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Guia do Património Cultural do Algarve - Turismo do Algarve (Português)

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Page 1: Guia do Património Cultural do Algarve

património cultural

guia do

Page 2: Guia do Património Cultural do Algarve

prefácioA cultura é um elemento essencial para a afirmação do Algarve no país e é por ela que editamos este guia. Escorados na história da região, onde se cruzaram povos e experiên-cias, cremos que esta é uma oportunidade única para alargarmos os olhares até aos tes-temunhos das civilizações anteriores, projec-tando-os para o contexto do Algarve contem-porâneo. Uma viagem intemporal, embora percorrida através do tempo, é o que então aqui propomos. O «Guia do Património Cultural do Algarve» revela mais de 100 bens dos concelhos da re-

gião – entre igrejas, sítios arqueológicos, mu-seus, monumentos – e apela à sua descoberta lenta, em jeito de contemplação minuciosa. E porque cada um tem um interesse próprio, cada um deve ser valorizado e promovido à escala nacional. É este, em última análise, o objectivo da publicação.O património aqui reunido está acompanhado de informações úteis que facilitam a criação de condições adequadas de visita. Tudo para que nada se perca na imensidão do tecido cultural do Algarve, que agora se assume na sua expressão máxima de segmento turístico.

António Ventura PinaPresidente da Região de Turismo do Algarve

Agradecimentos:A Região de Turismo agradece a todas as entidades que colaboraram no levantamento fotográfico,

proporcionando aos residentes e turistas o conhecimento do valioso património cultural e religioso

do Algarve.

Juntas de Freguesia

Museu Marítimo Ramalho Ortigão

Museu Regional do Algarve

Paróquias

Pousadas de Portugal

Teatro Lethes

Nomeadamente:Câmaras Municipais

Centro Cultural de São Lourenço de Almancil

Centro Histórico Judaico de Faro

Diocese do Algarve

Direcção Regional da Cultura do Algarve

Page 3: Guia do Património Cultural do Algarve

Loulé

Vila do Bispo

Aljezur

Monchique

Lagos

Portimão

Silves

LagoaAlbufeira

Faro

S. Brás de Alportel

Olhão

Tavira

Alcoutim

Castro Marim

Vila RealSto. António

algarve

índiceAljezur .............................................................................. 04Vila do Bispo ................................................................ 12Lagos ................................................................................. 20Monchique ................................................................... 28Portimão......................................................................... 34Lagoa ................................................................................ 42Silves ................................................................................. 48Albufeira ......................................................................... 58Loulé .................................................................................. 70Faro ..................................................................................... 84S. Brás de Alportel ............................................... 100Olhão .............................................................................. 106Tavira .............................................................................. 112Vila Real de Santo António ........................... 126Castro Marim ........................................................... 130Alcoutim ...................................................................... 136

introduçãoVisitar o Algarve não é apenas ocasião para desfrutar das magníficas praias e da delicio-sa gastronomia; é também oportunidade para ficar a conhecer um rico património cultural que constitui a memória de muitos séculos de história. Com a publicação deste guia pretende a Região de Turismo do Algarve dar a conhe-cer a todos os monumentos, igrejas, sítios arqueológicos e museus mais interessantes da região.O objectivo é então alertar os residentes e os turistas para o que de melhor podem

encontrar em cada um dos concelhos do Algarve, tendo como critério não apenas o valor histórico, arquitectónico e artístico do património, mas também o seu estado de conservação, a sua possível visita por parte do público e as acessibilidades.Tratando-se de uma obra de divulgação tu-rística, optou-se por uma linguagem clara e acessível, sem contudo prejudicar o rigor dos conteúdos, para que este guia possa servir de introdução ao rico património cultural desta região que tem tanto para descobrir.

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aljezur

Moinho da Arregata

Loulé

Vila do Bispo

Aljezur

Monchique

Lagos

Portimão

Silves

LagoaAlbufeira

Faro

S. Brás de Alportel

Olhão

Tavira

Alcoutim

Castro Marim

Vila RealSto. António

Ocupado desde a Pré-história, o concelho de Aljezur teve nos cinco séculos de ocupação islâmica um período de grande prosperi-dade. De facto, a vila de Aljezur foi fundada pelos árabes no século X, que aqui constru-íram o imponente castelo que ainda hoje é possível visitar.Em 1249, D. Paio Peres Correia conquistou a cidade aos mouros. Em 1280 D. Dinis con-cedeu carta de foral a Aljezur e em 1504 D. Manuel I concedeu-lhe novo foral.

Após um período de prosperidade, que coinci-de com os Descobrimentos marítimos e com o escoamento dos produtos agrícolas da vila para Lagos, Aljezur atravessou tempos difíceis, agravados posteriormente pelo terramoto de 1755. O tremor de terra destruiu grande parte da vila e deixou em total ruína a igreja matriz, sendo necessária a intervenção do bispo do Algarve de então, D. Francisco Gomes do Ave-lar, para construir esta igreja que desencade-aria um novo aglomerado urbano.

breve história

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aljezur�

Castelo de AljezurConstrução militar árabe do século X situada no topo de um cerro. Possui um pano de muralha extenso, com duas torres, e no interior uma cis-terna abobadada de origem árabe, assim como vestígios de habitações e casernas.O Castelo de Aljezur foi conquistado pelos cris-tãos no século XIII, tendo desempenhado im-portantes funções defensivas até ao século XVIII. Apesar do estado de conservação deficiente, oferece a todos os visitantes a oportunidade de desfrutarem de uma magnífica vista.

CLASSIFICADO Imóvel de Interesse PúblIcoAberto ao públicoContacto: Tel. 289 896 070 (Direcção Regional de Cultura do Algarve)

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Igreja Matriz de AljezurApós o terramoto de 1755, a antiga Igreja Ma-triz de Aljezur, templo medieval de estilo góti-co, ficou num estado de ruína tão grande que o bispo D. Francisco Gomes do Avelar decidiu patrocinar a construção da nova igreja matriz desta localidade.O templo hoje visível foi erigido entre o final do século XVIII e os primeiros anos do século XIX, segundo o estilo neoclássico. Trata-se de uma igreja de três naves com capela-

-mor, duas capelas colaterais e duas laterais. Na capela-mor encontra-se um retábulo do início do século XIX com uma excelente imagem da padroeira da vila: Nossa Senhora da Alva. Para além dos retábulos laterais de estilo neo-clássico, podem ainda apreciar-se algumas telas maneiristas provenientes da antiga igreja matriz e uma imagem de São Sebastião, do século XVI.

Aberta ao culto Horário das missas: domingo às 12h00Contacto: Tel. 282 998 204 (Paróquia de Aljezur)

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Museu Municipal de AljezurInstalado num edifício do século XIX, outrora sede dos Paços do Concelho, o Museu Mu-nicipal de Aljezur inclui uma galeria de arte que recebe exposições temporárias. Parte integrante desta estrutura é também o núcleo de arqueologia, com achados oriun-dos de todo o concelho, e o núcleo etnográfi-co que reproduz uma casa antiga e exibe uma interessante colecção de utensílios agrícolas.

Aberto ao público (entrada paga)Horário: de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 13h00 e das 14h30 às 18h30Contacto: Tel. 282 995 019

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Igreja da Misericórdia de Aljezur e Museu de Arte Sacra Monsenhor Manuel Francisco PardalIgreja do século XVI reconstruída após o terra-moto de 1755. Apresenta um portal de estilo renascentista e um acervo artístico constituído por diversas peças de arte sacra, incluindo as bandeiras da Irmandade da Misericórdia e algu-mas imagens dos séculos XVII e XVIII.Num anexo da igreja funciona um pequeno mu-seu de arte sacra que mostra ao visitante objec-tos relacionados com o tempo litúrgico da Igreja Católica e ainda artigos pessoais do patrono do museu, monsenhor Manuel Francisco Pardal.

Acesso condicionadoContacto: Tel. 282 998 415

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Igreja Matriz de BordeiraIgreja do século XVIII, de planta longitudinal com uma só nave e capela-mor antecedida de um arco triunfal em talha.Destaque para o retábulo da capela-mor e para os dois retábulos laterais executados segundo o estilo barroco, nos quais estão co-locadas algumas imagens de boa qualidade. Tal é o caso das imagens de Nossa Senhora da Encarnação e de Nossa Senhora do Rosá-rio (século XVIII), de Santo António e de São Francisco (século XVII) e de São Sebastião (século XVI).

Aberta ao cultoHorário das missas: 2.º sábado de cada mês às 15h00Contacto: Tel. 282 998 204 (Paróquia de Bordeira)

aljezur ��aljezur

Núcleo Museológico do Moinho da ArregataNa localidade de Rogil avista-se um típico moinho de vento, ainda em funcionamen-to, que revela todo o processo de moagem dos cereais.

Aberto ao público nos meses de Verão Contacto: Tel. 282 995 001 (Junta de Freguesia do Rogil)

Adega – Museu de OdeceixeInstalado numa antiga adega do início do sé-culo XX, este espaço museológico oferece ao público a oportunidade de conhecer o pro-cesso de produção do vinho e de observar os instrumentos utilizados nesta actividade.

