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HÉLIO JOSÉ SOIBELMAN AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AMBIENTAL: O CASO DA BALSA GUINDASTE E DE LANÇAMENTO - BGL Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de concentração: Gestão do Meio Ambiente. Orientadora: Professora Ana Lúcia Torres Seroa da Motta, Ph. D. Niterói 2008

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HÉLIO JOSÉ SOIBELMAN

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AMBIENTAL:

O CASO DA BALSA GUINDASTE E DE LANÇAMENTO - BGL

Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação

Stricto Sensu em Sistemas de Gestão da Universidade

Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção

do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de

concentração: Gestão do Meio Ambiente.

Orientadora: Professora Ana Lúcia Torres Seroa da Motta, Ph.D.

Niterói 2008

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HÉLIO JOSÉ SOIBELMAN

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AMBIENTAL:

O CASO DA BALSA GUINDASTE E DE LANÇAMENTO - BGL

Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação

Stricto Sensu em Sistemas de Gestão da Universidade

Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção

do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de

concentração: Gestão do Meio Ambiente.

Aprovada em 12 de junho de 2008.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________________ Ana Lúcia Torres Seroa da Motta, Ph.D.

___________________________________________________________________________ Simone Cynnamon Cohen, D.Sc.

___________________________________________________________________________ Stella Regina Reis Da Costa, D.Sc.

Dedico este trabalho

Dedico esta conquista a minha filha Tamara, que teve paciência e compreensão quando não

recebia a atenção merecida, durante o desenvolvimento deste trabalho, em seus momentos de

dúvidas pertinentes à adolescência.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pelas inspirações recebidas nos momentos difíceis durante o

desenvolvimento desta dissertação.

Aos meus pais por terem me ensinado que o estudo é o investimento mais importante, pois

podem tirar-nos os bens tangíveis, mas não podem tirar-nos os intangíveis, como a

experiência e o conhecimento adquirido.

À equipe da coordenação do LATEC, especialmente a Hellen que me convenceu a não

desistir, orientando-me a procurar um co-orientador que me ajudou a reencontrar o caminho

para esta pesquisa.

A Lucianne K. Soibelman que me iluminou nos momentos de bloqueio fornecendo dicas

preciosas sobre economia e metodologia científica.

A minha orientadora, Professora Dra. Ana Seroa, que foi bastante eficaz nos poucos e

preciosos momentos que nos encontramos visando sempre o resultado, não deixando a

pesquisa fugir do foco.

À Engenharia da Petrobras e, especialmente, ao corpo gerencial do SIMA que possibilitaram a

realização desta pesquisa em suas instalações, demonstrando-se sempre prestativos e

atenciosos durante todo o processo, fornecendo-me os recursos necessários para o bom

andamento da dissertação.

RESUMO

O presente trabalho pretende apresentar uma metodologia para que os gestores de Meio

Ambiente de embarcações de obras submarinas possam avaliar o desempenho de seus

Sistemas de Gestão Ambiental. O estudo foi desenvolvido através de duas dimensões

metodológicas: Pesquisa Bibliográfica e Pesquisa de Campo. A Pesquisa Bibliográfica foi

utilizada no capítulo 1, Revisão da Literatura, onde foram apresentadas a evolução dos

problemas ambientais e as Normas ISO 14.001 e ISO 14.031 como meios utilizados por

várias organizações para gerenciarem suas demandas ambientais. Foi desenvolvida uma

pesquisa de Campo qualitativa através do estudo de caso, na Balsa Guindaste e de

Lançamento (BGL), quando se levantaram diversos dados secundários, para se responder aos

objetivos propostos na introdução deste trabalho. Estes objetivos integram o processo de

Avaliação de desempenho ambiental, são eles: analisar a política, objetivos e indicadores

atuais pertencentes ao Sistema de Gestão Integrada da BGL; desenvolver uma metodologia

para identificação dos aspectos e avaliação dos impactos da BGL; aplicar a metodologia

desenvolvida e identificar os aspectos e impactos significativos da BGL; propor novos

objetivos ambientais com base nos aspectos significativos identificados e desenvolver

Indicadores ambientais com base nos objetivos ambientais propostos.

Palavras-chave: Sistema de gestão ambiental. Avaliação de desempenho ambiental.

Indicadores de desempenho ambiental.

ABSTRACT

The present work describes methodology directed to environmentalist’s managers working with ferries that deals with underwater oil extraction in order to evaluate their (EMS) Environmental Management Systems performance. The study was developed throughout two methodological dimensions: Bibliographical and Field Research. The Bibliographical Research was described in chapter one. A Literature’s review describing the evolution of environmental problems and ISO 14.001 and ISO 14.031 Norms were discussed, since they are employed by many organizations to administer their environmental demands. The work is qualified as a qualitative research since a field case study was carried out. A propel derrick and induction ferry (BGL) was investigated in order to answer the questions considered in the study’s introduction. The aim was to integrate the evaluation process of environmental performance, like for instance: current policies, objectives and benchmarks analysis of Integrated Management System for the BGL. Moreover, the study intended to develop a methodology to identify benchmarks and to evaluate the impacts at BGL. It also intended to apply the methodology developed to identify benchmarks and significant impacts at the BGL. Afterward, to consider new environmental protection targets based on the significant aspects identified and to develop new environmental benchmarks based on the environmental targets proposed.

Word-key: Environmental management system. Environmental performance evaluation. Environmental benchmarks.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Estrutura do Trabalho 17

Figura 2 Evolução do Conceito de Desenvolvimento Sustentável 23

Figura 3 Organização do Iso/Tc 207 e seus Subcomitês e Grupo de Trabalho 28

Figura 4 Modelo de Gestão Baseado no Ciclo Pdca 29

Figura 5 Estrutura da Documentação 38

Figura 6 Fluxo Básico para Procedimento de Ações Corretivas 41

Figura 7 Avaliação de Desempenho Ambiental 46

Figura 8 Avaliação de Desempenho Ambiental e Seus Indicadores 47

Figura 9 - Estrutura Conceptual do Modelo PER da OCDE 48

Figura 10 Inter-Relações Entre dos Indicadores da ADA 49

Figura 11 As Operações da Organização (Com Detalhes Adicionais) 52

Figura 12 BGL 55

Figura 13 Organograma Simplificado da Engenharia 56

Figura 14 Organograma do Sima 56

Figura 15 Planejamento da Avaliação de Desempenho Ambiental 75

Figura 16 Metodologia de Identificação de Aspectos e Impactos e Avaliação da Significância 75

Figura 17 Fluxo para Avaliação dos Aspectos e Impactos 78

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Peso dos itens significativos dentro da classe avaliada 86

Gráfico 2 – Percentua l da atividade / produto / serviço em relação ao total de itens avaliados 86

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 PIB os Países X Receita das Empresas 25

Tabela 2 Avaliação da Relevância do Impacto 32

Tabela 3 Relação entre Aspectos Ambientais e Legislação Pertinente 33

Tabela 4 Relação entre Aspectos Ambientais e Referências Normativas Pertinentes 34

Tabela 5 Planilha ee Planejamento ee Objetivos e Metas Ambientais 36

Tabela 6 Semelhanças entre es Indicadores e a ISO 14031 e os Indicadores do Modelo PSR da

EOCD 49

Tabela 7 Objetivos Estratégicos de Qualidade 60

Tabela 8 Objetivos Estratégicos de Segurança d Saúde Ocupacional 60

Tabela 9 Objetivos Estratégicos de Meio Ambiente 60

Tabela 10 Objetivos Estratégicos de SGI 60

Tabela 11 Objetivos Estratégicos de Responsabilidade Socioambiental 61

Tabela 12 Quadro de Determinação da Importância 76

Tabela 13 Análise Estatística da Avaliação dos Aspectos e Impactos 85

Tabela 14 Aspectos e Impactos Ambientais Significativos 87

Tabela 15 Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente 89

LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ADA – Avaliação de Desempenho Ambiental

BGL – Balsa Guindaste e de Lançamento

CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável

E&P – Unidade de negócios de Exploração e Produção de óleo e gás da PETROBRAS

GRI – Global Reporting Initiative

ICA – Indicadores de Condição Ambiental

IDA – Indicadores de Desempenho Ambiental

IDG – Indicadores de Desempenho Gerencial

IDO – Indicadores de Desempenho Operacional

IMF – International Monetary Fund (Fundo Monetário Internacional)

ISO - International Organization for Standardization (Organização Internacional de Normalização)

NR – Norma Regulamentadora

OECD - Organization for Economic co-operation and Development (Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento)

OHSAS - Occupational Health and Safety Assessment Series

ONG – Organização Não-Governamental

ONU – Organização das Nações Unidas

PCA – Programa de Conservação Auditiva

PDR – Plano Diretor de Resíduos

PPR – Programa de Proteção Respiratória

PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

PSR – Pressure-State-Response (Pressão-Estado-Resposta)

QSMS - Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde

SGA – Sistema de Gestão Ambiental

SGI – Sistema de Gestão Integrada

SIMA – Serviços de Instalações Marítimas

SSO – Segurança e Saúde Ocupacional

UIE – Unidade de Implementação de Empreendimentos da ENGENHARIA

UNCED – United Nations Conference on Environment and Development

UTE – Unidade de Tratamento de Esgoto

WBCSD - World Business Council for Sustainable

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 13

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA DA PESQUISA 13

1.2 OBJETIVOS DO ESTUDO 14

1.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TEMA 14

1.4 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA 15

1.5 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO 15

2 REVISÃO DA LITERATURA 19

2.1 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 19

2.1.1 Revoluções Tecnológicas 19

2.1.2 Construção do Conceito de Desenvolvimento Sustentável 22

2.1.3 Responsabilidade Socioambiental 23

2.2 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL 27

2.2.1 ABNT NBR ISO 14001:2004 – Sistema de Gestão Ambiental 27

2.2.1.1 Política do Sistema de Gestão Ambiental 30

2.2.1.2 Planejamento 30

2.2.1.3 Implementação e operação 37

2.2.1.4 Verificação 39

2.2.1.5 Análise pela Administração 42

2.3 INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL 43

2.3.1 Indicadores Quantitativos 44

2.3.1.1 Números absolutos 45

2.3.1.2 Números Proporcionais (Índices) 45

2.3.2 ABNT NBR ISO 14031:2004 46

2.3.2.1 Planejamento da avaliação de desempenho ambiental (ADA) 50

2.3.2.1.1 Seleção de Indicadores de Desempenho gerencial – IDG 51

2.3.2.1.2 Seleção de Indicadores de Desempenho Operacional - IDO 51

3 METODOLOGIA 53

4 A BALSA GUINDASTE E DE LANÇAMENTO - BGL 55

4.1 DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA (SGI) DA BGL 57

4.1.1 Política do SIMA 57

4.1.2 Objetivos Estratégicos do SIMA 59

4.1.3 Indicadores atuais do SIMA 61

12

4.1.3.1 Indicadores atuais de qualidade 61

4.1.3.2 Indicadores atuais de segurança e saúde ocupacional 65

4.1.3.3 Indicadores atuais de meio ambiente 69

5 REPLANEJAMENTO DO SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DA BGL 75

5.1 Metodologia de Identificação dos Aspectos e Impactos Significativos 75

5.2 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA E IDENTIFICAÇÃO DOS ASPECTOS E

IMPACTOS SIGNIFICATIVOS 78

5.2.1 Análise Estatística do Resultado da Avaliação dos Aspectos e Impactos 85

5.3 PROPOSTA DE OBJETIVOS AMBIENTAIS ESPECÍFICOS E SEUS INDICADORES 87

5.3.1 Emissão de Fumos Metálicos 88

5.3.2 Geração de Ruído 89

5.3.3 Derrame de Óleo Diesel 91

5.3.4 Geração de Óleo Sujo 93

5.3.5 Consumo de Recursos Naturais - Água 94

5.3.6 Consumo de Recursos Naturais – Energia Elétrica 95

5.3.7 Geração de Plástico 97

5.3.8 Geração de Efluentes 98

5.3.9 Resíduos em Geral 99

5.4 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AMBIENTAL 100

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 102

6.1 DISCUSSÃO E CONCLUSÃO 102

6.2 SUGESTÕES PARA NOVOS TRABALHOS 103

REFERÊNCIAS 104

ANEXO 109

13

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA DA PESQUISA

Com o advento da Revolução Industrial, as organizações aumentaram

exponencialmente o seu capital físico e conseqüentemente utilizaram na mesma proporção

vários recursos naturais sendo constatado então a escassez de alguns recursos naturais não

renováveis.

Junto com o consumo demasiado dos recursos naturais veio a poluição dos corpos

receptores causada pela geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Os grandes acidentes

ambientais aceleraram a degradação ambiental de tal modo que a sociedade sentiu a

necessidade de uma legislação específica que protegesse o meio ambiente e promovesse a

prevenção da poluição.

As organizações começaram a investir em ações ambientais para atender a legislação,

em mudança de tecnologia para melhorar a ecoeficiência e em diversos investimentos

demandados pelos stakeholders.

Como resposta das Organizações não governamentais (ONG), a ISO desenvolveu as

Normas ambientais da série ISO 14000 com o intuito de atender as expectativas das

organizações em gerenciarem suas ações e seus investimentos ambientais.

A ABNT NBR ISO 14.001:2004 é uma norma que provém requisitos para uso,

implantação e / ou certificação de um Sistema de Gestão Ambiental. Tanto o item 4.5

(verificação) quanto o item 4.6 (análise pela administração) desta Norma são itens

relacionados aos indicadores ambientais.

Portanto os indicadores ambientais são imprescindíveis para a conformidade do

Sistema de Gestão, além de auxiliarem aos gestores de sistemas de gestão ambiental na

avaliação do desempenho de seus sistemas.

Em função desta realidade a Balsa Guindaste e de Lançamento (BGL) foi escolhida

para desenvolver este estudo, visando a demonstrar como uma embarcação para obras

industriais poderá desenvolver seus indicadores de desempenho ambiental.

Vale ressaltar que a BGL é um ativo muito importante da petrobras, pois ela além de

atuar em lançamentos de dutos rígidos para escoar a produção de óleo e gás, ela também atua

em instalações de plataformas e de grandes estruturas submarinas.

14

Então, para a realização deste estudo de caso, a seguinte questão foi desenvolvida para

expor o problema da pesquisa:

O que deve fazer os responsáveis pelo sistema de gestão de uma embarcação de obras

submarinas para avaliar o desempenho do seu sistema de gestão ambiental, atendendo os

requisitos da norma ISO 14001?

1.2 OBJETIVOS DO ESTUDO

O objetivo geral deste trabalho é entender como o Gestor de meio ambiente pode

avaliar o desempenho do Sistema de Gestão Ambiental em uma embarcação, atendendo aos

requisitos da ABNT NBR ISO 14001:2004 e ISO 14031:2004.

Quanto aos objetivos específicos, o presente trabalho pretende:

• Analisar a política, objetivos e indicadores atuais pertencentes ao Sistema de Gestão

Integrada da Balsa Guindaste e de Lançamento (BGL);

• Desenvolver uma metodologia para identificação dos aspectos e avaliação dos

impactos da BGL;

• Aplicar a metodologia desenvolvida e identificar os aspectos e impactos

significativos da BGL;

• Propor novos objetivos ambientais com base nos aspectos significativos identificados

no objetivo específico anterior;

• Desenvolver Indicadores ambientais com base nos objetivos propostos.

1.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TEMA

Estudos que analisam o desempenho ambiental são instrumentos necessários em um

Sistema de Gestão Ambiental eficaz e devem possuir indicadores com sensibilidade para

monitorar o desempenho dos processos críticos para que estes processos possam ser

controlados.

15

O estudo de caso escolhido para este trabalho é de uma embarcação tripulada e sem

propulsão, isto é, ela é rebocada por rebocadores. Neste ponto o presente trabalho vai

identificar, analisar e avaliar os aspectos e impactos específicos de uma embarcação

prestadora de serviços de engenharia.

Serão apresentados neste estudo temas interessantes e pouco discutidos, como a

responsabilidade direta pela geração de resíduos e a responsabilidade indireta pela disposição

destes mesmos resíduos, no caso de uma embarcação.

A relevância deste trabalho se dá também pelo grau de especificidade deste estudo por

se tratar de uma balsa de serviços de engenharia tripulada.

1.4 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

A proposta deste trabalho é analisar a problemática ambiental no âmbito da gestão até

chegar ao entendimento de como criar indicadores ambientais para uma balsa de serviços de

engenharia. As organizações, de posse deste trabalho, poderão desenvolver planos e

programas para a melhoria dos indicadores.

Embora este estudo apresente diversos caminhos para a construção de programas

ambientais, ele não se propõe a se aprofundar neste assunto.

Utilizou-se da metodologia da NBR ISO 14.031:2004 como base de desenvolvimento

e entendimento da avaliação de desempenho ambiental com o intuito de apoiar ao estudo

principal, a parte de planejamento da Norma NBR ISO 14.001:2004.

1.5 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO

A partir do objetivo geral deste trabalho: “entender como o Gestor de meio ambiente

pode avaliar o desempenho do Sistema de Gestão Ambiental em uma embarcação”, este

trabalho dividiu-se em duas dimensões metodológicas, são elas: Revisão da Literatura e

Pesquisa de Campo.

Com a finalidade de sustentar a importância da avaliação de desempenho ambiental da

BGL, buscou-se, inicialmente, uma reflexão histórica da demanda de recursos naturais através

16

de conceitos de autores como Idalberto Chiavenato e, posteriormente, procurou-se uma

especialização no tema proposto a partir de autores como Maria Suely Moreira; Luiz

Fernando Joly Assumpção; Dália Maimon.

Esta revisão partiu da busca e leitura sistemática de obras disponíveis em livros,

artigos em periódicos, teses, dissertações, normas e na rede eletrônica (Internet) que enfocam

os seguintes eixos: sistema de gestão ambiental, objetivos ambientais e avaliação de

desempenho ambiental.

A pesquisa de campo foi realizada através de um estudo de caso na balsa guindaste e

de lançamento (BGL) pertencente à Engenharia da PETROBRAS. Foram colhidos diversos

dados na BGL, como: inventário de resíduos, Plano de emergência, Plano diretor de resíduos,

Plano de Gestão integrada, Plano de monitoramento e medição. Estes dados levaram o

pesquisador a uma reflexão sobre a avaliação do desempenho ambiental em uma embarcação

com características tão específicas ajudando-o a trilhar os objetivos deste estudo até chegar à

resposta da questão.

Os assuntos deste estudo estão distribuídos entre cinco capítulos dentro de uma lógica

estruturada, conforme a Figura 1.

17

Figura 1 – Estrutura do Trabalho Fonte: Elaborada pelo autor

A Introdução contém a base da dissertação, onde são apresentados a Contextualização,

Problema, Objetivos, Justificativa, Relevância, Delimitação e apresentação do trabalho.

O capítulo 1 começa com uma pesquisa do estado da arte descrevendo como se

iniciaram os atuais problemas ambientais, abordando sobre Responsabilidade Socioambiental.

Após esta sensibilização, são apresentadas as Normas ABNT NBR ISO 14001 e ABNT NBR

ISO 14031 que embasarão o tema principal: entender como desenvolver indicadores

ambientais de tal modo que a avaliação destes indicadores possa influenciar o desempenho de

um sistema de gestão ambiental;

O Estudo de Caso está compreendido entre os capítulos 2 e 3, detalhados abaixo:

SUPORTE PARA ESTUDO DE CASO REVISÃO DA LITERATURA: ANÁLISE DA NBR

ISO 14001 e NBR ISO 14031

POLÍTICA DO SIMA

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO

SIMA

INDICADORES ATUAIS DO SGI DO SIMA

APRESENTAÇÃO DA BGL1

ESTUDO DO CASO

METODOLOGIA PARA IDENTIFICAÇÃO DOS

A&I

APLICAÇÃO DA METODOLOGIA

PROPOSTA DE OBJETIVOS

AMBIENTAIS

PROPSTA DE INDICADORES DE

DESEMPENHO AMBIENTAL

CONCLUSÃO DO TRABALHO

18

No capítulo 2, é realizado um diagnóstico, onde a Balsa Guindaste e de Lançamento

(BGL) e os elementos de seu Sistema de Gestão Ambiental são apresentados, na seguinte

ordem: Política do SIMA, Objetivos estratégicos do SIMA e Indicadores atuais do SIMA;

O capítulo 3 apresenta uma nova visão do Sistema de Gestão Integrada do SIMA com

foco na BGL através de uma reestruturação do SGI, incluindo os itens seguintes: Metodologia

de identificação dos aspectos e impactos significativos, Aplicação da metodologia e

identificação dos aspectos e impactos significativos, proposta de objetivos ambientais

específicos e seus indicadores e avaliação de desempenho ambiental;

No capítulo 4, é apresentada as considerações finais onde abriu-se espaço para uma

reflexão dos assuntos abordados e propõe novos estudos sobre temas afins.

19

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

2.1.1 Revoluções Tecnológicas

A partir de 1776, com a invenção da máquina a vapor por James Watt (1736-1819) e a

sua posterior aplicação à produção, uma nova concepção de trabalho modificou

completamente a estrutura social e comercial da época provocando profundas e rápidas

mudanças de ordem econômica, política e social que num lapso de aproximadamente um

século, foram maiores que as mudanças do milênio anterior. É o período chamado Revolução

Industrial, que se iniciou na Inglaterra e rapidamente se alastrou por todo mundo civilizado.

