historia 2período
DESCRIPTION
Ensino Fundamental - 9º AnoTRANSCRIPT
![Page 1: Historia 2período](https://reader035.vdocuments.com.br/reader035/viewer/2022081814/563db932550346aa9a9af807/html5/thumbnails/1.jpg)
UNIDADE 2 – MUNDOS ALÉM DA EUROPA
TEMA 1 – A ARÁBIA E OS ÁRABES
A PENÍNSULA ARÁBICA Geograficamente, se divide em duas partes: uma dominada por desertos, dunas e oásis, e a outra situada nas regiões costeiras, banhadas pelas águas do Mar Vermelho e do Oceano Índico. Essa divisão marcou a diferença entre os povos influenciando diretamente no desenvolvimento das atividades econômicas e culturais.
O DESERTO E AS TRIBOS NÔMADES No oásis, pratica-se a agricultura, devido à fertilidade do solo Beduínos: Grupos que vivem no deserto, cada qual com suas leis e chefes tribais. Criavam
camelos, carneiros e cabras. (Não tinham unidade política) Controlavam a vida dos agricultores e artesãos do oásis.
A COSTA E AS CIDADES Nas regiões banhadas pelo Mar Vermelho e Oceano Índico, por serem mais férteis e
chuvosas, possibilitou um desenvolvimento maior da agricultura e comércio, além da formação de vilarejos.
Inicialmente, artesãos realizavam feiras periódicas e com o passar do tempo, essas feiras transformaram-se em cidades.
Principal atividade praticada pelos árabes sedentários urbanos: COMÉRCIO.
MECA E A RELIGIÃO DOS ANTIGOS ÁRABES. A religião era POLITEÍSTA E FETICHISTA, ou seja, acreditava-se que deuses se
incorporavam em objetos e os espíritos se manifestavam na forma de animais (até o século VII).
MECA: cidade onde se localizava o principal centro de culto e peregrinação de todos os povos árabes. (Essa peregrinação estimulou o desenvolvimento comercial da cidade)
CAABA: Santuário onde aconteciam esses cultos. PEDRA NEGRA: símbolo que, segundo a tradição, era branca, mas escureceu devido aos
pecados humanos. CORAIXITAS: integrantes de uma tribo árabe que vivia em Meca e controlavam as
atividades econômicas da cidade.
TEMA 2 – O NASCIMENTO E A EXPANSÃO DO ISLÃ
NASCE UM PROFETA MAOMÉ: Maomé conheceu duas grandes religiões em suas caravanas de comércio: O JUDAÍSMO E
O CRISTIANISMO. Passou a pregar entre os árabes, a existência de um único Deus: ALÁ. A nova religião recebeu o nome de ISLÃ (que significa submissão total a Deus) Seus seguidores passaram a ser conhecidos como MUÇULMANOS.
NASCE UMA RELIGIÃO E UM ESTADO Maomé inicia sua pregação em Meca, onde destrói todos os símbolos e imagens de
divindades em Caaba, para mostrar que Alá era o único e verdadeiro Deus.
![Page 2: Historia 2período](https://reader035.vdocuments.com.br/reader035/viewer/2022081814/563db932550346aa9a9af807/html5/thumbnails/2.jpg)
Maomé, hostilizado pela elite da cidade, foge para Yatrib que passa a se chamar Medina, nome de origem árabe que significa “cidade do profeta” (o episódio da fuga, conhecido como HÉGIRA, marca o início do calendário muçulmano)
Em Medina, Maomé atraiu grande número de seguidores, aliou-se aos chefes tribais unificando as tribos e criando um grande e único Estado árabe.
Essa revolução religiosa, obra de Maomé, foi consolidada pelo ALCORÃO: livro sagrado que contém os ensinamentos transmitidos por Alá.
JIHAD: significa, literalmente, “esforço em favor de Deus” [Trata-se de assumir um compromisso total com Alá, obedecendo aos preceitos religiosos].
OS SUCESSORES DO PROFETA 632 - Com a morte de Maomé, os califas (sucessores) passaram a chefiar os fiéis, em meio a
grandes disputas. O escolhido para suceder Maomé foi Abu Bakr. 634/644 - Após sua morte, iniciou o califado de Omar que foi marcado pelas primeiras
conquistas fora da Península Arábica: Síria, Egito, Pérsia (Irã) e Palestina.
661/750 - A partir do quinto califa, dinastia Omíada, o califado passou a ser hereditário e capital do império saiu de Meca para Damasco. Com a expansão para o Afeganistão, norte da África e Península Ibérica, formou-se o Império Muçulmano.
732 - Logo após, os muçulmanos tentaram dominar o restante da Europa, mas o exército franco de Carlos Martel, na Batalha de Poitiers, impediu o avanço árabe.
Séc. VIII (Até 1258) – A família Abássida toma o poder, transfere a capital para Bagdá. [Prolongada paz interna]
A partir do Séc. X – Enfraquecimento político. Surgimento de dinastias regionais favorecem a invasão dos turcos-otomanos, que passaram a controlar a parte oriental dos domínios muçulmanos.
