histórias a várias mãos

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Histórias a várias mãos Alunos do 6.ºD Ano letivo 2011/2012 Escola Básica de Santiago Maior, Beja

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As histórias do 6D 2011-12

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Histórias

a várias mãos

Alunos do 6.ºD Ano letivo 2011/2012

Escola Básica de Santiago Maior, Beja

1

Nota Prévia

No âmbito de um projeto de

educação para a sexualidade, foram

trabalhados vários temas nas aulas de

Formação Cívica e de Língua

Portuguesa. As histórias surgiram da

vontade de partilhar algumas das

nossas reflexões com a comunidade

educativa.

Em trabalho de grupo, por isso, a

várias mãos, foram nascendo as

personagens que contaram as suas

histórias, iguais às de muitos jovens,

adolescentes e pré-adolescentes.

No dia da atividade “Santiago

Saudável”, apresentámos as nossas

cinco “Histórias a várias mãos” a

2

algumas turmas do sexto ano.

Desejamos, agora, dá-las a conhecer

aos restantes colegas. Elas ensinam-

-nos que há situações que podem e

devem ser resolvidas e, acima de

tudo, prevenidas.

Agradecemos aos professores de

Educação Visual e Tecnológica a

colaboração nas ilustrações.

Beja, 5 de junho de 2012

Alunos do 6.ºD

Professora Sofia Amorim

3

Índice

Onde está a Maria? …………………………..

Não tenho vergonha de ser quem sou

(Um conselho) …………………………………..

A Família Dependente ………………………

Corações cruzados …………………………….

Rufias e Marrões ……………………………….

4

11

17

18

24

32

4

Onde está a Maria?

Catalina Turcu

Catarina Henriques

Duarte Farias

Francisco Rosário

Pedro Lagarto 6.ºD

5

Capítulo 1 – Perigo no Facebook

A Maria era uma rapariga de

quinze anos que tinha cabelo

castanho e olhos verdes. Ela gostava

muito de ir ao Facebook e não

passava um dia sem lá ir.

Uma vez, começou a falar com

um rapaz que não conhecia. Ele tinha

fotos de que ela gostava, e começou a

apaixonar-se.

O rapaz pediu-lhe o número do

telemóvel e ela deu-lho, sem pensar

nas consequências. Maria não

conseguia guardar as coisas para si,

então foi contar logo à sua amiga Ana,

apesar de esta lhe ter dito para não

falar com pessoas que não conhecia.

6

Um dia, Maria estava à espera

que ele ficasse on-line e, enquanto

esperava, contava os pormenores

todos à sua melhor amiga. Alguém lhe

ligou. Era ele.

– Sim?

– Olá, fofa! Sou eu.

– Ah! Olá!

– Era para perguntar se hoje

querias ir àquele café ao pé da praça?

– A que horas?

– Às 21:00 horas, pode ser?

– Vou tentar. – disse calmamente,

mas por dentro gritava de alegria.

– Até logo.

– Adeus.

7

Capítulo 2 – O Encontro

Ela ia a caminho, estava quase a

chegar ao café, quando um carro

parou à sua frente. Saíram dois

homens que a amarraram e a

meteram dentro do carro. Ela fazia de

tudo para tentar libertar-se, mas as

cordas estavam demasiado apertadas.

Depois de algumas horas,

chegaram a uma caravana

abandonada. Eles violaram-na, e

depois convidaram amigos para

também o fazerem. Mas antes de os

amigos chegarem, eles drogaram-na.

À hora marcada, os amigos

chegaram, começaram a fazer uma

fila à porta da caravana para a

violarem. Às cinco da manhã foram-se

todos embora.

8

Capítulo 3 – O Desaparecimento

de Maria

De manhã, os pais da Maria

acordaram e foram chamá-la para

tomar o pequeno-almoço. Ela não

acordava, por isso a mãe dela foi

ao quarto ver o que se passava.

Abriu a porta e assustou-se quando

não viu a filha na cama.

A mãe e o pai ficaram muito

preocupados e não sabiam o que

fazer. O seu pai disse que o melhor

era fazer queixa à polícia. Foi o que

fizeram. Mas a polícia disse que só

começariam a investigar o

desaparecimento, decorridas vinte

e quatro horas após a

participação.

