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GUIA INSTITUTO DO CONSUMIDOR GUIA PARA UMA ESCOLHA ALIMENTAR SAUDÁVEL A Leitura do Rótulo

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GUIA INSTITUTO DOCONSUMIDOR

GUIA PARA UMAESCOLHA ALIMENTARSAUDÁVELl A Leitura do Rótulo

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GUIA PARA UMA ESCOLHA ALIMENTAR SAUDÁVELA Leitura do Rótulo

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FICHA TÉCNICA

Título: Guia Para Uma Escolha Alimentar Saudável – A leitura do rótulo

© Instituto do Consumidor – 2002

Concepção: Faculdade de Ciências da Nutrição e da Alimentação da Universidadedo Porto

Instituto do Consumidor

Ilustração: Ricardo Antunes

Edição: Instituto do ConsumidorPraça Duque de Saldanha, 311069-013 Lisboa

Impressão eAcabamento: Sogapal

Tiragem: 50 000 exemplares

ISBN: 972-8715-06-4

DepósitoLegal: 181133/02

2.ª Edição: Outubro 2002

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Índice

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7

1. O conteúdo de um rótulo . . . . . . . . . . . . . . . . . .11

1.1 Menções obrigatórias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11

1.2 Menções adicionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16

2. A informação nutricional . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19

2.1 Definição e tipos de apresentação . . . . . . . . . . . .19

2.2 Recomendações para a escolha alimentar . . . . . .26

2.3 Curiosidades adicionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28

3. A mini enciclopédia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31

Guia Para uma Escolha AlimentarSaudável - A Leitura do Rótulo

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Quando são lançados e promovidos diariamentenovos produtos alimentares num mercado cada vezmais globalizante, faz sentido informar e educar oconsumidor, melhorando a sua capacidade de fazerescolhas conscientes.

É objectivo deste Guia colocar à disposição doconsumidor um conjunto de informaçõesnecessárias para a compreensão dos rótulos deprodutos alimentares pré-embalados, possibili-tando a escolha adequada de alimentos, e destaforma, contribuir para a promoção da saúde e pre-venção da doença.

Na primeira parte, informa-se o consumidor sobreas menções obrigatórias e adicionais a constar dorótulo de qualquer produto alimentar pré-embala-do e respectivos significados; numa segunda parte,esclarece-se, com exemplos, a rotulagem nutri-cional mencionando-se, ainda, um conjunto de ati-tudes/comportamentos que o consumidor deveráter aquando da aquisição de produtos alimentares.Por fim, surge um pequeno glossário relacionadocom temas de alimentação/nutrição, que se consi-dera de grande utilidade.

No seguimento de outras publicações desta série,pretende o Instituto do Consumidor, com a divul-gação deste Guia, contribuir para uma informaçãomais objectiva, de forma a que os consumidoressaibam escolher e comer melhor.

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Introdução

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1. O CONTEÚDO DE UM RÓTULO

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Informar e educar o consumidor são meios efi-cazes para escolher saudavelmente...

O rótulo deve fornecer as informações que permitam aoconsumidor ter o melhor conhecimento do produto. Aleitura das menções aí contidas, sejam obrigatórias ou adi-cionais, é indispensável para uma escolha adequada dosalimentos.

1.1 Menções obrigatórias

Em Portugal, a maioria dos rótulos de produtos ali-mentares deve apresentar, obrigatoriamente*, asseguintes menções:

> a denominação de venda;> a lista de ingredientes que compôem o produto; > a quantidade líquida contida na embalagem > o prazo de validade; > o lote; > e o nome e morada da entidade que lança

o produto no mercado.

1. O conteúdo de um rótulo

11* Decreto-Lei n.º 560/99 de 18 de Dezembro; Directiva 2000/13/CE do Parlamento Europeu e doConselho de 20 de Março.

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As condições de conservação, modo de emprego ouutilização e o local de origem ou proveniência são ou-tras menções que devem constar do rótulo, quando a suaausência seja susceptível de colocar o consumidor emdúvida ou de utilizar de forma incorrecta o produto ali-mentar.

Independentemente destas situações, a menção condi-ções de conservação torna-se obrigatória para os ali-mentos perecíveis, isto é, para aqueles que facilmentese deterioram, como por exemplo, o iogurte, o queijo, oleite do dia, entre outros.

Para uma melhor compreensão, consulte a figura 1 e leiaatentamente as páginas seguintes.

