guia para a realizaÇÃo da oficina pedagÓgica...instituto federal de educação, ciência e...
TRANSCRIPT
• I •
GUIA PARA A REALIZAÇÃO DA OFICINA PEDAGÓGICARESPONSABILIDADE ÉTICA DOS DISCENTES DO CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO DO IFNMG
LISLEY LOURRANY NASCIMENTO SOUZAWANDERSON PEREIRA ARAÚJO
• 1 •
GUIA PARA A REALIZAÇÃO DA OFICINA PEDAGÓGICARESPONSABILIDADE ÉTICA DOS DISCENTES DO CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO DO IFNMG
LISLEY LOURRANY NASCIMENTO SOUZAWANDERSON PEREIRA ARAÚJO
Montes Claros/MG2020
• 2 •
S487p
Serrão, Yoli Glenda da Silva. Planejamento participativo: como implementá-lo na educação profissional etecnológica. / Yoli Glenda da Silva Serrão, Maria Francisca Morais de Lima. –Manaus, 2019. 22 p. : il. color.
Produto Educacional oriundo da Dissertação – Educação inovadora: umapossibilidade na EPT. (Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica). –Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, CampusManaus Centro, 2019.
1. Educação profissional e tecnológica. 2. Sala de aula invertida. 3.Metodologias ativas. I. Lima, Maria Francisca Morais de. II. Instituto Federal deEducação, Ciência e Tecnologia do Amazonas III. Título.
CDD 378.013
Elaborada por Márcia Auzier CRB 11/597
Ficha catalográfica
AutoresLISLEY LOURRANY NASCIMENTO SOUZAWANDERSON PEREIRA ARAÚJO
Diagramação e finalizaçãoMICHELLE COSTA DE LIMAE-mail: [email protected]
Capa e ilustraçõesRecursos do Freepik.com e Adobe Stock
Souza, Lisley Lourrany Nascimento Guia para a realização da oficina pedagógica / Lisley Lourrany Nascimento Souza, Wanderson Pereira Araújo. – Montes Claros: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, 2020. 63 p.
1. Oficina pedagógica. 2. Cursos técnicos. 3. Química. I. Araújo, Wanderson Pereira. II. IFNMG. III. Título.
Elaborado por Carlos Alexandre de Oliveira, Bibliotecário, CRB-6 2762
ISBN: 978-65-00-16862-4
• 3 •
Somente o diálogo, que implica um
pensar crítico, é capaz, também, de gerá-lo.
(FREIRE, 2005)
• 4 •
SUMÁRIO05 APRESENTAÇÃO
07 CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA
19 PLANO DE TRABALHO
19 RECOMENDAÇÕES INICIAIS
23 APRESENTAÇÃO DA OFICINA
25 OBJETIVOS
25 JUSTIFICATIVA
26 ETAPAS PREVISTAS
29 DETALHAMENTO DAS ATIVIDADES
29 CONTEXTUALIZAÇÃO
32 PLANIFICAÇÃO
35 REFLEXÃO
37 CONSIDERAÇÕES FINAIS
42 APÊNDICE A - FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO FINAL DO ESTUDANTE
47 APÊNDICE B - MATERIAL DE APOIO
54 REFERÊNCIAS
• 5 •
APRESENTAÇÃO
Caro (a) leitor (a),
Este Guia para a realização da oficina pedagógica
“Responsabilidade ética dos discentes do Curso
Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do
IFNMG” constitui-se como produto educacional da
dissertação intitulada: “A dimensão ética da formação
do Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do
IFNMG: um estudo de caso”, desenvolvida no Mestrado
Profissional em Educação Profissional e Tecnológica -
ProfEPT, ofertado pelo Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais
(IFNMG), campus Montes Claros, sob a orientação do
Professor Dr. Wanderson Pereira Araújo.
O produto educacional aqui descrito foi
desenvolvido com 13 (treze) estudantes do 2º ano
do curso Técnico em Química Integrado ao Ensino
Médio do IFNMG, que aceitaram participar da pesquisa,
entre os meses de julho e agosto de 2020. Propõe-se
• 6 •
a realização de uma oficina pedagógica cujo objetivo é possibilitar aos
discentes do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
do IFNMG a reflexão sobre a sua responsabilidade ética, estimulando
o reconhecimento crítico-reflexivo de seus próprios valores, em
confronto com as situações apresentadas no diálogo e a formação de
uma consciência crítica.
Neste material estão sistematizadas as orientações para o
desenvolvimento da oficina no formato presencial, conforme foi
inicialmente projetada. Devido à suspensão das aulas presenciais, em
virtude da pandemia de Covid-19 e seus desdobramentos, a aplicação
do produto educacional precisou ser adaptada, a fim de permitir a
sua realização online, com o auxílio de ferramentas digitais como
videoconferência e aplicativo de mensagens instantâneas. Assim, ao
longo do Guia serão tecidas algumas considerações sobre as adaptações
utilizadas na aplicação online.
Este Guia contém sugestões de trabalho com alunos do Curso
Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio, no entanto, as atividades
aqui sugeridas podem servir de orientação para a implementação em
outros cursos dessa modalidade, por atender às diretrizes da Educação
Profissional e Tecnológica, trabalhando aspectos importantes da formação
humana integral. A configuração e o desenvolvimento deste produto se
deram com a participação ativa dos sujeitos/estudantes. Portanto, a sua
aplicação em outros contextos deverá levar em consideração a cultura,
a realidade do lugar, o conhecimento e a experiência dos sujeitos,
adequando às características e às necessidades próprias do público-alvo.
Bom trabalho!
• 7 •
A questão ética na educação ganha um espaço
importante de discussão na sociedade atual. A relevância
do tema é destacada nos principais documentos
que norteiam a educação nacional, como a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) e os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN), além de ser abordada
por conceituados educadores como Freire (2011) e
Rios (2007). Os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN) apontam que é cada vez mais evidente a
CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA
W
• 8 •
necessidade de que a educação
trabalhe a dimensão ética da
formação dos alunos, possibilitando
a compreensão sobre o conceito de
justiça e a sua sensibilização para a
construção de uma sociedade justa,
a adoção de atitudes de respeito
pelas diferenças entre as pessoas
e também a adoção de atitudes
de solidariedade, cooperação e
repúdio à discriminação (BRASIL,
1997). Essas recomendações
compreendem as três virtudes
enfatizadas nesta oficina: o respeito,
a justiça e a solidariedade.
Além da importância
acadêmica do tema, a atenção
dada à dimensão
ética da formação
dos estudantes
nesta proposta
de oficina se
alinha às bases
da Educação
Profissional e
Tecnológica, ao
defender uma
formação humana
que busque superar a histórica
vinculação, mediada ou imediata,
com o mercado de trabalho e
coloque os educandos como
centro das finalidades dessa fase
educacional, defendendo uma
educação preocupada com a
dimensão ética da formação de
sujeitos autônomos e protagonistas
de cidadania ativa (FRIGOTTO,
2001; RAMOS, 2008). Educar
para a emancipação e para uma
leitura crítica do mundo exige
que o processo educativo ajude
o educando a compreender tanto
suas condições de vida, quanto
questões relacionadas ao trabalho
na sociedade atual, aos problemas
como o desemprego, as novas
formas de trabalho emergentes,
a desigualdade social, a miséria,
as estruturas produtoras da
desigualdade, da discriminação e
como a educação se relaciona com
o trabalho e com essa sociedade
(FRIGOTTO; CIAVATTA; RAMOS,
2005).
Sugestão de aprofundamento
Livro: Marx e a Pedagogia Moderna, de Mario Alighiero
Manacorda.
• 9 •
Introduzindo
o tema da
oficina, o
conceito de ética
é concebido por
Nosella (2008, p.
256) como “[...] o
ramo da filosofia
que fundamenta
científica e
teoricamente a
discussão sobre
valores, opções
( l i b e r d a d e ) ,
c o n s c i ê n c i a ,
responsabilidade,
o bem e o mal, o
bom e o ruim etc.”. Assim, a ética
apresenta um caráter reflexivo e
problematizador em relação às
prescrições orientadoras da vida
em sociedade. Nesse sentido, Rios
(2007) acrescenta que:
A ética se apresenta como uma reflexão crítica sobre a moralidade, sobre a dimensão moral do comportamento do homem. Cabe a ela, enquanto investigação que se dá no interior da filosofia, procurar
ver [...] claro fundo e largo os valores, problematizá-los, buscar sua consistência (RIOS, 2007, p. 23).
A questão ética ocupa
um lugar de destaque na obra
do educador Paulo Freire,
numa perspectiva de libertação,
humanização e transformação do
homem, em contraposição à ética
do mercado, do individualismo e
da exclusão social. A perspectiva
ética em Freire, a qual fundamenta
esta oficina, baseia-se em uma
ética da vida, uma ética universal
do ser humano, absolutamente
indispensável à convivência. Essa
ética universal do ser humano
defendida por Freire tem como
ponto de partida o oprimido, a
vítima desumanizada, injustiçada e
explorada, ferida em sua vocação
ontológica do ser mais, numa busca
por sua humanização e libertação,
condenando a exploração da
força de trabalho do ser humano,
a mentira, a discriminação e
defendendo a luta dos oprimidos
Sugestão de aprofundamentoLivro: Ética, de Adolfo Sánchez Vázquez.
WPlaylist Filosofia da Educação, de Terezinha Azerêdo Rios.
• 10 •
pela superação da contradição em
que se acham (FREIRE, 2005).
A fim de
oportunizar essa
intervenção na
realidade, a ética em
Freire aponta para
uma prática educativa
crítica, transformadora
e libertadora. A
educação possui um
importante papel na
construção de uma
nova realidade, promovendo, a
partir do exercício democrático do
diálogo e da reflexão, a formação de
consciências críticas. Tendo em vista
o caráter formador do processo
educativo, no ambiente escolar é
possível construir hábitos, atitudes e
valores com base em uma reflexão
de caráter ético, por meio do diálogo
constante com os estudantes sobre
temas como aceitação das diferenças,
respeito, solidariedade, estimulando a
aprendizagem de novas posturas em
relação ao mundo enquanto se vive
em diferentes espaços e situações
(GUZZO; SCHROEDER, 2014).
Representa um desafio para
a escola, inserida em uma sociedade
capitalista que prioriza o lucro em
detrimento da vida, da dignidade
humana e da justiça, oferecer aos
alunos uma educação humanista
(TROMBETTA; TROMBETTA, 2018).