9

Os violadores tinham ido

comprar comida. A Maria acordou

cheia de dores de cabeça e reparou

logo que eles não estavam ali. Viu

um telefone e aproveitou para ligar

à polícia. Mas, como estava

amarrada, tentou marcar o

número com os dedos dos pés e

conseguiu. A polícia atendeu, e

Maria fez barulhos com a boca.

Os polícias perceberam que

tinha acontecido alguma coisa e

localizaram a chamada. Depois,

telefonaram para a mãe da Maria

que veio logo a correr até ao local,

onde também a polícia já tinha

chegado. Desamarraram-na e

fizeram-lhe muitas perguntas, às

10

quais a Maria tinha vergonha de

responder.

A mãe da Maria levou-a para

casa e, passados alguns dias, a Ana

(melhor amiga da Maria) esteve

com ela e a primeira coisa que lhe

disse foi:

– Eu avisei-te!

– Odeio quando tens razão. –

retorquiu a Maria.

– Pois, eu sei. Mas tu adoras-

-me!

– Nisso também tens razão.

E começaram as duas a rir até

lhes doer a barriga.

Fim

11

Não tenho vergonha

de ser quem sou

Hugo Lopes

Madalena Valente

Miguel Pereira

Rodrigo Torres

Rui Fachadas

6.ºD

12

Capítulo 1 – O Primeiro dia de

aulas

O despertador tocou. António, um

rapaz de treze anos, com olhos azuis e

cabelo loiro, tomou o seu banho,

vestiu o seu uniforme, passou pela

cozinha, pegou numa maçã, e foi a

correr para o colégio.

Quando chegou, foi logo para a

aula, pois já estava atrasado. A

professora apresentou-o à turma.

No intervalo, o António fez logo

amigas.

No regresso a casa, deu de caras

com o seu vizinho, o Ivo, um rapaz

com cabelo castanho claro e olhos

verdes.

13

À tarde, o Ivo foi convidá-lo para

irem ao cinema e ele aceitou. Foram

ver o filme “O casal perfeito”. A meio

do filme, começaram a chorar e

abraçaram-se. No fim, regressaram

juntos a casa.

Ao chegar a sua casa, o António

vestiu o pijama e deitou-se em cima

da cama a pensar. Acabou por

adormecer.

A meio da noite teve um

pesadelo…

Capítulo 2 – António conta o

seu pesadelo

«Eu fui a casa do Ivo convidá-lo

para irmos lanchar ao café “Miminho

de Amor”. Pedimos um coração à

14

moda do Alentejo. Depois saímos do

café.

No regresso a casa, cruzei-me

com a rapariga dos meus sonhos…

Chamava-se Isabela, tinha os olhos

castanhos-claros e lábios vermelhos

como o meu coração.

Convidei-a para ir à minha casa e

ela aceitou. Quando chegámos a casa,

conhecemo-nos melhor. Passado

algum tempo, ela foi-se embora e

fiquei muito triste.

A minha mãe chamou-me para ir

jantar. Era bacalhau à Brás, o meu

prato preferido.

Quando acabei de jantar, fui para

a cama.

No dia seguinte, à tarde,

estivemos juntos de novo. Fui para

casa dela, vimos um filme e divertimo-

15

-nos. Mais tarde, reparei que

estávamos juntos na cama: tínhamos

tido relações sexuais.

Finalmente acordei, o pesadelo

tinha acabado.»

Capítulo 3 – Mais do que

amigos

Quando acordou, pensou logo no

Ivo, pois ficou assustado com o

pesadelo. Ligou-lhe para estarem

juntos. Combinaram ir ao café

“Miminho de Amor”.

Já estava sentado à espera dele, e

estava nervoso. Mal ele chegou, o

António contou-lhe tudo, com todos

os pormenores.

16

Depois de lhe ter contado, ele

abraçou o Ivo, com muita força, e

perguntou:

— Gostas de mim?

— Claro.

— Mas como amigo? Ou é algo

mais?

— Ahhh! Sinceramente… sim.

Ficou quase sem palavras, mas

admitiu que também gostava dele

assim, e ficaram juntos.

