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GUSTAVO FIGUEIREDO DA COSTA ANÁLISE DA ZONA DE PERTURBAÇÃO CAUSADA PELA INSTALAÇÃO DE ESTACAS HELICOIDAIS EM SOLO ARENOSO NATAL-RN 2017 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

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GUSTAVO FIGUEIREDO DA COSTA

ANÁLISE DA ZONA DE PERTURBAÇÃO CAUSADA PELA

INSTALAÇÃO DE ESTACAS HELICOIDAIS EM SOLO

ARENOSO

NATAL-RN

2017

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

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Gustavo Figueiredo da Costa

Análise da zona de perturbação causada pela instalação de estacas helicoidais em solo arenoso

Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade

Artigo Científico, submetido ao Departamento

de Engenharia Civil da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte como parte dos requisitos

necessários para obtenção do Título de

Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Dr. Yuri Daniel Jatobá Costa

Natal-RN

2017

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Sistema de Bibliotecas – SISBI

Catalogação da Publicação na Fonte - Biblioteca Central Zila Mamede

Costa, Gustavo Figueiredo da.

Análise da zona de perturbação causada pela instalação de estacas helicoidais em solo arenoso / Gustavo

Figueiredo da Costa. - 2017.

19 f. : il.

Artigo científico (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Tecnologia, Curso de

Engenharia Civil. Natal, RN, 2017.

Orientador: Prof. Dr. Yuri Daniel Jatobá Costa.

1. Estaca helicoidal - Artigo. 2. Penetrômetro dinâmico de Cone (DCP) - Artigo. 3. Radar de penetração de

solo (GPR) - Artigo. 4. Zona de influência - Artigo. I. Costa, Yuri Daniel Jatobá. II. Título.

RN/UF/BCZM CDU 624.154

.

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Gustavo Figueiredo da Costa

Análise da zona de perturbação causada pela instalação de estacas helicoidais em solo arenoso

Trabalho de conclusão de curso na modalidade

Artigo Científico, submetido ao Departamento

de Engenharia Civil da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte como parte dos requisitos

necessários para obtenção do título de Bacharel

em Engenharia Civil.

Aprovado em 01 de dezembro de 2017.

___________________________________________________

Prof. Dr. Yuri Daniel Jatobá Costa – Orientador

___________________________________________________

Profa. Dra. Carina Maia Lins Costa – Examinadora interna

___________________________________________________

Eng. João Paulo da Silva Costa – Examinador externo

Natal-RN

2017

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RESUMO

O presente artigo expõe um estudo sobre as características da zona de perturbação causada pela

instalação de uma estaca metálica helicoidal em um solo predominantemente arenoso. A

profundidade atingida pela estaca no terreno variou entre 2,37 e 2,77 m. Neste estudo foram

realizados ensaios penetrométricos com a utilização do penetrômetro dinâmico de cone (DCP)

e aquisições de radargramas usando um radar de penetração de solo (GPR). Os testes com o

DCP foram realizados antes e depois da instalação da estaca helicoidal em três locais distintos,

visando avaliar os efeitos da instalação por meio de medições da resistência à penetração do

solo. O penetrômetro permitiu determinar uma zona de influência equivalente a

aproximadamente 3 vezes o diâmetro da maior hélice da estaca, dentro da qual é possível

visualizar uma redução significativa da resistência do solo devido à instalação da estaca. Os

radargramas gerados com o GPR permitiram visualizar uma região compreendida entre a

superfície e a primeira placa helicoidal, com diâmetro similar à maior hélice, na qual houve

clara mudança de propriedades elétricas do solo após a instalação. Os resultados sugerem que

a passagem das hélices durante a instalação da estaca tornou o solo dessa região menos

compacto que o solo do entorno.

PALAVRAS-CHAVE: Estaca helicoidal, DCP, GPR, Zona de influência.

ABSTRACT

The present article presents a study on the characteristics of the zone of disturbance caused by

the installation of a helical pile in a sandy soil. The depth reached after installation varied

between 2.37 and 2.77 m. In this study, penetration tests with the use of dynamic cone

penetrometer (DCP) and radargram surveys using ground penetration radar (GPR) were

performed. The DCP tests were performed before and after the installation of a helical pile in

three different locations, aiming to evaluate the effects of the pile installation by measuring the

soil resistance to penetration. With the penetrometer results it was possible to determine a zone

of influence equivalent to approximately 3 times the diameter of the largest plate of the pile,

within which it is possible to visualize a significant reduction of the resistance of the soil, caused

by the installation of the pile. The GPR survey shows a region between the surface and the top

helical plate, with a diameter similar to that of the largest plate, where the installation process

promoted a clear change in the electrical conductivity of the soil. The results suggest that the

passage of the plates during the installation process left the soil inside this region less dense

than its surroundings.

