historia

15
ENADE - 2005 EXAME NACIONAL DE DESEMPENHO DOS ESTUDANTES INSTRUÇÕES 01 - Você está recebendo o seguinte material: a) este caderno com o enunciado das questões de múltipla escolha e discursivas, das partes de formação geral e componente específico da área, e das questões relativas a sua percepção sobre a prova, assim distribuídas: b) 1 Caderno de Respostas em cuja capa existe, na parte inferior, um cartão destinado às respostas das questões de múltipla escolha e de percepção sobre a prova. O desenvolvimento e as respostas das questões discursivas deverão ser feitos a caneta esferográfica de tinta preta e dispostos nos espaços especificados nas páginas do Caderno de Resposta. 02 - Verifique se este material está em ordem e se o seu nome no Cartão-Resposta está correto. Caso contrário, notifique imediatamente a um dos Responsáveis pela sala. 03 - Após a conferência do seu nome no Cartão-Resposta, você deverá assiná-lo no espaço próprio, utilizando caneta esferográfica de tinta preta. 04 - No Cartão-Resposta, a marcação das letras correspondentes às respostas assinaladas por você para as questões de múltipla escolha (apenas uma resposta por questão) deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o espaço compreendido pelo círculo que a envolve, de forma contínua e densa, a lápis preto número 2 ou a caneta esferográfica de tinta preta. A leitora ótica é sensivel a marcas escuras, portanto, preencha os campos de marcação completamente, sem deixar claros. 05 - Tenha muito cuidado com o Cartão-Resposta, para não o dobrar, amassar ou manchar. Este Cartão somente poderá ser substituído caso esteja danificado em suas margens - superior e/ou inferior - barra de reconhecimento para leitura ótica. 06 - Esta prova é individual. São vedadas qualquer comunicação e troca de material entre os presentes, consultas a material bibliográfico, cadernos ou anotações de qualquer espécie. 07 - As questões não estão apresentadas em ordem crescente de complexidade. Há questões de menor, média ou maior dificuldade, seja na parte inicial ou final da prova. 08 - Quando terminar, entregue a um dos Responsáveis pela sala o Cartão-Resposta grampeado ao Caderno de Respostas e assine a Lista de Presença. Cabe esclarecer que você só poderá sair levando este Caderno de Questões, decorridos 90 (noventa) minutos do início do Exame. 09 - Você terá 04 (quatro) horas para responder às questões de múltipla escolha, discursivas e de percepção sobre a prova. A C D E Diretoria de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior - DEAES Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP H I S T Ó R I A Partes Número das questões Peso de cada parte Número das páginas neste caderno Formação Geral / múltipla escolha Formação Geral / discursivas Componente Específico / múltipla escolha Componente Específico / discursivas Percepção sobre a prova 01 a 07 01 a 03 08 a 31 04 a 09 01 a 09 02 e 03 04 e 05 06 a 11 12 a 14 15 55% 45% 70% 30% Exemplo: OBRIGADO PELA PARTICIPAÇÃO! Ministério da Educação - MEC

Upload: andrern10

Post on 26-Nov-2015

103 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • ENADE - 2005EXAME NACIONAL DE DESEMPENHO DOS ESTUDANTES

    INSTRUES

    01 - Voc est recebendo o seguinte material:a) este caderno com o enunciado das questes de mltipla escolha e discursivas, das partes de formao

    geral e componente especfico da rea, e das questes relativas a sua percepo sobre a prova, assim distribudas:

    b) 1 Caderno de Respostas em cuja capa existe, na parte inferior, um carto destinado s respostas das questes de mltipla escolha e de percepo sobre a prova. O desenvolvimento e as respostas das questes discursivas devero ser feitos a caneta esferogrfica de tinta preta e dispostos nos espaos especificados nas pginas do Caderno de Resposta.

    02 - Verifique se este material est em ordem e se o seu nome no Carto-Resposta est correto. Caso contrrio, notifique imediatamente a um dos Responsveis pela sala.

    03 - Aps a conferncia do seu nome no Carto-Resposta, voc dever assin-lo no espao prprio, utilizando caneta esferogrfica de tinta preta.

    04 - No Carto-Resposta, a marcao das letras correspondentes s respostas assinaladas por voc para as questes de mltipla escolha (apenas uma resposta por questo) deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o espao compreendido pelo crculo que a envolve, de forma contnua e densa, a lpis preto nmero 2 ou a caneta esferogrfica de tinta preta. A leitora tica sensivel a marcas escuras, portanto, preencha os campos de marcao completamente, sem deixar claros.

    05 - Tenha muito cuidado com o Carto-Resposta, para no o dobrar, amassar ou manchar. Este Carto somente poder ser substitudo caso esteja danificado em suas margens - superior e/ou inferior - barra de reconhecimento para leitura tica.

    06 - Esta prova individual. So vedadas qualquer comunicao e troca de material entre os presentes, consultas a material bibliogrfico, cadernos ou anotaes de qualquer espcie.

    07 - As questes no esto apresentadas em ordem crescente de complexidade. H questes de menor, mdia ou maior dificuldade, seja na parte inicial ou final da prova.

    08 - Quando terminar, entregue a um dos Responsveis pela sala o Carto-Resposta grampeado ao Caderno de Respostas e assine a Lista de Presena. Cabe esclarecer que voc s poder sair levando este Caderno de Questes, decorridos 90 (noventa) minutos do incio do Exame.

    09 - Voc ter 04 (quatro) horas para responder s questes de mltipla escolha, discursivas e de percepo sobre a prova.

    A C D E

    Diretoria de Estatsticase Avaliao da Educao

    Superior - DEAES

    Instituto Nacional de Estudos ePesquisas Educacionais Ansio

    Teixeira - INEP

    H

    I

    S

    T

    R

    I

    A

    PartesNmero das

    questesPeso de

    cada parteNmero das pginas

    neste caderno

    Formao Geral / mltipla escolha

    Formao Geral / discursivas

    Componente Especfico / mltipla escolha

    Componente Especfico / discursivas

    Percepo sobre a prova

    01 a 07

    01 a 03

    08 a 31

    04 a 09

    01 a 09

    02 e 03

    04 e 05

    06 a 11

    12 a 14

    15

    55%

    45%

    70%

    30%

    Exemplo:

    OBRIGADO PELA PARTICIPAO!

