homicídios de crianças e jovens no brasil · proporção (%) de homicídios na população de 0 a...

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  • Homicídios de crianças e jovens no Brasil:1980-2002

    Maria Fernanda Tourinho PeresNancy CardiaPatrícia Carla dos Santos

    Secretaria Especialdos Direitos Humanos

    Programa das Nações Unidaspara o desenvolvimento

    Núcleo de Estudos da Violência Universidade de São Paulo

    Centro Colaborador da OrganizaçãoMundial da Saúde

    Apoio:

  • © Copyright Núcleo de Estudos da Violência, Universidade de São Paulo.Os conceitos e opiniões que integram este livro são de exclusiva responsabilidade do Núcleo de Estudos da

    Violência da Universidade de São Paulo e dos autores.

    Os autores são responsáveis pela escolha e apresentação dos fatos contidos neste livro, bem como pelas opiniões nele expressas, que não são necessariamente as da SEDH/PR e do PNUD e nem os comprometem.

    Projeto gráfico e editoração: Frédéric Berthélémé[email protected] - www.foradeserie.art.br

    Peres, Maria Fernanda Tourinho Homicídios de crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 /

    Maria Fernanda Tourinho Peres, Nancy Cardia, Patrícia Carla dos Santos; Núcleo de Estudos da Violência, Universidade de São Paulo. -- [São Paulo] : NEV/USP, [2006].

    311 p. : il.Bibliografia.1. Homicídio – Brasil – Indicadores (1980-2002) 2. Violência

    (Criminologia) 3. Direitos da criança 4. Crianças (Sociologia) 5. Adolescentes (Sociologia) 6. Problemas sociais - Brasil I. Cardia, Nancy II. Santos, Patrícia Carla dos III. Núcleo de Estudos da Violência. Universidade de São Paulo IV. Título.

    21. CDD 364.1520981P437h

  • Homicídios de crianças e jovens no Brasil: 1980-2002

    Agradecimentos

    A publicação e divulgação dos resultados foram possíveis graças ao apoio da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)

    Para consolidação e análise dos dados a respeito de graves violações de direitos humanos contra crianças e adolescentes, utilizamos os dados do projeto “Banco de dados da imprensa sobre as graves violações de direitos humanos”, financiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Agradecemos a toda equipe do projeto, em especial à Maria Cecília Abreu, Marcela Evange-lista, Flávia Vernaschi, Aline Midori e Leandro Daniel Carvalho.

    Agradecimentos especiais à equipe do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo pelo seu empenho na realização e edição final do texto.

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  • Homicídios de crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 �

    Equipe Técnica

    CoordenaçãoMaria Fernanda Tourinho PeresPesquisadora senior, Núcleo de Estudos da Violência,Universidade de São Paulo.

    Nancy CardiaCoordenadora adjunta, Núcleo de Estudos da Violência, Universidade de São Paulo.

    PesquisadorPatrícia Carla dos SantosAssistente de pesquisa, Núcleo de Estudos da Violência, Universidade de São Paulo.

    ColaboraçãoSérgio AdornoCoordenador, Núcleo de Estudos da Violência, Universidade de São Paulo.

    Paulo Sérgio PinheiroExpert independente do Secretário-Geral da ONU para o estudo mundial sobre violência contra as crianças

  • Homicídios de crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 �

    Sumário

    Sumário de tabelas, gráficos e quadros

    Apresentação (por Paulo Sérgio Pinheiro)

    1| A vitimização de crianças e jovens: o cenário internacional

    2| Homicídios de Crianças e Jovens na literatura nacional

    3| Homicídios de crianças e jovens entre 1980 e 2002 no Brasil

    1. Panorama Nacional

    2. Análise por Regiões

    Região Norte

    Região Nordeste

    Região Sudeste

    Região Sul

    Região Centro-Oeste

    3. Estados e capitais: uma visão comparativa

    4| Limites da interpretação

    5| Linchamentos, execuções e violência policial de crianças e adolescentes no Brasil

    1. Linchamentos, execuções e violência policial de crianças e adolescentes no Rio de Janeiro

    2. Linchamentos, execuções e violência policial de crianças e adolescentes em São Paulo

    6| Considerações finais

    7| Recomendações

    8| Bibliografia

    9| Anexos

    1. Metodologia

    2. Tabelas com proporções

    3. Tabelas com coeficientes de mortalidade

    4. Tabelas com números absolutos

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  • Sumário de tabelas, gráficos e quadros �

    Sumário de tabelas, gráficos e quadros

    Tabelas1. Óbitos por causas externas segundo grupos de gênero e etários, população de 0 a 19 anos. Brasil, 1980-2002.2. Coeficiente de mortalidade (/100.000 hab) por homicídios, população de 0 a 19 anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil, 1980 a 2002.3. Coeficiente de mortalidade (/100.000 hab) por homicídios por arma de fogo, população de 0 a 19 anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil,

    1980 a 2002.4. Proporção (%) de homicídios sobre total de óbitos por causas externas na população de 0 a 19 anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil,

    Regiões e UFs, 1980 a 2002.5. Proporção (%) de homicídios sobre total de óbitos por causas externas na população de 0 a 19 anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil e

    Capitais, 1980 a 2002.6. Coeficiente de mortalidade (/100.000 hab.) por homicídios, população de 0 a 19 anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil, Regiões e UFs, 2002.7. Coeficiente de mortalidade (/100.000 hab.) por homicídios, população de 0 a 19 anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil e Capitais, 2002.8. Proporção (%) de homicídios por arma de fogo sobre total de homicídios na população de 0 a 19 anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil,

    Regiões e UFs, 1980 a 2002.9. Proporção (%) de homicídios por arma de fogo sobre total de homicídios na população de 0 a 19 anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil e

    Capitais, 1980 a 2002.10. Proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre total de homicídios. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.11. Proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre total de homicídios, sexo masculino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.12. Proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre total de homicídios, sexo feminino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.13. Proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre total de homicídios, Brasil e Capitais, 1980 a 2002.14. Proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre total de homicídios, sexo masculino. Brasil e Capitais 1980 a 2002.15. Proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre total de homicídios, sexo feminino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.16. Proporção (%) de homicídios na população de 0 a 4 anos sobre total de homicídios na população de e adolescentes de 0 a 19 anos. Brasil,

    Regiões e UFs, 1980 a 2002.17. Proporção (%) de homicídios na população de 5 a 9 anos sobre total de homicídios na população de e adolescentes de 0 a 19 anos. Brasil,

    Regiões e UFs, 1980 a 2002.18. Proporção (%) de homicídios na população de 10 a 14 anos sobre total de homicídios na população de e adolescentes de 0 a 19 anos. Brasil,

    Regiões e UFs, 1980 a 2002.19. Proporção (%) de homicídios na população de 15 a 19 anos sobre total de homicídios na população de e adolescentes de 0 a 19 anos. Brasil,

    Regiões e UFs, 1980 a 2002.20. Proporção (%) de homicídios (%) por arma de fogo sobre total de homicídios, população de 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.21. Proporção (%) de homicídios por outros instrumentos sobre total de homicídios, população de 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.22. Proporção (%) de homicídios por instrumentos não especificados sobre total de homicídios, população de 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs,

    1980 a 2002.23. Proporção (%) de homicídios (%) ocorridos nas capitais sobre total de homicídios em UFs, população de 0 a 19 anos, Brasil, 1980-2002.24. Proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre total de óbitos por causas externas. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.25. Proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre total de óbitos por causas externas, sexo masculino. Brasil, Regiões e UFs,

    1980 a 2002.26. Proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre total de óbitos por causas externas, sexo feminino. Brasil, Regiões e UFs,

    1980 a 2002.27. Proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre total de óbitos por causas externas, Brasil e Capitais, 1980 a 2002.28. Proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre total de óbitos por causas externas, sexo masculino. Brasil e Capitais 1980

    a 2002. 29. Proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre total de óbitos por causas externas, sexo feminino. Brasil e Capitais, 1980

    a 2002. 30. Proporção (%) de óbitos com intenção indeterminada sobre o total de óbitos por causas externas, população 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e

    UFs, 1980 a 2002. 31. Proporção (%) de óbitos com intenção indeterminada sobre o total de óbitos por causas externas, população 0 a 19 anos. Brasil e Capitais,

    1980 a 2002. 32. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.33. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 0 a 19 anos, sexo masculino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 34. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 0 a 19 anos, sexo feminino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 35. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 0 a 19 anos. Brasil e Capitais, 1980 a 2002. 36. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 0 a 19 anos, sexo masculino. Brasil e Capitais 1980 a 2002. 37. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 0 a 19 anos, sexo feminino. Brasil e Capitais 1980 a 2002. 38. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 15 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.