A revolução Industrial pode ser dividida em duas épocas bem distintas:

1780 a 1860: 1ª Revolução Industrial ou revolução do carvão e do ferro;

1860 a 1914: 2ª Revolução Industrial ou revolução do aço e da eletricidade.

Com a mecanização que se iniciou com a Revolução Industrial, o esforço muscular do

homem passou para a máquina. Porém com a automação provocada pela Cibernética, muitas

tarefas que cabiam ao cérebro humano também passaram para máquina. A Revolução

Industrial adquiriu todo seu ímpeto, no início do século XIX, como uma bola de neve em

aceleração crescente.

Wiener, criador da Cibernética, salienta que a primeira Revolução Industrial

desvalorizou o esforço muscular humano, a segunda Revolução (provocada pela Cibernética)

está levando a uma desvalorização do cérebro humano.

As grandes revoluções tecnológicas manifestaram-se de acordo com as necessidades

de uma sociedade. Com a 1ª Revolução Industrial o capital tornou-se mais importante do que

a mão-de-obra, a segunda consolidou esse processo, porém a terceira, ainda em curso,

sobrepôs o conhecimento ao capital através da informação. É a chamada “Era do

conhecimento” (CHIAVENATO, 2001).

Estas Revoluções Tecnológicas tanto aumentaram o capital físico quanto a

preocupação com a escassez de recursos naturais. No final do século XVIII, o uso dos

recursos naturais renováveis e não-renováveis intensificou-se e o acúmulo de capital físico

20

cresceu exponencialmente sendo detectada a escassez de alguns recursos naturais. Veja

abaixo algumas evidências quanto à preocupação de escassez de recursos naturais, segundo

Bayardino:

• Thomas Robert Malthus, demógrafo e economista inglês, previu no século

XVIII que uma enorme fome abalaria os pilares da sociedade. Malthus partiu da

hipótese de que a população humana cresce em progressão geométrica e os meios de

subsistência crescem em progressão aritmética.

• No século seguinte, William Stanley Jevons, economista inglês, previu que a

Inglaterra entraria em uma profunda depressão econômica porque as suas reservas de

carvão esgotariam em alguns anos.

• Já em 1914, a Secretaria de Minas dos Estados Unidos previu que as reservas

de petróleo americanas durariam dez anos.

• O Clube de Roma publicou em 1972 o relatório “Limites do Crescimento”, o

qual relatava que as reservas mundiais de petróleo, gás natural e metais nobres como

prata, estanho, urânio, alumínio, cobre, chumbo e zinco estavam se exaurindo e que a

economia sofreria um baque irreversível nos próximos anos.

Anteriormente à Revolução Industrial, trabalho, capital e terra eram as variáveis

fundamentais dos estudos econômicos. Logo, se uma destas variáveis chegasse ao limite, o

crescimento econômico estancaria e o crescimento populacional continuaria crescendo,

levando o mundo a um colapso, pois não haveria produção de alimentos o suficiente para

satisfazer as necessidades básicas da população.

A nova geração de economistas entendeu que havia mais um fator preponderante na

equação: a inovação tecnológica. Esta Inovação ajudava a compensar a demanda causada pelo

crescimento populacional, embora a preocupação com escassez de recursos naturais continua

sendo uma preocupação constante para toda a sociedade.

Este cenário agravou-se, no final do século XIX, com o uso intensivo de recursos

naturais não-renováveis, principalmente derivados de petróleo, juntamente com os acidentes

ambientais variados de grandes proporções.

Seguem alguns exemplos de impactos ambientais maléficos e de grandes proporções

que contribuíram para aumentar a preocupação mundial com a poluição e escassez de recursos

naturais:

• chuva ácida causada por emissões com enxofre (Alemanha e norte da Europa,

décadas 1960-70);

21

• contaminação industrial como o de Seveso (Itália – 1974) e Bhopal (Índia – 1984);

• acidentes nucleares como o de Three Mile Island (EUA – 1979), Chernobyl (URSS -

1983) e Goiânia (Brasil);

• derrame de petróleo da Exxon Valdez (Alaska – 1983), Baía de Guanabara (Brasil –

2000), Rio Iguaçu (Brasil – 2000) e Prestige (Espanha – 2002).

As discussões mundiais sobre os riscos de degradação do meio ambiente e

desenvolvimento do planeta ficaram acirradas na década de 60, de tal modo que a ONU

promoveu a 1ª Conferência das Nações Unidas, em Estocolmo (1972), sobre o Meio

Ambiente, quando o conceito de Ecoeficiência começou a ganhar força. As discussões

giravam em torno da preservação do meio ambiente, o conceito de Desenvolvimento

Sustentável ainda era incipiente (ALMEIDA, 2002; COLOMBO, 2005).

O Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima - IPCC – afirma que as

concentrações dos gases de efeito estufa vêm aumentando desde a época pré-industrial (cerca

de 1750), podendo aumentar a temperatura da superfície da terra e modificar o clima do

planeta. O aumento do nível do mar, expansão dos oceanos e recuo das geleiras são exemplos

de conseqüências do aumento da temperatura terrestre.

Na década de 80, é criada a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e

Desenvolvimento, Comissão Brundtland1, pela ONU. Esta Comissão produziu o documento,

Our Common Future (nosso futuro comum), mais conhecido como Relatório Brundtland, que

apresenta a conhecida definição de Desenvolvimento Sustentável: “É a forma como as atuais

gerações satisfazem as suas necessidades no presente sem, no entanto, comprometer a

capacidade de as futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades”.

A comissão Brundtland relata que, em prol do progresso e da satisfação das

necessidades humanas, a sociedade extraiu de forma inadequada os recursos naturais e

degradou o meio ambiente. A continuidade deste processo esgotaria os recursos naturais

pondo em dificuldade a sobrevivência das próximas gerações. Para evitar este cenário, de

insustentabilidade, a Comissão fomenta o Desenvolvimento Sustentável.

O conceito de Ecoeficiência ganha importância mundial envolvendo ONG´S,

empresas, comunidade civil e a ONU, vindo a consolidar-se em 1980, quando é criado o

Business Council for Sustainable Development (BCSD).

1 Gro Harlem Brundtland (nascida em 20 de Abril de 1939) em Bærum é uma política, diplomata e médica norueguesa, e uma líder internacional em desenvolvimento sustentável e saúde pública.

22

Em 1992, A ONU convoca a 2ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio

Ambiente, conhecida como Rio 92 ou Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro, reunindo

179 delegações e mais de 3.000 participantes. Esta Conferência gerou, dentre outros

documentos, a Agenda 21, considerada o mais importante. Nessa conferência, foi

internacionalizado o Business Council for Sustainable Development (BCSD), acrescentando o

adjetivo “mundial” (World), passando a se chamar WBCSD. Esta organização é a ONG mais

representativa dedicada à causa do desenvolvimento sustentável baseado na ecoeficiência,

representando, atualmente, uma coalizão de 185 empresas de presença internacional,

distribuídas entre vinte setores econômicos e está presente em mais de trinta países.

(BAYARDINO, 2004 apud VINHA, 2003)

A participação de países pobres nas conferências das Nações Unidas enriquece os

debates sobre problemas ambientais, englobando os aspectos sociais às pautas das reuniões.

Um grande marco na inclusão do conceito Socioambiental foi a declaração da então primeira

ministra da Índia , Indira Gandhi: “A pobreza é a maior das poluições”, Estocolmo, 72.

Com a evolução dos estudos Sociais e ambientais, o economista John Elkington cria o

conceito “triple bottom line”, agregando o aspecto econômico aos aspectos Socioambiental.

2.1.2 Construção do Conceito de Desenvolvimento Sustentável

Segundo Bayardino (2004), a definição de Crescimento econômico evoluiu para

Desenvolvimento econômico, veja a evolução:

Crescimento econômico é entendido como o crescimento contínuo do produto nacional em termos globais ao longo do tempo, enquanto desenvolvimento econômico representa não apenas o crescimento da produção nacional, mas, também, a forma como está distribuída social e setorialmente. A evolução do termo crescimento econômico para desenvolvimento econômico incorporou aspectos sociais e políticos objetivando indicar a melhoria da qualidade de vida da sociedade.

Continuando este raciocínio, ao englobar a variável ambiental ao conceito de

Desenvolvimento Econômico (DE), isto é, aquele que já possui em seu escopo os fatores

econômico e social, este evolui para o Conceito de Desenvolvimento Sustentável (DS).

23

Figura 2 – Evolução do conceito de Desenvolvimento Sustentável Fonte: Elaborada pelo autor

A Figura 2 representa a evolução do conceito de Desenvolvimento Sustentável

utilizando o diagrama de Venn.

2.1.3 Responsabilidade Socioambiental

A preocupação que a sociedade vem demonstrando com a qualidade do Meio

Ambiente e com a utilização sustentável dos recursos naturais tem-se refletido na elaboração

de leis ambientais cada vez mais restritivas à emissão de poluentes, à disposição de resíduos

sólidos e líquidos, à emissão de ruídos e à exploração de recursos naturais. Acrescente-se a

tais exigências, a existência de um mercado em crescente processo de conscientização

ecológica, no qual mecanismos como selos verdes e Normas, como a Série ISO 14000,

passam a constituir atributos desejáveis, não somente para a aceitação e compra de produtos e

serviços, como também para a construção de uma imagem ambientalmente positiva junto à

sociedade (NICOLELLA, 2004).

Malheiros (2002) distribui a Gestão Ambiental Empresarial em 3 estágios:

1º Estágio – Postura Reativa:

DE = Desenvolvimento Econômico DS = Desenvolvimento Sustentável

Crescimento Econômico

Aspectos Sociais e Políticos

Variável Ambiental

DE

DS

24

• desenvolvimento da legislação ambiental aplicada às atividades, produtos e serviços

da empresa.

• Solução de problema ou adoção de ações em razão de:

oPressão da sociedade;

odeterminação do órgão de controle ambiental e / ou do Ministério Público,

através de Termos de Compromisso ou Termos de Ajustamento de Conduta;

oDecisão judicial (ações ambientais).

2º Estágio – Postura Adaptativa:

• Conhecimento da legislação ambiental aplicada às atividades, produtos e serviços da

empresa;

• Gerenciamento ambiental voltado para atender e cumprir a legislação ambiental.

3º Estágio – Postura Pró-Ativa:

• Conhecimento da legislação ambiental aplicada às atividades, produtos e serviços da

empresa;

• Postura pró-ativa e de excelência ambiental, com gerenciamento voltado para ir além

do atendimento e do cumprimento da legislação ambiental;

• Antecipações dos problemas ambientais futuros através da prevenção da poluição e

do gerenciamento de riscos;

• Integração da função ambiental ao plane jamento estratégico da empresa.

Chiavenato (2005) defende o modelo dos stakeholders que focaliza suas ações na

sobrevivência da organização, satisfazendo, além dos interesses dos acionistas e proprietários,

os interesses dos diversos parceiros.

A sociedade concedeu a empresa condições e recursos humanos e ambientais o

suficiente para que ela se tornasse uma grande potência, comparada muitas vezes a grandes

países.

A tabela 1 apresenta os sessenta países de maiores PIB (Produto Interno Bruto), de

acordo com o a International Monetary Fund (IMF). Esta tabela também descreve as sessenta

empresas de maiores receitas, conforme a Fortune, 2006. Após esta pesquisa, o PIB e a

receita foram classificados em ordem decrescente, selecionando-se os cem primeiros itens. As

células em amarelo representam as empresas.

25

Tabela 1 – PIB dos países X Receita das empresas

Company / Country Revenues ($ millions) Company / Country Revenues ($ millions) 1 United States 12.438.873,00 51 Venezuela 122.301,00

2 Japan 4.799.061,00 52 ConocoPhillips 121.663,00 3 Germany 2.906.658,00 53 AXA 121.606,30 4 United Kingdom 2.295.039,00 54 Allianz 118.937,20 5 France 2.216.273,00 55 Singapore 116.326,00 6 China 1.843.117,00 56 Volkswagen 110.648,70 7 Italy 1.836.407,00 57 Colômbia 108.731,00 8 Spain 1.120.312,00 58 Citigroup 108.276,00 9 Canadá 1.098.446,00 59 New Zealand 107.670,00

10 Rússia 755.437,00 60 Hungary 107.144,00 11 Índia 749.443,00 61 ING Group 105.886,40 12 Brazil 732.078,00 62 United Arab Emirates 103.006,00 13 Korea 720.772,00 63 Chile 101.526,00 14 México 714.530,00 64 Nippon Telegraph & Telephone 100.545,30 15 Austrália 692.436,00 65 American Intl. Group 97.987,00 16 Netherlands 629.391,00 66 Algeria 97.459,00 17 Belgium 387.840,00 67 Intl. Business Machines 96.293,00 18 Switzerland 384.642,00 68 Philippines 92.586,00 19 Sweden 383.816,00 69 Egypt 91.688,00 20 Taiwan Province of China 345.105,00 70 Nigéria 91.574,00 21 Turkey 340.263,00 71 Siemens 91.493,20 22 Áustria 318.343,00 72 Carrefour 90.381,70 23 Poland 312.257,00 73 Pakistan 90.282,00 24 Wal-Mart Stores 287.989,00 74 Hitachi 83.993,90 25 Norway 285.604,00 75 Assicurazioni Generali 83.267,60 26 BP 285.059,00 76 Ukraine 82.693,00 27 Saudi Arábia 284.895,00 77 Matsushita Electric Industrial 81.077,70 28 Indonésia 284.072,00 78 McKesson 80.514,60 29 Exxon Mobil 270.772,00 79 Honda Motor 80.486,60 30 Royal Dutch/Shell Group 268.690,00 80 Hewlett-Packard 79.905,00 31 Denmark 265.934,00 81 România 79.848,00 32 Greece 230.684,00 82 Nissan Motor 79.799,60 33 South Africa 226.486,00 83 Fortis 75.518,10 34 Ireland 206.467,00 84 Sinopec 75.076,70 35 Finland 204.385,00 85 Berkshire Hathaway 74.382,00 36 Iran, Islamic Republic of 195.200,00 86 ENI 74.227,70 37 General Motors 193.517,00 87 Home Depot 73.094,00 38 Portugal 185.091,00 88 Aviva 73.025,20 39 DaimlerChrysler 176.687,50 89 Peru 72.888,00 40 Thailand 174.545,00 90 HSBC Holdings 72.550,00 41 Hong Kong SAR 172.932,00 91 Deutsche Telekom 71.988,90 42 Toyota Motor 172.616,30 92 Verizon Communications 71.563,30 43 Ford Motor 172.233,00 93 Samsung Electronics 71.555,90 44 Argentina 172.123,00 94 State Grid 71.290,20 45 General Electric 152.866,00 95 Peugeot 70.641,90 46 Total 152.609,50 96 Metro 70.159,30 47 ChevronTexaco 147.967,00 97 Nestlé 69.825,70 48 Malaysia 127.942,00 98 U.S. Postal Service 68.996,00 49 Czech Republic 125.709,00 99 BNP Paribas 68.654,40 50 Israel 122.987,00 100 China National Petroleum 67.723,80 Fonte: Elaborada pelo autor a partir dos dados disponíveis - www.imf.org e http://money.cnn.com em 16/10/2006

26

Pode-se concluir, segundo esta amostra, que 46% das maiores potências mundiais são

empresas e 54% são países. Percebe-se que as organizações oferecem grande influência

econômica na sociedade. Em alguns casos, estas empresas detêm poderes econômicos capazes

de impactar diretamente o desenvolvimento econômico de um país.

Segundo Chiavenato (2005):

A sociedade concedeu esse poder às organizações e deve chamar a empresa para prestar contas do uso desse poder. Para os defensores dessa posição, a organização precisa estar aberta aos problemas sociais e fazer esforços na área de Responsabilidade Socioambiental.

Chiavenato também dividiu o envolvimento socioambiental das organizações em três

graus:

O 1º grau de envolvimento corresponde à abordagem da Obrigação Social e Legal.

Esta abordagem transcreve o modelo do shareholder, o qual foca em otimização do

patrimônio líquido dos acionistas e o cumprimento das obrigações mínimas impostas

pela lei.

O 2º grau de envolvimento corresponde à abordagem da Responsabilidade

Socioambiental. Esta abordagem é uma evolução da 1ª, pois além de atender a

Obrigação Social e Legal, investe em projetos de bem-estar social, sem trazer dano

econômico à organização, com a preocupação de aumentar os lucros e o Patrimônio

Líquido.

O 3º grau de envolvimento é a abordagem da Sensibilidade Socioambiental. Esta

abordagem é o caminho para a sustentabilidade da empresa. A organização, quando

está inserida neste grau de envolvimento, além de possuir metas econômicas, sociais e

ambientais, antecipa os problemas sociais e ambientais do futuro, antes que eles

tornem-se críticos.

Pode-se observar que tanto Malheiros quanto Chiavenato apontam que as empresas

possuem estágios de amadurecimento em suas gestões socioambientais, concluindo que a

proatividade junto à legislação e a antecipação dos problemas sociais ou ambientais são ações

evoluídas pertencentes ao estágio mais adiantado de suas Gestões Ambientais.

27

2.2 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

Segundo Moreira (2001), há uma evolução da Gestão Ambiental para Sistema de

Gestão Ambiental, pois as empresas, que se preocupam somente em evitar riscos e em atender

aos requisitos legais, são reativas e possuem uma Gestão Ambiental incipiente.

Com a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental, as organizações terão os

seguintes benefícios:

•Garantia de melhor desempenho ambiental; •Redução de desperdícios; •Prevenção de riscos (acidentes ambientais, multas, ações judiciais, etc); •Disseminação da responsabilidade sobre o problema ambiental para toda a empresa (a área de meio ambiente passa a atuar como staff ou mesmo se transforma em consultoria externa); •Homogeneização da forma de gerenciamento ambiental em toda a empresa; •Possibilidade de demonstrar consciência ambiental ao mercado nacional e internacional (competitividade); •Boa reputação junto aos órgãos ambientais, à comunidade e ONGs; •Possibilidade de obter financiamentos a taxas reduzidas; •Possibilidade de reduzir custos de seguro; •Benefícios intangíveis, tais como melhoria do gerenciamento, em função da cultura sistêmica, da padronização dos processos, treinamentos e capacitação de pessoal, rastreabilidade de informações técnicas, etc.

2.2.1 ABNT NBR ISO 14001:2004 – Sistema de Gestão Ambiental

A ISO, International Organization for Standardization, ou seja, Organização

Internaciona l de Normalização é uma organização não governamental que está presente hoje

em cerca de 120 países. Esta organização foi fundada em 1946 em Genebra, e sua função é

promover a normalização de produtos e serviços, utilizando determinadas normas, para que a

qualidade dos produtos seja sempre melhorada. No Brasil, o órgão que representa a ISO

chama-se ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

O Comitê Técnico 207 (ISO/TC 207) foi estabelecido pela ISO, em janeiro de 1993,

com a atribuição de elaborar e administrar as normas ambientais. Este TC desenvolveu a

família ISO 14000 para a padronização das questões ambientais.

28

Figura 3 - Organização do ISO/TC 207 e seus Subcomitês e Grupo de Trabalho Fonte: WITTACZIK (2003)

Em junho de 1996 a ISO homologou a primeira norma ambiental, a ISO 14001. Já no

Brasil, a ABNT desenvolveu as normas brasileiras e homologou em outubro deste mesmo ano

a ABNT NBR ISO 14001: Sistema de Gestão Ambiental; Especificações e Diretrizes para

uso.

O TC 207 utilizou a sistemática de Implementação, monitoramento, Avaliação,

Auditoria, Certificação e Manutenção de um Sistema de Gestão Ambiental com o objetivo de

reduzir ou eliminar impactos adversos ao Meio Ambiente (ASSUMPÇÃO, 2004).

Através do Sistema de Gestão Ambiental, as empresas controlam os impactos de seus

processos produtivos, desde a escolha da matéria-prima até o destino final dos resíduos

gerados.

Além disto, há uma cobrança deste controle pelos órgãos ambientais, Ministério

Público, ONGs e a sociedade. Este contexto é relatado na introdução da ABNT NBR ISO

14001:2004:

Organizações de todos os tipos estão cada vez mais preocupadas com o atingimento e demonstração de um desempenho ambiental correto, por meio do controle dos impactos de suas atividades, produtos e serviços sobre o meio ambiente, coerente com sua política e seus objetivos ambientais. Agem assim dentro de um context o de legislação cada vez mais exigente, do desenvolvimento de políticas econômicas e

29

outras medidas visando adotar a proteção ao meio ambiente e de uma crescente preocupação expressa pelas partes interessadas em relação às questões ambientais e ao desenvolvimento sustentável.

A presente norma é baseada na metodologia conhecida como ciclo Plan-Do-Check-Act

(PDCA - Planejar, Executar, Verificar e Agir), vislumbrada na figura 4 a seguir.