    Ministrio daEducao - MEC

  • 24/10/05 - 09:55

    2 ENADE-05-F.Geral

    FORMAO GERAL

    1. Est em discusso, na sociedade brasileira, a possibili-dade de uma reforma poltica e eleitoral. Fala-se, entreoutras propostas, em financiamento pblico de campa-nhas, fidelidade partidria, lista eleitoral fechada e votodistrital. Os dispositivos ligados obrigatoriedade de oscandidatos fazerem declarao pblica de bens e presta-rem contas dos gastos devem ser aperfeioados, osrgos pblicos de fiscalizao e controle podem ser equi-pados e reforados.

    Com base no exposto, mudanas na legislao eleitoralpodero representar, como principal aspecto, um reforoda

    (A) poltica, porque garantiro a seleo de polticosexperientes e idneos.

    (B) economia, porque incentivaro gastos das empresaspblicas e privadas.

    (C) moralidade, porque inviabilizaro candidaturas des-preparadas intelectualmente.

    (D) tica, porque facilitaro o combate corrupo e oestmulo transparncia.

    (E) cidadania, porque permitiro a ampliao do nmerode cidados com direito ao voto.

    _________________________________________________________

    2. Leia e relacione os textos a seguir.

    O Governo Federal deve

    promover a incluso digi-

    tal, pois a falta de acesso

    s tecnologias digitais

    acaba por excluir social-

    mente o cidado, em es-

    pecial a juventude.

    (Projeto Casa Brasil deincluso digital comeaem 2004. In: MAZZA,Mariana. JB online.)

    Comparando a proposta acima com a charge, pode-seconcluir que

    (A) o conhecimento da tecnologia digital est democra-tizado no Brasil.

    (B) a preocupao social preparar quadros para odomnio da informtica.

    (C) o apelo incluso digital atrai os jovens para ouniverso da computao.

    (D) o acesso tecnologia digital est perdido para ascomunidades carentes.

    (E) a dificuldade de acesso ao mundo digital torna ocidado um excludo social.

    3. As aes terroristas cada vez mais se propagam pelomundo, havendo ataques em vrias cidades, em todos oscontinentes. Nesse contexto, analise a seguinte notcia:

    No dia 10 de maro de 2005, o Presidente de Governo daEspanha Jos Luis Rodriguez Zapatero em confernciasobre o terrorismo, ocorrida em Madri para lembrar osatentados do dia 11 de maro de 2004, assinalou que osespanhis encheram as ruas em sinal de dor e solida-riedade e dois dias depois encheram as urnas, mostrandoassim o nico caminho para derrotar o terrorismo: ademocracia. Tambm proclamou que no existe libi parao assassinato indiscriminado. Zapatero afirmou que noh poltica, nem ideologia, resistncia ou luta no terror, sh o vazio da futilidade, a infmia e a barbrie. Tambmdefendeu a comunidade islmica, lembrando que no sedeve vincular esse fenmeno com nenhuma civilizao,cultura ou religio. Por esse motivo apostou na criaopelas Naes Unidas de uma aliana de civilizaes paraque no se continue ignorando a pobreza extrema, aexcluso social ou os Estados falidos, que constituem, se-gundo ele, um terreno frtil para o terrorismo.

    (MANCEBO, Isabel. Madri fecha conferncia sobreterrorismo e relembra os mortos de 11-M. (Adaptado).Disponvel em:http://www2.rnw.nl/rnw/pt/atualidade/europa/at050311_onzedemarco?Acesso em Set. 2005)

    A principal razo, indicada pelo governante espanhol, paraque haja tais iniciativas do terror est explicitada naseguinte afirmao:

    (A) O desejo de vingana desencadeia atos de barbriedos terroristas.

    (B) A democracia permite que as organizaes ter-roristas se desenvolvam.

    (C) A desigualdade social existente em alguns pasesalimenta o terrorismo.

    (D) O choque de civilizaes aprofunda os abismosculturais entre os pases.

    (E) A intolerncia gera medo e insegurana criandocondies para o terrorismo.

    _________________________________________________________

    4.

    (Laerte. O condomnio)

    (Laerte. O condomnio)

    (Disponvel em:http://www2.uol.com.br/laerte/tiras/index-condomnio.html)

    As duas charges de Laerte so crticas a dois problemasatuais da sociedade brasileira, que podem ser identifica-dos pela crise

    (A) na sade e na segurana pblica.(B) na assistncia social e na habitao.(C) na educao bsica e na comunicao.(D) na previdncia social e pelo desemprego.(E) nos hospitais e pelas epidemias urbanas.

  • 24/10/05 - 09:55

    ENADE-05-F.Geral 3

    5. Leia trechos da carta-resposta de um cacique indgena sugesto, feita pelo Governo do Estado da Virgnia (EUA),de que uma tribo de ndios enviasse alguns jovens paraestudar nas escolas dos brancos.

    (...) Ns estamos convencidos, portanto, de que ossenhores desejam o nosso bem e agradecemos de todo ocorao. Mas aqueles que so sbios reconhecem quediferentes naes tm concepes diferentes das coisase, sendo assim, os senhores no ficaro ofendidos aosaber que a vossa idia de educao no a mesma quea nossa. (...) Muitos dos nossos bravos guerreiros foramformados nas escolas do Norte e aprenderam toda avossa cincia. Mas, quando eles voltaram para ns, erammaus corredores, ignorantes da vida da floresta eincapazes de suportar o frio e a fome. No sabiam caar oveado, matar o inimigo ou construir uma cabana e falavamnossa lngua muito mal. Eles eram, portanto, inteis. (...)Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e,embora no possamos aceit-la, para mostrar a nossagratido concordamos que os nobres senhores de Virgnianos enviem alguns de seus jovens, que lhes ensinaremostudo que sabemos e faremos deles homens.

    (BRANDO, Carlos Rodrigues. O que educao. SoPaulo: Brasiliense, 1984)

    A relao entre os dois principais temas do texto da cartae a forma de abordagem da educao privilegiada pelocacique est representada por:

    (A) sabedoria e poltica / educao difusa.(B) identidade e histria / educao formal.(C) ideologia e filosofia / educao superior.(D) cincia e escolaridade / educao tcnica.(E) educao e cultura / educao assistemtica.

    _________________________________________________________

    6.

    (La Vanguardia, 04 dez. 2004)

    O referendo popular uma prtica democrtica que vemsendo exercida em alguns pases, como exemplificado, nacharge, pelo caso espanhol, por ocasio da votao sobrea aprovao ou no da Constituio Europia. Na charge,pergunta-se com destaque: Voc aprova o tratado da Cons-tituio Europia?, sendo apresentadas vrias opes,alm de haver a possibilidade de dupla marcao.

