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Tradeways ACE GUIA DO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

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Tradeways ACE

GUIA DO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

CONTENTS

INTRODUÇÃO ................................................................................. 3

PROCESSO DE IMPORTAÇÃO NO BRASIL ................................ 4

PROCESSO DE EXPORTAÇÃO SAINDO DO BRASIL ................ 17

CONCLUSÃO .................................................................................29

SOBRE A TRADEWAYS ACE ........................................................30

3

Introdução

Os processos de importação e exportação no Brasil envolvem muita burocracia. Eles têm algumas particularidades relacionadas à documentação e tributação, por exemplo, que não existem em operações de compra e venda feitas em território nacional — e por isso requerem mais cuidados.

Pensando nisso, este guia foi desenvolvido para detalhar essas questões e explicar o que você precisa fazer para importar ou exportar produtos na sua empresa. Quer saber mais sobre este assunto? Então continue acompanhando a leitura e confira agora mesmo!

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Processo de importação no Brasil

Nos tópicos a seguir, abordaremos os documentos e licenças necessárias, quais ações devem ser tomadas e os tributos que incidem sobre uma operação de importação.

5 PROCESSO DE IMPORTAÇÃO NO BRASIL

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA IMPORTAÇÃO

As principais questões envolvidas na burocracia são:

LICENÇA DE IMPORTAÇÃO (LI)

Elas são fornecidas por órgãos públicos e são necessárias em diversas situações, baseadas em normas, leis e outros critérios, como:

◆ produtos químicos, hospitalares, alimentos e cosméticos (Agência Nacional de Vigilância Sanitária — ANVISA);

◆ produtos de origem animal, agrícolas e madeira (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento — MAPA);

◆ equipamentos de medição, veículos, eletrodomésticos, brinquedos, entre outros (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia —INMETRO).

6 PROCESSO DE IMPORTAÇÃO NO BRASIL

Nele, são relacionadas informações como:

◆ dados do comprador e do vendedor;

◆ origem e procedência;

◆ as condições de venda e a data em que ela ocorreu (Incoterms).

◆ finalidade dos produtos — industrialização, revenda ou consumo, por exemplo

◆ quantidade de produtos;

◆ descrição dos itens;

PROFORMA COMMERCIAL INVOICE

É um documento preliminar de venda, gerado antes da entrega dos itens. O vendedor envia para o comprador, relacionando os preços dos produtos disponíveis, as características deles (peso e volume) e os dados bancários para o pagamento.

COMMERCIAL INVOICE

Serve para registrar o valor real dos produtos que serão importados e tem como objetivo ser a base para a alfândega determinar os impostos a serem cobrados e outros deveres.

7 PROCESSO DE IMPORTAÇÃO NO BRASIL

◆ valor unitário;

◆ valor total;

◆ peso;

◆ quantidade de volumes

para embarque;

◆ tipos de embalagens

utilizadas;

◆ valor do frete;

◆ valor do seguro.

8 PROCESSO DE IMPORTAÇÃO NO BRASIL

PACKING LIST

Tanto o Commercial Invoice quanto o Packing List, também conhecido como romaneio da carga) são documentos obrigatórios para se realizar o despacho aduaneiro. A função do Packing List é auxiliar na conferência das cargas e na identificação dos produtos. Nele, devem estar contidas as seguintes informações:

◆ quantidade de volumes;

◆ tipo de embalagem — caixa (de papelão, madeira ou plástico), fardo, pallet, contêiner, tambor, entre outros;

◆ numeração dos volumes;

◆ peso bruto e líquido de cada unidade;

◆ dimensões dos volumes;

◆ conteúdo de cada embalagem.

9 PROCESSO DE IMPORTAÇÃO NO BRASIL

DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO (DI)

A Declaração de Importação é o documento usado para registrar o despacho de importação. Ela deve ser gerada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex). Entretanto, vale lembrar, o importador pode realizar o despacho aduaneiro simplificado — que também deve ser feito pelo Siscomex ou por meio de formulários (dependendo da situação).

10 PROCESSO DE IMPORTAÇÃO NO BRASIL

PASSO A PASSO DO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO

Nos tópicos a seguir, apresentaremos alguns pontos fundamentais a serem observados para realizar o processo de importação de forma acertada. São eles:

LEGALIZAÇÃO DA EMPRESA

O primeiro passo para um importador começar suas operações é se certificar de que a empresa está devidamente legalizada e apta a exercer as operações. Um dos pontos principais, nesse sentido, é verificar se o CNPJ está regularizado e tenha como atividade em seu objeto social entre outros ,a importação e exportação dos produtos.