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  • �Homicídios de crianças e jovens no Brasil: 1980-2002

    39. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 15 a 19 anos, sexo masculino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 40. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 15 a 19 anos, sexo feminino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 41. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população 15 a 19 anos. Brasil e Capitais, 1980a 2002. 42. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população 15 a 19 anos, sexo masculino. Brasil e Capitais, 1980a 2002. 43. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população 15 a 19 anos, sexo feminino. Brasil e Capitais, 1980a 2002.44. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 0 a 4 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 45. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 5 a 9 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 46. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 10 a 14 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 47. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) por arma de fogo, população de 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.48. Coeficientes de mortalidade homicídios (/100.000 hab.) por outros instrumentos, população de 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 49. Coeficientes de mortalidade homicídios (/100.000 hab.) por instrumentos não especificados, população de 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e

    UFs, 1980 a 2002. 50. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) por arma de fogo, população de 0 a 19 anos. Brasil e Capitais, 1980 a 2002. 51. Coeficientes de mortalidade homicídios (/100.000 hab.) por outros instrumentos, população de 0 a 19 anos. Brasil e Capitais, 1980 a 2002. 52. Coeficientes de mortalidade homicídios (/100.000 hab.) por instrumentos não especificados, população de 0 a 19 anos. Brasil e Capitais,

    1980 a 2002. 53. Distribuição de graves violações de direitos humanos por motivação. Brasil, 1980 a 2003. 54. Distribuição de execução sumária de crianças e adolescentes por motivação. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2003. 55. Distribuição de linchamentos de crianças e adolescentes por motivação. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2003. 56. Distribuição de violência policial contra crianças e adolescentes por motivação. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2003. 57. Distribuição de graves violações de direitos humanos por motivação. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 58. Distribuição de execução sumária de crianças e adolescentes por motivação. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 59. Distribuição de linchamentos de crianças e adolescentes por motivação. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 60. Distribuição de violência policial contra crianças e adolescentes por motivação. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 61. Distribuição de graves violações de direitos humanos por motivação. São Paulo, 1980 a 2003. 62. Distribuição de execução sumária de crianças e adolescentes por motivação. São Paulo, 1980 a 2003. 63. Distribuição de linchamentos de crianças e adolescentes por motivação. São Paulo, 1980 a 2003. 64. Distribuição de violência policial contra crianças e adolescentes por motivação. São Paulo, 1980 a 2003. 65. Número de óbitos por homicídios, população de 0 a 19 anos, Brasil, Regiões e UFs, 1980-2002. 66. Número de óbitos por homicídios, população de 0 a 4 anos, Brasil, Regiões e UFs, 1980-2002.67. Número de óbitos por homicídios, população de 5 a 9 anos, Brasil, Regiões e UFs, 1980-2002.68. Número de óbitos por homicídios, população de 10 a 14 anos, Brasil, Regiões e UFs, 1980-2002.69. Número de óbitos por homicídios, população de 15 a 19 anos, Brasil, Regiões e UFs, 1980-2002.70. Número de óbitos por homicídios, população de 0 a 19 anos, sexo masculino. Brasil, Regiões e UFs, 1980-2002. 71. Número de óbitos por homicídios, população de 15 a 19 anos, sexo masculino, Brasil, Regiões e UFs, 1980-2000.72. Número de óbitos por homicídios, população de 0 a 19 anos, sexo feminino. Brasil, Regiões e UFs, 1980-2002. 73. Número de óbitos por homicídios, população de 15 a 19 anos, sexo feminino, Brasil, Regiões e UFs, 1980-2000.74. Número de homicídios na população de 0 a 14 anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.75. Número de óbitos por homicídios, população de 0 a 19 anos, Brasil e Capitais, 1980-2002.76. Número de óbitos por homicídios, população de 0 a 4 anos, Brasil e Capitais, 1980-2002.77. Número de óbitos por homicídios, população de 5 a 9 anos, Brasil e Capitais, 1980-2002.78. Número de óbitos por homicídios, população de 10 a 14 anos, Brasil e Capitais, 1980-2002.79. Número de óbitos por homicídios, população de 15 a 19 anos, Brasil e Capitais, 1980-2002.80. Número de óbitos por homicídios, população de 0 a 19 anos, sexo masculino. Brasil e Capitais, 1980-2002.81. Número de óbitos por homicídios, população de 15 a 19 anos, sexo masculino, Brasil e Capitais, 1980-2002.82. Número de óbitos por homicídios, população de 0 a 19 anos, sexo feminino. Brasil e Capitais, 1980-2002.83. Número de óbitos por homicídios, população de 15 a 19 anos, sexo feminino, Brasil e Capitais, 1980-2002.84. Número de homicídios na população de 0 a 14 anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.85. Número de óbitos por homicídios por arma de fogo, população de 0 a 19 anos, Brasil, Regiões e UFs, 1980-2002.86. Número de homicídios por arma de fogo na população de 0 a 19 anos, segundo população de e sexo. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.87. Número de óbitos por homicídios por arma de fogo, população de 0 a 19 anos, Brasil e Capitais, 1980-2002.88. Número de homicídios por arma de fogo na população de 0 a 19 anos, segundo população de e sexo. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.89. Número de óbitos por homicídios por outros instrumentos, população de 0 a 19 anos, Brasil, Regiões e UFs, 1980-2002.90. Número de óbitos por homicídios por instrumentos não especificados, população de 0 a 19 anos, Brasil, Regiões e UFs, 1980-2002.91. Número de óbitos por homicídios por outros instrumentos, população de 0 a 19 anos, Brasil, Regiões e UFs, 1980-2002.92. Número de óbitos por homicídios por instrumentos não especificados, população de 0 a 19 anos, Brasil, Regiões e UFs, 1980-2002.93. Número de óbitos por homicídios ocorridos fora das capitais, população de 0 a 19 anos, Brasil, Regiões e UFs, 1980-2002.94. Razão entre óbitos informados e estimados segundo a Unidade da Federação de residência. Estados, Regiões, Brasil, 1991-2001.

    Gráficos1. Distribuição dos homicídios por grupo etário. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 2. Distribuição dos homicídios de crianças e adolescentes segundo grupo etário. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.

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  • Sumário de tabelas, gráficos e quadros �

    3. Número de vítimas de homicídios, população de 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 4. Evolução da proporção (%) de homicídios de crianças e adolescentes no total de homicídios e incrementos (%), segundo grupos de gênero

    e população total. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 5. Evolução da proporção (%) de homicídios no total de mortes por homicídios e incrementos (%), segundo grupo etário. Brasil, 1980, 1990,

    2000, 2002. 6. Proporção (%) de óbitos por homicídios e intencionalidade indeterminada no total de mortes por causas externas e incrementos (%), popu-

    lação de 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.7. Proporção (%) de homicídios no total de mortes por causas externas, população de 0 a 19 anos, segundo sexo. Brasil, Regiões e UFs, 1980

    a 2002. 8. Coeficientes de mortalidade (/100.000) por causas externas e incremento global (%), população de 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs,

    1980 a 2002. 9. Coeficientes de mortalidade (/100.000 hab.) por homicídios na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), segundo sexo. Brasil, Regiões

    e UFs, 1980 a 2002. 10. Coeficientes de mortalidade (/100.000) por homicídios e incrementos (%), população total e por faixas etárias selecionadas. Brasil, Regiões

    e UFs, 1980 a 2002. 11. Coeficientes de mortalidade (/100.000) por homicídios e incrementos (%), por tipo de instrumento, população 0 a 19 anos. Brasil, Regiões

    e UFs, 1980 a 2002.12. Coeficientes de mortalidade (/100.000 hab.) por homicídios na população 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de instrumento. Brasil,

    Regiões e UFs, 1980 a 2002.13. Distribuição dos homicídios de crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, segundo Região administrativa. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 14. Evolução da proporção (%) de homicídios sobre o total de óbitos por causas externas e incrementos (%), segundo Região administrativa.

