i curso neuroimagem demencias.st

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Instituto de Neurologia de Curitiba Coordenador do Ambulatório de Desordens da Memória e do Comportamento - ADEMEC Curitiba, june 26 th 2015 Ricardo Krause Martinez de Souza I CURSO DE NEURORRADIOLOGIA NEUROIMAGEM NAS DEMÊNCIAS

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Page 1: I curso neuroimagem demencias.st

Instituto de Neurologia de CuritibaCoordenador do Ambulatório de Desordens da

Memória e do Comportamento - ADEMECCuritiba, june 26th 2015

Ricardo Krause Martinez de Souza

I CURSO DE NEURORRADIOLOGIA

NEUROIMAGEM NAS DEMÊNCIAS

Page 2: I curso neuroimagem demencias.st

INTRODUÇÃO

• A neuroimagem estrutural na investigação das síndromes demenciais é mandatória (1).

• A neuroimagem pode afastar causas secundárias e reversíveis de demência: hematomas subdurais, tumores ou hidrocefalia de pressão normal.

• A ressonância magnética (RM) do encéfalo é o método preferencial.

• A RM tem papel diagnóstico central de algumas demências: demência vascular e doença de Creutzfeldt-Jakob.

1- Dement Neuropsychol 2011 June;5(Suppl 1):11-20

Page 3: I curso neuroimagem demencias.st

ESCALAS DE AVALIAÇÃO VISUAL

• Atrofia cortical global

• Atrofia do lobo temporal medial

• Mudanças de substância branca

• Atrofia parietal posterior

Page 4: I curso neuroimagem demencias.st

ESCALA PARA AVALIAR ATROFIA CORTICAL GLOBAL - ACG

• Importante: usar sempre as mesmas sequências (FLAIR ou T1-ponderado).

• Imagens em sequências ponderadas T2 superestimam o grau de atrofia.

Escala de ACG: escore pode variar de 0 a 3 • 0= Ausência de atrofia cortical.• 1= Leve atrofia, abertura dos sulcos.• 2= Atrofia moderada, perda do volume dos giros. • 3= Atrofia severa, “lâmina de faca”.

Page 5: I curso neuroimagem demencias.st

ATROFIA CORTICAL GLOBAL

ACG-0Normal

ACG-1 Sulcos abertos

ACG-2 Atrofia dos giros

ACG-3 Atrofia severa

“Lâmina de faca”

Page 6: I curso neuroimagem demencias.st

• A pontuação da MTA deve ser avaliada em corte coronal. • Na RM sequência T1, selecionar cortes através do corpo

do hipocampo, ao nível da parte anterior da ponte.

ESCALA DE ATROFIA DO LOBO TEMPORAL MEDIAL (MTA) -

SCHELTENS

Avalia:

(A) Corno temporal

(B) Fissura coroide

(C) Hipocampo

Page 7: I curso neuroimagem demencias.st

• <75 anos: pontuação grau 1 pode ser normal.

• >75 anos: uma pontuação MTA de 3 ou mais é anormal.

Pontuação Amplitude da Fissura coroide

Amplitude doCorno temporal

Altura do hipocampo

0 N N N

1 ↑ N N

2 ↑↑ ↑ ↓

3 ↑↑↑ ↑↑ ↓↓

4 ↑↑↑ ↑↑↑ ↓↓↓

Page 8: I curso neuroimagem demencias.st

Classificação de Fazekas

0: Nenhum ou um único sinal.

1: Múltiplos pontos.

2: Iniciando lesões confluentes.

3: Extensas lesões confluentes.

Melhores sequências para avaliar:• Axial FLAIR ou T2

ESCALA PARA AVALIAR MUDANÇAS NA SUBSTÂNCIA BRANCA

Barkhof. 2011. Neuroimaging in Dementia

Page 9: I curso neuroimagem demencias.st

• Fazekas 1 é normal em pessoas idosas.

• Fazekas 2 e 3 quase sempre são patológicos. No entanto, apresentam alto risco para declínio cognitivo.

