histologia sistema reprodutor feminino

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9) Descreva o processo morfológico e hormonal de maturação dos ovócitos. CICLO OVÁRIANO 3 fases: fase folicular, fase ovulátoria e fase luteínica. Folículo ovariano é um ovócito envolvido por uma ou mais camadas de células foliculares. Fase Folicular. Desenvolvimento do folículo primordial em folículo de Graaf. Folículos primordiais – predominantes; menor tamanho. o Ovócito - núcleo grande e nucléolo evidente; em repouso desde o seu desenvolvimento (primeira divisão meiótica); muitas mitocôndrias, vários complexos de golgi e cisternas de retículo endoplasmático; circundado por células foliculares pavimentosas. A partir da puberdade inicia-se o crescimento folicular - modificações do ovócito, das células foliculares e dos fibroblastos do estroma conjuntivo que envolve cada um desses folículos. Folículos Primários – folículos que deixaram a fase de repouso, aumento do volume celular de maneira geral (núcleo e organelas). o Folículo Primário Unilaminar – camada única de células foliculares cúbicas. o Folículo Primário Multilaminar (pré-antral) proliferação do epitélio originando um epitélio estratificado chamada de camada granulosa; junções comunicantes entre as células dessa camada granulosa. o Formação da zona pelúcida – camada amorfa composta por várias glicoproteínas que separa progressivamente as células foliculares do ovócito; formação de junções comunicativas entre o ovócito e a zona pelúcida.

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Resumo do Sistem Reprodutor Feminino.

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Page 1: Histologia Sistema Reprodutor Feminino

9) Descreva o processo morfológico e hormonal de maturação dos ovócitos.

CICLO OVÁRIANO

3 fases: fase folicular, fase ovulátoria e fase luteínica. Folículo ovariano é um ovócito envolvido por uma ou mais camadas de células

foliculares. Fase Folicular. Desenvolvimento do folículo primordial em folículo de Graaf. Folículos primordiais – predominantes; menor tamanho.

o Ovócito - núcleo grande e nucléolo evidente; em repouso desde o seu

desenvolvimento (primeira divisão meiótica); muitas mitocôndrias, vários complexos de golgi e cisternas de retículo endoplasmático; circundado por células foliculares pavimentosas.

A partir da puberdade inicia-se o crescimento folicular - modificações do ovócito, das células foliculares e dos fibroblastos do estroma conjuntivo que envolve cada um desses folículos.

Folículos Primários – folículos que deixaram a fase de repouso, aumento do volume celular de maneira geral (núcleo e organelas).o Folículo Primário Unilaminar – camada única de células foliculares

cúbicas.o Folículo Primário Multilaminar (pré-antral) – proliferação do epitélio

originando um epitélio estratificado chamada de camada granulosa; junções comunicantes entre as células dessa camada granulosa.

o Formação da zona pelúcida – camada amorfa composta por várias

glicoproteínas que separa progressivamente as células foliculares do ovócito; formação de junções comunicativas entre o ovócito e a zona pelúcida.

Folículos Secundários (antrais) – continua proliferação de células foliculares e pelo espessamento da zona pelúcida, além de um acúmulo de líquido folicular que formará uma cavidade (corpúsculos de Call-Exner), o antro folicular (formado por glicosaminoglicanos, várias proteínas e altas concentrações de esteroides).

Page 2: Histologia Sistema Reprodutor Feminino

o Cumulus Oophorus – concentração de células na parede do folículo, que

serve de apoio para o ovócito.o Corona Radiata – grupos de células foliculares que envolve o ovócito.

o As células do estroma que circundam o folículo se tornam organizadas uma

cápsula celular, a teca que se diferencia em teca interna e externa.o Teca Interna – poliédricas, têm núcleos arredondados e citoplasma acidófilo;

camada muito vascularizada e adjacente à lâmina basal do folículo; secreta androstenediona que é um precursor de andrógenos que induz as células foliculares a produção de testosterona.

o Teca Externa – é uma camada de tecido conjuntivo semelhantes a uma

cápsula contínua com o estroma ovariano.

Folículo Maduro ou de Graaf – um folículo antral cresce muito mais que os outros e se torna o folículo dominante (desenvolvimento máximo) e os outros folículos que pertenciam ao grupo que estava crescendo em certa sincronia entram em atresia, ele é caracterizado por:o Zona pelúcida revestida pela coroa radiada.

o Desprendimento do ovócito e sua coroa radiada do cúmulo oóforo.

o Término da meiose I algumas horas antes da ovulação, resultando em um

ovócito secundário e um corpúsculo polar.o As células foliculares adquirem receptores para o hormônio luteinizante (LH)

e hormônio folículo-estimulante (FSH). Atresia folicular – a maioria dos folículos ovarianos sofre esse processo (morte e

fagocitose dos ovócitos).o Podem ocorrer em qualquer fase do desenvolvimento folicular.

o São identificados por uma espessa membrana basal de aspecto pregueado, a

membrana vítrea, uma zona pelúcida relativamente intacta, resquícios de ovócitos e células foliculares degenerados, e macrófagos invasores.

Page 3: Histologia Sistema Reprodutor Feminino

Fase ovulatória Nessa fase o folículo maduro promove um abaulamento na superfície ovariana,

formando o estigma. Atividade proteolítica na teca externa por meio da ação do LH, facilitando a

ruptura do folículo de Graaf. Poucas horas antes da ovulação, a camada de células foliculares (ou camada

granulosa) e a teca interna começam a sua transformação em um corpo lúteo. Fase luteínica: Corpo lúteo Camada residual de células foliculares, tornando assim, uma importante glândula

secretora de hormônio. Transformação do folículo em corpo lúteo

Colapso da membrana basal do folículo. Invasão de vasos sanguíneo na massa do folículo previamente avascular,

formando um corpo hemorrágico transitório As células foliculares se transformam em células granuloso-luteínicas

apresentando características típicas de células secretoras de esteroides, secretando progesterona e estrógenos em respostas ao FSH e LH.

