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Hibernação de Ativos Rotativos - Aplicação de Técnicas Preditivas Aleçandro Acorsi

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Hibernação de Ativos

Rotativos

-

Aplicação de Técnicas

Preditivas

Aleçandro Acorsi

Os dados para elaboração deste trabalho foi coletado em um grupo de 10 usinas de açúcar e álcool com capacidade de Moagem de 20.400.000

toneladas de cana por ano safra e com custo de manutenção de R$ 125.000.000,00, distribuídos da seguinte maneira:

Produção ...........................Custo de Manutenção

Usina 04 = 2.800.000 T .................... R$ 14.000.000,00 Usina 05 = 1.900.000 T .................... R$ 12.000.000,00 Usina 08 = 2.900.000 T .................... R$ 14.000.000,00 Usina 10 = 2.800.000 T .................... R$ 18.000.000,00 Usina 12 = 1.300.000 T .................... R$ 8.500.000,00 Usina 13 = 1.400.000 T .................... R$ 10.000.000,00 Usina 14 = 1.400.000 T .................... R$ 10.000.000,00 Usina 16 = 1.300.000 T .................... R$ 10.000.000,00 Usina 21 = 1.300.000 T .................... R$ 10.000.000,00 Usina 24 = 3.300.000 T .................... R$ 18.500.000,00

O que é

Hibernação ?

Sono letárgico de certos animais

e vegetais durante o inverno.

Hibernação Sem Sucesso:

Ativo Abandonado;

Ambiente Sujo;

Ambiente Contaminado;

Ativo Doente.

Hibernação Com Sucesso:

Ativo Limpo;

Ativo protegido;

Ambiente Limpo;

Ativo Saudável.

O que é

Hibernação

de Ativos ?

Por analogia, hibernação de ativos é uma

manutenção de conservação que deve ser utilizada

durante o período de entressafra ou sempre que

um ativo permanecer por um longo período fora de

operação

5% Disponibilidade

100 %

Período Safra 0

Falha Rolamento

Desbalanceamento

Desalinhamento

Problema Elétrico

Vida Útil

Fim da Vida Útil

Desgastes

Falha

Prematura

Cenário Antes da Manutenção Preditiva

e Engenharia da Manutenção

Ano Safra 2008 / 2009

160 Horas de treinamento de técnicas preditivas

Análise de Vibração Nível I

•Análise de Vibrações I 24 h

•Análise de Vibrações II 24 h

•Balanceamento de Rotores 16 h

•Alinhamento de Máquinas Rotativas à Laser 16 h

Análise de Vibração Nível II

•Tecnologia em Rolamentos e Lubrificação 24 h

•Análise de Vibrações em Motores Elétricos 16 h

•Termografia 16 h

•Operações de Sistema ( Plataforma SKF ) 24 h

Treinamento para Formação de Equipe

Preditiva

Microlog CMXA 70 Microlog CMXA 75

Coletores

Analisadores de

Dados

Medidor de

Vibração NK

300

Caneta de Vibração CMAS

100 SL

Medidores de

Vibração

Manutenção Preditiva Equipamentos de Inspeção

Manutenção Preditiva Equipamentos de Inspeção

Lâmpada

Estroboscópica

TRMS 1

FLIR i5 FLUKE Ti 10

Câmera

Termográfica

Manutenção Preditiva Criticidade dos Ativos

2-3

A - CONFIABILIDADE MÁXIMA

B - DISPONIBILIDADE MÁXIMA2-3

C - CUSTO MÍNIMO

2-3

3

3

1-2

1 3

1-2

3

1

1

C - CUSTO MÍNIMO: Equipamentos que possuem em geral uma alternativa operacional e que

portanto sua falha não representa impacto relevante ao processo de produção.

B - DISPONIBILIDADE MÁXIMA: Equipamentos que tem como foco a produtividade do processo.