• Em 600 idosos sem alterações cognitivas, a classificação de Fazekas foi preditiva de declínio cognitivo.

• No grupo Fazekas 3, a prevalência foi de 25%, no período de um ano.

PREDITOR DE DECLÍNIO COGNITIVO

http://www.radiologyassistant.nl/en/p43dbf6d16f98d/dementia-role-of-mri.html

Page 10: I curso neuroimagem demencias.st

AVALIAÇÃO DE ATROFIA PARIETAL/POSTERIOR

Bar

Sagital Axial Coronal

Largura do sulco cingulo posterior e dos sulcos das r. PAR e OCPT, atrofia precuneus

Alargamento do sulco do cingulo posterior e dilatação sulcal nos lobos parietais

Alargamento do sulco cingulo posterior e dilatação sulcal nos lobos parietais

0 Normal Normal Normal

1 ↑ ↑ ↑

2 ↑↑ ↑↑ ↑↑

3 ↑↑↑ ↑↑↑ ↑↑↑

Legenda: PCS= sulco do cínguo posterior; PRE= pré cuneos; POS= sulco parieto-occipital

Page 11: I curso neuroimagem demencias.st

• A doença de Alzheimer (DA) é a causa mais comum de demência. Corresponde a 60% dos casos de compro metimento cognitivo progressivo no idoso. (1)

• A redução volumétrica do hipocampo, córtex entorrinal e cíngulo posterior são sinais precoces da DA.(2)

• A avaliação da atrofia hipocampal por inspeção visual no plano coronal tem sensibilidade e especificidade de 80 a 85% em diferenciar DA de indivíduos cognitivamente normais.(3)

DOENÇA DE ALZHEIMER

1- Cummings JL, Cole G. Alzheimer disease. JAMA 2002; 287:2335-2338.

2 - Dement Neuropsychol 2011 June;5(Suppl 1):11-20.

3 - Scheltens et al. J Neurol Neurosurg Psychiatry 1992;55:967-972.

Page 12: I curso neuroimagem demencias.st

• Pacientes com DA manifesta podem ter exames de neuroimagem estruturais sem alterações.

• O papel da neuroimagem é fortalecer a possibilidade diagnóstica e não fornecer diagnóstico definitivo.

DOENÇA DE ALZHEIMER

RM coronal T1A) Controle saudável, 70

anos de idade.B) Paciente com DA, 70

anos de idade, com importante atrofia dos lobos temporais mediais e atrofia hipocampal.

A B

Page 13: I curso neuroimagem demencias.st

• Boa acurácia diagnóstica para diferenciar DA de controles (sensibilidade e especificidade de 85-90%).

• As diretrizes atuais não recomendam o PET-FDG como rotina, uma vez que o valor sobre o diagnóstico clínico e de neuroimagem estrutural é incerto.

• Importante!!!: Diagnóstico diferencial entre DA e DLFT.

PET CT NEUROLÓGICO COM FDG

HIPOMETABOLISMO

Giro posterior do cíngulo

Região parietal esquerda

Regiões temporais E > D

Page 14: I curso neuroimagem demencias.st

Nordberg, A. et al. (2010) The use of PET in Alzheimer diseaseNat. Rev. Neurol. doi:10.1038/nrneurol.2009.217

PET COM PIB (PITTSBURGH COMPOUND B)

Possibilita a detecção de depósitos amiloides in vivo.

Atualmente, o seu uso é com finalidade de pesquisa:• Seleccionar pacientes para

terapia anti β-amiloide.

Será de grande utilidade o diagnóstico da DA em fase pré clínica quando houver terapias modificadoras da doença.

Page 15: I curso neuroimagem demencias.st

Demência com Corpos de Lewy

Tríade clássica: • Alucinações visuais bem

elaboradas.• Flutuações cognitivas. • Parkinsonismo.

DEMÊNCIA COM CORPOS DE LEWY

a) Depósito de alfa sinucleína.b) Corpos de Lewy no córtex cerebral.