Aberta ao público Horário: de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00Contacto: Tel. 282 947 255 (Junta de Freguesia de Odeceixe)

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vila do bispo

Fortaleza de Sagres

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Loulé

Vila do Bispo

Aljezur

Monchique

Lagos

Portimão

Silves

LagoaAlbufeira

Faro

S. Brás de Alportel

Olhão

Tavira

Alcoutim

Castro Marim

Vila RealSto. António

Ocupada desde a Pré-história, Vila do Bispo deve o seu nome ao facto de ter sido doada ao bispo de Silves no início do século XVI. Durante os séculos XV e XVI esta localidade prosperou graças à pesca do atum, activida-de da qual o infante D. Henrique retirou parte dos recursos financeiros com que financiou os Descobrimentos marítimos.De facto, foi durante o século XV que Vila do Bispo, concelho ao qual pertencem o cabo de São Vicente e a Fortaleza de Sagres, ganhou maior importância, facto que se deve em grande parte às estadas do infante D. Henri-que na região, nomeadamente na Fortaleza de Sagres, onde fundou uma escola náutica.Outro local de grande importância nesta região foi o cabo de São Vicente, que desde

a Pré-história possui grande significado re-ligioso e que durante toda a Idade Média foi destino de peregrinações ao túmulo de São Vicente, o mártir que para aqui fora trasladado no século IV, até ser levado para Lisboa no século XII, por ordem de D. Afon-so Henriques.No final do século XVI esta região foi sistema-ticamente atacada por piratas mouros e pelo corsário inglês Francis Drake, responsáveis por grandes prejuízos que obrigaram à cons-trução de um novo sistema defensivo.Tal como em grande parte do litoral algar-vio, o terramoto de 1755 causou grande ru-ína nesta região que presentemente possui no seu glorioso passado histórico uma das maiores atracções turísticas.

breve história

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Igreja Matriz de Vila do BispoAs origens da Igreja Matriz de Vila do Bispo re-montam ao século XVI. No entanto, o edifício actual resultou de uma profunda remodelação levada a cabo nos finais do século XVII e no iní-cio do século XVIII.O corpo da igreja possui uma só nave, com a ca-pela–mor a ser antecedida por um arco triunfal.A ornamentação interior deste templo data maioritariamente do início do século XVIII, pelo que a igreja apresenta uma quase perfeita uni-dade estética, em que predominam os elemen-tos decorativos de estilo barroco.Entre os retábulos deste templo, o destaque vai para o exemplar que se encontra na cape-la-mor, datado do primeiro quartel do século XVIII, tal como o retábulo da Capela de Nossa Senhora do Carmo.Relativamente ao conjunto de imagens, refere-

-se a de Nossa Senhora da Conceição, exemplar do século XVI que juntamente com uma naveta do século XV e duas tábuas pintadas, represen-tando São Pedro e São Paulo, constituem as obras mais antigas da Igreja de Vila do Bispo.Uma das características mais interessantes des-ta igreja é a cobertura da nave, feita com caixo-tões decorados com pintura de brutescos.Nota ainda para os azulejos barrocos prove-nientes de Lisboa e dispostos nas paredes da igreja em 1715.

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIcoAberta ao cultoHorário das missas: no Inverno, de segunda a sexta-feira às 17h00 e domingo às 12h00. No Verão, de segunda a sexta-feira às 18h00 e domingo às 12h00Contacto: Tel. 282 639 400 (Paróquia de Vila do Bispo )

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Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe (Raposeira)Trata-se de uma das mais antigas igrejas do Algarve. Fundada no século XIV como ermi-da de peregrinação, foi remodelada no sé-culo XV, possivelmente com o patrocínio do próprio infante D. Henrique que, segundo a lenda, aqui fazia as suas orações.A fachada, de empena triangular, apresenta um óculo e um portal ogival. No interior da igreja podem-se apreciar colunas com ábacos e capitéis que apresentam elementos encor-doados, precursores do estilo manuelino».A capela-mor da ermida é coberta por uma abóbada. É interessante verificar que as cha-ves da abóbada e os capitéis do arco triunfal apresentam figuração simbólica sobre a len-da de Nossa Senhora de Guadalupe.

CLASSIFICADA monumento nacIonalAberta ao público (entrada paga)Horário: das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h00/18h00 no VerãoEncerra: segunda-feira, Sexta-feira Santa, Domingo de Páscoa, 1.º de Maio, 25 de DezembroContacto: Tel. 289 896 070 (Direcção Regional de Cultura do Algarve)

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vila do bispo��

Igreja Matriz da RaposeiraÉ sabido que o infante D. Henrique residiu na Raposeira, onde teve casa. Esta igreja é contudo mais tardia, pelo que já não é sua contemporânea.Trata-se de uma igreja manuelina construída no início do século XVI, como certificam os portais manuelinos, o arco triunfal e a pia de água benta.O portal principal é um bom exemplo do estilo manuelino: possui duas arquivoltas e capitéis decorados com motivos geométri-cos e vegetais.No interior, são imperdíveis os retábulos co-laterais de estilo barroco e algumas imagens dos séculos XVII e XVIII.

Aberta ao cultoHorário das missas: domingo às 09h30Contacto: Tel. 282 630 600 (Câmara Municipal de Vila do Bispo) e 282 639 400 (Paróquia da Raposeira)

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Fortaleza de SagresSituada no cabo de Sagres, Promontorium Sa-crum famoso pela sua beleza ímpar, a Fortale-za de Sagres deve a sua origem ao infante D. Henrique, que aqui instituiria uma vila e viria a falecer em 1460.Da muralha mandada construir pelo pai dos Descobrimentos pouco resta, uma vez que a fortaleza foi reconstruída no século XVI e na se-gunda metade do século XVIII, altura em que foi adaptada ao sistema defensivo “vauban”.A entrada desta fortaleza abaluartada constitui um bom exemplo da arquitectura neoclássica. No interior estão à vista alguns canhões, um torreão quinhentista e ainda a Igreja de Nossa Senhora da Graça, construída no século XVI no preciso local onde antes estivera a Igreja de Santa Maria, fundada pelo infante mas destruí-da pelo corsário inglês Francis Drake, em 1587. Uma das atracções mais expressivas da Forta-leza de Sagres é sem dúvida a rosa-dos-ventos, um relógio de sol que muitos pensam ser con-temporâneo ao infante e à escola náutica que este fundou em Sagres. Local de profundo valor histórico e simbólico, o monumento oferece aos visitantes a oportu-nidade de revisitarem o glorioso período das descobertas marítimas e de apreciarem uma das paisagens mais belas do mundo.

CLASSIFICADA monumento nacIonalAberta ao público (entrada paga)Horário: das 09h30 às 17h30/20h00 no VerãoEncerra: segunda-feira, 1.º de Maio, 25 de DezembroContacto: Tel. 289 896 070 (Direcção Regional de Cultura do Algarve) e 282 620 140 (Fortaleza de Sagres)

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Fortaleza do Cabo de São VicenteFortaleza erigida no século XVI para proteger a costa dos frequentes ataques de piratas mou-ros. Surgiu no local onde se encontrava um convento medieval, que segundo a lenda teria acolhido os restos mortais de São Vicente. Trata-se de uma construção militar de planta poligonal com um portal de entrada encimado por escudo real e que possuía ponte levadiça.No interior da fortaleza encontra-se o farol de São Vicente, construído em 1904 e ainda hoje em funcionamento.

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIcoAberta ao públicoContacto: Tel. 282 630 600 (Câmara Municipal de Vila do Bispo)

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lagos

Forte da Ponta da Bandeira

Loulé

Vila do Bispo

Aljezur

Monchique

Lagos

Portimão

Silves

LagoaAlbufeira

Faro

S. Brás de Alportel

Olhão

Tavira

Alcoutim

Castro Marim

Vila RealSto. António

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Habitada desde a Pré-história, a cidade de Lacobriga tem origens celtas, cerca do ano 2000 a.C.Sabe-se que o seu porto era frequentado por povos mediterrânicos como fenícios, gregos e cartagineses, mantendo grande importância durante o domínio romano.Com a ocupação árabe do Algarve, no sécu-lo VIII, a cidade muda de mãos mas mantém a sua importância económica e estratégica, como comprova a construção de uma im-portante muralha defensiva no século X.Com a reconquista cristã em 1249, Lagos iniciou um novo período na sua longa histó-ria. Nos séculos XV e XVI assiste a um grande crescimento económico e populacional. É nesta época que a cidade se torna o princi-

pal porto de partida e de chegada das naus que exploram a costa africana, fazendo de Lagos um dos centros mundiais do comér-cio de produtos exóticos e de especiarias.Em Lagos viveu o infante D. Henrique, o pai dos Descobrimentos marítimos que fez desta cidade o porto das naus de Gil Eanes, navegador algarvio que dobrou o cabo Bo-jador em 1434.O momento mais difícil da história de La-gos foi o terramoto de 1755, que destruiu grande parte da cidade e levou a que só no século XIX, com a indústria das conservas de peixe, ela voltasse a recuperar a prospe-ridade perdida.Presentemente, Lagos é um dos principais centros turísticos do Algarve.

breve história

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Muralhas de LagosPano de muralhas com origens no período romano. Foi remodelado pelos árabes e bas-tante ampliado durante o século XVI entre os reinados de D. Manuel e Filipe I, correspon-dendo a uma necessidade de protecção da crescente malha urbana da cidade.Esta muralha teve enorme importância es-tratégica nos séculos XV e XVI. Une nove torreões preparados para receber artilharia e possui sete portas de acesso.

