história da família rossi

95
Revisado: Fevereiro 2013 Por: Vilmar Rossi, Anton Georg Rossi e Colaboradores. [HISTÓRIA DA FAMÍLIA ROSSI NA EUROPA, E NO BRASIL A PARTIR DE 1923]

Upload: cristian-rossi

Post on 19-Jun-2015

6.832 views

Category:

Education


32 download

DESCRIPTION

História da Família Rossi, imigração da Itália para o Brasil em 1923. Família originária da província de Orgiano, cidade de Vicenza, região do Veneto, norte italiano.

TRANSCRIPT

Page 1: História da Família Rossi

Revisado: Fevereiro 2013

Por: Vilmar Rossi, Anton Georg Rossi e Colaboradores.

[HISTÓRIA DA FAMÍLIA ROSSI NA EUROPA, E NO BRASIL A PARTIR DE

1923]

Page 2: História da Família Rossi
Page 3: História da Família Rossi

1

HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO ITALIANA

FAMÍLIA ROSSI

ANO DE 1923 A Família Rossi, era formada por sete Irmãos: Angelo (03 de Outubro de 1863 – 05 de

Janeiro de 1957), Santo (10 de Março de 1866 - ), Teresa (1868-1896), Vincenzo (26 de Julho de 1871-1950) , Antonia (01 de

Agosto de 1874 – 11 de Maio de 1885), Redenzio (30 de Julho de 1879 - 09 de Abril de 1962) e Maria Anna (31 de Agosto de 1883 - 31

de Março de 1886)

De origem da Região do Vêneto, Província de Vicenza, Norte

da Itália

Santo Rossi

(1866)

Maria Anna Rossi

(1883)

Antonia Rossi

(1874)

1863

1879

1871

Angelo Rossi

Redenzio Rossi

Vincenzo Rossi

Teresa Rossi

(1868)

Page 4: História da Família Rossi

2

A História da Família Rossi no Brasil, começa em 24 de Novembro de 1923, com a chegada no Porto de Santos em São Paulo, da Familia de Redenzio Rossi e Maria Angela Scotton, trazendo os filhos: Carlo, Luigi Santo, Innocente, Angelo, Mário, Lina e Emma Rosária, procedentes de Orgiano, Província de Vicenza, Itália.

Foto de 1921InocenteInocente

LuisLuis

MarioMario

AngeloAngelo

CarloCarlo

Silvio (amigo)Silvio (amigo)

Page 5: História da Família Rossi

3

Chegada de Italianos em Santos, SP

Imigrantes aguardando embarque no Porto de Gênova, Itália

Page 6: História da Família Rossi

4

Roteiro da Viagem com destino ao Porto de Rio Grande - RS

Porto de Rio Porto de Rio GrandeGrande

Porto de Porto de SantosSantos

Porto de Dakar, Porto de Dakar, ÁfricaÁfrica

Porto de Porto de Gênova, ItáliaGênova, Itália

A SAGA DOS IMIGRANTES

Guerras, fome e falta de perspectivas na Europa - que se depara com a Revolução Industrial - provocam desesperança em boa parte da população daquele continente.

Ao mesmo tempo, se intensificam os relatos de maravilhosas terras, de clima ameno e solo fértil na pouco conhecida América do Sul. A união dos fatos somada ao interesse do governo brasileiro em contar com a mão de obra europeia, provoca a vinda daqueles que iriam incentivar o progresso no Sul do Brasil.

Page 7: História da Família Rossi

5

Área Rural

Desde meados do século XVIII, quando recruscederam as disputas entre portugueses e espanhóis no Brasil meridional, as autoridades coloniais se deram conta das consequências que a ausência de um povoamento mais denso significava à garantia da posse no extremo Sul. Pensou-se então em criar uma ocupação efetiva baseada na pequena propriedade. Décadas mais tarde, este modelo seria empregado amplamente no Sul do país para atrair imigrantes para os projetos de colonização.

Os colonos conseguiram com seu trabalho tornar a região segura, valorizando-a e integrando-a economicamente. Através dos núcleos de pequenas propriedades conseguiu-se a valorização de terras antes desocupadas, cobertas de florestas, e em terreno acidentado. Pode-se

Page 8: História da Família Rossi

6 dizer, com certeza, que a valorização fundiária foi o objeto principal em toda a história da imigração do século passado até as primeiras décadas do século XX.

O BRANQUEAMENTO DA RAÇA A colonização do Brasil, especialmente da região Sul, por imigrantes europeus tinha porém outros objetivos. Os ideólogos da imigração tinham como propósito o “aprimoramento” ou “branqueamento da raça brasileira”.

Setores da imprensa da época defendiam a vinda de imigrantes, para aumentar o povoamento e “melhorar a população” do país. Sustentava-se que a existência de escravos não era propícia ao

Page 9: História da Família Rossi

7 desenvolvimento econômico e social do Brasil. As experiências dos colonos europeus permitiriam verificar os métodos agrícolas mais vantajosos para o Brasil, que também passariam a ser imitados pelos habitantes naturais do país.

GUERRA EXPULSA CAMPONES DA EUROPA Ao longo do século XIX, a Europa foi sacudida por uma série de fatores que contribuíram para o grande êxodo populacional, principalmente em direção ao Continente Americano. As guerras napoleônicas,

Batalha do Exército de Napoleão Século 18 (XVIII)

o elevado crescimento demográfico em relação aos meios de subsistência, crises econômicas nos setores de produção agrícola e industrial, a própria Revolução Industrial liberando grande quantidade de mão de obra tanto no campo como nas cidades, os desajustes políticos em consequência de unificação de Alemanha e Itália, a melhoria dos meios de transporte que reduziu os custos das viagens transoceânicas,

Navio a vapor utilizado nas viagens transoceânicas

Page 10: História da Família Rossi

8 tudo isso só fez crescer os contingentes de imigrantes europeus. A procura de trabalho e o sonho de conseguir um pedaço de terra

tornavam a América, o centro das atenções das grandes massas de europeus que viviam em estado de pauperismo. De 1841 a 1880, aproximadamente 13 milhões de pessoas buscaram o “eldorado” em outros continentes. E nos 20 anos que se seguiram, ponto alto das imigrações europeias outros 13 milhões buscaram o mesmo caminho.

De 1856 a 1932, o Brasil acolheu 4,431 milhões de imigrantes. O imigrante europeu, cujas terras haviam sido cuidadosamente controladas ao longo dos séculos pelos grandes proprietários ou pela Coroa, sentia uma irresistível fome por um pedaço

Page 11: História da Família Rossi

9 de chão só seu. E foi essa fome reprimida de terra que os impeliu à colonização. Homens empobrecidos, alguns condenados a morrer de fome,

estavam dispostos a abandonar tudo, todas as vantagens de uma vida socializada e estável, para gozar do privilégio elementar de ter suficiente alimento para comer e suficiente terra para nela produzir.

HISTÓRIA DA FAMÍLIA ROSSI Nos anos de 1800, época de períodos Imperiais, a Itália não existia como é hoje, viviam lá no Norte da Itália os antepassados da Família Rossi. O Brasão da Família Rossi é do período Imperial, efetivado para todas as Regiões Italianas da época.

“Cognome affermato in tutte le regioni italiane, difuso in epoca imperiale”

Page 12: História da Família Rossi

10 Nesta época viveram nesta Região os Bisavós e Avós de Redenzio Rossi, o qual mais de 100 anos depois, em 1923, com 44 anos de idade, tomou a grande decisão de sua vida e das futuras gerações, sair da Itália com a Família com destino ao Brasil.

1796 - A Áustria havia ocupado o norte da Itália. Em 1797 Napoleão expulsou os austríacos. 1799 - As tropas austríacas reocuparam o norte da Itália. 1800 - Napoleão realizou uma segunda campanha na Itália e expulsou os austríacos.

Norte da Norte da ItáliaItália

De 1796 a 1800 a Áustria ocupou o norte da Itália,

sendo que após foram expulsos por Napoleão.

Napoleão Bonaparte

Page 13: História da Família Rossi

11 1812 - Napoleão invade a Rússia com um exército de 600.000 soldados aliados (França, Espanha, parte da Itália, Alemanha e Polônia). Ganharam a guerra, mas os russos queimaram tudo, e no inverno não haviam provisões. Apenas 50.000 soldados voltaram da campanha sobre a Rússia. 1814 - A Áustria anexa novamente o norte da Itália e região dos Bálcãs.

Norte da Itália anexados a Áustria Norte da Itália anexados a Áustria em 1815em 1815

1815 - Napoleão é derrotado por Inglaterra, Áustria, Prússia e Rússia e morre em 1821.

1815 - 1830 A RESTAURAÇÃO DA ITÁLIA O reino de Piemonte (Sardenha, Turim e Genova) foi governado pela Casa de Savóia. O reino Lombardo-Vêneto foi ocupado pela Áustria. 1831 - Surgiram os Carbonários (Sociedade secreta italiana que luta contra o absolutismo e a dominação estrangeira). O movimento Jovem Itália fundado por José Mazzini lutou pelos mesmos ideais. Abria-se caminho para a unificação italiana. A revolução industrial na Inglaterra, transformou-a na potência econômica deste século. Os primeiros 180 italianos chegaram ao Brasil em 1836 e a última leva aportou mais de um século depois, em 1947 - ao todo, mais de 1,5 milhão de filhos da Itália imigraram para cá.

Page 14: História da Família Rossi

12

Imagens da partida do Porto de Nápoles

O nascimento de Luigi Fioravante Rossi (pai de Angelo, Santo, Vincenzo, Antonia, Redenzio e Maria Anna Rossi), ocorreu 12 de Agosto de 1840. E de Angela Brogiatto (a mãe) em 10 de Julho de 1844. Em 30 de março de 1843, nosso último imperador, Dom Pedro II, casa com a princesa napolitana Teresa Maria Cristina de Bourbon, filha de Francisco I, rei de Nápoles.

D. PEDRO II (07/04/1831 a 15/11/1889)

O imperador vinha manifestando forte interesse pela cultura italiana. Traduziu a Divina Comédia para a língua portuguesa.

Page 15: História da Família Rossi

13 Na Itália a nova realidade política, marcada por elevados impostos, não consegue remediar a complicada situação econômica provocada pelo esgotamento das terras, pelos constantes atritos das relações entre os trabalhadores e os grandes proprietários. Uma das saídas estimuladas pela nova realidade política é o incentivo à imigração, pelo menos nas duas zonas mais pobres: o Trentino e o Vêneto. A imperatriz italiana vivia soprando nos ouvidos de Dom Pedro: Terras brasileiras para os meus sem-terra italianos, per piacere.

Princesa Napolitana Teresa Maria Cristina de Bourbon, de origem italiana, esposa de D. Pedro II

1848 - Na Itália, apenas a Casa de Savóia, no reino de Piemonte, manteve uma Monarquia Constitucional, tornando-se o ponto de encontro dos liberais italianos.

Neste período viviam no norte da Itália os pais do tataravô Luigi Fioravante Rossi (Santo Rossi nascido em 1809, e Caterina Antonia Turatto) e os pais de Angela Broggiato (Giuseppe Broggiato e .........Santulian). Também viviam lá os pais de Domenico Saggiorato. Nasceu em 26 de Agosto de 1843, casou-se com Maria Zeggiato, irmã de Rosa Zeggiato, mãe da bisavó Maria Angela Scotton. Nesta época, segundo a história a região estava sob domínio austríaco.

Page 16: História da Família Rossi

14

Região de origem da Região de origem da Família Rossi, Família Rossi,

libertada da Áustria libertada da Áustria em 1866.em 1866.

OS IMIGRANTES QUE FIZERAM O BRASILOS IMIGRANTES QUE FIZERAM O BRASIL

Os Italianos com 1.596.474 foram a segunda maior corrente de Os Italianos com 1.596.474 foram a segunda maior corrente de imigração para o Brasil. imigração para o Brasil.

1848 - 1870 A UNIDADE ITALIANA A luta pela unidade significou a luta contra dois grandes poderes da época: a Igreja Romana, dona do centro da península Itálica, e o império austríaco, que ocupava o norte. Os patriotas revolucionários formaram sociedades secretas como a Jovem Itália, fundada por José Mazzini. Pregavam o uso da violência para expulsar os estrangeiros. O Conde de Cavour, ministro de Vítor Emanuel II desde 1852, foi o principal promotor da unidade peninsular. Era necessário buscar apoio contra o papado e a Áustria. Provocou o conflito

Page 17: História da Família Rossi

15 com a Áustria em 1859. Obteve o apoio da França e da Inglaterra contra a Áustria e o papado. Aproximou-se da Prússia com a mesma finalidade. Derrotou a Áustria e anexou os ducados do norte ao reino de Piemonte. No sul José Garibaldi libertou o reino das Duas Sicílias, dos Bourbon. As tropas piemontesas tomaram os demais territórios pertencentes ao papado.

Em 1861, Vítor Emanuel II foi proclamado rei da Itália. Em 1866, Veneza foi incorporada ao Reino da Itália. Em 1870 Roma foi incorporada ao reino da Itália. O papado só retomou sua autonomia com a criação do Estado do Vaticano em 1929.

Em 1851 nascia na Itália, Santo Scotton, pai de Maria Angela Scotton (Esposa de Redenzio Rossi)

Page 18: História da Família Rossi

16 1877 - Neste ano 13.582 imigrantes italianos desembarcaram no porto de Santos. Em 1888 este número elevou-se para 104.353. Estas famílias foram recrutadas em regime de colonato em São Paulo, onde foram muito exploradas pelos fazendeiros da época.