A escola desempenha um papel
significativo na construção de uma
sociedade justa e solidária. Através
de uma educação fundamentada
em princípios ético-críticos, pode-
se contribuir para a formação
de uma consciência crítica pelos
estudantes. Com essa compreensão,
foi elaborada a presente proposta de
oficina pedagógica.
A oficina
pedagógica, como
proposta de
trabalho em grupo,
expressa pontos
inovadores, mas
também representa
uma tradição
que vem desde o
trabalho de Kurt
Lewin (1890 –
1947), conhecido
Sugestão de aprofundamentoLivro: Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire.
Sugestão de aprofundamentoLivro: Oficinas em dinâmica de grupo: um método de intervenção psicossocial, de Maria Lúcia Miranda Afonso (org.).
• 11 •
como o fundador da teoria dos pequenos
grupos (AFONSO, 2006). Conforme
Vieira e Volquind (1997, p. 7), a oficina
pedagógica é um “[...] espaço-tempo no
qual interagem práticas, teorias, crenças
e valores”, sendo uma alternativa
metodológica que permite a investigação
da realidade em sala de aula. Estimula o
pensamento, o sentimento e a ação e
provoca experiências necessariamente
socializadas. Afonso (2006) acrescenta
que a oficina pode ser concebida como:
[...] um trabalho estruturado com grupos, independentemente do número de encontros, sendo focalizado em torno de uma questão central que o grupo se propõe a elaborar, em um contexto social. A elaboração que se busca na oficina não se restringe a uma reflexão racional mas envolve os sujeitos de maneira integral, formas de pensar, sentir e agir (AFONSO,
2006, p. 9).
Integrando as instâncias do
pensar, do sentir e do agir, tal proposta
deve proporcionar um espaço para a
vivência, a reflexão e a construção de
conhecimentos, um lugar não apenas
para se fazer algo mas para pensar,
sentir, problematizar, onde todos
O trabalho envolvendo oficina visa a:
• Favorecer o enriquecimento integral e harmônico da personalidade de todos os participantes através de uma ação criativa e prazerosa;• Incentivar o exercício do espírito crítico, decodificando a realidade;• Promover a mudança de atitudes, através da responsabilidade compartilhada, do trabalho de grupo interdisciplinar e globalizante” (VIEIRA; VOLQUIND, 1997, p. 22).
• 12 •
devem respeitar-se, pensar de forma
cooperativa e buscar resolver os
problemas propostos em conjunto
(VIEIRA; VOLQUIND, 1997).
Os objetivos finais da oficina
“[...] se enquadram na defesa de
uma instituição escolar capaz
de favorecer o desenvolvimento
integral dos seres humanos e, por
conseguinte, promotora de modelos
de sociedade mais democráticos,
cooperativos e justos” (VIEIRA;
VOLQUIND, 1997, p. 14). Além
disso, o trabalho com oficina busca
incentivar o exercício do pensamento
crítico a partir da decodificação da
realidade, promovendo mudança de
atitudes. Com esses fundamentos, a
presente oficina propõe um processo
de reflexão em grupo, com vistas a
contribuir para a formação consciente
e humana dos participantes.
Afonso (2006) orienta que
o processo de concepção de uma
oficina seja composto de quatro
momentos. No primeiro deles é
analisada a demanda, definindo-se o
tema geral do trabalho, o que pode
ser feito mediante um pedido do
grupo ou uma necessidade observada
pelo professor/mediador. Os detalhes
que fundamentaram a concepção da
demanda desta oficina encontram-se
descritos na seção “Justificativa”.
O segundo momento é o de
pré-análise, que inclui o levantamento
de dados e aspectos importantes do
assunto que poderão ser trabalhados
na oficina. Possibilita o levantamento de
“temas-geradores” a partir de dados
coletados com os participantes. A pré-
análise desta oficina foi realizada por
meio da aplicação de um questionário,
que teve como objetivo identificar o
perfil dos participantes, bem como
obter informações preliminares sobre
a sua compreensão a respeito do tema
“ética” e dos principais problemas
éticos da sociedade atual, na opinião
dos estudantes. Também possibilitou
a coleta de informações importantes
para nortear a decisão sobre quais
assuntos relacionados ao tema
poderiam ser trabalhados na oficina,
os “temas-geradores”, a partir das
respostas dadas pelos participantes.
Segundo Afonso (2006, p. 34) “Os
‘temas-geradores’, a exemplo das
• 13 •
palavras-geradoras de Paulo Freire,
mobilizam o grupo porque se
relacionam à sua experiência, tocam
nos conflitos e nas possibilidades,
aguçam o desejo de participação
e troca”. Os “temas-geradores”
identificados com a aplicação do
questionário foram agrupados em
dois subtemas, que orientaram o
diálogo na primeira etapa da oficina:
“problemas sociais” e “preconceito,
sensibilidade ao outro e respeito”.
No terceiro momento de
concepção da oficina, ocorrem o foco
e o enquadre. O foco diz respeito ao
que se pretende trabalhar, de acordo
com o que foi levantado na pré-
análise. O enquadre está relacionado à
definição do número de participantes,
contexto institucional, local, recursos
necessários e número de encontros
(AFONSO, 2006). Os dados relativos
a essa fase do planejamento da oficina
encontram-se descritos na seção
“Apresentação da oficina” deste Guia.
No último momento,
denominado planejamento flexível,
realizam-se a definição e organização
do trabalho. A preparação do
professor/mediador deve incluir a
antecipação de temas e estratégias,
objetivando qualificar-se para conduzir
a oficina, porém é preciso estar
aberto para adequar o planejamento
aos interesses do grupo (AFONSO,
2006). Uma vez delineados os
principais aspectos da oficina, nesse
último momento do planejamento
define-se sua organização.
A organização da oficina,
para Vieira e Volquind (2002),
pode ser dividida em três etapas:
contextualização, planificação e
reflexão. Na primeira etapa, a
contextualização, os alunos são
situados na realidade da oficina,
verificando-se os conhecimentos
prévios sobre o tema. Ocorre
também uma apresentação expositiva
conceitual sobre o assunto. Em
seguida, os alunos são colocados
frente a uma ou mais situações-
problema, relacionadas ao tema a
ser estudado, devendo expressar
conceitos espontâneos, promovendo
o conflito sociocognitivo e o repensar
de seus “pré-conceitos” (VIEIRA;
VOLQUIND, 2002). O conflito
• 14 •
sociocognitivo ocorre quando o
processo de interação social cria um
estado de divergência de opiniões ou
de soluções pessoais. Refere-se “[...]
à natureza do pensamento coletivo e
caracteriza um conflito entre respostas
socialmente diferentes, que designam
também naturezas cognitivas distintas,
porque em cada sujeito a incidência
da interação suscita uma resposta
interna diferente, produzindo um
conflito interno” (ADÁN-COELLO,
2008, p. 10). As reações dos sujeitos a
essas perturbações devem gerar novas
construções, tornando-se o conflito
um estímulo à mudança.
Para permitir esse processo,
o professor ou mediador deve
evitar transmitir diretamente sua
opinião, estimulando a exposição dos
diversos pontos de vista, bem como
sua contraposição, realimentando
o diálogo com perguntas sempre
que necessário. A interlocução
deve ocorrer principalmente entre
os alunos e não entre o aluno e
o professor/mediador (VIEIRA;
VOLQUIND, 2002). Assim, “[...] pode-
se lançar mão de músicas, textos,
observações diretas, vídeos, pesquisas
de campo, experiências práticas,
enfim, vivenciar ideias, sentimentos,
experiências, num movimento de
reconstrução individual e coletiva”
(ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 96).
Esse diálogo irá propiciar uma melhor
compreensão da visão dos estudantes
diante das questões que serão
colocadas em pauta. Para Freire (2005,
p. 156), “O diálogo, como encontro
dos homens para a ‘pronúncia’ do
mundo, é uma condição fundamental
para a sua real humanização”. Como
elemento central na construção desta
oficina, o diálogo possui sua relevância
justificada na sua potencialidade de
favorecer o pensamento crítico.
Na segunda etapa, a planificação,
ocorre o planejamento de ações para a
resolução de um problema em comum
e a construção de recursos, os quais são
compreendidos como os mecanismos,
artefatos ou instrumentos produzidos
para resolver um problema, para
atingir um objetivo desejado, tendo
uma finalidade social nesta proposta.
Os recursos a serem produzidos
deverão respeitar as aptidões
• 15 •
e interesses dos participantes,
podendo ser no formato de vídeo,
música, peça teatral, poesia, mural,
charge / quadrinho / tirinha, desenho,
pintura ou outro que atenda melhor
a equipe. A produção dos estudantes
deve expressar sua sensibilidade
em relação ao tema abordado,
visto que a arte instiga a revisão de
pensamentos e posicionamentos,
pois a sensibilidade estética permite
compreensões e reflexões de
caráter ético. Assim, essa iniciativa
busca possibilitar aos estudantes
experienciarem o processo educativo
ética e esteticamente (CHAVES;
GEORGEN, 2017).
A palavra estética se origina
do grego aisthetikós, que se relaciona
ao ato de admirar, envolvendo
a sensibilidade humana, estando
o sensível ligado ao respeito às
diferenças, à rejeição às injustiças e
às ações que contrariam a ética. O
reconhecimento da ética e da estética
na formação humana é fundamental
para contribuir para a formação
de pessoas críticas, autônomas,
socialmente responsáveis, que
saibam respeitar as diferenças e agir
em favor do bem comum (CHAVES;
GEORGEN, 2017).
O grupo deve dialogar sobre
as principais dificuldades observadas
após o diálogo inicial ou pontos de
interesse comuns, a fim de definir
o eixo condutor da elaboração
do recurso, buscando atender às
necessidades dos participantes.
Nesse processo, os estudantes
enfrentarão obstáculos, aprenderão a
questionar-se e apropriar-se melhor
de sua realidade, sendo um momento
de máxima aprendizagem e interesse
em mudanças. Nessa etapa, a temática
é mais explorada pelos alunos, dando
vida ao tema da oficina através
das ações em grupo, exigindo dos
participantes um nível mais elaborado
de reflexão e crítica, apropriando-se
dos conceitos, confrontando-os com
seus juízos morais pré-concebidos
e reformulando-os a partir da
problematização inicial (VIEIRA;
VOLQUIND, 2002).