    A crtica contida na charge, indica que a prtica do refe-rendo deve

    (A) ser recomendada nas situaes em que o plebiscitoj tenha ocorrido.

    (B) apresentar uma vasta gama de opes para garantirseu carter democrtico.

    (C) ser precedida de um amplo debate prvio para oesclarecimento da populao.

    (D) significar um tipo de consulta que possa inviabilizaros rumos polticos de uma nao.

    (E) ser entendida como uma estratgia dos governospara manter o exerccio da soberania.

    7.

    (Coleco Roberto Marinho. Seis dcadas da arte modernabrasileira. Lisboa: Fundao Calouste Gulbenkian, 1989.p.53.)

    A cidade retratada na pintura de Alberto da VeigaGuignard est tematizada nos versos

    (A) Por entre o Beberibe, e o oceano

    Em uma areia sfia, e lagadia

    Jaz o Recife povoao mestia,

    Que o belga edificou mpio tirano.

    (MATOS, Gregrio de. Obra potica. Ed. James Ama-do. Rio de Janeiro: Record, 1990. Vol. II, p. 1191.)

    (B) Repousemos na pedra de Ouro Preto,

    Repousemos no centro de Ouro Preto:

    So Francisco de Assis! igreja ilustre, acolhe,

    tua sombra irm, meus membros lassos.

    (MENDES, Murilo. Poesia completa e prosa. Org.Luciana Stegagno Picchio. Rio de Janeiro: NovaAguilar, 1994. p. 460.)

    (C) Bembelelm

    Viva Belm!

    Belm do Par porto moderno integrado na

    equatorial

    Beleza eterna da paisagem

    Bembelelm

    Viva Belm!

    (BANDEIRA, Manuel. Poesia e prosa. Rio de Janeiro:Aguilar, 1958. Vol. I, p. 196.)

    (D) Bahia, ao invs de arranha-cus, cruzes e cruzes

    De braos estendidos para os cus,

    E na entrada do porto,

    Antes do Farol da Barra,

    O primeiro Cristo Redentor do Brasil!

    (LIMA, Jorge de. Poesia completa. Org. Alexei Bueno.Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. p. 211.)

    (E) No cimento de Braslia se resguardam

    maneiras de casa antiga de fazenda,

    de copiar, de casa-grande de engenho,

    enfim, das casaronas de alma fmea.

    (MELO NETO, Joo Cabral. Obra completa. Rio deJaneiro: Nova Aguilar, 1994. p. 343.)

  • 24/10/05 - 09:55

    4 ENADE-05-F.Geral

    FORMAO GERAL

    QUESTES DISCURSIVAS DE 1 A 31.

    (JB ECOLGICO. JB, Ano 4, n. 41, junho 2005, p.21.)

    Agora vero. Deu na imprensa internacional, combase cientfica e fotos de satlite: a continuar o ritmoatual da devastao e a incompetncia poltica seculardo Governo e do povo brasileiro em cont-la, aAmaznia desaparecer em menos de 200 anos. Altima grande floresta tropical e refrigerador natural donico mundo onde vivemos ir virar deserto.

    Internacionalizao j! Ou no seremos mais nada.Nem brasileiros, nem terrqueos. Apenas umalembrana vaga e infeliz de vida breve, vida louca,daqui a dois sculos.

    A quem possa interessar e ouvir, assinam essadeclarao: todos os rios, os cus, as plantas, osanimais, e os povos ndios, caboclos e universais daFloresta Amaznica. Dia cinco de junho de 2005.Dia Mundial do Meio Ambiente e Dia Mundial daEsperana. A ltima.

    (CONCOLOR, Felis. Amaznia? Internacionalizao j! In: JBecolgico. Ano 4, no 41, jun. 2005, p. 14, 15. fragmento)

    A tese da internacionalizao, ainda que circunstan-cialmente possa at ser mencionada por pessoaspreocupadas com a regio, longe est de ser soluo paraqualquer dos nossos problemas. Assim, escolher a Amaz-nia para demonstrar preocupao com o futuro da huma-nidade louvvel se assumido tambm, com todas as suasconseqncias, que o inaceitvel processo de destruio dasnossas florestas o mesmo que produz e reproduzdiariamente a pobreza e a desigualdade por todo o mundo.

    Se assim no for, e a prevalecer mera motivao dapropriedade, ento seria justificvel tambm propordevaneios como a internacionalizao do Museu do Louvreou, quem sabe, dos poos de petrleo ou ainda, e nestecaso no totalmente desprovido de razo, do sistemafinanceiro mundial.

    (JATENE, Simo. Preconceito e pretenso. In: JB ecolgico. Ano 4, no 42,jul. 2005, p. 46, 47. fragmento)

    A partir das idias presentes nos textos acima, expresse a sua opinio, fundamentada em dois argumentos sobre a melhor maneirade se preservar a maior floresta equatorial do planeta. (valor: 10,0 pontos)

  • 24/10/05 - 09:55

    ENADE-05-F.Geral 5

    2. Nos dias atuais, as novas tecnologias se desenvolvem de forma acelerada e a Internet ganha papel importante na dinmica docotidiano das pessoas e da economia mundial. No entanto, as conquistas tecnolgicas, ainda que representem avanos,promovem conseqncias ameaadoras.

    Leia os grficos e a situao-problema expressa atravs de um dilogo entre uma mulher desempregada, procura de umavaga no mercado de trabalho, e um empregador.

    Acesso Internet Situao-problema

    mulher: Tenho 43 anos, no tenho curso superior completo, mas tenho certificado de concluso desecretariado e de estenografia.

    empregador: Qual a abrangncia de seu conhecimento sobre o uso de computadores? Quais aslinguagens que voc domina? Voc sabe fazer uso da Internet?

    mulher: No sei direito usar o computador. Sou de famlia pobre e, como preciso participarativamente da despesa familiar, com dois filhos e uma me doente, no sobra dinheiro paracomprar um.

    empregador: Muito bem, posso, quando houver uma vaga, oferecer um trabalho de recepcionista. Paratrabalho imediato, posso oferecer uma vaga de copeira para servir cafezinho aos funcionriosmais graduados.