30 de Julho de 1879 – Nascia em Orgiano, na Rua Albarolo n

o 105, Redenzio Rossi, filho de Luigi Fioravante Rossi e Angela

Broggiato.

Registro degli Atti de nascita de Redenzio Rossi, figlio di Luigi Fioravante Rossi e Angela Broggiato.

Page 19: História da Família Rossi

17

1885 - Falece na Itália, Angela Broggiato, mãe de Redenzio Rossi, o qual tinha 06 anos de idade.

Entraram no Rio Grande do Sul, 104.353 imigrantes italianos, Domenico Saggiorato (1843 - 1926), fazia parte deste grupo.

Page 20: História da Família Rossi

18

Embarque no Porto de Gênova

Instalou-se em Pinto Bandeira, Bento Gonçalves, e após algum tempo se mudou-se para a Localidade de Tigre Alto, Sananduva. Os primeiros moradores do Tigre foram os Banfi e os Zortéa. Maria Zeggiato casada com Domenico Saggiorato, era a mãe de Abramo Saggiorato. Rosa Zeggiato (irmã de Maria Zeggiato), era a mãe de Maria Angela Scotton (Esposa de Redenzio Rossi). Assim Abramo e Maria Angela eram primos de 1º Grau, devido a este parentesco havia troca de correspondência com as famílias da Itália.

Durante viagem da Itália até o Brasil, segundo informações dos filhos de Angelo Sasso e Onorina Saggiorato, morreram os cinco filhos de Domenico Saggiorato. De 1876 até 1900, um significativo número de 1.040.000 italianos imigrou para o Brasil.

Em 14 de Agosto de 1883, Nascia na Itália, na Rua Contrà Storte no 65, em Orgiano, Maria Angela Scotton, filha de Santo Scotton e Rosa Zeggiato.

Page 21: História da Família Rossi

19

Registro degli Atti de nascita de Maria Angela Scotton, filha única de Santo Scotton e Rosa Zeggiato.

Abramo Saggiorato

Em 30 de Janeiro de 1888, nascia em Pinto Bandeira, Bento Gonçalves, Abramo Saggiorato, pai de Ida Saggiorato, e em 1890, Amélia irmã de Abramo. No Brasil foi o ano da abolição dos escravos em 13 de Maio de 1888, a Lei Áurea foi assinada pela Princesa Isabel, filha de D. Pedro II e da Imperatriz Italiana Maria Tereza Cristina de Bourbon.

Page 22: História da Família Rossi

20

Princesa Isabel

1871 - 1914 A Europa viveu um período de paz, mas apesar disso, fortes tensões entre as potências européias detonaram uma corrida armamentista.

As causas eram: a rivalidade colonialista entre as grandes potências européias; o desenvolvimento da indústria armamentista; os conflitos pela dominação dos Bálcãs e tensões locais devido à problemas de fronteiras. 1893 - Falece na Itália Luigi Fioravante Rossi, pai de Redenzio Rossi, o qual tinha 14 anos de idade. Documentos da época evidenciam que em 18 de Dezembro de 1901 Redenzio passou a viver com o irmão mais velho Angelo Rossi em Sossano. Ricardo Gemo casou com Cesira Frizon e tiveram quatro filhas: Maria (1926), que nasceu na Itália, Catarina (1930), Onorina (1932) e Inês (1934).

Page 23: História da Família Rossi

21

MariaMaria CatarinaCatarinaOnorinaOnorina

InêsInês

Tempos depois (1935), aqui no Brasil, Redenzio Rossi e Família, ajudaram criar as filhas de Ricardo e Cesira, devido ao falecimento prematuro dos dois. Em 29.11.1903 casaram-se em Orgiano, Redenzio Rossi e Maria A. Scotton.

Page 24: História da Família Rossi

22

Em abril de 1905, Redenzio Rossi foi trabalhar na Alemanha, em uma colônia de agricultores, juntamente com a família do irmão mais velho Angelo Rossi (Caterina Thiene e os filhos Luigi Rossi, Giuseppe Terzo Rossi e Maria Angela Rossi).

Em 21/09/1905 iniciou a formação da família de Redenzio Rossi e Maria Angela Scotton, com o nascimento do 1º filho, Carlo Rossi.

Page 25: História da Família Rossi

23

Em 29 de Agosto de 1907, Redenzio Rossi retornou de Lengerich - Alemanha para Orgiano - Itália.

Page 26: História da Família Rossi

24

Em 27/12/1908 nasceu o 2o filho de Redenzio Rossi,

Luis (Luigi) Rossi,

Em 28/12/1911, Innocente Rossi

Page 27: História da Família Rossi

25

Em 13/09/1913, Angelo Rossi

Page 28: História da Família Rossi

26

Page 29: História da Família Rossi

27

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL 1914 - Política de Alianças: rumo à Guerra Mundial. . A Tríplice Aliança: Alemanha, Áustria e Itália. A Itália se aliou a Alemanha e a Áustria, com a intenção de expandir seus domínios coloniais, e tinha pretensão na região dos Bálcãs, neste período a Itália manteve um exército permanente e construiu uma frota de guerra considerável. A tríplice Entente: França, Rússia (1908) e Inglaterra.

Page 30: História da Família Rossi

28 Nesta época o nono “Tálian” tinha 35 anos e quatro filhos: Carlos (09), Luigi (06), Innocente (03) e Angelo (01).

Redenzio Rossi “Nono Tálian”

Carlo

Luigi

Innocente

Angelo

Quando nasceu Angelo Rossi o nono “Tálian” estava na Alemanha, onde aprendeu falar alemão. Redenzio ia trabalhar numa mina de cal. Já nesta época existiam os “Pivetas” (Empreiteiros), que agenciavam e exploravam os próprios trabalhadores italianos. Os alemães desconfiavam de quem falava mal o alemão, pois geralmente eram estes aproveitadores. Redenzio foi questionado se não era um deles, mas ele explicou que estava ali somente para trabalhar, afim de poder sustentar a família. Em uma determinada noite, no processo de queima do cal, entrou gás tóxico no dormitório, Redenzio acordou, abriu a porta, e isto permitiu a entrada de ar, e apesar de fortes dores de cabeça, e desmaios, esta atitude salvou os colegas trabalhadores que dormiam no alojamento. Credita-se este “alerta” que Redenzio levantou devido a sua sensibilidade e pressentimento de que algo estava errado, salvando assim as pessoas de problemas mais sérios.

Mina de Cal na Alemanha

Page 31: História da Família Rossi

29 A investigação feita pelos capatazes no dia seguinte, descobriu que haviam rachaduras na parede por onde o gás penetrou.

O Início da Guerra Em 28 de Junho de 1914 foi assassinado Francisco Ferdinando de Habsburgo, arquiduque da Áustria em Sarajevo, na Bósnia. O império Austro-Húngaro, aliado da Alemanha, declarou guerra à Sérvia. A Sérvia era aliada da França, Inglaterra, Rússia, Bélgica e Japão. A visita do herdeiro a essa região tinha um nítido conteúdo político: pretendia demonstrar o domínio austríaco na região. A Rússia mobilizou seus exércitos na região, e em pouco tempo, toda a Europa estava em guerra.

As Frentes de Guerra . A frente ocidental, nas fronteiras entre Bélgica, França e Alemanha.

As Frentes de Guerra (1914 – 1918)

.

. Na frente dos Bálcãs, a Sérvia, Romênia e Grécia, com o apoio da Tríplice Entente, lutaram contra Áustria, Turquia e Bulgária. . A frente alpina se desenvolveu na fronteira entre a Áustria e Itália. Redenzio ficou no exército, provavelmente em Vicenza, na retaguarda, na época da guerra.

Page 32: História da Família Rossi

30

1915 - A Itália entrou na Guerra ao lado da Entente, em maio de 1915, abrindo a frente alpina. Lá desenvolveu-se também a guerra de trincheiras.

Em 14 de Setembro de 1915, nascia o quinto filho de Redenzio e Maria A. Scotton, Mário Rossi.

Em outubro de 1917 os italianos foram derrotados por tropas austríacas e alemãs. Os Estados Unidos entram na guerra, pois os alemães com o propósito de cortar os suprimentos para a Inglaterra atacavam os navios norte-americanos.

Page 33: História da Família Rossi

31 1918 - No dia 11 de Novembro, termina a Primeira Guerra Mundial.

O nono “Tálian”, Redenzio Rossi, foi o ordenança (secretário) do Coronel. Nunca deu tiros. O Coronel era ateu, deixava Redenzio ir à missa aos domingos. O pelotão de soldados era de 30.000 homens e a função era abrir estradas. Redenzio era soldado de confiança do Coronel, e cuidava do dinheiro destinado ao pagamento dos soldados, o Coronel depositava muita confiança em Redenzio, pois sabia que um bom Cristão não rouba. O Coronel, era quem fazia o pagamento aos soldados. Quando Redenzio tinha folga do exército, cortava alfafa, pois quase todos os homens de Orgiano estavam na Guerra, ele auxiliava as famílias e ganhava algum dinheiro com isso.

Dos fatos da família que Innocente contava era que Redenzio foi convocado para a guerra na Alemanha e deixou a esposa grávida (era o Mário, nascido em 14/09/1915), e que quando voltou da guerra ele já chamava o “pupá”. Outro fato é que a família morava, neste período da guerra, com nosso bisavô materno Santo Scotton, o qual dormia no mesmo quarto de Innocente, e toda manhã para sair da cama o Innocente passava por cima dele. Então Innocente lembrava e falava com tristeza daquela manhã, que como as outras o fez, mas como o avô demorou muito para se levantar sua mãe mandou chamá-lo, mas ele tinha falecido durante a noite.

1919 - 1923 Abramo Saggiorato a pedido de seu pai Domingo, escrevia para a Itália, pedindo para que a família de Redenzio e outra provavelmente Saggiorato, para que viessem também para o Brasil. Fato este sempre comentado por Ida Saggiorato (filha de Abramo), e também confirmado por Caterina Barocco (Maria Comazzeto), neta de Vincenzo Rossi, em 26 de Junho de 2010, quando em Pilastro (Itália) em visita aquelas famílias. Porém esta família desistiu e então Redenzio Rossi e a família vieram. Saíram da Itália para escapar da perseguição dos fascistas, fugir da exploração dos ricos (Signore) e grandes proprietários, proteger os filhos para evitar a convocação para o exército e devido à situação econômica ruim da Itália.

Em 24 de Novembro de 1919 nasce Emma Vittoria Rossi (6º Filho (a)).

Abramo Saggiorato Embarque no navio

Logo depois de se instalar o nono Redenzio Tálian escrevia para Ricardo Gemo vir

para o Brasil. Os imigrantes diziam ” Noi, italiani lavoratori. Allegri andiamo nel Brasile. E voi

altri d’ Itália signore. Lavoratelo il vostro badile. Se volete mangiare. Noi, lavoratori italiani.

Andiamo contenti in Brasile. E voi, nobili dell'Italia. Prendete la pala. Se volete mangiare.

Page 34: História da Família Rossi

32

Questo è stato lo spirito, era questa la canzone degli emigranti italiani, sulle le loro navi.

(“Nós italianos trabalhadores. Alegres partimos para o Brasil.

e vós que ficais, ó donos da Itália, trabalhai empunhando a enxada. Se quereis comer! Nós trabalhadores italianos. Alegres partimos para o Brasil. E vós, nobres da Itália. Peguem a pá. Se quereis comer!”).

Logo após a Primeira Guerra, todas as cidades homenagearam seus soldados com monumentos. Em Orgiano o prefeito não homenageou aqueles que retornaram.

Redenzio Rossi e um amigo, fizeram um registro em Cartório, e colocaram uma faixa com a

mensagem “GLÓRIA E ONORE AI SIGNORE DI ORGIANO”, onde o povo todo passava, um tempo mais tarde foi então erguido um monumento.

O FASCISMO ITALIANO

1919 - o processo tardio de unificação da Itália contribuiu com o atraso econômico, às vésperas da Primeira Guerra Mundial. Após o conflito, esta situação agravou-se ainda mais. O desemprego e o aumento do custo de vida levaram cerca de dois milhões de trabalhadores italianos a entrarem em greve no ano de 1920. Os grandes industriais italianos, os comerciantes e os grandes proprietários rurais decidiram apoiar, no início dos anos 20, um pequeno grupo de direita, os fascistas, para acabar com a força das organizações trabalhistas.

Page 35: História da Família Rossi

33

Benito Mussolini (Il Duce – O Líder) à esquerda e Adholfo Hitler à direita

Mussolini fundou o 1º núcleo do Partido Fascista Italiano. Foi organizado nos moldes militares, composto de ex-combatentes desocupados, com uma rígida disciplina, submetia todos os seus membros às ordens do Chefe, o Duce. A partir de 1920, os fascistas realizaram inúmeros atentados contra líderes e membros de organização trabalhistas, com a conivência do governo italiano.

Foto de 1921, os filhos Carlo(16), Luigi(13), Innocente(10), Angelo(8), Mário(6) e um amigo de nome Sílvio. Estes meninos na época de inverno, brincavam com carrinhos de madeira, sobre o rio congelado em Orgiano. Quando havia escassez de lenha, eles iam nos estábulos junto aos animais para se aquecerem.

Foto de 1921

InnocenteInnocente

LuigiLuigi

MárioMário

AngeloAngelo

CarloCarlo

Silvio (amigo)Silvio (amigo)

Page 36: História da Família Rossi

34 Mais tarde Angelo Rossi e Ana Dameto, deram o mesmo nome ao seu primeiro filho, em homenagem ao colega que ficou na Itália.

Em 20 de Abril de 1921, nascia o 7º e o 8º filho (a), Lina Rossi e Lino Rossi, o menino gêmeo, faleceu logo após o parto.