São equipamentos que podem apresentar falha, porém com o foco de manutenção na otimização da

sua utilização;

2-3

C - Custo

A - Atendimento

F - Frequência

2-3

1-2

2-3

1

CLASSES DE EQUIPAMENTOS:

CLASSES DE EQUIPAMENTOS

A - CONFIABILIDADE MÁXIMA: Equipamentos que tem como foco garantia de segurança

operacional do processo produtivo. Sua falha pode ter sérias consequências para a segurança das

pessoas, meio ambiente, qualidade e segurança do produto final e mesmo a sustentabilidade da usina

e empresa.

ALGORÍTMO DE DECISÃO

SA - Segurança dos

Alimentos

S - SSMA

Q - Qualidade

RT - Regime de

Trabalho

1

1

S

Q

A

F

C

RT

A

F

C

EQUIPAMENTO

CLASSE "A"

EQUIPAMENTO

CLASSE "B" EQUIPAMENTO

CLASSE "C"

SA

Manutenção Preditiva Criticidade dos Ativos

SSMA (Saúde,

Segurança e Meio

Ambiente)

Riscos potenciais para as

pessoas, meio ambiente e

instalações.

SEGURANÇA DO

ALIMENTO

Efeito da falha dos

equipamentos sobre a

segurança dos produtos.

QUALIDADE

Efeito da falha dos

equipamentos sobre a

qualidade dos produtos.

REGIME DE TRABALHO

Tempo de operação do

equipamento quando

programado.

ATENDIMENTO

Efeito da falha sobre as

interrupções do processo

produtivo.

FREQÜÊNCIA

Quantidade de falhas por

período de utilização (taxa

falha).

CUSTO

Mão de obra e materiais

envolvidos no reparo.

O tempo de reparo e custo não são

relevantes.

Muitas paradas devido às falhas

(mais de 4 por safra)

É exigido aproximadamente a metade

do período. Pelo menos um turno.

A falha provoca graves efeitos sobre o

homem, o meio ambiente ou

instalações. Existe histórico de

ocorrência.

A falha acarreta riscos para o homem, o

meio ambiente ou instalações. Não tem

histórico porém é possível.

O tempo de reparo e custos são muito

elevados

(Acima de R$ 10.000,00)

O tempo de reparo e custos são

elevados

(Entre R$ 10.000,00 e R$ 2.500,00)

A falha no equipamento gera

contaminação de origem física, química

e/ou biológica e não existem etapas

posteriores ou condição do processo

para eliminação e/ou redução do perigo

a níveis aceitáveis.

NOTA:Todo equipamento que fizer parte de uma

etapa identificada como PCC (Ponto Crítico de

Controle) ou PPRO (Programa de Pré-

Requisitos Operacionais) na análise de perigos

(APPCC - Plano de Análise de Perigos e Pontos

Críticos de Controle) é um equipamento crítico.

Paradas ocasionais

(mais de 2 por safra)

Paradas pouco freqüentes

(menos de 1 por safra)

* O fator de avaliação de Segurança dos Alimentos é aplicável à unidades produtoras de açúcar direcionado para consumo direto e/ou ingrediente para outras indústrias (açúcar branco)

e/ou de levedura seca.

A falha não produz conseqüências.

EFEITOS DA FALHA

1 3

A falha afeta muito a qualidade, gerando

produtos fora da especificação.

A falha faz variar a qualidade do

produto. Se a falha ocorrer o produto

tem possibilidade de não atender o

padrão.

2

Uso ocasional.

FATORES DE

AVALIAÇÃO

A falha gera contaminação de origem

física, química e/ou biológica e existem

etapas posteriores para eliminação e/ou

redução do perigo a níveis aceitáveis.

A falha não gera contaminação de

origem física, química e/ou biológica à

segurança do produto.

A falha provoca interrupção total do

processo produtivo. Pára toda a usina.

A falha provoca interrupção parcial na

produção ou cria restrições

operacionais.

A falha não provoca interrupções do

processo produtivo existente ou existe

componente de reserva.