TEMA 3 – ECONÔMIA E CULTURA
A ECONÔMIA NO IMPÉRIO MUÇULMANO Os árabes, navegando pelo Mar Mediterrâneo e Oceano Índico, apoderaram-se das principais rotas comerciais marítimas e terrestres que ligavam o Ocidente ao Oriente, possibilitando à eles, comercializar as mercadorias mais apreciadas na época: especiarias (Ásia Oriental), pedras preciosas (Índia), seda (China), ouro, escravos e marfim (África). Também se destacaram no artesanato e seus produtos eram muito apreciados pela
qualidade e variedade A CULTURA NO MUNDO MUÇULMANO
A partir da expansão muçulmana, surgiu uma cultura árabe, fruto da combinação dos antigos ensinamentos dos ancestrais semitas com elementos culturais dos povos conquistados e dos povos que mantinham relações comerciais com os árabes.
AVANÇOS TÉCNICOS E CIENTÍFICOS Na Matemática: aprimoraram e difundiram a criação indiana, que são os símbolos(de 0 a
9)/algarismos indo-arábicos. Contribuíram para desenvolver a álgebra e a aritmética. Produziram o álcool e o sabão (desenvolvimento da química) Na medicina: identificaram algumas doenças contagiosas Também se destacaram na literatura e arquitetura.
![Page 3: Historia 2período](https://reader035.vdocuments.com.br/reader035/viewer/2022081814/563db932550346aa9a9af807/html5/thumbnails/3.jpg)
A POPULAÇÃO NAS CIDADES A população urbana mais rica era formada por grandes mercadores dedicados ao comércio
de produtos dos campos ou de especiarias e de artigos de luxo. Também existiam artesãos voltados para a fabricação de tecidos, cerâmica, produtos de
metais e de couro. Também formavam a cidade: os lojistas e vendedores ambulantes
O TRABALHO NOS CAMPOS Na agricultura: cultivavam a oliveira (azeitonas), o trigo (pão) e a tâmara (fruta). No deserto: predominava o pastoreio. Camelos, cabras e carneiros se alimentavam nos
oásis.
TEMA 4 – A ÁFRICA DOS REINOS ISLAMIZADOS
A ÁFRICA ANTES DOS EUROPEUS Antes de sua colonização, diversas sociedades autônomas existiam no continente. Cada
qual com sua organização econômica, política e cultural. Mercadores muçulmanos vindos do norte, conhecidos como MARABUTOS, negociavam
ouro, noz de cola, marfim, resinas, etc. O contato com os marabutos, os habitantes da África conheceram o islã e apropriaram-se da
fé, das leis e das práticas que lhes foram apresentadas, e não impostas.
AS SOCIEDADES SAHELIANAS Sahel: (margem ou borda) Na áfrica, o sahel é uma extensa faixa de terra situada
imediatamente ao sul do Deserto do Saara por diferentes povos pastores e comerciantes. Desenvolveram-se nessa região diversos reinos mercantis. Os rios Senegal, Gâmbia e Níger forma de grande importância para o cultivo do milhete,
sorgo e arroz. A pesca e a circulação de mercadorias também foi uma importante atividade realizada nesses rios.
O REINO GANA: A TERRA DO OURO Nessa região, existiam minas com grande quantidade de ouro, que eram explorados e
comercializados em troca do sal (retirado das salinas do Deserto do Saara). O sal era utilizado como moeda nas transações comerciais e conservantes de alimentos. Outras importantes atividades econômicas: a agricultura e a criação de gado.
A PRESENÇA DO ISLÃ EM GANA O rei era visto como elo entre os deuses e os homens. Ele liderava um poderoso exército e
ocupava o topo da sociedade hierarquizada. Sacerdotes, nobres e funcionários, cuidavam da administração do reino. O islã começou a crescer através dos marabutos que encontrou adeptos entre os
funcionários da corte. A religião e a cultura islâmica contribuíram para fortalecer o poder real e para agregar
diferentes povos sob o domínio de Gana. Por meio do código de leis dos muçulmanos, a shari’a, da cultura e língua árabe, todos se
identificavam como irmãos de Maomé. Com isso, o Islã transformou-se em uma religião de Estado, ainda que o rei não se tenha
convertido e outras crenças e rituais tenham se mantido na região.
![Page 4: Historia 2período](https://reader035.vdocuments.com.br/reader035/viewer/2022081814/563db932550346aa9a9af807/html5/thumbnails/4.jpg)
O IMPÉRIO DE MALI Habitado por vários povos, sendo o malinquês, o grupo principal. Falavam a mesma língua de Gana e também adotaram a cultura e a religião do Islã. Mansa: título dado aos governantes. O comércio, o controle das rotas caraveiras transaarianas e principalmente as taxas sobre o
tráfico de ouro, sal, escravos, marfim e outros produtos eram fundamentais para a manutenção do Estado, da corte e do mansa.