Figura 4 – Modelo de Gestão baseado no Ciclo PDCA Fonte: ABNT NBR ISO 14001:2004

É imprescindível que cada etapa deste ciclo seja trabalhada na dosagem certa, para não

gerar diversos problemas. Há casos em que se planejam (P) insuficientemente e na fase de

execução (D) percebem-se os erros e prejuízos decorrentes da falta de planejamento. Há casos

em que se planejam satisfatoriamente, a execução (D) também corre bem, mas não sabem se

chegaram aonde queriam, por não existir mecanismo eficaz de verificação (C). Por último, há

casos em que o desempenho global do sistema é comprometido por não existir rotinas para

análise e tratamento dos problemas detectados na etapa de verificação (C) (MOREIRA,

2001).

A seguir, a interpretação de cada item do Modelo de Gestão.

30

2.2.1.1 Política do Sistema de Gestão Ambiental

A organização declara aos stakeholders, através de sua Política Ambiental, o

comprometimento com o atendimento aos requisitos legais aplicáveis e outros requisitos, com

a prevenção da poluição e com a melhoria contínua do desempenho ambiental.

A Alta Administração fornece uma estrutura para o estabelecimento e análise dos

objetivos e metas ambientais, dentro do escopo definido no Sistema de Gestão Ambiental,

assegurando que a Política Ambiental:

• Seja apropriada à natureza, escala e impactos ambientais de suas atividades, produtos

e serviços;

• Seja documentada, implementadas e mantida;

• Seja comunicada a todas as pessoas que trabalhem na organização ou que trabalhem

em seu nome;

• E esteja disponível ao público.

Na ótica de Maimon (1999), a política ambiental é uma declaração da organização

contendo os princípios e compromissos ambientais. É definida pela alta administração, e é

comunicada aos acionistas, empregados, fornecedores, clientes e comunidade em geral, como,

também, seu conteúdo deve ser entendido por todos e o princípio da melhoria do desempenho

ambiental deve estar presente no escopo da política ambiental.

2.2.1.2 Planejamento

O Planejamento do Sistema de Gestão Ambiental é composto pelos itens abaixo e

serão analisados a seguir:

a) Aspectos Ambientais;

b) Requisitos Legais e Outros Requisitos;

c) Objetivos e Metas;

d) Programas de Gestão Ambiental.

31

a) Aspectos Ambientais: Os aspectos ambientais constituem-se o coração desta

Norma, pois, todos os esforços utilizados no Sistema de Gestão são realizados para controlar

os impactos ambientais maléficos provenientes dos Aspectos ambientais significativos.

É necessário que a organização identifique todos os impactos ambientais

significativos, reais e potenciais, relacionados com suas atividades, produtos e serviços, para

poder controlar os aspectos significativos relacionados a estes impactos e, na medida do

possível, influenciar os seus fornecedores (MOREIRA, 2001).

A organização deve criar uma metodologia para determinar quais aspectos são

significativos para evitar ao máximo a subjetividade. Moreira (2001) complementa este

conceito dizendo:

Por este motivo, é altamente recomendável que o levantamento e a avaliação de aspectos e impactos sejam feitos por pessoas treinadas na metodologia, porém, que os executantes das tarefas sejam envolvidos na análise ambiental dos processos. O resultado da avaliação deve ser um consenso.

Esta metodologia deve ter os seguintes elementos:

• Responsabilidade pela geração do Impacto: Este elemento é necessário para

determinar se o aspecto é gerado pela empresa (Direto) ou está associado a serviços de

terceiros (Indireto), pois a Norma salienta que a organização deve influenciar os seus

fornecedores;

• Relevância: A intensidade da relevância é a soma dos três fatores abaixo:

o Abrangência: Extensão do dano;

o Gravidade: é o grau de capacidade do meio ambiente de suportar ou

reverter os impactos;

o Freqüência / Probabilidade: é a periodicidade que ocorre o aspecto

associado ou a probabilidade da ocorrência (risco). Freqüência e Probabilidade são

fatores excludentes entre si, isto é, utiliza-se um ou outro.

Para melhor entendimento, Moreira (2001), desenvolveu a tabela abaixo discriminando os

critérios de avaliação da relevância do impacto.

32

Tabela 2 – Avaliação da Relevância do Impacto

ABRANGÊNCIA GRAVIDADE

Peso Grau Critério Peso Grau Critério

1 Pontual Atinge somente o Posto de

trabalho 1 Baixa

Danos pouco significativos, reversíveis em curto prazo

3 Local Dentro dos limites da empresa, além do posto de trabalho

3 Média Danos consideráveis, reversíveis em médio prazo

5 Regional / Global

Atinge áreas fora dos limites da empresa

5 Alta Danos severos, efeitos irreversíveis no médio prazo

FREQUÊNCIA PROBABILIDADE Peso Grau Situação Normal / anormal Situação de Risco

1 Baixa Ocorre uma vez por mês, ou menos Pouco provável de ocorrer, remota 3 Média Ocorre m duas vezes ou mais vezes por mês Provável que ocorra

5 Alta Ocorre uma ou mais vezes por dia ou continuamente

Muito provável ou já ocorreu

Resultado da relevância de um impacto = Soma dos pesos obtidos na avaliação Fonte: Moreira (2001)

• Plano de Emergência: Deve ser avaliado se a situação associada a este aspecto é

Normal, Anormal ou de Risco;

• Filtros de Significância: Os filtros de significância vêm atender ainda a requisitos da

Norma e devem compor a metodologia em curso:

oRequisitos Legais e Outros requisitos: Segundo Assumpção (2004), o objetivo

deste filtro é apoiar os gestores, pois eles devem consultar os requisitos legais

identificados antes de tomarem quaisquer decisões.

oPartes Interessadas: O impacto pode estar associado a reclamações de partes

interessadas, compromissos acordados com a comunidade, com órgãos

ambientais, ONGs, etc.

oPolítica Ambiental: Este filtro deve ser acionado se algum impacto estiver na

descrição da Política.

•Situação de Controle: Moreira (2001), incluiu em sua metodologia este item para

fechar a identificação dos impactos significativos. Ele desenvolveu três variáveis

qualitativas para avaliar este item:

oSituação Satisfatória: Os aspectos estão bem gerenciados, resultados de

monitoramento dentro dos padrões legais, existem medidas preventivas e os

operadores foram treinados;

oSituação Razoável: O gerenciamento do aspecto ou do risco é feito, porém

requer a elaboração ou revisão de procedimentos operacionais, treinamento ou

melhorias de pequeno porte ou existem oportunidades claras de aprimoramento;

33

oSituação Insatisfatória: O gerenciamento do aspecto ou risco não está adequado

e requer melhorias de maior porte que exigem aprovação hierárquica superior.

• Conclusão: Moreira (2001), concluiu esta metodologia considerando significativos

os aspectos com impactos adversos que se enquadrem nas três seguintes condições,

simultaneamente:

oNota de relevância maior que 3;

oRelação com um ou mais filtros de significância;

oSituação de Controle “Razoável” ou “Insatisfatória”.

oConsidera-se significativo também um aspecto que obteve relevância igual a

três, mas, analisado em conjunto com outros sites da organização torna-se

relevante (ex.: os consumos de água ou luz de todos os sites somados).

b) Requisitos Legais e Outros Requisitos: O atendimento aos Requisitos Legais e

Outros Requisitos é um compromisso expresso na Política do Sistema de Gestão Ambiental

da organização e devem ser pertinentes aos Aspectos Ambientais identificados.

Os Requisitos Legais são as exigências contidas na legislação e normas Ambientais

sejam Federais, Estaduais ou Municipais. Utiliza-se a norma mais restritiva no caso de existir

mais de uma norma descrevendo sobre o mesmo tema. Primeiramente, observa-se a legislação

federal, depois a estadual e então, a municipal. Havendo requisitos conflitantes, prevalece a

legislação federal. A tabela abaixo apresenta alguns exemplos de legislação ambiental:

Tabela 3 – Relação entre Aspectos Ambientais e Legislação Pertinente

ASPECTO AMBIENTAL

LEGISLAÇÃO ENUNCIADO

Resolução CONAMA 316/2002

Dispõe sobre procedimentos e critérios de Sistemas de Tratamento Térmico de Resíduos

Resolução CONAMA 313/2002

Inventário Nacional de Resíduos Industriais

Resolução CONAMA 307/2002

Estabelece Diretrizes, Critérios e procedimentos para Gestão dos resíduos da Construção Civil

Resolução CONAMA 283/2001

Dispõe sobre tratamento e Disposição final de resíduos de serviços de saúde

Resolução CONAMA 275/2001

Define critérios para a elaboração e implementação de campanhas e reciclagem

Resolução CONAMA 264/2001

Estabelece critérios para o licenciamento ambiental de fornos rotativos de produção de clinquer para co-processamento de

resíduos industriais Resolução CONAMA

258/2001 Estabelece critérios para destinação final de pneumáticos

Resíduos Industriais

Resolução CONAMA 257/2001

Estabelece critérios para destinação final de pilhas e baterias

Resolução CONAMA 267/2001

Dispõe sobre utilização e define plano de eliminação de CFC Produtos Químicos

Lei 96.044/88 Transporte de produtos químicos perigosos

34

Resolução CONAMA 308/2002

Licenciamento ambiental de sistema de disposição final dos resíduos sólidos urbanos gerados em municípios de pequeno

porte Licenciamento

Ambiental Resolução CONAMA

237/1997 Critérios de licenciamento ambiental

Efluentes Líquidos

Resolução CONAMA 20/1986

Parâmetros para descarte de efluentes líquidos provenientes de fontes poluidoras e define classificação de águas

Auditoria Ambiental

Resolução CONAMA 306/2002

Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para a realização de auditorias ambientais

Responsabilidade Ambiental

Lei 9.605/1998 Lei dos crimes ambientais

Fonte: ASSUMPÇÃO, 2004

Os Outros Requisitos aplicáveis são:

• Regulamentos e Normas Técnicas;

• Normas Regulamentadoras emitidas pelo Ministério do Trabalho;

• Outras normas como, CNEM – Comissão Nacional de Energia Nuclear;

• Código de conduta como, Responsible Care;

• Acordos assumidos voluntariamente com órgãos públicos, municipalidade, ONG’s.

A tabela abaixo apresenta alguns exemplos de Outros Requisitos:

Tabela 4 – Relação entre Aspectos Ambientais e Referências Normativas Pertinentes

ASPECTO AMBIENTAL

NORMA TÉCNICA ENUNCIADO

ABNT – NBR 10.004 Resíduos sólidos ABNT – NBR 10.005 Lixiviação de resíduos ABNT – NBR 10.006 Solubilização de resíduos ABNT – NBR 1.183 Armazenamento de resíduos sólidos perigosos

ABNT – NBR 11.175 Incineração de resíduos sólidos perigosos e padrões de desempenho

ABNT – NBR 13.463 Coleta de resíduos sólidos ABNT – NBR 12.808 Resíduos de serviços de saúde ABNT – NBR 11.174 Armazenamento de resíduos classe II e classe III ABNT – NBR 13.221 Transporte de resíduos ABNT – NBR 12.809 Manuseio de resíduos de serviços de saúde

Resíduos Industriais

ABNT – NBR 8.418 Apresentação de projeto de aterro para resíduos industriais perigosos

ABNT – NBR 7.502 Produto químico tóxico e perigoso ABNT – NBR 7.504 Critérios para confecção de envelopes de emergência

Licenciamento Ambiental

ABNT – NBR7.500 Identificação de risco para produtos químicos ABNT – NBR 10.561 Determinação de sólidos sedimentáveis Efluentes

Líquidos ABNT – NBR 12.209 Projeto de estação de tratamento de esgotos sanitários Fonte: ASSUMPÇÃO (2001)

Moreira (2001) entende que o não cumprimento a algum requisito legal não representa

necessariamente obstáculo à certificação, veja os argumentos que justificam a declaração:

35

•O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) deve demonstrar claramente seu

compromisso com o atendimento à legislação;

•O requisito não atendido deve ser identificado e justificado perante as

autoridades ambientais;

•Estabelecimento de acordos com os órgãos competentes;

•Plano de ação ou projeto com disponibilidade de recursos para a solução do

problema.

Neste momento, é importante frisar que se deve identificar se os aspectos ambientais

são Indiretos, ou seja, causados por fornecedores de serviços (ex.: empresa contratada para

transporte e disposição final de resíduos), pois “a organização é responsável pelo resíduo

gerado até sua disposição final e ainda, co-responsável na eventual ocorrência de impactos

ambientais por serviços contratados” (MOREIRA, 2001).

Seguem outros exemplos de outros requisitos relacionados à exigência de Licença

Ambiental dos fornecedores de bens e serviços:

•Licença Ambiental de Recuperadoras de óleo, de baterias de veículo, de

lâmpadas de mercúrio etc;

•Licença Ambiental de empresa fornecedora de serviços de disposição de

resíduos;

•Licença Ambiental dos fornecedores de areia;

•Procedência da madeira;

•Manutenção periódica da frota da empresa contratada envolvida no transporte

dos resíduos da organização.

c) Objetivos e Metas: As definições da Norma deixam claro que as metas são os

desdobramentos dos objetivos, Isto é: se todas as metas forem atingidas, os objetivos serão

automaticamente alcançados (MOREIRA, 2001).

Ao se definir os Objetivos e Metas, deve-se levar em conta:

•Comprometimento com a prevenção da poluição;

•Requisitos Legais e Outros Requisitos;

•Aspectos Ambientais Significativos;

•Opções tecnológicas;

•Requisitos financeiros, operacionais e comerciais, bem como;

•Visão das partes interessadas.

36

A metodologia de identificação dos Aspectos Ambientais Significativos leva em

consideração os Requisitos Legais e a visão das Partes Interessadas, pois há uma integração

entre os elementos da Norma. Segundo Moreira (2001), “configura-se como não-

conformidade à definição de objetivos e metas sem conexão com a avaliação dos aspectos

ambientais”.

Então, é razoável que a organização defina os Objetivos e Metas através de seus

Aspectos e Impactos Significativos.

d) Programa de Gestão Ambiental: A organização deve estabelecer,

implementar e manter programa para atingir seus objetivos e metas.

Os programas devem incluir:

•atribuição de responsabilidade para atingir os objetivos e metas em cada

função e nível pertinente da organização;

•os meios (Moreira entende que os meios são os recursos, custos envolvidos);

•o prazo no qual eles devem ser atingidos.

Para que os Objetivos e Metas sejam atingidos deve-se realizar um adequado

planejamento distribuindo as ações por todas as funções e níveis pertinentes da organização

incluindo os prazos e custos.

Segundo Moreira (2001), Programas são os desdobramentos das metas em Planos de

Ações detalhados contendo, responsáveis, meios e prazos de cada ação.

Segue abaixo uma tabela exemplo contemplando as variáveis de um Programa de

Gestão Ambiental:

Tabela 5 – Planilha de Planejamento de Objetivos e Metas Ambientais

RESULTADOS CUSTOS OBJETIVO META AÇÕES RESP PRAZO

ESPERADOS OBTIDOS PLAN REALIZ.

Instalar hidrômetros nos pontos de consumo

Oficina 06/03

Condições de monitoramento de consumo por

ponto

R$ 5000,00

Implementar Monitoramen

to de Consumo

Oficina 08/03 Idem acima R$ 500,00

REDUZIR CONSUMO DE ÁGUA

REDUZIR CONSUMO

DE ÁGUA EM 10% (Base-

consumo médio de 2002 – 20 m3/mês) Promover

treinamento do pessoal

Gestor ambiental 12/03

Pessoal motivado Redução de 12%

no consumo R$ 2000,00

Fonte: ASSUMPÇÃO (2004)

37

Pode-se observar que o “programa” desta tabela confunde-se com o Objetivo. Poderia-

se denominar o programa como: programa de redução do consumo de água, mas o fato é que

todos os programas devem estar relacionados a algum objetivo e meta.

Considera-se este assunto importante, pois percebe-se que alguns profissionais da área

de gestão consideram a tabela acima inacabada, faltando o “programa”. Conclui-se, após

pesquisar na literatura disponível (MAIMON; MOREIRA; VALLE) conclui que o Programa

é o conjunto das variáveis requeridas pela Norma caracterizando um Plano de Ação.

2.2.1.3 Implementação e operação

Wittaczik (2003) resumiu esta etapa de implementação e operação do SGA com o

seguinte conteúdo:

A empresa terá que definir todas as funções, responsabilidades e autoridades dentro da organização, além de serem documentadas e comunicadas a todos, com o objetivo de facilitar a efetiva implementação da política ambiental e cumprimento dos objetivos e metas preestabelecidos. Para isso, devem ser fornecidos todos os recursos necessários, desde recursos humanos qualificados, tecnologia e recursos financeiros para o bom desempenho de acordo com a norma ISO 14001.

Seguem os itens que compões esta etapa, segundo a ABNT NBR ISO 14001:2004:

a) Recursos, Funções, Responsabilidades e Autoridades – Uma Organização que tem

um Sistema de Gestão Ambiental implantado diferencia-se pela disseminação da

responsabilidade ambiental por toda estrutura organizacional, não concentrando os assuntos

ambientais somente no departamento de meio ambiente (MOREIRA, 2001).

b) Competência, Treinamento e Conscientização – Todas as funções devem ser

treinadas no Sistema de Gestão Ambiental e devem ser mapeadas para treinamentos nas

tarefas que possam gerar riscos ambientais em suas funções.

Os aspectos e impactos identificados como significativos devem ter um controle

operacional através de procedimentos.

Cada função deve ser competente com base em formação apropriada (educação),

treinamento ou experiência e deve ser treinada nos procedimentos a ela relacionados.

Moreira ressalta que este é um requisito-chave para o sucesso da implantação de

qualquer sistema de Gestão:

38

O sistema só estará implantado quando as pessoas estiverem suficientemente conscientizadas e treinadas para realizarem suas atividades de maneira ambientalmente responsável.

c) Comunicação – Os aspectos e impactos devem ser comunicados internamente entre

os empregados e a comunicação externa dos aspectos e impactos significativos fica a critério

da organização, devendo esta decisão ser formalizada no procedimento de comunicação.

As comunicações pertinentes de partes interessadas externas devem ser registradas,

com suas respostas, para servirem de insumo para a Análise Crítica, item 4.6.

Um bom processo de comunicação com as partes interessadas pode melhorar a

imagem da organização e reduzir futuros problemas ambientais. A comunidade participa com

a organização nas soluções de problemas ambientais, tornando-se parceira.

d) Documentação – A Norma ISO 14001 aponta neste item quais são os componentes

da documentação do Sistema da Gestão Ambiental. Esta documentação normalmente é

chamada de Manual do Sistema. Encontra-se no final deste trabalho o anexo 1 contendo uma

sugestão para documentação do SGA segundo Moreira.

A Norma ISO 9001 apresenta a estrutura e hierarquia abaixo:

Figura 5 – Estrutura da Documentação

Fonte: ABNT NBR ISO 9001: 2000

e) Controle de Documentos – A organização deve elaborar procedimento para controle

dos documentos relacionados ao Sistema de Gestão Ambiental. Este controle refere-se à

aprovação, análise, atualização, revisão, identificação das alterações, disponibilidade,

Manual do

SGA

Procedimentos do Sistema

Instruções de Trabalho

REGISTROS DO SGA

ESTRATÉGICO

TÁTICO

OPERACIONAL

COMPROVAÇÃO

TIPO NÍVEL FINALIDADE

GERAL

COMO

EVIDÊNCIAS

QUEM, O QUÊ, QUANDO

39

legibilidade, identificação, documentos externos, utilização não intencional de documentos

obsoletos e identificação dos documentos obsoletos retidos.

Toda força de trabalho pertencente à organização que utiliza esta Norma deve receber

treinamento deste procedimento.

f) Controle Operacional – Os aspectos e impactos ambientais significativos são

identificados para que os mesmos possam ser controlados evitando desvios em relação à

política, objetivos e metas ambientais.

A Norma aponta a obrigatoriedade da criação de procedimentos com critérios

operacionais baseados nos objetivos e metas e na legislação ambiental para garantir o nível de

desempenho ambiental compromissado na política ambiental (MOREIRA, 2001).

g) Preparação e Atendimento a Emergências – Analogamente ao item anterior, as

situações emergenciais devem ser identificadas na etapa de planejamento para que no caso de

uma situação emergencial real, os impactos associados possam ser mitigados.

Segundo MOREIRA, o atendimento emergencial para os acidentes de menor

abrangência restritos ao posto de trabalho deve ser planejado no procedimento de controle

operacional (item anterior) e as situações emergenciais associadas aos acidentes de maior

abrangência devem ser mapeadas nos planos de emergências.

Os procedimentos contidos no plano de emergência devem ser periodicamente

treinados, avaliados e revisados para a melhoria contínua do mesmo e em particular, após a

ocorrência de uma situação emergencial ou acidente ambiental.

2.2.1.4 Verificação

A etapa de verificação compreende 5 itens, são eles:

a) Monitoramento e Medição: Segundo Moreira (2001), Monitorar, no contexto da

norma, é o acompanhamento de dados sobre características de aspectos ambientais

significativos e sua comparação com padrões legais aplicáveis. Portanto, os equipamentos

utilizados para monitorar e medir devem estar calibrados e seus registros devem ficar retidos.