    Apresente uma concluso que pode ser extrada da anlise

    a. dos dois grficos; (valor: 5,0 pontos)

    b. da situao-problema, em relao aos grficos. (valor: 5,0 pontos)

    3. Vilarejos que afundam devido ao derretimento da camada congelada do subsolo, uma exploso na quantidade de insetos,nmeros recorde de incndios florestais e cada vez menos gelo esses so alguns dos sinais mais bvios e assustadores deque o Alasca est ficando mais quente devido s mudanas climticas, disseram cientistas. As temperaturas atmosfricas noEstado norte-americano aumentaram entre 2 C e 3 C nas ltimas cinco dcadas, segundo a Avaliao do Impacto do Clima nortico, um estudo amplo realizado por pesquisadores de oito pases.

    (Folha de S. Paulo, 28 set. 2005)

    O aquecimento global um fenmeno cada vez mais evidente devido a inmeros acontecimentos como os descritos no texto eque tm afetado toda a humanidade.

    Apresente duas sugestes de providncias a serem tomadas pelos governos que tenham como objetivo minimizar o processo deaquecimento global. (valor: 10,0 pontos)

  • 31/10/05 - 11:19

    6 ENADE-Historia-05

    COMPONENTE ESPECFICO

    8. Ea de Queirs, numa carta endereada ao historiadorportugus Oliveira Martins, formulou o seguinte comen-trio sobre o livro A vida de Nun lvares, personagemhistrico da Revoluo de Avis [1383-1385]:

    ... no me agradam muito certas minudncias do detalhe

    plstico, como a notao dos gestos, etc. Como os sabes

    tu? Que documento tens para dizer que a Rainha, num

    certo momento, cobriu de beijos o Andeiro, ou que o Mes-

    tre passou pensativamente a mo pela face? Estavas l?

    Viste? Esses traos, penso eu, no do mais intensidade

    de vida, e criam uma vaga desconfiana.

    (Ea de Queirs. Correspondncia)

    O que o romancista Ea reprovava no historiador Martinsera o emprego de uma narrativa

    (A) que se descolava da base comprobatria, referindo-se a fatos sem correspondncia testemunhal.

    (B) voltada para detalhes da realidade, esquecendo fa-tos significativos do processo de revoluo social.

    (C) que apresentava uma sucesso inverossmil dosacontecimentos, deixando imprecisos os vnculosentre os episdios.

    (D) baseada na anlise indutiva, implicando o uso depoucas concluses e de raras generalizaes con-ceituais.

    (E) caracterizada por uma viso pessimista da histriaportuguesa, desacreditando qualquer projeto de mu-dana social.

    _________________________________________________________

    9. Havia aprendido sem esforo o ingls, o francs, o portu-

    gus, o latim. Suspeito, contudo, que no era muito capaz

    de pensar. Pensar esquecer diferenas, generalizar,

    abstrair. No mundo abarrotado de Funes no havia seno

    detalhes, quase imediatos.

    (Funes, o memorioso, in Fices de Jorge Luis Borges)

    De acordo com o texto, pode-se inferir que o ofcio dohistoriador deve:

    I. Valer-se das interpretaes ao invs dos fatos.

    II. Selecionar os fatos mais significativos para a pes-quisa.

    III. Desconsiderar o maior nmero de informaes pos-sveis.

    IV. Associar as informaes buscando uma interpre-tao.

    Esto corretas as afirmativas:

    (A) III e IV, apenas.

    (B) I e II, apenas.

    (C) I e IV, apenas.

    (D) II e III, apenas.

    (E) II e IV, apenas.

    10. No Egito antigo, o nome empregado para designar o es-cultor era aquele que mantm vivo

    PORQUE

    as manifestaes artsticas visavam deleitar e alegrar aexistncia cotidiana da nobreza, do fara e de seusfamiliares.

    Considerando o texto apresentado, pode-se afirmar que a

    (A) assero e a razo esto corretas, e a razo explicaa assero.

    (B) assero e a razo esto incorretas.

    (C) assero est correta e a razo est incorreta.

    (D) assero est incorreta e a razo est certa.

    (E) assero e a razo esto corretas, mas a razo noexplica a assero.

    _________________________________________________________

    11. Chegamos terra dos Ciclopes, homens soberbos e sem

    leis, que, confiando nos deuses imortais, no plantam nem

    lavram; entre os quais tudo nasce, sem que a terra tenha

    recebido semente nem cultura [...] No tm assemblias

    que julguem ou deliberem, nem leis [...] e cada um dita a

    lei a seus filhos e mulheres, sem se preocuparem uns com

    os outros.(Homero. Odissia)

    O texto elaborado na Grcia antiga observava na exis-tncia daqueles Ciclopes estranhos

    (A) uma sofisticao de costumes e de comportamentosainda no conspurcados pela vida da Polis.

    (B) uma indiferena para com a religio politesta e umaextrema afabilidade nas relaes familiares.

    (C) a proeminncia de um individualismo guerreiro e umdescompromisso para com as aes coletivas.

    (D) uma ausncia de regras comuns de convivncia ede um espao coletivo de deliberao poltica.

    (E) uma possibilidade de expanso da democracia e deinstalao de colnias fora da Grcia.

    _________________________________________________________

    12. No mundo atual, a repblica o regime poltico predomi-nante. Como se sabe, sua origem remonta antigidadeclssica. Em Roma, nos primeiros sculos de vidarepublicana, predominavam, do ponto de vista econmico,social e poltico, respectivamente,

    (A) a agricultura baseada no trabalho livre, a luta entrepatrcios e plebeus e um poder aberto participaodos cidados.

    (B) a agricultura baseada no trabalho escravo, os pa-trcios e um poder fechado participao das clas-ses subalternas.

    (C) o pastoreio baseado no trabalho compulsrio, os ple-beus e um poder oligrquico exercido por ricos co-merciantes.

    (D) a manufatura baseada no trabalho servil, uma lutade classes generalizada e um poder restrito aosproprietrios rurais.

    (E) o comrcio baseado no trabalho autnomo, o enten-dimento entre as classes e um poder exercido porditadores eleitos.

  • 31/10/05 - 11:19

    ENADE-Historia-05 7

    13. O domnio do Isl sobre vastas regies (Oriente Mdio,Norte da frica, Pennsula Ibrica) colocou-o em contatocom patrimnios culturais diversos e teve caractersticasmuito peculiares quando comparado com o que sepassava no Ocidente cristo. Leia os itens abaixo arespeito da civilizao muulmana.