A falha não produz efeito sobre a

qualidade do produto.

É exigido em tempo integral.

24 horas por dia na Safra.

Manutenção Preditiva Equipamentos de Manutenção

TKSA 20 XA Fixturlaser TKSA 40

Alinhadores de

Eixos

Alinhadores de

Polias

TKSA 40

TIH 030 SKF HEATER FAG

Aquecedores

Indutivos

Tensionador de

Correias

Manutenção Preditiva Equipamentos de Manutenção

Manutenção Preditiva Check list

Plano de Lubrificação

Medidores de

Graxa

LAGM 1000E

Manutenção Preditiva Equipamentos de Manutenção

5%

Manutenção Preditiva Equipamentos de Manutenção

Recipeintes

para manuseio

de Óleo

Tampa dosadora Bomba dosadora

Lubrificação

Filtro de Sílica Gel

5%

Manutenção Preditiva Equipamentos de Manutenção

Filtragem de

Óleo

Sistema Off-Line de Filtros Absolutos

Lubrificação

Palmtop

PROCEDIMENTO DE HIBERNAÇÃO BOMBAS Objetivo

Garantir o desempenho dos equipamentos retirados ou não durante a entressafra proporcionando que voltem a operar com a

mesma confiabilidade do final de safra.

Abrangência

Abrange as áreas de: Manutenção, Inspeção Corporativa, Compra Corporativa e Fornecedores das usinas.

Responsabilidades

Manutenção Corporativa:

Compra Corporativa:

Inspeção Corporativa:

Supervisão de Manutenção das Usinas:

Fornecedores:

Procedimentos de Hibernação

Operacionalização

DESCRIÇÃO DAS FASES

ANÁLISE PREDITIVA;

Análise de Vibração. Análise de Óleo, termografia, check-list

LIQUIDAR A INSTALAÇÃO, BOMBA, TUBULAÇÃO, VÁLVULAS /

REGISTROS;

Limpeza da bomba

COLOCAR PARA FORA A ÁGUA;

LIMPEZA DO GRUPO DE BOMBEAMENTO, BOMBA, MOTOR, BASE;

Limpeza geral

LIMPEZA E CONSERVAÇÃO DA PARTE HIDRÁULICA (CORPO DA BOMBA);

Limpeza com produtos químicos (quando necessário)

CONSERVAÇÃO DOS MANCAIS;

Aplicação do protetivo anti-corrosivo

VERIFICAÇÃO E ESTOCAGEM DAS VEDAÇÕES;

Gaxetas e Selos Mecânicos

ESTOCAGEM DA TRANSMISSÃO (POLIAS, CORREIAS, ACOPLAMENTOS);

Inspeção em correias, polias e troca da graxa do acoplamento

CONSERVAÇÃO BASE, PARAFUSOS, PORCAS, VÁLVULAS E CARTER DE

PROTEÇÃO;

Aplicar protetivo anti-corrosivo

ESTOCAGEM DAS BOMBAS NO ALMOXARIFADO;

GIRAR A CADA 7 DIAS.

Entressafra

2012/2013

Manutenção

Entressafra

2012/2013

Hibernação

Etiquetas para

Hibernação / Manutenção

CASE

HISTÓRICO

Em inspeções periódicas de análise de vibração

no Redutor de acionamento do 1º terno da

moenda, foi observado aumento nos níveis de

vibração no redutor.

Analisando os espectros de vibração foi

diagnosticado defeito no rolamento do eixo de

saída.

Como estava em fase final de safra, foi decidido

continuar o monitoramento e substituir o

rolamento na manutenção de entressafra.

