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I Curso de Capacitação Em Biossegurança
Comissão Interna de Biossegurança –Instituto de Biologia – UNICAMP
Tema: “Boas Práticas e Biossegurança na Manipulação de Animais de Laboratório”
Delma Pegolo Alves
Comissão de Biossegurança
• Solicitar CQB CTNBio
• Divulgar os procedimentos em biossegurança(conformidade com a Lei)
• Gestão dos procedimentos de biossegurança (projetos, reuniões, acidentes: notificar e investigar, transporte, contenção)
• Atitudes de preservação ambiental
• Educação continuada em biossegurança
• Responsabilidade – TODOS.
Biossegurança• Conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou
eliminar riscos inerentes às atividades (de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços), que possam comprometer à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados.
• Prevenir a saída de agentes biológicos, OGMs e/ou AnGMs para fora de sistemas de contenção usados como barreiras de segurança.
• Reduzir exposição de pessoas e/ou animais a agentes biológicos de risco nos mais variados tipos de trabalho.
• Reduzir riscos de danos ambientais
Espécies Convencionais de Animais Utilizadas Como Modelos Experimentais
Roedores: Camundongo , Rato, Cobaio, Hamster, Gerbil
Lagomorfos: Coelho
Carnívoros : Furão, Cães e Gatos
Ungulados: Porcos, Mini-porcos, Cavalo, Carneiro, Cabra
Anfíbios: Sapos e Rãs
Primatas: macacos (Velho e Novo Mundo)
Outros: Tatu, Aves, Peixes, Cobras, Lagartos, Insetos .
ESPÉCIES DE ANIMAIS UTILIZADAS COMO MODELOS EXPERIMENTAIS
Edificação de Biotérios
• Espécies serão produzidas / mantidas
• Tipo de colônias: aberta ou fechada
• Finalidade: produção, experimentação ou misto
• Planejamento arquitetônico: barreiras de proteção
• Área física de quarentena planejada
Classificação do padrão sanitário
Microbiota associada e complexidade do sistema de barreira de contenção
Unidades Isoladoras- Axênico ou livres de germes- Gnotoxênico/ ou associação conhecida (mono, di,tri ..... poliassociados)- Gnotobiologia
- Heteroxênicos
SPF (específico / especificado)
SOPFSOPF: (SPF + agentes oportunistas)
Salas com barreiras sanitárias, Racks ventiladas,Micro
isoladores...
- Holoxênicos (agnotobióticos)
- ConvencionaisConvencionaisBarreiras sanitárias ausentes
Modelos Animais
Certificados : Genético, Sanitário e Ambiente. Avaliação de parâmetros biológicos e bioquímicos, Avaliação do padrão genético e sanitário.
Ø segurança no manejo e manipulação
Ø bem estar animal
Ø resultados experimentais : confiáveis e reproduzíveis
SEGURANÇA NO TRABALHO COM ANIMAIS
Saúde e Bem Estar - Harmonia Com Ambiente De Trabalho
• Condições adequadas de trabalho
•Capacitação técnica
• Informações sobre riscos sanitários
• Informações sobre biossegurança: variedade de riscos e danos para a saúde humana, animal, vegetal e ambiente
ANIMAIS DE LABORATANIMAIS DE LABORATÓÓRIO RIO ZOONOSESZOONOSES
Roedores:
Salmoneloses
Leptospiroses
Hymenolepíases
Hantaviroses
Coriomeningite linfocitária
Encefalomiocardites
Helicobacter bilis (?)
Cães e Gatos:
Salmoneloses
Tuberculoses
Leptospiroses
Bruceloses
Bartoneloses (B. henselae)
Toxoplasmose
Larva migrans viceral (Toxocara sp)
Larva migrans cutânea(Ancylostoma caninum)
Primatas:
Shigeloses
Tuberculoses
Amebíases
Doença de Marburg
Influenza
Sarampo
Citomegaloviroses
Herpes virus B
AGENTES DE RISCOS NO MANEJO E MANIPULAÇÃO DE ANIMAIS DE LABORATÓRIO
1. Físicos: lesões causadas por arranhões, mordidas, pisos escorregadios, problemas ergonômicos, cortes, inoculações, radiações U.V..