    I. Num perodo em que poucos no Ocidente sabiamler, o Isl herdava e transmitia o patrimnio culturalda Grcia antiga.

    II. Na Espanha muulmana, os cultos religiosos cris-tos e judaicos podiam ser praticados livremente.

    III. O esplendor da cultura muulmana estendeu-se arte da reproduo antropomrfica de imagens napintura e na escultura.

    IV. A ocupao do mar Mediterrneo pelos rabes nossculos VIII e IX contribuiu para dinamizar o co-mrcio entre a Europa e a sia Menor.

    Destas afirmaes esto corretas

    (A) I, II, III e IV.

    (B) I e II, apenas.

    (C) III e IV, apenas.

    (D) II e III, apenas.

    (E) I e IV, apenas._________________________________________________________

    14. No sou eu capaz de ver a luz do sol e dos astros em

    toda parte? De meditar onde quer que seja sobre as mais

    nobres verdades, sem que para isso tenha de apresentar-

    me perante o povo e a cidade de forma inglria e mesmo

    ignominiosa? Nem sequer o po h de me faltar!

    (Dante Alighieri, 1265-1321)

    Essa afirmao do autor

    (A) afirmava o particularismo da Idade Mdia, em formaaltamente potica.

    (B) contrariava o senso comum medieval que ignorava osentido de ptria.

    (C) expressava o cosmopolitismo que seria tpico doRenascimento e do Iluminismo.

    (D) formulava um ponto de vista dominante entre osnobres da Idade Mdia.

    (E) retomava a viso tpica da Polis grega em sua pocaclssica.

    15. A diferena entre o Renascimento e a Idade Mdia no

    foi uma diferena produzida por adio, mas por subtra-

    o. O Renascimento, tal qual nos foi descrito, no foi a

    Idade Mdia mais o homem, mas a Idade Mdia menos

    Deus, e o que houve a de trgico, foi que, ao perder

    Deus, o Renascimento perdeu o prprio homem.

    (Etienne Gilson, em 1932)

    A frase revela que o autor pretende

    (A) recuperar a viso romntica do sculo XIX sobre aIdade Mdia, a primeira a formular a idia de umaruptura entre os dois perodos.

    (B) reabilitar a Idade Mdia, a expensas do Renasci-mento, mostrando uma superioridade espiritual daprimeira sobre o segundo.

    (C) repudiar a viso dominante, segundo a qual a IdadeMdia no havia sido capaz de produzir uma filosofiaprpria.

    (D) retomar a concepo Iluminista do sculo XVIII,quando, pela primeira vez, a Idade Mdia passa aser vista em p de igualdade com o Renascimento.

    (E) reavaliar as duas pocas histricas, numa perspec-tiva que nega a tradicional ruptura entre ambas.

    _________________________________________________________

    16. As reformas religiosas ocorridas na Europa no sculoXVI, a protestante e a catlica, procuraram responder eapaziguar a angstia sentida pelos fiis quanto salvaoda alma. O que distinguia os dois movimentos refor-madores a respeito da questo da salvao?

    (A) O protestantismo formulou a teoria da justificaopelos atos e o catolicismo reafirmou a crena nopoder das indulgncias papais.

    (B) O catolicismo pregou a necessidade da vida mons-tica para o cristo e o protestantismo elaborou adoutrina da salvao pela mortificao do corpo.

    (C) O protestantismo considerava a Igreja necessria narelao do fiel com Deus e o catolicismo incorporouo princpio da livre interpretao da Bblia.

    (D) O catolicismo reconheceu que o pecado no eraempecilho salvao e o protestantismo uniu graadivina e acumulao de capital.

    (E) O protestantismo postulou o princpio da salvaopela f na palavra divina e o catolicismo sustentou aeficcia de sacramentos como a confisso.

  • 31/10/05 - 11:19

    8 ENADE-Historia-05

    Instrues: As questes de nmeros 17 e 18 esto articuladase referem-se a textos de Alxis de Tocqueville.

    17. Quem quisesse julgar o governo da poca pelas suas leis

    cairia nos erros mais ridculos. Encontro, na data de 1757,

    uma declarao do rei anunciando a condenao morte

    de todos aqueles que escreveram ou imprimiram escritos

    contrrios religio ou ordem estabelecida. A mesma

    penalidade ser aplicada ao livreiro que os vende e ao

    comerciante que os divulga. Teramos voltado ao sculo

    de So Domingos? Absolutamente! Estamos na poca de

    Voltaire.(O Antigo Regime e a Revoluo, 1856)

    Considere, agora, as afirmaes abaixo.

    I. A religio e a ordem estabelecida, s quais o textose refere so, respectivamente, o catolicismo e oabsolutismo; a meno ao sculo de So Domin-gos, por sua vez, evoca a Inquisio Medieval.

    II. Na poca de Voltaire, em que predominavam asidias iluministas, o absolutismo era coisa dopassado, no havendo mais censura imprensa erepresso s manifestaes polticas.

    III. No Antigo Regime francs, tal como ainda ocorreno Brasil, as leis nem sempre eram cumpridas, poisse o fossem, os iluministas no teriam tido espaopblico para sua atividade.

    IV. Ao colocar a figura e a poca de So Domingos,lado a lado com a de Voltaire, o autor do texto estvalorizando dois momentos de grande eferves-cncia cultural, o materialismo e o iluminismo.

    Destas afirmativas esto corretas

    (A) I e II, apenas.

    (B) I e III, apenas.

    (C) II e III, apenas.

    (D) II, III e IV, apenas.

    (E) I, II, III e IV._________________________________________________________

    18. Quem no teve a oportunidade de observar o funciona-

    mento da administrao do Antigo Regime, atravs da

    leitura dos documentos secretos que deixou, no pode ter

    uma idia do desprezo que a lei acaba despertando at

    mesmo no esprito daqueles que a aplicavam, quando no

    h mais nem assemblias polticas nem jornais para frear

    a atividade caprichosa e o humor arbitrrio e volvel dos

    ministros e de seus assessores.(O Antigo Regime e a Revoluo, 1856)

    Este texto, em comparao com o anterior, representa

    (A) uma oposio.

    (B) um desmentido.

    (C) um complemento.

    (D) uma incoerncia.

    (E) uma fundamentao.

    19. Os governos, tendo perdido seus equilbrios, acham-se

    assustados, intimidados e confusos com os gritos da

    classe intermediria da sociedade, que, colocada entre os

    reis e seus sditos, quebra o cetro dos monarcas e usurpa

    o grito do povo.

    (Metternich ao czar Alexandre I, em 1856)

    O texto acima

    (A) mostra os esforos do chanceler austraco em con-vencer o imperador russo da necessidade de fazerconcesses ao socialismo.