KEYWORDS: Helical piles, DCP, GPR, Zone of influence.

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1. INTRODUÇÃO

Estacas helicoidais consistem de uma ou mais placas circulares em forma de hélices

fixadas a um tubo central (HOYT e CLEMENCE, 1989). Elas possuem como vantagens: a

demanda de pouca mão de obra; uso de maquinário pequeno e com fácil acesso a terrenos

acidentados e a possibilidade de instalação em variadas condições de solos (CARVALHO et al,

2016).

As estacas metálicas helicoidais são comumente utilizadas como fundações de torres de

transmissão de energia, contenção de escavações e sistema de sustentação em túneis. Ainda se

fazem vantajosas para o caso de o terreno possuir lençol freático elevado, visto que a instalação

não é afetada pela presença de água.

O movimento de corte que a passagem das hélices promove gera alterações no estado

do solo. O deslocamento provocado pelas hélices durante a instalação faz com que o solo

presente dentro do cilindro da projeção das mesmas tenha a quantidade de vazios elevada, o

que reduz sua compacidade ou consistência em relação ao solo fora do cilindro (MITSCH e

CLEMENCE 1985).

Em estruturas submetidas a grandes carregamentos, que utilizam estacas metálicas

helicoidais em sua fundação, é comum a utilização de grupos de estacas para haver distribuição

dos esforços atuantes. No caso de as estruturas estarem excessivamente próximas às adjacentes,

pode ocorrer redução da resistência da estaca devido a influência das outras localizadas no

entorno. Portanto, faz-se necessário conhecer o raio de influência da perturbação causada pela

instalação da estaca no solo, de modo a se evitar a interseção das zonas perturbadas.

O presente artigo tem como objetivo analisar a perturbação que as instalações de estacas

metálicas helicoidais causam no solo e determinar a extensão dessa zona de interferência em

um terreno composto por solo de predominância arenosa. Na pesquisa mediu-se a resistência à

penetração do solo com o auxílio de um penetrômetro dinâmico de cone (DCP), utilizado antes

e após a instalação da estaca helicoidal. Utilizou-se também um radar de penetração de solo

(GPR) para avaliar variações no perfil do terreno pós-instalação.

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Estacas metálicas helicoidais

Uma solução para estruturas submetidas aos esforços de tração e compressão é a estaca

metálica helicoidal, a qual caracteriza-se por possuir uma haste metálica central (de seção

transversal circular ou quadrada), na qual são acopladas, por meio de soldas, hélices metálicas.

As estacas helicoidais são compostas por diversas peças de tamanho variado. As peças

chamadas de seções-guia possuem hélices. No primeiro elemento da instalação existe uma

ponta metálica chanfrada, que facilita a inserção do conjunto no solo. As peças denominadas

seções de extensão servem para promover a ligação entre as seções guia e a superfície,

permitindo atingir maior profundidade. A Figura 1 ilustra uma estaca típica de seção transversal

circular.

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Figura 1 – Representação das seções de extensão e seção guia na estaca helicoidal.

Fonte: Adaptado de Santos Filho (2014).

A estaca helicoidal é utilizada corriqueiramente em países como EUA e Canadá em

edificações residenciais, comerciais e industriais. No Brasil, ganhou notoriedade após sua

utilização em torres de linhas de transmissão no projeto Rio Madeira, que contempla cerca de

10.000 torres ao longo de uma extensão de 2.375 km entre Porto Velho/RO e Araraquara/SP.

O projeto utilizou torres autoportantes e de eixo único, e a utilização de estacas helicoidais

mostrou-se necessária devido à grande variedade de condições dos terrenos (HUBBEL, 2013).

O número, os diâmetros e as posições das hélices são determinantes para a magnitude

da capacidade de carga da estaca (SINGH e MITAL, 2017).

As estacas helicoidais são instaladas no solo por aplicação do torque gerado no fuste.

