de prensa-chapa
e usado para evitar o aparecimento de rugas durante o processo.
Durante a operao de repuxo, o puno obriga a chapa penetrar na matriz movida
pela ao de uma fora denominada de fora de repuxo (FR). O material da chapa flui para
dentro da matriz, configurando gradativamente as paredes laterais da pea [9].
-
21
O processo de embutimento implica simultaneamente em deformaes de trao e
compresso. Neste processo a presso do prensa-chapa regulada de maneira a permitir a
alimentao constante de material para a estampagem.
A presso ajustada deve ser suficiente para impedir o enrugamento do flange, porm,
na maioria dos processos de estampagem, a chapa submetida a uma combinao de esforos
de embutimento e estiramento. Na figura 1 mostram-se as regies com predominncia de
embutimento, estiramento e ambos simultaneamente [10]. No momento em que o puno
desloca-se para dentro da matriz temos a operao numero 1 onde o embutimento predomina,
na operao numero 2 quem predomina o estiramento, tambm encontramos a combinao
das duas operaes 1+2 conforme figura 1.
Figura 1: Estampagem combinada, embutimento 1, estiramento 2 [10].
2.2.2 Processo de Estiramento
Esta operao que consiste na aplicao de foras de trao, de modo a esticar o
material sobre uma ferramenta ou bloco (matriz). Neste processo, o gradiente de tenses
pequeno, o que garante a quase total eliminao do efeito mola [11].
Como predominam tenses trativas, grandes deformaes de estiramento podem ser
aplicadas apenas para materiais muito dcteis. Para estes materiais, almejam-se altos valores
de coeficiente de encruamento [11].
O equipamento de estiramento consiste basicamente de um pisto hidrulico
(usualmente vertical) que movimenta o puno. Duas garras prendem as extremidades da
chapa e na operao no existe uma matriz fmea. As garras podem ser mveis permitindo
que a fora de trao esteja sempre em linha com as bordas da chapa (figura 2). Garras fixas
-
22
devem ser usadas somente para conformao de peas com grandes raios de curvatura,
evitando-se com isto o risco de ruptura da chapa na regio das garras.
Figura 2: Operao de estiramento por trao [11].
O estiramento uma das etapas de operaes complexas de estampagem de chapas
finas. Na conformao de peas como partes de automveis ou de eletrodomsticos, comum
haver componentes de estiramento [11].
O limite de conformao no estiramento pode ser estabelecido pelo fenmeno da
estrico. A estrico a reduo das dimenses da seo transversal, provocada pelas cargas
de trao do processo. No estiramento deve ser evitada estrico localizada, comumente
conhecida por empescoamento.
2.3 Histrico da Estampagem Incremental
A Estampagem Incremental uma tecnologia recente que foi desenvolvida no Japo
com o objetivo de atender algumas necessidades da indstria automobilstica. uma
tecnologia de estampagem a frio sem o uso de matriz e com o auxilio de mquinas CNC ou
Robs. A empresa Aimono Corporation tem comercializado esta tecnologia.
2.3.1 Mquinas para Estampagem Incremental
Segundo Kopac [12], em seus testes de estampagem, as mquinas CNC possuem um
bom rendimento e esto adaptando-se perfeitamente ao processo de Estampagem Incremental.
Ele utilizou para seus testes prticos um Centro de Usinagem Fanuc MSC-521, 3 eixos de
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23
posicionamento com interpolao linear e circular. Estudando a tabela 1 podemos analisar os
dados tcnicos da mquina.
Tabela 1: Dados tcnicos do centro de usinagem CNC Fanuc MSC-521 [12]
Caractersticas Tcnicas Mori Seiki (Centro de usinagem CNC
Fanuc MSC 521)
Movimento Rpido X,Y: 20 m/min
Avano Mximo (mm/min) 5000
Tipo/Classe de cone porta ferramenta BT-40
Nmero de ferramentas no magazine 20
Resoluo de Posicionamento 0.001 mm
2.3.2 Robs Manipulando Ferramentas para Estampagem Incremental
Existem estudos que mostram a aplicao de robs na estampagem incremental. O
processo muito parecido com o empregado nas mquinas CNC, usando praticamente a
mesma estratgia de conformao. O processo comea com o modelo 3D em CAD do
produto, o qual ento fatiado em camadas horizontais no software CAM e transferido para a
linguagem de programao do rob. O procedimento muito similar com outros mtodos de
ISF, exceto que o rob usado em vez de uma mquina CNC ou mquina especial para ISF
[13].
O dispositivo de fixao ou prensa chapas usado no teste neste estudo mostrado na
figura 3. A chapa preza ao suporte a qual se move verticalmente ao longo de quatro guias a
cada canto da mesa. O movimento vertical do suporte causado somente pela gravidade e no
controlado por nenhum dispositivo. O suporte move-se para baixo como procede a
estampagem. Neste equipamento de teste a mxima dimenso de trabalho 200 x 200 mm
[13].
-
24
Projeto da Mesa de Estampagem Mesa de Estampagem
Figura 3: Dispositivo de estampagem para robtica [13].
2.3.3 Modelo de Ferramentas Usadas na Estampagem com Robs
A ferramenta de estampagem (figura 4) fixada ao pulso do rob com um ngulo de
90 para obter a mxima fora na ferramenta e manter os movimentos dos eixos e motores do
rob na mxima faixa de trabalho deles. O teste tem sido feito usando uma ferramenta de ao
hemisfrica endurecida, com dimetro de 10 mm.
Figura 4: Ferramentas de estampagem utilizadas na robtica [13].
-
25
2.3.4 Rob
Segundo Lamminen [13], em seu estudo, a estampagem incremental com Robs,
consiste de um rob industrial com brao (figura 5) e a capacidade de manipulao do rob
de 175 kg, o alcance de 2,55 m. A chapa fixado ao suporte, o qual se move verticalmente ao
longo de quatro guias a cada canto da mesa. O movimento vertical do suporte causado
somente pela gravidade e no controlado por nenhum dispositivo. O suporte move-se para
baixo como procede a estampagem e impulsionada pelo brao do rob no decorrer do
processo.
Os benefcios do rob comparados a estampagem com mquinas fresadoras ou
mquinas ISF so notveis. O rob trs flexibilidade ao processo de fabricao e possibilita a
combinao de vrias fases da fabricao dentro da cadeia da mesma clula de fabricao. A
chapa apanhada e posicionada, o corte com laser e os tratamentos de superfcie podem ser
integrados na mesma clula de fabricao operado por um nico rob industrial [13].
Figura 5: Rob usado na estampagem incremental [13].
-
26
Quando se usam clulas de estampagem integradas, a muitas formas de realizar a
estampagem incremental inclusive a possibilidade de rotacionar a chapa que esta sendo
estampada durante o processo de estampagem (figura 6) [14].