CLASSIFICADAS monumento nacIonalAbertas ao público (entrada paga)Contacto: Tel. 282 780 060 (Câmara Municipal de Lagos)

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Forte da Ponta da BandeiraFortaleza do século XVII, construída à entra-da da barra da ria de Bensafrim, permite des-frutar de uma magnífica vista.Apresenta planta quadrangular, é rodeada por um fosso e possui uma imponente porta de armas com ponte levadiça que dá acesso ao interior.Lá dentro pode-se visitar uma capela do sé-culo XVII coberta de azulejos.

CLASSIFICADO Imóvel de Interesse PúblIco Aberta ao público (entrada paga)Horário: de terça a domingo, das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h00Contactos: Tel. 282 780 060 (Câmara Municipal de Lagos)

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Igreja de Santo António / Museu Municipal Dr. José FormosinhoFundada no início do século XVIII, a Igreja de Santo António sofreu danos consideráveis com o terramoto de 1755, facto que motivou a sua reconstrução em 1769.Trata-se de uma igreja de nave única, com dimensões algo modestas e fachada simples, onde se destaca um óculo com rebordo com sete conchas.No interior da igreja encontra-se um dos maiores tesouros artísticos do Algarve: um magnífico conjunto de talha barroca da au-toria de Gaspar Martins e Custódio de Mes-quita que, para além do retábulo principal, inclui o revestimento em talha dos alçados laterais e do subcoro.Do acervo artístico evidenciam-se um silhar de azulejos barrocos, diversas telas do sécu-lo XVIII, representando os milagres de Santo António, e ainda um conjunto de imagens, entre as quais consta a de Santo António, co-locada no retábulo.

CLASSIFICADA monumento nacIonal Aberta ao público (entrada paga)Horário: de terça a domingo, das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h00Contacto: Tel. 282 762 301

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A visita à Igreja de Santo António faz-se através do Museu Dr. José Formosinho, no qual foi in-tegrada. Neste espaço é possível visitar expo-sições de arqueologia e etnografia e uma sala de arte sacra que, entre outras peças, ostenta uma imagem em alabastro do século XVII, re-presentando Nossa Senhora da Piedade.

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Igreja Matriz de Santa Maria Construída no início do século XVI como igre-ja da misericórdia, foi instituída igreja paro-quial após o terramoto de 1755.Trata-se de uma igreja de nave única que pos-sui um portal principal de estilo renascentista, formado por duas colunas dóricas ladeadas pelas figuras de São Pedro e São Paulo.No que respeita à ornamentação interior, des-tacam-se os conjuntos de imagens de Nossa Senhora da Assunção, de São Gonçalo de La-gos, de Nossa Senhora do Carmo e de Nossa Senhora da Piedade, todas de estilo rococó, à semelhança das duas imagens do Senhor crucificado.

Aberta ao público Horário: das 08h00 às 19h30Contacto: Tel. 282 762 723 (Paróquia de Santa Maria)

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Igreja de São SebastiãoIgreja do século XV que possui três naves separadas por arcos plenos. Na fachada apre-senta um portal datado de 1612, formado por duas colunas dóricas com caneluras.No interior da igreja ressaltam o retábulo da capela-mor, exemplar do século XIX mas com tribuna barroca, o retábulo da Capela do Santíssimo, do século XVIII, e um valioso conjunto de imagens, entre as quais a do Se-nhor crucificado, do século XVI, e a de Nossa Senhora da Glória, em estilo barroco.Por fim, um outro motivo de interesse desta igreja é a Capela dos Ossos.

CLASSIFICADA monumento nacIonalAberta ao cultoHorário das missas: sábado às 17h30 e domingo às 10h00Contacto: Tel. 282 089 186 (Paróquia de S. Sebastião)

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Igreja Matriz da Luz de LagosIgreja tardo-gótica, como se pode verificar pelos contrafortes das paredes laterais. Possui uma capela-mor coberta por abóbada de ner-vuras com três chaves em cadeia longitudinal.Curioso é também o arco triunfal ogival, com três arquivoltas e capitéis decorados com figu-ras animais e humanas envoltas em folhagem.O retábulo barroco na capela-mor é um exem-plar de boa qualidade do primeiro quartel do século XVIII, e requer um olhar mais atento.

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIcoAberta ao cultoHorário das missas: domingo às 09h30Contacto: Tel. 282 762 723 (Paróquia da Luz de Lagos) e 282 789 722 (Junta de Freguesia da Luz de Lagos)

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monchique

Igreja Matriz de Monchique

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Foram os romanos os primeiros a instalar-se em Monchique, em busca dos benefícios curativos das suas águas.Desde o período islâmico, esta localidade prosperou devido à produção de produtos como o mel e o medronho. Na década de 70 do século XVI, Monchique

recebeu a visita de D. Sebastião e em 1773 foi elevada a vila.Hoje os visitantes continuam a ser atraídos por esta bonita localidade caracterizada pelo ar puro da serra, pela qualidade das fa-mosas águas termais, pelo artesanato e pela deliciosa gastronomia.

breve história

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Loulé

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S. Brás de Alportel

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Vila RealSto. António

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Igreja Matrizde MonchiqueTrata-se de uma bonita igreja do início do século XVI que foi parcialmente reconstruída após o terramoto de 1755. Na fachada princi-pal possui um interessante pórtico manuelino, de arco quebrado e decorado com motivos vegetais. Sobre o portal encontra-se um óculo igualmente manuelino.Espaço interior de três naves divididas por co-lunas com capitéis de decoração vegetal.Referência para a capela lateral manuelina, coberta por abóbada de ogivas simples com uma cruz de Cristo no fecho e revestida de azulejos figurativos do final do século XVIII.Aqui, cativam o visitante os retábulos de estilo barroco da capela-mor, da Capela do Santíssi-mo Sacramento e da Capela do Sagrado Cora-ção, nas quais se encontram algumas imagens de grande qualidade. Esta igreja possui também um pequeno mu-seu com uma colecção de objectos litúrgicos.

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIco Aberta ao públicoHorário: de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 12h00Contacto: Tel. 282 912 289 (Paróquia de Monchique)

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Page 18: Guia do Património Cultural do Algarve

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Igreja da MisericórdiaIgreja de nave única, de origem quinhentista. Beneficiou de uma grande remodelação no século XVIII.A Misericórdia de Monchique possui um re-tábulo barroco de grande qualidade que se encontra na capela-mor.Igualmente dignos de nota são o púlpito barroco e os dois retábulos laterais de estilo rococó.Referência ainda para os painéis processio-nais, para a imagem de Cristo crucificado colocada num dos retábulos laterais e para as imagens em roca de Nossa Senhora das Dores e de São Francisco.

Não está aberta ao públicoContacto: Tel. 282 912 871 (Junta de Freguesia de Monchique)

monchique

Igreja Matriz de Alferce (com Museu de Arte Sacra)Igreja do século XV. Apresenta um portal principal de arco quebrado e uma capela-

-mor coberta por abóbada de nervuras e an-tecedida de arco triunfal tardo-gótico.Relativamente à ornamentação interior, o destaque vai para o retábulo da capela-mor, exemplar de estilo neoclássico tal como o retábulo das almas. Este último integra uma tela dos finais do século XVIII, representando o arcanjo São Miguel.

Aberta ao cultoHorário das missas: segunda e quarta-feira às 12h00 Contacto: 282 912 289 (Paróquia de Alferce)

Nota ainda para o interessante acervo artís-tico desta igreja, parcialmente reunido num pequeno museu de arte sacra, que inclui uma imagem de São Romão feita em pedra (século XV) e uma imagem quinhentista de Nossa Senhora da Consolação.