As hélices penetram o solo por rotação, com o auxílio de um motor hidráulico. Recomenda-se

que a taxa de avanço seja igual a um passo da hélice por revolução (SANTOS FILHO, 2014).

Na medida em que a estaca é inserida no solo, seções de extensão são adicionadas. O

maquinário necessário para a instalação pode ser constituído de retroescavadeira com motor

hidráulico acoplado, perfuratriz ou até caminhão com trado motorizado adaptado.

O torque de instalação é diretamente proporcional à capacidade de carga da estaca

(TSUHA, 2007). Caso seja atingido o torque especificado em projeto, o processo pode ser

interrompido. O valor de torque durante a instalação pode ser acompanhado por um torquímetro

ligado ao maquinário.

Durante o processo deve ser aplicada pequena força axial constante de compressão, para

que se mantenha o avanço de um passo por rotação. Avanço insuficiente ou tração da estaca

podem promover redução da capacidade de carga da estaca. A taxa recomendada de avanço da

instalação é de 10 a 30 revoluções por minuto (PERKO, 2009).

Segundo ICC Evaluation Service (2007), o espaçamento mínimo recomendado entre

eixos de estacas helicoidais é de quatro vezes o diâmetro da maior hélice. Em distâncias

inferiores à mencionada, faz-se necessária a análise do efeito de grupo, pois a resistência do

conjunto pode ser inferior à soma da resistência individual de cada estaca.

Santos (2013) por meio do ensaio de CPT constatou redução da resistência do solo

devido a instalação da estaca. Tal resultado foi obtido de acordo com a comparação entre a

resistência por atrito lateral (fs) na região de instalação da estaca e em local fora da influência

da instalação.

Santos Filho (2014) injetou nata de cimento por dentro de uma estaca helicoidal, após

sua instalação, com o intuito de observar a ocorrência de vazios ou solo enfraquecido pelo

processo em solo coesivo. Após a escavação de um poço para acesso à região preenchida pela

nata, encontrou-se vazios contidos na região cilíndrica determinada pelo diâmetro

revolucionado das hélices. Isso indicou a presença de um volume vazio ou solo de baixa

compacidade após a penetração das hélices.

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2.2 Penetrômetro Dinâmico de Cone – DCP

O Penetrômetro Dinâmico de Cone (Dynamic Cone Penetrometer – DCP) permite

estimar a resistência à penetração do solo. O DCP é composto por uma haste com diâmetro de

16 mm, a qual possui em sua extremidade superior um martelo com peso de 8 kg que desliza

verticalmente de cima para baixo, até chocar-se com um batente, ao longo da altura de queda

de 575 mm. Na extremidade inferior, existe uma ponta em forma de cone com 20 mm de

diâmetro que possui ângulo de 60º. O equipamento ainda conta com uma régua graduada que

permite realizar leituras com até 1 m de profundidade. A descrição da padronização do ensaio

pode ser obtida na norma ASTM D 6951 (ASTM, 2015).

O emprego do DCP possibilita avaliar a resistência à penetração do solo, permitindo

indicar e estimar a altura de camadas com resistências diferentes do subsolo. Os valores

medidos são representados pelo DPI (índice de penetração dinâmica) do ensaio, através da

equação 1:

𝐷𝑃𝐼 (𝑚𝑚 𝑔𝑜𝑙𝑝𝑒⁄ ) =𝐿𝑛 − 𝐿1

𝑛 − 1 (1)

Onde:

DPI (mm/golpe) – Índice de penetração dinâmica;

Ln (mm) – Deslocamento produzido pelo enésimo golpe;

L1 (mm) – Deslocamento produzido primeiro golpe válido;

n – enésimo golpe.

O golpe inicial (L0) é desprezado, visto que a superfície de contato entre o solo e o

equipamento não é a mesma dos demais golpes. Ele tem como função servir como assentamento

para a ponta cônica.

O DPI indica a distância que a ponta cônica desce a cada quantidade de golpes, obtendo-

se maiores valores para solos de baixa resistência à penetração e pequenos valores para solos

com alta resistência à penetração.

O registro da penetração do equipamento pode se dar a cada golpe consecutivo, sendo

este método indicado para o caso de solos heterogêneos ou que se tenha o interesse de

acompanhar a resistência à penetração do solo ao longo de sua profundidade. Outra forma de

determinar o DPI é pela diferença de seus valores final e inicial, no qual é fornecida uma

representação da resistência à penetração do ensaio como um todo.