Figura 1Menções obrigatórias no rótulodo produto alimentar – Iogurte

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1. O conteúdo de um rótulo

Lista de ingredientes: leiteparcialmente desnatado, açú-car, aroma de morango e fer-mentos lácteos.

Condições de conservação:Conservar entre 0º C e 6º C

Nome e morada da entidadeque lança o produto no mercado Quantidade líquida:

125g

Denominação de venda:Iogurte aromatizado de morango -meio gordo (1,8%)

Data limite de consumo:Consumir até ... (dia/mês)

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Denominação de venda

É o nome do produto alimentar (ex: leite, iogurte, ovos,pão, farinha...).Atenção: Não confundir o nome do produto com amarca de fabrico ou comercial. Caso o produto alimentar tenha sido sujeito a um deter-minado processamento, é necessário que este conste dasua denominação.(ex: fumado, pasteurizado, concentrado, congelado,...).

Lista de ingredientes

Todos os ingredientes que fazem parte do produto ali-mentar são indicados por ordem decrescente do seupeso, isto é, da maior para a menor quantidade. Assim,o ingrediente que aparece em 1º lugar, é aquele queexiste em maior quantidade no alimento.Se ao produto alimentar são adicionados aditivos, estesdevem constar da lista de ingredientes e designados nãosó pela categoria a que pertencem como também peloseu nome específico ou pela letra E seguida de umnúmero com três algarismos, legalmente estabelecidopela União Europeia [ex: antioxidante (ácido L-ascórbico)ou antioxidante (E 300)].

Quantidade líquida

É a quantidade de produto alimentar contido na embalagem,expressa em volume (l, cl, ou ml) ou em massa (Kg ou g).No caso do alimento estar envolvido num líquido, comoas conservas de pescado ou as frutas em calda, para alémdo peso total (quantidade líquida) deve também constara quantidade do alimento uma vez escorrido, isto é, a“massa sólida” do produto alimentar, a qual se denominade peso escorrido.

1. O conteúdo de um rótulo

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Prazo de validade

Existem duas formas possíveis de apresentar o prazo devalidade* dos produtos alimentares:

> a data limite de consumo que é apenas utilizadapara alimentos que facilmente se deterioram (ex:iogurte, leite do dia, queijo fresco,...), cuja expressãono rótulo é “Consumir até...”, seguida da indicaçãodo dia e do mês;

> ou a data de durabilidade mínima que é aplica-da a todos os alimentos através das expressões“Consumir de preferência antes de ...” seguida daindicação do dia e do mês, para alimentos com umaduração inferior a 3 meses (ex: iogurte, pão deforma,...) ou, “Consumir de preferência antes dofim de...” seguida da indicação do mês e ano, paraalimentos com uma duração entre 3 a 18 meses \(ex:arroz, massa,...), ou simplesmente a indicação doano para alimentos com uma duração superior a 18meses (ex: conserva de pescado, mel...)

Atenção: É proibida a venda ou mesmo a exposição deprodutos alimentares cuja data limite de consumo seencontre ultrapassada.

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* O prazo de validade é facultativo em alguns produtos alimentares. São exemplos: açúcar, vina-gre, sal, gelados em doses individuais, sumos e néctares de frutos, refrigerantes sem álcool, entreoutros.

1. O conteúdo de um rótulo

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Lote de fabricação

Designado pela letra ”L” seguido de algarismos, é umconjunto de unidades de venda de um produto alimentarque foi produzido, fabricado ou acondicionado em cir-cunstâncias praticamente idênticas. Apesar da obrigato-riedade desta menção, ela torna-se facultativa se no prazode validade do produto alimentar constar a indicação dodia e do mês.

Nome e morada da entidade que lançao produto no mercado

Esta entidade, que poderá ser o próprio fabricante,embalador ou ainda o vendedor, é responsável por todoo conjunto de menções que constam do rótulo.Todas as menções, devem ser redigidas em português,mesmo em situações de produtos alimentares importa-dos, com excepção da denominação de venda, quepoderá constar em língua estrangeira se a tradução nãofor possível ou se já se encontra mundialmente consagra-da (ex: Pizza, Hamburguer,...)

Apenas obrigatória em produtos de origem animal (ex:produtos lácteos, refeições pré-cozinhadas,...), existe umaoutra menção, denominada Marca de salubridadecomunitária. Esta é constituída por 3 siglas: o nome dopaís ou o seu código internacional, o código da unidadeindustrial que fabrica/produz o produto e a sigla da UniãoEuropeia (UE ou CEE); todas elas no centro de uma cintaoval.