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portimão

Igreja Matriz de Alvor

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Loulé

Vila do Bispo

Aljezur

Monchique

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Portimão

Silves

LagoaAlbufeira

Faro

S. Brás de Alportel

Olhão

Tavira

Alcoutim

Castro Marim

Vila RealSto. António

A presença humana no concelho de Portimão tem origem na Pré-história, como comprova a importante estação arqueológica de Alcalar.Sabe-se também da presença fenícia e carta-ginesa nesta zona que, como outros locais da costa algarvia, teve um papel importante no comércio atlântico com o Mediterrâneo e o Norte de África.No entanto, apesar da presença romana e árabe, só no século XV Portimão se afirmou definitivamente através da concessão, em 1463, de uma licença do rei D. Afonso V para a fundação de uma povoação fortificada com

o objectivo de defender a barra do rio Arade dos piratas mouros.Durante os Descobrimentos, a vila nova de Portimão desenvolve-se, mas os estragos do terramoto de 1755 causaram uma estagna-ção que só seria completamente ultrapassa-da no século XIX, com a indústria da pesca e das conservas.Elevada a cidade em 1924 pelo então presi-dente Manuel Teixeira Gomes, ilustre escritor natural de Portimão, a cidade vive hoje um novo período de crescimento económico as-sente no turismo.

breve história

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Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Matriz de Portimão)Construída em finais do século XV, trata-se de uma igreja de estilo gótico que sofreu uma importante remodelação após o terramoto de 1755, pelo que da campanha de obras medieval apenas subsistiu o portal principal, semelhante ao do Mosteiro da Batalha.Igreja com cabeceira tripla, quatro capelas la-terais e três naves separadas por colunas com capitéis toscanos. Na fachada apresenta um frontão decorado com trabalhos de massa muito característicos do final do século XVIII.No que diz respeito ao interior, o destaque vai para os retábulos barrocos da capela-mor e

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIco Aberta ao público Contacto: Tel. 282 470 700 (Câmara Municipal de Portimão) e 282 422 612 (Paróquia de Portimão)

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da Capela do Santíssimo Sacramento, assim como para as imagens de Nossa Senhora das Almas do Purgatório, de São Pedro e de São Gonçalo de Lagos que, tal como os retábulos, datam da segunda metade do século XVIII.Finalmente, refira-se que do acervo constam quatro peças indo-portuguesas, designada-mente três imagens de Cristo crucificado (em marfim) e um cofre em tartaruga.

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Igreja do Antigo Colégio da Companhiade JesusApesar de a construção da igreja ter sido inicia-da em 1660, só em 1707 foi aberta ao culto.Caracteriza-se pela nave única de estilo arquitec-tónico típico dos colégios jesuítas. Coberta por abóbada de berço, apresenta cabeceira tripla e seis capelas laterais encimadas por tribunas.Na fachada, parcialmente reconstruída após o terramoto de 1755, vêem-se seis janelões e um frontão com contracurva com óculo ao centro.No interior, não passam despercebidos os retá-bulos barrocos da capela-mor e das capelas co-laterais, assim como as imagens de São Camilo de Lélis e de Santo António (do século XVIII). De referir o ostensório com o Sagrado Coração de Jesus, uma imagem do Senhor crucificado colocada na capela-mor e ainda o mausoléu de Diogo Gonçalves, fundador da igreja que fale-ceu em 1664 sem ter assistido à sua conclusão.

CLASSIFICADA Imóvel de valor concelhIoNão está aberta ao públicoContacto: Tel. 282 470 700 (Câmara Municipal de Portimão) e 282 422 612 (Paróquia de Portimão)

Page 21: Guia do Património Cultural do Algarve

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Museu Municipal de PortimãoInstalado no antigo edifício da fábrica de conser-vas Feu, integra um importante acervo relaciona-do com a indústria conserveira e com a pesca.Este museu encontra-se ainda em fase de insta-lação, abrindo apenas para eventos culturais.

Acesso CondicionadoContacto: Tel. 282 470 830

Fortaleza de Santa CatarinaConstruída entre 1623 e 1629 para defender a barra do rio Arade, tem uma pequena ca-pela no interior e proporciona uma magnífi-ca vista sobre aquele curso de água.

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIcoAberta ao públicoContacto: Tel. 282 470 700 (Câmara Municipal de Portimão)

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MonumentosMegalíticos de AlcalarUm dos mais importantes sítios arqueológi-cos do Sul do país situa-se em Alcalar. Aqui encontram-se reminiscências de uma comu-nidade megalítica, caso da necrópole cujos sepulcros recorrem a soluções arquitectóni-cas como dólmenes e cúpulas. Para ajudar os visitantes a melhor percebe-rem os vestígios arqueológicos, foi criado um centro de acolhimento e interpretação que disponibiliza toda a informação necessária.

SíTIO ARqUEOLóGICO CLASSIFICADO monumento nacIonalAberto ao público (entrada paga)Horário: no Inverno das 10h30 às 16h30 e no Verão das 10h00 às 18h30; encerra: domingo, segunda-feira, Sexta-feira Santa, Domingo de Páscoa, 1.º de Maio, 25 de DezembroContacto: Tel. 289 896 070 (Direcção Regional de Cultura do Algarve) e 282 471 410 (Monumentos Megalíticos de Alcalar)

Page 22: Guia do Património Cultural do Algarve

Igreja Matriz de AlvorIgreja do início do século XVI construída por ordem do rei D. Manuel.O interior possui corpo de três naves com quatro tramos e cabeceira tripla.Na fachada, o portal principal é um excelen-te exemplo do estilo artístico do período dos Descobrimentos. Trata-se de um portal de volta perfeita, constituído por três arquivoltas decoradas com motivos fitomórficos (folhas e hastes).Atente-se ao conjunto de retábulos, especial-mente o exemplar colocado na capela-mor. Executado na segunda metade do século

XVIII, neste encontra-se uma tela do Divino Salvador, dos finais daquele século, assinada pelo pintor algarvio Joaquim José Rasquinho.Destaque ainda para a qualidade das ima-gens nos altares e para o interessante painel de azulejos de estilo rococó colocado nas paredes laterais da igreja, que representa a última ceia e o lava-pés.Última curiosidade: junto ao portal lateral da igreja está uma pequena capela que resulta do aproveitamento de um antigo morabito muçulmano.

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CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIcoAberta ao cultoHorário das missas: em português – no Inverno, sábado às 21h00 e domingo às 10h00; no Verão, sábado às 18h00 e às 21h30, domingo às 10h00. Em inglês – no Inverno, sábado às 18h00Contacto: Tel. 282 459 151 (Paróquia de Alvor)

Morabito de S. PedroAinda nesta localidade, junto ao cemité-rio, existe uma pequena capela conhecida como Morabito de São Pedro e que resultou da reconversão ao culto católico de um pe-queno templo islâmico de planta quadran-gular com cúpula.

CLASSIFICADO Imóvel de Interesse PúblIcoAcesso CondicionadoContacto: Tel. 282 470 700 (Câmara Municipal de Portimão)

Igreja Matriz de Mexilhoeira GrandeIgreja manuelina do início do século XVI com três naves e cabeceira tripla. Sofreu uma im-portante remodelação alguns anos mais tarde, tendo adoptado o formulário renascentista.Sobressaem o portal principal de estilo renas-centista e o arco triunfal que antecede a ca-pela-mor e que, curiosamente, segue o estilo manuelino, embora denuncie o conhecimen-to do formulário do primeiro Renascimento.Relativamente à ornamentação interior da igreja, destaca-se o excelente retábulo da capela-mor, do início do século XVIII, e o re-tábulo da Capela do Santíssimo Sacramento, de estilo barroco. Também de boa qualidade é o retábulo da Capela de Nossa Senhora da Graça, de estilo rococó.Por fim, salientam-se as imagens de Nossa Senhora da Graça e de São Luís, ambas da se-gunda metade do século XVIII.

Aberta ao cultoHorário das missas: no Inverno, de segunda a sexta-feira às 17h00 e domingo às 11h00; no Verão, de segunda a sexta-feira às 19h00 e domingo às 11h00Contacto: Tel. 282 968 258 (Paróquia da Mexilhoeira Grande)

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lagoa

Igreja matriz de Estombar

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Loulé

Vila do Bispo

Aljezur

Monchique

Lagos

Portimão

Silves

LagoaAlbufeira

Faro

S. Brás de Alportel

Olhão

Tavira

Alcoutim

Castro Marim

Vila RealSto. António

Sobre as origens de Lagoa pouco se sabe. No entanto, é provável que o primitivo nú-cleo urbano se tenha desenvolvido em tor-no de uma lagoa, cujos pântanos foram se-cos de modo a permitir práticas agrícolas.Tal como grande parte do litoral algarvio, esta região foi ocupada pelos árabes entre os séculos VIII e XIII, sendo reconquistada pelos cristãos na década de 40 do século XIII e agregada ao termo de Silves.É provável que nos séculos XV e XVI Lagoa tenha também beneficiado de um perío-

do de prosperidade económica motivado pelos Descobrimentos. Mas foi apenas no século XVIII que o concelho assumiu verda-deira importância, nomeadamente a partir da elevação de Lagoa a vila, em 1773, por alvará de D. José.No final do século XIX, o concelho de La-goa prosperou graças à indústria das con-servas de peixe, que entraria em declínio em meados do século XX. Hoje, o turismo é uma das principais actividades económicas da região.

breve história

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Page 24: Guia do Património Cultural do Algarve

Igreja Matriz de LagoaConstruída no século XVI, mas profunda-mente remodelada no final do século XVIII, esta igreja possui um singelo portal manue-lino na torre sineira. Este portal e as suas três naves representam o principal vestígio da fundação quinhentista.A fachada é de estilo neoclássico, como que prenunciando o interessante retábulo da capela-mor, onde é igualmente possível ad-mirar uma imagem de Nossa Senhora da Luz, do século XVIII. Esta igreja possui também quatro retábulos laterais de estilo rococó, com as respectivas imagens.