2.3 Radar de Penetração do Solo – GPR

O Ground Penetrating Radar (GPR) ou georradar caracteriza-se por ser um método não

destrutivo de investigação geotécnica que utiliza a propagação e reflexão de ondas

eletromagnéticas de altas frequências (25 MHz a 2600 MHz). Os sinais captados possuem

assinaturas distintas, de acordo com as propriedades eletromagnéticas dos materiais, conforme

Rodrigues e Porsani (2006).

A frequência central da antena é um parâmetro fundamental para a determinação da

profundidade e resolução da investigação. Quanto maior seu valor, maior será a resolução do

radargrama e menor será a profundidade de penetração das ondas eletromagnéticas. O contrário

se aplica quando a frequência possui valores baixos (OLIVEIRA, 2008).

Essas ondas eletromagnéticas são propagadas com velocidade determinada pela

permissividade elétrica (ε) dos materiais que compõem o seu meio. No momento em que as

ondas encontram objetos com diferentes propriedades elétricas, sofrem desvios (refração,

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reflexão e difração). Parte da radiação que é emitida, retorna para a antena receptora e é gravada

em dispositivo de armazenamento digital, chamado de consoler (LOURENÇO et al, 2009).

A velocidade (v) das ondas em meios não magnéticos (como os solos em geral) é dada

pela equação 2.

𝑣 =𝑐

√𝐾 (2)

Onde:

c – Velocidade da luz no vácuo (c=0,3 m/ns);

K – Constante dielétrica do material.

Alguns valores de constante dielétrica podem ser obtidos na Tabela 1.

Tabela 1 – Propriedades elétricas de alguns materiais.

Material K v (m/ns)

Ar 1 0.30

Água destilada 80 0.33

Areia seca 3-5 0.15

Areia saturada 20-30 0.06

Argila 4-40 0.06 Fonte: Adaptado de Annan (2003).

Conforme Rodrigues e Porsani (2006) a utilização do equipamento se dá pela

movimentação das antenas de transmissão e recepção em determinado alinhamento ao longo de

um perfil. Durante o caminhamento, a antena transmissora emite ondas eletromagnéticas para

o subsolo e a antena receptora os capta após a reflexão nos alvos gerando sinais específicos para

suas respectivas propriedades eletromagnéticas. Nos radargramas gerados, a antena receptora

coleta altas amplitudes (representadas em cor mais escura) para materiais onde as propriedades

dielétricas permitem a fácil propagação da onda, e gera baixas amplitudes (representadas em

cores mais claras) para materiais onde a propagação da onda se dá de maneira mais atenuada.

Os objetos localizados pelo equipamento são representados por meio de parábolas.

A aplicação do GPR é bastante diversificada, destacando-se quando o interesse é a

localização de objetos no subsolo, que pode ser desde utensílios arqueológicos, investigação

forense e a identificação de cabos e tubos sem registro de sua posição. No campo geológico, o

procedimento realiza o imageamento de camadas de solo com propriedades dielétricas distintas,

pluma de contaminação, avaliação de depósitos de minerais metálicos e mapeamento de lençol

freático (KEAREY, 2009). Na Engenharia Civil, algumas das aplicações do GPR são na área

de pavimentação, onde ele permite a observação da posição do substrato ou a presença de

vazios; na área de patologias, onde é possível visualizar a posição da armadura e a partir da sua

propriedade elétrica pode-se inferir a presença de processos patológicos; na localização de

dutos, cavernas e níveis de água.

3. METODOLOGIA

3.1 Local da pesquisa

A pesquisa foi conduzida em campo experimental localizado no Campus Central da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal/RN. O terreno utilizado

encontra-se ao lado do prédio do Instituto do Cérebro. A Figura 2 apresenta o local e a Figura

3 apresenta um perfil típico do subsolo com valores de resistência (NSPT) próximo ao terreno.

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Figura 2 – Representação do campo experimental.

Fonte: Autor.

Figura 3 – Sondagem mais próxima ao local da pesquisa.

Fonte: Araújo (2017).

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3.2 Estaca helicoidal

A Figura 4 apresenta a estaca utilizada no presente estudo, que foi a mesma utilizada

por Costa (2017) em seu trabalho. Composta por três peças, cada uma com 1,25 m, a estaca

usada possui seção transversal circular e vazada. A primeira seção guia possui duas hélices,

sendo a da ponta de 250 mm de diâmetro e a seguinte com 300 mm de diâmetro. A segunda

seção guia possui uma hélice de 350 mm de diâmetro.