Nota-se que neste ponto a Norma pede que se faça o monitoramento e medição dos

impactos significativos identificados na etapa de planejamento. Esta medição é insumo dos

indicadores de desempenho operacional derivados dos objetivos ambientais.

40

A avaliação de desempenho ambiental é ampla e inclui, além do desempenho

operacional estudado acima, o desempenho gerencial, conforme item 1.3 deste trabalho.

Como as não-conformidades são tratadas nesta etapa de verificação, o desempenho gerencial

também deve estar compreendido nesta etapa.

Portanto, presume-se que o Plano de Monitoramento desenvolvido neste item

compreenda quaisquer processos referentes ao desempenho ambiental do sistema de gestão

ambiental e não somente aqueles operacionais.

b) Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros requisitos por ela subscritos:

A metodologia aplicada no estudo do caso deste trabalho aponta que os impactos

significativos têm requisitos legais aplicáveis, portanto, os requisitos legais e outros requisitos

são identificados na etapa de planejamento.

As características dos indicadores de desempenho ambiental são definidas na

legislação ambiental consultada, quando couber. Segue abaixo os principais assuntos a serem

abordados nas consultas:

• Classificação de coleções de águas;

• Padrões de qualidade das águas;

• Padrões de lançamento de efluentes nas coleções de águas;

• Padrões de qualidade do ar;

• Padrões para emissão de poluentes na atmosfera;

• Padrões de emissão de ruídos.

c) Não-conformidade, ação corretiva e ação preventiva: Os problemas do Sistema de

Gestão Ambiental devem ser resolvidos. Segundo Moreira (2001), anomalias, não-

conformidades, produtos não-conformes, reclamações de cliente, defeitos, atrasos etc são

problemas.

Estudou-se aqui o tratamento das não-conformidades mencionadas na ABNT NBR

ISO 14.001:2000. Seguem abaixo os conceitos referidos neste item:

• Não-conformidade – não atendimento de um requisito (ISO 14.001);

• Ação corretiva – ação para atuar na causa do problema com o objetivo de eliminar a

possibilidade de sua reincidência, MOREIRA, 2001;

• Ação preventiva – ação para eliminar a causa de uma potencial não-conformidade,

(ISO 14.001);

• Ação mitigadora – visa minimizar os danos decorrentes de um problema (ISO

14.001);

41

As fontes de identificação de não-conformidades são: monitoramento ambiental

(indicador fora dos limites ou com tendência de sair dos limites), auditorias, sugestões de

funcionários, reclamações de partes interessadas etc.

O fluxograma abaixo apresenta uma forma estruturada da ação corretiva.

Figura 6 – Fluxo básico para procedimento de ações corretivas Fonte: MOREIRA, 2001

d) Controle de Registros: Os documentos dizem respeito ao que se deve fazer e / ou

como deve ser feito enquanto os registros são comprovantes do que foi feito.

Os documentos podem ser revisados enquanto os registros são estanques. Seguem

alguns exemplos de registros, segundo Moreira (2001):

• Resultado de monitoramento;

Início

Identificação e registro da não-

confomidade

Verificação da abrangência e análise

das causas

Definição das causas fundamentais

Definição do plano de ação para eliminar as

causas

Aprovação do plano de ação

Acompanhamento do plano de ação

Verificação da eficácia do plano de

ação

OK?

Padronização ou alteração dos padrões

Fim

N

S

42

• Lista de presença de treinamento;

• Relato de não-conformidade;

• Relato de auditoria;

• Alvará;

• Licença de captação de água;

• Resposta a reclamações de partes interessadas;

• Ata de reunião de análise crítica do SGA.

e) Auditoria Interna: Entende-se por auditoria interna ou auditoria de 1ª parte, aquela

em que a própria empresa conduz o processo de auditoria. A auditoria de 2ª parte é aquela em

que algum cliente da empresa conduz a auditoria por força contratual e auditoria de 3ª parte é

aquela conduzida por alguma entidade independente, normalmente um organismo certificador

(MOREIRA, 2001).

Então, a auditoria interna é a verificação periódica do que foi estabelecido na política,

objetivo e metas da empresa, de forma a verificar se o sistema de gestão ambiental está em

conformidade com os padrões planejados, se foi devidamente implementado e mantido, além

de fornecer à alta administração informações relativas aos resultados das auditorias

(WITTACZIK, 2003).

2.2.1.5 Análise pela Administração

Esta é a ultima etapa do processo de implementação do Sistema de Gestão Ambiental.

A Administração deve analisar o SGA para assegurar a sua contínua adequação, pertinência e

eficácia.

A maioria das entradas para esta análise foi gerada na etapa anterior (Verificação),

veja os itens mínimos para entrada exigidos pela Norma:

a) resultados das auditorias internas e das avaliações do atendimento aos requisitos

legais e outros subscritos pela organização;

b) comunicação(ões) proveniente(s) de partes interessadas externas, inc luindo

reclamações;

c) o desempenho ambiental da organização;

d) extensão na qual foram atendidos os objetivos e metas;

43

e) situação das ações corretivas e preventivas;

f) ações de acompanhamento das análises anteriores;

g) mudança de circunstâncias, incluindo desenvolvimentos em requisitos legais e

outros relacionados aos aspectos ambientais, e

h) recomendações para melhoria.

Concluindo o ciclo PDCA, as saídas desta etapa são relativas à melhoria contínua do

Sistema de Gestão Ambiental e remetem a um replanejamento do SGA. A ABNT NBR ISO

14.001:2004 confirma o argumento acima através de seu último parágrafo:

As saídas da análise pela administração devem incluir quaisquer decisões e ações relacionadas a possíveis mudanças na política ambiental, nos objetivos, metas e em outros elementos do sistema da gestão ambiental, consistentes com o comprometimento com a melhoria contínua.

2.3 INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL

Em 1997, A Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES), em

parceria com a United Nations Environment Programme (UNEP), criou a GRI com a intenção

de elevar as práticas de relatórios de sustentabilidade ao mesmo nível das práticas dos

relatórios financeiros. A GRI convocou um Grupo de trabalho, composto de empresas, ONGs

ambientais e sociais, organizações de contabilistas, sindicatos, investidores e outras partes

interessadas, para desenvolver o Relatório de Sustentabilidade da GRI.

Uma grande parte dos stakeholders utiliza o Relatório Socioambiental formulado pela

Global Reporting Initiative (GRI) para consulta. Neste documento, encontram-se todas as

informações necessárias para suas análises econômicas, sociais e ambientais.

Segundo a GRI, os indicadores de desempenho são necessários para fornecer

informações sobre os impactos econômicos, ambientais e sociais de uma organização de

modo que se faça presente o princípio de comparabilidade entre os relatórios de

sustentabilidade anteriores da organização e entre os relatórios de sustentabilidade dos pares

da organização.

O Desempenho Ambiental da organização deve refletir o contexto principal do

Sistema de Gestão Ambiental, Política Ambiental, Objetivos e Metas. Este desempenho

Ambiental é medido através de Indicadores Ambientais.

44

A Norma ABNT NBR ISO 14001 cita, no item 4.6 – Análise pela Administração, que

o Desempenho Ambiental é um dos registros de entrada necessário para a reunião periódica

de análise pela administração.

Esta Norma define o termo Desempenho Ambiental assim: “Resultados mensuráveis

da gestão de uma organização sobre seus aspectos ambientais. (no contexto de sistemas da

gestão ambiental, os resultados podem ser medidos com base na política ambiental, objetivos

ambientais e metas ambientais da organização e outros requisitos de desempenho ambiental)”.

Já a ABNT NBR ISO 14031, confirma a importância de se medir o Desempenho

Ambiental em sua introdução:

Muitas organizações estão buscando caminhos para compreender, buscar e melhorar o seu Desempenho Ambiental . Isso pode ser obtido administrando com eficácia aqueles elementos de suas atividades, produto e serviços que podem impactar significativamente o Meio Ambiente.

As informações podem gerar indicadores qualitativos ou quantitativos. A GRI

estimula o uso de indicadores quantitativos, mas, algumas informações tornam as medições

quantitativas impossíveis, por exemplo, uma medida quantitativa de suborno não revelaria o

esforço para eliminá- lo, enquanto uma organização que não se envolve em suborno teria um

indicador zerado.

Embora os indicadores qualitativos expliquem com mais clareza alguns aspectos, o

que se pretende neste trabalho, é apresentar um estudo sobre Indicadores Quantitativos à luz

da Norma ABNT NBR ISO 14031.

2.3.1 Indicadores Quantitativos

Segue um estudo preliminar sobre indicadores quantitativos retirados do Relatório de

Sustentabilidade da GRI.

45

2.3.1.1 Números absolutos

Os números absolutos são utilizados para relatar a magnitude de informações

(tolerância, teto ou limite) para um resultado genérico. Em geral, os usuários avaliam estes

dados em relação à outra organização ou a algum padrão de referência. Por exemplo, a

quantidade total de fósforo liberada em um rio permite ao usuário avaliar a gravidade da

poluição em relação à capacidade de tolerância do rio. Outros exemplos de indicadores

quantitativos absolutos são a receita líquida e quantidade de empregados.

2.3.1.2 Números Proporcionais (Índices)

Os índices relacionam dois números absolutos, fornecendo um contexto para ambos.

Muitas interpretações dos usuários se fazem através de índices. Seguem alguns exemplos

clássicos destes indicadores proporcionais:

a) Índices de produtividade e eficiência:

• Produtividade trabalhista: barril de óleo / total de empregados;

• Produtividade de recursos: receita líquida / barril de óleo;

• Ecoeficiência de processo: vendas líquidas / tonelada de CO2 equivalente;

• Ecoeficiência funcional: Km / l (Automóvel);

• Eficiência financeira: lucro / ação.

b) Índices de intensidade:

• Intensidade da emissão: ton de SO2 / Kw;

• Intensidade de resíduos: total de resíduo / 1.000 barris de óleo;

• Intensidade de recursos: uso de Kw / plataforma de produção.

c) Porcentagem:

• Rendimento do processo: input/output;

• Porcentagem de reciclagem: fração de resíduo reciclado / total de resíduos;

• Quotas: total de mulheres em cargos gerenciais / total de empregados;

• Desempenho financeiro: retorno / ativos operacionais.

46

2.3.2 ABNT NBR ISO 14031:2004

Esta Norma apresenta um processo de Avaliação de Desempenho Ambiental (ADA),

para dar suporte aos requisitos da ABNT NBR ISO 14001.

A Avaliação de Desempenho Ambiental é um processo contínuo e planejado que

provém uma gestão de informações confiáveis para verificar se o Desempenho Ambiental está

adequado aos critérios estabelecidos pela organização.

Este processo corre paralelamente ao processo da ABNT NBR ISO 14001:2004, pois

tanto esta quanto a ABNT NBR ISO 14031:2004 utilizam o modelo PDCA, representado na

figura abaixo:

Figura 7 – Avaliação de Desempenho Ambiental Fonte: Adaptado do Modelo da ABNT NBR ISO 14031:2004

Este trabalho limita-se à fase de planejamento, pois a proposta é de escolha de

indicadores ambientais para uma balsa guindaste e de lançamento.

A ADA pode auxiliar na identificação dos Aspectos Ambientais significativos e dos

critérios de Desempenho Ambiental e com base nestes critérios, juntamente com as Auditorias

PLANEJAR

Planejamento da avaliação de desempenho ambiental Seleção de indicadores para avaliação

de desempenho ambiental

FAZER

Utilização de dados e informações

Dados Informação Resultados

Coleta de dados

Análise e conversão de dados

Avaliação da informação

Relato e comunicação

CHECAR E AGIR

Análise crítica e melhoria da avaliação de desempenho ambiental

47

Ambientais, a organização avalia o seu Desempenho Ambiental, identificando os pontos

críticos que precisam ser melhorados.

A ADA compreende duas categorias de indicadores, quais são: Indicadores de

Desempenho Ambiental (IDA) e Indicadores de Condição Ambiental (ICA).

Por sua vez, existem dois tipos de IDA: Indicadores de Desempenho Gerencial (IDG)

e Indicadores de Desempenho Operacional (IDO).

A figura abaixo, representa graficamente as categorias da ADA e os tipos de IDA.

Figura 8 – Avaliação de desempenho Ambiental e seus indicadores Fonte: Elaborada pelo autor

Conceitos:

IDG – é um tipo de Indicador de Desempenho Ambiental (IDA) que fornece

informações sobre esforços gerenciais para influenciar o desempenho ambiental das

operações da organização;

IDO – é um tipo de Indicador de Desempenho Ambiental (IDA) que fornece

informações sobre o Desempenho Ambiental das operações da organização;

ICA – Estes indicadores fornecem informações sobre a condição do Meio Ambiente.

A Organization for Economic co-operation and Development (OECD), importante

organização com 30 países membros que trata sobre cooperação econômica e

desenvolvimento entre os países desde 1961, utiliza o modelo PSR (Pressure-State-Response)

como base de identificação de seus Indicadores Ambientais.

Este modelo compreende três variáveis ambientais que se relacionam entre si: Pressão,

Estado e Resposta. A figura a seguir esquematiza estas variáveis.

Avaliação de Desempenho Ambiental

(ADA)

Indicadores de Desempenho Ambiental

(IDA)

Indicadores de Desempenho Gerencial

(IDG)

Indicadores de Desempenho Operacional

(IDO)

Indicadores de Condição Ambiental

(ICA)

48

Figura 9 - Estrutura conceptual do modelo PER da OCDE Fonte: Gomes, 2000

Através deste esquema, verifica-se que a Pressão é caracterizada pelas pressões das

ações humanas sobre os sistemas ambientais. Exemplos de indicadores de Pressão: emissão de

contaminantes, eficiência tecnológica, intervenção no território e impactos ambientais;

O Estado reflete, em um dado espaço / tempo, a qualidade do Meio Ambiente.

Exemplos de indicadores de Estado: sensibilidade, risco e qualidade ambiental;

As reações da sociedade às preocupações ambientais e às alterações do Meio

Ambiente, como, adesão a programas ou implementação de medidas em prol do Meio

Ambiente, são avaliadas pela Resposta. Exemplo de indicadores de Resposta: adesão

socioambiental, sensibilização e atividades de grupos sociais importantes.

Segundo Dellamea (2005), embora os indicadores do modelo PSR sejam mais amplos

que os indicadores da ABNT NBR ISO 14031 por eles abrangerem ações governamentais e os

da ISO, limitarem-se à gestão da organização, eles também apresentam semelhanças com as

classes de indicadores da Norma ABNT NBR ISO 14031, conforme tabela abaixo:

49

Tabela 6 – Semelhanças entre os indicadores da ISSO 14031 e os indicadores do modelo PSR da EOCD

ADA PSR

IDO PRESSÃO

ICA ESTADO

IDG RESPOSTA

Fonte: Elaborada pelo autor

Os Indicadores de Desempenho Operacional (IDO) medem as ações humanas, como

resíduos e efluentes também discriminados em Indicadores de Pressão do PSR. Os programas

ambientais, treinamentos e recursos para investimentos ambientais são exemplos de

Indicadores de Desempenho Gerencial (IDG) assim como, Indicadores de Resposta do PSR.

Já, a temperatura global e qualidade do ar são Indicadores de Condição Ambiental (ICA) e

também, Indicadores de Estado da PSR.

A ABNT NBR ISO 14031:2004 apresenta as inter-relações dos indicadores da

Avaliação de Desempenho Ambiental através da figura a seguir:

Figura 10 – Inter-relações entre os indicadores da ADA Fonte: Adaptado de Modelo da ABNT NBR ISO 14031:2004

Legenda

Fluxo de informação: Fluxo de entrada e saída relativo às operações da organização: Fluxo de decisão:

CONDIÇÃO DO

MEIO AMBIENTE (ICA)

A ORGANIZAÇÃO (IDA)

PARTES INTERESSADAS

CONDIÇÃO AMBIENTAL E OUTRAS FONTES

AS OPERAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO (IDO)

INSTALAÇÕES FÍSICAS E

EQUIPAMENTOS

ENTRADAS FORNECIMENTO

SAÍDAS DISTRIBUIÇÃO

A GERÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO (IDG)

50

2.3.2.1 Planejamento da avaliação de desempenho ambiental (ADA)

É desejável que o planejamento da ADA seja baseado em:

• Aspectos Ambientais significativos que a organização possa controlar ou influenciar,

conforme reza, também, a ABNT NBR ISO 14001:2004;

• Critérios de Desempenho Ambiental;

• Visão das Partes Interessadas.

Seguem abaixo alguns tipos de abordagem para seleção de indicadores:

• Causa e Efeito: Este método consiste em criar indicadores através da análise das

causas básicas dos aspectos ambientais significativos. Por exemplo: a organização

determinou que a emissão de particulados é causada por uma manutenção inadequada

à Indicador: Quantidade de emissões diárias de particulado (IDO) e verba alocada

para a manutenção preventiva (IDG);

• Riscos: Os riscos podem ser:

o Probabilísticos: o processo mais provável que possa liberar

contaminantes ao Meio Ambiente. Um indicador apropriado seria a quantidade de

treinamento neste processo (IDG);

o Riscos para a saúde humana: Consiste em determinar qual o material

que pode causar risco à saúde dos trabalhadores em longo prazo. Quantidade de

emissões deste material seria um exemplo de IDO;

o Risco Financeiro: Consiste em determinar os elementos dos aspectos

ambientais cujos custos sejam mais significativos e, por conseguinte, selecionar

os indicadores apropriados. Exemplos: Custo do material mais dispendioso

(IDO), Custo de recuperação deste material (IDG) e percentagem deste material

em relação ao resíduo (IDO).

o Riscos para a sustentabilidade: Exemplo, alocação de verba para

substituição do clorofluorcarbono (IDG).

• Ciclo de vida: Foi determinado que o material não renovável utilizado na embalagem

de um produto é o aspecto mais significativo deste produto. Um possível IDO seria a

quantidade deste material não renovável devolvido ao cliente para reutilização.

51

2.3.2.1.1 Seleção de Indicadores de Desempenho gerencia l – IDG

A organização pode criar indicadores para medir os esforços gerenciais desprendidos

para a melhoria do Sistema de Gestão Ambiental. Seguem abaixo alguns temas apropriados

para serem desdobrados em Indicadores de Desempenho Gerencial:

• Implementação da Política e Programas;

• Conformidade;

• Desempenho Financeiro;

• Relações com a Comunidade

2.3.2.1.2 Seleção de Indicadores de Desempenho Operacional - IDO

A figura abaixo representa as entradas e saídas de um processo produtivo, abordando

diversos Indicadores de Desempenho Operacional.

52

Figura 11 – As operações da Organização (com detalhes adicionais) Fonte: ABNT NBR ISO 14031:2004

ENTRADAS SAÍDAS

MATERIAIS PRODUTOS • Processados, reciclados,

reutilizados ou matéria -prima

• Recursos naturais

ENERGIA

• Total ou tipos de energias usadas

SERVIÇOS DE APOIO ÀS OPERAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO

• Limpeza, zeladoria e jardinagem

• Manutenção, transporte e entrega

• Informações e comunicação

• Segurança patrimonial • Alimentos e refeições • Disposição dos resíduos • Outros serviços

contratados

INSTALAÇÕES FÍSICAS E

EQUIPAMENTOS

• Projeto • Instalação • Operação • Manutenção • Uso do solo

FORNECIMENTO

• Principais produtos • Subprodutos • Materiais reciclados e

reutilizados

SERVIÇOS FORNECIDOS PELA ORGANIZAÇÃO

RESÍDUOS • Sólidos / líquidos • Perigosos não-perigosos • Recicláveis / reutilizáveis

EMISSÕES

• Emissões para o ar • Efluentes para a água e

solo • Ruído, calor, vibração,

radiação e luz

DISTRIBUIÇÃO

53

3 METODOLOGIA

Caracterização da Pesquisa - A intenção do pesquisador, ao adotar a pesquisa

qualitativa, é com a compreensão de um grupo social, de uma organização ou de uma

instituição e não com a representatividade numérica do grupo pesquisado (GOLDBERG,

2000).

Portanto, a abordagem predominante desta pesquisa é qualitativa, visto que não se

utilizaram dados numéricos ou estatísticos para fundamentar seus argumentos.

Tipo da Pesquisa - Segundo os critérios de Vergara (1997), os tipos de pesquisas são

relativos aos meios e fins almejados.

Os meios utilizados neste estudo foram a pesquisa bibliográfica, para um

aprofundamento teórico, e uma pesquisa de campo.

A pesquisa bibliográfica serviu de suporte para o estudo de caso e foi descrita no

capítulo 1 deste estudo, Revisão da Literatura, onde se aprofundou em temas como Meio-

Ambiente, Avaliação de Desempenho Ambiental, Indicadores Ambientais e Sistema de

Sistema de Gestão Ambiental. Estas pesquisas foram realizadas em livros, artigos,

dissertações, teses e Internet.

Neste trabalho, a pesquisa de campo usou como instrumento um estudo de caso.

