história - pré-vestibular impacto - grécia - esparta iii

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  • 8/14/2019 Histria - Pr-Vestibular Impacto - Grcia - Esparta III

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    KL 190208

    GRCIA - ESPARTA

    FAO IMPACTO -A CERTEZA DE VENCER!!!

    PROF: PANTOJA

    Fa

    le

    conosco

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    m.br

    VESTIBULAR

    2009

    CONTEDO

    A Certeza de Vencer

    02

    1

    AcrpoleO ESPAO DE FORMAO DA CULTURA GREGA CLSSICA:No incio, a palavra polis denominava apenas a acrpole

    situada no alto da colina: O palcio do rei, local de reunio dacomunidade e o santurio da divindade principal. Porm, haviaainda uma parte baixa, por onde passavam as estradas. O rei,senhor daqueles domnios, podia cobrar impostos dos estrangeirosque as utilizavam. Mais tarde, com o crescimento da populao e odesenvolvimento da agricultura e do comrcio, a parte baixa foicrescendo, e polis, termo que traduzimos por cidade-Estado,passou a ser toda a regio sob a autoridade de um chefe

    Nesse perodo, o poder dos reis entrou em declnio eaperfeioaram-se a prtica da consulta s assemblias, ouconselhos, compostas por representantes escolhidos entre aspessoas mais velhas das famlias mais importantes. Essasassemblias, que j existiam com a funo de auxiliar os reis,passaram a ter poder de deciso. A monarquia foi substituda pelaaristocracia, que queria dizer governo dos melhores.Evidentemente, esses melhores eram os poucos que controlavama maior e melhor parte das terras, faziam as leis e decidiam sobre amoeda. Essas famlias consideravam-se herdeiras dos guerreirosdo perodo anterior, formando uma aristocracia de sangue, ou seja,

    hereditria, e sendo assim o poder permanecia nas mesmas mos.Paralelamente ao desenvolvimento das polis, os gregos

    foram fundando outras cidades-Estados, estendendo seu territriooriginal do mar Negro ao oceano Atlntico. Eram o que eles chamavam de apokia, e que os historiadores traduzirampor colnias, embora essas cidades fossem comunidades poltica e economicamente independentes.

    Essas colnias tinham com a metrpole, que significa cidade-me, vnculos principalmente sentimentais ereligiosos, uma vez que, para a mentalidade grega, o primordial para a construo de uma cidade era a proteo dosdeuses, o que inclua a escolha de um deus e dos sinais de sua presena, como o fogo sagrado e os instrumentos atravsdos quais se comunicava com os homens, os orculos, que deveriam ser originrios de um centro mais antigo.

    Muitos historiadores contemporneos do como causa para esse movimento de expanso e colonizao dosgregos as necessidades comerciais e o grande crescimento demogrfico. Mas h discordncia quanto aos motivoscomerciais, pois alguns estudiosos constataram que muitas das regies colonizadas no tinham nenhum atrativo

    comercial para os gregos - como foi o caso da Siclia, que s mais tarde se tornou grande produtora de trigo e celeiro deRoma. Observaram tambm que bons portos, excelentes pontos para o desenvolvimento da atividade comercial, noforam ocupados por nenhuma colnia grega, indicando que nem sempre o objetivo mercantil era o principal. Essespesquisadores acreditam que o motivo da expanso territorial tenha sido a busca de uma soluo para a crise decorrenteda exploso populacional que, no sculo VIII a.C., acarretou o empobrecimento e o endividamento dos pequenosproprietrios. A regio tinha um solo pouco frtil, pedregoso, montanhoso, que no comportava tal crescimento. Esseestado crtico levou a conflitos e movimentos por redistribuio de terras e pelo cancelamento das dividas e foi causa dadisperso das populaes das cidades gregas e fonte de conflitos sociais.

    No entanto, no se pode negar o desenvolvimento do comrcio martimo. A partir do sculo VIII a.C. tornaram-secomuns os comboios martimos para o Cucaso e para a Etrria, em busca de estanho, matria-prima para o preparo dobronze, usado na fabricao de armas, que eram exportadas para as novas colnias e para o Egito, que na poca lutavacontra a dominao dos assrios, com tropas mercenrias equipadas plos gregos.

    Portanto, estreitamente ligadas ao comrcio martimo desenvolveram-se as atividades metalrgicas. Alm delastambm se desenvolveu a produo de vinho e de azeite, que acabou por incrementar a fabricao da cermica,especialmente e nforas utilizadas para o armazenamento desses lquidos.