Figura 6: Chapa girando durante o processo [14]
2.4 Mquina Dedicada a Estampagem Incremental
As mquinas CNC so atrativas por causa dos baixos custos de incio de operao,
mas trazem algumas desvantagens: mquinas fresadoras no so geralmente projetadas para
grandes carregamentos no eixo rvore, ento h perigo que a mquina venha a se danificar
durante as operaes de estampagem incremental, mquinas CNC no so geralmente
providas de instrumentao para medir as foras nos trs eixos na ponta da ferramenta e, a
mesa de trabalho da mquina CNC geralmente slida, ento h um limitado acesso ao lado
reverso da pea de trabalho.
Em face disto apresenta a seguir uma mquina especializada, projetada na
Universidade de Cambridge conforme figura7.
-
27
Figura 7: Mquina dedicada a estampagem incremental [13].
As dimenses planares da pea de trabalho foram escolhidas pela comparao com
aproximaes existentes de 300 mm x 300 mm. Trabalhos existentes na literatura [15]
sugerem que os limites de estampagem do processo ocorrem para um ngulo do cone de no
mais que 70 o qual, se aplicado na rea inteira da pea de trabalho, requereriam movimento
no eixo Z de at 400 mm. Entretanto, como altas deformaes para uma mxima fora
horizontal prevista acima, requereriam uma poderosa rvore, o qual iria alm de oramento do
projeto, ento uma especificao de movimento vertical de 100 mm foi selecionada. O ngulo
do cone tambm limita o projeto do eixo vertical para ficar dentro de um ngulo de cone
escolhido a partir de um ponto de contato. Um ngulo de cone mximo de 67,5 foi
especificado para o teste inicial, mas a possibilidade de projetos de novas pontas de
ferramenta quando as medidas de foras precisas foram realizadas, permitiro subseqentes
projetos de estender as ferramentas para ngulos de cone agudos [16].
Trabalhos anteriores sobre estampagem incremental de chapas usando mquinas
fresadoras CNC tm permitido a explorao de vrias velocidades de rotao da ferramenta.
Evidncias de Leach et al. [17] sugerem que a qualidade da superfcie melhor quando as
velocidades de rotao da ferramenta so escolhidas para corresponder com o rolamento da
ferramenta em oposio ao arraste atravs da pea de trabalho. Para a nova mquina, portanto
foi decidido usar uma ferramenta no movimentada ou ferramenta passiva, montada em
rolamentos de baixa frico, ento, no h nenhuma frico significante entre a pea e o lado
da ferramenta que ir conduzir ao movimento relativo de rolamento.
-
28
Pesquisas em trabalhos anteriores mostram que a forma da ferramenta um
importante parmetro em estampagem incremental, deste modo a mquina deve ser projetada
para trocas relativamente simples das pontas da ferramenta.
2.5 Descrio do Processo de Estampagem Incremental
A estampagem incremental um processo de conformao que realizado
progressivamente, mediante a ao de uma ferramenta prpria para o processo. Consiste na
fixao da chapa a ser conformada em um dispositivo (figura 8) que podem utiliza um ou
mais pontos de apoio [18]. O material da chapa deve ter propriedades mecnicas adequadas,
tais como tenacidade e ductilidade, j que deformado plasticamente durante o processo. Ao
ser conformada, a chapa original, que est fixa, tem sua espessura diminuda na regio onde
acontece a conformao, dando assim o formato desejado chapa [19].
Figura 8: Esquema de fixao da chapa [19].
O equipamento utilizado pode ser comandado numericamente, atravs do controle de
movimentos de eixos X, Y e Z. Nessa pesquisa, em particular, ser utilizado um centro de
usinagem vertical, o qual d condies para realizao dos testes iniciais. O dispositivo, no
qual presa a chapa, fixado sobre a mesa do centro de usinagem CNC, onde se tem os
movimentos X e Y. O movimento Z dado por uma ferramenta fixada no eixo rvore, que
atua diretamente sobre a chapa. A conformao se d de forma incremental, j que a chapa
apoiada em um ou mais pontos [20] (dependendo da geometria), atravs da ao de uma
ferramenta contornando este ponto de apoio em pequenos incrementos verticais, at atingir a
-
29
profundidade adequada. Os movimentos incrementais da ferramenta nos eixos X, Y e Z sero
controlados por programas gerados atravs de tecnologia CAD/CAM [6], podemos realizar
testes com geometrias complexas, como pode ser visto na figura 9.
Figura 9: Estampagem de geometrias complexas [21].
A figura 10 mostra o modelo que serviu como base para o desenvolvimento do
dispositivo prensa chapas, a partir dele que se desenvolveu o croqui e as primeiras medidas
de acordo com a geometria do primeiro teste que ser realizado. Tambm foram juntadas
algumas idias no 26 SENAFOR IV Conferncia Nacional de Conformao de Chapas [22].
Figura 10: Estampagem livre, sem ponto de apoio [21] e [23].
-
30
2.5.1 Ferramentas de Estampagem Incremental
A ferramenta fabricada de ao-ferramenta endurecido e a ponta da ferramenta
esfrica. A ferramenta desliza sobre uma superfcie de chapa a ser estampada e causa
estiramento e dobramento da chapa. O dimetro mnimo da ferramenta 6 mm. O dimetro
afeta a qualidade da superfcie e grandes dimetros resultam em superfcies mais lisas bem
como as marcas das ferramentas so menores. A fora de estampagem depende da espessura
da chapa e material. A fora tem que exceder a tenso de escoamento para criar uma
deformao plstica [21]. A ferramenta tem o corpo cilndrico com a ponta esfrica nas
figuras 11, 12 e 13.
Figura 11: Ferramentas para atuao no eixo Z, com dimetros diferentes [21].
Figura 12: Exemplo de possveis ferramentas [21].
-
31
Figura 13: Ferramenta no processo de estampagem [24].
2.5.2 Lubrificao
A lubrificao importante na maioria dos processos de estampagem, bem como na
estampagem incremental (figura 14). Exercendo alguns papis fundamentais como:
Diminuir o atrito;
Reduzir o aquecimento da pea e da ferramenta;
Minimizar o desgaste da ferramenta de estampagem;
Melhorar o acabamento superficial da pea;
Estabelecer uma minimizao da fora de trabalho exercida pela ferramenta.
Figura 14: Ferramenta utilizando como lubrificante graxa convencional [25].
-
32
2.5.2.1 Tipos de lubrificantes
Reagan e Smith [26] discutem diferentes maneiras para a lubrificao, os quais
dependem do tipo de material e a temperatura do ambiente. Os trs lubrificantes tradicionais
so: sebo utilizado na fabricao de velas, sebo misturado com leo e, sabo misturado com
leo. O sebo de velas aplicado diretamente no material, enquanto as outras duas misturas
devem ser preparadas antes de forma manual. Um bom lubrificante permanece na superfcie
da chapa e, aplicado freqentemente em pequenas quantidades.
Um estudo recente realizado por Ismail [27] indica que a lubrificao fator
importante porque influencia a tolerncia, acabamento da superfcie e foras de estampagem.
Esta anlise enfoca o lubrificante dentro, fora e em ambas as superfcies de formao do cone
de embutimento para lubrificantes de trs diferentes viscosidades. Os resultados mostraram
um decrscimo na fora na direo de avano para aumentos da viscosidade do lubrificante.