Selecionou-se a Balsa Guindaste e de Lançamento (BGL) para esta aplicação. Segundo Santos

(1999), o estudo de caso é caracterizado pela escolha de um objeto de pesquisa restrito, como

um fato ou fenômeno, com a finalidade de se aprofundar no tema proposto,desprendendo do

pesquisador um esforço intelectual e a capacidade de observação.

A maior vantagem da utilização do estudo de caso é a flexibilidade na sua execução,

permitindo a ampliação ou redirecionamento dos objetivos em função de uma melhor

utilização dos dados coletados. A principal limitação da utilização de um estudo de caso é que

os resultados obtidos não podem ser generalizados.

Quanto aos fins, conforme Trivinõs (1995), esta pesquisa pode ser caracterizada

como exploratória / descritiva. Descritiva porque pretende descrever os fenômenos e fatos de

determinada realidade e exploratória porque visa o levantamento de questões e hipóteses.

Técnica de Coleta de Dados - A coleta de dados foi realizada, inicialmente, através de

levantamentos exploratórios de documentos do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) da BGL

quando foi feito o diagnóstico inicial e, posteriormente, por meio de levantamentos no campo

que foram realizados na própria BGL.

54

Tipos de Dados – Os dados podem ser classificados de dados primários e dados

secundários. Os dados primários são obtidos através de declaração do detentor dos dados

(MATTAR, 1999).

Os dados secundários são os dados existentes na empresa, como boletins, publicações,

relatórios e normas (MARTINS, 1994).

Para as fontes de coleta de dados secundários foram utilizados informações dos

documentos do SGA, dissertações, teses, artigos, revistas, jornais, entre outros.

Então, através da coleta e análise dos dados, foi realizado o diagnóstico do SGA da

BGL, foi desenvolvida uma metodologia para identificação dos aspectos e impactos

significativos e, por último, foram propostos objetivos específicos e seus indicadores

ambientais para a Balsa Guindaste e de Lançamento (BGL), com base na Norma ABNT NBR

ISO 14001:2004.

55

4 A BALSA GUINDASTE E DE LANÇAMENTO - BGL

Neste capítulo, desenvolve-se a segunda parte do trabalho, o Estudo de Caso, onde é

apresentado o caso da BGL, seguindo os Objetivos Específicos elencados na Introdução.

Neste capítulo, é realizado um diagnóstico do Sistema de Gestão Ambiental da BGL.

A BGL é uma Balsa Guindaste e de Lançamento, possui 121,92 m de comprimento,

30,48 m de largura e acomoda a bordo 234 pessoas.

Destina-se a instalações de dutos rígidos, plataformas e estruturas submarinas.

Figura 12 – BGL Fonte:

A BGL é um ativo da ENGENHARIA da PETROBRAS e é administrada pelos

Serviços de Instalações Marítimas (SIMA). O SIMA é uma unidade de operações

offshore com infra-estrutura de apoio logístico. Sua missão é atender a demandas de

instalações marítimas da empresa pesquisada no Brasil e no exterior, estando subordinado à

área de Implementação de Empreendimentos para a Unidade de negócios de Exploração e

Produção de óleo e gás (E&P) e Transporte Marítimo (IEEPT) da ENGENHARIA.

Seguem, para melhor entendimento do exposto, o organograma simplificado da

ENGENHARIA e o organograma gerencial do SIMA:

56

Figura 13 – Organograma Simplificado da Engenharia Fonte: Intranet Petrobras - Engenharia, acesso em 17/09/2007.

Figura 14 – Organograma do SIMA Fonte: Intranet Petrobras - Engenharia, acesso em 17/09/2007.

Gerente

Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde - QSMS

Planejamento e Controle - PC

Canteiro de São Roque do

Paraguaçu - CSR

Manutenção e Suprimento

MS

Balsa Guindaste e de Lançamento

BGL1

Logística e Operações

Especiais - LOE

Gerente Executivo

Apoio à Gestão Serviços e Logística

Implementação de Empreendimentos

para E&P e Transporte Marítimo

Implementação de Empreendimentos para Transporte

Dutoviário, Gás e Energia

Implementação de Empreendimentos

para Abastecimento

Recursos Humanos

Serviços de Instalações Marítimas - SIMA

57

4.1 DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA (SGI) DA BGL

4.1.1 Política do SIMA

O Gerente dos Serviços de Instalações Marítimas (SIMA) referenda a política de

QSMS da Engenharia, apresentada abaixo, a qual expressa a responsabilidade e o

compromisso de toda a força de trabalho do SIMA:

Toda a força de trabalho da ENGENHARIA é responsável e comprometida com a qualidade, a segurança, a proteção do meio ambiente e a saúde nas atividades de implementação de empreendimentos e prestação de serviços de engenharia para o Sistema Petrobras.

- Compromissos da Engenharia:

• Buscar a satisfação do cliente atendendo aos requisitos acordados;

• Reconhecer os aspectos de meio ambiente e perigos à segurança e saúde ocupacional

associados às suas atividades;

• Adotar ações para a prevenção da poluição e proteção do ser humano, considerando

as demandas de partes interessadas;

• Assegurar o atendimento à legislação de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, aos

requisitos de SMS do Sistema Petrobras e outros requisitos relacionados aos seus

produtos;

• Buscar a excelência empresarial, promovendo a melhoria contínua do seu Sistema de

Gestão Integrada.

• Em consonância com as 15 diretrizes de SMS do Sistema PETROBRAS que

seguem:

- Liderança e Responsabilidade

A Engenharia, ao integrar segurança, meio ambiente e saúde à sua estratégia de

prestadora de serviço, firma o compromisso de toda sua força de trabalho com a busca da

excelência nessas áreas.

-Conformidade Legal

As atividades da Engenharia devem estar em conformidade com a legislação vigente

nas áreas de segurança, meio ambiente e saúde.

58

-Avaliação e Gestão de Riscos

Os riscos inerentes às atividades da Engenharia devem ser identificados, avaliados e

gerenciados de modo a evitar a ocorrência de acidentes e / ou minimizar os seus efeitos.

-Novos Empreendimentos

Os novos empreendimentos devem estar em conformidade com a legislação e

incorporar, em todo o seu ciclo de vida, as melhores práticas de segurança, meio ambiente e

saúde.

-Construção e Montagem

As atividades da Engenharia devem ser executadas de acordo com procedimentos

estabelecidos e utilizando instalações, materiais e equipamentos adequados, inspecionados e

em condições de assegurar o atendimento às exigências de segurança, meio ambiente e saúde.

-Gestão de Mudanças

Mudanças, temporárias ou permanentes, devem ser avaliadas visando a eliminação e /

ou minimização de riscos decorrentes de sua implantação.

-Aquisição de Bens e Serviços

O desempenho em segurança, meio ambiente e saúde de fornecedores deve ser

compatível com o do Sistema PETROBRAS.

-Capacitação, Educação e Conscientização

A capacitação, a educação e a conscientização devem ser continuamente promovidas,

de modo a reforçar o comprometimento da força de trabalho com o desempenho em

segurança, meio ambiente e saúde.

-Gestão de Informações

As informações e conhecimentos relacionados com a segurança, meio ambiente e

saúde devem ser precisos, atualizados e documentados.

-Comunicação

As informações relativas à segurança, meio ambiente e saúde devem ser comunicadas

com clareza, objetividade e rapidez.

-Emergência

As situações de emergência devem ser previstas e enfrentadas com rapidez e eficácia

visando a máxima redução de seus efeitos.

-Relacionamento com a Comunidade

A Engenharia deve zelar pela segurança das comunidades onde atua, bem como

mantê- las informadas sobre impactos e / ou riscos eventualmente decorrentes de suas

atividades, tanto do ponto de vista de SMS como social e econômico.

59

-Análise de Acidentes e Incidentes

Os acidentes e incidentes decorrentes das atividades da Engenharia devem ser

analisados, apurados, documentados e divulgados, de modo a evitar sua repetição e / ou

assegurar a minimização de seus efeitos.

-Gestão de Produtos

A Engenharia deve zelar pelos aspectos de segurança, meio ambiente e saúde, desde o

início da implementação do empreendimento até a sua entrega ao cliente.

-Processo de Melhoria Contínua

A melhoria contínua do desempenho em segurança, meio ambiente e saúde deve ser

promovida em todos os níveis da Engenharia, de modo a assegurar seu avanço nessas áreas.

-Evidências destes Compromissos:

• Assegurando o cumprimento do planejamento para a implementação do SGI;

• Garantindo a disponibilidade de recursos necessários;

• Estabelecendo e assegurando o cumprimento dos objetivos de QSMS;

• Coordenando as reuniões do Comitê de Gestão de SMS do SIMA;

• Garantindo o desdobramento da matriz de atribuição e responsabilidade por todas as

gerências do SIMA;

• Realizando a análise crítica do SGI.

4.1.2 Objetivos Estratégicos do SIMA

Os Objetivos Estratégicos do SIMA são os Objetivos Estratégicos da Engenharia, isto

é: são os objetivos de todas Unidades de Implementação de Empreendimentos (UIE) da

Engenharia.

Embora este estudo seja relativo à avaliação de desempenho ambiental, foi necessário

o levantamento dos objetivos estratégicos do SIMA de Qualidade, Segurança, Saúde, SGI e

Responsabilidade Socioambiental, pois os mesmos têm em seus escopos matérias

relacionadas ao Meio Ambiente. Seguem abaixo, nas tabelas 7, 8, 9, 10 e 11, os Objetivos

Estratégicos do SIMA, Descrições e Classes:

60

Tabela 7 – Objetivos Estratégicos de Qualidade

Classe Objetivo Estratégico Descrição do Objetivo

Q 01 Aumentar a Satisfação dos

Clientes

Garantir a satisfação dos clientes através do atendimento aos requisitos acordados, fazendo com que a Engenharia seja a melhor opção para a Implementação de Empreendimentos das Unidades de Negócio da Companhia, por oferecer processos consistentes que proporcionam o cumprimento das metas acordadas com os clientes em termos de orçamento global, prazo, desempenho das instalações e requisitos de saúde, meio-ambiente, e segurança envolvidos.

Q 02 Cumprir os Orçamentos dos

Empreendimentos

Garantir o cumprimento dos orçamentos globais (custo e desembolso) acordados com as Áreas de Negócio, para a Implementação de cada Empreendimento, assegurando os resultados financeiros das Áreas de Negócio.

Q 03

Buscar a Excelência na Gestão da Imple mentação de Empreendimentos e da Prestação de Serviços de

Engenharia

Buscar a excelência na gestão de todos os processos, principalmente nas áreas de Implementação de Empreendimentos e Prestação de Serviços de Engenharia, adotando práticas que agreguem valor para todas as partes interessadas.

Fonte: Intranet Petrobras – Engenharia (2007)

Tabela 8 – Objetivos Estratégicos de Segurança e Saúde Ocupacional Classe Objetivo Estratégico Descrição do Objetivo

SS 01

Reconhecer os perigos à segurança e saúde

ocupacional associados às suas atividades

Buscar padrões de excelência para controlar os aspectos de Segurança e Saúde Ocupacional dos trabalhadores

SS 02 Atender à legislação de Segurança e Saúde

Identificar os requisitos legais aplicáveis e outros requisitos e adotar ações proativas para atendimento a estes requisitos

Fonte: Intranet Petrobras – Engenharia (2007).

Tabela 9 – Objetivos Estratégicos de Meio Ambiente Classe Objetivo Estratégico Descrição do Objetivo

MA 01 Prevenir e Controlar a

poluição

Adotar ações para a prevenção da poluição, considerando as demandas de partes interessadas, reconhecendo os aspectos de meio ambiente associados às suas atividades

MA 02 Atender à legislação Ambiental

Identificar os requisitos legais aplicáveis e outros requisitos e adotar ações proativas para atendimento a estes requisitos

Fonte: Intranet Petrobras – Engenharia (2007).

Tabela 10 – Objetivos Estratégicos de SGI Classe Objetivo Es tratégico Descrição do Objetivo

SGI 01 Conformidade do Sistema de Gestão Integrada

Buscar a excelência empresarial, promovendo a melhoria contínua do seu Sistema de Gestão Integrada

SGI 02 Desenvolvimento das Contratadas

Buscar a excelência empresarial, promovendo o desenvolvimento dos fornecedores

SGI 03 Conformidade com o

Programa de Avaliação da Gestão de SMS

Buscar a excelência empresarial atendendo as 15 Diretrizes de SMS do Programa de Avaliação da Gestão de SMS (PAG)

Fonte: Intranet Petrobras – Engenharia (2007)

61

Tabela 11 – Objetivos Estratégicos de Responsabilidade Socioambiental Classe Objetivo Estratégico Descrição do Objetivo

RS 01

Buscar Padrões de Excelência em

Responsabilidade Socioambiental

Buscar padrões de excelência em Responsabilidade Socioambiental, incluindo os aspectos de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, além de promover a satisfação das comunidades impactadas pelos serviços de implementação de empreendimentos, através da gestão do relacionamento com as comunidades de entorno e da gestão dos aspectos ambientais associados aos empreendimentos.

Fonte: Intranet Petrobras – Engenharia (2007)

4.1.3 Indicadores atuais do SIMA

O levantamento dos indicadores existentes da Balsa Guindaste e de Lançamento

(BGL) foi realizado através de pesquisa documental na INTRANET da Engenharia.

Cada indicador foi acompanhado do Objetivo Estratégico ao qual se deseja alcançar e

o respectivo tipo de indicador da Avaliação de Desempenho Ambiental (ADA). Somente os

Indicadores Ambientais foram avaliados pela ADA, pois a ABNT NBR ISO 14031 foi

desenvolvida para avaliar aspectos ambientais.

Conforme mencionado acima, do mesmo modo que o item anterior, 3.1.2 – Objetivos

estratégicos do SIMA, foi necessário o levantamento dos indicadores atuais do SIMA de

Qualidade, Segurança, Saúde, Meio Ambiente e SGI, pois os mesmos têm em seus escopos

matérias relacionadas à Meio Ambiente. Os itens a seguir,3.1.3.1, 3.1.3.2, 3.1.3.3 e 3.1.3.4,

descrevem os Indicadores Atuais do SIMA.

4.1.3.1 Indicadores atuais de qualidade

Indicador Objetivo ADA ISCE - Índice de Satisfação do Cliente da

Engenharia Q 01 -

Descrição:

Avalia o nível de satisfação dos clientes da Engenharia em relação à implementação de

empreendimentos e à prestação de serviços de engenharia.

Unidade de Medida:

62

Porcentagem (%)

Meta

> 82%

Fórmula de cálculo:

Média aritmética das notas dos atributos e atividades avaliadas na pesquisa junto aos

clientes. Onde:

Atributos: são definidos em conjunto com os Clientes na pesquisa de expectativa;

Atividades: são definidas no termo de compromisso acordado com os Clientes.

Metodologia:

Entrevistas com os clientes envolvidos com as atividades exercidas pelas unidades de

Implementação de Empreendimentos.

Periodicidade:

Anual

Fonte:

Respostas ao questionário (instrumento de pesquisa), obtidas em entrevistas.

Indicador Objetivo ADA IRC - Índice de Realização Financeira

(Custo) Q 02 -

Descrição:

Mede a relação entre o custo acumulado realizado durante o ano e até o momento atual

para os Projetos e a previsão de custo acumulado no mesmo período e para os mesmos

Projetos.

Unidade de Medida:

Porcentagem (%)

Meta

85% < IRC < 105%

Fórmula de cálculo:

Relação entre o custo acumulado realizado durante o ano e até o momento atual para

os Projetos e a previsão de custo acumulado no mesmo período e para os mesmos Projetos.

Onde:

IRC = (Soma CR / Soma CP) x 100

IRC = Índice de Realização Financeira – Custo

CR = Custo Realizado no ano até o mês de referência

63

CP = Custo Previsto no ano até o mês de referência

Metodologia:

Sistema informatizado que acompanha as realizações e utiliza o cronograma de custo

definido como meta e a projeção de realização de custos para os meses subseqüentes para

apurar o indicador.

Periodicidade:

Mensal

Fonte:

Realizações obtidas a partir do Sistema Contábil da Companhia ;

Meta de cronograma financeiro de custo obtido do sistema ;

Projeções de custo obtidas do sistema.

Indicador Objetivo ADA ICLV - Índice de conformidade na

aplicação de lista de verificação Q 01 -

Descrição:

Mede o nível de conformidade no atendimento às Listas de Verificação, controlando o

atendimento a requisitos contratuais.

Unidade de Medida:

Porcentagem (%)

Meta

> 69%

Fórmula de cálculo:

ICLV = ( IClv / IAlv ) x 100, onde:

IClv = itens conformes na lista de verificação;

IAlv = itens aplicáveis na lista de verificação.

Metodologia:

As Unidades de Implementação de Empreendimentos lançam, diretamente no Painel

de Controle, as quantidades de medições de ICLV previstas e realizadas mensalmente.

Periodicidade:

Mensal

Fonte:

Os Fiscais de Contrato realizam suas Listas de Verificação e a Unidade de

Implementação de Empreendimento consolida estas LVs computando o índice.

Indicador Objetivo ADA ISE - Índice de Satisfação dos empregados Q 01 -

64

Descrição:

Avalia o nível de satisfação dos empregados da Engenharia, através da Pesquisa anual

de Ambiência Organizacional.

Unidade de Medida:

Porcentagem (%)

Meta

> 71%

Fórmula de cálculo:

Este índice é calculado através da favorabilidade que é a freqüência relativa ajustada

acumulada de 4 e 5 (concordo em grande parte e concordo totalmente). Em outras palavras a

favorabilidade é igual ao total de ocorrências de 4 mais o total de ocorrências de 5 dividido

pelo total de respostas (excluindo-se as abstenções).

O índice é obtido pela média global das nove variáveis corporativas da Dimensão

Clima, que são: Benefícios, Comunicação, Espírito de Equipe, Higiene e Segurança

Industrial, Liderança, Reconhecimento e Recompensa, Relação com o Trabalho,

Remuneração e Treinamento e Desenvolvimento.

Metodologia:

Após o preenchimento dos questionários da pesquisa on- line é feita a tabulação dos

dados e identificação dos resultados obtidos através do sistema corporativo disponível.

O índice é calculado a partir desses dados.

Periodicidade:

Anual

Fonte:

Pesquisa de Ambiência Organizacional - Dimensão Clima.

Indicador Objetivo ADA NCE – Nível de Comprometimento com a

empresa Q 01 -

Descrição:

Avalia o nível de confiança dos empregados no caminho que está sendo trilhado pela

Engenharia, bem como sua adesão e empenho para contribuir nesse sentido.

Unidade de Medida:

Porcentagem (%)

Meta

65

> 80%

Fórmula de cálculo:

Este índice é calculado através da favorabilidade que é a freqüência relativa ajustada

acumulada de 4 e 5 (concordo em grande parte e concordo totalmente). Em outras palavras a

favorabilidade é igual ao total de ocorrências de 4 mais o total de ocorrências de 5 dividido

pelo total de respostas (excluindo-se as abstenções).

O índice é obtido pela média global das seis questões relacionadas à Dimensão

Comprometimento com a Empresa:

1 - Estou empenhado em contribuir de forma ativa para o desenvolvimento e o sucesso

da Petrobras;

2 - A Petrobras considera que é muito importante a minha permanência como

empregado da empresa;

3 - Identifico boas oportunidades para mim no futuro da Petrobras;

4 - Meu empenho em contribuir para o sucesso da Petrobras é reconhecido;

5 - Sair da Petrobras, mesmo recebendo uma boa oferta, é muito difícil para mim;

6 - Trabalhando na Petrobras eu contribuo de forma importante para o

desenvolvimento da sociedade;

Metodologia:

Após o preenchimento dos questionários da pesquisa on- line é feita a tabulação dos

dados e identificação dos resultados obtidos através do sistema corporativo disponível.

O índice é calculado a partir destes dados.

Periodicidade:

Anual

Fonte:

Pesquisa de Ambiência Organizacional - Dimensão Comprometimento com a

Empresa.

4.1.3.2 Indicadores atuais de segurança e saúde ocupacional

Indicador Objetivo ADA IPS - Índice de Práticas Seguras SS 01 -

66

Descrição:

Avalia o grau de segurança obtido com as práticas difundidas na organização,

permitindo, além da identificação do desvio, a avaliação da sua gravidade através de pesos

atribuídos em determinado tempo pré-estabelecido para determinada área.

Unidade de Medida:

Porcentagem (%)

Meta

> 70%

Fórmula de cálculo:

IPS = 100 - [(Soma Q x P / N)] x 100, onde:

Q = Quantidade de desvios;

P = Peso, conforme gravidade da exposição:

a) Peso = 0,3 - desvio com exposição mínima a acidentes;

b) Peso = 1,0 - desvio com exposição a acidentes leves;

c) Peso = 3,0 - desvio com exposição a acidentes graves;

N = Números de pessoas observadas.

Metodologia:

Devem ser estabelecidas rotas de observação para assegurar que todas as áreas da

unidade sejam auditadas. Tempo padrão para o levantamento dos dados diários do IPS é de

uma hora podendo chegar a duas horas dependendo do porte da Unidade de tal forma que se

consiga cobrir 50% da população da Unidade. As Unidades de Implementação de

Empreendimentos lançam os resultados obtidos para o indicador diretamente no Painel de

Controle, que disponibiliza estes resultados.