    Brasil, 1980, 1990, 2000, 2002. 15. Evolução de coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%) segundo Região administrativa. Brasil, 1980,

    1990, 2000, 2002. 16. Distribuição dos homicídios de crianças e adolescentes por Estados da Região Norte. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 17. Evolução da proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre o total de homicídios e incrementos (%). Brasil, Região Norte

    e Unidades da Federação, 1980, 1990, 2000, 2002. 18. Evolução da proporção (%) de homicídios sobre o total de óbitos por causas externas e incrementos (%). Brasil, Região Norte e Unidades da

    Federação, 1980, 1990, 2000, 2002. 19. Evolução de coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%). Brasil, Região Norte e Unidades da Federação,

    1980, 1990, 2000, 2002. 20. Distribuição de homicídios de crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, por Capitais. Brasil, Região Norte, 1980 a 2002. 21. Distribuição dos homicídios na população de 0 a 19 anos nos estados da Região Norte. Brasil, 1980 a 2002. 22. Evolução da proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre o total de homicídios e incrementos (%) nas capitais. Brasil,

    Região Norte, 1980, 1990, 2000, 2002. 23. Evolução da proporção (%) de homicídios sobre total de óbitos por causas externas nas capitais. Brasil, Região Norte, 1980, 1990, 2000, 2002. 24. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Norte, 1980, 1990,

    2000, 2002.25. Evolução da proporção (%) de óbitos por homicídios e intenção indeterminada sobre o total de óbitos por causas externas e incrementos

    (%), população de 0 a 19 anos. Rondônia, 1980 a 2002. 26. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), segundo sexo.

    Rondônia, 1980 a 2002. 27. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.

    Rondônia, 1980 a 2002. 28. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-

    trumento. Rondônia, 1980 a 2002. 29. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%). Rondônia, Porto

    Velho e outros municípios, 1980-2002. 30. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), segundo sexo.

    Porto Velho, 1980 a 2002. 31. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.

    Porto Velho, 1980 a 2002. 32. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.

    Região Norte, 1980 a 2002. 33. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-

    trumento. Porto Velho, 1980 a 2002. 34. Evolução da proporção (%) de óbitos por homicídios e intenção indeterminada sobre o total de óbitos por causas externas e incrementos

    (%), população de 0 a 19 anos. Acre, 1980 a 2002. 35. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo

    e população total. Acre, 1980 a 2002. 36. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.

    Rondônia, 1980 a 2002. 37. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-

    trumento. Acre, 1980 a 2002. 38. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), Acre, Rio Branco

    42

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  • �Homicídios de crianças e jovens no Brasil: 1980-2002

    e outros municípios, 1980-2002. 39. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo

    e população total. Rio Branco, 1980 a 2002. 40. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.

    Rio Branco, 1980 a 2002. 41. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-

    trumento. Rio Branco, 1980 a 2002. 42. Distribuição dos homicídios de crianças e adolescentes por Estados da Região Nordeste. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 43. Evolução da proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre o total de homicídios e incrementos (%). Brasil, Região Nordeste

    e Unidades da federação, 1980, 1990, 2000, 2002. 44. Evolução da proporção (%) de homicídios sobre o total de óbitos por causas externas e incrementos (%).Brasil, Região Nordeste e Unidades

    da federação, 1980, 1990, 2000, 2002. 45. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%). Brasil, Região Nordeste e Unidades da

    Federação, 1980, 1990, 2000, 2002. 46. Distribuição de homicídios em crianças e adolescentes por Capitais. Brasil, Região Nordeste, 1980 a 2002. 47. Distribuição de homicídios nos estados da Região Nordeste. Brasil, 1980 a 2002. 48. Evolução da proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre o total de homicídios e incrementos (%). Brasil, Região

    Nordeste, Capitais, 1980, 1990, 2000, 2002. 49. Evolução da proporção (%) de homicídios sobre total de óbitos por causas externas nas capitais. Brasil, Região Nordeste, 1980, 1990,

    2000, 2002. 50. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Nordeste, 1980,

    1990, 2000, 2002. 51. Evolução da proporção (%) de óbitos por homicídios e intenção indeterminada sobre o total de causas externas, população de 0 a 19 anos.

    Pernambuco, 1980 a 2002. 52. Coeficiente de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo e população

    total. Pernambuco, 1980 a 2002. 53. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.

    Pernambuco, 1980 a 2002. 54. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-

    trumento. Pernambuco, 1980 a 2002. 55. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%). Pernambuco,

    Recife e outros municípios, 1980-2002. 56. Coeficiente de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo e população

    total. Recife, 1980 a 2002. 57. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.

    Recife, 1980 a 2002. 58. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-

    trumento. Recife, 1980 a 2002.59. Distribuição dos homicídios de crianças e adolescentes por Estados da Região Sudeste. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 60. Evolução da proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre o total de homicídios e incrementos (%). Brasil, Região Sudeste

    e Unidades da Federação, 1980, 1990, 2000, 2002. 61. Evolução da proporção (%) de homicídios sobre o total de óbitos por causas externas e incrementos (%).Brasil, Região Sudeste e Unidades

    da Federação, 1980, 1990, 2000, 2002. 62. Evolução de coeficientes de mortalidade (/100.000 hab.) por homicídios e incrementos (%).Brasil, Região Sudeste e Unidades da Federação,

    1980, 1990, 2000, 2002. 63. Distribuição de homicídios de crianças e adolescentes por Capitais. Brasil, Região Sudeste, 1980 a 2002. 64. Distribuição de homicídios nos estados da Região Sudeste. Brasil, 1980 a 2002. 65. Evolução da proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre o total de homicídios e incrementos (%) nas capitais. Brasil,

    Região Sudeste, 1980, 1990, 2000, 2002. 66. Evolução da proporção (%) de homicídios sobre total de óbitos por causas externas e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Sudeste,

    1980, 1990, 2000, 2002. 67. Evolução de coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Sudeste, 1980, 1990,

    2000, 2002. 68. Evolução da proporção (%) de óbitos por homicídios e intenção indeterminada sobre o total de causas externas, população de 0 a 19 anos.

    Minas Gerais, 1980 a 2002. 69. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo

    e população total. Minas Gerais, 1980 a 2002. 70. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.

    Minas Gerais, 1980 a 2002. 71. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-

    trumento. Minas Gerais, 1980 a 2002. 72. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), Minas Gerais, Belo

    Horizonte e outros municípios, 1980-2002. 73. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo

    e população total. Belo Horizonte, 1980 a 2002.

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  • Sumário de tabelas, gráficos e quadros 10

    74. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária. Belo Horizonte, 1980 a 2002.

    75. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-trumento. Belo Horizonte, 1980 a 2002.

    76. Evolução da proporção (%) de óbitos por homicídios e intenção indeterminada sobre o total de causas externas, população de 0 a 19 anos. Espírito Santo, 1980 a 2002.

    77. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo e população total. Espírito Santo, 1980 a 2002.

    78. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por faixa etária. Espírito Santo, 1980 a 2002.

    79. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por tipo de instru-mento. Espírito Santo, 1980 a 2002.

    80. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, Espírito Santo, Vitória e outros municípios, 1980-2002.

    81. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por grupo de sexo e população total. Vitória, 1980 a 2002.

    82. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por faixa etária. Vitória, 1980 a 2002.

    83. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por tipo de instru-mento. Vitória, 1980 a 2002.

    84. Evolução da proporção (%) de óbitos por homicídios e intenção indeterminada sobre o total de causas externas, população de 0 a 19 anos. Rio de Janeiro, 1980 a 2002.

    85. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por grupo de sexo e população total. Rio de Janeiro, 1980 a 2002.

    86. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por faixa etária. Rio de Janeiro, 1980 a 2002.

    87. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por tipo de instru-mento. Rio de Janeiro, 1980 a 2002.

    88. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, Rio de Janeiro, capital e outros municípios, 1980-2002.

    89. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por grupo de sexo e população total. Cidade do Rio de Janeiro, 1980 a 2002.

    90. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por faixa etária. Cidade do Rio de Janeiro, 1980 a 2002.

    91. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por tipo de instru-mento. Cidade do Rio de Janeiro, 1980 a 2002.

    92. Evolução da proporção (%) de óbitos por homicídios e intenção indeterminada sobre o total de causas externas, população de 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2002.

    93. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por grupo de sexo e população total. São Paulo, 1980 a 2002.

    94. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por faixa etária. São Paulo, 1980 a 2002.