Ex:

1. O conteúdo de um rótulo

PXXX OOO

CEE

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1.2 Menções adicionais

Existe outro conjunto de informações que, apesar de nãoserem obrigatórias, poderão constar dos rótulos. Vejamosalgumas delas e o seu significado...

Código de barras

De leitura óptica, é um elemento que facilita um me-lhor controlo de stocks e dos valores de venda, apenaspara o fabricante, distribuidor ou vendedor do pro-duto alimentar, não fornecendo qualquer informaçãoútil ao consumidor. Constituído por um conjunto de bar-ras claras e escuras e 13 dígitos, o código de barraseuropeu identifica o país de origem do produto (aPortugal, corresponde o n.º de identificação 560), o códi-go da empresa, a identificação do produto dentro daempresa e o último dígito serve de controlo.

Letra “e”Esta indicação encontra-se junto à quantidade líquida doproduto alimentar e significa que o conteúdo declaradopelo fabricante, embalador ou distribuidor está dentrodas margens de erro, em relação ao que é legalmentepermitido.

Ponto verde

Significa que o fabricante, embalador ou distribuidor doproduto alimentar contribui financeiramente, num sis-tema de recolha selectiva para que as suas embalagenssejam recolhidas, separadas e recicladas ou incineradasajudando deste modo para um melhor ambiente.

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1. O conteúdo de um rótulo

Ex

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2. A INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

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2.1 Definição e tipos de apresentação

Em Portugal, a informação nutricional apesar de não sersempre obrigatória* já se encontra nos rótulos de umgrande número de produtos alimentares.Tendo comoobjectivo dar a conhecer ao consumidor as característicasde composição do alimento, isto é , a sua composiçãomédia em termos de nutrimentos e valor energético,vai permitir que de uma forma fácil e rápida se avalie ecompare alimentos entre si, e deste modo se façam escol-has adequadas não só sob o ponto de vista nutricionalmas também de acordo com preferências, gostos, aspec-tos culturais, relegiosos, económicos e sociais.

A actual legislação alimentar permite a apresentação dainformação nutricional sob duas formas:

>uma simples que contém apenas o valor energé-tico do alimento e o seu conteúdo em proteínas, glí-cidos (também conhecidos por hidratos de carbono)e lípidos (igualmente conhecidos por gorduras) -consultar figura 2;

>e uma mais completa que, para além das mençõesanteriores, apresenta o teor em açúcares, ácidos gor-dos saturados (lípidos saturados), fibras alimentares esódio- consultar figura 3.

Podem ainda ser incluídas na informação nutricional outrasindicações - caso existam no alimento -, nomeadamentea quantidade de amido, polióis, ácidos gordos monoinsatu-rados, ácidos gordos polinsaturados, colesterol, vitaminas esais minerais**- consultar figura 3.

2. A informação nutricional

* A informação nutricional só é obrigatória quando a entidade que coloca o produto no merca-do, atribui determinadas propriedade nutritivas ao alimento, por exemplo “rico em fibras”, “baixoem colesterol, “light. (Portaria 751/93, de 23 de Agosto).** Os teores em vitaminas e sais minerais só podem ser declarados no rótulo quando a quanti-dade existente no produto, por 100 g ou 100 ml, corresponde a 15% da Dose DiáriaRecomendada (DDR). (Portaria 751/93). 19

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Toda a informação nutricional deve ser expressa por100 g ou por 100 ml do produto alimentar, podendoainda ser mencionada por dose, quantificada no rótuloou por porção, desde que se indique o número deporções contidas na embalagem.

Figura 2 - Apresentação da informaçãonutricional - Forma simples

Informação nutricional por 100g

ProteínasSão substâncias, que fazem parte da constituição dos ali-mentos, responsáveis pelo crescimento, manutenção ereparação dos nossos orgãos, tecidos e células.Encontram-se em alimentos de origem animal e vegetal,sobretudo no leite, iogurte, queijos, ovos, carnes, aves,pescado e leguminosas secas (feijão, grão de-bico favas,...).1 grama de proteína fornece 4 Kcal (± 16 KJ).

2. A informação nutricional

Valor Energético = Valor CalóricoÉ a soma da energia (calorias) fornecida pelas proteínas,glícidos, lípidos e álcool.Exprime-se em quilocalorias ou quilojoules (1 Kcal ± 4KJ).Vulgarmente fala-se em calorias, o que na realidade sig-nifica quilocalorias.