Sua instalação se deu por meio da aplicação do torque gerado por uma perfuratriz,

adaptada para a instalação da estaca helicoidal, na haste central. De acordo com o avanço da

estaca no solo, era adicionada uma nova seção à anterior, conectada por meio de ligação do tipo

ponta-bolsa e três parafusos.

A estaca atingiu profundidades distintas nos pontos de instalação. Na posição A, atingiu

a profundidade de 2,77 m. Em seguida, na posição B, chegou a 2,57 m. Já na posição C, atingiu

2,37 m. A profundidade atingida pela estaca helicoidal depende da resistência do solo e é

limitada pelo torque máximo que a perfuratriz é capaz de imprimir, de aproximadamente 8

kN.m (QUEIROZ, 2018).

A estaca era desinstalada por meio de rotação, da mesma forma que foi instalada. Na

sequência, era instalada na nova posição, a uma distância de 4 m em relação à anterior, valor

superior ao mínimo recomendado ICC Evaluation Services (2007), de forma que não houvesse

perturbação no solo entre as instalações (Figura 2).

Figura 4 – Estaca metálica utilizada.

Fonte: Costa 2017.

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3.3 Penetrômetro Dinâmico de Cone – DCP

Os ensaios penetrométricos foram realizados antes e após a instalação da estaca

helicoidal, com a finalidade de se obterem evidências da perturbação do solo causada pelo

procedimento de instalação.

A coleta de dados com o DCP foi realizada nas três posições das estacas (A, B e C), em

sete pontos alinhados e distantes 100 mm entre si, conforme mostra a Figura 5. A coleta após a

instalação da estaca foi realizada em um alinhamento inclinado 45º em relação à primeira linha

de pontos, com a intenção de se evitar que a segunda coleta acontecesse sobre o solo já ensaiado

anteriormente.

Figura 5 – Representação da posição dos pontos de execução do DCP.

Fonte: Autor.

O experimento se deu com o posicionamento do equipamento na posição vertical, de

modo que não ocorresse inclinação do mesmo. O golpe inicial foi considerado o golpe-zero,

responsável pelo assentamento do equipamento no solo e desconsiderado no cálculo do DPI.

Em seguida, seguiu-se com o ensaio, realizando-se leituras a cada golpe. Como o DCP utilizado

possui capacidade máxima de penetração de 1 m, escolheu-se como critério de parada quando

o ensaio atingir a profundidade de 0,90 m.

O DPI e o número de golpes necessários para atingir o critério de parada foram

determinados para cada um dos pontos antes e após a instalação da estaca. Dessa forma, foi

possível a análise das alterações das propriedades do solo provocadas pela estaca.

3.4 Radar de Penetração do Solo – GPR

A aquisição de sinais do GPR foi realizada com uma antena de frequência 900 MHz e

ocorreu de acordo com os preceitos da norma ASTM D 6432–11 (ASTM, 2011). O ensaio com

o GPR foi feito no entorno da estaca na posição C (Figura 6). Ao todo, foram obtidos oito perfis

paralelos, com comprimento total de 10 m e espaçamento de 100 mm entre si, como

esquematizado na Figura 6. Optou-se por fazer o levantamento iniciando-se 1 m a noroeste da

estaca e seguindo até 9 m a sudeste da mesma, com intuito de visualizar as modificações

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causadas pela instalação da estaca em questão e obter as condições do subsolo em maior

distância, fornecendo um panorama geral do subsolo.

Durante o processamento dos dados utilizou-se a informação da profundidade das

hélices, a partir da porção da estaca que ficou na superfície, para estimar a velocidade de

propagação das ondas eletromagnéticas no subsolo e determinar a constante dielétrica do meio

investigado.

As possíveis interferências existentes no entorno foram devidamente registradas para

comparação com os resultados dos radargramas. A Figura 7 exemplifica a aquisição de dados

realizada.

Figura 6 – Representação da aquisição com GPR em torno da estaca na posição C.

Fonte: Autor.

Figura 7 – Aquisição de radargrama com o uso do GPR na região da estaca na posição C.

Fonte: Autor.

Estaca Helicoidal

GPR

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Penetrômetro Dinâmico de Cone – DCP

A Tabela 2 expõe os valores de DPI pré-instalação (DPIpré) e DPI pós-instalação (DPIpós)

da estaca nas posições A, B e C.