Periodicidade:

Mensal

Fonte:

Programa de Segurança do Processo (PSP).

Indicador Objetivo ADA RIPS – Realização da medição do Índice de

Práticas Seguras SS 01 -

Descrição:

Avalia a abrangência de implantação do plano de medição do Índice de Práticas

Seguras (IPS) na organização.

67

Unidade de Medida:

Porcentagem (%)

Meta

> 100%

Fórmula de cálculo:

RIPS = (Quantidade de Medições do IPS realizadas) / (Quantidade de Medições do

IPS programadas) x 100, onde:

RIPS = Percentual de realização de medições de IPS (Índice de Práticas Seguras).

Metodologia:

As Unidades de Implementação de Empreendimentos lançam, diretamente no Painel

de Controle, as quantidades de medições de IPS previstas e realizadas mensalmente.

Periodicidade:

Mensal

Fonte:

Programa de Segurança do Processo (PSP).

Indicador Objetivo ADA TFCA – Taxa de freqüência de acidentes

com afastamento SS 01 -

Descrição:

Mede a razão entre o número de acidentados (pessoal próprio e pessoal contratado)

com afastamento e o total de homem-hora de exposição ao risco.

Unidade de Medida:

Valor numérico

Meta

< 1,5

Fórmula de cálculo:

Número de acidentados com afastamento por milhão de horas de exposição ao risco.

TFCA = (NCA / HHER) x 1.000.000, onde:

NCA - número de acidentados com afastamento;

HHER - número de homens-hora de exposição ao risco.

Metodologia:

Computa-se o número de acidentes no mês e aplica-se a fórmula da norma.

Periodicidade:

Mensal

68

Fonte:

Norma da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Indicador Objetivo ADA TFSA – Taxa de freqüência de acidentes

sem afastamento SS 01 -

Descrição:

Mede a razão entre o número de acidentados (pessoal próprio e pessoal contratado)

sem afastamento e o total de homem-hora de exposição ao risco.

Unidade de Medida:

Valor numérico

Meta

< 10

Fórmula de cálculo:

Número de acidentados sem afastamento por milhão de horas de exposição ao risco.

TFSA = (NSA / HHER) x 1.000.000, onde:

NSA - número de acidentados sem afastamento;

HHER - número de homens-hora de exposição ao risco.

Metodologia:

Computa-se o número de acidentes no mês e aplica-se a fórmula da norma.

Periodicidade:

Mensal

Fonte:

Norma da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Indicador Objetivo ADA ASO – Realização de exames médicos

periódicos SS 01 -

Descrição:

Acompanhamento da realização dos exames periódicos anuais, através da emissão dos

Atestados de Saúde Ocupacional na Engenharia.

Unidade de Medida:

Porcentagem %

Meta

> 100

69

Fórmula de cálculo:

ASO = (Quantidade de Atestados de Saúde Ocupacional emitidos) / (Quantidade de

Empregados com exames periódicos programados) x 100, onde:

ASO = Percentual de realização de exames médicos periódicos;

Empregados = refere-se a todos empregados da ENGENHARIA, inclusive aos que

estiverem em trabalho no Exterior.

Metodologia:

Cálculo através de banco de dados dos Serviços de Saúde da Petrobras que apóiam as

UIE da ENGENHARIA

Periodicidade:

Mensal

Fonte:

Sistema de Saúde Informatizado Corporativo.

4.1.3.3 Indicadores atuais de meio ambiente

Indicador Objetivo ADA NOAM – Número de ocorrências anormais

de Meio Ambiente MA 01 IDG

Descrição:

Número de ocorrências anormais de meio ambiente tratadas em Relatórios de

Tratamento de Anomalias (RTA).

Unidade de Medida:

Valor numérico

Meta

< 5

Fórmula de cálculo:

NOAM = N, onde:

N = Número de ocorrências anormais de Meio Ambiente.

Metodologia:

Computa-se um NOAM para cada relatório aberto de ocorrência ambiental.

70

Periodicidade:

Mensal

Fonte:

Relatório de ocorrência anormal de meio ambiente da unidade.

4.1.3.4 Indicadores Atuais do Sistema de Gestão Integrada (SGI)

Indicador Objetivo ADA IAC - Índice de Auditorias

Comportamentais SGI 02 -

Descrição:

Avalia, de forma consolidada nas unidades de implementação de empreendimentos, o

grau de envolvimento dos auditores com o programa de auditorias comportamentais de SMS.

Unidade de Medida:

Porcentagem (%)

Meta

> 100%

Fórmula de cálculo:

Horas de Auditorias Comportamentais realizadas por Horas de Auditorias

Comportamentais previstas, consolidadas nas unidades de implementação de

empreendimentos.

IAC = (H Aud. Realizadas / H Aud. Previstas) x 100, onde:

H Aud. Realizadas - Somatório das horas de Auditoria Comportamental dos auditores

comportamentais das UIE's;

H Aud. Previstas - Somatório das metas de Auditoria Comportamental dos auditores

comportamentais das UIE's.

Metodologia:

Realiza-se o cálculo através do banco de dados das Auditorias lançadas no

AUDICOMP e pelo somatório das metas estabelecidas para cada UIE.

Periodicidade:

Mensal

71

Fonte:

Programa de Segurança do Processo (PSP);

Programa de Auditoria Comportamental (AUDICOMP).

Indicador Objetivo ADA IACC - Índice de Auditorias

Comportamentais da Liderança Consolidado SGI 02 -

Descrição:

Avalia, de forma consolidada nas unidades de implementação de empreendimentos, o

grau de envolvimento das lideranças com o programa de auditorias comportamentais de SMS.

Unidade de Medida:

Porcentagem (%)

Meta

> 100%

Fórmula de cálculo:

Horas de Auditorias Comportamentais realizadas por Horas de Auditorias

Comportamentais previstas, consolidadas nas unidades de implementação de

empreendimentos.

IACC = (H Aud. Realizadas / H Aud. Previstas) x 100, onde:

H Aud. Realizadas - Somatório das horas de Auditoria Comportamental dos Gerentes

Setoriais das UIE's;

H Aud. Previstas - Somatório das metas de Auditoria Comportamental dos Gerentes

Setoriais das UIE's.

Metodologia:

Realiza-se o cálculo através do banco de dados das Auditorias lançadas no

AUDICOMP e pelo somatório das metas estabelecidas para cada UIE.

Periodicidade:

Mensal

Fonte:

Programa de Segurança do Processo (PSP);

Programa de Auditoria Comportamental (AUDICOMP).

Indicador Objetivo ADA IACL - Índice de Auditorias

Comportamentais da Liderança SGI 02 -

72

Descrição:

Avalia o grau de envolvimento dos Gerentes com o programa de auditorias

comportamentais de SMS.

Unidade de Medida:

Porcentagem (%)

Meta

> 100%

Fórmula de cálculo:

Horas de Auditorias Comportamentais realizadas por Horas de Auditorias

Comportamentais previstas.

IACL = (H Aud. Realizadas / H Aud. Previstas) x 100, onde:

H Aud. Realizadas - Somatório das horas de Auditoria Comportamental por Gerente;

H Aud. Previstas - Somatórios das metas de Auditoria Comportamental por Gerente.

Metodologia:

Realiza-se o cálculo através do banco de dados das Auditorias lançadas no

AUDICOMP e pelas metas estabelecidas para cada gerente.

Periodicidade:

Mensal

Fonte:

Programa de Segurança do Processo (PSP);

Programa de Auditoria Comportamental (AUDICOMP).

Indicador Objetivo ADA IBAD – Índice de desempenho das

contratadas SGI 02 -

Descrição:

Avalia o desempenho dos prestadores de serviços no cumprimento das cláusulas

contratuais, através das avaliações de cada contrato (Boletins de Avaliação de Desempenho).

Unidade de Medida:

Valor numérico entre 10 e 100

Meta

> 75%

Fórmula de cálculo:

73

IBAD = [Soma (Nota BAD x Valor Contrato)] / (Soma Valores Contratos), onde:

IBAD = Índice de desempenho das empresas contratadas em uma unidade organizacional;

Nota BAD = Última Avaliação de Desempenho implantada para o contrato da unidade;

Valor do Contrato = Valor atualizado do contrato (incluem aditivos);

Soma Valores Contratos = Valor total dos contratos (com avaliação) na unidade.

Metodologia:

As avaliações das contratadas são alimentadas no sistema corporativo pelos fiscais dos

contratos e esse sistema calcula a nota de cada BAD.

O IBAD é apurado pela média das notas, utilizando a última avaliação disponível para

cada contrato, e ponderando pelo valor do contrato.

Este procedimento é utilizado para cada nível de consolidação do índice (Área de

Negócio, Engenharia).

Periodicidade:

Mensal

Fonte:

Notas de avaliação do BAD e valores de contrato (para ponderação) cadastrados no

sistema corporativo

Indicador Objetivo ADA ICG - Índice de conformidade na Gestão SGI 01 -

Descrição:

Mede o percentual de conformidade aos requisitos de gestão considerados essenciais

na Engenharia, avaliando se os requisitos estabelecidos estão implementados na extensão

requerida.

Unidade de Medida:

Porcentagem (%)

Meta

> 80%

Fórmula de cálculo:

ICG = (S / V) * 100, onde:

S - quantidade de itens considerados satisfatórios da auditoria;

V - quantidade de itens verificados na auditoria.

Metodologia:

O relatório de auditoria é verificado para se determinar os parâmetros S e V.

74

Periodicidade:

A cada auditoria realizada

Fonte:

Sistema informatizado de avaliação da conformidade da gestão, onde se registra o

resultado das auditorias de gestão.

Indicador Objetivo ADA ICAI - Índice de conformidade nas

Auditorias Internas SGI 01 -

Descrição:

Avalia o nível de conformidade com os requisitos dos sistemas de gestão em

implantação ou certificados nas unidades atuantes em implementação de empreendimentos e

prestação de serviços de engenharia.

Unidade de Medida:

Porcentagem (%)

Meta

> 70%

Fórmula de cálculo:

ICAI = (S / V) * 100, onde:

S - quantidade de itens considerados satisfatórios da auditoria;

V - quantidade de itens verificados na auditoria.

Metodologia:

O relatório de auditoria é verificado para se determinar os parâmetros S e V.

Periodicidade:

A cada auditoria realizada

Fonte:

Relatórios de auditorias internas de QSMS nos órgãos da ENGENHARIA.

75

5 REPLANEJAMENTO DO SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DA BGL

Para atender o Objetivo Principal deste trabalho, “entender como o Gestor de meio

ambiente pode avaliar o desempenho do Sistema de Gestão Ambiental em uma embarcação”,

foi necessário desenvolver uma metodologia de identificação dos aspectos e impactos

significativos. De posse desta metodologia, pode-se identificar os aspectos significativos, criar

objetivos específicos e, finalmente, desenvolver indicadores ambientais.

Figura 15 - Planejamento da avaliação de desempenho ambiental Fonte: Elaborada pelo autor

5.1 METODOLOGIA DE IDENTIFICAÇÃO DOS ASPECTOS E IMPACTOS

SIGNIFICATIVOS

Foi desenvolvida uma metodologia neste estudo para a seleção dos aspectos

significativos, contemplando vários itens recomendados pela ABNT NBR ISO 14031:2004 e

pela ABNT NBR ISO 14001:2004.

Os critérios da significância foram mesclados entre os critérios de Moreira (2001), e os

critérios do Procedimento de Levantamento dos Aspectos e Avaliação dos Impactos

Ambientais da Engenharia da Petrobras. Segue a descrição dos itens desta metodologia e a

tabela onde eles se inter-relacionam:

ATIVIDADE / PRODUTO / SERVIÇO Identificação de Aspectos e Impactos Avaliação da Significância

Tarefa Aspecto Impacto

Situ

ação

O

pera

cion

al

Res

pons

abili

dade

Gra

vida

de

Fre

qüên

cia

/ P

roba

bilid

ade

Impo

rtân

cia

Req

uisi

tos

Leg

ais

e ou

tros

Par

tes

Inte

ress

adas

C

oncl

usão

Figura 16 – Metodologia de Identificação de Aspectos e Impactos e Avaliação da Significância Fonte: Elaborada pelo autor

Levantamento dos aspectos e avaliação

dos impactos

Desenvolvimento dos objetivos específicos

Desenvolvimento dos indicadores

ambientais

Identificação dos aspectos e impactos

significativos

76

ATIVIDADE / PRODUTO / SERVIÇO: Um processo (atividade, produto ou serviço). Pode

haver uma ou mais tarefas;

• Atividades: São as atividades ligadas às atividades-fim da BGL;

• Produtos: Os materiais utilizados nos processos da BGL são os produtos neste estudo

de caso;

• Serviços: São as atividades ligadas às atividades-meio da BGL.

SITUAÇÃO OPERACIONAL:

• Normal: Rotina de operação;

• Anormal: Fora do funcionamento normal (Partida e parada do equipamento,

manutenção corretiva ou preventiva);

• Emergencial: Situação indesejável que pode causar impactos ambientais adversos

(vazamento de óleo, gás, ácido etc.).

RESPONSABILIDADE: Este filtro determina se o aspecto é Direto ou Indireto. Se o aspecto

for Indireto e significativo, a organização deve atuar junto aos fornecedores, pois ela é co-

responsável pelos impactos adversos causados ao meio ambiente.

AVALIAÇÃO DA SIGNIFICÂNCIA: Os itens Gravidade, Freqüência / Probabilidade,

Importância, Requisitos Legais e outros e Partes Interessadas são avaliados para obtenção da

Conclusão, conforme descrições abaixo.

• Gravidade – Quando a Gravidade for igual a três é recomendável que o aspecto

associado seja tratado em um Plano de Emergência;

• Importância – a Importância é a soma da Freqüência ou Probabilidade com a

Gravidade, conforme Tabela 12:

Importância = Freqüência ou / Probabilidade + Gravidade;

Tabela 12 - Quadro de determinação da importância

GRAVIDADE FREQÜÊNCIA / PROBABILIDADE

(1) BAIXA

(2) MÉDIA

(3) ALTA

(1) Ocorre uma vez por mês, ou menos /

Pouco Provável de Ocorrer 2 3 4

(2) Ocorrem duas ou mais vezes por mês

/ Provável de Ocorrer 3 4 5

(3) Ocorre uma ou mais vezes por dia

continuamente / Esperado que ocorra 4 5 6

Fonte: Elaborada pelo autor

77

• Requisitos Legais e outros – acionar este filtro de significância se houver algum

requisito legal sobre ele ou o impacto decorrente e ainda, se houver outros requisitos,

como, licença ambiental, termo de compromisso ou se referir a Normas ou diretrizes

da Petrobras;

• Parte Interessada - acionar este filtro de significância quando houver demanda

registrada de parte interessada, como reclamações, Obstrução de Igarapés ou ainda,

alguma iniciativa da companhia, como redução do consumo de água e energia.

Com relação ao item conclusão, os Aspectos Ambientais são considerados

significativos se, simultaneamente:

• A importância for maior ou igual a cinco;

• Caso haja Requisitos Lega is e Outros ou demanda de Parte Interessada.

Então, há três combinações para os aspectos serem significativos:

• Importância maior ou igual a 5 + Requisitos Legais e outros;

• Importância maior ou igual a 5 + Partes Interessadas;

• Importância maior ou igual a 5 + Requisitos Legais e outros + Partes Interessadas.

Esta metodologia não utilizou a variável de avaliação “Situação de Controle“ proposta

por Moreira (2001). A situação de Controle mede o grau de gerenciamento da organização

quanto aos aspectos avaliados. Esta variável tem três modos, são eles: Satisfatória, Razoável,

Insatisfatória. Segundo Moreira (2001), em uma nova análise, a Organização pode mudar de

modo (por ex.: Razoável para satisfatória) e o aspecto deixar de ser significativo.

Considera-se que a Freqüência / Probabilidade é proporcional a Situação de Controle,

pois quando a Situação de Controle melhora (por ex.: razoável para satisfatório), a Freqüência

/ Probabilidade também melhora. Então para simplificar, não se usou neste trabalho a

Situação de Controle.

78

Figura 17 – Fluxo para Avaliação dos Aspectos e Impactos Fonte: Elaborada pelo autor

5.2 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA E IDENTIFICAÇÃO DOS ASPECTOS E

IMPACTOS SIGNIFICATIVOS

As atividades abaixo relacionadas foram tiradas das planilhas de aspectos e impactos

existentes na BGL para serem reavaliadas na nova metodologia.

Início

Identificam-se aspectos e impactos de atividades, produtos ou serviços

Analisa-se a situação operacional (N / A / E)

Determina-se a Responsabilidade pela geração do Impacto (D / I)

Avalia a Importância

I = 5

Req. Legais

Partes Interess.

S

OU

S S

Aspectos Significativos Aspectos Não Significativos

Mantêm-se os Controles Operacionais

N

N A

A

N

79

ATIVIDADE SOLDAGEM Identificação de Aspectos e Impactos Avaliação da Significância

Tarefa Aspecto Impacto

Situ

ação

O

pera

cion

al

Res

pons

abili

dade

Gra

vida

de

Fre

qüên

cia

/ P

roba

bilid

ade

Impo

rtân

cia

Req

uisi

tos

Leg

ais

e ou

tros

P

arte

s In

tere

ssad

as

Con

clus

ão

Geração de resíduos metálicos Poluição da água N D 1 3 4 S N NS

Biselamento Vazamento de

acetileno Poluição do ar E D 1 1 2 S N NS

Geração de resíduos metálicos

Poluição da água N D 1 3 4 S N NS Lixamento

Emissão de particulados Poluição do ar N D 1 3 4 S N NS

Geração de resíduos metálicos Poluição da água N D 1 3 4 S N NS

Soldagem Emissão de fumos

metálicos Poluição do ar N D 2 3 5 S S S

Geração de borra Poluição da água N D 1 3 4 S N NS

Geração de resíduos metálicos

Poluição da água N D 1 3 4 S N NS

Geração de ruído Poluição sonora N D 2 3 5 S S S

Incêndio / explosão Poluição do ar E D 2 1 3 S N NS

Oxicorte

Vazamento de acetileno Poluição do ar E D 1 1 2 S N NS

Geração de resíduos metálicos Poluição da água N D 1 3 4 S N NS

Geração de borra Poluição da água N D 1 3 4 S N NS Goiavagem

Emissão de fumos metálicos Poluição do ar N D 2 3 5 S S S

Efluente inorgânico Poluição da água N D 1 2 3 S N NS Inspeção com líquidos

penetrantes Geração de resíduo inerte Poluição da água N D 1 2 3 S N NS

Inspeção com RY e RS

Emissão de raios ionizantes Danos à biota N D 2 1 3 S S NS

N – Normal; E – Emergencial; D – Direta; I – Indireta; S (Req. Legais ou Partes Interes.) – Sim; N – Não; NS – Não Significativo; S (Conclusão) – Significativo

80

ATIVIDADE PINTURA Identificação de Aspectos e Impactos Avaliação da Significância

Tarefa Aspecto Impacto

Situ

ação

O

pera

cion

al

Res

pons

abili

dade

Gra

vida

de

Fre

qüên

cia

/ P

roba

bilid

ade

Impo

rtân

cia

Req

uisi

tos

Leg

ais

e ou

tros

P

arte

s In

tere

ssad

as

Con

clus

ão

Tratamento mecânico

Geração de resíduos metálicos Poluição da água N D 1 3 4 S N NS

Derrame de solvente Poluição da água E D 2 2 4 S N NS

Geração de resíduos metálicos

Poluição da água N D 1 3 4 S N NS Limpeza

Geração de resíduos perigosos Poluição da água N D 1 3 4 S N NS

Pintura Derrame de tinta Poluição da água E D 1 2 3 S N NS

N – Normal; E – Emergencia l; D – Direta; I – Indireta; S (Req. Legais ou Partes Interes.) – Sim; N – Não; NS – Não Significativo; S (Conclusão) – Significativo

PRODUTO ÓLEO DIESEL Identificação de Aspectos e Impactos Avaliação da Significância

Tarefa Aspecto Impacto

Situ

ação

O

pera

cion

al

Res

pons

abili

dade

Gra

vida

de

Fre

qüên

cia

/ P

roba

bilid

ade

Impo

rtân

cia

Req

uisi

tos

Leg

ais

e ou

tros

Par

tes

Inte

ress

adas

Con

clus

ão

Vazamento Poluição da água N D 1 3 4 S N NS Recebimento

Derrame Poluição da água E D 3 2 5 S N S

Vazamento Poluição da água N D 1 1 2 S N NS Armazenamento

Derrame Poluição da água E D 1 1 2 S N NS

Vazamento Poluição da água N D 1 3 4 S N NS Utilização

Derrame Poluição da água E D 3 1 4 S N NS

Vazamento Poluição da água N D 1 3 4 S N NS Fornecimento

Derrame Poluição da água E D 3 1 4 S N NS

N – Normal; E – Emergencial; D – Direta; I – Indireta; S (Req. Legais ou Partes Interes.) – Sim; N – Não; NS – Não Significativo; S (Conclusão) – Significativo

81

PRODUTO ÓLEOS LUBRIFICANTE e HIDRÁULICO e GRAXAS Identificação de Aspectos e Impactos Avaliação da Significância