Valor energético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . KJ/...KcalProteínas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gGlícidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gLípidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . g

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Glícidos = Hidratos de CarbonoEstes componentes dos alimentos constituem a principalfonte de energia para o movimento, trabalho e realizaçãode todas as funções do nosso organismo (energia motora).As principais fontes alimentares são cereais e derivados(arroz, farinhas, massas, flocos, pão,...), leguminosas secas(feijão, grão de-bico, favas,...), tubérculos (batata, batatadoce, mandioca, inhame,...),frutos, açúcar de mesa e mel.1 grama de glícidos fornece 4 Kcal (± 16 KJ).

Lípidos = GordurasSão grandes fornecedores de energia uma vez que, 1grama de lípidos fornece 9 Kcal (± 37 KJ). Transportamalgumas vitaminas (A, D, E e K), protegem-nos do frio eentram na constituição de diversas estruturas celulares.Existem em alimentos de origem animal e vegetal. Sãoexemplos: manteiga, banha, toucinho, natas, gema deovo, gorduras de constituição das carnes, aves e pescdo,azeite, óleos, margarinas, frutos secos e alguns frutostropicais (pêra abacate, côco,..).

2. A informação nutricional

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Figura 2 - Apresentação da informaçãonutricional - Forma mais completa

Informação nutricional por 100g

Valor energético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .KJ/...KcalProteínas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gGlícidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gdos quais:açúcares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gpolióis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gamido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . g

Lípidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . g dos quais: saturados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gmonoinsaturados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gpolinsaturados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gcolesterol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .mg

Fibras Alimentares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gSódio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . g

AçúcaresEncontram-se no açúcar (sacarose), mel, frutos (frutose)e em diversos produtos alimentares aos quais lhe são adi-cionados estes”ingredientes”(ex: produtos de con-feitaria/pastelaria, refrigerantes,...).Atenção: O consumo excessivo de “açúcares” contribuipara a cárie dentária, ganho de peso corporal e dimi-nuição da ingestão de outros produtos alimentares maisnutritivos.

2. A informação nutricional

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Toda a informação nutricional deve ser expressa por100 g ou por 100 ml do produto alimentar, podendoainda ser mencionada por dose, quantificada no rótuloou por porção, desde que se indique o número deporções contidas na embalagem.

Figura 2 - Apresentação da informaçãonutricional - Forma simples

Informação nutricional por 100g

ProteínasSão substâncias, que fazem parte da constituição dos ali-mentos, responsáveis pelo crescimento, manutenção ereparação dos nossos orgãos, tecidos e células.Encontram-se em alimentos de origem animal e vegetal,sobretudo no leite, iogurte, queijos, ovos, carnes, aves,pescado e leguminosas secas (feijão, grão de-bico favas,...).1 grama de proteína fornece 4 Kcal (± 16 KJ).

2. A informação nutricional

Valor Energético = Valor CalóricoÉ a soma da energia (calorias) fornecida pelas proteínas,glícidos, lípidos e álcool.Exprime-se em quilocalorias ou quilojoules (1 Kcal ± 4KJ).Vulgarmente fala-se em calorias, o que na realidade sig-nifica quilocalorias.

Valor energético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . KJ/...KcalProteínas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gGlícidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gLípidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . g

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SódioSão exemplos de alimentos ricos em sódio: sal de cozi-nha e de mesa, produtos de charcutaria, queijos salga-dos, alguns produtos enlatados, refeições pré-cozi-nhadas, molhos, caldos e extractos de carne de origemindustrial, algumas águas engarrafadas e flocos decereais, batata frita de pacote e produtos afins... Atenção: O seu consumo excessivo pode levar ao desen-volvimento de hipertensão (tensão arterial elevada).

2. A informação nutricional

PolióisPresentes de forma natural em alguns alimentos, podemainda ser produzidos industrialmente. São utilizados pelaindústria alimentar, para obter produtos com um valorenergético baixo. São exemplos: sorbitol, manitol, xili-tol... Atenção: O consumo excessivo de “polióis” pode pro-duzir efeitos laxativos.