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    odas essas transformaes na economia provocaram modificaes na organizao social. Os artesos, porexemplo, tornaram-se fundamentais para a economia da polis. Enriqueceram e passaram a ter acesso aoexrcito - conquistaram pela riqueza a participao em uma instituio que exercia muita influncia na

    polis, e da qual, at ento, faziam parte apenas os membros da aristocracia.As tenses originrias das transformaes sociais e das crises econmicas deram origem a reformas sociais e a

    solues polticas, que na Grcia Antiga se apresentaram segundo dois modelos: o ateniense e o espartano.Trataremos primeiro de Atenas, por ser o modelo adotado por muitas colnias e por outras cidades que se

    desenvolveram comercialmente.A primeira forma de governo em Atenas foi uma

    monarquia na qual o rei, um chefe militar, assumia toda aresponsabilidade pelas decises tomadas, acumulando asfunes de chefe militar, poltico e religioso. O rei podiaconsultar uma assemblia da qual participavam outrosguerreiros e pessoas comuns, mas a deciso final era sua.

    Essa forma de governo foi substituda por outra na quaisas decises cabiam a um pequeno grupo, ou seja, constituiu-seuma aristocracia, que quer dizer governo dos melhores.

    A aristocracia funcionava da seguinte maneira: o rei(basleus) continuou a existir, mas sua funo era apenas a depresidir as cerimnias religiosas. O governo estava nas mos de

    um grupo de pessoas denominadas euptridas (que quer dizeros bem-nascidos), reunidas numa assemblia o arepago. Para conduzir os assuntos da justia e do exrcito eramdesignadas duas pessoas. O responsvel pela justia era denominado arconte, e o chefe militar, polemarco.

    Porm, o abuso de poder da aristocracia provocou revoltas e reivindicaes entre os excludos das decisespolticas: os artesos e comerciantes enriquecidos e os pequenos proprietrios explorados. Essas reformas acabaram portransformar a forma de governo aristocrtico em uma democracia atravs do seguinte processo: Instalou-se uma crisesocial, resolvida parcialmente por reformas que impediram a grande explorao dos camponeses pelos euptridas, aescravizao por dvidas e a perda das propriedades, o que ocorria devido escassez de terras e perda das colheitas.Alm disso, atendendo s reivindicaes, houve uma distribuio de obrigaes e poder entre as vrias classes sociais.

    Essas mudanas, feitas pelo legislador Slon, no eliminaram as diferenas entre as classes sociais, masdistriburam o poder de acordo com as riquezas, o dinheiro substituiu a terra como fonte de poder. Sua reformaestabeleceu quatro classes de cidados, de acordo com a renda: a primeira, os pentakosiomdimnoi (capazes de possuir o

    equivalente a 500 medidas de gros); a segunda, os hippe, ou cavaleiros (300 medidas); a terceira, os zeuglfai (200medidas); e a quarta classe, os tetas, ou thtes (sem rendimento, a no ser o salrio).

    O exrcito essa diviso se fazia sentir, pois s as duas primeiras classes contribuam com impostos especficospara despesas militares e participavam da cavalaria, mantendo o prprio cavalo. A terceira classe (zeugtai) pagava ascontribuies ordinrias e participava da infantaria pesada, dos hoplas, com armamento prprio. Os tetas estavamisentos de impostos, mas tinham o direito de participar da infantaria ligeira, cujo equipamento podia custear, e de serremadores na marinha.

    Apesar das reformas promovidas por Slon, as tenses persistiram, favorecendo o aparecimento dos tiranos,tanto em Atenas como nas outras cidades. Os tiranos eram aristocratas que tomavam o poder sustentados por forasmilitares mercenrias e com o apoio das classes inferiores, s quais prometiam favorecer, diminuindo os privilgios daaristocracia.

    Depois do perodo das tiranias, surgiu um outro reformador, Clstenes, que atacou diretamente o principio do

    direito familiar, que Slon deixara intocado, e redividiu o territrio ateniense com o intuito de misturar pessoas dediferentes classes sociais. Clistenes definiu trs tipos de diviso administrativa:

    As tribos, as trtiase os demos, que deveriam seguir o principio da igualdade. Os demos eram a menor divisodo territrio. Todos os atenienses deveriam estar registrados em algum deles. O conjunto de demos dava origem aagrupamentos maiores, as trtias, que eram trinta: dez para a cidade, dez para o litoral e dez para o interior. As trtias, porsua vez, eram agrupadas em dez tribos, da seguinte maneira: cada tribo compreendia todos os tipos de trtia; assim, astribos misturavam os cidados das vrias regies, reunindo pessoas da cidade, do litoral e do interior, e com diferentesgraus de riqueza. No ponto central da cidade cada tribo era representada no bouleuthrion, sede de uma assembliacomposta por cinqenta representantes de cada tribo, perfazendo um total de quinhentos elementos, a boul. Cada triboexercia o poder durante uma pritania, ou seja, uma das dez fraes de tempo em que se dividia o ano, e que durava 35 ou36 dias. Alm disso, durante esse tempo, presidia uma outra assemblia, a ekklesa, composta por todos os cidados comidade acima de vinte anos.

    Para completar a funo das assemblias, que discutiam todos os assuntos do interesse da cidade, existiam ostribunais, alguns dos quais eram bem antigos, como o arepago. Mas, apesar da existncia desses tribunais, a maior partedas questes era julgada pela heliala, composta por seis mil jurados, sorteados entre os cidados maiores de trinta anos.

    T

    Atenas