Page 16: I curso neuroimagem demencias.st

• RM: redução volumétrica global com preservação relativa de estruturas mesiais dos lobos temporais em relação à DA.

Atrophy of the putamen in dementia with Lewy bodies but not Alzheimer's disease: an MRI study.

RM NA DEMÊNCIA COM CORPOS DE LEWY

CONCLUSÕES:

Atrofia dos putâmens é uma característica da DCL. Pode ser importante para a compreensão da etiologia das características parkinsonianas na DCL.

A) Controle B) DA C) DCL

Neurology, Volume 61(9).November 11, 2003.1191-1195

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• A patologia da ACP é atribuível à DA, na maior parte dos pacientes.

• Idade de início: 50 a 65 anos de idade.

ATROFIA CORTICAL POSTERIOR - ACP

Tidsskr Nor Legeforen nr. 10, 2015; 135: 949 – 52

Alterações Cognitivas Clássicas:• Síndrome de Bálint:

– Simultanagnosia

– Apraxia oculomotora

– Ataxia óptica

• Síndrome de Gerstmann– Acalculia

– Agrafia

– Agnosia digital

– Desoreintação esquerda-direita.

Page 18: I curso neuroimagem demencias.st

Disfunção visual em pacientes com ACP

A) Indivíduo saudável B) Atrofia Cortical Posterior

• Os círculos representam os locais de fixação.

• O tamanho representa a duração da fixação.

Manifestação:

1) No início, fixam características proeminentes (ex.: cúpula no cais).

2) A seguir, fixam em aspectos menos relevantes da cena (ex.: mar ou céu).

3) Por fim, existe perda importante dos detalhes contextuais (ex.: beira-mar ou perto do final do cais).

Sebastian J.C. et al. Lancet Neurol 2012; 11: 170–78

Page 19: I curso neuroimagem demencias.st

PET CT com FDGA) Controle saudável.B) ACP: hipometabolismo nas regiões posteriores, com predomínio à direita.

ATROFIA CORTICAL POSTERIOR

A B

Tidsskr Nor Legeforen nr. 10, 2015; 135: 949 – 52

Page 20: I curso neuroimagem demencias.st

• O termo “degeneração lobar frontotemporal” contempla

um grupo de doenças neurodegenerativas com

características clínicas, histopatológicas e genéticas muito

heterogêneas.

Classificação

• Demência frontotemporal – variante frontal (DFT-vf) –

55%

• Demência semântica (DS) – 20%

• Afasia progressiva não fluente (APNF) – 25%

DEGENERAÇÃO LOBAR FRONTOTEMPORAL

Page 21: I curso neuroimagem demencias.st

RM de encéfalo Corte axial – T1• Atrofia frontal

Tomografia com Emissão de Pósitrons crânio com FDG• Hipometabolismo frontal e temporal

Masculino, 45 anos. Quadro clínico com 3 anos de evolução, caracterizada por alterações do comportamento e da conduta social. ADEMEC-INC

DFT – VARIANTE COMPORTAMENTAL

Page 22: I curso neuroimagem demencias.st

Feminino, 60 anos. Quadro clínico com 7 anos de evolução, caracterizado por alteração importante da linguagem, com tendência ao mutismo.

Feminino, 65 anos. Quadro clínico com 3 anos de evolução, caracterizado por alteração da linguagem e de conduta social.

DEMÊNCIA SEMÂNTICA

Page 23: I curso neuroimagem demencias.st

Feminino, 64 anos. Quadro clínico com 3 anos de evolução, caracterizada por alteração de linguagem, fala não fluente e apraxia da fala. (ADEMEC)

PET com FDG: hipometabolismo frontal anterior bilateral, regiões peri-insular à esquerda.

AFASIA PROGRESSIVA NÃO FLUENTE

Tomografia de Crânio – corte coronal e axial. Atrofia peri-insular à esquerda.