Na última etapa, a reflexão,
ocorre a sistematização dos
conhecimentos produzidos e a
• 16 •
avaliação das atividades realizadas,
havendo a socialização das percepções
decorrentes das atividades, por meio
de relatos e reflexões. A avaliação
propiciará a análise do que foi
atingido, o que pode ser acrescentado
ou modificado, alcançando os níveis
cognitivo, afetivo e social (VIEIRA;
VOLQUIND, 2002). A concepção de
avaliação utilizada nesta oficina foi
formativa e reflexiva, tendo como
base as orientações de Freire (2011,
p. 63) de que “[...] o trabalho do
professor é o trabalho do professor
com os alunos e não do professor
consigo mesmo”, ressaltando o
respeito à autonomia dos discentes,
mediante a sua participação no
processo avaliativo.
Apoiados nos fundamentados
teóricos e metodológicos propostos
pelos autores que embasam esta
oficina, apresentamos os principais
elementos que a caracterizam:
DIÁLOGO
Esta oficina busca promover e incentivar o diálogo como reflexão crítica da realidade. Assume um caráter essencialmente interativo e comunicativo entre os sujeitos, não sendo compreendida como algo mecânico, mas valorizando o potencial participativo dos estudantes.
COLABORAÇÃO
A construção da oficina deve ocorrer de forma coletiva. Não se trata de pensar em uma oficina para os discentes, mas com os discentes, respeitando e priorizando suas opiniões e contribuições para a construção do processo, devendo o conteúdo trabalhado e o recurso produzido refletir os interesses dos participantes.
• 17 •
DIVERSIDADE
Tanto em relação aos temas abordados quanto em relação às demandas tratadas durante a produção do recurso, a oficina deve respeitar e valorizar as diferenças, contribuindo para a formação de um espaço plural, de afirmação da diversidade.
PREOCUPAÇÃO COM A FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL
Partindo de uma concepção de formação humana que vise à integração de todas as dimensões da vida no processo formativo, busca-se contribuir para a formação humana integral dos sujeitos, ao trabalhar a sua dimensão ética.
FLEXIBILIDADE
Desde a pré-análise, na qual é realizado o levantamento de dados e aspectos importantes do tema que poderão ser trabalhados na oficina, a partir das opiniões dos participantes, até a construção do recurso, que busca atender às necessidades destes, a adaptabilidade às características e interesses do grupo deve estar presente, não podendo haver um planejamento rígido, mas que possa se adequar ao contexto de aplicação.
AÇÃO VOLTADA PARA O CONTEXTO SOCIAL
Visa à produção de propostas de intervenção social, pensadas a partir da problematização da realidade social pelos participantes, partindo da “leitura do mundo” dos estudantes e buscando ir além dela.
• 18 •
Tendo em vista os aspectos aqui
apontados, acredita-se que a oficina
pedagógica seja um instrumento capaz de
contribuir para o aprofundamento de ações
educativas que favoreçam a reflexão sobre
a responsabilidade ética dos educandos, a
partir da problematização de questões
relacionadas à ética, contextualizadas à
realidade dos estudantes, abrindo uma
oportunidade de diálogo e aprendizado,
para a construção de uma consciência
ético-crítica.
A seguir encontra-se o plano
de trabalho utilizado para a realização
da oficina “Responsabilidade ética dos
discentes do Curso Técnico em Química
Integrado ao Ensino Médio do IFNMG”,
com as adequações e aprimoramentos
resultantes de sua aplicação e avaliação.
• 19 •
RECOMENDAÇÕES INICIAIS
Com base nos estudos de Afonso (2006),
Anastasiou e Alves (2004) e Vieira e Volquind
(1997), separamos alguns pontos importantes que
devem ser observados para melhor andamento da
oficina pedagógica.
PLANO DE TRABALHO
W
• 20 •
O primeiro passo para realização de uma oficina é a escolha do tema.
Essa pode ser feita de acordo com uma necessidade observada pelo professor/
mediador ou através de levantamento direto com os participantes sobre temas
de seu interesse.
Recomenda-se que a oficina seja realizada com não mais que 15
participantes, possibilitando assim um diálogo mais rico, maior participação
dos envolvidos e melhor acompanhamento do professor/mediador. Podem
ser usadas fichas de inscrição para organizar a quantidade de participantes,
realizando mais de um encontro, se preciso.
Alguns pontos importantes devem ser observados para o bom
andamento da oficina. A escolha e reserva do local deverão ser feitas com
antecedência, observando o espaço necessário, os recursos como aparelhos
de som ou projetor multimídia, a iluminação, as condições climáticas caso seja
em espaço aberto, bem como possíveis ruídos ou movimentações que possam
atrapalhar o andamento.
Todo o material necessário para uso do professor/mediador e dos
participantes deverá ser previamente separado, evitando, assim, imprevistos e
improvisos. Se possível, pode ser organizada uma pasta para cada participante,
contendo materiais como bloco de anotações, canetas e outros itens que
possam ser úteis à realização das atividades propostas. Caso os participantes
não se conheçam, podem ser providenciados crachás, a fim de facilitar a
comunicação entre todos.
ANTES DA OFICINA
• 21 •
As etapas da oficina devem ser preparadas antecipadamente, podendo-
se organizar um roteiro para acompanhamento de cada momento. É importante
estar atento ao tempo necessário para a realização de cada etapa, evitando-
se, assim, o não cumprimento das atividades propostas. Além da organização
das etapas, o professor/mediador deve se preparar previamente por meio da
revisão do tema a ser trabalhado, a fim de que possa coordenar as atividades
com segurança.
Os participantes devem ser recebidos desde a chegada com acolhimento
e atenção. Caso não se conheçam, sugere-se a realização de uma dinâmica de
apresentação.
É importante informar aos participantes sobre o tema da oficina, os
objetivos propostos, os resultados esperados, as etapas previstas, a técnica
escolhida e a dinâmica do diálogo, para que se sintam seguros e confortáveis.
A oficina não deve se caracterizar como uma aula ou palestra do
professor/mediador. Deve-se criar uma atmosfera que estimule o diálogo,
acompanhando todas as falas com atenção, observando se está havendo
envolvimento e interesse pelo tema. Deve-se buscar estimular os diálogos
profícuos e, se preciso, reorientá-los caso os participantes demonstrem
desinteresse ou caso as falas se tornem dispersas. O professor/mediador deve
tratar a todos de forma respeitosa, não emitindo julgamentos ou opiniões que
envergonhem ou intimidem os participantes.
DURANTE A OFICINA
• 22 •
Para o acompanhamento da participação dos estudantes, pode-se utilizar
um diário de aplicação da oficina, observando o andamento, a contribuição de
cada integrante, o comprometimento, as dificuldades encontradas, podendo
auxiliar no processo de avaliação e também para o aperfeiçoamento da técnica.
Durante a oficina é importante que seja realizado um processo
constante de avaliação. Ao final, recomenda-se uma avaliação em grupo, buscando
sistematizar os conhecimentos produzidos, avaliar as atividades realizadas,
tanto o processo quanto o recurso resultante e permitir que cada um faça sua
autoavaliação, observando as contribuições da oficina em um âmbito pessoal
e o alcance dos objetivos propostos, priorizando a percepção dos estudantes.
A avaliação realizada durante a oficina poderá ser complementada
após a finalização, possibilitando assim a coleta de opiniões que, por alguma
razão, não tenham sido manifestadas durante a avaliação coletiva. O uso de
um questionário online sem identificação poderá ser útil, inclusive, para que os
participantes expressem os pontos negativos observados durante o evento e
possíveis sugestões de melhoria.
DEPOIS DA OFICINA
• 23 •
Esta oficina
visa a criar um espaço
de reflexão, de
aprendizagem e de
troca de experiências
sobre o tema
“Responsabilidade ética
dos discentes do Curso
Técnico em Química
Integrado ao Ensino
Médio do IFNMG”.
Enfoca, principalmente,
questões relacionadas
à desigualdade social,
aos problemas
habitacionais, ao
trabalho infantil,
ao desemprego, à
fome, à precariedade
na educação e na
saúde públicas e ao
preconceito, problemas
manifestos em nossa
sociedade, os quais
foram abordados
no questionário
inicial respondido
pelos participantes,
que contribuiu para
a delimitação dos
subtemas trabalhados.
O quadro a seguir
apresenta algumas
informações sobre a
oficina.
APRESENTAÇÃO DA OFICINA
O Curso Técnico em Química Integrado ao
Ensino Médio do IFNMG, campus Montes Claros, foi implantado no ano
de 2012, com o objetivo de “formar profissionais
cidadãos técnicos de nível médio competentes
técnica, humanística, ética e politicamente, com elevado grau de
responsabilidade social para exercer papel social
no mundo do trabalho e em suas relações
interpessoais, sejam profissionais ou não”.
Para mais informações acesse o
Projeto Pedagógico de Curso.
ATENÇÃO: O desenvolvimento da oficina seguiu todas as normas do Comitê de Ética em Pesquisa, sendo a coleta de dados iniciada somente após a aprovação do projeto e o preenchimento dos Termos de Consentimento e Assentimento pelos estudantes e seus responsáveis.
• 24 •
QUADRO DESCRITIVO
Tema da oficinaResponsabilidade ética dos discentes do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG
Local de realizaçãoInstituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais - Campus Montes Claros
Carga horária20 horas (05 horas presenciais e 15 horas semipresenciais)
Nível de escolarização para a
qual será dirigida
Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Número de participantes
10 (dez) a 15 (quinze) participantes
Materiais necessários
Sala com capacidade para comportar os participantes confortavelmente
Aparelho televisor ou projetor multimídia
Slides com material para orientar o diálogo
Caderno de anotações
Canetas
Crachás
Bloco autoadesivo (post it)
Pincéis atômicos coloridos
Revistas de assuntos gerais atuais
Blocos plásticos coloridos de montar para dinâmica
Caixa de doces para dinâmica
Fonte: Da autora, 2020.
• 25 •
● Possibilitar aos discentes do Curso
Técnico em Química Integrado ao
Ensino Médio do IFNMG a reflexão
sobre a sua responsabilidade ética,
estimulando o reconhecimento
crítico-reflexivo de seus próprios
valores, em confronto com as
situações apresentadas no diálogo e a
formação de uma consciência crítica;
● Fomentar o diálogo e a ampliação
da compreensão a respeito do tema
“ética” e das virtudes de respeito,
justiça e solidariedade pelos discentes;
● Construir, a partir dos diálogos feitos
em grupo, recursos que abordem as
inquietações relacionadas à questão
ética na sociedade atual, possibilitando
o surgimento de um espaço de troca,
colaboração e interação;
● Proporcionar um momento de
reavaliação de conceitos, pensamentos
e atitudes em relação a si mesmo e ao
outro, através do compartilhamento
de ideias e do trabalho em equipe.