AmidoConstituem principais fontes alimentares os cereais e deriva-dos (arroz, farinhas, massas, flocos,pão,...), as leguminosassecas (feijão, grão de-bico, favas,...), e tubérculos (bata-ta, batata doce, mandioca, inhame,...). Atenção: Numa alimentação saudável a energia forneci-da pelos alimentos, deve provir fundamentalmente deprodutos alimentares ricos em “amido”

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Figura 3 (cont.)- Apresentação da informaçãonutricional - Forma mais completa

Informação nutricional por 100g

SaturadosFazem parte da gordura de constituição das carnes, pelesdas aves, produtos de charcutaria, óleos de palma ede côco e óleos “parcialmente hidrogenados”, os quaisconstam da lista de ingredientes de muitos produtos ali-mentares processados (ex: produtos de confeitaria/paste-laria tipo folhados),no leite “gordo” e seus derivados“gordos” (nata, manteiga, queijos, gelados...).Atenção: Alimentos ricos em lípidos “saturados” aumen-tam os níveis de colesterol sanguíneo, um dos factoresresponsáveis pelas doenças cardiovasculares.

2. A informação nutricional

Valor energético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . KJ/...KcalProteínas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gGlícidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gdos quais:açúcares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gpolióis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gamido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . g

Lípidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . g dos quais: saturados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gmonoinsaturados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gpolinsaturados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gcolesterol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . mg

Fibras Alimentares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gSódio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . g

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MonoinsaturadosPredominam no azeite, óleo de amendoim e banha.Atenção: Os lípidos “monoinsaturados” diminuem osníveis de colesterol sanguíneo, uma vez que impedemnão só a produção mas também a absorção de coles-terol, no nosso organismo.

2. A informação nutricional

Fibras alimentaresSó existem em alimentos de origem vegetal - cereais eseus derivados “pouco refinados”, isto é, os “mais escu-ros” que contêm grande parte das camadas externas dosgrãos dos cereais que lhe dão origem, leguminosas secas,frutos e produtos hortícolas (hortaliças e legumes).Atenção: A sua ingestão diminui o risco de obstipação,obesidade, doençascardiovasculares, diabetes e dife-rentes tipos de cancro.

ColesterolEncontra-se no fígado e outras vísceras de animais, pro-dutos de charcutaria, gema de ovo, bacalhau, ovas depeixe, polvo, lulas, camarão e produtos lácteos gordos.Atenção: O colesterol sanguíneo elevado é um “factor derisco” para o surgimento de doenças cardiovasculares.

PolinsaturadosPresentes sobretudo nos óleos vegetais (milho, girassol,soja,...), peixes, frutos secos, alguns frutos tropicais (ex:pêra abacate), algumas margarinas e cremes para barrar.Atenção: Os alimentos ricos em lípidos “polinsaturados”não aumentam o colesterol sanguíneo.

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2.2 Recomendações para a escolha alimentar

A garantia da escolha alimentar saudável exige, porparte do consumidor, não só um olhar atento para umconjunto de informações que constam dos rótulos dosprodutos alimentares mas também de um conjunto deatitudes/comportamentos para com os respectivos pro-dutos. Eis alguns pontos “chave” a não esquecer...

Ler cuidadosamente a lista de ingredientes

> Moderar o consumo de produtos alimentares cujosprimeiros ingredientes sejam gorduras, óleos, sal,açúcar (sacarose), mel, melaço, ou ainda outras for-mas de “açúcares” (ex: maltose, lactose, glucose, fru-tose, dextrose, xarope de açúcar, açúcar invertido,...).

Verificar o prazo de validade e o estado das embalagens

> Não adquirir embalagens danificadas (amol-gadas, inchadas ou com sinais de ferrugem).

> Rejeitar produtos congelados e/ou ultracongela-dos que apresentem cristais de gelo no interior daembalagem ou ainda, se esta se encontra húmida.A presença destas características poderá significarque os respectivos produtos sofreram descongelaçãoou seja que a rede de frio não foi mantida constante.

> Respeitar rigorosamente as condições de con-servação e o modo de emprego ou utilização dosprodutos alimentares que possuem estas menções.

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2. A informação nutricional

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Ler cuidadosamente a informação nutricional, sempreque esta conste do rótulo

> Verificar a quantidade de lípidos (gorduras). Preferir produtos alimentares com baixo teor emlípidos, sobretudo em saturados e colesterol.

> Verificar a quantidade de sódio (Na). A melhor forma de reduzir o seu consumo édiminuir a ingestão de produtos ricos em sódio ea quantidade de sal utilizada na preparação e con-fecção dos alimentos.

> Verificar a quantidade de fibras alimentares. Optar por produtos alimentares cujo conteúdo sejaequilibrado em fibras.