Tarefa Aspecto Impacto

Situ

ação

O

pera

cion

al

Res

pons

abili

dade

Gra

vida

de

Fre

qüên

cia

/ P

roba

bilid

ade

Impo

rtân

cia

Req

uisi

tos

Leg

ais

e ou

tros

Par

tes

Inte

ress

adas

Con

clus

ão

Vazamento Poluição da água N D 1 3 4 S N NS Recebimento

Derrame Poluição da água E D 3 2 5 S N S

Vazamento Poluição da água N D 1 1 2 S N NS Armazenamento

de óleo e resíduos Derrame Poluição da água E D 1 1 2 S N NS

Vazamento Poluição da água N D 1 3 4 S N NS

Derrame Poluição da água E D 3 1 4 S N NS

Geração de óleo sujo Poluição da água N D 2 3 5 S N S Utilização

Geração de tambores de óleo Poluição da água N D 1 3 4 S S NS

Vazamento Poluição da água N D 3 1 4 S N NS Movimentação

Derrame Poluição da água E D 1 3 4 S N NS

N – Normal; E – Emergencial; D – Direta; I – Indireta; S (Req. Legais ou Partes Interes.) – Sim; N – Não; NS – Não Significativo; S (Conclusão) – Significativo

PRODUTO MATERIAIS DIVERSOS Identificação de Aspectos e Impactos Avaliação da Significância

Tarefa Aspecto Impacto

Situ

ação

O

pera

cion

al

Res

pons

abili

dade

Gra

vida

de

Fre

qüên

cia

/ P

roba

bilid

ade

Impo

rtân

cia

Req

uisi

tos

Leg

ais

e ou

tros

Par

tes

Inte

ress

adas

Con

clus

ão

Manuseio e armazenamento

de gás Freon Vazamento Poluição do ar N D 3 1 4 S S NS

Lâmpadas florescentes,

vapores de sódio, Mercúrio e metálico

Lâmpadas Inservíveis Poluição da água N D 2 2 4 S N NS

Vazamento do eletrólito

Poluição da água N D 1 3 4 S N NS Baterias

Gases inflamáveis Poluição do ar N D 1 3 4 S N NS

82

Baterias inservíveis Poluição da água N D 1 3 4 S N NS

Sensores iônicos de fumaça

Geração de material radioativo Poluição da água N D 2 1 3 S S NS

Tintas e solventes Vazamento ou

derrame Poluição da água N D 1 2 3 S N NS

Consumo de água Consumo de

recursos naturais Comprometimento da disponibilidade

N D 2 3 5 S S S

Consumo de energia elétrica

Consumo de recursos naturais

Comprometimento da disponibilidade N D 2 3 5 S S S

N – Normal; E – Emergencial; D – Direta; I – Indireta; S (Req. Legais ou Partes Interes.) – Sim; N – Não; NS – Não Significativo; S (Conclusão) – Significativo

SERVIÇO MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS EM GERAL Identificação de Aspectos e Impactos Avaliação da Significância

Tarefa Aspecto Impacto Si

tuaç

ão

Ope

raci

onal

Res

pons

abili

dade

Gra

vida

de

Fre

qüên

cia

/ P

roba

bilid

ade

Impo

rtân

cia

Req

uisi

tos

Leg

ais

e ou

tros

Par

tes

Inte

ress

adas

Con

clus

ão

Geração de resíduos metálicos Poluição da água N D 1 3 4 S N NS

Geração de resíduos perigosos Poluição da água N D 2 2 4 S N NS

Geração de plástico Poluição da água N D 2 3 5 S N S

Manutenção

Geração de resíduos inertes Poluição da água N D 2 2 4 S N NS

Geração de resíduos perigosos

Poluição da água N D 2 2 4 S N NS

Geração de embalagens Poluição da água N D 2 1 3 S N NS Limpeza

Geração de latas tipo spray Poluição da água N D 2 1 3 S N NS

N – Normal; E – Emergencial; D – Direta; I – Indireta; S (Req. Legais ou Partes Interes.) – Sim; N – Não; NS – Não Significativo; S (Conclusão) – Significativo

83

SERVIÇO MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO DA UTE Identificação de Aspectos e Impactos Avaliação da Significância

Tarefa Aspecto Impacto

Situ

ação

O

pera

cion

al

Res

pons

abili

dade

Gra

vida

de

Fre

qüên

cia

/ P

roba

bilid

ade

Impo

rtân

cia

Req

uisi

tos

Leg

ais

e ou

tros

Par

tes

Inte

ress

adas

Con

clus

ão

Vazamento de esgoto sanitário Poluição da água N D 1 2 3 S N NS

Manutenção e operação da UTE

Geração de efluentes

Poluição da água N D 2 3 5 S N S

N – Normal; E – Emergencial; D – Direta; I – Indireta; S (Req. Legais ou Partes Interes.) – Sim; N – Não; NS – Não Significativo; S (Conclusão) – Significativo

SERVIÇO SUPRIMENTO

Identificação de Aspectos e Impactos Avaliação da Significância

Tarefa Aspecto Impacto

Situ

ação

O

pera

cion

al

Res

pons

abili

dade

Gra

vida

de

Fre

qüên

cia

/ P

roba

bilid

ade

Impo

rtân

cia

Req

uisi

tos

Leg

ais

e ou

tros

Par

tes

Inte

ress

adas

Con

clus

ão

Geração de resíduo de madeira Poluição da água N D 1 3 4 S N NS

Geração de resíduo de papel e papelão Poluição da água N D 1 3 4 S N NS

Geração de resíduo plástico

Poluição da água N D 2 2 4 S N NS

Geração de resíduos metálicos Poluição da água N D 1 3 4 S N NS

Geração de fita metálica

Poluição da água N D 2 2 4 S N NS

Recebimento de materiais que podem gerar

resíduos inertes

Geração de bombonas Poluição da água N D 2 2 4 S N NS

Pilhas e baterias Ni-Cd usadas Poluição da água N D 1 2 3 S N NS

Recebimento de materiais que podem gerar

resíduos perigosos Cartuchos usados

de impressora Poluição da água N D 1 2 3 S N NS

84

Hipoclorito de sódio

Danos à biota N D 2 2 4 S N NS

Dispersante Danos à biota N D 2 2 4 S N NS

Desengraxante / desincrustante /

neutralizante Poluição da água N D 2 2 4 S N NS

N – Normal; E – Emergencial; D – Direta; I – Indireta; S (Req. Legais ou Partes Interes.) – Sim; N – Não; NS – Não Significativo; S (Conclusão) – Significativo

SERVIÇO DESCARTE DE RESÍDUOS Identificação de Aspectos e Impactos Avaliação da Significância

Tarefa Aspecto Impacto Si

tuaç

ão

Ope

raci

onal

Res

pons

abili

dade

Gra

vida

de

Fre

qüên

cia

/ P

roba

bilid

ade

Impo

rtân

cia

Req

uisi

tos

Leg

ais

e ou

tros

Par

tes

Inte

ress

adas

Con

clus

ão

Resíduo metálico Poluição do solo N I 2 3 5 S N S

Resíduo perigoso Poluição do solo N I 2 3 5 S S S

Óleo sujo Poluição do solo N I 2 3 5 S N S

Lâmpada fluorescente

Poluição do solo N I 2 2 4 S N NS

Plástico Poluição do solo N I 2 3 5 S N S

Sinalizadores pirotécnicos Poluição do solo N I 2 1 3 S N NS

Pilhas e baterias Poluição do solo N I 2 1 3 S N NS

Detectores iônicos de fumaça

Poluição do solo N I 3 1 4 S N NS

Resíduo de saúde Poluição do solo N I 2 1 3 S N NS

Lixo comum Poluição do solo N I 2 3 5 S S S

Recicláveis Poluição do solo N I 2 3 5 S S S

Descarte

Resíduo orgânico Poluição do solo N I 1 3 4 S N NS

N – Normal; E – Emergencial; D – Direta; I – Indireta; S (Req. Legais ou Partes Interes.) – Sim; N – Não; NS – Não Significativo; S (Conclusão) – Significativo

85

5.2.1 Análise Estatística do Resultado da Avaliação dos Aspectos e Impactos

É interessante que se faça a avaliação dos Aspectos e Impactos em períodos

definidos, pois uma melhora no processo em alguma atividade pode mudar o quadro

estatístico a seguir:

Tabela 13 – Análise Estatística da Avaliação dos Aspectos e Impactos

Fonte: Elaborada pelo autor O gráfico 1, apresenta o peso das tarefas cujos aspectos e impactos são significativos

em relação à atividade, produto ou serviço avaliado e o gráfico 2 expõe o percentual da

atividade, produto ou serviço em relação ao total de itens avaliados. Cumpre ressaltar que o

item manutenção e operação da UTE foi tratado separadamente face a existência de legislação

específica.

Estes gráficos são úteis para avaliar qual é a atividade, produto ou serviço mais

crítico para posterior confecção de cronogramas físico-financeiros com itens priorizados pela

significância.

86

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Soldagem

Pintura

Óleo Diesel

Óleo Lubrificante, Hidráulico e Graxa

Materiais Diversos

Manutenção Geral

Manutenção e Operação da UTE

Suprimento

Descarte de Resíduo

SIG

NS

Gráfico 1 – Peso dos itens significativos dentro da classe avaliada Fonte: Elaborado pelo autor

21%

6%

10%

12%11%

9%

2%

14%

15%

Soldagem

Pintura

Óleo Diesel

Óleo Lubrificante,Hidráulico e GraxaMateriais Diversos

Manutenção Geral

Manutenção e Operaçãoda UTESuprimento

Descarte de Resíduo

Gráfico 2 – Percentual da Atividade / Produto / Serviço em relação ao total de itens avaliados Fonte: Elaborado pelo autor

Estes gráficos representam a significância dentro do portifólio de atividades

compreendidas em uma balsa guindaste e de lançamento, podendo ter uma variação de

intensidade conforme os tipos de atividades realizadas. Observa-se que a pintura realizada na

BGL foi avaliada como não significante, embora haja Requisitos Legais e Partes Interessadas,

pois a mesma possui Gravidade baixa por se tratar de pouca quantidade.

87

5.3 PROPOSTA DE OBJETIVOS AMBIENTAIS ESPECÍFICOS E SEUS INDICADORES

As tarefas avaliadas como significativas estão listadas abaixo e serão discutidas

detalhadamente e serão desenvolvidos Objetivos específicos e seus Indicadores em função dos

Aspectos e Impactos avaliados como significativos. Seguem abaixo os aspectos significativos

identificados no Item 3.2 – Aplicação da Metodologia e Identificação dos Aspectos e

Impactos Significativos:

Tabela 14 – Aspectos e Impactos Ambientais Significativos

ATIVIDADE / SERVIÇO / PRODUTO DIVERSOS

Identificação de Aspectos e Impactos Avaliação da Significância

Tarefa Aspecto Impacto Si

tuaç

ão

Ope

raci

onal

Res

pons

abili

dade

Gra

vida

de

Fre

qüên

cia

/ P

roba

bilid

ade

Impo

rtân

cia

Req

uisi

tos

Leg

ais

e ou

tros

Par

tes

Inte

ress

adas

Con

clus

ão

Soldagem Emissão de fumos

metálicos Poluição do ar N D 2 3 5 S S S

Oxicorte Geração de ruído Poluição sonora N D 2 3 5 S S S

Goiavagem Emissão de fumos metálicos

Poluição do ar N D 2 3 5 S S S

Recebimento de óleo diesel Derrame Poluição da água E D 3 2 5 S N S

Óleo, Graxas Geração de óleo

sujo Poluição da água N D 2 3 5 S N S

Consumo de água Consumo de

recursos naturais Comprometimento da disponibilidade

N D 2 3 5 S S S

Consumo de energia elétrica

Consumo de recursos naturais

Comprometimento da disponibilidade

N D 2 3 5 S S S

Manutenção Geração de plástico Poluição da água N D 2 3 5 S N S

Manutenção e operação da UTE

Geração de efluentes Poluição da água N D 2 3 5 S N S

Descarte Resíduos em geral Poluição do solo N I 2 3 5 S S S

N – Normal; E – Emergencial; D – Direta; I – Indireta; S (Req. Legais ou Partes Interes.) – Sim; N – Não; NS – Não Significativo; S (Conclusão) – Significativo

Fonte: Elaborada pelo autor

88

5.3.1 Emissão de Fumos Metálicos

Em relação a pessoas, a abrangência do impacto relacionado a este aspecto é local, por

se tratar de uma embarcação. Por outro lado, estes gases pertencem aos gases do efeito estufa

(GEE) que impactam o clima do planeta.

O Programa de Prevenção de riscos Ambientais (PPRA) é um requisito legal (NR-9)

obrigatório a qualquer empresa. Este programa reconhece os riscos ambientais que podem

oferecer danos respiratórios ao trabalhador e controla estes riscos químicos através do

Programa de Proteção Respiratória (PPR).

A NR-9 recomenda que haja ações preventivas que reduzam os riscos ambientais a

valores abaixo do nível de ação (50% do Limite de Tolerância). Estas medidas são

apresentadas na NR-15 (Norma Regulamentadora), conforme Item normativo abaixo:

O limite de tolerância para as operações com manganês e seus compostos, referente à metalurgia de minerais de manganês, fabricação de compostos de manganês, fabricação de baterias e pilhas secas, fabricação de vidros especiais e cerâmicas, fabricação e uso de eletrodos de solda, fabricação de produtos químicos, tintas e fertilizantes, ou ainda outras operações com exposição a fumos de manganês ou de seus compostos é de até 1 mg/m3 no ar, para jornada de até 8 horas por dia.

Diante do exposto, segue o Objetivo específico proposto:

Aspecto Ambiental Emissão de Fumos Metálicos

Objetivo Específico Controlar a Emissão de Fumos Metálicos a níveis abaixo de 0,5

mg/m3

IFM – Índice de Fumos Metálicos

IDA IDG IDO Indicador

Abordagem Risco Causa e Efeito Ciclo de Vida

89

Descrição do Indicador:

Avalia a exposição nos postos de trabalho aos fumos metálicos.

Unidade de Medida:

Porcentagem (%)

Meta

IFM = 100%

Fórmula de cálculo:

IFM = [(Quantidade de postos de trabalho com menos de 0,5 mg/m3 de fumos

metálicos) / (Quantidade de postos de trabalho avaliado)] x 100.

Ex.: 7 postos com níveis menores do que 0,5 mg/m3 contra 8 postos avaliados;

IFM = (7 / 8) X 100 = 87,5%

Metodologia:

Realizar as medições nos postos de soldagem e oxicorte nos períodos de pico.

Periodicidade:

Semestral

5.3.2 Geração de Ruído

Analogamente ao item anterior, este risco físico é tratado no PPRA e controlado

através do Programa de Controle Auditivo (PCA).

A NR-9 recomenda que haja ações preventivas que reduzam os riscos ambientais a

valores abaixo do nível de ação (50% do Limite de Tolerância). Estas medidas são

apresentadas na NR-15 (Norma Regulamentadora), conforme tabela abaixo:

Tabela 15 – Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente

NÍVEL DE RUÍDO MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA

DB (A) PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos

90

94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Fonte: Anexo 1 da Norma Regulamentadora nº 5

Como a jornada de trabalho na BGL é de 12 horas, o Limite de tolerância é de 80 DB

(A). Diante do exposto, segue o Objetivo específico proposto:

Aspecto Ambiental Geração de Ruído

Objetivo Específico Controlar a Emissão de Ruído a níveis abaixo de 82 DB(A)

IER – Índice de Emissão de Ruído

IDA IDG IDO Indicador

Abordagem Risco Causa e Efeito Ciclo de Vida

Descrição do Indicador:

Avalia o Percentual de postos de trabalho com ruído abaixo de 82 dB(A).

Unidade de Medida:

Porcentagem (%)

Meta

IER = 100%

Fórmula de cálculo:

91

IER = [(Quantidade de postos de trabalho com ruído abaixo de 82 dB(A)) /

(Quantidade de postos de trabalho)] x 100.

Ex.: 7 postos com níveis menores do que 82 dB(A) contra 8 postos avaliados;

IFM = (7 / 8) X 100 = 87,5%

Metodologia:

Fazer as medições com decibilímetro calibrado nos postos de trabalho em condições

desfavoráveis, isto é: com as fontes de ruído funcionando.

Periodicidade:

Semestral

5.3.3 Derrame de Óleo Diesel

A tarefa de recebimento de óleo diesel é controlada por um procedimento e treinada

periodicamente, mas o derrame de óleo diesel é um aspecto cuja Situação Operacional é

emergencial, isto é, ele acontece em emergências. Os aspectos cuja situação operacional é

emergencial são tratados em planos de emergências.

Segue o objetivo específico proposto:

Aspecto Ambiental Derrame de óleo Diesel

Objetivo Específico Buscar o aperfeiçoamento na atividade de recebimento de óleo diesel

1. ITRO – Índice de Treinamento no Procedimento de Recebimento de Óleo Diesel

(IDG)

2. IGOA – Índice de Gravidade de Ocorrência Ambiental (IDO)

IDA IDG IDO

Indicador

Abordagem Risco Causa e Efeito Ciclo de Vida

Descrição do Indicador ITRO:

Avalia se os treinamentos em recebimento de óleo diesel planejados estão sendo

realizados.

Unidade de Medida:

Porcentagem (%)

92

Meta

ITRO = 80%

Fórmula de cálculo:

ITRO = [(Quantidade de treinamentos realizados) / (Quantidade de treinamentos

planejados)] x 100.

Ex.: 22 treinamentos realizados contra 24 planejados;

ITRO = (22 / 24) X 100 = 91,67%

Metodologia:

Planejar uma quantidade de treinamentos de tal maneira que os envolvidos nesta

atividade sejam treinados pelo menos uma vez ao mês.

Periodicidade:

Mensal

Descrição do Indicador IGOA:

Avalia a gravidade da ocorrência ambiental.

Unidade de Medida:

Valor numérico

Meta

0,9

Fórmula de cálculo:

IGOA = (? quantidade de litros de óleo derramados) / (? número de ocorrências

ambientais ) / Mês.

Ex.: 50 litros de óleo diesel, 5 ocorrências ambientais, dezembro;

IGOA = (50 / 5) / 12 = 0,83

Metodologia:

Início da medição é em janeiro e final é dezembro;

Medir a quantidade de litros de óleo diesel derramada.

Considerar, enquanto não acontecer nenhuma ocorrência ambiental, o IGOA igual a

zero, pois não se pode dividir um número por zero.

Periodicidade:

Mensal

93

5.3.4 Geração de Óleo Sujo

Diversas máquinas e equipamentos da BGL utilizam óleos lubrificantes, graxas e óleo

hidráulico. Periodicamente, estes óleos são substituídos por óleos novos. O consumo de óleo

está atrelado à tecnologia do equipamento e ao tempo de funcionamento, diante do exposto,

segue o objetivo proposto:

Aspecto Ambiental Geração de óleo sujo

Objetivo Específico Reduzir o consumo de óleos lubrificantes, Hidráulicos e graxas em

5% em relação ao ano passado

ICOL – Índice de Consumo de Óleos Lubrificantes

IDA IDG IDO Indicador

Abordagem Risco Causa e Efeito Ciclo de

Vida

Descrição do Indicador:

Avalia a quantidade de óleos lubrificantes, hidráulicos e graxas utilizados nos

equipamentos da BGL.

Unidade de Medida:

Kg

Meta

ICOL = 800

Fórmula de cálculo:

ICOL = ? quantidade de quilos de óleos lubrificantes, hidráulicos e graxas pesados

mensalmente.

Ex.: 70 Kg de óleo lubrificante, 100 Kg de óleo hidráulico, 80 Kg de graxa;

ICOL = 70 + 100 + 80 = 250 Kg

Metodologia:

94

Pesar o produto a cada utilização e arquivar os dados em uma planilha contendo: data,

produto, peso em Kg. Classificar a planilha mensalmente e verificar o computo mensal.

Periodicidade:

Mensal

5.3.5 Consumo de Recursos Naturais - Água

Para se criar objetivos específicos sobre consumo de água é necessário estudar os

processos que utilizam água. A BGL utiliza água do mar, água doce da cisterna e água doce

de garrafões em suas atividades. Estudou-se neste trabalho o consumo de água doce, por se

tratar de um recurso natural limitado. Seguem algumas atividades que utilizam este recurso:

banho, preparo de alimentos, higiene pessoal e hotelaria.

Observa-se que as ações para redução do consumo de água podem ser: investimentos

em tecnologia, treinamentos e conscientização. Em função disto apresenta-se o objetivo

proposto:

Aspecto Ambiental Consumo de Recurso Natural – Água

Objetivo Específico Reduzir o consumo de água doce em 5% em relação ao ano passado

TCA – Taxa de Consumo de Água

IDA IDG IDO Indicador

Abordagem Risco Causa e Efeito Ciclo de Vida

Descrição do Indicador:

Avalia a quantidade de água doce utilizada por cada trabalhador dentro do mês.