Page 24: I curso neuroimagem demencias.st

• Considera-se uma taupatia.• Sintomas clássicos: demência, parkinsonismo, oftalmoparesia e alteração

na marcha.

Características qualitativas de imagem na PSP:• Atrofia do mesencéfalo• Divergência do núcleo rubro• Dilatação do terceiro ventrículo• Atrofia do pedúnculo cerebelar superior• Atrofia cortical frontal

PARALISIA SUPRANUCLEAR PROGRESSIVA

RM axial RM sagitalSinal do Mickey Mouse Sinal do Beija Flor

As alterações descritassão encontradas somenteem 50% dos casos de PSP.

Barkhof. 2011. Neuroimaging in Dementia. p102

Page 25: I curso neuroimagem demencias.st

• 1967: reconhecida por Rebeiz.• “Degeneração corticodentatonigral com acromasia neuronal”.• Síndrome rara: compromete 2 em 1 milhão de pessoas.• Início: geralmente na sexta década de vida.• DCB: taupatia, pode ocorrer overlap com variantes clínicas da

DLFT.• Características Clínicas Centrais:• Curso insidioso e progressivo, início assimétrico.• Disfunção cortical: apraxia ideomotora, fenômeno da mão alienígena, perda

sensorial cortical, heminegligência, rigidez não responsiva à levodopa, mioclonias, distonias.

• Cognição: alterações localizadas. Geralmente, a memória está preservada.

SÍNDROME DE DEGENERAÇÃO CORTICOBASAL

Page 26: I curso neuroimagem demencias.st

• Paciente com diagnóstico clínico de DCB, imagens fornecidas pelo CETAC-INC (Dr. Ronaldo Vosguerau).

• RM demonstra atrofia cortical assimétrica, com predomínio à esquerda, comprometendo os lobos frontais posteriores e parietais.

• PET com FDG: hipometabolismo assimétrico nas regiões posteriores à esquerda.

DEGENERAÇÃO CORTICOBASAL

Masculino, 60 anos, com 5 anos de evolução: apraxias, alteração da sensibilidade cortical e rigidez assimétrica à direita. IDx: DCB – ADEMEC-INC.

Page 27: I curso neuroimagem demencias.st

Conceito• O CCV é um conceito dimensional que abrange as alterações

cognitivas decorrentes de DCV e suas manifestações isquêmicas, um continuum que inclui todas as etapas, desde o comprome timento cognitivo vascular não-demência (VCCND) ou comprometimento cognitivo leve vascular (CCLv) até a DV.

• Não há critério diagnóstico universalmente aceito para o CCV.

• Demência vascular é a segunda causa mais comum de demência.

COMPROMETIMENTO COGNITIVO VASCULAR - CCV

Engelhardt E, et al. Dement Neuropsychol 2011 June;5(Suppl 1):49-77.

Page 28: I curso neuroimagem demencias.st

O CCV também pode ser dividido em 3 subtipos clínicos:• Comprometimen to cognitivo vascular não-demência –

(VCCND)• Demência mista (DM=DA+DV) • Demência vascular

– Pós ictus único– Infartos múltiplos– Pós ictus hemorrágico– Infartos em territórios limítrofes– Isquemia subcortical

COMPROMETIMENTO COGNITIVO VASCULAR - CCV

Engelhardt E, et al. Dement Neuropsychol 2011 June;5(Suppl 1):49-77.

Page 29: I curso neuroimagem demencias.st

• A oclusão de um vaso grande resulta em infarto córtico-subcortical de extensão variável.

• A lesão deve ter cerca de 100 cm3 de volume. • Caracteriza-se por um início abrupto, podendo surgir dentro

do período de 3 meses após o ictus. (1)

DV: PÓS ICTUS ÚNICO

1) Engelhardt E, et al. Dement Neuropsychol 2011

• RM sequência FLAIR: • Oclusão da artéria cerebral posterior

esquerda.• Infarto que envolve tanto o tálamo

esquerdo, como o lobo temporal medial esquerdo (incluindo o corpo do hipocampo)(2).