As células da teca interna se transformam em células teco-luteínicas, as quais produzem androstenediona e progesterona em resposta ao LH.

O corpo lúteo continua a aumentar e entra em um estágio de involução cerca de 14 dias após a ovulação, a menos que a fertilização ocorra.

Se a fertilização ocorrer, o corpo lúteo continua a aumentar e produzir progesterona e estrógenos sob a ação estimuladora da hCG, produzido pelo trofoblasto do embrião.

A regressão do corpo lúteo (luteólise) – leva à formação do corpo albicans, resultante da substituição da massa de células do corpo lúteo em degeneração por tecido, esse corpo reduz, mas nunca desaparece.

Page 4: Histologia Sistema Reprodutor Feminino

REGULAÇÃO HORMONAL DA OVULAÇÃO

LH e FSH regulam o crescimento folicular. FSH – Estimula a foliculogênese e a ovulação, além da produção de estrógenos. LH – Estimula a secreção de progesterona pelo corpo lúteo. A p de FSH e LH cessa quando os níveis de progesterona e estrógenos estão altos.

10) Descreva as funções e a estrutura histológica das tubas uterinas.

TUBAS UTERINAS

São dois tubos musculares de grande mobilidade. Uma de suas extremidades – o infundíbulo – abre-se na cavidade peritoneal

próximo ao ovário e tem prolongamentos em forma de franjas chamados fímbrias, a outra extremidade – denominada intramural – atravessa a parede do útero e se abre no interior deste órgão.

Composta por 3 camadas: Mucosa – tem muitas dobras longitudinais na região da ampola, essas dobras

tornam-se menores nos segmentos da tuba mais próximas ao útero. Seu epitélio é colunar simples e contém uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo. Esse epitélio contém dois tipos de células um ciliado (captação do ovócito ovulado) e outro secretor (nutrição, proteção e capacitação dos SPTZ).

Camada muscular – camada espessa de músculo liso disposto em uma camada circular ou espiral interna e uma camada longitudinal externa.

Serosa – formada de um folheto visceral de peritônio.

Page 5: Histologia Sistema Reprodutor Feminino

Funções – Movimento de transporte do ovócito ou zigoto, esse movimento também impossibilita a passagem de microorganismo do útero para a cavidade peritoneal.

14) Descrever as funções e a estrutura histológica da placenta.

CARACTERÍSTICAS DA PLACENTA

O lado fetal é liso e associado à membrana amniótica. O lado materno é parcialmente dividido em 10 ou mais lobos pela septação da

decídua. Cada lobo tem 10 ou mais vilos-tronco. Constituída por um componente materno e por um componente fetal, sendo o

componente materno a decídua. A decídua é o endométrio do útero gravídico, podendo ser dividida em 3 regiões: Decídua basal – componente materno da placenta. Vilos coriônicos voltados para a

decídua basal são altamente desenvolvidos e formam o córion viloso. Decídua capsular – camada superficial que recobre o embrião em desenvolvimento

e o seu saco coriônico. Decídua pariental – restante da decídua não ocupada pelo feto.

Já, o componente fetal é representado pelo córion frondoso (viloso), que é formado pela placa coriônica e pelos vilos derivados. Os vilos coriônicos voltados para a decídua capsular atrofiam, levando à formação do córion liso.

O espaço interviloso, entre os componentes materno e fetal, contém sangue materno circulante.

Page 6: Histologia Sistema Reprodutor Feminino

Estrutura do vilo coriônico Estrutura básica envolvidas nas trocas materno-fetais. Se origina da placa coriônica, sendo formado por vilo-tronco que dá origem a

vilos-ramos. Cada vilo possui um eixo de tecido conjuntivo mesenquimal e vasos sanguíneos

fetais. Esse eixo mesenquimal contém dois tipos de células:

o Fibroblastos – que sintetizam vários tipos de colágeno (I, III, V e VI) e

componentes da matriz extracelular.o Células Hofbauer – células fagocíticas predominantes no início da gravidez.

Esse eixo mesenquimal é coberto por dois tipos celulares:o Sinciciotrofoblasto – massa protoplasmática multinucleada em contato com o

sangue materno no espaço interviloso.o Células do citotrofoblasto – subjacentes ao sinciciotrofoblasto e sustentadas

por uma lâmina basal.

Page 7: Histologia Sistema Reprodutor Feminino

FUNÇÕES DA PLACENTA

Hematopoiética; Transferência de imunoglobulinas maternas: anticorpos maternos, principalmente

imunoglobulina G(igG) são transferidas para o feto, conferindo, assim, uma imunidade passiva;

Nutricional: o sangue materno, através da placenta, transfere os nutrientes necessários ao feto para que ocorra o seu completo desenvolvimento;

Trocas gasosas: fornece oxigênio para o feto e elimina o gás carbônico produzido pelas células fetais;

Endócrina: a placenta produz citocinas, hormônios e fatores de crescimento essenciais para a regulação da unidade feto-materna. Secreta gonadotrofina coriônica (HCG) (estimula e mantém o corpo lúteo), lactogênio placentário (é importante por suas funções no crescimento, lactação e produção de esteróides lúteos.), além de estrogênio e progesterona (hormônios importantes na promoção do desenvolvimento fetal);

Excretória: elimina os produtos do catabolismo fetal, que serão degradados pelos órgãos excretores maternos.

Page 8: Histologia Sistema Reprodutor Feminino