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História da Ferrovia Vitória-Minas Diego Borba Luiza Guimarães Rafael Scalabrini Túlio Peixoto

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Page 1: Historia Da Ferrovia Vitoria Minas

História da Ferrovia Vitória-Minas Diego Borba

Luiza GuimarãesRafael Scalabrini Túlio Peixoto

Page 2: Historia Da Ferrovia Vitoria Minas

A Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) opera o único trem de passageiros diário no Brasil e liga duas importantes capitais brasileiras: Vitória, no Espírito Santo, e Belo Horizonte, em Minas Gerais.

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Em fevereiro de 1902, o Governo Federal concedeu através de decreto-lei a criação da Companhia Estrada de Ferro Vitória a Minas. A sonhada ligação ferroviária entre o interior mineiro e o Porto de Vitória teve suas origens na segunda metade do século XIX e contribuiu decisivamente para o aculturamento e dissolução dos nativos indígenas que habitavam a região , além de ter sido muito importante para o desenvolvimento de regiões como o Vale do Aço..

Inauguração de trecho da EFVM no ano de 1927 em Antônio Dias, Minas Gerais

Sua construção se iniciou ainda no final do século XIX. Inicialmente, foram duas concessões ferroviárias distintas, de Vitória (ES) a Peçanha (MG) e de Peçanha a Araxá (ambas em MG), que não vingaram pela falta de recursos e de viabilidade comercial.

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Posteriormente os engenheiros Pedro Augusto Nolasco Pereira da Cunha e João Teixeira Soares idealizaram um novo traçado, com base nos anteriores, que deu origem a Estrada de Ferro Vitória a Minas. Nolasco foi oportunista e fez este projeto com base em seu verdadeiro objetivo: ligar o norte mineiro ao mar.

Pedro Augusto Nolasco Pereira da Cunha

João Teixeira SoaresEngenheiro Civil

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Estação que leva o nome do engenheiro projetista da ferrovia em Vila Velha- ES, km 0 da linha.

Pedro Augusto Nolasco Pereira da Cunha, conhecido como Pedro Nolasco, nasceu em 14 de junho de 1865, em Niterói (RJ). Era engenheiro, e quase todas as suas atividades estavam voltadas para o setor de infraestrutura: indústrias, manufaturas, portos, estradas de ferro, construção civil, entre outras. Além da EFVM, Nolasco também deu início à construção do Porto de Vitória, tendo sido responsável pelos seus primeiros 550 metros.Grande e célebre figura da história das ferrovias, infelizmente é pouco conhecido nacionalmente. Quando a antiga Estação de São Carlos, no bairro Argolas, em Vila Velha foi reformada e rebatizada com seu o nome, uma grande solenidade foi formada para homenagea-lo. Ao ver descerrada a faixa que cobria o seu nome, o grande homem sussurrou as seguintes palavras:

"Não se presta uma homenagem como esta a um homem vivo e da minha idade".

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Assim, com o projeto inicial de ligar Vitória (ES) a Diamantina (MG), o primeiro trecho foi inaugurado em 13 de maio de 1904, contendo 30 quilômetros e contando com três estações: Porto Velho, Cariacica e Alfredo Maia. Mas com o anúncio sobre grandes jazidas de minério em Minas Gerais no ano de 1908, mudou-se o percurso final da ferrovia para a cidade de Itabira, onde o mineral seria explorado. Porém, devido a questões políticas e o cenário internacional das guerras mundiais, os trilhos só chegaram a Itabira em 1942.A estrada de ferro Vitória a Minas ganhou impulso depois de 1942, ano da criação da Vale, então chamada Companhia Vale do Rio Doce, formada a partir dos Acordos de Washington, entre Brasil, Estados Unidos e Inglaterra. Estes acordos políticos determinavam que a Inglaterra cederia ao Brasil o controle das minas de ferro, os Estados Unidos comprariam o minério e auxiliariam na questão da siderurgia e o Brasil ficaria responsável pela melhoria da Estrada de Ferro Vitória a Minas, responsável pelo transporte do minério para exportação.

Estação ferroviária de Santa Brbara – 1953

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A década de 1950 caracterizou-se pela introdução das primeiras locomotivas diesel e novas melhorias ao longo da ferrovia. A duplicação da linha acontecou entre os anos de 1971 e 1977, um grande marco na evolução da ferrovia. A implantação do controle de tráfego automatizado e seu desenvolvimento até os dias de hoje colaborou para que a Vitória a Minas seja uma das mais modernas ferrovias do mundo. As décadas de 1980 e 1990 serãooram caracterizadas pelo aumento da produtividade transportada, por meio da diversificação de produtos transportados junto com o minério de ferro. Após a privatização da Vale, em 1997, continuaram os investimentos na ferrovia, com aquisição de novas locomotivas e vagões em função do crescimento da produção do minério de ferro, chegando aos dias de hoje com produtividade recorde e novos investimentos na expansão de alguns trechos.

Atual traçado da ferrovia e estações

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Datas importantes:

1903 – Começo da construção da CEFVM, engenheiro Pedro Nolasco.

1904 – 1° trecho, entre Vitória-ES – Natividade-RJ

1910 – Trecho Vitória-ES – Governador Valadares-MG

1943 – Linha até Itabira-MG, um ano depois da criação da Companhia Vale do Rio Doce 1952 – Completa 1,5 milhões de toneladas de minério transportados

1954 – Até então as locomotivas eram à vapor, surgem as locomotivas à diesel

1970 – O maior trem do mundo em bitola métrica começou circular. Possuía 150 vagões e um quilômetro e meio de extensão. Precisava de uma locomotiva a diesel de 3900 cavalos.

1994 – Trem de passageiros de Vitória-ES – Itabira-MG chega a Belo Horizonte-MG. É o trecho que conhecemos hoje.

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Curiosidades:

1) Em 2002 entrou em circulação o trem de 320 vagões, o que equivale a uma extensão de quase três quilômetros.

2) O trem de passageiros da EFVM é o único no Brasil com partidas diárias, tanto saindo de Belo Horizonte (MG), quanto de Vitória (ES).

3) No primeiro trecho, partindo de Belo Horizonte – MG, o controle dos trens é feito via GPS.

4) A segurança da EFVM é o ponto forte para quem gosta de viajar de trem. Para se ter uma ideia, ao ultrapassar a velocidade superior a permitida, a central manda um sinal para a locomotiva, que faz com que o trem pare de andar. Tudo isso sem interferência do maquinista.

5) Em trens de passageiros, não se tem acesso à locomotiva pelos vagões. A comunicação do chefe do trem com o maquinista é feita somente via rádio.

6) Bitola é a distância entre os trilhos. Existem vários tipos de bitola. No Brasil, a mais comum é a bitola métrica ou estreita, que é de 1 metro.

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7 ) Pinturas que os trens já receberam:"Águia" estilizada na frente das locomotivas;"Vitória a Minas" por extenso (simplificada);"Bandeira CVRD" tanto com EFVM normal como em itálico;"Chocolate Branco", uso de branco, marrom e laranja como cores;"Banco Real", novas cores (verde, amarelo e branco) adotadas pela companhia a partir de 2008.

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Referências bibliográficas:

museuvale.comtremriodoce.blogspot.com.brtrem.org.br

comospesnomundo.comamantesdaferrovia.ning.com