Page 37: História da Família Rossi

35

1922 - Mussolini e seus adeptos realizaram a “Marcha sobre Roma”, desfilando pelas ruas da cidade com seus uniformes pretos. O rei Vítor Emanuel II convidou então Mussolini para formar um ministério com plenos poderes. O governo manteve as aparências de uma monarquia parlamentarista, mas quem governava era o Duce.

Em 07 de Outubro de 1923, nascia o 9º filho (a), Emma Rosaria Rossi.

Page 38: História da Família Rossi

36

1924 - o fascismo tomava o poder, mas o poder de fato, era exercido pelo próprio Mussolini. Foi organizada também uma política para matar ou deportar os opositores do regime.

Os jovens passaram a ser educados de acordo com a ideologia do Partido: servir o Estado, acima de tudo. Os interesses da Itália passavam a serem identificados com os interesses do Partido, encarnado na figura do Duce.

Esse estado totalitário proporcionou o renascimento econômico, a produção de trigo cresceu, multiplicaram-se as obras públicas, estradas, ferrovias. Durante o Governo fascista teve início também o grande desenvolvimento da indústria italiana, porém restringida ao norte do país. O sul manteve sua estrutura econômica agrária e atrasada. Ao mesmo tempo a Itália militarizava-se.

O estado fascista reatou relações com o Papa, cortadas desde a guerra de unificação italiana, em 1870, com o objetivo de obter o apoio da ala conservadora da Igreja.

Todas essas conquistas, alcançadas à custa da repressão aos opositores do regime, revelaram-se frágeis por ocasião da crise econômica mundial em 1929. O autoritarismo fascista tomou conta da Europa: Áustria, Turquia, Espanha, Portugal e o Nazismo na Alemanha.

Hungria, Polônia, Iugoslávia, Bulgária, por ditaduras militares.

1923 - PREPARAÇÃO E VIAGEM DA FAMÍLIA ROSSI PARA O BRASIL

Redenzio vendeu “el campeto”, gleba de terra herdado pela esposa Maria, para conseguir o dinheiro para a viagem. Maria era filha única.

Page 39: História da Família Rossi

37

Documento original emitido para Maria Scotton em 10 de Agosto de 1923 em Orgiano – Vicenza.

Redenzio era conhecido como “Comazetto”. Na época ficaram na Itália dois irmãos de Redenzio: Angelo Rossi (03 de Outubro de 1863 - 1957), 18 anos mais velho. Esposa Catterina Thiene (24 de Julho de 1864 - filha de Fidenzio Thiene e Domenica Divello). Filhos de Angelo Rossi: Giuseppe Rossi (02 de Março de 1981 – 11 de Abril de 1984), Luigi Rossi (13 Setembro 1895 - 1956), Gêmeos: Giuseppe e Antonio Rossi (24 de Dezembro de 1898 – 26 de dezembro de 1898), Giuseppe Rossi Terzo (18 de Agosto de 1900 - 1998) e Maria Angela Rossi (30 de Outubro de 1904 em Sossano - 1980).

Vincenzo Rossi (26 de Julho de 1871 – 05 de Março de 1950), irmão de Redenzio, 08 anos mais velho, conhecido como “Cencio”. Vincenzo, irmão do nono Redenzio, teve uma filha de nome Angela Rossi, nascida em 15 de Dezembro de 1901 e falecida em 1987. Ângela Rossi era casada com Romano Barocco. Em 1986 Pe Sérgio Dal Moro visitou Angela Rossi em Pilastro. Os filhos de Romano Barocco e Angela Rossi são: Danilo Barocco (1925), Onelia Barocco (1927), Lino Barocco (1929), Felice Barocco (1930) e Caterina “Maria Comazetto” Barocco (1933), que mora atualmente em Pilastro. Foi contactada por Anton Georg Rossi em 23 de Novembro de 2009. Em 2010 estivemos na casa de Caterina em Pilastro.

Os italianos iniciaram a imigração por volta de 1875, e não tinham organização, vinham sem destino exato. Os navios eram a vela e muitos morriam na viagem. A tuberculose matava tanto na viagem bem como quando estavam em terras brasileiras.

Fato que chamou a atenção da Igreja, e o Pe Scalabrini intercedeu junto ao governo italiano, sendo então colocadas algumas normas de segurança, mas até então o Governo italiano não apoiava os imigrantes.

Os italianos vinham para São Paulo, Rio Grande do Sul e Estados Unidos. Os padres começaram a vir juntos para auxiliar os imigrantes.

Page 40: História da Família Rossi

38

A imigração alemã que iniciou em 1870, vinha de forma mais organizada e ocuparam principalmente as terras baixas (vargens). Os italianos procuravam os terrenos montanhosos, “la terra negra” e “el mato bianco”.

Significava terra boa para plantação e mato fino, sem pinheiros, sómente com árvores de folhas, que facilitasse a utilização para fazer lavouras; ganhavam então uma colônia de mato e algumas ferramentas.

Page 41: História da Família Rossi

39

Início do desbravamento das novas terras

A VIAGEM

Imigrantes aguardando e em seguida embarcando em navio no Porto de Gênova, Itália.

Em 29 ou 30 de outubro de 1923 partiram de Orgiano com várias caixas e malas, trazendo basicamente, roupas e utensílios.

Page 42: História da Família Rossi

40

um baú (canestra),

Page 43: História da Família Rossi

41

uma concha (cassa) usada, pendurada em um balde,

para beber água,

um prato de esmalte/ferro,

Page 44: História da Família Rossi

42

e um “sechelo”,

e um quadro da

“Madonna” pintada

em tecido.

Relíquias que serão

preservadas e

guardadas com

todo carinho.

Page 45: História da Família Rossi

43

Primeiro trajeto da viagem, Orgiano, Vicenza, Milão, Gênova

VicenzaVicenza

MilãoMilão

Porto de GênovaPorto de Gênova

Vieram de trem saindo de Vicenza, passando

por Milão até o Porto de Gênova

Na passagem por Milão, Redenzio foi rezar na “Duomo” (Catedral). Sentou-se e começou a fazer suas orações. Uma senhora aproximou-se e disse: “bisogna pagare per usare la sedia”. Redenzio respondeu: “se è così, io prego in piedi”.

Page 46: História da Família Rossi

44

Catedral “Duomo” de Milão

No bilhete de embarque constam os nomes de Redenzio (44), Maria (40), Luigi (15), Innocente (13), Angelo (10), Mario (8), Lina (3), Carlo (18), Emma Rosaria 03 meses. Navio a vapor INDIANA, bilhete de embarque nº 6 ¾ (Biglietto d’Imbarco per nº 6. ¾ Posti di 3ª Classe), o qual partiu em 03 de novembro de 1923.

Page 47: História da Família Rossi

45

A senhora Onorina Saggiorato (filha de Abramo Saggiorato), relatou que a bisnona Maria Angela Scotton esqueceu o par de chinelos em Gênova, e que queria voltar para pegá-los, mas naquele momento o navio já estava saindo do Porto.

Segundo trajeto,

Porto de Gênova,

com escala em

Dakar – África,

para

reabastecimento,

e Santos.

Porto de Porto de SantosSantos

Porto de Porto de GênovaGênova

Porto de Porto de DakarDakar

Emma Rosaria Rossi lembra que a mãe Maria Angela Scotton contava que

durante a viagem de navio, um senhor de origem árabe falava em tom de

Page 48: História da Família Rossi

46

brincadeira, que iria jogar no mar a nenem de colo pela janela do navio. Mesmo

assim, Maria Angela ficava aflita com a situação.

Chegada dos Imigrantes Italianos

No Memorial do Imigrante em São Paulo, encontra-se a certidão de desembarque em 24 de Novembro de 1923, no Porto de Santos.

Conforme a Certidão de desembarque de 24 de novembro de 1923, a família era Redenzio Rossi (44 anos), Maria Angela Scotton (40 anos); os filhos Carlo (18 anos), Luigi (15 anos), Innocente (12 anos), Ângelo (10 anos), Mário (08 anos), Lina (02 anos) e Emma Rosária (3 meses).

Page 49: História da Família Rossi

47

Page 50: História da Família Rossi

48

A viagem de Gênova à Santos durou 22 dias. Na chegada a Santos, representantes dos fazendeiros de café, queriam que Redenzio Rossi ficasse em São Paulo, pois eles precisavam de pessoas para trabalhar nas fazendas, nesta época não havia mais mão de obra escrava.

Page 51: História da Família Rossi

49

Outro episódio na chegada, foi que os fiscais da alfândega, quiseram vistoriar as malas e caixas da família de Redenzio. Então o nono Tálian, um tanto indignado, pegou uma faca e começou a cortar rapidamente todas as cordas das caixas, mas os fiscais vendo aquilo, logo pediram que parasse, pois estava tudo bem.

Como Redenzio estava destinado para o Rio Grande do Sul, decidiu seguir viagem. A baldeação foi feita para um navio costeiro, viajando mais cinco dias até o porto de Rio Grande no RS.

Terceiro trajeto da Viagem – Porto de Santos - SP ao Porto de Rio Grande - RS

Porto de Porto de SantosSantos

Porto de Rio Porto de Rio GrandeGrande

No quarto e último trajeto até o destino final, saíram do Porto de Rio Grande, passando por Porto Alegre (ver carimbo na caixa de pertences).

Page 52: História da Família Rossi

50

Continuando a viagem de trem via Passo Fundo até Paiol Grande, hoje Erechim.

De Paiol Grande (Erechim) até Sananduva, utilizaram-se de carretas puxadas por mulas. As carretas carregavam de 100 a 120 arrobas, e eram puxadas por 08 mulas. Este era o único meio de transporte daquela região na época.

Em (09/08/09 - 22/11/09) fomos até a casa de Joaquim José Miotto (93), em Irani SC, (o Pai faleceu em Mão Curta, quando Joaquim tinha 06 anos) a mãe (Santina Zortéa) casou-se com Ferdinando Galvan (viúvo). Mudando-se logo para Sananduva, na Rua dos Carrapichos, onde Ferdinando Galvan tinha 03 colônias de terras. Ferdinando Galvan era pai de Angelo Galvan que trabalhou durante alguns anos junto com Belmiro Rossi e Aquiles Rossi na Cooperativa da linha Coração. Joaquim nasceu em Mão Curta em 02 de Outubro de 1916, filho de Calixto Miotto e Santina Zortéa, lembrou-se perfeitamente de Carlo, Luiz, Angelo Rossi e especialmente de Mário e do Bisavô Redenzio Rossi (Redenzio Tálian). Joaquim José Miotto confirma que Abramo Saggiorato escrevia e enviava cartas, pedindo para que Redenzio Tálian viesse para o Brasil. Quando Redenzio confirmou que viria da

Page 53: História da Família Rossi

51 Itália, Abramo plantou, 01 saco de trigo e 05 quartas de milho, sem nenhum custo, para que quando chegassem era somente cultivar e colher. Demonstrando sua satisfação com a vinda daquela família para o Brasil. Abramo Saggiorato era padrinho de batismo de Joaquim José Miotto. Sabe-se que Domingo Saggiorato (pai de Abramo) conhecia a família de Redenzio Rossi lá da Itália. Os carroceiros da época levavam banha com carroças tracionadas por terno de mulas até Paiol Grande, e dentre eles, o terno de mulas e carroça considerada a melhor era do Sr. Pellegrin. A família de Redenzio Rossi esperou em Paiol Grande (Erechim) alguns dias, Abramo acertou com o Sr. Pellegrin para trazer a mudança e a família de Paiol Grande (Erechim) até na casa de Ferdinando Galvan em Sananduva.

No dia que Redenzio Rossi e família chegaram de Paiol Grande (Erechim), ficaram no porão da Casa do Sr Ferdinando Galvan e de Santina Zortéa em Sananduva. O porão era grande, de chão batido, os mestres eram de cabriúva de 12 metros de comprimento e as travessas (madeira farquejada) de 09 metros de comprimento.

Page 54: História da Família Rossi

52

Joaquim José Miotto lembra que tinha a mesma idade do Mário Rossi, e comentou: “.....fiquei impressionado com a roupa (chamada castanho) que a família recém chegada usava, era feita de um tecido muito bom e inexistente no Brasil, era roupa própria para o frio......ficavam sentados ao redor do fogo.....chamou minha atenção uma menina de colo, muito pequena junto aos outros irmãos.....” (era Emma Rosaria Rossi). Os pais de Joaquim José Miotto, não permitiam que ele e os irmãos se aproximassem e conversassem com os recém chegados, conforme costume da época.

O tempo de estadia foi de três dias, quando Abramo veio buscá-los, conduzindo-os para a Linha Tigre Alto, onde ficaram hospedados ao lado de sua casa. Estava na época da colheita do trigo.