> Verificar a quantidade de glícidos. Adquirir produtos alimentares ricos em amido epobres em açúcares.

Consumir saudavelmente deve ser objectivode um consumidor informado...

2. A informação nutricional

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2.3 Curiosidades adicionais

Alguns produtos alimentares apresentam nos seus rótulosdeclarações nutricionais de que são exemplo asexpressões: “rico em fibras”, “pobre em sódio”, “baixoem calorias”... entre outras.

A declaração nutricional é uma informação presente norótulo do produto alimentar, que afirma, sugere, ou impli-ca que o respectivo produto possui uma ou mais pro-priedades nutricionais particulares, relativas ao seu valorenergético e/ou ao seu conteúdo em nutrimentos.

As diversas expressões possíveis de constituir declaraçãonutricional, ainda não se encontram regulamentadasem Portugal; o mesmo, já não se verifica em outros país-es como é o exemplo do Brasil onde a sua aplicação exigeo cumprimento de determinadas regras. A título de exem-plificação, a expressão “baixo em calorias” só é possível constardo rótulo de um produto alimentar sólido, pronto para con-sumo, se este apresentar por 100 g menos de 40 Kcal.

Ainda nos rótulos, é possível encontrar mensagens queafirmam, sugerem ou implicam a relação existente entreum nutrimento ou qualquer outra substância presenteno alimento e o risco de doença ou outra condição desaúde. Destas frases, denominadas alegações de saúde,citam-se os seguintes exemplos:

“Apesar de múltiplos factores afectarem as doenças docoração, uma alimentação baixa em gordura saturada ecolesterol pode reduzir o risco destas doenças”.“Suficiente ingestão de cálcio pode reduzir o risco de osteo-porose na idade adulta. Este alimento é rico em cálcio”.

No nosso país, ainda não existe regulamentação para as ale-gações de saúde, apesar de já existirem esforços nesse sentido.

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2. A informação nutricional

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2.3 Curiosidades adicionais

Alguns produtos alimentares apresentam nos seus rótulosdeclarações nutricionais de que são exemplo asexpressões: “rico em fibras”, “pobre em sódio”, “baixoem calorias”... entre outras.

A declaração nutricional é uma informação presente norótulo do produto alimentar, que afirma, sugere, ou impli-ca que o respectivo produto possui uma ou mais pro-priedades nutricionais particulares, relativas ao seu valorenergético e/ou ao seu conteúdo em nutrimentos.

As diversas expressões possíveis de constituir declaraçãonutricional, ainda não se encontram regulamentadasem Portugal; o mesmo, já não se verifica em outros país-es como é o exemplo do Brasil onde a sua aplicação exigeo cumprimento de determinadas regras. A título de exem-plificação, a expressão “baixo em calorias” só é possível constardo rótulo de um produto alimentar sólido, pronto para con-sumo, se este apresentar por 100 g menos de 40 Kcal.

Ainda nos rótulos, é possível encontrar mensagens queafirmam, sugerem ou implicam a relação existente entreum nutrimento ou qualquer outra substância presenteno alimento e o risco de doença ou outra condição desaúde. Destas frases, denominadas alegações de saúde,citam-se os seguintes exemplos:

“Apesar de múltiplos factores afectarem as doenças docoração, uma alimentação baixa em gordura saturada ecolesterol pode reduzir o risco destas doenças”.“Suficiente ingestão de cálcio pode reduzir o risco de osteo-porose na idade adulta. Este alimento é rico em cálcio”.

No nosso país, ainda não existe regulamentação para as ale-gações de saúde, apesar de já existirem esforços nesse sentido.

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2. A informação nutricional

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3. A MINI ENCICLOPÉDIA

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Aditivos alimentares

Substâncias, adicionadas aosalimentos, em pequenas quantidades, para manter,melhorar ou conservar as características próprias do ali-mento, não alterando nem melhorando o seu valornutritivo.

De acordo com a função quedesempenham podem distinguir-se diferentes tipos,entre os quais se destacam: os corantes que dão oumantêm a cor do alimento; os conservantes que difi-cultam o desenvolvimento de microorganismos, retar-dando deste modo os processos de putrefacção e fer-mentação, e alargando a vida útil dos alimentos;os antioxidantes, que evitam a degradação dos alimen-tos por oxidação das gorduras (ranço) ou por contactocom o ar e a luz; os espessantes, gelificantes, emulsio-nantes e estabilizadores que fornecem ao alimento atextura, consistência e estabilidade adequadas; osintensificadores de sabor que realçam o sabor do ali-mento e os edulcorantes que o adoçam.