Aberta ao cultoHorário das missas: sábado às 18h30, domingo às 12h00, de segunda a sexta-feira às 09h00Contacto: Tel. 282 341 056 (Paróquia de Lagoa)

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Convento de São JoséConstruído no início do século XVIII, tem patentes exposições temporárias e recebe eventos culturais na antiga capela, no claus-tro e no auditório.O claustro, de grande simplicidade, tem qua-tro arcadas e um poço cisterna no meio. Na pequena capela encontra-se um retábulo do século XVIII. Referência ainda para a roda dos expostos colocada à entrada do convento.

Aberto ao públicoHorário: de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Ao sábado e feriados, das 14h00 às 18h00Contacto: Tel. 282 380 434

Page 25: Guia do Património Cultural do Algarve

Igreja Matriz de São Tiago de EstombarIgreja do século XVI, com corpo de três naves e cabeceira tripla, possui três portais manue-linos e duas interessantes colunas com fuste esculpido onde se vêem figuras humanas. Na fachada reconstruída após o terramoto de 1755 merecem destaque o portal principal manuelino, de grande qualidade, e o frontão ornamentado com interessantes trabalhos de massa, característicos da segunda metade do século XVIII.No interior, realça-se o retábulo barroco colo-cado na capela-mor e a Capela das Almas, que contém um retábulo também do século XVIII.Igualmente interessante é o conjunto de azu-lejos figurativos barrocos colocados na cape-la-mor. Nestes estão representadas diversas cenas do Evangelho e uma cena de São Tiago combatendo os mouros.

CLASSIFICADA monumento nacIonalAberta ao cultoHorário das missas: domingo às 12h00, sexta-feira às 18h00 e no Verão também aos sábados às 19h00Contacto: Tel. 282 431 067 (Paróquia de Estombar)

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Ermida de Nossa Senhora da RochaConstruída sobre um rochedo onde em tem-pos se situava uma fortaleza militar, esta er-mida incorpora elementos bastante antigos, embora o edifício actual tenha sido construí-do em finais do século XV ou início do século XVI, como parece sugerir a cúpula octogonal e o nártex da fachada, no qual se pode admi-rar uma coluna com capitel visigótico.No interior, destaque para uma interessante imagem quinhentista de Nossa Senhora com o Menino e para um retábulo maneirista.

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIcoNão está aberta ao público, mas é possível ver o interiorContacto: Tel. 282 342 390 (Junta de Freguesia de Porches)

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silves

Cruz de Portugal

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Loulé

Vila do Bispo

Aljezur

Monchique

Lagos

Portimão

Silves

LagoaAlbufeira

Faro

S. Brás de Alportel

Olhão

Tavira

Alcoutim

Castro Marim

Vila RealSto. António

O rio Arade foi uma das principais vias de comunicação com o interior algarvio desde tempos remotos e foi graças à sua navegabi-lidade que vários povos se fixaram em Silves. Entre esses povos, o de maior importância na história desta localidade foram os árabes, que fizeram de Silves a capital islâmica do Algarve. Conhecida no século XI pelo seu de-senvolvimento e prosperidade, era um cen-tro cultural onde residiam os mais brilhantes poetas, historiadores e juristas da região.Precisamente pela sua importância, Silves foi a primeira cidade algarvia a ser conquistada pelos cristãos em 1189, liderados pelo rei D. Sancho I, perdendo-a dois anos mais tarde para os árabes até ser conquistada definitiva-mente em 1249.Em 1266, D. Afonso III deu foral a Silves e ordenou a construção de uma Sé Católica

sobre a antiga mesquita. A cidade mantém a sua importância nos anos seguintes e con-serva-se como capital do Algarve até meados do século XVI, altura da transferência da sede de bispado para Faro, fortemente motivada pelo assoreamento do rio Arade, que levou ao declínio económico da cidade.Com o terramoto de 1755, assim como com as invasões napoleónicas e as guerras liberais, Silves atravessa um período difícil, apesar de no século XIX voltar a prosperar graças à in-dústria corticeira. Neste período assiste-se a um crescimento populacional e a uma gran-de renovação urbana.Silves aposta hoje, inteligentemente, no turis-mo cultural como factor de desenvolvimen-to económico, atraindo milhares de turistas para o seu centro histórico e para os eventos que aí se organizam.

breve história

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Page 27: Guia do Património Cultural do Algarve

Castelo de SilvesSituado no alto de uma colina, o imponente Castelo de Silves teve origem romana, mas foram os árabes que entre os séculos VIII e XIII edificaram o magnífico castelo hoje existente. Construído com grés de Silves, tem a forma de um polígono irregular e uma porta principal ladeada por duas torres defensivas. Ao longo da extensa muralha o visitante pode percorrer o passeio de ronda que inclui três torreões e sete quadrelas.É o interior do castelo que guarda diversos vestígios da ocupação muçulmana, nomea-damente um silo que servia para armazenar cereais e uma cisterna coberta por abóbada assente em cinco arcos de volta inteira.Apesar de ter sido reconstruído no século XIII, após a conquista da cidade aos mouros por D. Paio Peres Correia, o Castelo de Silves é o melhor exemplar da arquitectura militar árabe existente em Portugal.

CLASSIFICADO monumento nacIonal Aberto ao público (entrada paga)Horário: de segunda a domingo, das 09h00 às 17h30Contacto: Tel. 282 440 800 (Câmara Municipal de Silves)

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Sé Catedral de SilvesConstruído nos finais do século XIII, provavel-mente no local da antiga mesquita, este é um templo de estilo gótico com planta de cruz latina, três naves, cabeceira tripla e ainda um portal principal de arco quebrado de estilo se-melhante ao do Mosteiro da Batalha.Um dos maiores motivos de interesse da Sé de Silves é a capela-mor reconstruída nos fi-nais do século XV segundo o estilo manuelino, sendo de destacar a abóbada de nervuras e o túmulo de D. João II.Após o terramoto de 1755 foi necessário pro-ceder a alguns arranjos, como se pode com-provar pelo estilo tardo-barroco da chamada Porta do Sol, datada de 1781.Relativamente aos pormenores artísticos da igreja, merecem referência o retábulo barroco da Capela do Santíssimo e uma imagem em jaspe de Nossa Senhora, do final do século XV ou início do século XVI.

CLASSIFICADA monumento nacIonalAberta ao público, mas com acesso condicionado motivado pelas obras de restauro Contacto: Tel. 282 442 472 (Paróquia de Silves)

Page 28: Guia do Património Cultural do Algarve

Igreja da Misericórdia de SilvesEdifício do século XVI, de nave única. Possui um portal lateral de estilo manuelino, de-corado com folhagens e coroado por uma pinha que apresenta a inscrição “Casa da Misericórdia”.Igualmente interessante é o portal principal de estilo renascentista, composto por duas colunas toscanas sobre as quais assenta um frontão triangular.O retábulo maneirista no interior, no qual constam oito telas que representam a visi-tação e as sete obras da misericórdia, é uma particularidade digna de se ver.Esta igreja funciona hoje como galeria de arte e, como tal, apresenta regularmente ex-posições de pintura e de artes plásticas.

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIcoAberta ao público Horário: de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00Contacto: Tel. 282 440 800 (Câmara Municipal de Silves)

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Museu Municipal de Arqueologia de SilvesPróximo do Castelo de Silves, num edifício que integra um troço de muralha e um poço cisterna de origem árabe, instala-se o Museu Municipal de Arqueologia. Expõe ao público uma interessante colecção de achados arqueológicos originários do concelho e que vão do período Paleolítico à época medieval, abarcando oito mil anos de vivência humana em Silves.

Aberto ao público (entrada paga)Horário: de segunda a sábado, das 09h00 às 17h30Contacto: Tel. 282 444 832 (Museu Municipal)

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Cruz de PortugalCruzeiro do final do século XV, ou do início do século XVI, concebido segundo o estilo gótico florido. Alguns investigadores iden-tificam-lhe elementos manuelinos, ideia re-forçada pela teoria de que este cruzeiro terá sido oferecido à cidade de Silves pelo rei D. Manuel aquando da sua visita em 1499.Uma das faces patenteia uma Pietá, outra um Cristo crucificado.

Situa-se numa via pública próxima do Palácio de Justiça de Silves

Page 29: Guia do Património Cultural do Algarve

Fábrica do Inglês /Museu da CortiçaNa Fábrica do Inglês, para além de uma di-versificada oferta de restauração e de anima-ção, aguarda visita o Museu da Cortiça, um dos melhores museus industriais da Europa, já premiado nessa categoria com o galardão

“Museu Industrial Europeu”.Instalado num edifício do século XIX, que durante vários anos serviu de unidade de transformação da cortiça, o museu oferece a oportunidade de conhecer uma das mais im-portantes actividades económicas da região.