Passados alguns dias, Redenzio entrou no armazém de Vitório Borba e pediu: “....uno litro

di vin, per piacere....”, e o Sr. Vitório falou que somente tinha garrafa e não litro. Todos

acharam engraçado, o costume na Itália era pedir um litro. Romilda Gresele (nora de Ferdinando Galvan e Santina Zortéa) nascida em 1931, casada com Domingos Sávio Galvan (filho de Ferdinando Galvan), relata em (14/11/2009), que foi nesta casa situada na antiga (Rua dos Carrapichos) de propriedade de Ferdinando Galvan, a qual possuía 02 andares, onde a Família de Redenzio Rossi ficou hospedada por três dias. O porão é exatamente o mesmo da época. Atualmente (Novembro de 2009) mora na casa a Sra Esperanza Galvan (esposa de Albino Galvan) e nora de Ferdinando Galvan. Cada 15 dias Redenzio vinha até a casa de Ferdinando Galvan em Sananduva (22 km). Quando Redenzio Rossi chegava com o cavalo (era uma égua preta muito bem tratada, utilizada somente para vir em Sananduva à missa),o menino Joaquim José Miotto e família cuidavam do animal dando água, milho, preparando-o para que Redenzio retornasse para Mão Curta. Joaquim gostava muito de Redenzio, pois ele tinha “ ....uma fala bonita....” (falava em italiano). No domingo, Redenzio vinha almoçar na casa de Ferdinando Galvan e assistia às duas missas (La prima messa e la seconda messa), que eram rezadas em italiano na Igreja de Sananduva. Tinha que sair as 03 horas da manhã de Mão Curta,(percorria em torno de 22Km) para chegar a tempo da missa,mas.....fazia isso com muito prazer. No inverno havia necessidade de caminhar a pé, em parte do caminho, para não se congelar, e assim procurar se aquecer Joaquim José Miotto recorda ainda, que chamavam Redenzio de “Redenzio Tálian”. No ano de 1939 Joaquim, com 23 anos de idade, mudou-se de Sananduva para Irani em SC. Pouco tempo depois, voltou a se encontrar várias vezes com Carlo, Luigi, Mário e Angelo (Móro), e então conhecê-los melhor. Seu Joaquim frequentou a escola em Sananduva, naquela época onde só se falava o italiano. As escolas eram particulares, tinha que pagar....conta ele.... não existia tinta, usavam somente a tabela, e na maior parte do tempo ensinavam os alunos a rezar. Somente tempos depois da Segunda Guerra Mundial (1945) surgiram as escolas públicas.

Page 55: História da Família Rossi

53 Na época, compraram os sinos para Igreja de Sananduva, eram três sinos com pesos de 2.800 Kg, 1.800 Kg e 800 Kg, os quais vieram da França (La Francia). Os sinos foram transportados de Paiol Grande (atual Erechim) pelo terno de mulas do carroceiro Sr. Pellegrin. Na festa da Igreja e Inauguração dos sinos o Sr. Bacchi foi escolhido o Padrinho dos sinos, o qual deu para a Igreja como doação uma colônia de terra coberta de pinheiros. Foi feita uma rifa desta colônia de terra e o Sr. Ferdinando Galvan comprou um numero com um saco de trigo e no sorteio o mesmo ganhou a colônia de terra. A família Gemo veio para o Brasil por influência de Redenzio, e foi morar em Mão-Curta. Ricardo Gemo era chamado de “Ricardo Tálian”, o qual tinha uma bodega. Tempos depois, montou uma casa de comércio e prosperou. Era vizinho da família de Joaquim José Miotto. A família de Ricardo Gemo era composta por sua esposa Cesira Frizon e suas quatro filhas: Maria, Onorina, Catarina e Inês (Agnhesi). Ele aprendeu o português em 40 dias, homem de discurso fácil, foi Diretor do Colégio São José, em Sananduva. Além de possuir uma das melhores casas de comércio da época. Ricardo Gemo e Cesira Frizon eram padrinhos de batismo de Emma Rosaria Rossi. Em 1935, faleceram Ricardo Gemo e a esposa no Hospital em Caxias do sul, ficando a menor Inês (02 anos) sob guarda de Redenzio, e as outras três ficaram no Colégio das Irmãs de Sananduva. O comércio foi saqueado, e as autoridades identificaram que havia negócios (Notas/Duplicatas) com Abramo Saggiorato, o qual teve que pagar novamente as contas já saldadas anteriormente. As autoridades de Lagoa Vermelha tomaram conta de tudo, não deram nada para as meninas ou as Irmãs, alegando que eram estrangeiros, ficando assim com todos os bens desta família. Em 1935, faleceram Ricardo Gemo e esposa, ficando a menor Inês (02 anos) sob guarda de Redenzio, e as outras três ficaram no Colégio das Irmãs de Sananduva. O comércio foi saqueado, e as autoridades identificaram que havia negócios (Notas/Duplicatas) com Abramo Saggiorato, o qual teve que pagar novamente as contas já saldadas anteriormente. O irmão de Redenzio, Vincenzo era casado com uma Catterina Bertoldo, viúva de Angelo Gemo, o qual era irmão de Ricardo Gemo. Na época vizinhavam em Mão Curta as Familias: Miotto, Zancanaro, Pegorini, Pertilli, duas Famílias de Alemães e Família Francisco Gubert estes localizados próximo ao Rio Ligeiro. A Família de Abramo Saggiorato na Linha Tigre Alto. O Sr. Joaquim José Miotto lembra que Redenzio Rossi e outras famílias de italianos, demonstravam muita coragem e trabalhavam muito.

Page 56: História da Família Rossi

54

Após um ano na Linha Tigre Alto, morando em um paiol, na terra de Abramo Saggiorato, a família de Redenzio Rossi, adquiriu a terra da Família Zancanaro e mudou-se para a Localidade de Mão Curta, Sananduva, RS.

A TERRA QUE ACOLHEU OS IMIGRANTES Nossos antepassados imaginaram, e sonharam encontrar facilidades e ótimas condições no prometido “eldorado”. Mas o trato inicial, com uma recepção um tanto hostil e indiferente, causou perplexidade.As canções refletem os sentimentos de nossos heróis antepassados, traduzindo seus sonhos desta forma: Mérica, Mérica, Mérica Cosa sarala sta Mérica? Mérica, Mérica, Mérica, L’é UM BEL MAZZOLINO DI FIORI. Tempos mais tarde, diante da realidade, este sonho se desfez. Esta amarga decepção, deu origem a esta estrofe: E nella Mérica che siamo arrivati no abbiam trovato né paglia né feno; abbiam dormito sul nudo terreno; COME LE BESTIE ABBIAM RIPOSÀ. Mas o espírito desbravador e a decisão de enfrentar os desafios, fez de nossos antepassados, homens destemidos e de fibra, colonizando e valorizando a terra que haviam ocupado.

Page 57: História da Família Rossi

55 As canções criadas pelos pioneiros, traduziam seus sentimentos, distantes agora da longínqua Itália, após grande jornada de viagem: Dall’Itália noi siamo partiti siamo partiti col nostro grande onore, trentasei giorni de macchina e vapore e in Mérica noi siamo arrivati. Ma la Mérica a le longa e le larga E le formata di monte e di piani E con la industria di nostri italiani

Abbiam fundato paese e città. A Família Rossi também se adaptava as novas condições de vida, e de certa forma ,também prosperava....nasciam aqui, no Brasil: Alice (1925) e José (1927).

Assim como nasciam novos filhos, casavam-se outros .....a Família crescia:

Page 58: História da Família Rossi

56

Os filhos de Redenzio e Maria Angela foram casando:

Carlo em 1927,

Luigi (Luis) em 1930,

Innocente em 1935,

Angelo em 1936,

Page 59: História da Família Rossi

57

Mário, 1937,

Lina, 1939,

Page 60: História da Família Rossi

58

Emma em 1940,

Alice em 1944,

José 1947,

Page 61: História da Família Rossi

59

Foto de 1937: Família de Redenzio e Maria A., Angelo Rossi, Ana Dametto e o filho Sílvio, Lina Rossi, Innocente e Esposa, Mário e Esposa, Emma, Alice e José. A menina entre os nonos é Inês Gemo.

1933 - Hitler sobe ao poder na Alemanha, aproveitando as consequências da crise de 1929. No mesmo ano, em 27 de fevereiro ocorreu o incêndio do Reichstag controlado pelos nazistas, os quais responsabilizaram o agitador comunista, Marinus van der Lubbe. Com ele foram declarados culpados alguns líderes comunistas: Vasil Popov, Georgi Dimitri e Blagoj Tanev.

No ano de 1937, Benigno Dal Moro (19 anos) foi morar com a família de Redenzio Rossi. O avô de Benigno Dal Moro, de nome João Batista Dal Moro, foi sacristão de São João Bosco. Em 1939 Catarina (10 anos) e Honorina (08 anos), saíram do Colégio e foram morar com a família do nono Tálian. Maria Gemo (13 anos), ficou estudando no Colégio das Irmãs.

Page 62: História da Família Rossi

60

Nas férias escolares, os filhos de Redenzio, iam buscá-las de carroça, para ir até Mão Curta com a Família. Brincavam muito com Lina, Emma e Alice, aproveitando o que a natureza oferecia de exuberante na época. Aos 15 anos de idade, em 1941, Maria Gemo saiu do Colégio e foi morar com a Família de Innocente Rossi, logo saiu para trabalhar como professora na Linha Curzel, residindo então em Sananduva, RS.

Redenzio Rossi “nono Tálian” era muito religioso,usava sempre o “gilè” (colete),carregando no bolso um rosário, e utilizava-o para rezar constantemente,até mesmo voltando do trabalho da roça..

Page 63: História da Família Rossi

61 Os padres da época, seguidamente iam descançar na casa de Redenzio, em Mão-Curta. Redenzio era chamado de Bispo de Mão Curta, no inverno levantava de madrugada para também ir à Sananduva, ler livros e liderar as pessoas para a missa de manhã e o terço à tarde. Gostava de ler os livros de São João Bosco e São Francisco. Costumava ler jornais da época e livros religiosos.

Algumas características

marcantes dos italianos:

Exímios construtores de

edificações de madeira.

Page 64: História da Família Rossi

62

Na foto Luigi Santo Rossi e Gregório Pegoraro – Sistema movido a água, construído em madeira, para geração de energia e

processamento de cereais. Aos fundos casa típica de madeira de Luigi Santo Rossi.

Construção da Igreja na Linha Coração (à esquerda Angelo Rossi)

Page 65: História da Família Rossi

63

Outra característica marcante: O Pão, o Queijo e o Vinho

As dificuldades continuavam, e, o sonho de melhorar de vida levou alguns filhos de

(Angelo Rossi, Carlo Rossi e Luigi Santo Rossi)

Redenzio a mudarem para Santa Catarina, em busca de novas terras e suprir a falta de carpinteiros.

Page 66: História da Família Rossi

64

Em 1941 Luigi Santo Rossi e Angelo Rossi (Móro) fundaram uma Marcenaria na Linha Coração, na época Município de

Cruzeiro (atual Joaçaba).

Uma das atividades importantes dos descendentes de

Italianos é o cultivo da uva e a fabricação de vinhos.

Page 67: História da Família Rossi

65

Page 68: História da Família Rossi

66

Irmãos, Carlo, Luigi, Inocente, Angelo, Mário e José.

Foto tirada em frente a casa antiga de Luigi Santo Rossi na Linha Coração, no ano de 1945.

Transporte da época, 2º da esquerda para a direita: Luigi Santo Rossi

Page 69: História da Família Rossi

67 Em 1948(9) Angelo Rossi, irmão de Redenzio, enviou a última correspondência da Itália, foi um “cartão-foto”, que contém a seguinte mensagem no verso:

Esta correspondência marcou o último contato, após perdeu-se a ligação com a Itália. Lembro-me de quando perguntava ao nono Luiz sobre os contatos com parentes que ficaram na Itália, ele respondia que... “dopo da seconda Guerra, guemo perdesto el contato”.

Orgiano anos 60.

Page 70: História da Família Rossi

68

Em 1968 Ocorreu a Ordenação de Frei Abílio, filho de Innocente Rossi em Sanaduva RS, onde os nove irmãos:

Carlo, Luiz, Innocente, Mário, Angelo, Emma, Lina, Alice e José, com os conjugês estavam presentes.

A família de Henrique Bruzamarello e Maria Teresa Zanella eram vizinhos de Redenzio Rossi. A filha de Henrique Bruzamarello, Assunta Bruzamarello, nascida em 1954, é casada com Artêmio Saggiorato (filho de Achille Saggiorato, neto de Abramo Saggiorato), residem atualmente em Sanaduva – RS. .......”meu pai Henrique auxiliava as pessoas ensinando Matemática, e estas pessoas pagavam com trabalho na lavoura. Redenzio visitava nossa casa com frequência.......

Page 71: História da Família Rossi

69 quando Redenzio Rossi vinha visitá-los, eu tinha que ficar sentada no chão, cuidando para que os mosquitos não picassem seus pés , e minha mãe dizia: “...Oggi arriva in su Redenzio, e voi ragazze non mi imbarazzano....e voi Assunta tocca a te vegliare in modo

che le zanzare non pungono i piedi di Redenzio Rossi”.

Na casa de Redenzio, em Mão-Curta, havia uma espécie de placa, com as seguintes frases:

“EM TE QUESTA CASA

NO SE BESTEMA

NO SE PARLA MALE

NO SE LAORA DE FESTA”

Conta-se que na comunidade de Mão-Curta, as pessoas que blasfemavam, eram repreendidas, e, em alguns casos com surras.

Foto da casa onde a Família do nono Talian viveu em Mão-Curta, hoje modificada, onde reside o tio José Rossi e Filhos.

Maria Angela Scotton faleceu em 10 de Junho de 1948, em Mão-Curta, Sananduva, com 65 anos. Redenzio Rossi faleceu em 1962, em Mão-Curta, Sananduva, com 83 anos de idade.

Page 72: História da Família Rossi

70

Redenzio Rossi e Maria Angela

Page 73: História da Família Rossi

71

Irmãos Rossi, em foto tirada nas escadarias da Igreja da Vila Coração

Bodas de Ouro de Luigi Santo Rossi (1982): Carlo, Luigi, Innocente, Angelo, Mário, José, Lina Emma, Alice.