    (B) expressa o fracasso poltico do Congresso de Vienaao tentar impor Europa o chamado princpio dalegitimidade.

    (C) demonstra que o autor estava consciente da forado princpio das nacionalidades que iria marcar ocenrio poltico nos anos vindouros.

    (D) revela a dificuldade de conter a ascenso daburguesia graas Revoluo Poltica na Frana e Revoluo Industrial na Inglaterra.

    (E) indica a despreocupao da Monarquia absolutistaaustraca com a questo poltica posta na ordem dodia a partir da Revoluo francesa.

    _________________________________________________________

    20. Em sala de aula, o professor l para seus alunos umapassagem de um manual francs de Histria, do cursosecundrio, que explicava o domnio da Frana sobre aspopulaes do norte da frica:

    A Frana deseja que as crianas rabes sejam to bem

    instrudas quanto as crianas francesas. Isso prova que a

    Frana boa e generosa com os povos que ela subme-

    teu.

    (Petit Lavisse, 1884)

    Da leitura e discusso sobre o texto, o professor pdeconcluir, com seus alunos, que, nas escolas francesas,havia apresentao e difuso da colonizao como

    (A) imposio militar da raa branca sobre os povos ne-gros do mundo.

    (B) domnio dos pases industrializados sobre regiesfornecedoras de matrias-primas.

    (C) misso crist de evangelizao das populaes mu-ulmanas do Magreb.

    (D) esforo de expanso da rede privada do ensino fran-cs para outros continentes.

    (E) atividade em prol dos dominados porque movida porobjetivos civilizacionais.

  • 31/10/05 - 11:19

    ENADE-Historia-05 9

    21. Bento XVI foi eleito dentro de uma linha de continuidadecom o pontificado anterior. Acredita-se que dificilmentefar mudanas rpidas e decisivas para enfrentarquestes atualmente pendentes na Igreja catlica, taiscomo

    (A) o controle da natalidade por meio de anticoncep-cionais, o sacerdcio das mulheres e o casamentodos padres.

    (B) a relao do clero com os Estados laicos, a posioem face guerra do Iraque e o combate ao terroris-mo.

    (C) a limitao das prerrogativas dos bispos, a posioem face do comunismo e a questo do ecumenismo.

    (D) a presena da filosofia pag na teologia crist, o es-tudo em seminrios e o uso litrgico do latim.

    (E) a abolio de alguns dogmas catlicos, a democra-tizao das comunidades de base e a proibio daOpus Dei.

    _________________________________________________________

    22. No sculo passado, houve dois momentos distintos emque duas concepes antitticas de poltica econmica seimpuseram, quase como um consenso: nos anos 1930, aidia de que a salvao ou futuro da sociedade estava noEstado; e, a partir dos anos 1980, a idia, contrria, deque a salvao ou futuro da sociedade est no mercado.

    I. A primeira concepo est associada crise docapitalismo, planificao econmica socialista eao chamado keynesianismo.

    II. A primeira deveu sua popularidade aos xitos daRepblica de Weimar, na Alemanha, e da FrentePopular, na Frana.

    III. A segunda deve sua popularidade aos xitosalcanados pela economia chinesa, no Oriente, ealem, no Ocidente.

    IV. A segunda concepo est associada ao colapsodo socialismo, crise da social-democracia e globalizao.

    Esto corretas as afirmaes

    (A) I e II, apenas.

    (B) II e III, apenas.

    (C) III e IV, apenas.

    (D) I e IV, apenas.

    (E) II e IV, apenas.

    23. No seu conjunto, e vista no plano mundial e internacional,

    a colonizao dos trpicos toma o aspecto de uma vasta

    empresa comercial, mais complexa que a antiga feitoria,

    mas sempre com o mesmo carter que ela, destinada a

    explorar os recursos naturais de um territrio virgem em

    proveito do comrcio europeu. este o verdadeiro sentido

    da colonizao tropical, de que o Brasil uma das

    resultantes... .

    (Caio Prado Junior, Histria Econmica do Brasil, 1945)

    Considere, agora, as afirmaes abaixo:

    I. A antiga feitoria portuguesa na ndia, como a colo-nizao dos trpicos, supunha prticas agrcolas ecomerciais.

    II. A colonizao do Brasil estava relacionada a umamplo sistema comercial internacional.

    III. A colonizao do Brasil foi o resultado das determi-naes francesas e inglesas relativas ao comrciointernacional.

    IV. A produo aucareira no Nordeste Brasileiro faziaparte de uma empresa comercial com ligaesinternacionais.

    So corretas as afirmaes

    (A) I e IV, apenas.

    (B) II e III, apenas.

    (C) III e IV, apenas.

    (D) I e III, apenas.

    (E) II e IV, apenas._________________________________________________________

    24. Desde o sculo XVI, as Bandeiras marcaram o perodocolonial brasileiro. Partiam da Capitania de So Vicente,mais especialmente de Porto Feliz, s margens do rioTiet, rumo ao interior desconhecido pelos portugueses.Alm da prospeco de metais preciosos, as Bandeirastinham como objetivo central

    (A) o desenvolvimento da cultura da cana-de-acarpelas capitanias.

    (B) a organizao da explorao da pecuria nos pam-pas.

    (C) a preao de indgenas para o trabalho compul-srio.

    (D) a conteno do expansionismo espanhol na regioplatina.

    (E) o incio da extrao do ltex na Amaznia.

  • 31/10/05 - 11:19

    10 ENADE-Historia-05

    25. Considere as pinturas abaixo.

    Rugendas, ao pintar telas como as acima, expressavaconcepes e pretendia alcanar objetivos de ordemindividual. Respondia tambm a determinadas demandasprprias de sua poca. Pode-se concluir que o pintorvisava representar

    (A) a essncia do carter nacional brasileiro marcadopela barbrie.

    (B) ndios e negros como objeto de pesquisa de antro-plogos e historiadores europeus.

    (C) a imagem extica dos trpicos pela qual havia curio-sidade na Europa.

    (D) a imagem de nativos destinados ao extermnio e desapario.

    (E) a transformao do mundo arcaico no nascentemundo moderno.

    26. O navio apita funebremente. Comea a manobra para a

    sada. Entoemos a Internacional, grita um do grupo. E

    rodeados de passageiros, curiosos de conhecer as

    personagens esquisitas pelas quais o navio esperou

    tantas horas, o grupo de deportados rompe com o canto

    da Internacional e com essas estrofes vigorosas e

    impressionantes que o Benevente levanta ferro e deixa

    com lentido a baa de Guanabara ... .