OBJETIVOS
JUSTIFICATIVAAnalisando alguns dos
principais documentos oficiais que
norteiam a educação nacional, observa-
se a atenção dada à importância da
ética na formação dos estudantes. Os
Parâmetros Curriculares Nacionais
compreendem que “[...] a ética é
um eterno pensar, refletir, construir.
E a escola deve educar seus alunos
para que possam tomar parte nessa
construção, serem livres e autônomos
para pensarem e julgarem” (BRASIL,
1997, p. 50).
Diante dessa relevância, a
contribuição que se pretende dar
ao debate já existente sobre o tema
é a utilização da oficina pedagógica
como uma alternativa para
possibilitar a reflexão dos estudantes
sobre sua responsabilidade ética,
proporcionando a ampliação da
percepção a respeito do assunto,
configurando-se em um espaço de
troca, colaboração e interação, além
de buscar incentivar o exercício
do pensamento crítico a partir
• 26 •
ETAPAS PREVISTAS
da decodificação da realidade,
estimulando a mudança de atitudes
e pensamentos. Freire (2011, p. 120)
orienta que respeitar a leitura de
mundo do educando “é a maneira
correta que tem o educador de,
com o educando e não sobre ele,
tentar a superação de uma maneira
mais ingênua por outra mais crítica
de inteligir o mundo”. Assim, este
trabalho também se justifica pela
necessidade de criar espaços de
discussão dos problemas sociais
emergentes com os estudantes,
permitindo que, a partir do
aprofundamento e discussão
da realidade, sejam capazes de
transformá-la.
A construção de uma escola
que se fundamente em virtudes
éticas requer vontade política, da
sociedade e da comunidade escolar.
Trata-se de uma construção coletiva,
na qual a participação de todos e o
diálogo promovam o crescimento e
a autonomia dos educandos. Viver
de forma ética exige que se lute
por mais justiça e igualdade social
e o papel da educação nessa luta é
de denunciar a realidade e anunciar
a possibilidade de um mundo justo,
ao problematizar a realidade social
opressora, fazendo emergir nas
consciências dos educandos o
compromisso com os outros e com o
mundo que os cerca (TROMBETTA;
TROMBETTA, 2018).
Para adaptação ao formato online, as cinco horas previstas para os encontros presenciais foram realizadas por meio de videoconferência, em um encontro com todos os estudantes presentes na sala virtual. As quinze horas no formato semipresencial foram realizadas por cada grupo, separadamente, utilizando WhatsApp, videoconferência e e-mail.
As atividades da oficina
têm duração de 20 horas, sendo 05
presenciais e 15 semipresenciais.
Para garantir a melhor utilização do
tempo, prevê-se que essas atividades
se desenvolvam em três partes,
conforme o quadro a seguir:
• 27 •
ORGANIZAÇÃO DA OFICINA
PARTE 1 - PRESENCIALEtapa Atividade Duração
Contextualização
Apresentação do professor/mediador, esclarecimentos sobre o tema da oficina, os objetivos e as etapas previstas, a técnica escolhida e a dinâmica do diálogo
05 min
Apresentação dos estudantes 15 min
Realização da atividade “tempestade
cerebral”05 min
Síntese conceitual sobre ética, moral e valores
15 min
Análise e interlocução sobre os materiais trazidos para reflexão, no formato de slides, representando situações-problema relacionadas ao tema a ser estudado (materiais previamente selecionados de
revistas, jornais, redes sociais, livros, fotografias, pinturas, poesias, letras de música, vídeos, dinâmicas, enquetes ou outros)
100 min
Finalização da primeira parte, avaliação da atividade desenvolvida e orientações sobre as próximas etapas da oficina
10 min
Carga horária parte 1 02h30min
• 28 •
PARTE 2 – SEMIPRESENCIALEtapa Atividade Duração
Planificação
Divisão do grupo em equipes. Diálogo para identificação das principais dificuldades identificadas ou pontos de interesse comuns, a partir da etapa de contextualização. Escolha de um assunto de interesse, planejamento e elaboração de um recurso com auxílio do professor/mediador,
com o uso de ferramentas online e/ou encontros presenciais, conforme a necessidade do grupo
15 horas
Carga horária parte 2 15h
PARTE 3 - PRESENCIALEtapa Atividade Duração
Planificação (continuação)
Apresentação do recurso elaborado pelas equipes
90 min
Reflexão
Socialização das conclusões das equipes
30 min
Avaliação do processo e do recurso produzido
20 min
Encerramento 10 min
Carga horária parte 3 02h30min
Carga horária total 20hFonte: Da autora, 2020.
• 29 •
DETALHAMENTO DAS ATIVIDADES
Após a acolhida dos
participantes, nesse primeiro
momento devem ser iniciadas as
atividades a partir da apresentação
do tema da oficina, os seus objetivos
e as etapas previstas, a técnica
escolhida e a dinâmica do diálogo.
Logo em seguida, os estudantes,
dispostos em um semicírculo,
devem se apresentar a fim de gerar
um maior entrosamento no grupo.
Ao se apresentar, cada estudante
deverá responder à pergunta: “o
que você quer ser quando crescer?”,
cujas respostas serão retomadas ao
final da oficina.
Para iniciar o diálogo sobre
o tema, deverá ser realizada a
atividade “tempestade cerebral”,
entregando uma folha de papel
CONTEXTUALIZAÇÃO
Para adaptação ao formato online, foi utilizada uma sala virtual, fornecida pelo serviço de Conferência Web da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa.
Para adaptação ao formato online, a atividade “tempestade cerebral” foi realizada utilizando-se o recurso de bate-papo da sala virtual, no qual os participantes inseriram suas respostas.
• 30 •
autoadesivo (post it) para cada
estudante e pedindo que escrevam
uma palavra que associem ao tema
“ética”. Deve-se esclarecer que não
há palavra certa ou errada, devendo
os estudantes colar o papel no
quadro ao terminar de escrever,
formando uma nuvem de palavras.
Após todos participarem, deverá ser
feito um levantamento das principais
palavras mencionadas, observando
se houve alguma mais recorrente
e, se necessário, solicitando
esclarecimento quanto a alguma
palavra cuja relação com o tema não
tenha sido compreendida.
Partindo do levantamento
feito com os alunos, deverá ser
realizada uma apresentação
expositiva, em diálogo com os
estudantes, sobre o conceito de
ética, sua relação com a moral
e valores e sua importância em
nossa sociedade. Sugere-se que
a apresentação seja baseada nos
autores que fundamentam esta
oficina (FREIRE, 2011; RIOS, 2007;
VÁZQUEZ, 2012).
Em seguida deverá ser
realizado um momento de diálogo
sobre os materiais selecionados
para reflexão, apresentados através
do uso de um aparelho televisor
ou projetor multimídia, no qual
poderão ser mostrados materiais
retirados de revistas, jornais, redes
sociais, livros, fotografias, pinturas,
poesias, letras de música, vídeos,
dinâmicas, enquetes ou outros, que
reflitam problemas sociais atuais
como desigualdade social, problemas
habitacionais, trabalho infantil,
fome, desemprego, precariedade
na educação e na saúde públicas e
preconceito, buscando fomentar
o diálogo e a livre expressão dos
alunos, dentro do tema proposto.
“Cabe ao professor situaros alunos na realidade da oficina, verificando o que
sabem sobre o assunto em estudo, quais seus
interesses” (VIEIRA; VOLQUIND, 1997, p. 24).
• 31 •
Os estudantes precisam ser
estimulados a manifestar sua opinião,
sua compreensão, concordância ou
discordância sobre o assunto em
pauta, permitindo que expressem
conceitos de forma espontânea,
promovendo um repensar das
próprias opiniões e também da
opinião dos colegas. O responsável
pela oficina irá atuar como mediador
do diálogo, fazendo questionamentos
quando entender necessário,
solicitando explicações ou pedindo
que o assunto seja melhor esclarecido.
O material apresentado durante a
oficina “Responsabilidade ética dos
discentes do Curso Técnico em
Química Integrado ao Ensino Médio
do IFNMG” encontra-se apenso,
para consulta.
Para encerrar essa etapa,
deve-se realizar uma síntese dos
momentos anteriores, buscando
identificar as principais situações-
problema apontadas pelos alunos,
relacionando as interlocuções
ocorridas com os conceitos teóricos
apresentados. Após a finalização
desse momento, os alunos devem
ser orientados sobre as próximas
etapas da oficina, que incluirão a
identificação de uma dificuldade
ou interesse comum relacionado
ao tema trabalhado, a divisão do
grupo em equipes, de acordo com o
número de participantes e a escolha
de um assunto específico pelo qual
se interessem, relacionado aos
subtemas da oficina, a fim de que
possam aprofundar-se para a criação
de um recurso a ser apresentado
aos colegas, conforme detalhamento
a seguir.
“Cabe ao professor promover o espaço para a discussão,
permitindo que ocorram as rupturas e novas construções.
O professor deve saber intervir nos debates,
propondo reflexões e, até mesmo, pausas para que
outras construções possam acontecer” (VIEIRA;
VOLQUIND, 1997, p. 17).
• 32 •
Após o encerramento do
primeiro encontro, o grupo deverá
dialogar, por meio de encontros
presenciais e do uso de WhatsApp,
e-mail, videoconferência ou outra
ferramenta de sua preferência,
sobre as principais dificuldades
encontradas ou pontos de
interesse comuns, a fim de definir
o eixo condutor da elaboração
do recurso, buscando atender às
necessidades dos participantes.
Uma vez identificada a dificuldade
ou interesse comum pelos
estudantes, deverá ser realizada a
divisão das equipes e escolha do
subtema a ser trabalhado.
Os alunos devem ser
incentivados a pesquisar e
explorar materiais que abordem
os assuntos de seu interesse, sendo
disponibilizados, tão somente
para apoio, materiais previamente
selecionados de revistas, jornais,
redes sociais, livros, fotografias,
pinturas, poesias, letras de música,
vídeos ou outros, para que
possam planejar a elaboração
de um recurso que aborde
suas inquietações a respeito da
questão ética na sociedade atual,
com o auxílio do professor/
mediador e que busque provocar
uma autorreflexão e também a
autorreflexão dos colegas aos
quais o recurso será apresentado.