2. Químicos: uso de substâncias químicas ácidas e alcalinas desinfetantes ou esterilizantes concentradas, drogas e anestésicos voláteis, substâncias químicas carcinogênicas, radioisótopos.
3. Biológicos: zoonoses, acidentes com inoculação de patógenos.
Reações Alérgicas: reações de hipersensibilidade localizadas pele (dermatites), mucosas ou sistêmicas.
4. Psicológicos: afetividade com os animais, estresse, eutanásia.
ÉTER: irritante para mucosas, potencial explosivo
CLOROFÓRMIO E HALOTANO: danos hepáticos
METOXIFLUORANO: danos renais e hepáticos
ÓXIDO NÍTRICO: probabilidade neurotóxica
CICLOPROPANO: potencial explosivo misturado com O2
e Óxido Nítrico
URETANO: potencial carcinogênico
FORMALDEÍDO: irritante
ÁCIDO PERACÉTICO: irritante forte, corrosivo
HIPOCLORITO DE SÓDIO: irritante forte, corrosivo
Substâncias Químicas - Riscos de Uso
PERICULOSIDADE DAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
INTERAÇÃO COM O ORGANISMO:
• Superficial: pele e mucosas
• Sistêmica: pele, mucosas, pulmões, gastrointetinal
• Sem interação: inalação ⇒ deslocamento O2 ⇒ asfixia causados por CO e CO2
PREVENÇÃO DE RISCOS NO MANEJO DE ANIMAIS
1. Qualificação profissional de pessoal técnico e de usuários (pesquisadores e alunos).
2. Instituição de normas de higiene:
• proteção dos funcionários e usuários
• proteção e prevenção de doenças relacionadas com animais
• proteção dos objetivos do experimento
3. Normatização POPs / CQB-CTNBio
4. Programas de segurança e saúde ocupacionais (SESMT, CIPA): uso de EPIs, EPCs, aplicação programas de imunização, sinalização áreas de risco, etc.
Risco BiológicoSinalização do ambiente
PERIGO BIOLPERIGO BIOLÓÓGICOGICOEntrada permitida somente a pessoas autorizadasEntrada permitida somente a pessoas autorizadas
Natureza do perigo: ............................................Natureza do perigo: ..................................................................................................FuncionFuncionáário responsrio responsáável: ...........................................................vel: ...................................................................Em caso de emergência chamar por: ..............................Em caso de emergência chamar por: ..........................................................
Telefone laboratTelefone laboratóório:...................... Telefone residencial: ...............rio:...................... Telefone residencial: .................
Símbolo Riscos Biológicos
Símbolo Riscos Radiação
Modelos de Máscaras Faciais
MÁSCARA FACIAL
CAPELA QUÍMICA
MÁSCARA FACIAL: PROTEÇÃO TOTAL
Manipulação de Materiais Biológicos em Gabinetes de
Biossegurança Manuseio de Nitrogênio Líquido
Máscara Radiação UV Sistema de Ar Autônomo
Descarte de Material Perfuro-Cortante
Túnel de passagem (Pass-trough)
MAPA DE RISCOS
Controle de Acesso -Entrada do Prédio
Áreas de Criação de Animais
Rotina de Desinfecção Pré-Estabelecida
Áreas de Criação de Animais S.P.F.Tecnicas de Manejo Padronizadas
Esterilização de Materiais
Colônia de Fundação - Manejo
MICROISOLADORESMICROISOLADORES
Gabinete de Fluxo de ar
horizontal
ESTANTES VENTILADAS
Unidade de isoladores
autoclaves e tanque de passagem BARREIRA SANITÁRIA
Validação de processos ESTERILIZAÇÃO
DESINFECÇÃOEPCEPC
Gabinete de biossegurançaClasse IIA
Gabinete de biossegurançaclasse IIBEPI/EPC
DESCARTE DE MATERIAIS DO BIOTÉRIO
1. Plásticos, fichas de identificação e papéis em geral não contaminados
2. Cama suja com fezes e restos de ração:- limpa- contaminada
3. Carcaça de animais para descarte :- não infectados- infectados
4. Material infeccioso5. Material radioativo6. Objetos perfuro-cortantes
Grupos de Riscos para Agentes Infecciosos
• GRUPO I: risco individual e comunitário baixo, não causa doença em trabalhadores ou em animais saudáveis.