Aberta ao público (entrada paga) Horário: de terça a sábado, das 09h30 às 12h45 e das 14h00 às 18h15/21h45 no VerãoContacto: Tel. 282 440 480

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Igreja Matriz de São Bartolomeu de MessinesConstruída no início do século XVI, a Igreja de São Bartolomeu de Messines sofreu uma importante remodelação no início do século XVIII, facto que explica a mistura de estilos aqui detectáveis. Da campanha manuelina resultou o espaço interior do templo, com três naves e quatro tramos formados por interessantes pilares torsos. Da campanha de obras barroca da-tam a fachada principal e a capela-mor, que possui um bonito retábulo de estilo rococó.Em virtude da utilização de materiais de cor contrastante (calcário e grés) e de elementos arquitectónicos tão diversos quanto colunas espiraladas e um escadório, esta igreja gera um forte impacto visual.

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIcoAberta ao públicoHorário: segunda, quarta e sexta-feira das 14h00 às 18h00Contacto: Tel. 282 338 253 (Paróquia de S. Bartolomeu de Messines)

Relativamente à ornamentação interior, é de mencionar uma tela do final do século XVIII representando a Anunciação, obra da autoria de Joaquim José Rasquinho, pintor natural de Loulé.Igual encanto têm o altar da Capela de Santo António e as imagens dos séculos XVII e XVIII, na sua maioria.Refira-se ainda o painel de azulejos barrocos colocados nas capelas laterais desta igreja, assim como o excelente lavatório setecentis-ta de mármore policromo.

Page 30: Guia do Património Cultural do Algarve

Igreja Matriz de AlcantarilhaIgreja do início do século XVI, construída segun-do o estilo manuelino. Possui três naves separa-das por colunas de arco perfeito, assentes em capitéis oitavados, e capela-mor coberta por uma abóbada de três chaves, sendo a central ornamentada com uma cruz de Cristo.Igualmente manuelino é o arco triunfal da cape-la-mor, composto por duas arquivoltas plenas.quanto à ornamentação interior da igreja, me-recem referência o retábulo setecentista da ca-pela-mor, de estilo rococó, e um belíssimo arcaz barroco colocado na sacristia.Outro motivo de interesse é a pequena Capela dos Ossos anexa à igreja.

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIcoAberta ao público Horário: das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00Contacto: Tel. 282 322 420 (Paróquia de Alcantarilha)

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Igreja Matriz de AlgozConstruída no século XVIII, possui nave única e cabeceira simples.Do acervo artístico da igreja fazem parte o retábulo da capela-mor, dois retábulos cola-terais de estilo barroco e o retábulo rococó da Capela do Senhor Jesus, no qual se encon-tram duas imagens em roca de Nossa Senho-ra das Dores e de São João Evangelista e uma outra do Senhor crucificado.

Aberta ao cultoHorário das missas: no Inverno, sábado às 17h00, domingoàs 12h00, quarta e sexta-feira às 17h00. No Verão, de segunda a sexta-feira às 18h00, sábado às 21h00 e domingo às 12h00Contacto: Tel. 282 575 355 (Paróquia de Algoz)

Igreja Matriz de PêraConstruída no século XVIII, possui nave única e cabeceira simples.Destaque para o retábulo barroco na capela-

-mor com trono piramidal. Igualmente bar-rocos são os dois retábulos colaterais, assim como os exemplares da Capela de Nossa Se-nhora do Rosário e do Sagrado Coração de Jesus, nos quais se encontram algumas ima-gens do século XVIII.Interessante é também o conjunto de azu-lejos figurativos que revestem a capela-mor: são exemplares de estilo barroco que repre-sentam os quatro Evangelistas.

Aberta ao cultoHorário das missas: no Inverno, terça-feira às 17h00, quinta-feira às 09h30 e domingo às 11h00. No Verão, terça-feira às 18h00, sábado às 19h00 e domingo às 11h00Contacto:Tel. 282 322 420 (Paróquia de Pêra)

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Igreja Matriz de Albufeira (Nossa Senhora da Conceição)

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Loulé

Vila do Bispo

Aljezur

Monchique

Lagos

Portimão

Silves

LagoaAlbufeira

Faro

S. Brás de Alportel

Olhão

Tavira

Alcoutim

Castro Marim

Vila RealSto. António

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Ocupada pelos romanos há mais de 2 mil anos, Albufeira desenvolveu uma actividade econó-mica baseada na pesca e na exploração minei-ra da zona de Paderne.No século VIII os árabes invadiram a península e tomaram a cidade, alterando o nome roma-no desta – Baltum – para Al-buhera.Neste período, o concelho desenvolveu uma importante actividade comercial com o Nor-te de África, tendo os árabes construído uma muralha, para proteger a cidade, e o Castelo de Paderne, que ainda hoje é possível visitar.Em 1249, com a reconquista cristã, Albufeira

iniciou um novo período da sua história. Os séculos XV e XVI marcam uma fase de desen-volvimento económico motivado pelos Des-cobrimentos marítimos. E precisamente em 1504 Albufeira recebe o foral de vila das mãos de D. Manuel I.No século XVIII, o terramoto de 1755 provocou grande destruição e motivou o declínio da vila, que só recuperou no século XIX graças à emer-gência da indústria conserveira.Actualmente Albufeira vive um novo período de prosperidade. Elevada a cidade em 1986, é hoje considerada a “capital” do turismo algarvio.

breve história

Page 32: Guia do Património Cultural do Algarve

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Igreja Matriz de AlbufeiraIgreja construída nos finais do século XVIII, constitui um exemplo da arquitectura neoclás-sica no Algarve.Na fachada, destaque para o frontão triangular e para os três janelões com moldura em canta-ria de arco semicircular. No interior de nave única encontram-se qua-tro altares laterais de estilo neoclássico onde se podem admirar duas imagens do final do sécu-lo XVIII, nomeadamente São Luís e São Pedro.No entanto, é na capela-mor, antecedida por um imponente arco triunfal, que se encontra o maior motivo de interesse desta igreja. Tra-ta-se de uma imagem da padroeira da cidade de Albufeira, Nossa Senhora da Conceição, de estilo rococó. Datada da segunda metade do século XVIII, esta obra de qualidade apresenta dimensões invulgares: cerca de dois metros e quarenta centímetros de altura!

Aberta ao públicoHorário: de segunda a sábado, das 10h00 às 12h30 e das 15h00 às 17h00Contacto: Tel. 289 585 526 (Paróquia de Nossa Sr.ª da Conceição)

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Capela da MisericórdiaEm 1499, a antiga mesquita da cidade foi reconvertida em Capela da Misericórdia, ini-ciando-se uma campanha de obras que deu a esta pequena igreja um estilo tardo-gótico ainda hoje bem visível. Foi desta campanha do final do século XV que nasceu o actual portal principal.Trata-se de uma igreja de nave única, com ca-beceira simples, cuja capela-mor coberta por uma abóbada de cruzaria de ogivas simples é antecedida de um arco triunfal manuelino.Após o terramoto de 1755, a igreja sofreu uma reconstrução que é bem visível no fron-tão da fachada principal.Relativamente ao interior, nesta igreja mere-cem atenção o retábulo setecentista coloca-do na capela-mor e o conjunto de imagens dos séculos XVII e XVIII.

CLASSIFICADA Imóvel de valor concelhIoNão está aberta ao públicoContacto: Tel. 289 599 500 (Câmara Municipal de Albufeira)

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Igreja de Sant’AnaPequena igreja do século XVIII, apresenta corpo de nave única com capela-mor cober-ta por uma cúpula. Na fachada possui um frontão decorado com volutas e ladeado por pináculos.No interior, o destaque vai para o retábulo de talha policroma que se encontra na cape-la-mor e que, à semelhança do púlpito e dos altares laterais, foi elaborado na segunda me-tade do séc. XVIII, segundo o estilo rococó.

Não está aberta ao públicoContacto: 289 599 500 (Câmara Municipal de Albufeira)

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Ermida de São Sebastião (Museu de Arte Sacra)Originalmente construída no século XVI, como comprova a porta lateral de estilo manuelino, a Ermida de São Sebastião foi reconstruída na primeira metade do século XVIII, tendo sido alvo de uma importante renovação arquitectónica. Na fachada, destaque para um interessante portal de estilo barroco profusamente or-namentado com volutas.A ermida é um pequeno templo de nave única onde actualmente funciona um mu-seu de arte sacra que reúne um acervo sig-nificativo, proveniente das igrejas do con-celho de Albufeira.Entre as obras em exposição no museu, a atenção incide no retábulo policromático da segunda metade do século XVIII, no qual se encontram três imagens: a de São Sebastião, de São Francisco Xavier e a de São Domingos.Merecem ainda referência as peças em prata, nomeadamente uma naveta, um cálice e a coroa de Nossa Senhora da Orada, para além de algumas imagens dos séculos XVI a XVIII.