    95. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por tipo de instru-mento. São Paulo, 1980 a 2002.

    96. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, São Paulo, capital e outros municípios, 1980-2002.

    97. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por grupo de sexo e população total. Cidade de São Paulo, 1980 a 2002.

    98. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por faixa etária. Cidade de São Paulo, 1980 a 2002.

    99. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por tipo de instru-mento. Cidade de São Paulo, 1980 a 2002.

    100. Distribuição dos homicídios de crianças e adolescentes por Estados da Região Sul. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 101. Evolução da proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre o total de homicídios e incrementos (%). Brasil, Região Sul e

    Unidades da federação, 1980, 1990, 2000, 2002. 102. Evolução da proporção (%) de homicídios sobre o total de óbitos por causas externas e incrementos (%).Brasil, Região Sul e Unidades da

    Federação, 1980, 1990, 2002. 103. Evolução de coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%).Brasil, Região Sul e Unidades da Federação,

    1980, 1990, 2000, 2002. 104. Distribuição de homicídios em crianças e adolescentes por Capitais. Brasil, Região Sul, 1980 a 2002. 105. Distribuição de homicídios nos estados da Região Sul. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 106. Evolução da proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre o total de homicídios e incrementos (%) nas capitais. Brasil,

    Região Sul, 1980, 1990, 2000, 2002. 107. Evolução da proporção (%) de homicídios sobre total de óbitos por causas externas nas capitais. Brasil, Região Sul, 1980, 1990, 2000,

    2002.

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  • 11Homicídios de crianças e jovens no Brasil: 1980-2002

    108. Evolução de coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Sul, 1980, 1980, 1990, 2000, 2002.

    109. Evolução da proporção (%) de óbitos por homicídios e intenção indeterminada sobre o total de causas externas, população de 0 a 19 anos. Paraná, 1980 a 2002.

    110. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo e população total. Paraná, 1980 a 2002.

    111. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária. Paraná, 1980 a 2002.

    112. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-trumento. Paraná, 1980 a 2002.

    113. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, Paraná, Curitiba e outros municípios, 1980-2002.

    114. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo e população total. Curitiba, 1980 a 2002.

    115. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária. Curitiba, 1980 a 2002.

    116. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-trumento. Curitiba, 1980 a 2002.

    117. Evolução da proporção (%) de óbitos por homicídios e intenção indeterminada sobre o total de causas externas, população de 0 a 19 anos. Santa Catarina, 1980 a 2002.

    118. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo e população total. Santa Catarina, 1980 a 2002.

    119. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária. Santa Catarina, 1980 a 2002.

    120. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-trumento. Santa Catarina, 1980 a 2002.

    121. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, Santa Catarina, Florianópolis e outros municípios, 1980-2002.

    122. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo e população total. Florianópolis, 1980 a 2002.

    123. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária. Florianópolis, 1980 a 2002.

    124. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-trumento. Florianópolis, 1980 a 2002.

    125. Evolução da proporção (%) de óbitos por homicídios e intenção indeterminada sobre o total de causas externas, população de 0 a 19 anos. Rio Grande do Sul, 1980 a 2002.

    126. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo e população total. Rio Grande do Sul, 1980 a 2002.

    127. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária. Rio Grande do Sul, 1980 a 2002.

    128. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-trumento. Rio Grande do Sul, 1980 a 2002.

    129. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, Rio Grande do Sul, Porto Alegre e outros municípios, 1980-2002.

    130. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo e população total. Porto Alegre, 1980 a 2002.

    131. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária. Porto Alegre, 1980 a 2002.

    132. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-trumento. Porto Alegre, 1980 a 2002.

    133. Distribuição dos homicídios de crianças e adolescentes por Estados da Região Centro-Oeste. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 134. Evolução da proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre o total de homicídios e incrementos (%). Brasil, Região Centro-

    Oeste e Unidades da Federação, 1980, 1990, 2000, 2002. 135. Evolução da proporção (%) de homicídios sobre o total de óbitos por causas externas e incrementos (%).Brasil, Região Centro-Oeste e

    Unidades da federação, 1980, 1990, 2000, 2002. 136. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%).Brasil, Região Centro-Oeste e Unidades da

    Federação, 1980, 1990, 2000, 2002. 137. Distribuição de homicídios em crianças e adolescentes por Capitais. Brasil, Região Centro-Oeste, 1980 a 2002. 138. Distribuição de homicídios nos estados da Região Centro-Oeste. Brasil, 1980 a 2002. 139. Evolução da proporção (%) de homicídios na população de 0 a 19 anos sobre o total de homicídios e incrementos (%) nas capitais. Brasil,

    Região Centro-Oeste, 1980, 1990, 2000, 2002. 140. Evolução da proporção (%) de homicídios sobre total de óbitos por causas externas nas capitais. Brasil, Região Centro-Oeste, 1980, 1990,

    2000, 2002. 141. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Centro-Oeste, 1980,

    1990, 2000, 2002.

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  • Sumário de tabelas, gráficos e quadros 12

    142. Evolução da proporção (%) de óbitos por homicídios e intenção indeterminada sobre o total de causas externas, população de 0 a 19 anos. Mato Grosso do Sul, 1980 a 2002.

    143. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo e população total. Mato Grosso do Sul, 1980 a 2002.

    144. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária. Mato Grosso do Sul, 1980 a 2002.

    145. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-trumento. Mato Grosso do Sul, 1980 a 2002.

    146. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos, população de 0 a 19 anos, Mato Grosso do Sul, Campo Grande e outros municípios, 1980-2002.

    147. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo e população total. Campo Grande, 1980 a 2002.

    148. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária. Campo Grande, 1980 a 2002.

    149. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-trumento. Campo Grande, 1980 a 2002.

    150. Evolução da proporção (%) de óbitos por homicídios e intenção indeterminada sobre o total de causas externas, população de 0 a 19 anos. Goiás, 1980 a 2002.

    151. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo e população total. Goiás, 1980 a 2002.

    152. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária. Goiás, 1980 a 2002.

    153. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-trumento. Goiás, 1980 a 2002.

    154. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, Goiás, Goiânia e outros municípios, 1980-2002.

    155. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo e população total. Goiânia, 1980 a 2002.

    156. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária. Goiânia, 1980 a 2002.

    157. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-trumento. Goiânia, 1980 a 2002.

    158. Evolução da proporção (%) de óbitos por homicídios e intenção indeterminada sobre o total de causas externas, população de 0 a 19 anos. Distrito Federal, 1980 a 2002.

    159. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo de sexo e população total. Distrito Federal, 1980 a 2002.

    160. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária. Distrito Federal, 1980 a 2002.

    161. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.) na população de 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo de ins-trumento. Distrito Federal, 1980 a 2002.

    162. Coeficientes de mortalidade (/100.000 hab.) por homicídios, população de 0 a 19 anos, em 20 estados brasileiros, 1980. 163. Coeficientes de mortalidade (/100.000 hab.) por homicídios, população de 0 a 19 anos, em 20 estados brasileiros, 1990. 164. Coeficientes de mortalidade (/100.000 hab.) por homicídios, população de 0 a 19 anos, em 20 estados brasileiros, 2000. 165. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 0 a 19 anos, em 20 estados brasileiros, 2002. 166. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 0 a 19 anos, em 20 capitais brasileiras, 1980. 167. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 0 a 19 anos, em 20 capitais brasileiras, 1990. 168. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 0 a 19 anos, em 20 capitais brasileiras, 2000. 169. 169: Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 0 a 19 anos, em 20 capitais brasileiras, 2002. 170. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 15 a 19 anos, sexo masculino. Brasil e 20 capitais brasileiras, 1980. 171. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 15 a 19 anos, sexo masculino. Brasil e 20 capitais brasileiras, 1990. 172. Coeficientes de mortalidade (/100.000 hab.) por homicídios, população de 15 a 19 anos, sexo masculino. Brasil e 20 capitais brasileiras, 2000. 173. Coeficientes de mortalidade por homicídios (/100.000 hab.), população de 15 a 19 anos, sexo masculino. Brasil e 20 capitais brasileiras, 2002. 174. Incrementos global e parciais (%) da Proporção (%) de óbitos com intencionalidade indeterminada entre os óbitos por causas externas.

    Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002. 175. Distribuição das graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, por tipo de violação. Brasil, 1980 a 2003. 176. Graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, segundo faixa etária e tipo de violação. Brasil, 1980 a 2003. 177. Graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, segundo tipo de violação e faixa etária. Brasil, 1980 a 2003. 178. Graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, segundo sexo e tipo de violação. Brasil, 1980 a 2003. 179. Graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, segundo tipo de violação e sexo. Brasil, 1980 a 2003. 180. Proporção (%) de graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, segundo local de ocorrência. Brasil, 1980 a 2003. 181. Graves violações de Direitos Humanos ocorridas em local aberto por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003. 182. Execuções ocorridas em local aberto por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003. 183. Linchamentos ocorridos em local aberto por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003. 184. Violência Policial ocorrida em local aberto por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.

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  • 1�Homicídios de crianças e jovens no Brasil: 1980-2002

    185. Graves violações de Direitos Humanos ocorridas em local fechado por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003. 186. Execuções ocorridas em local fechado por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003. 187. Linchamentos ocorridos em local fechado por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003. 188. Violência Policial ocorrida em local fechado por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003. 189. Graves violações de Direitos Humanos ocorridas em instituições de segurança pública por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Brasil,

    1980 a 2003. 190. Linchamentos ocorridos em instituições de segurança pública por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003. 191. Violência Policial ocorrida em instituições de segurança pública por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003. 192. Proporção (%) de graves violações de Direitos Humanos segundo motivação, população de 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003. 193. Proporção (%) de execução sumária segundo motivação, população de 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003. 194. Proporção (%) de linchamentos segundo motivação, população de 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003. 195. Proporção (%) de violência policial segundo motivação, população de 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003. 196. Graves violações de Direitos Humanos segundo papel do agente, população de 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.197. Distribuição das graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, por tipo de violação. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 198. Graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, segundo faixa etária e tipo de violação. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 199. Graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, segundo tipo de violação e faixa etária. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 200.Graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, segundo sexo e tipo de violação. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 201. Graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, por tipo de violação e sexo. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 202.Proporção (%) de graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, segundo local de ocorrência. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 203.Graves violações de Direitos Humanos ocorridas em local aberto por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 204.Execuções ocorridas em local aberto por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 205.Violência policial ocorrida em local aberto por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 206.Graves violações de Direitos Humanos ocorridas em local fechado por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 207. Execuções ocorridas em local fechado por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 208.Linchamentos ocorridos em local fechado por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 209.Violência policial ocorrida em local fechado por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 210. Graves violações de Direitos Humanos ocorridas em instituições de segurança pública por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Rio de

    Janeiro, 1980 a 2003. 211. Violência policial ocorrida em instituições de segurança pública por tipo de local, população de 0 a 19 anos. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 212. Proporção (%) de graves violações de Direitos Humanos segundo motivação, população de 0 a 19 anos. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 213. Proporção (%) de execução sumária segundo motivação, população de 0 a 19 anos. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 214. Proporção (%) de linchamentos segundo motivação, população de 0 a 19 anos. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 215. Proporção (%) de violência policial segundo motivação, população de 0 a 19 anos. Rio de Janeiro, 1980 a 2003. 216. Graves violações de Direitos Humanos segundo papel do agente, população de 0 a 19 anos. Rio de Janeiro, 1980 a 2003.217. Distribuição das graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, por tipo de violação. São Paulo, 1980 a 2003. 218. Graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, segundo faixa etária e tipo de violação. São Paulo, 1980 a 2003. 219. Graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, segundo tipo de violação e faixa etária. São Paulo, 1980 a 2003. 220.Graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, segundo sexo e tipo de violação. São Paulo, 1980 a 2003. 221. Graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, segundo tipo de violação e sexo. São Paulo, 1980 a 2003. 222.Proporção (%) de graves violações de Direitos Humanos, população de 0 a 19 anos, segundo local de ocorrência. São Paulo, 1980 a 2003.223.Graves violações de Direitos Humanos ocorridas em local aberto por tipo de local, população de 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003. 224. Execuções ocorridas em local aberto por tipo de local, população de 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003. 225.Linchamentos ocorridos em local aberto por tipo de local, população de 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003. 226.Violência policial ocorrida em local aberto por tipo de local, população de 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003. 227. Graves violações de Direitos Humanos ocorridas em local fechado por tipo de local, população de 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003. 228.Execuções ocorridas em local fechado por tipo de local, população de 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003. 229.Linchamentos ocorridos em local fechado por tipo de local, população de 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003. 230.Violência policial ocorrida em local fechado por tipo de local, população de 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003. 231. Graves violações de Direitos Humanos ocorridas em instituições de segurança pública por tipo de local, população de 0 a 19 anos. São Paulo,

    1980 a 2003. 232.Execuções ocorridas em instituições de segurança pública por tipo de local, população de 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003. 233.Linchamentos ocorridos em instituições de segurança pública por tipo de local, população de 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003. 234.Violência policial ocorrida em instituições de segurança pública por tipo de local, população de 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003. 235.Proporção (%) de graves violações de Direitos Humanos segundo motivação, população de 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003. 236.Proporção (%) de execução sumária segundo motivação, população de 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003. 237. Proporção (%) de linchamentos segundo motivação, população de 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003. 238.Proporção (%) de violência policial segundo motivação, população de 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003. 239.Graves violações de Direitos Humanos segundo papel do agente, população de 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.

    Quadros1. Evolução dos coeficientes de mortalidade por homicídios nos Estados e capitais brasileiras, 1980 a 2002.2. Variáveis de acordo com o CID-9 e CID-10.3. Unidades de Análise

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  • Homicídios de crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 1�

    Apresentação

    Em muitos países da América Latina, como é o caso do Brasil, houve um formidável progresso na redução das taxas de mortalidade infantil, graças a políticas nas áreas da saúde pública e da educação. Infelizmente, todo esse progresso é tragicamente anulado pelas altas taxas de homicídio. As maiores vítimas de homicídios no Brasil, entre 1980 e 2002, são jovens e adolescentes entre 15 e 19 anos, que correspondem a 87,6% dos casos. Nem os beneficiários diretos daquelas políticas foram poupados: 5% desses casos ocorreram com crianças de até nove anos de idade.

    Na classificação das mortes de crianças e adolescentes, os homicídios situam-se na terceira posi-ção nas “mortes por causas externas”. É surpreendente que essa situação tenha se agravado, ao invés de ter diminuído ou de ter sido controlada, em pleno período da consolidação da democracia. Era de se esperar que, com o retorno ao estado de direito, as violações de direitos humanos fossem reduzidas ou até mesmo desaparecessem. Com efeito, as violações motivadas pela repressão política desvaneceram-se, mas os atentados aos direitos civis da maioria pobre e afrodescendente, a criminalidade organizada e as práticas arbitrárias persistiram e até aumentaram.

    Nada consola sabermos que o Brasil não está isolado nessa situação. Estudos de inúmeras or-ganizações de direitos humanos em nosso continente, África, Ásia e Europa chamam a atenção para a violência contra as crianças nas comunidades urbanas e revelam o extraordinário grau de brutalidade dessas práticas, que incluem espancamentos, chutes, ataques com tesouras, coronhadas de revólver, agressões sexuais e tortura. Tais práticas ocorrem comumente nas ruas, durante detenções e/ou a caminho das delegacias policiais e nos xilindrós ali localizados.

    Desde que muito comumente as crianças de rua, por exemplo, e os adolescentes passaram a ser percebidos pelo público como um estorvo social, os aparelhos policiais agem com quase total impu-nidade e raramente casos com queixas são processados e os responsáveis punidos. Muitas vezes, há a impressão de que a polícia, ao lidar com crianças e adolescentes, primeiramente, agride-os antes de fazer qualquer questionamento.

    Durante o processo de preparação do estudo sobre violência contra crianças para as Nações Uni-das, recebemos muitas informações sobre assassinatos de crianças de rua em várias regiões. Desapa-recimentos e execuções freqüentemente são justificados pela polícia e por governos como sendo em nome da guerra contra o crime. Na verdade, os números que conhecemos podem ser muito maiores do que indicam os insuficientes dados relatados. Muitos casos de violações não são registrados pelo justificado temor das testemunhas em sofrerem retaliação e por não terem acesso a nenhum recurso de poder na sociedade. A maioria dos homicídios continua tendo a autoria desconhecida, o que garante a impunidade de seus atores.

