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“História Comum” Análise do texto de Machado de Assis

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  • 1. Anlise do texto de Machado de Assis

2. Escritor brasileiro do sculo XIX (1839-1908); Origens humildes, os seus avs paternostinham sido escravos; Factos histricos: a ida da famlia real para o Brasil (1808); a proclamao da independncia (1822); a abolio da escravatura (1888); o surgimento das primeiras bancas e dosprimeiros jornaleiros no Rio de Janeiro (1892) 3. L o texto; Descobreo significado das seguintes palavras: pico, vilo, chita, alcova, valsa, fichu, mucama, arrufos, lacaio, mister e sinh 4. Justifica a seguinte afirmao: A servido apresentada no texto comoalgo natural e o narrador deixa clara aposio inferior dos escravos. 5. Felicidade Comenta a ironia presente no nome daescrava. 6. Classificao narrador quanto sua presena, justificando e transcrevendo exemplos do texto. 7. Explica o nome Histria Comum. 8. Machado de Assis tinha um jeito peculiar de narrar. O narrador conversa com o leitor, convida-o aparticipar de cada cena, mergulha no pensamentodas personagens: Perdoe-me este comeo; J oleitor sabe que ca...; ...no h seno o espao decontar a minha aventura. O que pretenderia o escritor com esta abordagem? 9. O narrador utiliza a ironia: Faam-me o favor de dizer se Bonaparte teve maisrpida ascenso. (referncia a Napoleo Bonaparte). O alfinete ascende do leno de chita de uma mucamapara o vestido de seda de uma senhora: Ah! enfim!eis-me no meu lugar. A que se refere o meu lugar? 10. Em textos narrativos, um recurso comum do narrador utilizar o discurso direto. Transcreva do texto dois exemplos de discurso direto. Analise a expressividade do discurso direto no seguinteexcerto. Que meias, nhanh? As que estavam na cadeira... U! nhanh! Esto aqui mesmo. 11. Os escravos foram a fora motriz da economia brasileira at ao fim do sculoXIX. As monoculturas no Brasil, primeiro a cana-de-acar e depois a culturado caf, necessitavam de uma mo-de-obra numerosa e barata. Osportugueses que tinha ido para o Brasil no iam para trabalhar na lavoura massim para fazer fortuna, logo o trabalho pesado teria de ser feito por algum. O ndio foi o primeiro a ser escravizado para trabalhar na cultura nascente dacana-de-acar. Os problemas comearam a surgir muito cedo, pois osindgenas mostravam-se rebeldes sedentarizao e ao trabalho foradorecorrendo a medidas drsticas como o assassinato, a embriaguez ou a fuga. 12. Por seu lado, os Jesutas mal chegados ao Brasil, tomaram a causa dosndios em mos. Protegiam-nos dos abusos dos senhores de engenhocolocando-os em aldeias criadas para o efeito, onde cultivavam o seusustento e aprendiam a doutrina. Apesar destas aes, isso no impediu quea escravido do ndio brasileiro continuasse a par da escravizao do negro.Nas cidades do sul era frequente empregar os ndios em trabalhosdomsticos.Um fator decisivo, para a mudana dapoltica esclavagista, foi sem dvida o factodo trfico negreiro representar umaempresa muito mais lucrativa do que acaptura dos ndios em terras brasileiras. Otrfico negreiro era um monoplio estataldesde D. Joo II e a crescente procura debraos para trabalhar nos engenhos que semultiplicavam rapidamente, levou a que seintensificasse o comrcio de escravos entrefrica e o Brasil. 13. Navios Negreiros 14. A escravido no Brasil foi abolida em 1888, no entanto, no Brasil e em outraspartes do mundo, em pleno sculo XXI, essa prtica ainda desenvolvida. Aescravido pode ocorrer em forma de trabalho rural ou explorao sexual,como ocorre em diversos lugares do planeta, especialmente no leste europeu.O trabalho escravo contemporneo aquele em que o empregador sujeita oempregado a condies de trabalho degradantes e o impede de desvincular-sede seu "contrato". Destacam-se alguns fatores que caracterizam essacondio: reteno de salrios, a violncia fsica e moral, a fraude, oaliciamento, o sistema de acumulao de dvidas (principal instrumento deaprisionamento do trabalhador), as jornadas de trabalho longas, a supressoda liberdade de ir e vir, o no-fornecimento de equipamentos de proteo, ainexistncia de atendimento mdico, a situao de adoecimento, ofornecimento de gua e alimentao inadequadas para consumo humano. 