Na escola, viram-nos juntos e

começaram a gozar, mas eles viraram

as costas, como se estivessem a

ignorá-los, e foram-se embora.

Quando o António regressou a

casa, contou tudo aos pais, eles

aceitaram e até ficaram felizes.

Fim

17

Lê o que o António tem para te dizer.

Já pensaste que se tiveres

atitudes discriminatórias podes

magoar quem é diferente de ti?

As pessoas homossexuais

têm os mesmos direitos que as

heterossexuais.

A homossexualidade não é

uma doença, mas uma orientação

sexual diferente.

Aprende a respeitar quem é

diferente de ti!

18

A família dependente

Carolina Brigadeiro

João Louzeiro

Jorge Rodrigues

Luís Serafim

6.ºD

Capítulo 1 - A morte da mãe

19

Era uma vez um adolescente de

dezasseis anos, chamado Rui.

Os pais dele e a irmã, que tinha

catorze anos e se chamava Inês,

consumiam drogas e eram alcoólicos.

Discutiam muito e, às vezes, o pai

agredia a mãe e a irmã.

Um dia, a mãe foi para o hospital

com ferimentos muito graves, quase a

morrer.

O Rui, na escola, também

consumia drogas e ingeria álcool. Já

tinha reprovado muitos anos, devido

ao álcool e às drogas que ele e os

familiares consumiam.

Um ano após o primeiro

internamento, a mãe morreu com

overdose.

20

A Inês e o Rui estavam cada vez

piores, na escola, nas drogas e no

álcool, e fumavam cada vez mais.

Capítulo 2 - O assalto

O pai tinha uma mota. Uma noite

ia alcoolizado, em excesso de

velocidade, e foi apanhado pela

polícia.

A polícia aplicou-lhe uma multa

de quinhentos euros. Ele não tinha

dinheiro, e como só tinha duas

semanas para pagar, decidiu assaltar

um banco, onde conseguiu roubar

algum dinheiro. O banco tinha

câmaras, mas ele levava uma máscara

preta que lhe cobria a cara, exceto os

olhos, logo não foi identificado.

21

E foi assim que conseguiu pagar a

multa, sem ninguém descobrir nada.

Depois do assalto, foi para casa

sem dizer nada aos filhos, mas como

ele estava estranho, o Rui e a Inês

suspeitaram que alguma coisa tivesse

acontecido.

Desde então, o pai cada vez tinha

mais necessidade de roubar, porque

não tinha dinheiro para comprar

droga e álcool. Por isso, assaltava

cafés, ourivesarias, farmácias e

bancos.

Capítulo 3 - Mais um ano

perdido

No final do ano letivo, o Rui e a

Inês reprovaram novamente, por

causa da dependência das drogas.

22

A professora falou com o pai.

— Os seus filhos tiveram negativa

a todas as disciplinas. Faltaram muito

às aulas, e foram apanhados a fumar

na escola. — declarou a professora,

indignada.

— Quero lá saber! Isso é um

problema deles. Eles que o resolvam.

— contestou o pai, desinteressado.

E, quando se foi embora, fechou a

porta com uma força imensa.

Capítulo 4 - O orfanato

Quando o pai chegou a casa, o

Rui e a Inês não estavam lá, pois

tinham saído para consumir drogas.

Só chegaram a casa às seis da manhã.

Nesse dia só se levantaram às

quatro da tarde, não tinham

23

almoçado nem jantado, passaram o

dia a drogar-se.

Tinham passado as férias sem

fazer nada.

No final das férias, o pai foi para o

hospital e acabou por morrer.

A Inês e o Rui acabaram por ir

para um orfanato.

Quando lá chegaram, começaram

todos a olhar para eles.

No princípio, eles não gostavam

de lá estar porque não podiam fumar.

Mas, passadas duas semanas, já

tinham muitos amigos e estavam

habituados a estar lá, e já eram uns

meninos muito aplicados na escola.

Nunca mais tiveram uma negativa, e

começaram a fazer tratamento para

pararem com o consumo de drogas.