A população, em geral, não era favorecida pela riqueza do comércio, exceto pelo sal. Os súditos, criavam animais (bois, camelos e cabras), pescavam, teciam e produziam
objetos artesanais (cestos e potes).
AS CIDADES ÀS MARGENS DO NÍGER: TIMBUCTU E DJENNE Timbuctu destacou-se como grande centro cultural, ponto de encontro entre intelectuais e
estudiosos de vários lugares do mundo árabe. O IMPÉRIO SONGHAI
Mali começou a enfraquecer e o Reino de Gao, começou a predominar sobre as outras sociedades sahelianas.
Gao assumiu o poder e fundou o Império Songhai. Conquistaram Djenne, Walata e Timbuctu.
Após dois séculos de hegemonia, o Império Songhai começou a se desintegrar devido as disputas pela sucessão do império.
O Império Songhai foi derrotado após ataque de um exército marroquino, composto por árabes, tuaregues e mercenários europeus.
UNIDADE 3 – MUDANÇAS NA EUROPA Entre os séc. X e XIII, na Europa, o desenvolvimento de novas técnicas agrícolas proporcionou o aumento da produção de alimentos e reduziu a necessidade de mão de obra nos campos. Muitos centros urbanos se destacaram pelo dinamismo econômico e político e pelas intensas atividades culturais.
TEMA 1 – MUDANÇAS NO CAMPO E NAS CIDADES
AS TRANSFORMAÇÕES NO FEUDALISMO Inovações técnicas agrícolas e empreendimento da energia: CHARRUA: Tipo de arado de roda com lâmina de ferro que substituiu o de madeira. ROTAÇÃO TRIENAL DE CULTURAS: Elevou a produtividade da terra e a qualidade das
plantas cultivadas. NOVO SISTEMA DE TRAÇÃO: O atrelamento dos animais passou a ser feito pelo peito,
aumentando a força de tração dos animais. MOINHOS ACIONADOS POR RODAS-D’ÁGUA (OU CATA-VENTOS): Com os
moinhos podia-se moer o trigo com muito eficiência e rapidez. Essas melhorias técnicas, a redução das guerras feudais e o fim das invasões externas
possibilitaram elevar a produção de alimentos, originando assim, um excedente agrícola. Reduziu o número de mortes por fome e doenças e a população teve aumento significativo.
![Page 5: Historia 2período](https://reader035.vdocuments.com.br/reader035/viewer/2022081814/563db932550346aa9a9af807/html5/thumbnails/5.jpg)
PERSONAGENS DA CIDADE Com a redução de mão de obra nos campos, muitas pessoas se deslocaram para as cidades em
busca de novos meios de sobrevivência. Muitos camponeses passaram a se dedicar a outras atividades econômicas.
Burgos: Nome como era conhecida as cidades. Burgueses: seus habitantes. Dedicavam-se à produção de artigos nas oficinas artesanais, à
atividade comercial e ao empréstimo de dinheiro a juros. A maioria da população era formada por trabalhadores das oficinas artesanais e por
pequenos comerciantes. A produção têxtil teve maior destaque entre as atividades artesanais.
O ARTESANATO E O COMÉRCIO DAS CIDADES Mestres de ofício: Eram os donos das oficinas e de todos os instrumentos (camada mais
privilegiada do sistema artesanal da Idade Média) Aprendizes: Dependiam do mestre para trabalhar e aprender o ofício. Não recebiam
salário, apenas alojamento, alimentação e vestuário. Jornaleiros: Trabalhadores especializados que trabalhavam por jornada, recebendo uma
remuneração correspondente.
TEMA 2 – AS CRUZADAS
Foram expedições militares européias enviadas ao Oriente. Convocação dos cristãos para reconquistar Jerusalém
Principal objetivo: reconquistar a “Terra Santa” (se misturou a interesses econômicos e políticos)
Para a Igreja, as Cruzadas eram também, um meio de pacificação. Muitos nobres aderiram às Cruzadas em busca de riquezas e terras no Oriente.
MOTIVAÇÕES RELIGIOSAS As Cruzadas resultaram na combinação da tradição das peregrinações com o projeto de
uma guerra santa. A peregrinação era vista como um caminho individual de purificação, e a guerra santa significava morrer em nome de Deus.
RESULTADOS DA CRUZADA
Enfraquecimento do sistema feudal: os senhores endividaram-se para montar seus
exércitos e muitos servos partiram com seus senhores e não retornaram.
Muitas terras do norte da Europa foram praticamente despovoadas.
O Mar Mediterrâneo recuperou sua importância, pois, com as Cruzadas aumentou o movimento de embarcações.
Aumento do comércio entre o Oriente e o Ocidente. AS CRUZADAS CONTRIBUIU PARA A EXPANSÃO COMERCIAL E PARA A CRISE DO
TRABALHO SERVIL, MUDANÇAS QUE JÁ ESTAVAM OCORRENDO NA EUROPA.