Fatos que marcaram o reencontro das Famílias Rossi na Europa

1ª Visita à Orgiano/Pilastro terra de nossos Nonos: No ano de 1986, 63 após a saída da Itália, Pe Sérgio Dal Moro esteve em Pilastro e Orgiano, encontrou Angela Rossi (filha de Vincenzo Rossi),

Luciano Micheletto (proprietário atual da casa dos Nonos), Caterina Barocco (em Pilastro).

2ª Visita à Orgiano/Pilastro: Em 1987, 64 anos depois da saída da Itália, Pe. Sérgio Dal Moro e Alceu Dal Moro.

Page 74: História da Família Rossi

72

Nesta árvore, atrás da casa em Orgiano, onde os filhos de Redenzio; Carlo, Luigi (Luis), Innocente, Angelo, Mário e Lina, costumavam brincar, foi

usada para esconder

mantimentos, durante a

1ª Guerra Mundial. Isto tinha o objetivo de prevenir-se, para que os soldados que procuravam alimentos, não os encontrassem, garantindo assim o sustento da família.

Foto de 1987 em frente caso de Redenzio Rossi em Orgiano. Adele (que residia na parte da frente da casa (sogra de

Luciano Micheletto), o Sr. da família Sapateiro (era amigo de Carlo, Luigi, Innocente Rossi), Luciano Micheletto (proprietário atual da casa) e Alceu Dal Moro.

Page 75: História da Família Rossi

73 Casa e planta de construção

(Via Castello 18 B) onde nasceram os filhos, Innocente, Angelo, Mário, Lina e Lino, e Emma Rosaria, além de documentos/certidões, que se encontram conservados e guardados no Uffício Anagrafe (Cartório) do Município de Orgiano.

Esta casa é em Pilastro onde morava Angela Rossi, filha de Vincenzo Rossi, visitada por Sérgio Dalmoro em 1986. Angela teve 05 filhos (Danilo, Onelia, Felice, Lino e Caterina Barocco). Foto tirada

por Alceu Dal Moro em 1987.

3ª Visita à Orgiano: Em 1994 Eulália Mariza, Maximino e Valter, filhos de Benilda Rossi, 71 anos depois. 4ª Visita à Orgiano/Pilastro: Em 1997 Vilmar Rossi, filho de Aquiles e neto de Luigi Santo Rossi, 74 anos depois, estive em Orgiano, onde foram então obtidas várias informações.

Em 1997 localizamos a antiga casa de pedras na Rua Albarolo n

o 105, em Orgiano, onde nasceu Redenzio

Rossi (filho de Luigi Fioravante Rossi e Angela Broggiato), e a casa onde nasceu Maria Angela Scotton (filha de Santo Scotton e Rosa Zeggiato), na Rua Contrà Storte n

o 65.

Page 76: História da Família Rossi

74

Orgiano 1997

5ª Visita à Orgiano/Pilastro: Em 2009 Anton Georg Rossi, bisneto de Angelo Rossi, 86 anos depois, esteve em Orgiano e Pilastro, e a partir desta data iniciaram-se os contatos com os Descendentes no Brasil.

Page 77: História da Família Rossi

75

6ª Visita à Orgiano/Pilastro terra natal de nossos Nonos: Em 2010, sequencialmente: Selina Dal Moro (Maio),

Pedro Celso Dal Moro (Junho 2010),

Page 78: História da Família Rossi

76

Junho 2010 - Vilmar Rossi (com esposa Cleuza Inês Bortolozzi Rossi e os filhos Cristian Rossi e

Page 79: História da Família Rossi

77 Darlan Rossi), Alceu Dal Moro e esposa Iliani, João Carlos Dal Moro, Ocsandro Rossi e Franciele Salvador, estiveram em Pilastro e Orgiano.

2010 - Visita a Orgiano

Page 80: História da Família Rossi

78

2012 – Primeiro contato com os Primos da Alemanha (Descendentes de Giuseppe Terzo Rossi)

Storia della famiglia Rossi in Europa (Racconto di Anton Georg Rossi)

Angelo e i suoi figli, i suoi nipoti e pronipoti efigli dei pronipoti. Io sono Anton Georg Rossi figlio di Aloys Peter, e nipote di Luigi nato in Orgiano il 13 0 15 settembre 1895. Luigi è il secondo figlio di Catterina Thiene di Sossano e Angelo nato il 3 Ottobre 1863. Angelo ha avuto una sorellina di ventanni più giovane, Maria Anna che è morta l' anno dopo la morte della loro madre Angela. C' erano anche due fratelli più giovani di Angelo uno nato nel 1871 che portava ,forse, il nome di un fratello del padre(devo ancora provarlo). Si chiamava Vincenzo nato nel 1871. L'altro fratello nacque il 30 luglio 1879 , portava un nome salvifico, colui che redime : Redenzio. I fratelli sono molto legati fra di loro.

GRANDE FAMIGLIA ROSSI da ORGIANO per Il MONDO.

Primo Capitolo

Page 81: História da Família Rossi

79 Il più vecchio mette su famiglia e come tutti i villici del periodo, di anno in anno cambia padrone e fattoria dove prestare la sua manodopera. Nel 1891 prende moglie e il primo figlio Giuseppe nato il 2 marzo dello stesso anno e parte per lavoro in direzione di Pojana Maggiore. Si sposta in continuazione, fino a ritornare ad Orgiano a Dicembre 1893 da Brendola. Brendola dista da Orgiano una ventina di Km e ci si arriva in automobile, in una decina di minuti. Angelo e famiglia ci misero una giornata. Nel 1893, vive ancora il padre Luigi. Redenzio e Vincenzo lo aiutano. Per fortuna che è arrivato Angelo, è lui adesso il capo Famiglia, forte braccia. Ma il fato avverso è lì dietro l'angolo. 11 Aprile 1894 il bambino che correva nei campi muore. Angelo e Catterina hanno perso la loro gioia. Redenzio e Vincenzo non hanno più quel marmocchio a rallegrare le primaverili giornate della campagna berica. 1897, in paese due fazioni litigano: una parteggia per il parroco; l'altra per anticlericale Sindaco. 32 donne danno l'assalto al municipio e danno fuoco all' ufficio del Sindaco. Verranno arrestate e rinchiuse per un mese nel carcere di Vicenza. Passano 17 mesi dallamorte di "Peppino " e il pianto del primo vagito della sua vita. Nasce Luigi, mio nonno. Fine Autunno 1898. Catterina ha il ventre gonfio è più grande delle volte precedenti. Sono felici, Luigi , avrà presto una sorellina o un forte fratellino. Vigilia di Natale, nascono due gemelli Antonio e Giuseppe ( porta il nome del primo figlio). La morte è dietro l'angolo, non sarà un Natale da ricordare, muoiono due giorni dopo la nascita Antonio e Giuseppe. Redenzio diventa militare. Agosto 1900 18 nasce il quinto figlio: Giuseppe Terzo. In quell' anno una epidemia sta facendo ammalare e morire gli orgianesi: la pellagra. Si mangia solo polenta scondita, Chi è fortunato aggiunge qualche erba di campo, cicoria, tarassaco, borraggine... Le autorità intervengono allestendo mense nelle piazze. Fanno più volte mangiare baccalà e altro ai cittadini e li pesano. Angelo decide di lasciare Orgiano e si sposta con la moglie, i piccoli Luigi e Giuseppe Terzo, e il fratello Redenzio a Sossano, presentado la lettera emessa dall' anagafe orgianese e indirizzata al signor Sindaco di Sossano. Angelo si dà da fare. Vende vino portando con sè il figlio Luigi. Ricoderà " Mio padre mi portava con sè a vendere vino. Io stavo sopra a un carretto trainato da papà" Redenzio è un giovanotto è innamorato di una "putea", ma ne sposerà un'altra. La situazione economica non cambia. Altri parenti e compaesani sono partiti. Alcuni sono andati nelle " meriche", altri verso la più vicina europa. Si emigra verso le miniere del Belgio, della mosella francese e tedesca e verso la westfallia, dove ci sono industrie che lavorano le materie prime. Angelo riparte verso la Germania. Con lui ci sono i figli, la moglie e Redenzio che lascia a casa moglie e i figlio. La vita cambia, si lavora per sè stessi e non per il padrone. Redenzio non si ambienta e ritorna a casa. Luigi sta crescendo, va a messa e lo nota il parrocco. Il prete si affezziona e lo nutre. Gli nutre il corpo, dandogli cibo che lo stesso bambino porta acasa per fare mangiare il fratello Giuseppe Terzo, e la sorellina Maria nata in Germania; e il prete gli nutre la mente. Lo educa.

Page 82: História da Família Rossi

80 Luigi apprende il tedesco, il francese, l'inglese, lo spagnolo e una lingua nuova, l'italiano simile al famigliare " talian " parlato in casa. Giuseppe Terzo cresce, è disincantato. Ha un occhio strabico. Grandi manovre, la Germania interviene accanto all' Austria nella prima guerra mondiale. I genitori di Luigi e Giuseppe iniziano ad invecchare. Hanno fatto sacrifici nella vita ma non hanno diritto come i tedeschi alla pensione sociale. C'è solo un modo : diventare tedeschi, arruolandosi nell' esercito. Luigi accetta e parte per la Russia : ha 19 anni. Fine Continuerò a raccontare la Storia della famiglia Rossi nei prossimi giorni. Seconda lettera per la cugina Monica. Io abito in un'altra regione poco distante da Orgiano. Da Toscanella di Dozza in provincia di Bologna ci sono 143 m di distanza da Orgiano, il nostro paese. Mercoledì prossimo ritornerò per un’altra ricerca di famiglia. Voglio trovare via Albarolo e il numero 105. LA CASA DELLA NOSTRA FAMIGLIA. Ritorniamo alla Storia precedente raccontata. Avevamo lasciato il nipote di Redenzio in guerra. Lui è figlio di suo fratello Angelo. Basso di statura tra i 150 e 160 cm di altezza. L’ Italia dapprima non interviene. Ma ci sono movimenti di interventisti che vogliono dare “ Un posto al sole all’ Italia “ tra le grandi d’ Europa. “. La Roma repubblicana e Imperiale è ritornata. Lo scrittore Gabriele D’Annunzio “ il vate “ e un giovane socialista diventano i leader interventisti. Il giovane socialista, autore di azioni non degne di una persona per bene finisce in carcere. Litiga con il partito. Dopo la scissione avvenuta tempo prima con la creazione del partito socialista e comunista, un’altra separazione è in atto. È sempre un partito sociale in cui vi entrano anche personaggi che non hanno nulla in comune. Sta per nascere un partito che rovinerà l’Italia successivamente. Il giovane in oggetto è Benito Mussolini. L’Italia entra in guerra . Dapprima accanto ai nemici storici Austria , la grande Germania e l’ impero Ottomano poi a sorpresa dichiara loro guerra. Due parenti che non si vedono da 15 anni possono essere uno contro l’altro. Luigi Rossi, il “tedesco “e suo zio Redenzio “talian”. Uno potrebbe uccidere l’altro senza saperlo. Si combatte nelle trincee. Ma il fato manderà Luigi in Russia e Redenzio altrove. Luigi è coraggioso. Con azioni coraggiose conquista i gradi sul campo. Un giorno i tedeschi non hanno acqua, mentre di fronte i russi si dissetano. Passano le ore e la sete aumenta. Russi e tedeschi uno contro l’altro, in mezzo un ruscello. Si chiede l’ intervento di un coraggioso per andare a riempire le borracce. Enorme è il pericolo. Un pazzo si offre. Luigi Rossi. Si muove piano, piano senza farsi notare. È figlio di contadino e sa muoversi bene. Si trascina con il corpo attaccato al terreno. Arriva all’ acqua inizia a riempire le prime borracce. La prima, la seconda…un frastuono, schioppetate da arma da fuoco, passano sulla testa di mio nonno. Si alza e corre per salvarsi. Si butta in un buco, in una pozza. Il cuore batte a mille. Che paura! “Mamma mia chi me l’ha fatto fare” pensa. E mentre pensa, avverte con le narice un odore sgradevole. Puzza.