Fim

24

Corações Cruzados

Duarte Carmo

João Almeida

Manuel Pinto

Natacha Pereira

Rui Salvador

25

6.ºD

Capítulo 1- O primeiro dia de

aulas

Certo dia, à porta da escola

Bartolomeu Dias, por volta das oito

horas da manhã, chegaram dois

alunos a acelerar nas suas motas.

Eram dois robustos rapazes, o

Alexandre e o Jaime.

O Alexandre tinha olhos azuis,

cabelo castanho e era alto e

musculado. O Jaime também era alto

e musculado, tinha olhos castanhos e

cabelo loiro.

Quando entraram na escola,

todas as raparigas ficaram doidas por

eles. Tocou para a entrada. Em frente

26

à sala de aula, houve uma rapariga

que deixou o Alexandre louco, antes

da aula de música.

Por coincidência, sentaram-se ao

lado um do outro, tendo a hipótese

de se conhecerem melhor. O

professor perguntou à turma o que

sabiam tocar. O Alexandre disse que

sabia tocar guitarra elétrica, o Jaime

disse que sabia tocar bateria e a

Daniela disse que não sabia tocar,

mas sabia cantar. Então, o professor

chamou os três ao palco e eles

arrasaram.

Quando a aula acabou, o

Alexandre e a Daniela começaram a

falar como amigos. De cada vez que o

Alexandre falava, a Daniela ficava

corada com as coisas bonitas que ele

dizia.

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Combinaram encontrar-se nessa

noite.

Capítulo 2 - O encontro

Nessa mesma noite, foram a um

café e divertiram-se muito.

No dia seguinte, quando o

Alexandre viu a Daniela, chamou-a

para falarem a sós, mas ele estava

com alguma vergonha. Arranjou

coragem e de repente perguntou-lhe.

— Queres namorar comigo?

A Daniela respondeu:

— Sim…, quero dizer…, eu ia fazer

a mesma pergunta.

Mais tarde, o Jaime viu os dois a

beijarem-se e ficou muito zangado

28

com o seu melhor amigo, porque

gostava da Daniela.

Capítulo 3- A morte do Jaime

O Jaime gostava muito da Daniela

e deixou de falar com o Alexandre,

mas não suportava estar assim com o

seu melhor amigo.

Mais tarde, estavam os dois nas

suas casas e receberam um convite

para uma concentração de motas.

Assim que acabaram de o ler,

telefonaram um ao outro e disseram

ao mesmo tempo:

— Queres ir comigo à

concentração?

E continuaram a dizer em coro:

29

— Sim, quero!!!

No dia seguinte, o Alexandre e o

Jaime vestiram os seus casacões e

arrancaram diretos ao ponto de

partida. Quando se encontraram,

deram um longo abraço.

Durante a viagem, o Jaime

apanhou um lençol de água e

despistou-se contra um prédio.

Chamaram uma ambulância que o

levou para o hospital. Não havia volta

a dar, o Jaime tinha perdido a vida.

O Alexandre ficou muito

destroçado com a morte do amigo.

Capítulo 4 -As consequências

Quando o Alexandre voltou à

escola, vinha muito perturbado pela

30

perda do amigo e começou a ter

comportamentos muito estranhos.

Controlava a Daniela, mexendo-lhe no

telemóvel, sem ela dar conta, para ver

as chamadas que ela fazia e as

mensagens que recebia. Quando ela

se apercebeu, disse-lhe que não

gostava que ele desconfiasse, pois

não havia qualquer razão para ele o

fazer. Ele pedia desculpa e prometia

que não voltaria a fazer o mesmo, o

que, porém, não acontecia. As

discussões e as cenas de ciúmes

tornaram-se frequentes.

O Alexandre fez anos e os pais

ofereceram-lhe uma casa. Um dia,

decidiu trancar a Daniela no

apartamento, obrigando-a a ter

relações sexuais com ele.

31

Ali fechada, tratava-a bem, mas

forçava-a a fazer coisas que ela não

queria.

Passado algum tempo, ela

conseguiu fugir. Apesar de ser difícil e

de o amar, teve que fazer queixa à

polícia.

O Alexandre esteve preso seis

anos, mas nunca esqueceu a Daniela e

empenhou-se nas sessões de apoio

psicológico, para poder recuperar-se e

reconquistá-la.