Tabela 2 – Valores de DPI antes e após a instalação da estaca.

Valor do DPI (mm/golpe) em cada ponto nas três posições das estacas.

Distância ao eixo da

estaca (mm) 200 300 400 500 600 700 800

Estaca A Pré 12.28 10.87 12.12 12.67 11.42 13.89 15.83

Pós 42.42 23.28 24.56 16.79 19.57 15.92 17.04

Estaca B Pré 14.93 17.07 16.16 16.14 14.22 16.46 15.66

Pós 57.00 31.37 21.43 20.96 16.75 17.24 17.24

Estaca C Pré 11.78* 12.60 12.49 12.34 14.17 11.86 12.56

Pós 50.00* 22.32 17.81 16.15 15.38 15.76 15.75 Fonte: Autor. *Valores para a profundidade de 660 mm.

Em geral, a Tabela 2 mostra valores semelhantes de DPI pós-instalação nos pontos a

700 e 800 mm do eixo da estaca, em suas três posições.

A Tabela 3 expõe os valores do número de golpes necessário para se atingir a

profundidade de 900 mm com o DCP antes e após a instalação da estaca nas posições A, B e C.

A Tabela 3 apresenta a similaridade que existe entre os valores de número de golpes dos pontos

a 600, 700 e 800 mm de distância da estaca após a instalação da mesma nas posições B e C.

Tabela 3 – Valores de número de golpes antes e após a instalação da estaca.

Número golpes necessários para o atingimento de 900 mm de profundidade com o uso

do DCP em cada ponto nas três posições das estacas.

Distância ao eixo da estaca

(mm) 200 300 400 500 600 700 800

Estaca A Pré 47 47 41 39 52 38 36

Pós 12 25 25 28 28 26 27

Estaca B Pré 44 42 43 42 49 41 41

Pós 9 19 23 26 32 34 34

Estaca C Pré 34* 53 53 53 48 58 55

Pós 4* 28 36 40 42 46 48 Fonte: Autor. *Valores para a profundidade de 660 mm.

Diante do apresentado, utilizaram-se comparações estatísticas entre valores

apresentados nas três estacas com o intuito de encontrar um comportamento uniforme entre as

mesmas. A Figura 8 apresenta a comparação entre as médias de DPI entre as posições A, B e

C, nas distâncias coletadas. Para cada média foi adotado um intervalo de confiança com 15 %

de significância. Tal valor de intervalo de confiança foi adotado por apresentar um número

condizente com a quantidade de ensaios realizados, podendo ser elevado em caso de haver

maior número de amostras penetrométricas.

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Figura 8 – Representação da média do DPI nos pontos de execução do DCP.

Fonte: Autor.

Na Figura 9 é mostrada a média entre a razão de DPI após a instalação e o DPI pré-

instalação nas posições A, B e C da estaca, nas distâncias coletadas. O intervalo de confiança

utilizado também foi para a significância de 15 %.

Figura 9 – Representação da razão entre o DPI antes e após a instalação da estaca.

Fonte: Autor.

De acordo com a Figura 8, levando-se em conta o intervalo de confiança proposto, as

médias de DPI antes e após a instalação tornam-se muito próximas na distância de

aproximadamente 500 mm do eixo da estaca. Nos pontos mais distantes do fuste existe a

aproximação entre as curvas, demonstrando a tendência de o solo não ter sido perturbado em

maiores distâncias.

Na Figura 9 é possível visualizar que após o ponto a 500 mm da estaca existe uma

mudança no comportamento das curvas, com redução na variação dos valores de cada ponto

após 500 mm. Também é perceptível a aproximação que a relação entre DPIpós e DPIpré tem do

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55

60

200 300 400 500 600 700 800

DP

I (m

m/g

olp

e)

Distância do eixo da estaca (mm)

Média do DPI da pré-instalação Média do DPI da pós-instalação

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

200 300 400 500 600 700 800

DP

I pós/

DP

I pré

Distância do eixo da estaca (mm)

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valor unitário, à medida em que se afasta da estaca, mostrando que a influência da perturbação

se torna bastante tênue.