Aberta ao público (entrada paga)Horário: terça a domingo, das 10h30 às 12h30 e das 14h30 às 16h00Contacto: Tel. 289 599 500 (Câmara Municipal de Albufeira) e 289 585 526 (Paróquia de Albufeira)

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Museu Municipal de ArqueologiaInstalado no antigo edifício dos Paços do Concelho, apresenta ao visitante exposições que recorreram ao acervo do museu, que contém objectos representativos da história do concelho desde a Pré-história até ao sé-culo XVII.

Aberto ao públicoHorário: de terça a domingo, das 10h30 às 16h30. No Verão, das 14h00 às 20h00Contacto: Tel. 289 570 712

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Ermida de Nossa Senhora da OradaApesar de as suas origens remontarem ao século XVI, esta ermida foi reconstruída na segunda metade do século XVIII.É um exemplo típico da arquitectura popular, que nasce da devoção dos pescadores a Nos-sa Senhora da Orada.Na fachada apresenta um frontão movimen-tado, com um portal neoclássico encimado por uma janela sobre a qual se exibe um tra-balho em massa típico da região.No interior, destaque para um retábulo em talha dourada de estilo rococó.

Aberta ao cultoHorário das missas: 1.º sábado de cada mês às 09h00Contacto: 289 599 500 (Câmara Municipal de Albufeira) e 289 585 526 (Paróquia de Albufeira)

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Igreja Matriz da GuiaIgreja do século XVII, possui nave única e capela-mor.No interior, altar-mor em talha do século XVIII e nas paredes laterais um silhar de azu-lejos figurativos barrocos.

Aberta ao públicoHorário: das 15h00 às 17h00Contacto: Tel. 289 561 103 (Junta de Freguesia da Guia)

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Ermida de Nossa Senhora da GuiaTemplo seiscentista remodelado no século XVIII.Da ornamentação interior da ermida sobres-saem o retábulo de estilo barroco, no qual se encontra colocada uma imagem de Nossa Se-nhora da Guia, do século XVII, e o revestimento das paredes com azulejos policromos.

Não está aberta ao públicoContacto: Tel. 289 561 103 (Junta de Freguesia da Guia)

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Igreja Matriz de PaderneConstruída na década 50 do século XVI, e bas-tante remodelada nos séculos XVIII e XIX, a Igre-ja Matriz de Paderne apresenta vários elemen-tos manuelinos conjugados com pormenores de estilo renascentista, nomeadamente nos capitéis e no arco triunfal.Nesta igreja, o destaque vai para os retábulos da capela-mor e da Capela do Santíssimo, ambos executados segundo o estilo barroco.Referência ainda para o conjunto de imagens dos séculos XVII e XVIII, das quais se salienta uma imagem setecentista do arcanjo São Miguel.

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIcoAberta ao públicoHorário: das 09h00 às 12h00Contacto: Tel. 289 367 680 (Paróquia de Paderne)

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Castelo de PaderneO Castelo de Paderne é um dos sete castelos simbolizados na faixa carmesim que rodeia o escudo branco das quinas da Bandeira Nacional.Construído no século XII pelos árabes, foi con-quistado em 1280 por D. Paio Peres Correia. Excelente exemplo da arquitectura militar mu-çulmana, com construção em taipa que ficou bastante danificada pelo terramoto de 1755.

CLASSIFICADO Imóvel de Interesse PúblIcoAcesso condicionadoContacto: Tel. 289 896 070 (Direcção Regional de Cultura do Algarve)

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Igreja de São Lourenço de Almancil

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Loulé

Vila do Bispo

Aljezur

Monchique

Lagos

Portimão

Silves

LagoaAlbufeira

Faro

S. Brás de Alportel

Olhão

Tavira

Alcoutim

Castro Marim

Vila RealSto. António

O concelho de Loulé foi habitado desde a Pré-história e sabe-se que durante o perío-do romano existiram explorações mineiras na zona de Alte.Também a parte antiga, onde hoje se en-contra o castelo medieval, foi habitada pe-los romanos, aos quais sucederam os visi-godos e mais tarde os árabes, cuja presença de cinco séculos foi decisiva para esta loca-lidade que se transformou num importante centro urbano, designado Al –‘Ulya´.Em 1249 os cristãos reconquistam esta lo-calidade que em 1266 recebe o foral de vila e em 1291, por ordem de D. Dinis, começa a organizar uma feira anual, que contudo não conseguiria impedir o declínio dos sé-culos seguintes.Com a chegada dos Descobrimentos ma-

rítimos no século XV, Loulé atravessou um novo período de prosperidade, baseada no comércio e na exportação de produtos como azeite, frutos secos, sal e peixe.Após uma recessão no final do século XVII, Loulé, tal como grande parte do país, reflo-resceu durante o reinado de D. João V, épo-ca em que se constroem igrejas e palacetes que marcam ainda hoje a malha urbana da cidade.Após a destruição do terramoto de 1755 e a instabilidade política do início do século XIX, Loulé encontrou na indústria da cortiça e dos frutos secos uma nova fonte de desen-volvimento até se tornar, nos anos 70 do sé-culo XX, um dos mais relevantes concelhos turísticos do Algarve, do qual fazem parte localidades como Vilamoura e Almancil.

breve história

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Castelo de LouléConstrução militar de origem árabe, o Castelo de Loulé foi reconstruído no século XIII, após a conquista da cidade aos mouros por D. Paio Peres Correia.Restam ainda três torres ameadas e uma par-te da muralha que envolvia a cidade. No interior encontra-se o Museu Municipal e o Posto de Turismo de Loulé.

Aberto ao públicoContacto: Tel. 289 400 600 (Câmara Municipal de Loulé)

Ruínas do Convento da GraçaNo século XIV foi construído um convento do qual resta apenas o portal da igreja. Trata-se de um interessante exemplar de es-tilo gótico, com o característico arco quebra-do, ladeado por duas colunas lisas e capitéis de decoração vegetal.

CLASSIFICADO monumento nacIonalSitua-se no Largo Tenente Cabeçadas

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Museu MunicipalO edifício da antiga alcaidaria do castelo al-berga o Museu Municipal, onde o visitante poderá apreciar uma interessante exposição de arqueologia com objectos encontrados no concelho de Loulé.

Aberto ao público (entrada paga)Horário: de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 17h30. Ao sábado, das 09h00 às 13h00Contacto: Tel. 289 400 642

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Igreja Matriz de São ClementeEm Loulé, cidade rica em história, fica a Igreja Matriz de São Clemente. Construída no século XIV segundo a tipologia do gótico meridional, possui espaço interior de três naves e cabeceira tripla abobadada.Erguida sobre a antiga mesquita, a torre sineira da igreja resulta da adaptação do minarete mu-çulmano. Por sua vez, o portal principal constitui um dos poucos exemplares góticos da região. No início do século XVI foram acrescentadas duas capelas laterais a esta igreja: a de São Brás, que possui um arco de entrada que conjuga elementos decorativos manuelinos com outros proto-renascentistas, e a de Nossa Senhora da

CLASSIFICADA monumento nacIonalAberta ao culto Horário das missas: sábado às 18h00 e domingo às 11h30; de terça a sábado às 09h30Contacto: Tel. 289 415 167 (Paróquia de São Clemente)

Consolação, que tem uma abóbada de nervuras. Vários são os motivos de interesse desta igreja, como a qualidade dos retábulos da capela-mor, da Capela de São Brás e da Capela das Almas, to-dos datados da primeira metade do século XVIII.Referência ainda para o conjunto de azulejos setecentistas da Capela de Nossa Senhora da Consolação e da Capela das Almas.

Convento do Espírito SantoEste convento construído no início do sécu-lo XVIII sofreu graves danos com o terramoto de 1755. Sabe-se que possuía uma igreja de nave única com planta longitudinal, entre-tanto desaparecida.Resta o claustro construído em estilo neoclás-sico no final do século XVIII, graças ao patrocí-nio do bispo D. Francisco Gomes do Avelar.Actualmente instala-se no convento a Galeria de Arte Municipal, onde para além de expo-sições temporárias de arte contemporânea se pode apreciar a antiga roda dos expostos da cidade, que servia para recolha das crian-ças abandonadas.

Aberto ao públicoHorário: de segunda a sexta, das 10h00 às 17h00Contacto: Tel. 289 400 600 (Câmara Municipal de Loulé)

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Igreja da MisericórdiaConstruída no século XVI, possui um portal manuelino de grande interesse, emoldurado por duas colunas torcidas e decorado com motivos vegetais.Frente à entrada principal da Misericórdia de Loulé, no cruzeiro, encontram-se duas ima-gens em pedra do início do século XVI, re-presentando Jesus Cristo crucificado e Nossa Senhora com o Menino.No interior, destaque para o retábulo barroco da capela-mor e para duas imagens quinhen-tistas - a de Nossa Senhora de Leite e uma outra de Nossa Senhora em alabastro.