Page 83: História da Família Rossi

81 Luigi èsi è buttato in una latrina. I russi del paese vicino ci vanno a fare le loro deiezioni. Luigi è nella merda fino al collo. I suoi commilitari per salvarlo, rompono gli indugi e con una manovra ricacciano i russi. Salvano Luigi e lo tirano fuori dalla merda. I germanici hanno conquistato l’acqua. Un uomo comune è lì fra di loro. Lo aiutano a ripulirsi alla meno peggio. Non ci sono tante comodità. Ci si arrangia alla meno peggio. Luigi ha sempre la stessa divisa, la deve portare addosso. Non c’è tempo. I suoi camerati, gli vogliono bene ma gli dicono di stare alla larga, lontano. Puzza. L’odore di latrina lo porterà con sé per tre mesi. In Russia la situazione è caotica, il Grande padre lo Zar Nicola inizia a perdere consensi. Movimenti estremisti si susseguono. Un esule sta tramando nell’ ombra. Si accorda con i vertici della Germania dichiarando di sistemare la situazione a Mosca in cambio dichiara che farà in modo di ritirare le truppe. 1917 scoppia la rivoluzione in Russia e nei paesi satelliti. La Russia si ritira dalla prima guerra mondiale e suoi soldati sono dirottati verso altre guerre all’ interno del paese. Luigi viene dirottato verso altri campi di battaglia fino al 1918. La Germania e l’ Austria perdono la guerra. L’ Austria cede all’ Italia altre terre. Ora l’ Italia arriva fino al Sud Tirolo. La città montana di lingua tedesca è conquistata : Bolzano ( Bozen ). L’Europa cambia volto. In breve: La prima guerra mondiale inizia nel 1914 e finisce nel 1918. Nel 1914 In Europa ci sono molti contrasti tra le nazioni, che sono la causa della guerra. Questi contrasti portano alla corsa agli armamenti ed alla nascita di due alleanze : la TRIPLICE ALLEANZA ( Germania, Austria e Italia ) la TRIPLICE INTESA ( Francia, Inghilterra, Russia ) Nel 1914 in Europa c’è una situazione esplosiva : basta una scintilla per far scoppiare la guerra. La scintilla che fa scoppiare la guerra è l’attentato di Serajevo : uno studente serbo uccide l’erede al trono dell’Impero austro-ungarico. L’Austria dichiara guerra alla Serbia. Con l’Austria entra in guerra la Germania e più tardi l’impero turco e la Bulgaria. Con la Serbia entra in guerra la Triplice Intesa, poi l’Italia nel maggio 1915, poi il Portogallo, la Romania, la Grecia, il Montenegro, il Giappone e nel 1917 gli USA. Due fatti decidono l’ esito della guerra : 1. L’ENTRATA IN GUERRA DEGLI USA, che aiuta l’Intesa ad ottenere la vittoria. 2. IL RITIRO DALLA GUERRA DELLA RUSSIA, dove è scoppiata una rivoluzione e l’impero degli zar diventa una repubblica chiamata URSS (Unione Repubbliche Socialiste Sovietiche ) L’Austria e la Germania sono sconfitte e finisce così la Prima Guerra Mondiale, che ha provocato nove milioni di morti, molti milioni di feriti ed invalidi ed ha portato miseria e distruzione in tutta l’Europa. Dopo la fine della guerra i paesi vincitori si riuniscono nella CONFERENZA DI PACE DI PARIGI e decidono le condizioni della pace : - L’Austria perde il suo impero e deve dare all’Italia il Trentino Alto Adige e l’ Istria - La Germania deve dare l’Alsazia Lorena alla Francia, perde le colonie, deve ridurre l’esercito e la flotta e deve pagare una somma molto alta per i danni che la guerra ha provocato agli altri paesi L’ Europa esce trasformata dalla guerra. Sono scomparsi 4 imperi : Tedesco, Austro-Ungarico, Russo e Turco Sono nati nuovi stati :

Page 84: História da Família Rossi

82 Austria, Ungheria, Cecoslovacchia, Iugoslavia che comprende Serbia, Bosnia, Slovenia, Croazia e Montenegro. Luigi ritorna a casa. Incontra il vecchio parroco e gli confida di avere perso la fede. Non può credere che un Dio permetta alla gente di mettersi una contro l’altra. In Germania la situazione è critica. Ci si arrangia. Luigi viene a sapere di un lavoro. è ben retribuito. Pagano bene, ma è pericoloso. Si è col culo sopra a una bomba. Cercano volontari per sminare i mari del nord. Luigi s’imbarca. Un giorno dopo avere finito il suo turno, scende giù in coperta e mentre appoggia la mano sulla maniglia della sua cuccetta… un boato. Uno scoppio. Sono stati colpiti da una mina. Si sveglierà dopo alcuni giorni ferito, all’ospedale. Tutti gli altri sono morti : è l’unico sopravvissuto. Conosce bene il francese e sa che in Lorena c’è lavoro. Lo trova e va a prendere la famiglia, Angelo ( il padre), Catterina ( la madre), il fratello ( Giuseppe Terzo )e la sorella ( Maria). I tre fratelli trovano lavoro e amori. Luigi conosce Catherine Bristiel (orfana d padre. Il padre è morto in un incidente in miniera il suo nome è : Etiene. La madre si è ritrovato a crescere tanti figli. Uno di essi è morto a Verdun pochi anni prima in battaglia. Prima guerra mondiale), Giuseppe Terzo Alina Ida Garbujo ( una giovane italiana , la cui famiglia emigrò verso il 1880 in zona ), Maria incontra Albert Rèan ( un italiano del nord occidentale, un valdostano ). I tre giovani mettono su famiglia. Luigi continuamente viene richiamato per aggiornamenti nell’ esercito. Nascono i primi due figli e uno dopo l’altro muoiono. Hanno tutte e due lo stesso nome : Angelo. Deciderà di spezzare la tradizione, in caso di nascita lo chiamerà in altro modo. È un voto. Va a vivere presso la foresta nera, in Germania. Con lui il padre la madre ( forse la sorella ) e la moglie. Una notte in pieno buio, Catterina sente qualcuno all’esterno lamentarsi. Piagnucola, si lamenta. La vecchia donna si affaccia all’ uscio di casa e vede una giovane donna. Alza la candela e la nota: è Catherine, la nuora. Le chiede cosa sia accaduto. - “ Eravamo a letto e mi è scappato un peto e tuo figlio mi ha buttato giù dal balcone in piena notte “- Si sente la voce del figlio che si era affacciato rivolgersi alla moglie: - “ Che ti serva di lezione. Quando ti scappa la prossima volta, vai a cagare fuori “- - La madre ascolta e borbotta : - “ Questo è loco, è matto da legare “- rincasa con la nuora e ritorna a letto. - Il marito le chiede cosa sia successo. Lei glielo riferisce. Angelo si rigira nel letto sul suo lato preferito. - E sorride “ Mio figlio è matto. Ha preso da me. Quanti pazzi ci saranno in famiglia ancora e quanti ne verranno. Sono felice.” .Ciao cugina continuerò il racconto della famiglia in Europa da parte della discendenza di Angelo. Racconterò la storia di mio padre, di come è ritornato in Italia a vivere ( quasi vicino a Orgiano ) ed elencherò gli avvenimenti che cambieranno la vita di questa bella famiglia. Ci saranno accenni ai fratelli di mio nonno, Giuseppe Terzo e Maria e una buona parte della vita del fratello maggiore di mio padre, un altro pazzo Gorge Rossi , coraggioso e pazzo come il padre. L’altra parte la racconteranno Klaus Peter Muller nipote di Giuseppe Terzo, figlio di Liselotte ( Lilo) Rossi e per quanto riguarda George, saranno i suoi figli Denise, Anita e Serge e la madre di essi Gabrielle ( zia Gabie ) Hepting sua moglie a raccontarvi la loro storia.

Page 85: História da Família Rossi

83 Io raccoglierò e tradurrò con l’aiuto di mio padre dal tedesco e dal francese. A voi stai il compito di tradurlo in Portoghese. Ciao Anton Georg Rossi colui che ha sempre sperato di ritrovarvi. Si auatta chi - Ciao Anton

Ciao cugini c’eravamo lasciati con l’episodio della foresta nera, mio nonno che butta la moglie dal balcone di casa ( era poco alto ). Ebbene da questo momento non abbiamo più notizie della bisnonna Catterina moglie di Angelo. Si perdono le tracce. Forse qualcosa di pù potrebbero raccontare i discendenti di Maria angela e Giuseppe Terzo altri figli di Angelo. Luigi Rossi e sua moglie si spostano per lavoro dalla Foresta nera, in Germania per motivi di lavoro di nuovo in nella Mosella francese ( Metz, Thionville, Cluoange, Rosselange ) La famiglia sta perdendo le origini venete, fra loro i tre figli di Angelo parlano un tedesco perfetto , senza inflessioni né dialettali né straniere. Mio Nonno era sempre in cerca di un buon guadagno e ‘occasione gli viene data dal ritorno in Francia. Lo sfruttamento della manodopera innescano nei due fratelli un desiderio aderire a movimenti Socialisti Comunisti. Luigi di giorno lavora duro in fabbrica, di sera fa comizi pubblici e fa propaganda per il partito. Tra tanti del partito conosce un amico, Hepting. Si frequentano le famiglie, fra i figli dell’ amico c’è una bambina Gabrielle, che in casa chiamano Gabie. Nasce in Francia in quel periodo nel febbraio 1929 verso la fine, il terzo figlio George Rossi. È l’unico che rimane vivo, gli altri due figli sono morti bimbi. La famiglia trascorsi alcuni anni si sposta oltre il confine nella Mosella tedesca a Trier. In Germania in quel periodo è salito un uomo che sobillando le folle iniettando nelle menti della popolazione odio verso i diversi, verso i francesi che hanno portato alla rovina della nazione dopo la prima guerra mondiale,verso chiunque non sia “Ariano Puro”, verso coloro che non la pensano alla stessa maniera.. Il suo nome è Adolf Hitler, un ebreo che rinnega la sua origine. Mio nonno non curante di tutto questo, passa in Germania. Ma una notte bussano alla porta due uomini vestiti di nero. _Toc, Toc – _ “ Lei è il signor Luigi Rossi ? “- - “ Sì, sono io. Cosa volete?”- - “ Ci deve seguire immediatamente in questura. È solo una semplice formalità”- Quella notte mio nonno viene arrestato con una accusa proveniente dalla Francia. È comunista e come tale deve essere condannato a morte per tradimento. Qualcuno assai vicino a mio nonno dice che l’accusatore è l’amico Hepting. In carcere a far visita a lui vanno anche due amici di vecchia data che gli dicono: - “ Luigi, non fare lo stupido. Noi ti conosciamo da tanto tempo e sappiamo che sei una brava

GRANDE FAMIGLIA ROSSI da

ORGIANO per Il MONDO Secondo Capitolo

Page 86: História da Família Rossi

84 persona. Nega tutto. Non ne vale la pena. I tuoi compagni dove sono? Perché non vengono a liberarti? Nega tutto. Noi possiamo darti un aiuto, siamo ben piazzati nel partito”- Dopo quell’ incontro mio decise di non fare alcuna propaganda politica per nessun partito. Odia Hepting il traditore. C’è sempre qualcuno accanto che gli sussurra “ è stato lui a tradirti. Hepting “. Catherine Bristiel, la moglie di Luigi ( strano caso il nome Caterina per Luigi Rossi: la madre si chiama così, la moglie e pure la suocerà . 44 anni dopo nascerà pure la nipote,mia sorella , Caterina ) è incinta. Aspetta due figli. Arriva Natale 1933 e pochi giorni dopo il 28 dicembre lei compie 36 anni. Il giorno successivo, il 29 Dicembre, nascono due bambini. Uno non sopravvive. L’altro il padre decide di chiamarlo come se stesso, non in italiano ma in tedesco : e poiché in Germania c’è l’usanza del doppio nome lo chiamerà Aloys Peter, nasce mio padre.(Peter è il nome del padrino del bambino ). Passano gli anni e i Rossi vivono bene, non nella ricchezza ma bene. C’è lavoro, le vacanze, i lavoratori possono festeggiare il primo maggio e altre feste. È solo un inganno.. ben presto le cose cambieranno. In Italia nel sud, nelle montagne degli alburni, distante dal cilento, la terra degli antichi adoratori del dio Toro, i Vitelli ( Vituli ) da cui deriverà il nome Italia, il 1 agosto 1938 nasce la seconda figlia di Antonio Amodeo e Maria Rosa Broccolo. Il padre per la contentezza si ubriaca e gira cantando per il paese : Sicignano degli Alburni. La bambina viene chiamata Maria Carmela, mia madre. Lei sarà una figura fondamentale nella storia della famiglia Rossi. Piccola di statura come il suocero ma determinata e grintosa, piena di eterne energie rinnovabili. 1 settembre 1939 scoppia la guerra tra Germania e Polonia. La U.R.S.S. si allea con i tedeschi per spartirsi il territorio polacco. In polonia c’è un giovane il suo nome è Karol Woytila un uomo che cambierà con il suo atteggiamento e soprattutto con la sua opera il volta all’ europa degli anni successivi. Cambierà la storia anche della nostra famiglia. Nella stessa notte Luigi Rossi viene richiamato alle armi. È un veterano graduato e sa comabattere. . La Germania con manovre definite “ Blitz- Krieg “ sta sottomettendo man manpo tutti i paesi d’europa. Ai nemici francesi ha sottratto l’ alsazia e la Lorena. Mio nonno rimane in guerra per pochi mesi, viene rimandato a casa. Il suo compito è quello d’insegnare nelle fabbriche della Mosella francese ( una parte della Lorena ) il lavoro ai giovani. È un insegnante propedeutico. Trasferisce moglie e figli da Trier di nuovo oltre il confine nella Mosella di lingua francese. Il piccolo Aloys ha 5 anni non conosce una parola di francese , fa amicizia con i compagnetti di strada. Impara il francese ascoltando gli altri e non comprende il significato delle parole. Un giorno mentre una signora va a far visita a Catherina Bristiel, sua madre la saluta con “ sal Bête allemand”. La donna va a denunciare al famiglia. Arriva la polizia che fa domande al bambino, ma che non ricorda da chi ha sentito quell’ espressione e archivia il caso. In africa viene distrutta la 10a Armata e l'Oberkommando des Heeres (l'Alto Comando dell'esercito tedesco) decide di inviare in Africa una divisione leggera (5° Leichtedivision) al comando del Generale Rommel. Luigi viene di nuovo richiamato alle armi. Questa volta viene introdotto nell’ elite dei traduttori. Conosce molte lingue. Italiano, Francese, tedesco, Inglese, Spagnolo, Arabo, Russo. Deve partire da un porto italiano per l’ africa. Entra a far parte della troupe di interpreti del Generale Rimmel, la volpe del deserto. Chiede al suo diretto superiore un piccolo permesso : andare a trovare in Italia nella provincia di Vicenza, il vecchio padre che dopo la morte della moglie si è trasferito nella terra natale, Pilastro di