HABILITAÇÃO NO SISCOMEX – RADAR

Com a empresa legalizada, é o momento de obter a habilitação para utilizar o Siscomex —RADAR o que pode ser feito em qualquer unidade da Receita Federal.

Por meio do sistema, consegue-se centralizar todas as informações a respeito dos processos, o que facilita a realização de controles e diminui a quantidade de documentos envolvidos.

O Siscomex também ajuda a integrar as operações de todos os órgãos relacionados ao comércio exterior, permitindo que o importador (e o exportador) tenham maior controle sobre as várias etapas existentes no fluxo de trabalho.

11 PROCESSO DE IMPORTAÇÃO NO BRASIL

SELEÇÃO DE FORNECEDORES ESTRANGEIROS

Agora é a hora de escolher seus fornecedores. Faça pesquisas relacionadas à reputação, prazos de entrega, formas de pagamento, entre outros pontos fundamentais em uma negociação, como:

◆ adequação às exigências;

◆ cumprimento das normas de seguranças;

◆ existência de certificações;

◆ investimentos realizados.

12 PROCESSO DE IMPORTAÇÃO NO BRASIL

Tudo isso ajuda a garantir que se feche o contrato da melhor forma possível — e a escolher um parceiro de

negócios que seja capaz de atender à demanda, mesmo

nos picos de sazonalidade.

13 PROCESSO DE IMPORTAÇÃO NO BRASIL

NEGOCIAÇÃO COM O FORNECEDOR

Depois que os principais fornecedores foram selecionados, é o momento de solicitar o documento que formaliza todos os aspectos do contrato, como preço, Incoterms (condições de venda), prazos (para pagamento e entrega).

PEDIDO DA NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM)

Por meio do NCM, é possível conferir informações da classificação fiscal como taxas administrativas e alfandegárias, alíquotas dos impostos incidentes na operação.

Com essas informações — fornecidas por meio de simuladores do Siscomex e da Receita Federal — você consegue estimar os custos totais do processo e identificar todas as exigências existentes que antecedem e pós embarque para fins de desembaraço das cargas.

14 PROCESSO DE IMPORTAÇÃO NO BRASIL

LICENCIAMENTO DE IMPORTAÇÃO (LI)

A importação de alguns produtos podem ou não demandar o licenciamento prévio ao embarque. Para saber em qual situação seus itens se enquadram, você pode fazer uma consulta no Simulador de Tratamento Administrativo de Importação, disponível no Siscomex ou consultar seu despachante. Também podem ser conferidas as informações a respeito de quais órgãos são responsáveis pela prévia aprovação.

Se o LI não for requerido, o procedimento é simples: basta fazer o registro da Declaração de Importação. No caso de ser necessário, é preciso verificar as situações em que há o licenciamento automático e não automático.

DOCUMENTAÇÃO PARA LIBERAÇÃO DA MERCADORIA

Depois que os produtos são embarcados, o fornecedor remete os documentos, que você previamente os aprovou, que serão utilizados para liberação na alfândega.

Entre a lista de documentos, estão:

◆ fatura comercial;

◆ Packing List ;

◆ conhecimento de embarque;

◆ certificado de origem, se requerido.

15 PROCESSO DE IMPORTAÇÃO NO BRASIL

TRIBUTOS INCIDENTES NAS OPERAÇÕES

Tratando-se de um processo de importação realizado por empresas, há a incidência de alguns impostos, que são:

IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (II)

Tem como objetivo regular o comércio internacional dentro dos países. Como o próprio nome sugere, é um imposto exclusivo para importação. A alíquota vai de zero até 35%, dependendo do tipo do produto que está sendo importado.

IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI)

É um imposto federal, que também é pago nos casos de importação (além dos produtos que são produzidos aqui no Brasil). O percentual cobrado segue as regras da tabela do IPI e depende da mercadoria que está sendo importada.

16 PROCESSO DE IMPORTAÇÃO NO BRASIL

PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL (PIS)

É uma contribuição federal voltada para fins sociais dentro do Brasil. Em relação à importação, a alíquota é de cerca de 2%.

CONTRIBUIÇÃO PARA FINS SOCIAIS (COFINS)

Também é um tributo voltado para fins sociais. A alíquota cobrada é de, em média, 9% e não varia muito entre os produtos importados.

IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS (ICMS)

O ICMS é o único dessa lista que não é federal. Sendo assim, o cálculo deve ser feito com base na alíquota cobrada em cada estado.