    (Everardo Dias, 1920)

    Este texto refere-se deportao de

    (A) imigrantes japoneses considerados doentes.

    (B) judeus pertencentes ao movimento sionista.

    (C) imigrantes russos adeptos da Revoluo Bolche-vique.

    (D) militantes estrangeiros do movimento operrio.

    (E) brasileiros participantes da Revolta da Chibata.

    _________________________________________________________

    27. Com relao s lutas pela independncia nas Amricasportuguesa e espanhola, as quais, apesar de visarem osmesmos objetivos, apresentaram um desenrolar em quese verificaram semelhanas e diferenas importantes, correto afirmar que

    (A) a longa guerra nas duas Amricas foi financiadaessencialmente por capitalistas britnicos.

    (B) os comerciantes e os grandes proprietrios de terracolocaram-se firmemente ao lado da metrpole.

    (C) a evidencia da neutralidade da Igreja diante daindependncia reside na ausncia de participaode padres nas lutas.

    (D) a abolio da escravido negra era proposta comume apenas no se efetivou imediatamente no Brasil.

    (E) a participao popular foi mais intensa nas colniasespanholas como, por exemplo, no Mxico.

  • 31/10/05 - 11:19

    ENADE-Historia-05 11

    28. A ditadura militar perdurou por 21 anos. Sucederam-se nopoder cinco presidentes eleitos indiretamente peloCongresso Nacional ou pelo Colgio Eleitoral, todosmarechais ou generais de Exrcito. Isto ocorreu

    PORQUE

    houve uma delegao popular, atravs de um plebiscito,que entregou aos militares plenos poderes para governar.

    Considerando o texto apresentado, pode-se afirmar que a

    (A) assero est correta e a razo est incorreta.

    (B) assero e a razo esto corretas.

    (C) assero e a razo esto incorretas, e a razoexplica a assero.

    (D) assero est incorreta e a razo est correta.

    (E) assero e a razo esto corretas embora aassero no explique a razo.

    _________________________________________________________

    29. A explorao da mo-de-obra indgena na Amrica decolonizao espanhola tem acontecido desde o perodocolonial at recentemente. Como exemplo, citemos ainstituio da mita pelo vice-rei do Peru, Francisco deToledo. Sobre ela, possvel afirmar que

    (A) no havia diferena entre a mita e o trabalho es-cravo, pois em ambos o trabalhador era transfor-mado em mercadoria.

    (B) foi uma prestao de servios controlada pelosencomenderos e dominante na maior parte da Am-rica de colonizao espanhola.

    (C) estava relacionada, em Potosi, prestao de servi-os pelos ndios que no tinham, por lei, qualquerdireito.

    (D) constitua-se na prestao de servio temporrio nasminas de Potosi por ndios que viviam em regiesprximas e delimitadas.

    (E) permaneceu vigente at o incio do sculo XX e sfoi extinta aps uma longa e bem sucedida revoltacomandada por lideranas indgenas.

    30. Modernizao e modernidade esto associadas, na Am-rica Latina, entre 1870 e 1914,

    (A) expanso dos cortios, ampla participao poltica,incentivo s prticas catlicas.

    (B) aos direitos da mulher, projeto de reforma agrria,reforo das tradies populares.

    (C) limitao dos investimentos externos, avanos damedicina pblica, poesia gauchesca.

    (D) aos direitos indgenas, combate a doenas endmi-cas, apoio oficial pintura histrica.

    (E) s reformas urbanas, construo de estradas deferro, expanso da produo escrita.

    _________________________________________________________

    31. Numa manh clara de setembro de 1976, Orlando

    Letelier, influente ex-embaixador chileno em Washington,

    jazia morto e mutilado em Sheridan Circle na Embassy

    Row, em Washington, com o seu carro despedaado por

    uma bomba acionada por controle remoto. Apenas alguns

    meses antes, os esquadres da morte na Argentina

    tinham seqestrado e executado um ex-presidente da

    Bolvia e dois dos lderes polticos mais preminentes do

    Uruguai.

    (John Dinges)

    O texto faz referncia

    (A) Aliana para o Progresso, criada pelo EstadosUnidos em 1961, como um instrumento para comba-ter o avano do comunismo na Amrica Latina.

    (B) Operao Condor, que eliminou dezenas de oposi-tores das ditaduras militares da Amrica do Sul.

    (C) aos Corpos da Paz formados pelos Estados Unidospara atuar na Amrica Latina.

    (D) Operao Panamericana, criada em 1959, para com-bater o trfico de drogas no continente americano.

    (E) ao policial patrocinada pela Comunidade dasNaes Sul-americanas contra os crimes delavagem de dinheiro.

  • 31/10/05 - 11:19

    12 ENADE-Historia-05

    QUESTES DISCURSIVAS

    Questo 4

    Os historiadores esto condenados a reescrever continuamente a Histria. Quando, com relao a um determinado tema e/ouperodo histrico, impe-se uma nova abordagem, um novo paradigma se constitui at ser, por sua vez, contestado por outro, e assimsucessivamente.

    a. Comente a afirmao acima. (valor:5,0 pontos)

    b. Exemplifique com a histria e a historiografia do Brasil. (valor: 5,0 pontos)

    Questo 5

    Leia e compare os textos abaixo, escritos na primeira metade do sculo XVI:

    A experincia nos faz viver sem engano das abuses e fbulas que alguns dos antigos cosmgrafos escreveram acerca da

    descrio da terra e do mar os quais disseram que toda terra que jaz debaixo do crculo equinocial [equador] era inabitvel pela

    grande quentura do ar e isto, achamos falso e pelo contrrio [...] nesta terra h muita habitao de gente os quais so negros queem nenhuma parte do mundo pode mais haver... .

    (Duarte Pacheco Pereira. Esmeraldo de situ orbis)

    Carta do gigante Gargntua para o seu filho Pantagruel:

    ... revisite os livros dos mdicos gregos, rabes e latinos [...] e por freqentes anatomias [experimentos anatmicos] adquira

    perfeito conhecimento do outro mundo que o homem... .