“Ao realizar uma tarefa em conjunto, os alunos estarão aprendendo a confrontar opiniões, desenvolver estratégias
PLANIFICAÇÃO
mais adequadas, valorizando a cooperação” (VIEIRA; VOLQUIND, 1997, p. 50).
• 33 •
Respeitando as aptidões
próprias de cada um, os alunos
poderão escolher o recurso
entre as sugestões apresentadas,
como a elaboração de um vídeo/
documentário, música, poesia, mural
virtual, charge/quadrinho/ tirinha,
pintura ou poderão sugerir outra
opção que atenda melhor a equipe.
Os alunos farão o
planejamento e execução das ações
para a elaboração do recurso no
prazo de, pelo menos, 15 dias, com
acompanhamento e auxílio do
professor/mediador, apresentando-o
aos demais colegas na terceira parte
da oficina. Esse deve ser um momento
de aprendizagem, apropriação
do saber, reflexão e autocrítica.
Cada equipe deverá preparar uma
apresentação do recurso elaborado
com aproximadamente 20 minutos,
ou conforme a necessidade e
disponibilidade de tempo.
A apresentação deverá
conter informações sobre o
problema escolhido e os motivos
Em virtude de esta etapa ocorrer em sua maior parte à distância, o tempo necessário ao diálogo e construção do recurso pode ser maior, conforme necessidade do grupo. Na aplicação realizada, o prazo demandado pelos estudantes foi de 35 dias para elaboração do recurso.
“A troca de experiência deve levar em conta a vivência de cada participante da oficina, suas habilidades e conhecimentos” (VIEIRA; VOLQUIND, 1997, p. 17).
“Nas oficinas faz-senecessário momentos de ação, de vivência, de reflexão econceitualização, mas acima de tudo, será preciso atender às necessidades dos participantes” (VIEIRA; VOLQUIND, 1997, p. 22).
• 34 •
que levaram à sua escolha, buscando
atender à dificuldade ou ponto
de interesse comum encontrado
pelo grupo. Uma vez finalizado o
diálogo, a pesquisa e produção dos
recursos pelas equipes, na terceira
parte da oficina, continuando
a etapa de planificação, deverá
ocorrer a socialização dos recursos
produzidos e o diálogo entre as
equipes.
Na experiência de implementação da oficina realizada, o grupo identificou que sua dificuldade estava em compreender de que forma poderia contribuir para a superação dos problemas dialogados durante a oficina. Essa dificuldade orientou a construção do recurso pelas equipes, que buscaram, após a escolha de um problema de seu interesse, refletir em busca de minimizar essa dificuldade.
• 35 •
REFLEXÃO
Nesta última etapa
deverá ser feita a socialização
das conclusões das equipes após
as apresentações, realizando-
se uma avaliação da oficina,
tanto do processo quanto do
recurso elaborado, de forma
coletiva, tendo cada aluno a
oportunidade de se expressar
oralmente sobre as impressões
a respeito da realização da
oficina, importância e atualidade
do assunto, o que aprenderam
durante o processo, os
sentimentos experienciados,
pontos positivos, pontos a
desenvolver e sugestões.
Poderão também fazer um
relato sobre o percurso de
construção do recurso e se de
alguma forma sua participação
colaborou para um exercício de
autoavaliação e para a reflexão
sobre sua responsabilidade ética,
contribuindo para a formação
de uma consciência crítica.
A oficina será finalizada
com as considerações do
professor/mediador, fazendo
uma avaliação sobre as atividades
realizadas e retomando
as respostas dadas ao
questionamento feito durante
o primeiro encontro: “o que
você vai ser quando crescer?”,
ressaltando a importância de
que, para além de uma formação
profissional, é preciso refletir
sobre o que queremos ser
como seres humanos, cidadãos,
em um mundo que precisa de
pessoas comprometidas com a
construção de uma sociedade
justa e solidária.
• 36 •
Após o encerramento
do último encontro, poderá
ser utilizado, adicionalmente ao
processo avaliativo/autoavaliativo
que permeou todas as etapas, um
questionário respondido de forma
anônima, permitindo aos estudantes
se expressarem com maior liberdade
sobre suas impressões e contribuindo
também para a avaliação pelo
professor/mediador. O questionário
utilizado nesta oficina encontra-se
apenso.
• 37 •
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta de oficina pedagógica aqui
apresentada teve como objetivo possibilitar
aos discentes do Curso Técnico em Química Integrado
ao Ensino Médio do IFNMG a reflexão sobre a sua
responsabilidade ética, estimulando o reconhecimento
crítico-reflexivo de seus próprios valores, em confronto
com as situações apresentadas no diálogo e a formação de
uma consciência crítica. A partir da nossa experiência de
implementação deste produto educacional com a turma
do 2º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao
Ensino Médio do IFNMG, compreende-se que houve um
alinhamento entre os objetivos e a intervenção proposta,
ao criar um espaço de diálogo e participação ativa, partindo
• 38 •
dos participantes consideraram o tema da oficina interessante, contextualizado e relevante para os estudantes.
100%
dos participantes consideraram a oficina como método de trabalho apropriado para abordar o tema.
91,7%
dos participantes consideraram que sua participação na oficina contribuiu para aumentar a compreensão a respeito do tema “ética” e das virtudes de respeito, justiça e solidariedade.
100%
dos participantes consideraram que os objetivos da oficina foram alcançados satisfatoriamente
91,7%
“Uma ótima experiência, com eixo temático social, que nos faz pensar sobre nossas atitudes como pertencentes à mesma sociedade, abrindo nossos olhos para os problemas e nos incentivando a pensar sobre formas possíveis de contribuirmos para que essas adversidades diminuam gradativamente” (PARTICIPANTE 11).
“Acredito que foi de extrema importância, tanto para minha vida pessoal, quanto para minha vida profissional. Os temas escolhidos e abordados são fundamentais para a construção de um ser humano melhor. Estou super satisfeita em ter feito parte e ajudado de alguma forma. Incrível! Acredito que essa palavra resuma bem o que achei da oficina” (PARTICIPANTE 5).
“A oficina contribuiu para a reavaliação de conceitos, reflexão sobre assuntos presentes na sociedade e que nem sempre percebemos. Também contribuiu para observarmos diferentes pontos de vista sobre um mesmo problema, foi uma forma de conscientização para problemas sociais” (PARTICIPANTE 10).
dos conhecimentos prévios e das
vivências dos estudantes, respeitando
a sua autonomia e promovendo
atividades estimuladoras da reflexão,
da investigação e da autoavaliação.
Destacamos algumas das
avaliações feitas pelos participantes
da oficina:
• 39 •
Parecer doavaliador I1 Fernando Mota Ribeiro
Também contribuíram para a avaliação deste Guia três profissionais
cujas avaliações apontaram que:
Julgo que este produto pedagógico é de grande relevância para a formação ética de nossos alunos e contempla o proposto em nosso Projeto Pedagógico de Curso. As ideias e propostas apresentadas neste Guia são de ótima qualidade e aplicabilidade. Sugiro que este Guia faça parte dos planos de curso do IFNMG, pois este trabalho em muito contribui para a formação de profissionais aos quais acreditamos fazer diferença no mercado e no mundo do trabalho.
1 Fernando Mota Ribeiro possui graduação em Engenharia Química e mestrado em Físico-Química. É coordenador do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG campus Montes Claros.2 Maria Lúcia Miranda Afonso possui graduação em Psicologia e doutorado em Educação. É autora/organizadora do livro “Oficinas em dinâmica de grupo: um método de intervenção psicossocial”, que fundamenta esta oficina.
O Guia para a realização da Oficina Pedagógica traz uma contribuição inestimável para a formação dos estudantes no ensino médio, seguindo as diretrizes para uma educação crítica e integral. A Oficina Pedagógica aqui proposta se apoia em correntes teóricas consolidadas da educação crítica. Aborda as virtudes do respeito, da justiça e da solidariedade, promovendo uma reflexão sobre os aspectos éticos no contexto de vida dos estudantes, trazendo-lhes a oportunidade de pensar, sentir e agir diante de diversos aspectos desse contexto. A Oficina é embasada em uma perspectiva de humanização e transformação do ser humano para uma sociedade mais justa e solidária. Nessa perspectiva, elege o diálogo e as metodologias ativas e participativas como instrumentais para promover o pensamento crítico, inclusive criando ocasião para que os estudantes possam elaborar formas de ação e intervenção em seu contexto, praticando a cidadania. Também junto aos educadores, a Oficina abre um espaço para acolhimento, oferecendo uma linha de base para criar seus próprios projetos a partir do exemplo aqui construído. A proposta da Oficina Pedagógica aqui apresentada vem, portanto, fortalecer os esforços de construção de novos caminhos e procedimentos para efetivar uma educação ao mesmo tempo competente do ponto de vista técnico e reflexiva do ponto de vista ético, contribuindo para a formação integral dos alunos, para a valorização dos docentes e da educação junto à sociedade.
Parecer da avaliadora II2 Maria Lúcia Miranda Afonso
• 40 •
Percebe-se, ao longo de todo o material apresentado, a preocupação em relacionar a proposta da oficina aos objetivos e documentos oficiais que norteiam o trabalho na Educação Profissional e Tecnológica – EPT. Deve-se ressaltar a excelente qualidade do Guia de apresentação da oficina, no qual o conteúdo é trabalhado de forma atraente e interativa, adequada ao perfil dos participantes. Outro aspecto relevante nesse sentido é a avaliação final da oficina pelo estudante, que traz questões relevantes e condizentes com os objetivos propostos, além de promover a reflexão sobre os temas trabalhados.
Parecer daavaliadora III3 Maria das Dores de Freitas Soares
3 Maria das Dores de Freitas Soares possui graduação em Pedagogia e mestrado em Educação. É pedagoga no IFNMG campus Montes Claros.4 Terezinha Azerêdo Rios possui graduação em Filosofia e doutorado em Educação. É autora do livro “Ética e competência, que fundamenta a oficina realizada e o Guia produzido.