Quando saiu em liberdade foi

procurá-la e correu a abraçá-la.

Voltaram a ser felizes.

Alguns anos depois, tiveram dois

filhos, o Jaime e a Joana.

Fim

32

Diogo Valente

Luís Soares

Gabriela Alfares

Carolina Sousa

6.ºD

33

Capítulo 1 - Escola Grande

Na escola Santa Mónica, uma

escola grande, com boas condições

para a aprendizagem de milhões de

alunos, existia um auditório, três

ginásios todos equipados para vários

tipos de desportos, como: futsal,

andebol, basquetebol e muitos

outros. Havia um grande edifício,

onde se encontravam trezentas e

quinze salas de aula, um enorme

refeitório, e uma colossal biblioteca

com milhares de livros de todas as

cores, tamanhos e feitios.

No meio de tanta coisa boa, havia

um pequeno senão: dois rufias

chamados Gregório e Paulo. Nessa

escola também havia dois marrões,

que vestiam pulôveres, camisas e

34

calças a condizer, tinham penteados

lambidos e óculos com lentes de alta

graduação. Eram o Manuel e o Tiago.

Todos os dias, o Paulo e o

Gregório intimidavam os marrões,

deitando os seus livros ao chão,

puxando as suas cuecas e

pendurando-os nos cacifos.

Capítulo 2 - Sabedoria e

Pancadaria

Todos os dias, o Tiago tinha medo

de ser humilhado pelos rufias, ao

contrário do Manuel, que já estava

habituado.

O Paulo e Gregório gostavam de

os humilhar perante toda a escola.

35

Quem não gostava disso era o Diretor,

que os repreendia diariamente.

Um dia, o Manuel e o Tiago

queixaram-se ao Diretor e, como este

já estava farto de repreender os

rufias, desta vez decidiu ameaçá-los

de serem suspensos, durante duas

semanas. Desde então, os rufias

passaram a ameaçar os marrões de

que lhes bateriam, se fossem

suspensos da escola.

O Paulo e o Gregório penduraram-

-nos de novo no cacifo, e foram

suspensos.

Desde então, todos os dias de

manhã, à porta da escola, os rufias

andavam à pancada com os marrões.

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Capítulo 3 - A Suspensão

Os colegas do Paulo e do Gregório

questionavam-se onde estariam eles,

até que, um dia, alguém lhes bateu à

porta da sala de aula.

Era um funcionário que trazia uma

ordem de serviço da Direção. Dizia o

seguinte:

«Os vossos colegas, Gregório e Paulo

foram suspensos pela Direção, por

terem agredido verbalmente os

alunos Manuel e Tiago do 10º A.»

O Manuel e o Tiago estavam

contentes pelo facto de o Gregório e o

Paulo terem sido expulsos, mas por

outro lado estavam infelizes por

apanharem uma sova todos os dias.

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Todos os dias o Tiago e o Manuel

tentavam suborná-los para que eles

lhes deixassem de bater, fazendo-lhes

propostas monetárias e de ajuda no

trabalho comunitário escolar. Porém,

nada disto os impedia de continuarem

a levar pancada.

Capítulo 4 – A grave

agressão

Nas férias, Manuel e Tiago

decidiram ir para a quinta do Tio

Timóteo. Passaram lá alguns dias e

estavam longe dos rufias.

Quando voltaram para casa, viram

uma tabuleta a dizer: «CONCERTO NO

PAVILHÃO ATLÂNTICO, DIA 27 DE

DEZEMBRO ÀS 23:00 HORAS».

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E decidiram ir ao concerto.

Quando chegaram a Lisboa, foram

a um auditório onde também estavam

os rufias. Quando estes os viram,

foram atrás deles e deram-lhes tanta

pancada que os fizeram ir parar ao

hospital.

Algumas horas depois, os pais

esperavam os filhos na receção.

Quando o Manuel e o Tiago saíram do

quarto do hospital, foram ter com

eles. Também lá estavam os rufias

que lamentaram o sucedido e

disseram que não queriam que tudo

tivesse chegado àquela situação.

Então pediram muitas desculpas e

ficaram amigos.

Fim