Histórico da Academia Mageense de Letras

Era 26 de agosto de 1988, chovia um pouco, porém um sonho se realizava. No Magé Tênis Clube, erguia-se uma realidade, tomavam posse 27 membros fundadores da ACADEMIA MAGEENSE DE LETRAS. Entre todos os convidados, destacava-se a figura inigualável e talentosa do escritor JOÃO AUSTREGÉSILO DE ATHAYDE, Presidente da Academia Brasileira de Letras, que veio saudar a mais nova plêiade de escritores. Gente da arte, das letras e do amor pela cultura. Além dos segmentos que cultuam à arte, estavam lá: empresários, políticos, professores, imprensa, estudantes, testemunhas do nascimento da Academia.

Mas antes de chegar a gloriosa data da posse, meses foram consumidos em discursos, debates e enfrentamentos. Deve-se ressaltar a energia do acadêmico Arthur Dalmasso, que saía de Teresópolis e vinha para Magé nos liderar, passar experiências. Preocupava-se e buscava a sintonia entre os futuros acadêmicos.estabelecia critérios, comprava brigas, e foi, sem dúvidas, sua mágica que nos fez surgir enquanto Academia. Não ignorando também, o empenho dos que encamparam a idéia de fundar a Instituição: Adolfo Macedo (falecido), Mário Coelho de Almeida (1º Presidente da Academia), Walter da Costa Moreira, Clóvis R. Mendes, Reinaldo José Ferreira, Demétrio Sena, Francisco de Oliveira, Mariângela Yanase, Therezinha de Jesus, Dalmo Vieira, Sônia Mezzavila, Rita de Cássia, José Inaldo Alonso, David de Almeida (falecido), Diário Navarro, e outros expoentes de Magé.

Nestes seus 16 anos de existência, lembramos com nostalgia, quando ainda estávamos em processo de fundação, as reuniões na Casa da Amizade do Rotary Clube de Magé, que nos apadrinhou e permanece como nossos grandes irmãos.

Sim, são 16 anos de existência. É verdade que os avanços e conquistas foram poucos. Muitos acadêmicos saíram sem dizer

tchau. Talvez queiram apenas o título de acadêmicos. Outros morreram; uns poucos continuaram pisando em espinhos, mas indo, mesmo devagar, mas caminhando. O desrespeito à cultura em Magé ainda é enorme. Não existe uma política governamental voltada pra cultura, e das empresas particulares, são raras as que patrocinam movimentos desta ordem. Mesmo assim, a Academia não desvanesce, seu objetivo mantém-se vivo, e estes seus 16 anos, são uma prova de sua resistência.

Hoje, presidida pelo Professor Reinaldo José Ferreira, e com a seguinte diretoria: Vice-presidente: Geraldo Machado de Mattos; 1ª secretária: Teresa Brandão da Silva; 2ª secretária: Mariângela Ianase; 1ª tesoureira: Benedita Silva de Azevedo; 2ª tesoureira: Marilene Barcellos Dantas; Diretor de Relações Públicas: Josué Delze Proença; Bibliotecária: Regina Célia de Andrade; Conselho Fiscal: José da Matta freire, Jorge da Matta Freire, Antonio Seixas, Agra Neto e Demetrio Sena.

Tem uma diretoria que se identifica, que luta pelo resgate, preservação, divulgação e valorização dos artistas da cidade, em qualquer área da Arte, porque todos juntos, formam o acervo cultural que conscientiza o amor e a dedicação aos anseios básicos do nosso município.