A utilização de aditivos por parteda indústria alimentar, só é possível se demonstrar queé eficaz e inócua, isto é, que realmente cumpre comdeterminada função que se espera e não causa danopara a nossa saúde.

Nos rótulos dos produtosalimentares, os aditivos são identificados na lista deingredientes, pela categoria a que pertencem (principalfunção que desempenham no produto) e seu nomeespecífico.

3. A mini enciclopédia

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Em relação ao seu nome específico, este pode ser subs-tituído pela letra “E”, seguida de um número, legal-mente estabelecido pela União Europeia.Exemplos: Corante (Eritrosina) ou Corante (E127); Antioxidante (Ácido ascórbico) ouAntioxidante (E300);Edulcorante (Aspartame) ou Edulcorante (E951).

Apesar da utilização de algumasdestas substâncias, pela indústria alimentar, ser útil ou,mesmo indispensável, outras, apenas induz o consumi-dor em erro.Assim sendo...há que não esquecer de ler os rótulos eescolher sistematicamente os produtos alimentares que contêm menos aditivos.

Alimentos/Produtos biológicos

São alimentos que contêmentre 95 e 100% de ingredientes obtidos segundo omodo de produção biológia. Este tipo de agricultura(AB) também designada de agricultura “orgânica”,“ecológica” ou ainda “natural” obriga os agricultores acumprirem determinadas regras, entre as quais: não uti-lizar produtos químicos de síntese (adubos industriais,insecticidas, herbicidas, fungicidas,...) mas apenas pro-dutos químicos naturais (excrementos de animais,extractos de plantas,...); fazer rotação de culturas e usarespécies resistentes.

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3. A mini enciclopédia

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Exemplos de alguns alimentosjá disponíveis no nosso mercado: cebola, alface, bróco-lo, cenoura, laranja, pêssego, melão,...

A identificação deste tipo deprodutos no rótulo, é feita através da designação “pro-duto de agricultura biológica”, a qual exige que osagricultores submetam as suas culturas a um controlo eposterior certificação por entidades reconhecidas anível oficial para este efeito.

Os níveis de produção deste tipo dealimentos, no nosso país, ainda são baixos o que sereflecte directamente no preço que é bastante mais ele-vado nestes, quando comparados com os seus conven-cionais.

Em Portugal, existem associaçõesde produtores de agricultura biológica sendo pioneira aAGROBIO (Associação Portuguesa de AgriculturaBiológica).

Alimentos funcionais

A sua definição não é universal..no entanto designa alimentos similares em aparênciaaos alimentos convencionais, que são consumidoscomo parte da alimentação diária normal e quedemonstraram benefícios fisiológicos e/ou redução nosriscos de doenças crónicas, além das funções nutri-cionais normais.Por outras palavras, são alimentos que para além dafunção de nutrir, contêm substâncias capazes de me-lhorar o estado de saúde e/ou reduzir o risco de doençascrónicas.

3. A mini enciclopédia

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São exemplos: leite adicionado de ómega-3*, sumos defruta com adição de fibras alimentares, leites fermenta-dos,...Estes alimentos apesar de representarem umgrande avanço na área nutricional, e poderem ser úteisem determindas situações, não realizam milagres...istoé, não se observam resultados favoráveis se consti-tuirem o único ou preponderante recurso alimentar,usado pelo consumidor.

Calorias/Kilocalorias

É a unidade de medida em que seexprime a energia fornecida pelos nutrimentos quefazem parte do alimento, e o nosso organismo utilizapara realizar todas as suas funções.

Mede-se em quilocalorias (Kcal) ouquilojoules (KJ). 1 Kcal é aproximadamente 4 KJ.

Dose

É a quantidade de produtoalimentar habitualmente consumida em cada refeição.

Dose Diária Recomendada (DDR)

Estabelecida pela União Europeia,representa a quantidade mínima diária de vitaminas eminerais recomendada, para satisfazer as necessidadesde um indivíduo adulto.

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3. A mini enciclopédia

* Ómega-3 é um ácido gordo do tipo polinsaturado que o nosso organismo não con-segue sintetizar. Vários estudos têm demonstrado o seu efeito benéfico na prevençãode doenças cardiovasculares.