15. A escravido sexual ocorre inicialmente com o recrutamento de adolescentes do sexofeminino oriundos de pases subdesenvolvidos. Essas meninas, muitas vezes, soatradas por anncios ou supostas agncias de modelos. Aps a confeo dasdocumentaes necessrias para a viagem, seguem para outros pases onde recebema notcia de que contraram uma dvida com passagens, alimentao e alojamento e quetero que pag-las. Dessa forma, so presas e obrigadas a manter relaes sexuaiscom vrios parceiros em um nico dia ou noite, abastecendo o bolso do aliciador. Essaprtica gera um volume de milhes de euros ao ano. Isso ocorre com maior frequnciaem ex-repblicas da Unio Sovitica. No Brasil, a escravido mais constante nocampo. Isso tem ocorrido com certa frequncia, trabalhadores oriundos da Bahia, Piau,Maranho, entre outros, so recrutados para trabalhar principalmente no interior daAmaznia. 16. Sudaneses escravos libertados No Norte da ndia, num quarto malA escravido desses sudanesesiluminado e sem ventilao, uma dzia deaconteceu durante uma jihad na guerracrianas debruadas sobre aquecimentoscivil do norte contra o Sul, de 1983 a 2005.a gs fabrica pulseiras para vender a 40cntimos a dzia. As entrevistas realizadas com os 232 De idades compreendidas entre os 9 e escravos revelamabusofsico eos 14 anos, estas crianas trabalham dezpsicolgico. Eles afirmam ter sidohoras por dia, todos os dias vendidas agredidos, ameaados,estuprados,pelos pais ao dono da oficina em troca de mutilados, sofrido converso forada aodinheiro. Em mdia, as crianas indianasIslo, insultados pela raa e religio.so escravizadas por cerca de 30 euros. Alguns relatam a execuo de colegaspresos. 17. Asdvidas condenamfamliasaoCATIVEIRO durante vrias geraes. NoSudoeste da ndia, mes e filhas transportampara o forno tijolos feitos mo, enquantopais e filhos atiam o fogo. Os empregadorescompram os trabalhadores, emprestandodinheiro para despesas que eles noconseguem pagar. Apesar de trabalharemmuitos anos para pagar a dvida, os jurosexorbitantes e a contabilidade desonestaperpetuam o fardo, que passa de pais parafilhos.Cercados doisterosdostrabalhadores cativos de todo o mundo 15 a20 milhes so escravos por dvidas nandia, no Paquisto, no Bangladesh e noNepal. 18. O corpo de uma mulher pode ser VENDIDO vezes sem conta. Os donos debordis israelitas, podem comprar jovens da Ucrnia ou da Moldvia por cercade 3.500 euros. Mesmo um pequeno negcio com dez prostitutas pode rendermilhes se euros por ano. Fazendo-se passar por recrutadores de mo-de-obra, os traficantes vo buscar vtimas s cidades pobres da Europa do Leste,atraindo-as com promessas de bons empregos. Quando as mulheres chegam,so entregues a compradores que, por norma, as espancam, violam ouaterrorizam para garantir obedincia. 19. Os pais do rapaz enviaram-no comoaprendiz de mecnico para a capital doBenin. Trabalha o dia todo (em cima), semdescanso nem salrio. No pode sair rua sem autorizao e a desobedincia punida com pancada. Segundo KevinBales, diretor da associao Free TheSlaves, aescravaturaatualcaracterizada por domnio e exploraoeconmica. O controlo sobre os escravosno se exerce com um regime legal depropriedade, mas atravs do que Baleschama a autoridade decisiva daviolncia. A escravatura difcil dedetetar: entre os cerca de 60 mil chinesesque vivem em Itlia, imigrantes legais eilegais trabalham lado a lado comescravos. As buscas em locais como estafbrica de peles perto de Florena (embaixo) so dificultadas pela barreira dalngua e pelo uso de documentos falsos. 20. Para a sade de uma rapariga, as consequncias de um casamento precoce podem ser fatais:segundo a Organizao Mundial de Sade, as raparigas com menos de 15 anos tm cinco vezesmais probabilidades de morrer devido a complicaes de gravidez do que mulheres com mais de 20anos.Por vezes o sacrifcio fsico apresenta-se num ato nico: estas mulheres de Villivakkam (emcima), na ndia, cuja alcunha aldeia dos rins, trocaram um rim por dinheiro. Com cerca de 20 anosna poca em que aceitaram faz-lo, ansiosas por pagar as sufocantes dvidas familiares, elas foramalvos fceis para os agentes de transplantes que prometeram cerca de 880 euros por cada rgo.Embora recebessem metade do dinheiro adiantado, no receberam o resto da quantia. A ndia proibiuo comrcio de rgos humanos, mas isso no fez parar o trfico. Para estas mulheres, a dor nocessou: trs foram abandonadas pelos maridos, que as consideraram bens danificados. Nas suaspalavras, s lhes restam as cicatrizes. 21. Planificae redige um texto argumentativo,no qual assumas uma opinio face ao temaabordado. Extenso: 180 a 240 palavras.