4.2 Radar de Penetração do Solo – GPR

O radargrama mostrado na Figura 10, apresenta o resultado referente à linha 6 da

aquisição com frequência de 900 MHz com a estaca na posição C. O eixo horizontal representa

a distância horizontal da leitura, medida a partir da posição convencionada como a origem do

ensaio. O eixo vertical à esquerda representa o tempo (em ns) o que a onda eletromagnética

leva para atingir determinada cota. O eixo vertical à direita indica a profundidade, em metros,

da aquisição.

Figura 10 – Radargrama com destaque para a zona de perturbação acima da hélice.

Fonte: Autor

As tonalidades escuras (representadas em roxo, magenta e lilás) indicam meios nos

quais as ondas geradas pelo GPR tiveram maior facilidade em transitar. Com os devidos estudos

adicionais é possível inferir características específicas sobre o meio. No perfil da Figura 10, o

GPR indicou as interferências causadas no sinal devido às hélices, identificadas como

obstáculos pelo equipamento.

Além da posição das três hélices (maior amplitude) é possível visualizar na Figura 10

uma região de menor amplitude (em destaque pelo círculo) com largura semelhante à da hélice.

Pode-se inferir que houve perturbação do material existente. As diferenças de amplitudes são

consequências das condutividades dos meios. A rotação proveniente da instalação da estaca

helicoidal causa a mistura das camadas superficiais do solo (representadas em tons mais escuros

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no radargrama) e, consequentemente, a mudança das propriedades dielétricas na referida região.

O contraste entre as propriedades resultantes dos materiais nos quais as hélices passam e as

propriedades dos materiais fora da zona de perturbação (representadas pela tonalidade escura

do entorno da zona perturbada) torna possível a visualização da região em que as hélices atuam.

A presença da zona mais clara sugere que há uma redução da compacidade do material acima

da primeira hélice, em que a região cilíndrica determinada pelo diâmetro revolucionado das

hélices possui solo com mais vazios que seu entorno. Esta constatação está de acordo com os

resultados obtidos com o DCP nesta pesquisa e com Santos Filho (2014).

Os radargramas gerados não permitem determinar com precisão a condição do solo entre

as hélices por causa da interferência causadas pelas mesmas nas ondas eletromagnéticas.

O radargrama ainda permitiu inferir que após a profundidade de 2 m existe a presença

de uma camada de solo (destacado pelo retângulo branco na Figura 10 e em tonalidade mais

escura) com propriedades dielétricas diferentes da areia pura encontrada em seu entorno. O fato

de a perfuratriz ter atingido seu torque máximo quando a ponta da estaca atingiu essa região,

sugere uma camada resistente.

5. CONCLUSÃO

Ensaios de resistência à penetração com a utilização do DCP foram realizados em solo

predominantemente arenoso antes e após a instalação de uma estaca metálica helicoidal em três

posições distintas. Investigações geotécnicas não destrutivas com o uso do GPR foram

realizadas após a instalação da estaca na posição C. Ambos os experimentos constataram zonas

de perturbação no terreno, ocasionadas pelo processo de instalação e que foram relacionadas

com a redução da compacidade do solo.

O penetrômetro apontou que a perturbação causada pela instalação vai além da projeção

das hélices da estaca. Significativa alteração na resistência à penetração do solo, com cerca de

30% redução, foi identificada em um raio de até 500 mm de distância a partir do eixo do fuste.

Em 800 mm de distância da estaca (limite dos ensaios realizados) foi notada a uma redução de

resistência em torno de 14%. De acordo com o apresentado, tem-se que a relação entre o

diâmetro total da perturbação e o diâmetro da maior hélice é de aproximadamente três.

Os resultados obtidos com a técnica GPR permitiram detectar contrastes de propriedades

elétricas resultantes da movimentação do solo dentro do cilindro da projeção das hélices. Foi

possível a identificação de uma zona de perturbação no solo de diâmetro semelhante ao da

maior hélice. Os resultados obtidos sugerem que a região de perturbação encontrada

imediatamente acima da primeira hélice é constituída de material com compacidade menor que

a do solo fora da região fora da zona de perturbação, concordando com os dados do DCP. Para

a região abaixo da primeira hélice, os dados foram inconclusivos, por conta de interferências

geradas pelas próprias hélices.

6. AGRADECIMENTOS

O autor deste trabalho agradece ao apoio financeiro promovido pelo CNPq e ao

Laboratório de Análises Estratigráficas da UFRN pela aquisição e processamento dos dados de

GPR.

7. REFERÊNCIAS

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