Page 87: História da Família Rossi

85 Orgiano. Incontra il padre e forse lo Zio Vincenzo. E promette: -“ Alcuni mesi ancora e avremo vinto la guerra. E quando tutto sarà finito Papà io tornerò per riprenderti e portarti con me in Germania. Te lo giuro “- . Una promessa che il destino non potrà fargli mantenere. Padre e figlio non si rivedranno più. In Africa Luigi si muove in Egitto, Tunisia, Algeria e in genere in tutto il nord Africa. È presente ad El Alamein, dove c’è pure un italiano, futuro con suocero .Non si conosceranno mai. Tra i tanti ricordi di mio padre, ce n’è uno in cui ricorda che arrivo dall’ africa un pacco con all’ interno due tartarughe, della cioccolata e altro. Amava quelle due piccole bestie e si sentiva vicino al padre, In africa racconterà in seguito mio nonno, un giorno mentre egli si trovava in auto con Il generale Erwin Rommell e l’autista, in un giro di ispezione, scoppia una bufera di sabbia e l’auto si ritrova in mezzo a gente che non parla tedesco. Mio Nonno da l’allarme. Sono Inglesi, via via. Ripartono senza farsi notare dai nemici. Un giorno mentre sta facendo un altro giro d’ispezione, insieme ad un altro ufficiale, Luigi Rossi salta su la seconda bomba e anche questa volta rimane l’unico sopravvissuto. C’è qualcuno lassù che per lui veglia per Lui. Viene rimandato a casa per la lunga convalescenza. Un giorno mentre in alta uniforme passeggia con la famiglia nota che una giovane recluta cerca di sfuggire allo sguardo. Lo nota. Luigi dice alla moglie che si assenterà per pochi minuti. Raggiunge il soldato e gli dice: - “ Se non mi vuoi salutare, sono affari tuoi. Ma il tuo atteggiamento è pericoloso, potresti trovarti nei guai ragazzo “- Un altro giorno Luigi nota che c’è un giovane soldato arrogante con la camicia Nera ( S.S.) che sta trattando male , peggio delle bestie un prigioniero e gli si avvicina: - “ Camerata, non ti sembra di esagerare. Sono un tuo superiore di grado…”- - “ Dei tuoi gradi, non m’ importa un bel niente. Nome e cognome, grado e compagnia ti faremo passare un brutto momento….”- - Luigi preoccupato riferisce l’accaduto al al comando suo diretto superiore dal quale dipendeva per il periodo della convalescenza, il quale allertato farà in modo di cestinare questa ennesima denuncia.. - Luigi Rossi viene inviato in Cecoslovacchia al campo di Theresienstadt come addetto al magazzino. - Non gli piace come quelle bestie trattano male i prigionieri, ma non vuole nemmeno essere passato per le armi. Dopotutto ha famiglia e la situazione sta precipitando. - Assieme a un medico salva la vita ad alcuni prigionieri. Di fronte ai superiori dimostra di essere un duro che sa trattare “questa feccia indegna di vivere al mondo” per poi agire in modo più umano così come gli è stato insegnato da suo padre. - Un giorno c’erano due prigionieri russi che non stavano bene. Non avevano forza. Non si reggevano sulle gambe. - Luigi nota che un alto ufficiale sta notando la scena. Deve rimediare, senno ci scappa il morto. Quando un prigioniero si ammalava o non lavorava veniva immediatamente giustiziato. - Il nazista si avvicina sempre di più . - Luigi respira profondamente ed emette un urlo: - -“ Voi due bestie immonde andate in camera mia a pulirmi la stanza e se stasera non la trovo come si deve , voi 2 ve la vedrete con me “- - I due prigionieri impauriti trovano la forza e se ne vanno ad eseguire l’ordine, convinti dalla forza di quella voce.

Page 88: História da Família Rossi

86 - Il superiore si avvicina e si complimenta con mio Nonno e gli dice : - -“ Tenente Rossi è così che si tratta questa merda! “- - Poco dopo mio nonno si reca nell’alloggio dove trova i due poveri prigionieri intenti nell’ eseguire l’ordine impartito e nel vederlo tremano. - Luigi li vede e chiede cosa stessero facendo e aggiunge sdraiatevi nel letto, che adesso chiamo il dottore. Con questo episodio ed altri un italiano partito da Orgiano da bimbo salva la vita ad altri esseri umani. - I tedeschi stanno perdendo la guerra . Tutti fuggono. - I nazisti portano nel magazzino taniche di benzina e danno l’ordine a mio nonno di rimanere sino all’ arrivo dei Russi e di dar fuoco a tutto. - Mio nonno , con l’aiuto degli amici prigionieri, svuota le taniche di benzina e li riempie di acqua. Ad un ultimo controllo i nazisti ricontrollano le taniche superficialmente, senza verificarne il contenuto e fuggono. - All’ arrivo dei russi i prigionieri si offrono a protezione di mio nonno e raccontano l’accaduto. - Mio nonno venne invitato più volte invitato a cena dai gerarchi russi e cecoslovacchi. Con il gesto di aver salvato la vita e si aver salvato da distruttibili fiamme milioni e milioni di documenti storici presenti nel magazzino, venne considerato un uomo di alto valore e onorato. - Mio Nonno raccontò in seguito che di fronte a quelle tavole, lo stomaco abituato a mesi di carestie, sembravo volesse divorare tutto. Piatti gustosi, pezzi grossi di lardo. Una bontà. - Luigi ne prende uno in bocca. Ha una strana sensazione. Lo stomaco si ribella. Lardo condito con lo zucchero. I russi tracannano Vodka come fosse vino gli dicono : - - Kammarate, gutte, gutte …”- ( Camerata è buono, buono ). - Mio nonno per alcuni mesi rimase ancora come responsabile del magazzino e poiché il suo pensiero ricorrente era quello di ritornare a casa, un giorno mentre si annoiava, nota che li con lui c’è un altro essere vivente. Magro come lui e morto di fame. - È un topolino. Gli butta un briciola. Osserva. Il topolino si avvicina prende e mangia. - La fame soffoca nel piccolo mammifero qualsiasi forma di paura. Un ‘altra briciola e inizia la confidenza. Giorno dopo giorno i due diventano amici. - Luigi è sempre invitato a pranzo e cena per riconoscenza. - I russi gli chiedono di andare a prendere la famiglia e di andare con loro nella grande Russia dove c’è posto per un compagno, bravo come lui. Mentre i Russi parlano la moglie di uno di essi nota il topolino uscire dal taschino di mio nonno il quale con disinvoltura dichiara: - - “ è un mio piccolo amico “- e con disinvoltura fa rientrare l’amico nel taschino, lasciando esterrefatti i presenti. - Mio nonno declina l’invito a recarsi in Russia . Non voleva sentire nulla dei compagni. Già tempo indietro lo avevano tradito. - Ottiene il permesso di lasciare la Cecoslovacchia e riparte alla ricerca dei figli e della famiglia. - Prossimamente racconterò la guerra visto con gli occhi di un bambino, mio padre e di un ragazzino, mio zio George .; gli ultimi anni di vita di mio nonno e i delirio di una persona all’interno della famiglia. - Ciao Anton Georg

Page 89: História da Família Rossi

87

Mio nonno è stato un militare. E come tale a servito il proprio paese rischiando continuamente la vita. Nel 1914 si arruolato e con questo gesto la famiglia ha avuto delle agevolazioni. I Bisnonni hanno così potuto ottenere il diritto alla pensione di anzianità. Poi alla fine della guerra, per dare sostegno alla famiglia si è imbarcato su una nave che sminava il mare del nord della germania. La nave è saltata in aria e lui è stato l'unico sopravvissuto. Molti giorni in ospedale in pericolo di vita. Ma Luigi Rossi è stato di pietra dura. Poi in cerca di lavoro ha trasferito tutta la famiglia, fratelli compresi in Francia. In mosella , la terra in cui hanno vissuto successivamente. Mio nonno era il vero leader della famiglia. Da figlio grande che ha sempre lavorato ( quante volte avrà seguito il padre al lavoro, prima ad Orgiano e poi in Germania) . Luigi lavorava duro e non si perdeva in chiacchiere. Lavoro duro e responsabilità. I tre fratelli hanno conosciuto in Francia i rispettivi partners e si sono sposati. Mio Nonno conosceva e aveva studiato sette lingue. Nel periodo vissuto in Francia mio nonno, diventato diffidente nel riguardo della religione, durante la guerra, si inscrisse al partito comunista. Ne faceva propaganda politica. Al ritorno in Germania, nella mosella tedesca (Trier) un giorno darrivarono i nazisti e lo arrestarono. Dalla Francia è arrivata una notizia: Luigi Rossi è un comunista. Arrestate lui. In carcere vanno a fargli visita due personaggi che lo conoscono e gli dicono " Luigi noi ti conosciamo e sappiamo che sei una brava persona. Non fare l' imbecille. Questi signori non scherzano: ti uccidono. Tu hai un figlio picolo e un altro in arrivo. Pensaci e non fare l'eroe. I tuoi compagni ti hanno voltato le spalle. " .

Mio nonno pensò bene a queste parole. Qualcuno della famiglia aveva tradito mio nonno e aveva dato la colpa al migliore amico : Georges Hebting.

Georges Hebting è stato il migliore amico di mio nonno e ingiustamenete accusato ha perso l' amicizia di mio nonno. Questa persona della famiglia è mia nonna : Catherine Bristiel. Catherine Bristiel mia nonna ha tradito suo marito per liberarsene ed essere libera e accusato ingiustamente una persona. Ma nonostante questo mio nonno ha visto che i compagni comunisti gli avevano girato le spalle . Da quel momento non ha più voluto sapere nulla di Socialismo e comunismo. Cieco d'amore ha creduto alla moglie.

Mio nonno ha vissuto onestamente e si è fatto volere bene. Non ha avuto odio e invidia nei confronti di nessuno. Non ha mai odiato nessuno della famiglia.

Luigi ha vissuto fra la Francia e la Germania facendosi volere bene.

Allo scoppio della seconda guerra mondiale, la prima notte è stao richiamato come veterano. Mio nonno è rimasto in guerra alcuni mesi, poi lo hanno congedato momentaneamente. Ricordo che all'epoca la Germania nazista stava ottenendo successi. Mezza europa era dominata dal criminale Hitler. L' Alsazia e la Lorena ( mosella è una parte di questa terra ) erano state inglobate nella Germania. la città di Metz era diventata tedesca. Mio nonno nel periodo di congedo insegna il lavoro di operaio specializzato nelle fabbriche. Poi venne richiamato e inviato in africa alle dipendenze

GRANDE FAMIGLIA ROSSI da ORGIANO per Il MONDO Terzo Capitolo

Page 90: História da Família Rossi

88 dell'Afrika Korps comandata da Erwin Rommel. Mio nonno entrò a far parte dell'elite dei traduttori, per la sua conoscenza delle lingue. 7: italiano, francese, tedesco, Inglese, russo, arabo e spagnolo ( alla fine della guerra imparerà a comunicare anche in cecoslovacco).

L'esercito tedesco destinato in africa deve partire da un porto italiano e Luigi chiede il permesso di andare a trovare il vecchio padre a Orgiano. Alla morte della moglie, Angelo Rossi si era trasferito nel suo paese natale. Li ha vissuto insieme al secondo fratello Vincenzo e non ha mai parlato della sua famiglia, forse stanco delle continue chiacchiere. Mio nonno ottenne il permesso , a patto di non fare la stupidaggine di disertare. Trovò il padre e gli disse queste parole:

- " Papà, quando avremo vinto la guerra , io vengo a riprenderti. Tu vieni a vivere con me e la

mia famiglia "- .

Mio nonno arrivò all' appuntamento e partì per l'africa.

Una seconda bomba lo fece saltare in aria, e forse la mano di Dio, o dei suoi antenati in paradiso, gli salvarono la vita. Venne inviato in malattia a casa e successivamente a Litomerice in Cecoslovacchia. Della cecoslovaccia parlerò più tardi. I partigiani e gli alleati stavano riprendendosi i territori perduti. In Mosella francese la resistenza controllava il territorio e quando trovavano un tedesco, in special modo un nazista senza pensarci sopra, lo uccidevano. Mio all'arrivo dall'africa aveva un solo obbiettivo portare la famiglia in salvo nella Germania. Mio nonno andò a trovare prima la sorella e il cognato. Alla vista di mio nonno in uniforme i due si preoccuparono delle conseguenze che avrebbe potuto avere quella visita inaspettata. La famiglia Rean ( Maria Angela Rossi, sorella di mio nonno aveva sposato Albert Rean ) era preoccupato solo della sua egoistica esistenza e sembrava imbarazzata. Albert disse :

- " Luigi, cosa sei venuto a fare ?" -

- " Io sono venuto a riprendere la famiglia e a riportarla in salvo in Germania . Io ripasserò

dopo a salutarvi "- li salutò e se ne andò diretto a casa della suocera Catherine Killian

sposata Bristiel.

Catherine Killian Bristiel divenne vedova da giovane: il marito Etienne Killian morì in un incidente d lavoro in miniera. Catherine Killian, vera credente cattolica, aveva cresciuto 7 figli da sola senza risposarsi. tra questi figli c'era la figlia che portava lo stesso nome : Catherine, mia nonna.

Mio nonno aprendo la porta di casa meraviglio tutti. Fu una sorpresa. Pensavano che fosse morto in guerra. Quando la suocera seppe degli intenti di Luigi, scoppiò in un pianto e cominciò a strapparsi i capelli e supplicava:

- " Voi vi farete ammazzare. No ti prego, Luigi non fare questo. Non fare per i tuoi bambini. -" .

Questo racconto me lo ha raccontato mio padre che era presente all' eta di 10 anni. Mio padre non vide mai più sua nonna in vita.