• GRUPO II: risco individual e comunitário baixo sob condiçõesnormais, não representa ameaça de perigo sério para a saúde do homem, animais e meio ambiente em geral. Há tratamento e medidas preventivas eficientes, risco de disseminação limitado.
• GRUPO III: risco individual elevado, risco comunitário limitado. Causa doenças sérias em humanos e animais, normalmente limitada disseminação por contato ou há prevenção e tratamento eficientes.
• GRUPO IV: risco individual e comunitário elevados, representa séria ameaça para homem e animais, alta possibilidade de disseminação entre homem e animais, tratamento e medidas preventivas não disponíveis ou pouco eficientes.
Níveis de Biossegurança com Animais Infectados
• NBA-1: animais inoculados com microorganismos pertencentes ao grupo de risco I
• NBA-2: animais inoculados com microorganismos pertencentes ao grupo de risco II
• NBA-3: animais inoculados com microorganismos pertencentes ao grupo de risco III
• NBA-4: animais inoculados com microorganismos pertencentes ao grupo de risco IV
OGM do Grupo I aquele que se enquadrar no critério de não patogenicidade, resultando de organismo receptor ou parental não patogênico (classificado como classe de risco 1, de acordo com o Apêndice 2 destas Normas), além da observância dos demais critérios estabelecidos no Anexo 1 da Lei 8.974/95.
OGM do Grupo II qualquer organismo que, dentro do critério de patogenicidade, for resultante de organismo receptor ou parental classificado como patogênico (classificados como classe de risco 2, 3, ou 4) para o homem e animais.
ANIMAIS GENETICAMENTE MODIFICADOS (Angms)
• Instruções Normativas 12, 13, 15-CTNBio, 1998. Descrevem recomendações (práticas, segurança, equipamentos e instalações) para normas de trabalho em contenção com AnGMs, comparáveis aos critérios de biossegurançapara trabalho com agentes infecciosos.
NB-A1NB-A2NB-A3NB-A4
Níveis de Biossegurança com Animais Infectados
Necessidade de recomendações detalhadas para práticas, segurança, equipamentos e instalações para experimentos com animais infectados, de acordo com os níveis de biossegurança animal:
• POPs
• Práticas especiais
• Equipamentos de segurança (Barreiras primárias)
• Instalações (Barreiras secundárias)
Biossegurança
• Normas para trabalho com animais:– Planejamento– Organização– Sinalização– Procedimentos operacionais– Treinamento– Utilização de EPC e EPI– Registros de atividades– Registros de acidentes– Comunicação de acidentes
A - Aprendizado - Falta de experiência Profissional
B - Equilíbrio profissional
C - Excesso de confiança -Torna-se negligente
Curva de AcidentesCurva de AcidentesA
cid
en
tes
Anos de Trabalho
AA
BB
CC
Referências Bibliográficas
• Mario J. HIRATA & Jorge M. FILHO. MANUAL DE BIOSSEGURANÇA. Ed. Manole Ltda., São Paulo, 1a. Ed., 2002.
• Biosafety in microbiological and biomedical laboratories. National Institute of Health (NIH). Issuing Office: OACU 496-5424-2000 (www.nih.gov).
• www.ctnbio.gov.br/ctnbio/legis
• Manual para técnicos em bioterismo. COBEA, São Paulo, 2a. Ed., Ed.: Comissão ensino COBEA-FINEP, 1996.
• Guía para el cuidado y uso de los animales de laboratório. National Research Council. National Academy Press, Washington DC, 2001.
• Occupational health and safety in the care and use of research animal. National Research Council. National Academy Press, Washington DC, 1997.