    O caso brasileiro dos homicídios de crianças, adolescentes e jovens, desvendado neste cuidadoso trabalho do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), chama a atenção pelos números, certamente, os maiores do mundo em países que não enfrentam guerra interna ou in-surreição armada. Os dados coligidos por este estudo mapeiam com enorme segurança esses homicídios

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    e são, dessa forma, um instrumento essencial do conhecimento para a situação ser revertida. Cabe-nos igualmente examinar os números e observações à luz do sistema sociopolítico que prevalece no Brasil.

    A pesquisa deixa claro que as crianças e jovens abatidos por homicídios têm cor, situação social, sexo, localização, profissão totalmente conhecidos. Essas mortes ocorrem justamente naqueles lugares onde a professora Nancy Cardia com seus colegas pesquisadores do NEV demonstraram existir uma su-perposição de carências de todos os direitos socioeconômicos a que está exposta a maioria esmagado-ra das vítimas. Esse contexto limita as possibilidades de uma existência sem conflitos e sem violência.

    Some-se a essas condições o fato de que as comunidades pobres de grandes regiões metropolitanas como Rio de Janeiro, São Paulo e Recife, onde se concentram os maiores números de homicídios, sejam áre-as de arraigamento da criminalidade comum organizada. Nesses locais, a vida cotidiana está submetida ao controle do terror dos bandos criminosos, prepostos dos escalões mais sofisticados da criminalidade organizada que opera nos níveis mais altos, associada em “anéis burocráticos” em todos os aparelhos es-tatais, como documentaram inúmeras comissões parlamentares de inquérito no Congresso Nacional.

    Mas seria extremamente tecnicista crer que essas altas taxas de homicídios se devam apenas a uma conseqüência mecânica de elementos estruturais da vida da população brasileira. Há obrigações compartidas entre todos os atores da vida pública brasileira. Praticamente ninguém escapa, com res-ponsabilidades acumuladas desde a Constituição de 1988. Nenhum poder executivo quis ou deixou de criar condições (mesmo com maiorias parlamentares) de reformar a estrutura descoordenada, dispen-diosa e incompetente [das Polícias Civil e Militar das 27 Unidades da Federação. Até hoje, a inaptidão e a ineficiência geralmente caracterizam a investigação científica (sic), que ainda recorre à tortura de suspeitos, como mostram os relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU) e de Organizações Não-Governamentais (ONGs)].

    O sistema de registro e análise da mortalidade de crianças e jovens continua sendo extrema-mente limitado. Em conseqüência, as políticas são definidas de forma surreal pela incapacidade de ou apenas para impressionar, com incapacidade de reverter o quadro atual. Diante do agravamento a cada ano dos números examinados neste estudo, não se observa um propósito de emergência nas políticas estabelecidas.

    O poder legislativo atua erroneamente ao sabor de dar respostas a crises eventuais e sua principal reação é agravar penas, indo na contracorrente do direito penal do mundo todo. A última derrota cru-cialmente importante para baixar os homicídios foi a incapacidade dos parlamentares de diminuírem o acesso dos adolescentes e jovens às armas de fogo, proibindo sua comercialização. Criaram a proposta bizarra de um referendum cujo resultado já poderia ser facilmente previsto desde o primeiro momento, pois somente em um “conto da carochinha” alguém poderia crer que uma população acossada pelo cri-me e pelos homicídios, racionalmente, renunciaria o acesso à aquisição de armas — proteção ilusória.

    No judiciário, 15 anos após a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), grande número de juízes ainda o desconhece, bem como a Convenção do Estatuto da Criança, e não consegue implementar um sistema efetivo de proteção. Em todo o País, as crianças continuam sujeitas a um ar-bítrio e a execuções que os militantes políticos não mais estão arriscados a enfrentar.

    Depois da publicação deste minucioso e tão bem fundamentado relatório, as autoridades responsá-veis não poderão alegar desconhecimento da situação. Sempre deve haver esperança de que do conheci-mento se passe à ação, para que esta “epidemia” de homicídios de crianças e jovens possa, um dia, cessar.

    Paulo Sérgio PinheiroGenebra, 22 de junho de 2006.

    Apresentação

  • Homicídios de crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 1�

    Ao longo dos últimos 25 anos, temos visto crescer a violência que atinge crianças e jovens1. Ape-nas no ano de 2000, estima-se que ocorreram 199 mil homicídios de jovens entre 10 e 29 anos de idade, em todo o mundo (Krug et al., 2002). O crescimento dos homicídios de crianças e jovens vem ocorrendo em vários países, e decorre de múltiplos fatores2, porém permanece um fato surpreendente, pois se dá ao mesmo tempo em que há grandes ganhos na redução da mortalidade infantil, no controle de doenças parasitárias e infecciosas e na desnutrição, em vários países, e mais outras tantas deficiências congênitas passam a ser evitadas, garantindo-se melhor qualidade de vida a um número crescente de crianças. Esse crescimento é maior em determinados em determinadas regiões: nas Américas, des-tacam-se os países latino-americanos, na Europa Oriental, em particular, a Federação Russa. O grupo mais afetado é o de jovens do sexo masculino. Neste capítulo, apresentaremos um perfil da vitimização de crianças e jovens, segundo a literatura internacional.

    Quantos jovens e crianças são vítimas da violência3 em uma dada sociedade? Que tipo de vio-lência atinge mais crianças e jovens? Quem são os principais agressores? Quais são os contextos/cená-rios que apresentam mais riscos? Estas são perguntas que os pesquisadores fazem, visando planejar intervenções para prevenir a vitimização. Há, por parte dos pesquisadores, um forte interesse tanto na violência não-fatal4 como na violência fatal, pois as pesquisas longitudinais5 têm estabelecido um forte vínculo entre exposição continuada à violência, vitimização recorrente e violência fatal.

    A vitimização recorrente provoca várias seqüelas físicas e psicológicas, como síndrome de distúr-bios pós-traumáticos (insônia, síndrome do pânico, distúrbios alimentares, taquicardia, depressão). A vi-timização pode aumentar o envolvimento dessas crianças e jovens com comportamentos de risco: o uso de drogas, o porte de armas, comportamentos desviantes ou delinqüentes, ou pode ainda reforçar cren-ças, normas e valores que facilitem a adoção de formas violentas de resolução de conflitos, aumentando assim os riscos de vitimização fatal (Kilpatrick, Saunders e Smith, 2003, 2003; Shaffer e Ruback, 2002).

    1. A literatura que trata da violência que vitima jovens e crianças tende a se concentrar nas faixas etárias entre 10 e 18 anos. A definição de criança das Nações Unidas abrange todos aqueles abaixo de 18 anos, ou seja, o grupo etário que não seria considerado, em muitos países, passível de responsabilidade legal. Neste estudo, estamos trabalhando com crianças e jovens de 0 até 19 anos. Esta extensão da faixa etária decorreu da necessidade de trabalharmos com as estimativas de população fornecidas pelo IBGE para cálculo dos coeficientes de mortalidade por 100 mil habitantes. O IBGE não fornece estas estimativas ano a ano, senão por faixas etárias padronizadas e, no limite superior, a faixa vai de 15 até 19 anos. 2. Este crescimento ocorreu em países com diferentes níveis de desenvolvimento e modelos econômicos: países capitalistas e so-cialistas; desenvolvidos, parcialmente desenvolvidos e em desenvolvimento; e parece estar relacionado a mudanças no mercado de trabalho, resultando em desemprego dos pais e eliminação dos postos que permitiam ao jovem entrar no mercado; intensificação do processo de urbanização, com a piora das condições de vida no espaço urbano; ampliação do consumo de álcool e drogas; aumento do acesso a armas de fogo (ampliação e aumento do acesso a álcool, drogas e armas de fogo).3. A definição de violência utilizada aqui é a da Organização Mundial da Saúde (Relatório Mundial sobre Violência e Saúde, 2002, p.5): O uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa ou contra um grupo ou uma comunidade e que resulte ou tenha alta probabilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvol-vimento ou privação . 4. Por violência não-fatal, entenda-se lesão corporal leve ou grave, assalto à mão armada, abuso sexual ou estupro.5. Pesquisas que acompanham um mesmo grupo de pessoas ao longo do tempo.