Embora elaborado com a finalidade de abordar um tema específico (e importantíssimo – a presença da ética no espaço da educação), o guia se mostra útil para o trabalho com inúmeros outros temas. Está redigido numa linguagem clara e precisa, recorre a referências teóricas importantes e propõe etapas articuladas no sentido de se manterem os elementos básicos de um trabalho dessa natureza – a colaboração, o diálogo, a ação voltada para o contexto social. Leve-se em conta a utilização do guia como um recurso de caráter pedagógico. Ele aponta a necessidade de se trabalhar não para os estudantes, mas com eles, estimulando sua criatividade, seu espírito de criticidade. Vale destacar o recurso à obra de Paulo Freire, com o objetivo de explorar as ideias que nos trouxe esse pensador brilhante, estimulando a conscientização, o debate, a construção coletiva da autonomia. Na certa, a proposta apresentada traz um estímulo à reflexão, à superação de uma atitude individualista, ao esforço para uma aprendizagem rica.
Parecer daavaliadora III3 Maria das Dores de Freitas Soares
• 41 •
Tendo em vista a avaliação
feita pelos estudantes durante a sua
participação na oficina pedagógica,
em conjunto com a pesquisadora,
e a avaliação realizada pelos
profissionais das áreas da Pedagogia,
Psicologia e Engenharia Química,
convidados a contribuir com esse
Guia, compreende-se que a oficina
pedagógica é um instrumento
profícuo para que seja trabalhada a
reflexão sobre a responsabilidade
ética dos estudantes na escola,
ponderando-se seus limites e
possibilidades.
Para além da apresentação
de estratégias, organização de etapas
e sugestão de materiais, este Guia
propõe um olhar sobre a importância
de se trabalhar a dimensão ética da
formação dos estudantes, a partir da
abertura de espaços de diálogo sobre
os problemas sociais emergentes,
que se configura em um importante
papel da escola e também uma
necessidade, conforme apontado
pelos participantes durante a oficina,
estimulando a formação de uma
consciência crítica.
Para tanto, faz-se necessário
um trabalho intensivo e contínuo,
que certamente não se encerra nesta
oficina pedagógica, mas esperamos
que a partir desta proposta surjam
novos espaços de diálogo e novas
propostas de intervenção, que
sejam motivadoras para a superação
dos desafios da formação humana
integral.
• 42 •
APÊNDICE A FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO FINAL DO ESTUDANTE
W
Prezado(a) estudante,
Após a sua participação na Oficina Pedagógica
“Responsabilidade ética dos discentes do Curso Técnico em
Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG" e diante dos
objetivos da oficina, descritos abaixo, assinale para cada item
a seguir a opção que melhor corresponda à sua opinião.
• 43 •
OBJETIVOS
• Possibilitar aos discentes do Curso Técnico em Química Integrado
ao Ensino Médio do IFNMG a reflexão sobre a sua responsabilidade ética,
estimulando o reconhecimento crítico-reflexivo de seus próprios valores, em
confronto com as situações apresentadas no diálogo e a formação de uma
consciência crítica;
• Fomentar o diálogo e a ampliação da compreensão a respeito do
tema “ética” e das virtudes de respeito, justiça e solidariedade pelos discentes;
• Construir, a partir dos diálogos feitos em grupo, recursos que
abordem as inquietações relacionadas à questão ética na sociedade atual,
possibilitando o surgimento de um espaço de troca, colaboração e interação;
• Proporcionar um momento de reavaliação de conceitos,
pensamentos e atitudes em relação a si mesmo e ao outro, através do
compartilhamento de ideias e do trabalho em equipe.
Marque uma das opções a seguir para cada questão:
1 - Diante dos objetivos propostos, considero que a escolha da oficina
como método de trabalho foi apropriada para abordar o tema.
2 - O tema da oficina foi interessante e contextualizado, sendo esse
diálogo relevante para os estudantes.
• 44 •
3 - Os assuntos trabalhados foram atuais, representando situações
relacionadas ao contexto no qual estou inserido(a).
4 - Foram utilizados recursos (imagens, vídeos, notícias) relacionados
ao tema, os quais contribuíram para melhor compreensão dos assuntos
trabalhados e para o diálogo.
5 - O tempo dedicado ao diálogo, elaboração do recurso, socialização
das conclusões e avaliação foi satisfatório.
6 - As atividades propostas foram esclarecidas adequadamente pela
pesquisadora.
7 - A pesquisadora acompanhou todas as etapas da oficina, dando
esclarecimentos e colaborando na construção do recurso.
• 45 •
8 - Participei ativamente da oficina e da construção do recurso com
minha equipe, de forma interessada e comprometida.
9 - Considero que a minha participação na oficina contribuiu para
possibilitar a reflexão sobre minha responsabilidade ética, estimulando o
reconhecimento crítico-reflexivo de meus próprios valores, em confronto com
as situações apresentadas no diálogo e a formação de uma consciência crítica.
10 - Considero que a minha participação na oficina contribuiu para
aumentar a minha compreensão a respeito do tema “ética” e das virtudes de
respeito, justiça e solidariedade.
11 - Considero que a minha participação na oficina contribuiu para
a construção de um recurso, a partir dos diálogos feitos em grupo, que
abordou minhas inquietações relacionadas à questão ética na sociedade atual,
possibilitando o surgimento de um espaço de troca, colaboração e interação.
• 46 •
12 - Considero que a minha participação na oficina proporcionou um
momento de reavaliação de conceitos, pensamentos e atitudes em relação a
mim mesmo e ao outro, através do compartilhamento de ideias e do trabalho
em equipe.
13 - Gostaria de deixar algum elogio ou comentário positivo sobre sua
experiência com a oficina?
14 - Gostaria de deixar alguma reclamação, crítica ou sugestão sobre
a oficina?
• 47 •
APÊNDICE B MATERIAL DE APOIO
Apresenta-se a seguir o detalhamento do material
preparado para utilização na oficina pedagógica
“Responsabilidade ética dos discentes do Curso Técnico em
Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG” especificando
a finalidade pretendida. É importante ressaltar que o material
tem como objetivo servir como uma referência para nortear
o diálogo, não devendo ser aplicado de forma rígida ou linear,
mas sim respeitando os interesses e disposição dos estudantes.
Todo o material aqui descrito integra a primeira parte presencial
da oficina, dentro da etapa de contextualização. Para acesso
ao arquivo de slides editável completo, clique aqui ou acesse
separadamente cada parte a seguir.
• 48 •
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 1 de slides
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 2 de slides
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 3 de slides
PARTE INTRODUTÓRIA
DIÁLOGO SOBRE O TEMA I
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 4 de slides
Iniciar os trabalhos da oficina com a apresentação da
mediadora, do tema da oficina, seus objetivos e etapas
previstas.
Realizar uma dinâmica de apresentação dos estudantes.
Cada aluno deverá se apresentar e dizer o que quer ser
quando crescer. As respostas serão retomadas ao final do
segundo encontro da oficina.
Introduzir a atividade “tempestade cerebral”. Cada aluno
deverá escrever no papel adesivo que será entregue uma
palavra que represente o que é ética em sua opinião e
colar o papel no quadro, formando uma nuvem de palavras.
Esclarecer aos alunos que não há palavra certa ou errada,
cada opinião é válida. Partindo das respostas dadas na
atividade, apresentar uma síntese conceitual sobre ética,
moral e valores e a importância do tema, em diálogo com
os estudantes.
Iniciar o diálogo sobre o Tema I - Problemas sociais. Dialogar
sobre o vídeo de um youtuber, observando a opinião dos
estudantes quanto à afirmação feita no vídeo: “cada um tem
a vida que merece”, considerando os conceitos de justiça
e solidariedade.
• 49 •
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 5 de slides
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 6 de slides
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 7 de slides
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 8 de slides
Utilizando imagens que abordem as diferentes estruturas
urbanas existentes na cidade de Montes Claros, dialogar com
os estudantes sobre como enxergam a situação, partindo de
um questionamento feito por Paulo Freire (2011).
Verificar a compreensão dos estudantes sobre a desigualdade
no acesso à educação, seja pelo não acesso ao sistema escolar,
seja pela exclusão dentro do próprio sistema ou, ainda, pelo
acesso a padrões diferentes de qualidade educacional, a partir
do contraste entre a realidade do IFNMG e da Escola Estadual
Gutemberg Teodoro Penha, ambas situadas no bairro Village
do Lago I, em Montes Claros. Observar se os estudantes se
consideram mais merecedores de uma educação de qualidade,
pelo fato de terem sido aprovados em um processo seletivo
concorrido.
Dialogar sobre a compreensão dos estudantes em relação a
problemas como a desigualdade social, problemas habitacionais,
trabalho infantil, fome e precariedade na saúde pública e o que
sentem a respeito. Verificar a quem atribuem a responsabilidade
por esses problemas e quais fatores colaboram para a
manutenção dessa situação, dialogando a partir de imagens,
notícias, vídeos, música e uma enquete.
Dialogar sobre o desemprego no Brasil e as novas formas de
trabalho emergentes, a partir de imagens que representem
o trabalho informal, desregulamentado, observando a visão
dos estudantes sobre as condições de trabalho às quais esses
trabalhadores estão submetidos.
• 50 •
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 9 de slides
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 10 de
slides
Introduzir uma breve dinâmica sobre desigualdade social.
Distribuem-se vários objetos de cores diferentes pelo
chão do ambiente (sugere-se o uso de blocos plásticos
coloridos). Selecionam-se três estudantes para recolher o
material. Todos deverão trabalhar em conjunto (não é uma
competição), recolhendo as peças e separando-as por cor.
Ao final eles receberão uma recompensa pelo “trabalho”,
que será diferente para cada um (sugere-se uma caixa de
doces, cada uma com uma quantidade diferente da outra).
A partir da atividade e da reflexão sobre como se sentiram
ao receber recompensas diferentes pela execução da tarefa,
os alunos serão estimulados a opinar sobre a distribuição
desigual de renda.
Finalizar o diálogo sobre o Tema I, retomando os principais
pontos abordados. Conversar com os alunos sobre como
se sentem em relação ao mundo, o que mais os incomoda
na realidade social vivenciada por eles e o que acreditam
ser necessário para diminuir os problemas sociais no Brasil.
Qual o papel de cada um para que essa realidade possa ser
mudada? Qual o papel da escola nesse processo e como
os estudantes avaliam que o IF tem desempenhado esse
papel? Questionar aos estudantes se, em sua opinião, o
ensino ofertado pelo IFNMG tem colaborado para que se
tornem pessoas mais conscientes da realidade, mais críticas
e dispostas a trabalhar para a construção de uma sociedade
justa e menos desigual e de que forma.