Segundo Fabio Tiburi [22], em seu experimento, para a reduo do aquecimento e
principalmente reduo do atrito o lubrificante utilizado foi uma graxa para rolamentos a base
de ltio.
2.5.3 Profundidade da Estampagem Incremental
Observando as circunstncias de estampagem padro um contato suave na superfcie
tem sido observado sob certas condies, por exemplo, pequeno passo vertical dz e grandes
dimetros da ferramenta. Na figura 15 a influncia do passo vertical dz, ngulo
e o raio da
ferramenta RT sobre a rugosidade final sob condies de estampagem de simples passe
padro. Pode ser observado que a qualidade da superfcie aumenta com o decrscimo do passo
vertical como tambm com grande dimetro da ferramenta e ngulo de parede ascendente
[28].
-
33
Figura 15: Profundidade do puno de estampagem [28].
2.5.4 Pontos Crticos
Toda operao de estampagem possui pontos crticos, que influencia diretamente no
produto final da estampagem. Dos vrios artigos pesquisados sobre estampagem incremental,
nenhum fornece modelos matemticos ou parmetros calculveis, sobre velocidade de
estampagem, profundidades de conformao, resistncia da chapa conformao,
deformaes elsticas aps o processo [29], clculo e medio da fora necessria para a
estampagem, tanto sobre a matria prima, foras atuantes durante o processo quanto sobre a
ferramenta e os demais dispositivos. Questes prticas tambm devem ser consideradas, tais
como: tipo de fluido utilizado na conformao, projeto, fabricao e montagem do dispositivo
de fixao da chapa, atrito e conseqentemente calor gerado pelo contato direto entre a
ferramenta de conformao e a chapa, desgaste da ferramenta, cisalhamento da chapa [30] e
adaptao do centro de usinagem CNC para a realizao dos estudos. A ruptura da chapa
figura16 um ponto a ser analisado, ele acontece por causa do ngulo de inclinao da
parede;
-
34
Figura 16: Ruptura da chapa durante o processo de estampagem [30].
2. 5.5 Caractersticas do Acabamento da Superfcie Estampada
A ferramenta ao deslizar sobre a superfcie a ser estampada deixa marcas em cada
volta. As marcas da ferramenta podem ser diminudas usando ferramenta com grande
dimetro e diminuindo o passo de estampagem. Passos, incrementos pequenos levam a
tempos maiores de estampagem, ento h um relao entre tempo de produo e a qualidade
de superfcie. Se o passo menor que 0,01 mm, o material estampado diversas vezes no
mesmo lugar, o material vai encruar. Este problema ocasionar o cisalhamento da chapa. O
encruamento tambm diminui a tenso na chapa e a forma pode ficar retorcida.
Superfcies levemente curvadas e grandes so difceis de estampar. As marcas da
ferramenta so claras, porque o movimento horizontal em cada passo torna-se to grande,
quanto uma curva muito suave. As marcas das ferramentas podem ser diminudas usando um
chapa de sacrifcio no topo da chapa atual no processo de estampagem. Ento a chapa de
sacrifcio toma as marcas da ferramenta, mas transfere a geometria para a chapa atual
debaixo. A geometria no to precisa quanto aquela na qual a ferramenta est diretamente
em contato, mas a qualidade da superfcie melhor. A chapa atual pode ser estampada
novamente sem usar a chapa de sacrifcio e os detalhes ficam aguados no produto. Estes
resultados freqentemente satisfazem a qualidade [21].
Hirt, Junk e Wituski [28] tm estudado como a estampagem afeta a rugosidade da
superfcie. Quando o dimetro da ferramenta aumenta, a rugosidade da superfcie diminui. A
rugosidade da superfcie pode tambm ser diminuda pela troca da direo de estampagem
sobre cada crculo e diminuindo o passo de estampagem. Tanto a rugosidade quanto a marca
-
35
do caminho da ferramenta depende de algumas variveis no processo pratico da estampagem,
que so:
Incremento da ferramenta no eixo Z, vertical;
Relao direta com o dimetro da ferramenta;
Incremento da ferramenta nos eixo X e Y, longitudinal e transversal;
Velocidade de deslocamento da ferramenta;
Rotao ou no da ferramenta;
Material da chapa a ser estampado;
Acabamento da ferramenta.
2.5.6 Parmetros Importantes
Os parmetros mais importantes a serem analisados e ajustados so:
Tamanho, forma e material da ferramenta de estampar;
Velocidade da ferramenta;
Espessura do material e suas propriedades mecnicas;
A melhor estratgia da trajetria da ferramenta;
Temperatura da chapa e da ferramenta;
Tipo de lubrificao mais adequada para o processo e material a ser estampado;
Fora de fixao do chapa.
2.5.7 Aplicaes Industriais
Pelos estudos iniciais realizados, as aplicaes industriais deste processo so bastante
restritas. As pesquisas apontam sua aplicabilidade comercial para chapas de geometria
complexa, varivel e de pequenas deformaes. As aplicaes mais importantes da tecnologia
ISF so nos setores: aeronutico, automotivo [31], prototipagem rpida e outros.
No setor automotivo as peas estampadas normalmente so fabricadas em pequenos
lotes, tornando importante a aplicao de ISF. Em virtude disto algumas montadoras utilizam
estas facilidades nos seus produtos. Como por exemplo, pode-se citar a Honda que produziu
um veculo conceito, com capota e pra-lamas fabricados atravs ISF (Honda Fit HB7).
-
36
Atualmente algumas peas automotivas so fabricadas em materiais no metlicos
(como por exemplo, polister), porque a fabricao de chapas metlicas no possvel, prova
disto so peas fabricadas para painis e acabamentos de carrocerias de nibus.
Outras aplicaes da tecnologia ISF so:
Indstria de tuning, (personalizao de veculos automotores) que requer alta
customizao de seus produtos [32];
Indstria Moveleira: mveis de ao com formas orgnicas, de difcil produo
comercial, devido ao custo;
Utenslios domsticos de pequeno porte: objetos metlicos de espessura fina e
formas geomtricas complexas;
Indstria Mdica: fabricao de prteses metlicas para substituir partes de ossos
perdidas em acidentes. Como mostrado na (figura 17), onde so estampadas
partes do crnio humano [33].
Figura 17: Aplicaes mdicas da ISF [33].
Segundo estudos [24], existe tambm aplicao da ISF para a fabricao de prtese
metlica para reabilitao de membros Humanos quebrados ou trincados que necessitam ser
imobilizados.
As figuras 18 e 19 mostram algumas formas geomtricas utilizadas na indstria
automotiva e na indstria de utenslios.
Figura 18: Exemplo de estampagem [32].
-
37
Figura 19: Exemplo de estampagem [32].
A tecnologia ISF pode ser aplicada na Fabricao de moblia, decorao e arte.
Devido a em pequenos lotes. No setor biomdico, os produtos so normalmente fabricados
com as necessidades especficas dos pacientes [34].
Na figura 20 mostrada a seguir, pode-se notar um painel decorativo, fabricado com
ao A1050 e com espessura de 1 mm.