    A vitimização de crianças e jovens: o cenário internacional1

  • 1 - A vitimização de crianças e jovens: o cenário internacional 1�

    Prevenir a violência fatal, exige que se previna a exposição de crianças e jovens a situações de risco, o que inclui a violência não-fatal. Além disso, exige que se conheça o máximo possível sobre as vítimas e os agressores, sobre as causas, fatores e contextos, e que as intervenções de prevenção sejam cientifica-mente avaliadas e os resultados, daquelas com maior probabilidade de sucesso, disseminados6.

    Os jovens e crianças vítimas da violência: qual perfil da vitimização não-fatal?

    Apesar do interesse dos pesquisadores e da importância do tema, dados sobre a vitimização não-fatal de crianças e jovens não são fáceis de se obter por vários motivos: 1. os registros policiais são fa-lhos; 2. as pesquisas de vitimização rotineiras incluem apenas crianças com idade superior a 12 anos; 3. em poucos países, há coleta regular de dados de morbidade em hospitais, atendimentos de emergência e postos de saúde. Em termos de ocorrências policiais, o perfil da violência que vitima jovens e crianças é muito difícil de ser conhecido, porque a pouca idade das vítimas as deixa dependentes da cooperação de adultos para notificarem à polícia aquelas ocorrências nas quais foram vítimas. Isto explicaria, em parte, por que 48% dos casos de crimes graves que vitimaram crianças não foram relatados à polícia nos Estados Unidos em 1996 (Wilson, 2000)7. Além disso, os tipos de violência que são registrados pela polícia e que se tornam ocorrências policiais, em geral, trazem pouca ou nenhuma informação sobre a idade da vítima, exceto nos casos de homicídio.

    O sub-registro de ocorrências policiais tem sido um forte incentivador das pesquisas de vitimi-zação, cujos dados são utilizados para se dimensionar quantas ocorrências criminais, efetivamente, ocorrem dentro de uma sociedade e, deste modo, identificar o grau de sub-registro. As pesquisas de vitimização deveriam, em tese, ajudar a responder quantas crianças e jovens são vítimas de que tipo de violência não-fatal. Essas pesquisas, porém, mesmo em países onde são realizadas regularmente a cada seis meses ou um ano, também sub-registram a vitimização de crianças e jovens, pois as amos-tras são compostas por crianças e jovens com, ao menos, 12 anos de idade, habitando residências com telefone. Ou seja, são excluídas crianças abaixo de 12 anos e aquelas moradoras em casas sem telefone, institucionalizadas ou moradoras de rua.

    Em países onde há dados da área da saúde sobre ferimentos provocados pela violência, o quadro é assustador: estima-se (Krug et al., 2002) que para cada homicídio de jovem ocorram de 20 a 40 víti-mas de violência não-fatal. Segundo a mesma fonte, os números variam muito; em Israel, por exemplo, o coeficiente para jovens de 18 anos seria de 196 lesões graves que necessitaram atendimento médico a cada 100 mil habitantes. A ocorrência de lesões não-fatais cresce à medida que avança a idade, em especial, entre os jovens do sexo masculino.

    Além das pesquisas de vitimização, outra fonte de dados sobre a violência que atinge crianças e jovens, são os estudos sobre a exposição destes grupos à violência. Esses estudos permitem que se delineie um perfil mais completo da vitimização, mostrando qual grau de contato direto e indireto das crianças com a violência na vizinhança (comunidade), na escola ou na família. Essas pesquisas, em geral, baseiam-se em auto-relatos.

    6. Básico na prevenção da maior parte da violência é a compreensão do quando e onde ela ocorre, a determinação do que a causa e a documentação científica das várias estratégias para a prevenção e intervenção que são verdadeiramente eficientes. (Youth Violence: Report, 2001)7. Pesquisas com jovens universitários (18 a 24 anos de idade) revelam um perfil de vitimização semelhante ao de jovens com menos de 18 anos, porém em freqüência inferior a de jovens de mesma idade não-universitários. Ao contrário do que seria esperado, jovens universitários recorrem menos à polícia para registrar crimes do que jovens não-universitários. (Hart e Rennison, 2003)

  • Homicídios de crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 1�

    Dados da National Survey of Adolescents (1996)8, que monitora o desenvolvimento de adoles-centes nos Estados Unidos, revelam que, em 1995, entre os jovens de 12 a 17 anos de idade, em algum momento da vida (prevalência) foram vítimas de: agressão sexual (8,1%), lesão corporal grave (17,1%), punição física abusiva (9,4%), e testemunho de violência grave, ou seja, alguém recebendo um tiro, le-vando uma facada, sendo agredido sexual ou fisicamente ou sendo ameaçado com uma arma (39,4%) [Kilpatrick, Saunders e Smith, 2003].

    Pesquisas regulares de vitimização, como a National Crime Victimization Survey, também mos-travam, em 1995, que crianças e jovens entre 12 e 17 anos tinham sido vítimas de lesão corporal (72%), seguida de lesão corporal grave (17%), de assalto à mão armada (8%) e de abuso sexual/estupro (3%) (Lauritsen, 2003). Em 1997, essa mesma pesquisa demonstrou que 11% das vítimas de crimes, naquele país, tinham menos de 18 anos de idade. Essas pesquisas permitem uma melhor estimativa do real contato que crianças e jovens têm com a violência, mas não deixam de ter limitações em decorrência do perfil da amostra: crianças com mais de 12 anos de idade, moradoras em residências com telefones. A exclusão de crianças menores de 12 anos, e/ou daquelas que habitam casas sem telefone, que estão institucionalizadas ou moram na rua provoca distorções nos resultados, distorções estas cuja propor-ção permanecia desconhecida até recentemente.

    Ainda nos Estados Unidos em 1997, em 12 Estados da União, as polícias9 começaram a registrar a idade das vítimas de violência não-fatal e isto permitiu identificar a super-representação de jovens com menos de 17 anos de idade como vítimas de uma série de delitos violentos. As crianças e jovens en-tre 0 e 17 anos representaram em 1997: 71% das vítimas de abuso sexual (ou estupro), 38% das vítimas de seqüestro e 12% das vítimas de todos os crimes violentos registrados pela polícia. A lesão corporal foi o crime mais freqüente, representando 41% dos casos registrados pela polícia, relativos a essa faixa etária (Finkelhor e Ormond, 2000).

    Outros dados do Federal Bureau of Investigation (FBI), relativos a crianças com menos de 12 anos de idade reiteram a forte presença de crianças como vítimas da violência não-fatal, contrariando o que os adultos costumam imaginar sobre o que seja a experiência da infância e do começo da adolescência: entre 1991 e 1996, crianças com menos de 12 anos representaram 5,5% das vítimas de todos os crimes violentos registrados pelas polícias. Estas crianças foram vítimas de: agressões sexuais (32%), seqües-tro (21%), lesão corporal grave (4%), lesão corporal simples (4%) e assalto à mão armada (2%). Mais de um terço das vítimas (37%) tinha menos de 7 anos de idade e, surpreendentemente10, quase a metade (47%) eram meninas (Wilson, 2000). O estudo do FBI demonstrou ainda que crimes contra crianças têm maior probabilidade de ser relatados à polícia se ocorrerem dentro da escola e se o agressor for um adulto não familiar.

    Pesquisas com jovens universitários (18 a 24 anos de idade) revelam um perfil de vitimização semelhante ao de jovens com menos de 18 anos, porém em freqüência inferior a de jovens de mesma idade não-universitários. Ao contrário do que seria esperado, jovens universitários recorrem ainda me-nos à polícia para registrar crimes do que jovens não-universitários (Hart e Rennison, 2003).

    8. National Institute of Justice, 2003. 9. Segundo Osofsky (2001), em 1996, aproximadamente 50% da vitimização grave (lesão corporal grave, estupro ou assalto à mão armada) de jovens nos Estados Unidos não foram notificados à polícia ou a qualquer autoridade escolar, de assistência social ou da saúde. Kilpatrick, Saunders e Smith (2003) relatam que, segundo a National Survey of Adolescents de 1995, ao menos 86% das agressões sexuais e 65% das agressões físicas, que vitimaram adolescentes, não foram notificados à polícia, apesar de as vítimas conhecerem os agressores (ou talvez justamente por este motivo).10. Dado que meninos tendem a ser mais vítimas de violência do que meninas.