2) Barkhof. 2011. Neuroimaging in Dementia

Page 30: I curso neuroimagem demencias.st

Estruturas corticais• Hipocampo• Giro angular• Córtex pré-frontalEstruturas subcorticais • Prosencéfalo basal• Tálamo (principalmente núcleos

mediodorsal e anterior) e caudado

DV: INFARTO ESTRATÉGICO

Engelhardt E, et al. Dement Neuropsychol 2011 June;5(Suppl 1):49-77.

• A. M. feminino, 73 anos de idade,• Demência de instalação sub aguda.• TC crânio: Infarto em tálamo bilateral e

occiptal à esquerda.

Giro angular

Page 31: I curso neuroimagem demencias.st

• Forma familiar: (islandesa, holandesa, variante flamenga, britânica...) ou esporádica

• Causa: deposição de beta-amiloide na parede dos vasos.

Manifestação Clínica:• Pode haver hemorragias

assintomáticas.• 40 % dos pacientes evoluem com

demência.Localização das lesões:• Frontal (35%)• Parietal (26%)• Temporal (14%)• Occipital (19%)

ANGIOPATIA AMILOIDE CEREBRAL

Page 32: I curso neuroimagem demencias.st

• RM: gradiente ECO: Setas “Balck-dot” micro hemorragias • Tomografia de crânio: hematoma cerebelar

ANGIOPATIA AMILOIDE CEREBRAL

Barkhof. 2011. Neuroimaging in Dementia

Page 33: I curso neuroimagem demencias.st

Infartos lacunares (lacunas)

• Cavidades menores do que 15mm de diâmetro.

• Localização: gânglios da base, cápsula interna, tálamo, ponte, coroa radiada e centro semioval..

DV: ISQUEMIA SUBCORTICAL

Lancet Neurology 2002; 1: 426–36

Page 34: I curso neuroimagem demencias.st

Doença de Binswanger• Extensa e difusa

hiperintensidade da substância branca profunda e periventricular.

• As fibras em “U” não são comprometidas.

ENCEFALOPATIA ARTERIOSCLERÓTICA SUBCORTICAL

Page 35: I curso neuroimagem demencias.st

• v

DV: SECUNDÁRIO À HIPÓXIA

Kanekar & Poot, 2014

Page 36: I curso neuroimagem demencias.st

• Príons: partículas proteináceas infecciosas desprovidas de DNA ou RNA.

• Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) esporádica - 80% de todas as encefalopatia espongiformes transmissíveis.

• Esta doença apresenta uma base genética e características de uma doença infecciosa.

• Incidência: 1 a 2 casos novos a cada 1.000.000 de habitantes.

• Idade de início: 60-69 anos de idade.

• Ocorre igualmente em ambos os sexos.

DOENÇA PRIÔNICA

Page 37: I curso neuroimagem demencias.st

• DEFINITIVO: quadro clínico + presença de Príon no exame neuropatológico.

• PROVÁVEL: demência rapidamente progressiva < 2 anos de evolução, com atividade periódica no EEG ou proteína 14-3-3 no LCR ou hipersinal na RM-difusão), e pelo menos 2 critérios abaixo:1. mioclonias;2. sinais cerebelares e/ou visuais;3. sinais piramidais e/ou extrapiramidais;4. mutismo acinético.

• POSSÍVEL: semelhante ao provável, mas sem exames complementares sugestivos.

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS – DCJ ESPORÁDICA

Page 38: I curso neuroimagem demencias.st

Alteração de Sinal no FLAIR/DWI:1. Aumento de sinal no caudado e putâmen.

2. Aumento de sinal cortical.

3. Combinação de ambos.

Pode ocorrer alterações na RM em 80 % dos pacientes já em fase precoce da doença

RM – DCJ ESPORÁDICA

Page 39: I curso neuroimagem demencias.st

• Variante Heindenhain ou amaurótica: demência rapidamente

progressiva, mioclonia, distúrbio visual.