Figura 20: Painel decorativo, produzido atravs da tcnologia ISF [34].
-
38
2.5.8 Geometria de Pea Estampagem Incremental
A pea a ser estampada pode ter vrias geometrias e com bastante complexidade
conforme figura 21, pois no depende de uma matriz convencional de estampagem, que
utiliza em geral duas partes, o macho e a fmea. Tornando desta forma muito complexa a
produo da matriz e utilizao deste tipo de tecnologia para figuras muito complexas. Na
estampagem incremental quem determina a geometria o deslocamento da ferramenta
provocado pela mquina CNC.
Figura 21: Tipos de peas [35].
Uma das limitaes geomtricas do processo o dimetro da ferramenta de
estampagem. Os raios mnimos da pea dependem do raio da ponta da ferramenta, como
mostra a figura 22.
-
39
Figura 22: Descrio do caminho da ferramenta [35].
2.5.9 Vantagens do Processo
A estampagem incremental tem sua grande aplicao, segundo os artigos
consultados, em produo de lotes pequenos, onde a forma dos produtos tende a variar em um
curto espao de tempo, sendo estes produtos tanto de geometrias simples como tambm
complexas. Nessa conjuntura, constituem-se como vantagens da estampagem incremental:
Reduo de tempo de produo de peas e reduo de tempo de preparao de
mquina (pre-set) para produtos diferentes;
Reduo do tempo e do custo de desenvolvimento e manufatura de ferramentas;
Linha de produo flexvel sujeita as mudanas constantes.
2.6 Estampagem Incremental com Ponto Simples (SPIF)
Na estampagem incremental com ponto simples [35], a ferramenta, disposta na parte
inferior do conjunto de estampagem, eliminada e somente a ferramenta presa ao eixo rvore
entra em contato com a chapa. O princpio do mtodo mostrado na figura 23.
-
40
Figura 23: Estampagem incremental com ponto simples [37].
Com a estampagem incremental de ponto simples possvel obter peas com
simetria axial, com ferramentas de perfil simples e dispositivo prensa-chapa fixado na mesa
do centro de usinagem CNC. Esta foi a modalidade utilizada no projeto de dissertao.
2.7 Limites de Geometria
Como em outros processos de conformao (forjamento, estampagem convencional),
existem valores mximos de ngulos que definem certas regies da pea, a fim de que seja
possvel a sua manufatura. No caso da ISF, estudos recentes apontam para um ngulo
mximo de parede de chapa de 65 [38]. Ultrapassando este valor, se torna muito freqente a
ruptura ou, no mnimo, uma diminuio drstica da espessura da chapa, causando uma baixa
resistncia mecnica localizada.
O ngulo mximo de estampagem determinado por uma relao direta entre a
espessura da chapa e seu ngulo de conformao. Isso demonstrado pela equao 2.1, lei
dos senos.
9001 sentt (eq. 2.1)
Parafuso de Aperto
Placa inferiorChapa de Aperto
Apoio Lateral
ChapaPlaca Superior
Ferramenta
-
41
Onde 0t
a espessura inicial da chapa, t1 a espessura da chapa medida em um
determinado estgio do processo de conformao e
o ngulo de inclinao da chapa. Na
figura 24 mostrado o comportamento da chapa, em relao ao ngulo de inclinao da
parede e sua relao com a diminuio de espessura, nos quatro exemplos mostrados a
espessura inicial da chapa 1 mm. Analisando a figura 24, exemplo 1, onde o ngulo de
inclinao da chapa zero o t1 manteve-se igual a t0 ento a espessura da chapa continua
igual a inicial. No exemplo 2, 3 e 4 da figura 24 temos ngulo de inclinao da chapa
diferente de zero isso nos mostra que a espessura da chapa t1 diminuindo. Quanto maior o
ngulo de inclinao menor a espessura da chapa estampada t1, podendo chegar ao
rompimento conforme equao 2.
Figura 24: Lei dos senos equao 2.1 [38].
2.8 Limites do Material
O alumnio em geral possui o limite de escoamento no to pronunciado como a
maioria dos aos, o limite de escoamento do alumnio puro de aproximadamente 12,7 MPa.
A presena do patamar de escoamento permite uma fcil identificao da tenso de
escoamento [39].
-
42
Esta tenso s identificada graas a uma deformao especfica residual
convencional de 0,2% ou 2 por mil, conforme pode ser observado na figura 25 [40].
Figura 25: Curvas tenso x deformao do alumnio [41].
Apesar disto, optou-se em utilizar este material devido outras caractersticas
mecnicas que oferecem algumas vantagens [5]:
a) Possuem mdulo de elasticidade bem mais baixo que os aos. Enquanto para o
alumnio puro tem-se E = 65.000 N/mm, para um ao baixo carbono E= 196.000
N/mm, ou seja AoAlEE 3
1;
b) Este fato faz com que a energia gasta para deformar a chapa de alumnio seja
menor, diminuindo os custos de manufatura, considerando uma aplicao
comercial da estampagem incremental. Alm disso, essa propriedade d ao
alumnio a vantagem de dar s estruturas uma elevada capacidade de amortecer
golpes e reduzir as tenses produzidas pela variao da temperatura;
c) Possuem tima resistncia corroso, oferecendo durabilidade para o produto
final;
d) Possuem coeficiente de atrito igual ao dos aos em geral (0,05) e menor do que os
aos inoxidveis (0,1) [7];
-
43
e) Possuem baixo peso especfico e podem ser conformadas em uma variedade de
peas nas mais diferentes formas [42].
O alongamento expresso em porcentagem relativamente ao comprimento original
medido em um corpo-de-prova normal e calculado pela diferena entre os pontos de
referncia, antes e depois do ensaio de trao. Esse alongamento indica a ductilidade do metal
ou da liga.
2.8.1 Ensaio de Trao
Segundo Dieter [43], o teste de trao de engenharia amplamente usado para
obteno de informaes bsicas sobre a resistncia de materiais, e como um teste de controle
de especificaes. Autores como Schaeffer [44] e Souza [45] dizem ser o ensaio de trao o
mtodo mais utilizado para determinao das propriedades mecnicas de chapas metlicas.
Sendo possvel a obteno do limite de resistncia, do limite de escoamento, do grau de
encruamento e do ndice de anisotropia do material. Schaeffer [44] define o ensaio de trao
como sendo um teste uniaxial e sem atrito, efetuado em mquinas de ensaios que possuem
uma garra fixa e outra mvel, a fim de pegar e esticar o corpo de prova.
Ainda segundo o autor, as mquinas so equipadas com sensores para registrar a
fora e o alongamento do corpo de prova, os quais so confeccionados com diferentes
comprimentos, larguras e formatos, definidos pelas normas ABNT NBR 6673, ASTM E 646 e
DIN EN 10 002- 1.
O resultado do ensaio de trao o diagrama tenso deformao (figura 26) que
segundo Dieter [43], corresponde a uma curva de engenharia construda a partir das medidas
de carga e do alongamento da amostra submetida ao ensaio. A tenso usada na curva a
tenso longitudinal mdia do corpo de prova obtida pela diviso da carga pela rea inicial da
seo do corpo de prova, e a deformao usada para a curva de engenharia deformao
linear mdia, obtida pela diviso do alongamento do comprimento til do corpo de prova,
pelo comprimento original.