Unidade de Medida:

95

litros / pessoa / dia

Meta

TCA = 150 litros / pessoa / dia

Fórmula de cálculo:

TCA = (QA / 30 / MP) / ? QT, onde:

TCA – Taxa de consumo de água em litros / pessoa / dia;

QA – Quantidade de água em litros / mês;

QT – Quantidade de trabalhadores por grupo;

DT – Quantidade de dias trabalhados por grupo;

MP – Média ponderada =? (QT X DT / 30) / ? Q T.

Ex.: Em um mês mediram-se 700.000 litros de água na seguinte situação: 200

trabalhadores trabalharam 15 dias, 200 trabalhadores, 15 dias e 50 trabalhadores, 7 dias.

MP = [(200X15/30)+(200X15/30)+(50X7/30)]/(200+200+50) = 0,47037;

TCA = (700.000 / 30 / 0,47037) / (200 + 200 + 50) = 110,2362 litros / pessoa / dia

Metodologia:

Mensalmente, realizar o cálculo do número de trabalhadores que utilizaram água doce

no mês, e medir o inventário de água doce utilizada.

Periodicidade:

Mensal

5.3.6 Consumo de Recursos Naturais – Energia Elétrica

A energia elétrica da BGL é gerada através de geradores a óleo diesel. Os geradores

funcionam ininterruptamente consumindo uma quantidade constante de óleo diesel para gerar

uma quantidade constante de energia. Resumindo, não importa se a luz dos camarotes está

ligada ou desligada, o consumo de óleo será o mesmo.

O gerador alimenta vários circuitos de luz e força, como: iluminação e tomadas, Ar

condicionado, aquecimento de água, solda elétrica, Guindaste Clyde etc. Embora seja muito

oneroso, é possível melhorar a eficiência energética dividindo os circuitos em geradores de

menor potência. Assim, poderia desligar os geradores que não estivessem sendo utilizados.

Segue o objetivo específico proposto:

96

Aspecto Ambiental Consumo de Recurso Natural – Energia Elétrica

Objetivo Específico Reduzir o consumo de óleo diesel em 5% em relação ao ano passado

ICOD – Índice de Consumo de Óleo Diesel

IDA IDG IDO Indicador

Abordagem Risco Causa e Efeito Ciclo de Vida

Descrição do Indicador:

Avalia a quantidade de óleo diesel utilizado mensalmente na BGL.

Unidade de Medida:

Litros

Meta

ICOD = 40.000 litros

Fórmula de cálculo:

ICOD = ? (l1g1 + l2g2 + lngn), onde:

Lngn = litros de óleo diesel utilizados no mês pelo gerador n (gn);

Ex.: em março o gerador 1 utilizou 5000 litros, g2 utilizou 10000, g3 utilizou 7000, g4

6000.

ICOD = 5.000 + 10.000 + 7.000 + 6.000 = 28.000 litros de óleo diesel em março

Metodologia:

Inventariar a quantidade de litros de óleo diesel que cada gerador consome

mensalmente e somá-la.

Periodicidade:

Mensal

97

5.3.7 Geração de Plástico

Os plásticos utilizados na BGL são oriundos de embalagens, garrafas pet, copos

descartáveis, tambores etc.

Alguns destes plásticos podem não ser necessários, outros podem ser reutilizados,

outros podem ser reciclados e outros serão destinados ao lixo comum. Uma segregação eficaz

diminuirá o consumo de plástico e conseqüentemente a sua geração. Segue o objetivo

específico:

Aspecto Ambiental Geração de Plásticos

Objetivo Específico Reduzir a geração de plásticos em 5% em relação ao ano passado

IGP – Índice de Geração de Plásticos

IDA IDG IDO Indicador

Abordagem Risco Causa e Efeito Ciclo de Vida

Descrição do Indicador:

Avalia a quantidade de plástico gerada na BGL.

Unidade de Medida:

%

Meta

IGP = 50%

Fórmula de cálculo:

IGP = [(Quantidade de plástico reciclado, reutilizado ou devolvido) / (quantidade

gerada mensalmente na BGL)] x 100;

Ex.: Em março foram gerados 1.500 Kg de plásticos, onde foram devolvidos 250 Kg

de garrafões e 700 Kg de protetores de bisel, foram reciclados 100 Kg de pet.

IGP = [(250 + 700 + 100) / 1.500] X 100 = 70%

Metodologia:

98

Inventariar a quantidade de plástico gerada e sua destinação final.

Periodicidade:

Mensal

5.3.8 Geração de Efluentes

A unidade de tratamento de esgoto (UTE) da BGL trata os esgotos oriundos dos

banheiros. A Resolução número 20 do CONAMA de 1986 classifica as águas em: doces ou

interiores, salobras e salinas.

Sabendo-se que a BGL navega predominantemente em mares e esporadicamente em

rios, considerou-se as seguintes condições exigidas no artigo 21 da Resolução CONAMA 20:

• pH entre 5 a 9;

• temperatura inferior a 40oC;

• materiais sedimentáveis até 1 ml/litro em teste de 1 hora em cone Imnhoff;

• vazão máxima de até 1,5 vez a vazão média do período de atividade diária.

Diante do exposto, segue o objetivo específico:

Aspecto Ambiental Geração de Efluentes

Objetivo Específico Buscar 100% de conformidade com a legislação ambiental

ICLA – Índice de Conformidade da Legislação Ambiental

IDA IDG IDO Indicador

Abordagem Risco Causa e Efeito Ciclo de Vida

Descrição do Indicador:

Avalia a conformidade da UTE com a legislação ambiental.

99

Unidade de Medida:

%

Meta

ICLA = 100%

Fórmula de cálculo:

ICLA = [(Quantidade de itens da legislação ambiental atendida) / (quantidade de itens

da legislação ambiental)] x 100;

Ex.: Mediu-se em março PH 6, Temperatura 29 graus, 1,1 ml/litro e vazão máxima

1,1;

ICLA = (3 / 4) X 100 = 75%

Metodologia:

Medir e monitorar a UTE conforme a legislação ambiental.

Periodicidade:

Mensal

5.3.9 Resíduos em Geral

Observa-se que existem aspectos significativos cujas responsabilidades são indiretas.

Estas responsabilidades são, normalmente, das empresas contratadas para transporte e

destinação final dos resíduos.

Os controles dos aspectos significativos de responsabilidade indireta são feitos através

dos contratos e auditorias nas empresas contratadas. Sabe-se que a Petrobras é responsável

pelo resíduo desde a geração até a destinação final. O objetivo específico abaixo foi criado

para gerenciar este aspecto:

Aspecto Ambiental Resíduos em Geral

Objetivo Específico Controlar o transporte e a destinação final dos resíduos IAC – Índice de Auditorias em Contratadas IDA IDG IDO Indicador Abordagem Risco Causa e Efeito Ciclo de Vida

100

Descrição do Indicador:

Avalia a qualidade ambiental das empresas contratadas para transporte e destino dos

resíduos.

Unidade de Medida:

Porcentagem (%)

Meta

IAC = 70%

Fórmula de cálculo:

IAC = [(Quantidade de itens conformes) / (Quantidade de itens avaliados)] x 100.

Ex.: Foram avaliados 32 itens na auditoria ambiental realizada na empresa

transportadora de resíduo, sendo que 27 estavam conformes.

IAC = (27 / 32) X 100 = 84%

Metodologia:

Planejar duas auditorias anuais e verificar a conformidade com o Sistema de Gestão

Ambiental da empresa contratada para transporte e destinação final dos resíduos.

Periodicidade:

Semestral

5.4 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AMBIENTAL

A avaliação de desempenho ambiental é um processo que se inicia com a criação da

metodologia de identificação dos aspectos e avaliação dos impactos e termina na Reunião de

Análise Crítica (RAC), realizada pela administração (item 4.6 da ABNT NBR ISO

14.001:2004). A administração avalia o desempenho ambiental dos indicadores e a extensão

na qual foram atendidos os objetivos e metas. Através dos resultados analisados, a

administração pode modificar os objetivos, metas e indicadores ou incluir/excluir novos

objetivos, metas e indicadores. Estes procedimentos são necessários para a melhoria continua

do sistema de gestão ambiental, conforme a metodologia utilizada pela ISO: o ciclo PDCA

(plan, do, check e act).

Na reunião de análise crítica, avaliam-se os indicadores e delibera-se por novos

valores das metas ou excluem-se objetivos e seus indicadores por deixarem de ser

101

significativos. A tabela abaixo exemplifica um painel com os objetivos, metas e indicadores

medidos. Estas medições foram tiradas dos exemplos dos itens 4.3.1 ao 4.3.9.

Tabela 16 – Painel demonstrativo dos objetivos, metas e indicadores

Objetivo Indicador Meta Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Controlar a Emissão de Fumos Metálicos a níveis

abaixo de 0,5 mg/m3IFM = 100% 87,5%

Controlar a Emissão de Ruído a níveis abaixo de 82 DB(A) IER 100% 87,5%

ITRO = 80% 91,7%

IGOA 0,90 0,83

Reduzir o consumo de óleos lubrificantes, Hidráulicos e

graxas em 5% em relação ao ano passado

ICOL = 800 Kg 250 Kg

Reduzir o consumo de água doce em 5% em relação ao

ano passadoTCA

= 150 litros / pessoa / dia

110,23 litros /

pessoa / dia

Reduzir o consumo de óleo diesel em 5% em relação ao

ano passadoICOD = 40.000 L 28.000 L

Reduzir a geração de plásticos em 5% em relação ao ano

passadoIGP = 50% 70,0%

Buscar 100% de conformidade com a legislação ambiental

ICLA 100% 75,0%

Controlar o transporte e a destinação final dos resíduos IAC 80% 84,0%

Buscar o aperfeiçoamento na atividade de recebimento de

óleo diesel

Fonte: item 4.3 deste trabalho

102

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quem não mede, não gerencia. Quem não gerencia, não melhora.

6.1 DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

Para responder à questão ou ao objetivo geral deste trabalho, “entender como o Gestor

de meio ambiente pode avaliar o desempenho do Sistema de Gestão Ambiental em uma

embarcação”, foi necessário que o estudo de caso se desenvolvesse em uma embarcação,

então, a BGL foi escolhida para esta discussão.

Sentiu-se a necessidade de realizar um diagnóstico do Sistema de Gestão da BGL para

verificar como é realizada a Avaliação de Desempenho Ambiental da balsa. O Objetivo

Específico, “Analisar a política, objetivos e indicadores atuais pertencentes ao Sistema de

Gestão Integrada da Balsa Guindaste e de Lançamento (BGL)”, foi criado para este fim e

desenvolvido no capítulo 2.

Através deste diagnóstico, perceberam-se alguns pontos de melhoria do Sistema de

Gestão Ambiental da BGL, são eles:

• os objetivos do SGA da BGL são estratégicos, foram criados para atender à

Engenharia da Petrobras e estudou-se na Revisão da Literatura que os objetivos devem

ser específicos e relacionados aos aspectos e impactos significativos;

• o indicador ambiental NOAM é genérico e reativo, pois é necessário que aconteça

uma anomalia para que haja uma medição, além de este indicador não estar

relacionado a nenhum objetivo ambiental específico.

Para continuar a buscar a resposta da questão deste estudo, foram criados quatro

objetivos específicos que serão discutidos a seguir:

1. Desenvolver uma metodologia para identificação dos aspectos e avaliação dos

impactos da BGL. Partiu-se de pensamentos de livros e de documentos da BGL para

chegar à metodologia criada. Poderiam-se criar diversos modelos de metodologia,

porém, o importante é não se afastar do conceito de que os objetivos ambientais

devem refletir os verdadeiros problemas da organização;

103

2. Aplicar a metodologia desenvolvida e identificar os aspectos e impactos

significativos da BGL. Aplicou-se a metodologia criada individualmente, embora,

estudou-se na Revisão da Literatura que a avaliação é realizada com uma equipe

multidisciplinar. Porém, procurou-se não fugir do Objetivo Geral da Dissertação,

[entender como o Gestor...];

3. Propor novos objetivos ambientais com base nos aspectos significativos

identificados no objetivo específico anterior. Este objetivo foi útil para mostrar como

se desenvolvem objetivos ambientais estudando os processos existentes;

4. Desenvolver Indicadores ambientais com base nos objetivos propostos. Observou-se

que as abordagens apresentadas na ISO 14.031 foram muito importantes nas criações

dos indicadores ambientais, pois, em alguns casos era impossível solucionar o

problema sem utilizar os conceitos de abordagem.

O trabalho demonstrou que através de indicadores ambientais propostos é possível

uma gestão mais eficiente visando se alcançar metas preestabelecidas no plano ambiental.

No desenrolar do trabalho, percebeu-se que os programas ambientais são

indissociáveis do planejamento do Sistema de Gestão Ambiental, pois a própria ISO 14.001

os enumera juntamente com os objetivos e metas.

6.2 SUGESTÕES PARA NOVOS TRABALHOS

Seguem abaixo sugestões para futuras pesquisas:

• O item Planejamento inclui objetivos, metas e programas. Os programas foram

estudados na Revisão da Literatura e foram iniciadas suas discussões, mas não fizeram

parte do estudo de caso, eles não foram testados. Fica a sugestão de desenvolver um

estudo sobre este tema;

• As seguintes perguntas poderiam ser fontes de novas pesquisas futuras:

o As organizações têm em seus sistemas de Gestão objetivos

específicos relacionados aos seus aspectos e impactos significativos?

o Os programas ambientais são relacionados a estes objetivos?

o As organizações avaliam seus Sistemas de Gestão Ambiental com

indicadores relacionados aos objetivos específicos?

104

REFERÊNCIAS

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OECD. [SI]: Organization for Economic co-operation and Development. Disponível em: http://www.oecd.org/pages/0,3417,en_36734052_36734103_1_1_1_1_1,00.html. Acesso em 7 out. 2007. OLIVEIRA, Denise Aparecida Soares de. Desenvolvimento, energia e sustentabilidade: uma perspectiva do relatório Brundtland. UNICAMP. Faculdade de Engenharia Mecânica Comissão de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica. Planejamento de Sistemas Energéticos. Campinas, SP: [s.n.], 2003. PIMENTA, Gladston Francisco Paolucci. Utilização de indicadores de emissões atmosféricas como ferramenta de decisão em projetos de unidades marítimas de produção de óleo e gás. Dissertação (Mestrado em Sistemas de Gestão). Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2005. SANTOS, A. R. Metodologia Científica: A Construção do Conhecimento. 2 ed. Rio de Janeiro: DP&A editora, 1999. SERPA, Oswaldo. Dicionário escolar inglês-português, português-inglês. 88.ed. Rio de Janeiro: FAE/Ministério da Educação e do Desporto, 1994. TRIVINÕS, A.N.S. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais. A pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1995. UNCED. [SI]: United Nations Conference on Environment and Development. Nosso Futuro Comum. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1991. VALLE, Cyro Eyer do. Qualidade Ambiental: O Desafio de Ser Competitivo Protegendo o Meio Ambiente: (como se preparar para as Normas ISO 14.000). São Paulo: Livraria Pioneira, 1995. VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 1997. WIENER, Norbert. Cibernética e Sociedade. O uso Humano de Seres Humanos. São Paulo: Editora Cultrix. 2ª edição, 1968 WITTACZIK, Beatriz Maria. Sistema de Gestão Ambiental – ISO 14001: O Caso da Indústria de Móveis Rudnick S.A. Dissertação. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina – Programa de Pós-Graduação em Administração, 2003.

GLOSSÁRIO

Aspecto ambiental - é o elemento das atividades ou produtos ou serviços de uma organização

que pode interagir com o meio ambiente. Um aspecto ambiental significativo é aque le que

tem ou pode ter um impacto ambiental significativo (ABNT NBR ISO 14001:2004)

Ciclo PDCA - O Ciclo PDCA (Ciclo de Shewhart ou Ciclo de Deming), foi introduzido no

Japão após a guerra, idealizado por Shewhart, e divulgado por Deming, quem efetivamente o

aplicou. O ciclo de Deming tem por princípio tornar mais claros e ágeis os processos

envolvidos na execução da gestão

Diagramas de Venn - Diagramas de Venn, diagramas de Euler e diagramas de Johnston são

ilustrações similares de conjuntos, relações matemáticas ou relações lógicas

Ecoeficiência - A ecoeficiência é alcançada mediante o fornecimento de bens e serviços a

preços competitivos que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida, ao

mesmo tempo em que reduz progressivamente o impacto ambiental e o consumo de recursos

ao longo do ciclo de vida, a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação

estimada da Terra (WBCSD, 1992)

Impacto ambiental - é qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que

resulte, no todo ou em parte, dos aspectos ambientais da organização (ABNT NBR ISO

14001:2004:ABNT)

Meta Ambiental - é um requisito de desempenho detalhado, aplicável à organização ou parte

dela, resultante dos objetivos ambientais e que necessita ser estabelecido e atendido para que

tais objetivos sejam atingidos, quantificado sempre que exeqüível. (ABNT NBR ISO

14001:2004)

Objetivo Ambiental - é um propósito ambiental geral, decorrente da Política ambiental, que

uma organização se propõe a atingir, sendo quantificado sempre que exeqüível. (ABNT NBR

ISO 14001:2004)

Offshore - Operações afastadas da costa (SERPA,1994)

Prevenção de Poluição - uso de processos, práticas, técnicas, materiais, produtos, serviços ou

energia para evitar, reduzir ou controlar (de forma separada ou combinada) a geração, emissão

ou descarga de qualquer tipo de poluente ou rejeito, para reduzir os impactos ambientais (3.7)

adversos

NOTA A prevenção da poluição pode incluir redução ou eliminação de fontes de poluição,

alterações de processo, produto ou serviço, uso eficiente de recursos, materiais e substituição

de energia, reutilização, recuperação, recic lagem, regeneração e tratamento

108

Shareholders - Aqueles que participam da propriedade da sociedade, como, Proprietário e

acionista

Stakeholders - Visão moderna dos diversos parceiros de uma organização. Esta visão engloba

tanto os parceiros internos (diretores, gerentes, funcionários e colaboradores) como os

externos (acionistas, fornecedores, clientes, governo, ONG)

ANEXO

Anexo A Sugestão para documentação do SGA

Fonte: Atualização da tabela de MOREIRA, 2001

ITEM DA NORMA DOCUMENTAÇÃO REGISTRO 4.2 – Política Ambiental Inclusão no Manual do SGA

4.3.1 – Aspectos Ambientais

Procedimento: Levantamento de Aspectos e Avaliação de Impactos Ambientais

Levantamento de aspectos e avaliação de impactos em produtos, em processos e serviços e em instalações

4.3.2 – Requisitos Legais e outros

Procedimento: Requisitos Legais e outros requisitos do SGA Controle de requisitos legais do SGA

P

4.3.3 – Objetivos e Metas e programas

Procedimento (opcional ou incluir no manual): Objetivos, metas e programas de Gestão Ambiental

Objetivos, metas e programas de Gestão Ambiental

4.4.1 – Recursos, funções, responsabilidades e autoridades

Manual do SGA – Organograma, Matriz de Responsabilidade e Autoridade Manual de funções – Requisitos mínimos

4.4.2 – Competência, treinamento e conscientização

Procedimento: Treinamento, conscientização e competência

Necessidade de treinamento por função Lista de presença Treinamento na tarefa Controle individual de treinamento realizado

4.4.3 – Comunicação Procedimento: Comunicação com partes interessadas Atendimento a partes interessadas

4.4.4 – Documentação do SGA

Manual do SGA Procedimento: Padronização de documentos

Formulário padrão para emissão de documentos

4.4.5 – Controle de documentos Procedimentos: Controle de documentos

Controle de documentos internos Controle de distribuição de cópias Controle de documentos externos

4.4.6 – Controle Operacional

Instruções de trabalho para tarefas associadas a aspectos ambientais significativos Procedimento: Controle de produtos e serviços críticos para o SGA

Requisitos de fornecedores críticos para o SGA

D

4.4.7 – Preparação e resposta a emergências Procedimento: Plano de Emergências

Necessidade de treinamento por função (*) Controle individual de treinamento (*) Plano de simulados (*) utilizar os mesmos do item 4.4.2

4.5.1 – Monitoramento e Medição

Procedimento: Monitoramento e Medição Procedimento: Controle de calibração

Plano de monitoramento

4.5.2.1 – Avaliação do atendimento a requisitos legais aplicáveis

Procedimento: Verificação do atendimento a requisitos legais aplicáveis

4.5.2.2 – Avaliação do atendimento a outros requisitos por ela subscrito

Procedimento: Verificação do atendimento a outros requisitos

Registros dos resultados das avaliações periódicas

4.5.3 – Não-conformidade, ação corretiva e ação preventiva

Procedimento: Tratamento de não-conformidades reais e potenciais

Tratamento de anomalias / não-conformidades

4.5.4 – Controle de registros Procedimento: Controle de registros do SGA Controle de registros do SGA

C

4.5.5 – Auditorias do SGA

Procedimento: Auditorias internas Procedimento: Qualificação de auditores internos Instrução de trabalho: Orientações para auditorias internas

Planejamento de auditorias Programas de auditorias Relatório de não-conformidade Relatório resumo de auditoria Controle da qualificação dos auditores

A 4.6 – Análise pela Administração Procedimento: Análise Crítica do SGA Ata da reunião de Análise crítica

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