Luigi prese la sua famiglia e partì. Lui andò , come promesso a trovare la sorella. Le serrande abbassate. Egli bussò più volte alla porta. Nessuno gli aprì. Mio nonno ci rimase male per questo gesto. Lui sapeva che in quella casa c'era qualcuno, ma vigliaccamente queste persone se ne stavano rinchiuse dimenticando il vero senso di appartenenza alla famiglia. Qualche anno più tardi mio nonno chiese giustificazioni per quel gesto e la risposta fu:

Page 91: História da Família Rossi

89 - " Io avevo paura che tu mi facevi saltare la casa "-. Mia nonna ci rimase nuovamente male e questo avvelenò anteriormente mio nonno. Un morbo covava silenzioso. Il cancro. Morirà nel 1956.

Continuo il racconto della fuga verso la Germania.

All' uscita del paese, Rosslinge in tedesco, Rosselange in francese, mio nonno e la sua famiglia vennero catturati dai partigiani. Mio Zio Georges sedicenne mostrava incosciente ed orgoglioso lo stemma di Hitler cucito sul petto affermando stupidamente : Il Fuhrer è il mio Dio e io ...". Georges venne immediatamente zittito dal padre : " Con te ci facciamo ammazzare. Zitto !!! " I partigiani avevano l' intenzione ucciderli. Intervenne il loro capo e riconoscendo mio nonno disse :

- " Voi lasciate stare questa famiglia. Lui, io lo conosco, é una brava persona e non ha mai fatto malle a nessuno. Dimmi, Luigi dove vuoi andare? "-

Mio nonno rispose:

- " noi vogliamo ritornare in Germania."-

Replicò il capo dei partigiani :

- " Se vuoi tornare in Germania, non arrivarci per questa strada. Voi potreste cadere nelle mani di altri partigiani che non conoscendovi potrebbero uccidervi. Prendete quel sentiero all' interno del bosco, è molto più sicuro. Accodatevi a i carri. Buona fortuna "- .

I partigiani lasciarono passare la famiglia Rossi.

Accodandosi a un carro mio nonno chiese di poter far salire almeno la moglie e il figlio piccolo, mentre lui e il figlio maggiore avrebbero proseguito a piedi.

La famiglia arrivò in germania e mentre stava prendendo il treno in mezzo a un campo arrivarono gli aerei canadesi che iniziarono a sparare sul treno. Immediatamente mio nonno ordinò di saltare dal treno e nascondersi accuattandosi tra le erbe del campo. La moglie pregava Dio e i santi e mio nonno duramente le ordinò di tacere:

- " Tu stai zitta. Dio ci ha abbandonato da tempo !!!"-

Arrivarono a destinazione e mio nonno fu inviato come capo magazziniere a Litomerice, in Cecoslovacchia, mentre i figli e la moglie vagavano per la germania in cerca di cibo protezione.

Quante volte mio padre ha avuto paura. Contadini, che ti aizzavano i cani, o che ti inseguivano con i forconi. Tu gli chiedevi le bucce di patate e loro ti sparavano addosso. Aerei che volavano sulle teste impaurate. Quando avevi la fortuna ti avere a disposizione della margarina fatta dal carbone eri felice. Erbe di campo e lottare con altri affamati e disperati per sopravvivere.

Io dicevo che mio nonno fu mandato a dirigere il magazzino del lager di Litomerice. Il comandante del campo era un ufficiale S.S. Un uomo di merda come tutti i suoi subalterni. Mio nonno senza farsi scoprire, inizio ad avere contatti con i prigionieri. Li trattava bene. Lui si che era un vero signore. Per nioente vigliacco. Coraggioso e duro allo stesso tempo. In presenza di altri tedeschi, non fidandosi urlava con i prigionieri. Un giorno rivolgendosi a due prigionieri russi, stremati e senza forze, per evitare che venissero seppelliti vivi o immediatamente fucilati , vedendo arrivare il comandante urlò:

- " Voi due, muovete quel culo. Fannulloni e andate a risistemarmi la mia stanza. Se entro un paio di ore se non lo avete fatto, Voi due ve la vedrete con me !!!"-

Page 92: História da Família Rossi

90 I due poveri disgraziati, ritrovarono le ultime forze si rialzarono e andarono di fretta verso la stanza.

Il comandante si avvicinò e orgoglioso dichiarò :

- " Tenente Rossi Bene! é così che si deve trattre questa merda! Questa gente va trattata come le bestie! "- e si allontanò.

Mio nonno andò verso la stanza e d entrando vide quei due poveri uomini tremando che stavano risistemando la stanza.

- " Cosa state facendo? Lasciate stare tutto! Non avete la forza per stare in piedi! Sdraiatevi sulla mia branda! Io vado chiamare il medico! Lui è un mio amico"-

Mio nonno un ex comunista che stava diventando un ex nazista ( anche se non lo è mai stato veramente ) salvò la vita ad altri prigionieri.

Mentre i russi stavano arrivando, il comandante e altri ufficialii e sottoufficiali e tutta la truppa

sia militare che delle S.S. lasciarono il campo in fuga. L'unico rimasto er mio nonno. Il suo

compito era quella di usare le taniche di benzina messe nel magazzino e ,appena giunti i russi

nel campo, egli doveva dare fuoco a tutto. Mio nonno con il suo buon senso, facendosi aiutare

dai suoi amici prigionieri svuotarono le taniche e le riempirono di acqua. Tornarono alcuni delle S.S che di fretta controllarono che le taniche fossero piene e senza controllarne il contenuto se ne

ripartirono. I Russi arrivarono e trovando solo mio nonno lo volevano uccidere, ma i prigionieri

gli fecero da scudo e affermarono:

- " Questo uomo ci ha salvato la vita ! Se lo volete ammazzare, dovete uccideci tutti ! Voi

venite a vedere... " I prigionieri portarono i russii e i cecoslovacchi in magazzino e spiegarono

tutto. Mio nonno con quel gesto aveva salvato importantissimi documenti segreti utili alla

Cecoslovacchia.

Più volte i gerarchi russi lo invitarono ai loro pranzi e cene e gli continuarono ad affidare il controllo del magazzino. Mio nonno aveva il pensiero rivolto alla famiglia e annoiandosi fece amicizia con un altro affamato: Un topolino. Cominciò a dargli un poco da mangiare e la povera bestiolina si fece addomesticare. Il topo si nasondeva nel taschino e fuoriusciva. Ad una cena mio nonno vede arrivare un piatto fumante di pezzi di lardo. Era anni che non ne mangiava. Il profumo lo invitava. Ne prese uno e lo portò in bocca! Un senso di disgusto gli saliva dallo stomaco, non perchè non più abituato, ma perill semplice fatto che la carne grassa era stata condita con lo zucchero. I Russi gli dicevano " Gutt, Gutt ( buono, buono) " . Luigi mandò giù il boccone e mentre si accingeva, di suo malgrado, a prenderne un altro pezzo di lardo, il topo uscì dal taschino. Una donna disse meravigliata, come se fosse la prima volta:

-" Un topo ! "-

- " Non vi preoccupate, è un mio picollo amico"- e con la sua sicurezza interna riprese la bestiolina e se la rimase nel taschino.

Più volte i russi chisero a mio nonno di andare a vivere nella grande Russia, bisognosa di

uomini giusti come lui. Mio nonno gentilmente rifiutò ed ottenne un lasciapassare per andare

a riprendersi la famiglia. Mio padre , sua madre e suo fratello , dopo tanto vagare

nella Germania ottennero ospitalità presso la famiglia del fratello di Luigi , Giuseppe Terzo.

Mio padre ricorda del cugino Albert, della cugina Liselotte e dei suoi racconti, della gentilezza

Page 93: História da Família Rossi

91

della zia Aline e zio Giuseppe. Mio padre ricorda che si divideva il pasto tra tutti e questo lui

non lo dimentica.

Mio nonno si ricongiunse alla famiglia e visse ancora una decina di anni. Continuò a vivere in

Francia e come tedesco, alcuni lo odiavano altri lo stimavano. Lui aveva in sè ancora un

rimorso : Non avere mantenuto la promessa fatta al padre. Qualcuno gli comunicò che Angelo Rossi era deceduto durante la seconda guerra mondiale. Luigi si tormentava e mio padre gli sentiva dire : Te lo avevo promesso ma non ci sono riuscito. I rapporti tra i fratelli ripresero nuovamente, ma le ferite erno profonde. Più volte ci sono stati litigi sul comiunismo fra mio nonno e il fratello Giuseppe e i suoi figli. Mio nonno non li odiava, molto probabilmente loro odiavano lui. Il nazismo aveva rovinato la Germania, l'europa e la famiglia e il " salvatore " comunismo stava facendo di peggio.

Fino al 1993, data della caduta del muro la famiglia di Giuseppe è rimasta divisa. Liselotte e

Giuseppe nella Germania Ovest e Albert con la famiglia nella Germania dell' est e penso che

non abbiano trovato lì il paradiso. Anche se atei debbono ringraziare il 1978 e l'avvenuta elezioneal pontificato di quel grande uomo di nome Karol Woytila che con il suo operato, insieme alle coscienze di quelle persone stanche di qualsiasi dittatura, disfece il grande ed illusorio sogno del comunismo alla russa.

Ebbe solo la fortuna essere il figlio di due stupende persone : Angelo Rossi e Catterina Thiene e di avere la fortuna di due figli , Georges e mio padre Aloys Peter. Non seppe mai del tradimento di sua moglie e forse , il fato o Dio glielo impedirono. Se lo avesse saputo lui l'avrebbe sicuramente... non voglio immaginare. Mio Nonno morì nel 1956: Mia cugina Denise, lo conobbe e mi ha confidato che mio nonno era un gentiluomo. La stessa cosa non si può dire a proposito della nonna.

Nel 1970 la mia famiglia si trasferì nel paese di mia madre: Sicignano degli Alburni in provincia di Salerno. Mio padre, mia madre e suo fratello Giuseppe Amodeo aprirono una attività: Una forneria, per pizze, focaccie, biscotti e pane. Gli affari non andarono bene e la ditta fallì. Mio padre scrisse al fratello maggiore . Zio Georges trovò un lavoro per mio padre e una abitazione, in attesa che la famiglia giungesse successivamente dal Sud Italia. Ma una mattina bussò allaporta la polizia militare. Qualcuno aveva denunciato mio padre per quel fatto sulla fuga. Mio padre venne a sapere del nome di colei che lo aveva denunciato. Il sangue diventò un ghiaccio fino al cuore. Il mondo gkìli si stava aprendo sotto i piedi. Lui non se lo aspettava. A denunciarlo era stata la madre.

Zio Georges si prodigò per farlo uscire e pagò di tasca sua un avvocato che dimostrando mio padre tedesco venne scagionato. Mia nonna Catherine si allontanò ma non troppo. Una mattina mentre io e mia sorella che in quell' epoca aveva 5 anni si avvicinò a lei e chiese :

- " Tu sei Cathy? "- e si allontanò. Noi bambini lo raccontammo. Nella tarda estate del 1973 a causa della mancanza di lavoro e per il fatto che mia nonna paterna poteva darci fastidio, la mia famiglia si trasferì nel nord Italia dove tuttora viviamo. Dal 23 luglio 2009 , con la mia ricerca sono riuscito a scoprire quanto segue :

1) Nella famiglia in europa esiste un senso di superficialità dilagante. Dimostrata da: dalla data del decesso della morte di Angelo Rossi, fratello di Redenzio e Vincenzo, non avvenuta subito dopo la seconda guerra mondiale, ma nel 1957. Un anno dopo il decesso di suo figlio Luigi. E dal fatto che hanno sognato dell'esitenza di un fantomatico fratello di Angelo, di nome Giuseppe fattosi prete.

2) Si deve a me ( Anton Georg), a mio padre ( Aloys Peter ) e a mia sorella ( Caterina ) e alla santa pazienza di mia madre ( Maria Carmela) , mia moglie ( Anna) e all' appoggio morale di mio nipote ( Filippo ) e mio cognato ( Daniele ). La scoperta della famiglia in Brasile.

Page 94: História da Família Rossi

92 3) se LA famiglia dall' Europa può comunicare con i parenti in Brasile.

4) Si deve a me e mio padre e al prezioso aiuto di Vilmar, Alceu Selina e altri parenti in Brasile, il ritrovamento della discendenza di Vincenzo, secondo fratello di Angelo.

Anton Georg Rossi

Em 2023 comemora-se o Centenário da Imigração da Família Rossi no Brasil

Page 95: História da Família Rossi

93

Encontros da Família Rossi Por iniciativa de Lina, José e Alice, iniciaram-se os Encontros Festivos, inicialmente com Familiares do Rio Grande do Sul e Descendentes de Emma e Alice Rossi. A partir do 4º Encontro uniram-se todas as nove famílias.

No. Local Data

1o Nova Brasília - Xaxim – SC 13 e 14 de Janeiro de 1990

2o Mão Curta - Sananduva – RS 1991

3o Nova Brasília - Xaxim – SC 1998

4o Mão Curta - Sananduva – RS 29 e 30 de Janeiro de 2005

5o Vila Coração 04 e 05 de fevereiro de 2006

6o Nova Brasília - Xaxim – SC 03 e 04 de fevereiro de 2007

7o Mão Curta - Sananduva – RS 02 e 03 de fevereiro de 2008

8o Jupiá – SC 10 e 11 de janeiro de 2009

9o Cerro Agudo - Irani – SC 06 e 07 de Fevereiro de 2010

10o Nova Brasília - Xaxim – SC 05 e 06 de Fevereiro de 2011

11o Mão Curta - Sananduva – RS 11 e 12 de Fevereiro de 2012

12o Vila Coração 09 e 1o de Fevereiro de 2013

A serem realizados: 1o Encontro Internacional da Grande FAMÍLIA ROSSI – em 2014. Local: Orgiano - Provícia de Vicenza – Itália.