-
44
Figura 26: Curva tenso deformao de engenharia [43].
A forma e a magnitude de uma curva tenso deformao de um metal dependero de
sua composio, tratamento trmico, histria anterior da deformao plstica e da taxa de
deformao, temperatura e estado de tenses impostas durante o teste. Ainda segundo Dieter
[43], os parmetros que so usados para descrever a curva tenso deformao de um metal
so: resistncia trao, tenso limite de escoamento, elongao percentual e reduo de rea.
Os dois primeiros sendo parmetros de resistncia e os dois ltimos relativos ductilidade do
material.
Dieter [43] faz ainda uma descrio do comportamento do material quando este
ultrapassa o valor correspondente ao limite de escoamento. Segundo ele, a partir deste ponto,
o material est permanentemente deformado se a carga for reduzida a zero, de forma que a
tenso para produzir cada vez mais deformao plstica cresce com o aumento desta ltima,
devido ao encruamento do material. Ainda segundo o autor, o volume do corpo de prova
permanece constante durante a deformao plstica e, conforme se alonga, a rea da seo
reta transversal decresce uniformemente ao longo do comprimento til do corpo de prova.
Inicialmente o encruamento compensa a diminuio da rea da seo reta do transversal, e a
tenso de engenharia continua a aumentar com o aumento da deformao.
-
45
Eventualmente, atinge-se um ponto onde a diminuio da rea da seo reta do corpo
de prova maior que o aumento da carga de deformao proveniente do encruamento.
Essa condio ser atingida primeiramente em algum ponto do corpo de prova que
ligeiramente mais fraco que, de forma que toda a deformao plstica posterior ser
concentrada nessa regio, onde o corpo de prova comear a formar um pescoo e a se afinar
localizadamente.
Devido ao fato da rea da seo reta diminuir agora mais rapidamente do que o
aumento da carga de deformao pelo encruamento, a carga necessria para deformar o corpo
de prova diminuir e a tenso de engenharia igualmente continuar a cair at atingir a fratura,
conforme descreve Dieter [43].
2.9 Desenvolvimento do Dispositivo para Estampagem Incremental
O dispositivo utilizado para prender a chapa de alumnio, tambm chamado de
prensa chapas, um dispositivo de fixao de forma manual e possui uma base fixa para
prender sobre a mesa da maquina CNC, duas colunas de apoio, uma base superior para apoiar
a chapa a ser conformada, uma chapa sobreposta (que pode ser usada em baixo ou em cima da
chapa de alumnio a ser estampada) e uma chapa superior onde esto os parafusos de fixao
da chapa de alumnio. Todo este dispositivo vai preso sobre a mesa do centro de usinagem
CNC, conforme idealizao do projeto de acordo com DUFLOU [46], com ajuste e fixao da
chapa feita de forma manual, atravs de parafusos, conforme pode ser observado na figura 27.
Figura 27: Idealizao inicial do dispositivo prensa-chapas [46].
-
46
3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
3.1 Experimento Preliminar
No primeiro experimento realizou-se a estampagem incremental de uma chapa de
alumnio plana com 0,5 mm de espessura e rugosidade superficial de 0,50 m. Nesta chapa
foi estampado o formato de um prato. Realizaram-se tambm a descrio de todos os
componentes do processo de estampagem incremental e suas funes e extraram-se os
primeiros resultados do experimento prtico.
3.1.1 Mquina Utilizada para Estampagem Incremental
Usa-se uma mquina CNC para fazer a estampagem incremental (figura 28), o
motivo da escolha deve-se a: disponibilidade desta mquina, fcil programao, fcil
manuseio, tamanho da pea, forma construtiva, capacidade do comando.
Figura 28: Centro de usinagem discovery modelo 4022, romi com comando MACH9.
-
47
A Associao Beneficente da Indstria Carbonfera de Santa Catarina - SATC tem de
um centro de usinagem com caractersticas adequadas para a estampagem incremental. Na
tabela 2 so apresentadas as caractersticas tcnicas desta mquina.
Tabela 2: Caractersticas do centro de usinagem discovery 4022.
Curso Longitudinal eixo X 599 mm
Curso transversal eixo Y 406 mm
Curso vertical eixo Z 508 mm
Cone da rvore ISO 40
Potncia do motor principal 7,5 CV
Faixa de rotao 60 a 6.000 rpm
Avano rpido dos eixos X, Y e Z 15/15/15 m/mim
Dimenses da mesa 360 x 840 mm
Potncia 15 kVA
Comando CNC Mach - 9
A tabela 3 compara as caractersticas do centro de usinagem ROMI Discovery 4022
utilizado para os testes prticos com a mquina utilizada por Kopac [12], um centro de
usinagem Mori Seiki, em seus testes.
Tabela 3: Caractersticas da mquina CNC.
Caractersticas Tcnicas ROMI Discovery 4022 Mori Seiki
Movimento Rpido X, Y: 20 m/min X,Y: 20 m/min
Avano Mximo (mm/min)
4000 5000
Tipo/Classe de cone porta ferramenta
BT-40 BT-40
Nmero de ferramentas no magazine
22 20
Resoluo de Posicionamento
0.001 0.001
CNC Mach 9, 3 eixos de
posicionamento, interpolao linear e circular
Fanuc MSC-521, 3 eixos de posicionamento, interpolao
linear e circular
-
48
3.1.2 Dispositivo Prensa Chapas
Aps estudo bibliogrfico [46] sobre o dispositivo prensa chapas foi realizado o
projeto e desenhos detalhados para a fabricao do mesmo. Em seguida foi fabricado o
dispositivo prensa chapas figura29, que formado por uma base, duas colunas de sustentao
e duas chapas superiores formando o prensa chapas. Em um primeiro momento a chapa ser
presa diretamente por parafusos que apoiaram diretamente sobre a chapa.
Figura 29: Dispositivo prensa chapas.
3.1.3 Ferramenta de Estampagem
Usou-se uma ferramenta de metal duro com ponta esfrica [21]. O dimetro da
ferramenta de 10 mm e comprimento til de 80 mm conforme figura 30.
Figura 30: Ferramenta de estampagem incremental.
-
49
O acabamento superficial da ferramenta utilizada nos testes de estampagem
usinado, (acabamento de torno CNC). A ferramenta foi presa em um dispositivo chamado
mandril, usado para fixar ferramentas em centros de usinagem CNC, figura 31.
Figura 31: Ferramenta presa no mandril.
3.1.4 Fixao do Dispositivo Prensa Chapas no Centro de Usinagem CNC
O dispositivo prensa chapas foi fixado sobre a mesa do centro de usinagem atravs
de quatro parafusos e alinhado com relgio comparador (figura 32) a fim de deixar a parte
superior do dispositivo alinhado com a mesa do centro de usinagem CNC, permitindo, desta
forma, centrar a ferramenta no centro do prensa chapas.