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    As limitações dessas pesquisas levaram alguns pesquisadores a explorarem novas técnicas al-ternativas de pesquisa aplicáveis a crianças menores de 12 anos. Trataram ainda de identificar quais os efeitos sobre uma criança de ser vítima de diferentes tipos de violência em diferentes contextos: na família, na escola e na comunidade. Finkelhor et al. (2005) realizaram uma pesquisa nacional, nos Estados Unidos, com crianças e jovens entre 2 e 17 anos de idade, que identificou um alto grau de sub-representação da vitimização infantil, mesmo quando medida pelas pesquisas de vitimização tradicio-nais. Foram examinados 34 tipos de violência contra jovens e crianças, envolvendo crimes, maus-tratos, vitimização por irmãos e por colegas, abuso sexual e testemunho de violência (vitimização indireta). Os resultados desse estudo revelaram que, entre 2001 e 2002, em média, cada criança e jovem foi víti-ma de até três tipos de violência e que a cada mil crianças e jovens:

    • 530 foram vítimas de agressão corporal, em que 103 sofreram alguma lesão em conseqüência desta agressão;

    • 357 testemunharam violência;• 273 foram vítimas de crimes contra o patrimônio;• 136 foram vítimas de maus-tratos;• 82 foram vítimas de crimes sexuais.

    Cerca de 20% desses jovens e crianças foram vítimas de bullying (que inclui, além de provocações e humilhações, agressões físicas e sexuais) e 25% sofreram algum tipo de assédio. As crianças entre 6 e 12 anos são, com maior freqüência, vítimas de agressão física, de bullying e de assédio. Já os adolescen-tes são vítimas de lesão corporal, seqüestro, agressão por irmãos/colegas, agressão não sexual contra órgãos genitais e violência de namoro.

    A conclusão dos autores é que a maioria das pesquisas subestima maciçamente o grau de viti-mização das crianças e dos jovens: um exemplo é a lesão corporal, enquanto os dados dessa pesquisa revelam 530 vítimas de lesão corporal a cada mil crianças e jovens, as pesquisas tradicionais mostram entre 39 e 49 vítimas de lesão corporal a cada mil crianças. Esse estudo revela ainda a existência de padrões de vitimização crônica: crianças que são vítimas de agressão sexual combinada com violência de namoro e crimes de ódio. Estas combinações de vitimização, que deixam fortes seqüelas, não sendo detectadas, não podem ser alvo de medidas de prevenção. Sendo altamente traumáticas, são o tipo de vitimização que aumenta o risco de mais violência e de se tornarem estatísticas fatais.

    A grande contribuição desses novos estudos de vitimização está em trazer para o debate o que ocorre antes das estatísticas de homicídio: o papel da experiência de vitimização recorrente, provoca-da por violência não-fatal na construção do desfecho fatal e, portanto, da prevenção deste desfecho. Conhecer o perfil das vítimas da violência não-fatal é um dos elementos necessários para o desenho de programas de prevenção mais eficientes, mas também é importante identificar quem são os agresso-res, ou seja, é necessário prevenir tanto a vitimização como a agressão.

    Perfil dos agressores da violência não-fatal

    O relacionamento entre as vítimas infantis e juvenis e seus agressores varia de acordo com o tipo de violência sofrida, com a idade e com o sexo da vítima. Dados dos Estados Unidos (Finkelhor e Ormond, 2000) revelam que, em 55% dos casos de violência contra crianças, o agressor é um adulto. Em 62% dos casos de lesão corporal, as vítimas juvenis conheciam o agressor, e em 3 de cada 7 estupros, a vítima conhecia o agressor, enquanto 80% das vítimas de assalto à mão armada não conheciam o agressor. (Kilpatrick, Saunders e Smith, 2003).

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    A pesquisa de Finkelhor et al. (2005) relatada anteriormente mostra que, com freqüência, os agressores são membros da família (55%) ou conhecidos (44%). Há alguma variação no perfil de vitimi-zação, de acordo com a renda familiar e com a etnia/raça; porém, em geral, as crianças pequenas são vítimas de agressões e maus-tratos dentro de casa, em larga medida, perpetrados por irmãos (mais ve-lhos) e pelos pais. Estas crianças têm maior probabilidade de ser vítimas de bullying também na escola. Estes dados reiteram a necessidade de se prevenir a violência não-fatal como parte das estratégias de prevenção da violência fatal. O contínuo contato de crianças e jovens com a violência dentro da família e por conhecidos é um forte obstáculo para que tenham um desenvolvimento saudável. Prevenir a viti-mização de jovens e crianças dentro da família, nestes contextos, deve ser uma prioridade.

    Vitimização fatal de crianças e jovens

    Há mais dados sobre a vitimização fatal de crianças e jovens do que sobre a vitimização não-fatal. Isto se deve a uma combinação de fatores: a) a gravidade do problema, b) o impacto que estas mortes precoces e evitáveis têm sobre a sociedade — os efeitos sobre as famílias, irmãos, pais e amigos —, c) a redução da expectativa de vida tem também altos custos socioeconômicos e d) maior quantidade de dados oficiais e possibilidade de comparação com outros grupos etários e entre países. Espera-se que a polícia registre quase todos os casos de homicídio e, portanto, que o sub-registro de casos seja muito menor do que o de outros tipos de delito. Além disso, como a área da saúde também deve ter acesso a estes dados, para produzir as estatísticas de mortalidade, há mais controle sobre a informação. Entre-tanto, não se pode ignorar que o sub-registro pode ocorrer, quer porque alguns casos de homicídios podem ser classificados como acidentes (como veremos mais adiante) quer porque há casos em que a intencionalidade permanece ignorada e isso também pode mascarar homicídios.

    As mortes evitáveis de crianças e jovens (as causas externas) cresceram em vários países ao lon-go dos últimos 25 anos, como mencionado anteriormente. Dentre estas causas, destaca-se o homicídio, como demonstram vários estudos realizados em diferentes países, para os quais dados estão disponí-veis (Heuveline e Slap, 2002; Yunes e Zubarew, 1997)11. Entretanto este crescimento não significa que o risco de homicídio seja o mesmo para todos os jovens e crianças dentro de uma sociedade: os estudos têm revelado que, de modo geral, são os jovens do sexo masculino que correm o maior risco de ser mor-tos. Yunes e Zubarew (1997) analisaram os homicídios de jovens (15 a 24 anos), em 16 dos 21 países das Américas, no período entre 1980 e 1994. Os autores compararam os coeficientes de homicídio destes países com os de outros tipos de mortalidade por causas externas: suicídio, acidentes em geral e aci-dentes de trânsito. O homicídio de jovens representava, à época, 28,7% de todos os homicídios na região das Américas. Além disso, no período considerado, o homicídio cresceu em todas as faixas etárias, em 10 dos 16 países analisados, e, em alguns, já era a primeira causa de mortalidade de jovens, em parti-cular, de jovens do sexo masculino entre 15 e 19 anos. Este era o caso da Colômbia, onde os homicídios de homens jovens entre 15 e 19 anos já atingiam 254,2 por 100 mil habitantes (entre 1984 e 1994) e El Salvador, onde o coeficiente chegava a 109,7 homicídios por 100 mil habitantes (1991). Os mais altos co-eficientes de homicídio de jovens foram encontrados, por esses autores, na Colômbia, El Salvador, Porto Rico, Venezuela e Brasil. Países mais próximos do Brasil, como a Argentina, apresentam menor risco de homicídio de jovens, apesar de também ter crescido ao longo da última década, segundo dados de Serfaty (2003), que analisou as mortes de jovens, entre 10 e 24 anos, por causas externas, na Argenti-

    11. Estes dados, em geral, provêm da área da saúde, em particular da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

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    na, ao longo do período de 1991 a 2000, e verificou que a causa de morte mais freqüente ainda são os acidentes (15%), seguidos dos acidentes de trânsito (14,6%). Os homicídios vêm em terceiro lugar, com 10,1% e os suicídios, em quarto, com 9,1%.

    Análises focalizadas, em países específicos, revelariam que a “epidemia” de homicídio não era exatamente algo generalizado, mas, mesmo ao considerar os grupos de maior risco, jovens do sexo masculino, entre 15 e 19 anos, varia entre cidades e dentro de cidades, entre bairros, afetando mais os moradores de áreas mais pobres de grandes centros urbanos12. Isso é válido tanto para países economi-camente desenvolvidos como para países em desenvolvimento. Sanjuan (1998), analisando os dados da Venezuela entre 1992 e 1996, mostrou como o homicídio de jovens se transformou, em curto espaço de tempo, em um grave problema em Caracas. Enquanto no começo dos anos de 1990, Yunes e Zubarew