• Variante Brownell - Oppenheimer: ataxia cerebelar precoce e

mais predominante e demência relativamente tardia.

• Variante talâmica: - Steirn Caracterizada por demência e

distúrbio do movimento.

• Variante japonesa panencefálica - Garcin: aumento de células

no LCR, comprometimento da substância branca profunda e

uma progressão muito lenta. (envolvimento estriatal).

Imran and Mahmood Virology Journal 2011.

DCJ - SUBTIPOS

Page 40: I curso neuroimagem demencias.st

Heidenhain

MLM, masc., 68 anos

FLAIR

DWI-EPI

Steirn Garcim

MHL, FEM. 68 anosAM. MASC. 70 ANOS

DCJ ESPORÁDICA – ASPECTOS NA RM

Caso cedido pelo Dr. Ronaldo Vosguerau - CETAC

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HIDROCEFALIA DE PRESSÃO NORMAL

• O índice mede a relação entre o maior diâmetro latero-lateral dos cornos frontais (A) e, no mesmo corte, o diâmetro biparietal (B).

• Index > 0,3 sugere dilatação ventricular.

Page 42: I curso neuroimagem demencias.st

HIDROCEFALIA DE PRESSÃO NORMAL

• RM sagital “fast spin echo” (FSE) em T2 sem compensação de fluxo. Observa marcado hipossinal em direção ao fastigium e em direção ao aspecto mais caudal do quarto ventrículo, sinal compatível com artefato de fluxo liquórico (flow void).

• RM axial FLAIR: sinal sugestivo de transudação transependimária nos cornos frontais e occipitais (setas) dos ventrículos laterais.

• Dilatação ventricular desproporcional ao grau de atrofia cerebral.

Page 43: I curso neuroimagem demencias.st

• Fissura de Sylvius alargada, associada ao estreitamento da convexidade superior e do espaço subaracnóideo dão suporte ao diagnóstico de HPN.

• VPP de 80% em resposta ao tratamento cirúrgico.

Hashimoto et. al., 2010. Cerebrospinal Fluid Research

Disproportionately enlarged subarachnoid space

hydrocephalus (DESH)

DESH permite diferenciar HPNI de DA com elevada sensibilidade e

especificidade

Page 44: I curso neuroimagem demencias.st

• O índice de Evans, isoladamente, não permite diferenciar a HPN da doença de Alzheimer.

• O ângulo do corpo caloso menor que 90 graus é um importante método diagnóstico na HPNI.

Evans: 0,30 ACC 69

Evans: 0,29 ACC 102

Evans: 0,24 ACC 118

Ishii et al,. 2008. Eur Radiol

HPN Doença de Alzheimer Saudável

cortes perpendiculares no plano da comissura antero-posterior ao nível da comissura posterior

Page 45: I curso neuroimagem demencias.st

• HPN: aumento da amplitude do corno temporal com fissuras peri-hipocampais normais.

• Doença de Alzheimer: aumento da amplitude do corno temporal e da fissura peri-hipocampal.

• Corte coronal T1. • Corte através do corpo

do hipocampo ao nível da parte anterior da ponte.

Scheltens et al. (1992)

DILATAÇÃO DOS CORNOS TEMPORAIS

Page 46: I curso neuroimagem demencias.st

CONSIDERAÇÕES FINAIS

• A graduação, utilizando escalas visuais, é de grande importância para o seguimento evolutivo (Escala de Fazekas, Scheltens, atrofia cortical global e atrofia parietal/posterior).

• A RM é o exame de escolha na investigação das síndromes demenciais. Tem papel diagnóstico central nas seguintes demências: vascular, doença de Creutzfeldt-Jacob e hidrocefalia de pressão normal.

• Quando solicitar exame de neuroimagem, descrever dados relevantes na solicitação para o radiologista. Assim, é possível realizar as sequências necessárias para auxiliar no diagnóstico mais acurado.

Page 47: I curso neuroimagem demencias.st

OBRIGADO!