Figura 32: Montagem do prensa chapas na mquina CNC.
-
50
3.1.5 Fixao da Chapa no Dispositivo Prensa Chapas
A chapa de alumnio a ser conformada presa no dispositivo prensa chapas atravs
de oito parafusos, que pressionam uma chapa de ao sobreposta na chapa de alumnio. Desta
forma a fixao torna-se mais uniforme e evita marcar a chapa a ser conformada. Os oito
parafusos so apertados com a utilizao de uma chave torquimetro, garantindo que o aperto
seja uniforme em todos os parafusos mostrado na figura 33.
Figura 33: Chapa sendo presa no dispositivo prensa chapas.
Utilizando o torquimetro para controlar o aperto, aplicou-se para os oito parafusos de
fixao da chapa a ser conformada um torque de 20 N.
3.2 Ensaios Realizados
Foram realizados trs ensaios preliminares nos quais foram testados parmetros da
estampagem incremental como:
-
51
Adequao do centro de usinagem CNC ao processo;
Conformidade da pea com o desenho CAD;
Aquecimento da chapa;
Lubrificao;
Batimento da ferramenta;
Rugosidade da chapa antes da estampagem.
3.2.1 Projeto da Pea a ser Estampada
O material da pea que foi estampada alumnio com espessura inicial de 0,5 mm. A
pea que ser estampada no primeiro experimento tem o formato de um prato com dimetro
maior de 240 mm, dimetro menor de 162 mm, profundidade de estampagem de 40 mm,
ngulo de inclinao de 45, ver figura 34.
Figura 34: Projeto da pea a ser estampada.
Detalhe C Escala 4:1
Detalhe B Escala 4:1
Seco A-A Escala 1:3
-
52
3.2.2 Resultado do Ensaio Preliminar
A pea estampada (figuras 35 e 36) tem o formato de um prato com profundidade
estampada de 40 mm, com tolerncia de 0,7 mm para mais e para menos e ngulo de
inclinao 45, com tolerncia de 0,7 minutos.
Figura 35: Fotos da pea j estampada vista superior.
Figura 36: Fotos da pea j estampada vista inferior.
-
53
As dimenses coletadas na chapa estampada foram feitas em uma mquina de
medio por coordenadas tridimensional conforme figura 37.
Figura 37: Medio da chapa conformada.
3.3 Parmetros de Estampagem Coletados
Foram analisados parmetros no ensaio de estampagem incremental realizado que
interferem diretamente no processo de estampagem incremental, mudando o acabamento
superficial da chapa e alterando o tempo de estampagem. Os parmetros analisados foram:
Velocidade de estampagem;
Profundidade de estampagem no eixo Z;
Rotao da ferramenta de estampagem incremental;
Aquecimento da ferramenta e da chapa de alumnio;
Lubrificante utilizado na estampagem;
Excentricidade da ferramenta;
Rugosidade superficial da chapa de alumnio.
-
54
3.3.1 Velocidade de Estampagem
A mquina CNC possibilita a regulagem precisa da velocidade de estampagem de
acordo com o que foi programado. A velocidade de estampagem utilizada no primeiro ensaio
foi 1200 m/minuto.
3.3.2 Profundidade de Estampagem no Eixo Z
A cada passe completo da ferramenta pela superfcie da chapa de alumnio a
profundidade no eixo Z sofre um acrscimo de 0,3 mm. Como se usou uma estratgia de
conformao em helicoidal, a ferramenta sempre estava em contato com a ferramenta, mesmo
no momento em que acontece o incremento em Z.
3.3.3 Rotao da Ferramenta de Estampagem Incremental
A rotao utilizada no primeiro teste foi contnua do incio ao fim, mantendo a
ferramenta girando a 2000 rpm.
3.3.4 Aquecimento da Ferramenta e da Chapa de Alumnio
A temperatura durante o processo de estampagem incremental pode influenciar
bastante nos resultados obtidos, por isto h uma necessidade de se controlar esta temperatura.
Usou-se um aparelho de medir temperatura a laser (figura 38) para coletar este dado. Coletou-
se temperatura no incio do processo, durante e no final do processo, percebeu-se que a
temperatura manteu-se sempre a mesma, temperatura ambiente.
-
55
Figura 38: Coleta da temperatura durante o processo de estampagem incremental.
3.3.5 Lubrificante Utilizado na Estampagem
Utilizou-se na estampagem incremental a graxa a base de ltio especial para
rolamentos, aplicada intermitentemente com o auxilio de um pincel durante todo o processo
de estampagem incremental (figura 39).
Figura 39: Aplicao de lubrificante no processo de estampagem incremental.
3.3.6 Excentricidade da Ferramenta
A excentricidade da ferramenta analisa como est a fixao da mesma na mquina
CNC, verificando se o seu corpo giro centrado em torno dele mesmo. Para analisar este dado
necessrio o uso de um relgio comparador preso na mesa da mquina CNC e em contato
com a ferramenta de estampagem (figura 40). Gira-se com a mo o eixo rvore da mquina e
faz-se a leitura no relgio comparador com escala em milmetros e preciso de 0,01mm.
-
56
Coletou-se uma excentricidade de 0,04 mm na ponta da ferramenta. Este resultado interfere
diretamente no acabamento superficial da pea estampada incrementalmente.
Figura 40: Medio da excentricidade da ferramenta.
3.3.7 Rugosidade Superficial da Chapa de Alumnio
A rugosidade superficial da chapa, antes de ser estampada de forma incremental, foi
medida com um rugosimeto digital conforme figura 41 e a dimenso coletada de 0,50 m.
Figura 41: Medio da rugosidade da chapa a ser estampada.
O aparelho utilizado na medio da rugosidade o rugosimetro porttil TR100
Digimess, com as seguintes caractersticas:
Parmetros medidos: Ra e Rz;
Capacidade de medio: Ra 0,05 10 m, Rz 0,10 50 m;
Curso de medio: 6 mm;
Cut off: 0,25 0,80 2,50 mm;
Velocidade de medio: 1 mm/s;
-
57
Sensor: sistema piezoeltrico;
Raio da ponta: 10 m;
Fora de medio: < 0,016 N;
Calibrao feita pelo teclado e um bloco padro para calibrao.
-
58
4 CARACTERIZAO DA CHAPA DE ALUMNIO
4.1 Determinao das Propriedades Mecnicas da Chapa de Alumnio
A chapa usada no teste preliminar tem espessura de 0,5 mm, e o seu material
alumnio. Esta possui uma tenso de escoamento de aproximadamente 40 MPa e tenso de
resistncia a trao de aproximadamente 110 MPa. Estima-se, segundo as ligas de alumnio
consultadas que a chapa tenha a seguinte composio qumica: 1,2% Mn, 0,12% Cu e o
restante alumnio [32]. Para entender melhor o seu comportamento durante o processo de
estampagem incremental e poder determinar algumas variveis do processo com antecedncia
como:
Limite de resistncia;
Limite de escoamento;
Encruamento;
Anisotropia;
Composio qumica da chapa;
Curva limite de conformao;
Profundidade mxima de estampagem incremental.
necessria a realizao de alguns ensaios preliminares para a obteno de
resultados concretos e mecnicos sobre o material em questo.