Iniciar o diálogo sobre o Tema II – Preconceito, sensibilidade
• 51 •
DIÁLOGO SOBRE O TEMA II
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 11 de
slides
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 12 de
slides
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 13 de
slides
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 14 de
slides
ao outro e respeito. A partir do uso de uma enquete, vídeo e
estatísticas, conversar com os alunos sobre o significado da
palavra preconceito e como percebem o preconceito em si
e nos outros, especialmente dentro do IFNMG. Observar
se o preconceito é compreendido como um problema real
ou como exagero, excesso de sensibilidade, vitimismo ou
mesmo censura à liberdade de expressão.
Verificar como os estudantes percebem a ausência de
representatividade negra nos diversos espaços, a partir do
manuseio de revistas publicadas recentemente no Brasil
cuja maioria das pessoas representada é branca.
Dialogar, utilizando vídeo de poesia, foto e pinturas que
representem a desigualdade racial no Brasil, sobre o lugar
ocupado pelas pessoas negras em nossa sociedade hoje e
os motivos que levam à manutenção dessa desigualdade, na
visão dos estudantes. Realizar uma enquete sobre como os
estudantes percebem que o IFNMG trabalha a contribuição
dos diferentes povos na construção histórica da nação,
observando, inicialmente, a opinião de forma mais objetiva,
para fomentar o diálogo sobre o assunto.
Dialogar, utilizando imagens e notícias, sobre qual o
lugar ocupado pelas diversas outras minorias existentes
em nosso país. São respeitadas? Vivem em igualdade de
oportunidades? Verificar quais motivos levam à manutenção
dessa desigualdade, na visão dos estudantes. Realizar uma
• 52 •
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 15 de
slides
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 16 de
slides
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 17 de
slides
enquete sobre como os estudantes percebem que o IFNMG
trabalha as questões de gênero, observando, inicialmente, a
opinião de forma mais objetiva, para fomentar o diálogo
sobre o assunto.
Refletir sobre o preconceito, falta de empatia e respeito,
praticados sob a forma de piadas e “memes” e como os
alunos se comportam em suas redes sociais diante disso, se
são tolerantes ou têm uma postura crítica com relação ao
compartilhamento desses materiais, dialogando a partir de
imagens, vídeo e uma enquete.
Dialogar sobre o preconceito a partir da percepção
quanto ao primeiro grupo de palavras, em contraste com o
segundo grupo e por que algumas dessas palavras causam,
muitas vezes, reações de estranhamento. O que está por
trás desse estranhamento? Por que as palavras do segundo
grupo são vistas com normalidade por muitas pessoas e as
do segundo grupo, nem sempre?
Introduzir uma dinâmica breve em duplas. Os alunos
deverão formar duas filas, de frente uma para a outra. Um
aluno de cada vez irá ler uma das frases ou expressões
constantes no slide para o colega a sua frente. Ao ler as
frases e expressões expostas, os estudantes deverão
refletir se costumam ouvir ou mesmo falar no dia a dia e
pensar no sentido que elas carregam e como são recebidas
pelo outro. Dialogar sobre como se sentiram ao dizer e ao
ouvir as frases. Pensar sobre as frases que usamos em nosso
• 53 •
ENCERRAMENTO DA PRIMEIRA ETAPA
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 18 de
slides
Clique aqui para acessar o conteúdo do grupo 19 de
slides
cotidiano e os sentidos que carregam. Através do diálogo,
abordar o respeito, como reconhecimento do outro.
Finalizar o diálogo sobre o Tema II, retomando os principais
pontos abordados. Questionar aos alunos de que forma
percebem que a escola tem trabalhado a questão das
relações interpessoais, a questão do preconceito e do
respeito ao outro. O que acreditam ser necessário para
combater o preconceito? Qual o papel de cada um para
que essa realidade possa ser mudada? Qual o papel da escola
nesse processo e como os estudantes avaliam que o IF tem
desempenhado esse papel?
Explicar aos estudantes as próximas etapas da oficina, após
a finalização do encontro, que consistirá em um momento
de diálogo para identificação dos possíveis pontos a serem
trabalhados no recurso, conforme a dificuldade ou interesse
encontrados pela turma, divisão das equipes, delimitação
do assunto de cada equipe e produção do recurso. A partir
de duas frases de Paulo Freire (2005; 2011), apontar os
principais fundamentos da produção do recurso. Apresentar
as sugestões de temas para elaboração do recurso a ser
desenvolvido e apresentado no segundo encontro. O
material contendo instruções detalhadas e sugestões deverá
ser enviado às equipes após a finalização do encontro.
• 54 •
REFERÊNCIAS
ADÁN-COELLO, Juan Manuel et al. Conflito sócio-cognitivo e estilos de aprendizagem na formação de grupos para o aprendizado colaborativo de programação de computadores. Revista Brasileira de Informática na Educação, v. 16, n. 3, p. 9-19, 2008. Disponível em: https://bit.ly/2FS2Aak. Acesso
em: 1 set. 2020.
AFONSO, Maria Lúcia Miranda (org.). Oficinas em dinâmica de grupo: um método de intervenção psicossocial. 2. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007. 171 p.
AFP. Número de desempregados no mundo deve alcançar 190,5 milhões neste ano, diz OIT. G1 [portal], 2020. Disponível em: https://glo.bo/38J1nLn. Acesso em: 8 jul. 2020.
AGÊNCIA BRASIL. Bolsa Família reduziu 25% da taxa de extrema pobreza, aponta Ipea. Época Negócios, 2019. Disponível em: https://glo.bo/2EEmGEt. Acesso em 10 jul. 2020.
ALCÂNTARA, Araquém. Veredas. São Paulo: Terra Brasil, 2014. 160 p.
ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos; ALVES, Leonir Pessate (org.). Processos de ensinagem na universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. 3. ed. Joinville: Ed. UNIVILLE, 2004. 100 p.
• 55 •
APÓS tragédia de Brumadinho, Thiago Neves, do Cruzeiro, faz ‘piada‘ com ‘barragem’ na Cidade do Galo. UAI [portal], 2019. Disponível em: http://bit.ly/36Tf0WM. Acesso em: 9 jul. 2020.
AQUELA tosse de cachorro. Memedroid [site], 2020. Disponível em: http://bit.ly/2RQi95n. Acesso em: 10 jul. 2020.
BBC BRASIL. Metade dos alimentos produzidos vai para o lixo. Articulação Nacional de Agroecologia [site], 2013. Disponível em: http://bit.ly/2OBoznh. Acesso em: 10 jul. 2020.
BELEZA não representada. Malfeito, feito! [blog], 2017. Disponível em: http://bit.ly/2RNUWQh. Acesso em: 25 jan. 2020.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Apresentação dos temas transversais - Ética. Brasília: MEC/SEF, 1997.146p.
BUENO, Dionizio. Precarização em duas rodas: pedalar 10 horas/dia para ganhar menos que o mínimo. Socialista Morena [site], 2019. Disponível em: http://bit.ly/3b7Yupd. Acesso em: 25 jan. 2020.
CARDOSO, Daniela; SILVA, Ney. Alunos de escola da rede estadual assistem aulas com guarda-chuvas abertos. Acorda Cidade [site], 2015. Disponível em: http://bit.ly/2OBDFZZ. Acesso em: 8 jul. 2020.
CHAVES, Amanda Pires; GEORGEN, Pedro Laudinor. Ética e estética na formação humana. Revista Exitus, Santarém, v. 7, n. 2, p. 331-349, maio/ago 2017. Disponível em: https://bit.ly/3etbGax. Acesso em: 10 ago. 2020.
COMO é visto o cyberbullying. Cyberbullying [blog], 2018. Disponível em: http://bit.ly/3aJtICR. Acesso em: 9 jul. 2020.
COSTA, Roberth. ‘Não me arrependo’, diz empresário alvo de críticas após publicar ‘homenagem’ a Brumadinho. BHAZ [portal], 2019. Disponível em: http://bit.ly/2UlFeyv. Acesso em: 9 jul. 2020.
• 56 •
DATAFOLHA: 30% dos brasileiros dizem ter sofrido preconceito por causa da classe social. G1 [portal], 2019. Disponível em: https://glo.bo/3kIcAlm. Acesso em: 26 jan. 2020.
DEZ tipos de preconceito que o mundo precisa parar de praticar. Hiper Cultura [site], [201-]. Disponível em: https://bit.ly/36217sG. Acesso em: 26 jan. 2020.
DINIZ, Iara. Setenta e cinco mil pessoas passam fome no Espírito Santo, diz IBGE. A Gazeta [site], 7 jan. 2020. Disponível em: http://bit.ly/3b54uz5. Acesso em: 8 jul. 2020.
DOM Balantines. Gabriel o Pensador: O resto do mundo ao vivo MTV. 2010. 1 vídeo (6 min). Publicado pelo canal Dom Balantines [YouTube]. Disponível
em: https://bit.ly/2G0XMzE. Acesso em 12 jul. 2020.
DOYLE , Daniella. Exemplos práticos de brainstorming: confira 4 para se inspirar. Siteware [site], 2019. Disponível em: https://bit.ly/3iWRAXz. Acesso em: 25 jan. 2020.
ELER, Guilherme. Estes dados mostram que a fome ainda é um problema no Brasil. Super Interessante, 2019. Disponível em: http://bit.ly/2UjewXj. Acesso em: 9 jul. 2020.
EIS que escrevem “Força Chape” em um avião de papel e ele cai. Memedroid [site], 17 set. 2017. Disponível em: https://bit.ly/33X2XZ4. Acesso em: 25 jan. 2020.
ENTENDA o que é racismo estrutural! 2019. 1 vídeo (5 min). Publicado pelo
canal Canal Preto [YouTube]. Disponível em: https://bit.ly/2EpogtB. Acesso em: 24 jan. 2019.
EXPERIMENTO social: desigualdade financeira entre homem e mulher. 2018. 1 vídeo (4 min). Publicado pelo canal Escola do Futuro Brasil [YouTube]. Disponível em: https://bit.ly/3cquE0n. Acesso em: 28 jan. 2020.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 40. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2017. 189 p.
• 57 •
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011. 143 p.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 47. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. 212 p.
FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e trabalho: bases para debater a educação profissional emancipadora. Perspectiva, v. 19, n. 1, p. 71-87, 2001. Disponível em: https://bit.ly/2RR5X3F. Acesso em: 20 set. 2019.
FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; RAMOS, Marise. O trabalho como princípio educativo no projeto de educação integral de trabalhadores. In: COSTA, Hélio da; CONCEIÇÃO, Martinho da (org.). Educação integral e sistema de reconhecimento e certificação educacional e profissional. São Paulo: CUT, 2005. v. 1. pt. 1, p. 19-62.