    (Rabelais. Pantagruel)

    a. Comparando os excertos acima, identifique a concepo de conhecimento comum a ambos. (valor: 5,0 pontos)

    b. Em que medida as concepes culturais dos dois autores significaram uma ruptura com o conjunto de conhe-cimentos predominante na Idade Mdia europia? (valor: 5,0 pontos)

  • 31/10/05 - 11:19

    ENADE-Historia_05 13

    Questo 6

    J se observou que a Reforma Religiosa, no sculo XVI, a Revoluo Francesa, no sculo XVIII, e a Revoluo Russa, no

    sculo XX, provocaram verdadeiras fraturas ideolgicas entre indivduos e entre povos. Com efeito, nos conflitos e guerras resultantes

    desses fenmenos, vem-se indivduos e povos que no se conheciam unirem-se por simpatias inditas e, em contrapartida,

    indivduos e povos aparentados dividirem-se por dios igualmente inditos.

    a. Caracterize essa diviso ideolgica no sculo XX. (valor: 6,0 pontos)

    b. Compare essa diviso ideolgica com a da Reforma Religiosa ou com a da Revoluo Francesa, ressaltando suassemelhanas e diferenas. (valor: 4,0 pontos)

    Questo 7

    Chegamos, destarte, suprema degradao de retrogradar, dando, de novo, um sentido histrico s oligarquias locais e

    outorgando-lhes nova funo poltica e social, que esto a exercer nos estados com o mais afoito desembarao; e essa nova funo

    vem a ser a conscincia geralmente espalhada da impossibilidade de deitar por terra uma oligarquia sem que se levante outra.

    (Slvio Romero. Discurso de recepo, na Academia Brasileira de Letras, por ocasio da posse de Euclides da Cunha, em 1906)

    a. Situe, na histria poltica do Brasil, o momento deste discurso. (valor: 4,0 pontos)

    b. Analise este perodo a partir das informaes apresentadas pelo autor. (valor: 6,0 pontos)

  • 31/10/05 - 11:19

    14 ENADE-Historia-05

    Questo 8

    CHILE ARG ENTIN

    A

    PA

    N AM

    B R A S I LCU

    BA

    BO

    L V I A

    S. SALVADOR

    CHRISTO - TIO SAM

    - Venham a mim as criancinhas!

    Esta caricatura publicada na Revista do Brasil, em 1917, mostra Tio Sam, com a aparncia de Cristo, chamando a si ascriancinhas/naes latino-americanas.

    a. Explique a poltica externa dos Estados Unidos com relao Amrica Latina, nas duas primeiras dcadas do scu-lo XX, motivo da charge. (valor: 5,0 pontos)

    b. Apresente e comente um exemplo da poltica norte-americana sobre a Amrica Latina nos dias atuais.(valor: 5,0 pontos)

    Questo 9No podemos ficar indiferentes ao que acontece em nenhuma parte do mundo. Uma vitria de qualquer pas contra o

    imperialismo uma vitria nossa, do mesmo modo que uma derrota de qualquer pas [em face do imperialismo] uma derrota paratodos ns. (Ernesto Che Guevara. 1965)

    a. Quando e em que situao o autor acabou morto? (valor: 5,0 pontos)b. Alm da Amrica Latina, onde e como se manifestava, naquele momento, a luta antiimperialista? (valor: 5,0 pontos)

  • 31/10/05 - 11:20

    Quest. Percep.-Prova-His. 15

    QUESTIONRIO DE PERCEPO SOBRE A PROVA

    As questes abaixo visam a levantar sua opinio sobre a

    qualidade e a adequao da prova que voc acabou de realizar.

    Assinale as alternativas correspondentes sua opinio

    nos espaos prprios (parte inferior) do Carto-Resposta.

    Agradecemos sua colaborao.

    1. Qual o grau de dificuldade desta prova na parte deFormao Geral?

    (A) Muito fcil.

    (B) Fcil.

    (C) Mdio.

    (D) Difcil.

    (E) Muito difcil.

    _________________________________________________________

    2. Qual o grau de dificuldade desta prova na parte deFormao Especfica?

    (A) Muito fcil.

    (B) Fcil.

    (C) Mdio.

    (D) Difcil.

    (E) Muito difcil.

    _________________________________________________________

    3. Considerando a extenso da prova, em relao ao tempototal, voc considera que a prova foi:

    (A) Muito longa.

    (B) Longa.

    (C) Adequada.

    (D) Curta.

    (E) Muito curta.

    _________________________________________________________

    4. Com relao aos enunciados das questes, na parte deformao geral, voc considera que:

    (A) Todas as questes tinham enunciados claros eobjetivos.

    (B) A maioria das questes tinha enunciados claros eobjetivos.

    (C) Apenas cerca da metade das questes tinhamenunciados claros e objetivos.

    (D) Poucas questes tinham enunciados claros eobjetivos.

    (E) Nenhuma questo tinha enunciados claros eobjetivos.

    5. Com relao aos enunciados das questes, na parte deformao especfica, voc considera que:

    (A) Todas as questes tinham enunciados claros eobjetivos.

    (B) A maioria das questes tinha enunciados claros eobjetivos.

    (C) Apenas cerca da metade das questes tinhamenunciados claros e objetivos.

    (D) Poucas questes tinham enunciados claros eobjetivos.

    (E) Nenhuma questo tinha enunciados claros eobjetivos.

    _________________________________________________________

    6. Com relao s informaes/instrues fornecidas para aresoluo das questes, voc considera que:

    (A) Eram todas excessivas.

    (B) Eram todas suficientes.

    (C) A maioria era suficiente.

    (D) Somente algumas eram suficientes.

    (E) Eram todas insuficientes._________________________________________________________

    7. A maior dificuldade com a qual voc se deparou aoresponder prova foi:

    (A) Desconhecimento do contedo.

    (B) Forma diferente de abordagem do contedo.

    (C) Espao insuficiente para responder s questes.

    (D) Falta de motivao para fazer a prova.

    (E) No tive qualquer tipo de dificuldade para responder prova.

    _________________________________________________________

    8. Considerando apenas as questes objetivas da prova,voc percebeu que:

    (A) No, estudei ainda a maioria desses contedos.

    (B) Estudei alguns desses contedos, mas no osaprendi.

    (C) Estudei a maioria desses contedos, mas no osaprendi.

    (D) Estudei e aprendi muitos desses contedos.

    (E) Estudei e aprendi todos esses contedos._________________________________________________________

    9. Tempo gasto para concluir a prova:

    (A) Menos de uma hora.

    (B) Entre uma e duas horas.

    (C) Entre duas a trs horas.

    (D) Entre trs a quatro horas.

    (E) Quatro horas e no consegui terminar.