Dados do Equipamento:

Fabricante: RENK ZANINI

Modelo: TB-45BM

Potência efetiva: 1470,9 a 1593,4 KW

Fator de Serviço: 2,4

RPM Alta: 6000 a 6500

RPM baixa: 405,9 a 439,7

Relação de Transmissão: 14,78

Ano de Fabricação: 2007

Viscosidade: ISO VG-68

Manutenção Preditiva Redutor Acionamento 1º Teno da Moenda

Manutenção Preditiva Redutor Acionamento 1º Teno da Moenda

669 Hz

3200 Hz

6000 RPM ou

100 HZ

1488,4 RPM ou

24,81 HZ

405,9 RPM ou

6,76 HZ

Z1 = 32 dentes

Z2 = 129 dentes

Z3 = 27 dentes

Z4 = 99 dentes

Manutenção Preditiva Redutor Acionamento 1º Teno da Moenda

Gráfico de Tendência. É possível observar

evolução do defeito.

Manutenção Preditiva Redutor Acionamento 1º Teno da Moenda

Espectro em envelope. É possível observar

freqüência de falha do rolamento NU 23040.

Manutenção Preditiva Redutor Acionamento 1º Teno da Moenda

Domínio no tempo: É possível observar os

impactos gerados pelo defeito no rolamento.

Manutenção Preditiva Redutor Acionamento 1º Teno da Moenda

Gráfico de Tendência. É possível observar que

após substituição do rolamento o nível de vibração

reduziu para níveis aceitáveis para operação.

Manutenção Preditiva Redutor Acionamento 1º Teno da Moenda

Espectro em envelope. É possível que após

substituição do rolamento NU 23040 a frequência

de falha desapareceu.

Manutenção Preditiva Redutor Acionamento 1º Teno da Moenda

Domínio no tempo: É possível observar que após

a substituição do rolamento o defeito foi eliminado

Azul com defeito, Rosa sem defeito.

Manutenção Preditiva Redutor Acionamento 1º Teno da Moenda

Manutenção Preditiva Redutor Acionamento 1º Teno da Moenda

Manutenção Preditiva Redutor Acionamento 1º Teno da Moenda

Manutenção Preditiva Redutor Acionamento 1º Teno da Moenda

Manutenção Preditiva Redutor Acionamento 1º Teno da Moenda

Resultados

Evolução de Ativos em Hibernação

Evolução de Hibernação de Ativos por

Usina

Ativos em Hibernação Entressafra

2012/2013

Comparativo Ativos em Hibernação x Ativos

em Manutenção

Resultado Econômico

Mortalidade Infantil

Durante os 30 primeiros dias de safra, foi realizado um levantamento de todos os defeitos ou

falhas ocorridas.

Entre os 8267 ativos, 238 apresentaram defeitos ou falhas, totalizando 2,87%.

Entre os 238 ativos que apresentaram defeitos e falhas no inicio da safra:

# 145 foram hibernados, ou seja, (145 / 6053) 0,0240 ou 2,40%

# 93 passaram por manutenção, ou seja, (93 / 2653) 0,0351 ou 3,51%.

Mortalidade Infantil

Mortalidade Infantil

Tipos de Defeitos / Falhas – Início de Safra

Ativos com Defeitos / Falhas – Início de

Safra

5%

Disponibilidade

100 %

Período 0

Manutenção de Precisão

(Balanceamento

Alinhamento, etc),

Montagem de Rolamentos

Análise de Vibração

Análise de Óleo

Termografia

Plano de Lubrificação

Check - List

Aumento

da Vida Útil

Considerações Finais

KARDEC, Alan & NASCIF, Júlio, Manutenção Função Estratégica, 4a

Edição, Rio de Janeiro, Qualitymark Ltda, 2012.

NEPOMUCENO, Lauro Xavier, Técnicas de Manutenção Preditiva, Volume

1 e 2 ,1a Edição, São Paulo, Edgar Blucher, 2012.

CARRETEIRO, Ronald & BELMIRO, Pedro, Lubrificantes & Lubrificação

Industrial, 1a Edição, Rio de Janeiro, Interciência, 2006.

Referência Bibliográfica mais Utilizada

O caminho para cima e o

caminho para baixo são um

único caminho

Heráclito

PERGUNTAS E RESPOSTAS