GARCIA, Maria Fernanda. Brasil corta verba de educação e gasta R$ 40 milhões com propaganda. Observatório do Terceiro Setor [site], 2019. Disponível em: http://bit.ly/2SivBOO. Acesso em: 25 jan. 2020.
GOOGLE MAPS. Avenida I, Montes Claros, Minas Gerais. 2012a. Disponível em: https://bit.ly/3figkHH. Acesso em: 7 jul. 2020.
GOOGLE MAPS. Avenida 2000, Montes Claros, Minas Gerais. 2019a. Disponível em: https://bit.ly/2OfDzXf. Acesso em: 7 jul. 2020.
GOOGLE MAPS. Avenida Doutor João Chaves, Montes Claros, Minas Gerais. 2019b. Disponível em: https://bit.ly/2WnpXxJ. Acesso em: 7 jul. 2020.
GOOGLE MAPS. Avenida José Corrêa Machado, Montes Claros, Minas Gerais. 2019c. Disponível em: https://bit.ly/3ef16Cg. Acesso em: 7 jul. 2020.
GOOGLE MAPS. Avenida Perimetral, Montes Claros, Minas Gerais. 2012b. Disponível em: https://bit.ly/36fNzd6. Acesso em 7 jul. 2020.
GOOGLE MAPS. Rua Jucá Miranda, Montes Claros, Minas Gerais. 2019d. Disponível em: https://bit.ly/3kW3bXi. Acesso em: 7 jul. 2020.
• 58 •
GOOGLE MAPS. Rua Laura Pratés, Montes Claros, Minas Gerais. 2012c. Disponível em: https://bit.ly/2W6jTt8. Acesso em: 7 jul. 2020.
GUAYASAMIN, Oswaldo. Sed: série Huacaynan. [195-?]. 1 painting, oil on canvas. Disponível em: http://bit.ly/3aZbeOQ. Acesso em: 24 jan. 2019.
GUZZO, Sissi Elisabeth Lamel; SCHROEDER, Tânia Maria Rechia. Os valores e a ética no ambiente escolar e suas relações com a violência. Cadernos PDE, Paraná, 2014. Disponível em: https://bit.ly/3ajHTNG. Acesso em: 16 jul. 2019.
LEMOS, Vinícius. ‘Isso não é gente’: os áudios com ataques a indígenas na pandemia que se tornaram alvos do MPF. BBC News Brasil [portal], 2020. Disponível em: https://bbc.in/33VAHWG. Acesso em: 27 jul. 2020.
MATHIAS, Maíra. Combate à fome: era pouco e se acabou. Espaço [site], 2018. Disponível em: http://bit.ly/2GLFaA6. Acesso em: 10 jul. 2020.
MC Gui explica polêmica após ser acusado de homofobia. Catraca Livre [site], 2016. Disponível em: http://bit.ly/36vUc7y. Acesso em: 26 jan. 2020.
MOUSE feminino. Submundo Mamão [blog], 2006. Disponível em: https://bit.ly/3i2Ntba. Acesso em: 8 jul. 2020.
MUDALEN, Bruno. Cada um tem a vida que merece! 2019. 1 vídeo (2 min). Publicado pelo canal Bruno Mudalen [YouTube]. Disponível em: https://bit.ly/3bNiMnW. Acesso em 25 jan. 2020.
MULLER, Luiz. Didático: uma foto que mostra o que é a ‘uberização’ do trabalho. Brasil de Fato [site], 2019. Disponível em: http://bit.ly/3aJZH68. Acesso em: 25 jan. 2020.
NOGUEIRA, Alessandra. Araçatuba registra 14 acidentes de trabalho com crianças e adolescentes por ano. RP10 [site], 2019. Disponível em: http://bit.ly/316w4aL. Acesso em: 24 jan. 2020.
NORDESTINOS são alvo de preconceito após resultado do 1º turno das eleições: prática é crime. O Povo [jornal], Fortaleza, 8 out. 2018. Disponível em: https://bit.ly/3f8y1J5. Acesso em 10 jul. 2020.
• 59 •
NOSELLA, Paolo. Ética e pesquisa. Educação e Sociedade, Campinas, v. 29, n. 102, p. 255-273, abr. 2008. Disponível em: https://bit.ly/3mTkNF4. Acesso em: 13 jul. 2019.
O SENHOR dos Anéis: as duas torres. Direção: Peter Jackson. Produção: Barrie M. Osborne; Fran Walsh; Peter Jackson. Intérpretes: Elijah Wood; Ian McKellen; Liv Tyler; Orlando Bloom; Sean Astin; Viggo Mortensen e outros. Roteiro: Fran Walsh; Philippa Boyens; Stephen Sinclair; Peter Jackson. Música: Howard Shore. Nova Zelândia: WingNut Films: The Saul Zaentz Company, 2002. (3h43min). Disponível em: https://bit.ly/2Hy0Jrz. Acesso em: 12 jul. 2020.
PAIVA, Vitor. Mc Biel tranca conta no Twitter depois que antigos posts preconceituosos e machistas são publicados. Hypeness [site], [201-]. Disponível em: https://bit.ly/2ZpLOq3. Acesso em: 25 jan. 2020.
PARIS, Letícia. Trinta e oito por cento das empresas têm restrições para contratar LGBTQI+, diz pesquisa: ‘preconceito velado’, relata mulher trans. G1 [portal], 2020. Disponível em: https://glo.bo/2X311Mg. Acesso em: 1 jul. 2020.
PEDROSO, Rodrigo Rodrigues. Doutrina social da igreja não é ideologia. Canção Nova [site], 2016. Disponível em: http://bit.ly/2Ron8Ky. Acesso em: 25 jan. 2020.
PERCEBA! [“Hora do descanso”]. [S. l.]: 23 maio 2017. Facebook: @percebaoficial. Disponível em: https://bit.ly/3n0Qr3J. Acesso em: 25 jan. 2020.
PIMENTEL, Kadú. Dicas para sair da média. [S. l.]: 8 out. 2018. Facebook: @kadupimenteloficial. Disponível em: http://bit.ly/2Sp9sOT. Acesso em: 25 jan. 2020.
PORTINARI, Candido. Morro. 1933. 1 pintura, óleo sobre tela, color., 114 x 148 cm. Disponível em: https://bit.ly/36e6m8U. Acesso em: 25 jan. 2020.
RAMOS, Marise. Concepção do ensino médio integrado. Técnico em Administração Col. Wilson Joffre [site], 2008. Disponível em: https://bit.ly/2Nus4gw. Acesso em: 24 jul. 2019.
• 60 •
REDE D’OR SÃO LUIZ. Hospital CopaStar: o estado da arte em saúde. 2018. 1 vídeo (3 min). Publicado pelo canal Rede D’Or São Luiz [YouTube]. Disponível em: https://bit.ly/2DwxSlD. Acesso em: 7 jul. 2020.
RESPIRADORES quebrados, caixão no corredor e salas lotadas: vídeos mostram caos em hospital de Manaus. G1 [portal], 2020. Disponível em: https://glo.bo/3018k7w. Acesso em: 7 jul. 2020.
RIBEIRO, Naiana. Thais Carla ganha processo contra nutricionista baiana. Correio [jornal], Salvador, 3 nov. 2019. Disponível em: https://glo.bo/37SbQ71. Acesso em: 25 jan. 2020.
RIOS, Alan. Religiões de matriz africana são alvos de 59% dos crimes de intolerância. Correio Braziliense [jornal], Brasília, 11 nov. 2019. Disponível
em: https://bit.ly/2ShOmCp. Acesso em 1 jul. 2020.
RIOS, Terezinha Azeredo. Ética e competência. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2007. 86 p.
ROLIM, Marcio. Dia Nacional do Orgulho Gay: o que temos a celebrar? Observatório G [site], 2020. Disponível em: https://bit.ly/2G7hqtH. Acesso em 8 jul. 2020.
SILVEIRA, Daniel; NAIME, Laura. Desemprego fica em 11,8% em setembro e atinge 12,5 milhões, diz IBGE. G1 [portal], 2019. Disponível em: https://glo.bo/2Rr9A0P. Acesso em: 25 jan. 2020.
SILVIO, Túlio. Cadeirante tenta impedir viagem de ônibus após motorista e cobrador não descerem elevador para ele embarcar. Água Boa News [site], 2019. Disponível em: https://bit.ly/30WQ9jZ. Acesso em: 1 jul. 2020.
SLAM da Guilhermina. Tawane Theodoro: campeã do ano: final Slam da Guilhermina. 2018. 1 vídeo (4 min). Publicado pelo canal Slam da Guilhermina [YouTube]. Disponível em: https://bit.ly/3jpe4Rn. Acesso em: 11 jul. 2020.
• 61 •
SOUZA, Lizandra. Tudo agora é racismo? Diários de uma Feminista [blog], 2016. Disponível em: http://bit.ly/311HKeG. Acesso em: 25 jan. 2020.
TAVARES, Elaine. Saúde aos pedaços. Zona Curva [site], 2018. Disponível em: https://bit.ly/3ja75vn. Acesso em: 25 jan. 2020.
THAIS Carla relembra ataques gordofóbicos e preconceitos que já sofreu e faz desabafo. Caras, 2019. Disponível em: https://bit.ly/2P0rcPc. Acesso em: 11 jul. 2020.
TROMBETTA, Sérgio; TROMBETTA, Luis Carlos. Ética. In: STRECK, Danilo Romeu; REDIN, Euclides; ZITKOSKI, Jaime José (org.). Dicionário Paulo Freire. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2018. p. 1-518.
UNIVESP. Filosofia da Educação: Aula 15: O ethos é a morada do homem.
2015a. 1 vídeo (16 min). Publicado pelo canal UNIVESP [YouTube]. Disponível em: https://bit.ly/2SGp298. Acesso em: 25 jan. 2020.
UNIVESP. Filosofia da Educação: Aula 16: Caráter reflexivo da ética. 2015b. 1 vídeo (15 min). Publicado pelo canal UNIVESP [YouTube]. Disponível em: https://bit.ly/3j9tTuZ. Acesso em: 25 jan. 2020.
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. 34. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012. 302 p.
VIEIRA, Elaine; VOLQUIND, Lea. Oficinas de ensino: o quê? por quê? como? 2. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1997. 54 p.
• 62 •