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Microorganismos

Vulgarmente denominados demicróbios ou germes, são seres vivos de dimensõesmuito pequenas, que geralmente só se conseguem vi-sualizar com a ajuda do microscópio. São exemplos:bactérias, leveduras, fungos, vírus,...Existem em toda a natureza, ou seja, no ar, água, solo,alimentos, animais, corpo humano,...

De acordo com a função quedesempenham no nosso organismo classificam-se emúteis, prejudiciais e inofensivos.

Os microorganismos úteis sãobenéficos ao homem uma vez que alguns deles sãoresponsáveis pela destruição de cadáveres na natureza eoutros são utilizados na produção de produtos ali-mentares (ex: queijos, iogurtes, bebidas alcoólicas,...)ou ainda na produção de antibióticos.

Os prejudiciais podem alterar aspropriedades organolépticas dos alimentos tornando-osimpróprios para consumo (ex: cor vermelha do baca-lhau, cor verde das carnes salgadas,...) ou causardoenças ao homem (Brucelose, Tuberculose,...).Os que causam doença também se denominam depatogénicos.

Os microorganismos inofensivosnão beneficiam nem prejudicam o homem. Algunsdeles vivem no nosso intestino.

3. A mini enciclopédia

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Porção

Significa cada uma das partes em queestá dividido o produto alimentar uma vez embalado.

SIGLAS presentes nos rótulos de diferentes produtosalimentares

DOP = Denominação de Origem Protegida

Significa que a qualidadedo respectivo produto alimentar é influenciada por umconjunto de factores específicos como solos, clima,raças de animais, variedades vegetais e conhecimentosde fabrico de uma determinada região. Ex: Queijo deAzeitão, Presunto de Barrancos,...

ETG = Especialidade Tradicional Garantida

Indica que o respectivo produtofoi produzido com base em matérias primas tradicionaisou que tem uma composição ou forma tradicionais.Ex: Alheira de Mirandela.

IGP = Indicação Geográfica Protegida

Presente em determinadosprodutos alimentares indicando que, pelo menos, umaparte da produção do produto decorre no local que lhedá o nome. Ex: Chouriço de Portalegre, Salpicão deVinhais...

3. A mini enciclopédia

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Nutrimentos

Substâncias que fazem parte daconstituição dos alimentos, que nos ajudam a crescer,desenvolver e manter sãos. Fazem parte deste grupo:as proteínas, os glícidos (hidratos de carbono), os lípidos(gorduras), as vitaminas, os sais minerais, as fibras ali-mentares e a água. Ainda existe uma outra substância que apesar defornecer energia, quando ingerida pelo nosso organis-mo, não é considerada nutrimento - o álcool . 1 g de álcoolfornece 7 Kcal.

Organismos Geneticamente Modificados (OGM)

São organismos, geralmente plantas, aos quais se alterouo material genético. O objectivo é obter uma carac-terística especial, que a planta sem modificação nãopossui. Citam-se algumas dessas características: tornaras espécies mais resistentes às doenças, às condiçõesclimatéricas, fomentar um crescimento mais rápido,intensificar o sabor,...

A comercialização de OGM, só épermitida quando ocorre um prévio e exaustivo estudocientífico e técnico, assegurado por autoridades com-petentes, o qual deve demonstrar a sua inocuidadepara a saúde e meio ambiente. Exemplos de OGM: soja, milho, tomate, batata,...

Em relação aos efeitos na saúdehumana ainda não existe resposta...é necessário maisinvestigação científica...e entretanto precaução...

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3. A mini enciclopédia

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V.Q.P.R.D.* = Vinho de Qualidade Produzidoem Região Determinada

Esta designação engloba duas grandes categorias:a D.O.C. (Denominação de Origem Controlada) -Vinho do Dão, Vinho da Bairrada..., e a I.P.R. (Indicaçãode Proveniência Regulamentada) - Vinho do Cartaxo,Vinho de Alcobaça...

Teor/Grau alcoólico

É o volume de álcool etílico (puro)que existe por litro de bebida, em percentagem. Exprime-se em “graus” e varia de bebida para bebida.Ex: 1 Litro de vinho de 12o contém 12%de álcool puro;1 Litro de uma bebida destilada com 40o contém 40%de álcool.

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3. A mini enciclopédia

* É proibida a venda de bebidas alcoólicas a menores de 16 anos (Decreto-Lei n.º9/2002, de 24 de Janeiro).

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F.C.N.A.U.P.