4.2 Definio das Caractersticas Mecnicas
O ensaio mais usado para a determinao das propriedades mecnicas de chapas o
ensaio de trao. Este permite obter o limite de resistncia, o limite de escoamento, o grau de
encruamento e o ndice de anisotropia [7].
O ensaio de trao um teste uniaxial e sem atrito. efetuado em mquinas que tm
uma garra fixa e uma garra mvel para pegar e estirar o corpo de prova. O ensaio efetuado
com velocidade constante. As mquinas so equipamentos com sensores para registrar a fora
-
59
F e o alongamento L do corpo de prova. O fim do ensaio marcado pela ruptura do corpo
de prova [7]. O resultado do ensaio e emitido atravs da figura 44.
Para testes de chapas metlicas so usados diferentes comprimentos, larguras e
formato dos corpos de prova (com cabea e sem cabea). Para teste com espessura de 0,1 mm
at 3 mm so freqentemente usados corpos de prova em forma de tiras de chapa de 20 mm
de largura por 250 mm de comprimento. Estes so fixados na garra da mquina, deixando no
mnimo 140 mm livre. Este tipo de corpo de prova pode ser produzido facilmente cortando as
tiras em uma guilhotina e retificando os cantos em uma retificadora plana para eliminar as
trincas causadas durante o cisalhamento. A eliminao das trincas importante porque elas
podem causar uma ruptura prematura durante o ensaio [7].
Para o ensaio de trao no sentido de laminao o corpo de prova foi retirado no
sentido de laminao da chapa de alumnio puro.
Dimenses do corpo de prova utilizado nos ensaios de trao foram usinados
conforme norma ABNT 6673[44], equao 2.2 calculo da rea inicial:
(eq. 2.2)
Figura 42: Desenho do corpo de prova.
Figura 43: Corpo de prova usinado.
-
60
Figura 44: Curva tenso de engenharia pela deformao
Para traar a curva da figura 44 foram extrados os resultados obtidos no ensaio de
trao, a mquina de trao aps o ensaio, mostra um numero elevado de valores referente aos
pontos medidos durante o ensaio. Colocando estes valores no programa microsoft exel
podemos traar a curva conforme figura 44.
4.3 Tenso de Escoamento
A tenso de escoamento foi obtida atravs de valores retirados do ensaio de trao
(Kf e f ), estes valores foram colocados no microsoft exel, gerando assim a curva tenso de
escoamento do alumnio puro. A curva de escoamento obtida mostrada na Figura 45.
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
0,00% 0,50% 1,00% 1,50% 2,00% 2,50%
Tens
o d
e en
genh
aria
(MPa
)
Deformao em %
Curva s X e
-
61
Figura 45: Curva de escoamento do alumnio puro (99,33% Al).
4.4 Ensaio Metalogrfico
A anlise metalogrfica conforme figura 46 revelou a matriz de alumnio soluo
slida
com diversos dispersides, onde os pontos pretos so os microconstituintes. Pode-se
perceber tambm o sentido da laminao atravs do alinhamento das impurezas.
Figura 46: Anlise metalogrfica do alumnio laminado.
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
0,0000 0,0050 0,0100 0,0150 0,0200
kf (
MPa
)
f
Curva de Escoamento
-
62
4.5 Anlise Qumica
A anlise qumica do Alumnio Laminado retornou os seguintes elementos (%):
Si=0,07; Fe=0,41; Cu=0,13; Mn=0,03; Mg
-
63
5 ANLISE DOS ENSAIOS
Foram realizados nove ensaios, no qual foram extrados alguns dados a respeito do
processo, da matriz, puno e do comportamento da chapa de alumnio.
5.1 Testes de Estampagem
Os testes prticos de estampagem foram necessrios para o estudo cientifico do tema,
proporcionando uma comparao entre a literatura e a prtica. Facilitando desta forma a
percepo e anlise detalhada da estampagem incremental.
5.1.1 Teste de Estampagem N1
No primeiro ensaio foram analisadas o funcionamento da matriz, da ferramenta, se a
mquina tinha condies de realizar os ensaios e coletou-se alguns dados importantes. A
profundidade total deste primeiro ensaio foi de 10 mm.
Dados da Estampagem:
Tempo total de estampagem: 01h e 35 min;
Formato geomtrico tipo cone;
ngulo de inclinao da pea a ser conformada de 45;
Ferramenta:
10 mm, ponta esfrica (ball nose);
Material da ferramenta: ao 4340;
Material da chapa: alumnio;
Profundidade da Superfcie cnica: 20 mm;
Espessura da chapa: 0,5 mm;
Tipo de estratgia: Acabamento (Profiling);
Profundidade de estampagem (passo vertical da ferramenta): 0,2 mm;
Avano da mesa XY: 500 mm/min;
Rotao do eixo rvore: 2000 RPM.
-
64
Figura 47: Ferramenta de estampagem incremental.
A ferramenta de estampagem incremental foi usinada em um torno CNC com as
dimenses da figura 47.
5.1.2 Teste Estampagem N2
Foram alterados os seguintes parmetros:
O incremento vertical (eixo Z) da ferramenta, que era de 0,2 mm, foi aumentado
para 0,3 mm;
A profundidade total foi de 40 mm;
A velocidade de avano dos eixos X e Y (mesa da mquina) foi aumentada para
1000 mm/min;
A rotao foi zerada (0 RPM);
A ferramenta foi substituda por uma de metal duro com ponta esfrica. O
dimetro da ferramenta de 10 mm e comprimento til de 80 mm;
A ferramenta foi substituda por uma de metal duro com ponta esfrica. O
dimetro da ferramenta de 10 mm e comprimento til de 80 mm (figura 48).
Figura 48: Nova ferramenta utilizada no ensaio.
50 5 50 50
20
25
R5
-
65
Resumo dos dados da estampagem N2:
Tempo total de estampagem: 01h e 05 min;
Formato geomtrico tipo cone;
ngulo de inclinao da pea a ser conformada 45;
Ferramenta:
10 mm, ponta esfrica (ball nose);
Material da ferramenta: metal-duro, classe K;
Material da chapa: alumnio;
Profundidade da Superfcie cnica: 40 mm;
Espessura da chapa: 0,5 mm;
Tipo de estratgia: Acabamento (Profiling);
Profundidade de estampagem (passo vertical da ferramenta): 0,5 mm;
Avano da mesa XY: 1000 mm/min;
Rotao do eixo rvore: 0 RPM.
5.1.3 Teste de Estampagem N3
Dados da estampagem:
Tempo total de estampagem: 25 min;
Formato geomtrico tipo cone;
ngulo de inclinao da pea a ser conformada 45;
Ferramenta:
10 mm, ponta esfrica (ball nose);
Profundidade total 40 mm;
Material da ferramenta: metal-duro;
Material da chapa: alumnio;
Profundidade da Superfcie cnica: 40 mm;
Espessura da chapa: 0,5 mm;
Tipo de estratgia: Acabamento (Profiling), com deslocamento helicoidal e
contato constante e ininterrupto entre a ferramenta e a chapa (blank);
Incremento vertical: 0.3 mm;
Avano (deslocamento interpolando X, Y e Z): 1.500 mm/min;
Rotao da ferramenta: 0 RPM. O eixo rvore permaneceu livre durante o ensaio.