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Processo de exportação saindo do Brasil

No caso de exportar mercadorias com a origem sendo no Brasil, existem duas modalidades:

◆ exportação direta;

◆ exportação indireta.

A exportação direta é uma operação em que as mercadorias são faturadas direto do vendedor para o importador. Para isso, é necessário ter conhecimento sobre todo o processo.

Nesse caso, ainda que a empresa conte com um agente comercial, continua sendo caracterizada uma operação direta. Além disso, os produtos exportados terão a isenção da cobrança do IPI e do ICMS — o ideal é consultar o órgão competente para saber como se dá essa questão do ICMS, principalmente quando houver créditos a receber, por exemplo.

18 PROCESSO DE EXPORTAÇÃO SAINDO DO BRASIL

Já no caso da exportação indireta, a operação é realizada por meio de empresas no Brasil, que compram os bens e os exportam. Entre os tipos de organizações que fazem esse trabalho, podemos citar:

◆ empresas comerciais que atuam exclusivamente com exportação;

◆ empresas comerciais que atual tanto no mercado interno quanto no externo;

◆ trading companies.

19 PROCESSO DE EXPORTAÇÃO SAINDO DO BRASIL

Para realizar uma operação de exportação é necessário estar atento tanto à documentação da empresa quanto às dos produtos que serão enviados. Para o exportador, a lista inclui:

◆ Inscrição no Registro de Exportadores e Importadores (REI) na Secex;

◆ documentos do Contrato de Exportação;

◆ fatura pró-forma;

◆ carta de crédito (quando requerida pelas partes);

◆ letra de câmbio; (equivalente a nota promissória);

◆ contrato de câmbio (para conversão de moedas).

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA EXPORTAÇÃO

20 PROCESSO DE EXPORTAÇÃO SAINDO DO BRASIL

No caso dos produtos que serão exportados, a lista de documentos inclui:

◆ Registro de Exportação (feito no NOVOEX);

◆ DANFE (em Reais, que deve acompanhar a mercadoria até a zona de embarque);

◆ RC: Registro de Credito (para negociações com financiamento, ex: PROEX );

◆ Registro de Venda (para negociações em bolsas internacionais);

◆ Despacho Aduaneiro de Exportação;

◆ Conhecimento de Embarque;

◆ fatura comercial;

◆ Packing List ;

◆ borderô de entrega de documentos ao banco.

Além desses, outros

documentos também podem

ser solicitados, dependendo

do tipo de mercadoria

enviada. São eles:

◆ legalização com anuência do Consulado;

◆ Certificado de Origem;

◆ apólice de seguro.

◆ Ficha de emergência, se produtos químicos, radioativos, etc.

21 PROCESSO DE EXPORTAÇÃO SAINDO DO BRASIL

PASSO A PASSO DO PROCESSO DE EXPORTAÇÃO

Depois que a viabilidade da exportação já foi verificada e está tudo definido, é o momento de planejar a operação. Entre os pontos que devem ser observados, podemos citar:

NEGOCIAÇÃO COM O COMPRADOR

É o momento em que sua empresa tem contato com os clientes e apresenta os produtos. Para organizar melhor o processo, o ideal é criar uma relação contendo foto e informações detalhadas dos produtos (características, benefícios, preço, e prazo entre outros).

22 PROCESSO DE EXPORTAÇÃO SAINDO DO BRASIL

Também vale a pena criar uma apresentação sobre

a empresa, para que o comprador conheça melhor o seu negócio e os serviços

oferecidos, por exemplo.

23 PROCESSO DE EXPORTAÇÃO SAINDO DO BRASIL

FECHAMENTO DO NEGÓCIO

Depois que todas as negociações já foram realizadas, sua empresa deve emitir a fatura pró-forma para o importador. É por meio desse documento que o acordo é formalizado. Entre as informações que devem ser disponibilizadas, estão:

◆ dados do exportador e do importador;

◆ origem e procedência;

◆ características da carga (peso, quantidade, preço, forma de pagamento, condições de venda, Incoterm, etc.).

Se a venda for realizada e o produto não está disponível no estoque, o exportador precisa manter o importador informado sobre o prazo de entrega.

24 PROCESSO DE EXPORTAÇÃO SAINDO DO BRASIL

EMBARQUE E DESPACHO ADUANEIRO

É a etapa em que as mercadorias são embarcadas. A liberação dos produtos só é feita depois que um agente da Receita Federal realiza uma verificação dos documentos, conforme a parametrização de canal. Os processos relacionados ao despacho devem ser feitas no Siscomex.

PREPARAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO PÓS-EMBARQUE

Deve ser providenciada para fins da liquidação do câmbio.

EMISSÃO DOS DOCUMENTOS PARA EMBARQUE

É o momento de preparar a documentação necessária para o embarque (falamos sobre eles no tópico anterior).

CONTRATAÇÃO DA OPERAÇÃO DE CÂMBIO

É necessária para converter, em reais, as moedas estrangeiras recebidas com a venda. A negociação deve ser feita com uma instituição financeira (bancos e corretoras que ofereçam esse serviço de contração de câmbio).

25 PROCESSO DE EXPORTAÇÃO SAINDO DO BRASIL

IPI E ICMS

Nesses casos, a exportação não sofre a incidência do IPI e do ICMS. Além disso, a compra de matérias-primas, insumos, embalagens e outros itens usados no processo produtivo de bens destinados ao comércio exterior também podem trazer a manutenção dos créditos fiscais de IPI e ICMS.

PIS E COFINS

Ambas as contribuições também não precisam ser pagas. Caso os produtos produzidos e exportado utilizem insumos nacionais — que sofram a incidência do PIS e COFINS —, o exportador poderá receber o crédito presumido do IPI.

TRIBUTOS INCIDENTES NAS OPERAÇÕES

Os exportadores brasileiros são beneficiados com incentivos fiscais oferecidos pelo Governo, o que ajuda a reduzir o custo dos produtos. Assim, eles se tornam mais competitivos no exterior.

26 PROCESSO DE EXPORTAÇÃO SAINDO DO BRASIL

IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO (IE)

É o único tributo que incide sobre a operação de exportação. Ainda assim, cabe a realização de uma verificação sobre a obrigatoriedade do pagamento. Normalmente, somente os produtos que o Governo não tem interesse em exportar é que são taxados na saída.

REINTEGRA: é um incentivo para a exportação de produtos manufaturados que devolve parcial ou integralmente o resíduo tributário existente na cadeia de produção de bens exportados.

IMPOSTO DE RENDA

O dinheiro investido em despesas relacionadas à pesquisa de mercado e à participação de eventos, feitas no exterior, é dedutível do Imposto de renda. Além disso, também possuem o benefício:

◆ despesas com aluguéis;

◆ despesas com arrendamentos de estandes e outros locais utilizados para exposição da empresa e dos produtos brasileiros;

◆ propagandas.

27 PROCESSO DE EXPORTAÇÃO SAINDO DO BRASIL

O regime aduaneiro de Drawback também pode ser aproveitado pelo exportador. Ele pode se considerado um estímulo para alavancar as exportações, já que permite que as empresas brasileiras invistam na modernização e aperfeiçoamento dos produtos e repor seu estoque com isenção ou suspensão dos impostos, mediante ato concessório.

O incentivo fiscal consiste na redução ou isenção do recolhimento de impostos e outras taxas que incidem sobre a importação de produtos utilizados na industrialização e no acondicionamento das mercadorias para exportação.

28 PROCESSO DE EXPORTAÇÃO SAINDO DO BRASIL

29 CONCLUSÃO

Conclusão

Como pudemos ver, tanto o processo de importação quanto o de importação têm suas particularidades. Dessa maneira, diversos cuidados devem ser tomados no planejamento das operações, evitando agir em desacordo com a legislação ou as normas vigentes — questões que são passíveis de penalizações.

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Desde 1994, a Tradeways ACE é resultado constante do desenvolvimento e aprimoramento de carreiras dos profissionais desuas equipes com mais de 30 anos de experiência em multinacionais nos setores industrial, de serviços e de comércio, comênfase em práticas logísticas internacionais e em empresas de assessorias de origem estrangeira e nacionais, com atuaçõesem todos os continentes.

Na atualidade, a Tradeways ACE apresenta uma assessoria completa em comércio exterior, ao alcance de todos os estados do país, interfaces com os principais polos econômicos das Américas do Sul, Central e do Norte, Europa, Ásia e Oceania.

Em 2011, a empresa conquistou a ISO 9001 pela SGS, entrando para o seleto time de assessorias qualificadas e certificadas de atuação em comércio exterior no país. A Tradeways ACE apresenta em adicional, operações sob os selos IATA, IATA CASS,ANAC, NVOCC, OTM (Operador de Transporte Multimodal), homologado pelo Ministério dos Transportes.

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