-
66
5.1.4 Teste de Estampagem N4
Dados da estampagem:
Tempo total de estampagem: 25 min;
ngulo de inclinao da pea a ser conformada 45;
Formato geomtrico tipo cone;
Profundidade total 50 mm;
Ferramenta:
10 mm, ponta esfrica (ball nose);
Material da ferramenta: metal-duro;
Material da chapa: alumnio;
Profundidade da Superfcie cnica: 40 mm;
Espessura da chapa: 0,5 mm;
Tipo de estratgia: Acabamento (Profiling), com deslocamento helicoidal e
contato constante e ininterrupto entre a ferramenta e a chapa (blank);
Incremento vertical: 0,3 mm;
Avano (deslocamento interpolando X, Y e Z): 1.500 mm/min;
Rotao da ferramenta: 0 RPM. O eixo rvore permaneceu livre durante o ensaio.
5.1.5 Teste de Estampagem N5
Dados da estampagem:
Tempo total de estampagem: 25 min;
ngulo de inclinao da pea a ser conformada 45;
Formato geomtrico tipo cone;
Profundidade total 80 mm;
Ferramenta:
10 mm, ponta esfrica (ball nose);
Material da ferramenta: metal-duro;
Material da chapa: alumnio;
Profundidade da Superfcie cnica: 40 mm;
Espessura da chapa: 0,5 mm;
Tipo de estratgia: Acabamento (Profiling), com deslocamento helicoidal e
contato constante e ininterrupto entre a ferramenta e a chapa (blank);
-
67
Incremento vertical: 0,3 mm;
Avano (deslocamento interpolando X, Y e Z): 1.500 mm/min;
Rotao da ferramenta: 0 RPM. O eixo rvore permaneceu livre durante o ensaio.
5.1.6 Teste de Estampagem N6
Dados da estampagem:
Tempo total de estampagem: 25 min;
ngulo de inclinao da pea a ser conformada 60;
Formato geomtrico tipo cone;
Profundidade total 45 mm;
Ferramenta:
10 mm, ponta esfrica (ball nose);
Material da ferramenta: metal-duro;
Material da chapa: alumnio;
Profundidade da Superfcie cnica: 40 mm;
Espessura da chapa: 0,5 mm;
Tipo de estratgia: Acabamento (Profiling), com deslocamento helicoidal e
contato constante e ininterrupto entre a ferramenta e a chapa (blank);
Incremento vertical: 0,3 mm;
Avano (deslocamento interpolando X, Y e Z): 1.500 mm/min;
Rotao da ferramenta: 0 RPM. O eixo rvore permaneceu livre durante o ensaio.
5.1.7 Teste de Estampagem N7
Dados da estampagem:
Tempo total de estampagem: 25 min;
ngulo de inclinao da pea a ser conformada 50;
Formato geomtrico tipo cone;
Profundidade total 80 mm;
Ferramenta:
10 mm, ponta esfrica (ball nose);
Material da ferramenta: metal-duro;
Material da chapa: alumnio;
-
68
Profundidade da Superfcie cnica: 40 mm;
Espessura da chapa: 0,5 mm;
Tipo de estratgia: Acabamento (Profiling), com deslocamento helicoidal e
contato constante e ininterrupto entre a ferramenta e a chapa (blank);
Incremento vertical: 0,3 mm;
Avano (deslocamento interpolando X, Y e Z): 1.500 mm/min;
Rotao da ferramenta: 0 RPM. O eixo rvore permaneceu livre durante o ensaio.
5.1.8 Teste de Estampagem N8
Dados da estampagem:
Tempo total de estampagem: 25 min;
ngulo de inclinao da pea a ser conformada 60;
Formato geomtrico tipo cone arredondado;
Profundidade total 60 mm;
Ferramenta:
10 mm, ponta esfrica (ball nose);
Material da ferramenta: metal-duro;
Material da chapa: alumnio;
Profundidade da Superfcie cnica: 40 mm;
Espessura da chapa: 0,5 mm;
Tipo de estratgia: Acabamento (Profiling), com deslocamento helicoidal e
contato constante e ininterrupto entre a ferramenta e a chapa (blank);
Incremento vertical: 0,3 mm;
Avano (deslocamento interpolando X, Y e Z): 1.500 mm/min;
Rotao da ferramenta: 0 RPM. O eixo rvore permaneceu livre durante o ensaio.
5.1.9 Teste de Estampagem N9
Dados da estampagem:
Tempo total de estampagem: 25 min;
ngulo de inclinao da pea a ser conformada 50;
Formato geomtrico tipo cone arredondado;
-
69
Profundidade total 60 mm;
Ferramenta:
10 mm, ponta esfrica (ball nose);
Material da ferramenta: metal-duro;
Material da chapa: alumnio;
Profundidade da Superfcie cnica: 40 mm;
Espessura da chapa: 0,5 mm;
Tipo de estratgia: Acabamento (Profiling), com deslocamento helicoidal e
contato constante e ininterrupto entre a ferramenta e a chapa (blank);
Incremento vertical: 0,3 mm;
Avano (deslocamento interpolando X, Y e Z): 1.500 mm/min;
Rotao da ferramenta: 0 RPM. O eixo rvore permaneceu livre durante o ensaio.
-
70
6 ANLIZE DE RESULTADOS E DISCURSES
Nesta bateria de 9 testes de estampagem incremental, um dos parmetros mudado e
analisado, conforme a tabela 4, que mostra a mudana do ngulo de parede e a conseqncia
desta mudana. Observaram-se um dos limites do processo de estampagem incremental do
alumnio em funo da mudana do ngulo de inclinao da parede da pea estampada.
Tabela 4: Analise da inclinao do ngulo de parede da pea estampada.
Testes
Dimetro da
ferramenta
Profundidade
de
estampagem
ngulo de
inclinao da
parede
Material de
construo de
ferramenta
Situao da
pea
estampada
N 1 10 mm 20 mm 45 Ao 4340 Normal
N 2 10 mm 40 mm 45 Metal duro
classe K Normal
N 3 10 mm 40 mm 45 Metal duro
classe K Normal
N 4 10 mm 50 mm 45 Metal duro
classe K Normal
N 5 10 mm 80 mm 45 Metal duro
classe K Normal
N 6 10 mm 45 mm 60 Metal duro
classe K Rompimento
N 7 10 mm 40 mm 50 Metal duro
classe K Normal
N 8 10 mm 60 mm 60 Metal duro
classe K Rompimento
N 9 10 mm 40 mm 50 Metal duro
classe K Normal
No teste N6 e N8 aconteceram problemas em funo do ngulo de inclinao e da
profundidade da pea a ser estampada. A pea rompeu durante a estampagem de acordo com
a (figura 49). J no teste de N 6 a chapa rompeu muito pouco, pois a profun