CLASSIFICADA monumento nacIonalNão está aberta ao públicoContacto: 289 400 600 (Câmara Municipal de Loulé)

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Ermida de Nossa Senhora da ConceiçãoConstruída na década de 50 do século XVII, a Ermida de Nossa Senhora da Conceição é um pequeno templo de nave única muito característico do chamado estilo chão.Apesar da simplicidade arquitectónica, o in-terior da ermida contém vários tesouros ar-tísticos, caso do retábulo barroco em talha dourada com algumas imagens de grande qualidade, em especial a de Nossa Senhora da Conceição.Igualmente interessante é o conjunto de azulejos figurativos alusivos à vida da Vir-gem e que ornamentam as paredes. Prove-nientes de Lisboa em meados do século XVII, revelavam já elementos da estética rocaille.Por fim, é de mencionar a pintura do tecto que representa Nossa Senhora da Assunção, obra de 1841 da autoria do pintor louletano Joaquim José Rasquinho.

CLASSIFICADO Imóvel de Interesse PúblIcoAberta ao públicoHorário: terça, quinta e sábado de manhã Contacto: Tel. 289 415 167 (Paróquia de São Clemente)

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Ermida de Nossa Senhora da Piedade (Mãe Soberana)Construída no século XVIII, esta ermida de arquitectura simples tem sido ao longo de séculos local de romaria para os devotos de Nossa Senhora. No que diz respeito à decoração interior, o maior destaque vai para a qualidade do re-tábulo de estilo rococó e para a imagem de Nossa Senhora da Piedade aí colocada. Trata-se de um exemplar da escultura religiosa do século XVII que além do seu valor artístico possui também uma enorme importância simbólica pela devoção que inspira aos fiéis do concelho, manifesta anualmente na pro-cissão que se realiza durante a Páscoa em honra de Nossa Senhora da Piedade, tam-bém conhecida por Mãe Soberana.

Aberta ao públicoHorário: terça, quinta e sexta, das 14h00 às 17h30 e todo o dia aos fins-de-semana.Contacto: Tel. 289 400 600 (Câmara Municipal de Loulé)

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Ruínas Romanas do Cerro da VilaEm Vilamoura existiu uma importante villa ro-mana construída entre 27 a.C. e 14 d.C., tendo sido ocupada por romanos, visigodos e árabes. Aqui se desenvolveram diversas actividades económicas, sendo a mais importante a indús-tria conserveira. Esta estação arqueológica possui também um pequeno museu que expõe objectos em cerâ-mica e mosaicos.

CLASSIFICADAS Imóvel de Interesse PúblIcoAberto ao público (entrada paga)Horário: no Inverno das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 e no Verão das 10h00 às 13h00 e das 16h00 às 21h00Contacto: Tel. 289 312 153 (Museu Cerro da Vila)

Centro Cultural de AlmancilA poucos metros da Igreja de São Lourenço de Almancil fica o Centro Cultural, no qual os passeantes podem visitar exposições de arte contemporânea, apreciar o interessante conjunto de esculturas colocadas no jardim e assistir a espectáculos musicais.

Aberto ao público Horário: de terça a domingo, das 10h00 às 19h00Contacto: Tel. 289 395 475

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Capela de São Lourenço dos Matos – Igreja Matriz de Almancil

A Igreja Matriz de São Lourenço de Almancil é sem dúvida um dos maiores tesouros artísticos do Algarve. Construída na primeira metade do século XVIII, é uma igreja de nave única com capela-mor coberta por uma bonita cúpula revestida de azulejos figurativos, tal como su-cede nas paredes da nave e na abóbada.A qualidade dos azulejos que ornam esta igre-ja é notável. Concebidos por Policarpo de Oli-veira Bernardes em 1730, narram a vida de São Lourenço e constituem o melhor testemunho da arte barroca em azulejo no Algarve.Mas além do impressionante impacto visual provocado pelos azulejos, merece referência o retábulo em talha dourada da capela-mor. Este é um exemplar de estilo barroco, atribuído ao mestre Manuel Martins, o maior entalhador e escultor algarvio que foi também o autor da imagem de São Lourenço que aí se encontra.

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIcoAberta ao público (entrada paga)Horário: de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 13h30 e 14h30 às 17h30. Ao sábado de manhã e ao domingo à tarde.Contacto: Tel. 289 395 451 (Paróquia de Almancil)

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Igreja Matriz de AlteApesar de remontar ao século XIII, a Igreja Ma-triz de Alte foi reconstruída no início do sécu-lo XVI segundo o estilo manuelino. Sinal des-sa campanha de obras é o bonito portal na fachada que dá entrada ao corpo da igreja.No interior, destaque para a capela-mor, to-talmente coberta por azulejos do século XVIII.Relativamente ao acervo artístico desta igreja, é de relevar o retábulo barroco da Capela de Nossa Senhora do Carmo, assim como os re-tábulos dos altares laterais, de estilo rococó.A igreja possui também um conjunto de ima-gens de boa qualidade, entre as quais as de Nossa Senhora (em marfim), de Santa Marga-rida, de Nossa Senhora do Carmo e do Senhor Morto, todas do século XVIII. Referência ainda para a existência de um pe-queno núcleo museológico onde, além de duas tábuas maneiristas, se encontram algu-mas imagens do século XVII.

Aberta ao cultoHorário das missas: domingo às 12h00Contacto: Tel. 289 478 510 (Paróquia de Alte)

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Igreja Matriz de querençaIgreja do século XVI, possui um portal prin-cipal de estilo manuelino com decoração singela, mas interessante.No interior, especial atenção para a qualida-de do retábulo principal e dos dois retábu-los colaterais, todos de estilo barroco. Relativamente ao acervo artístico, desta-cam-se as imagens de Nossa Senhora (de meados do século XVI), do Senhor crucifica-do (século XVIII), de Nossa Senhora do Pé da Cruz e de Nossa Senhora do Rosário (ambas do século XVIII).

Aberta ao cultoHorário das missas: domingo às 09h00Contacto: Tel. 289 469 510 (Paróquia de querença)

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Orgão da Sé Catedral

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Loulé

Vila do Bispo

Aljezur

Monchique

Lagos

Portimão

Silves

LagoaAlbufeira

Faro

S. Brás de Alportel

Olhão

Tavira

Alcoutim

Castro Marim

Vila RealSto. António

A capital do Algarve deve aos romanos a sua fundação. Ossonoba foi uma das cidades mais importantes da região durante o perío-do romano, gozando do direito à cunhagem de moeda. Durante o período visigótico, Ossonoba foi sede de bispado, mantendo grande impor-tância durante o domínio muçulmano. Nesta época é fortificada e começa a ser designada por Santa Maria de Hárune, nome (hieróni-mo) que mais tarde deu origem a Faro.À época da reconquista cristã, em 1249, a cidade tem na pesca e no comércio do sal as suas actividades económicas principais. É também neste período que a comunidade judaica afirma a sua importância, sendo da responsabilidade de Samuel Gaucon a im-pressão do Pentateuco (1487), considerado o primeiro livro impresso em Portugal.Em 1540 dá-se a elevação de Faro a cidade, período que culmina uma fase de profunda renovação urbana e durante o qual surgiram

os conventos de Nossa Senhora da Assunção e de São Francisco, o edifício da Alfândega, o hospital e a Igreja da Misericórdia.Com a transferência do bispo de Silves para Faro, a cidade assume-se em definitivo como capital do Algarve, sobrevivendo aos ataques dos corsários ingleses do conde de Essex, em 1596, e aos danos causados pelos vários sis-mos que a afectam.No final do século XVIII, a cidade beneficia de outra renovação urbana, bastante necessária após o terramoto de 1755. Deve-se ao bispo D. Francisco Gomes do Avelar a construção do Arco da Vila e do Seminário Episcopal, as-sim como a renovação da Igreja de São Fran-cisco e a encomenda de algumas das mais interessantes obras de arte do concelho.Presentemente, Faro é uma cidade de ser-viços, capital administrativa de uma região turística que tem no aeroporto de Faro e na Universidade do Algarve os seus maiores pó-los de desenvolvimento.

breve história

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Igreja da Sé (Sé Catedral)Construída em estilo gótico após a reconquis-ta da cidade de Faro aos mouros, em 1249, a Sé Catedral situa-se no mesmo local onde an-teriormente se ergueram o templo romano e a mesquita muçulmana.Da campanha de obras original sobreviveram alguns vestígios importantes, caso da torre da frontaria e do grande portal ogival que dá en-trada ao corpo da igreja. Também de estilo gótico, mas datadas já do século XV, são as duas capelas laterais do transepto cobertas de abóbadas de arcos cruzados. Em 1577, devido à mudança do bispo do Al-garve de Silves para Faro, esta igreja passou a ser Sé Catedral. Mas em 1596 foi saqueada e incendiada pelos corsários do conde de Essex, tendo sofrido danos consideráveis que moti-varam uma nova campanha de obras com vis-ta à sua recuperação. O principal vestígio dessa intervenção são as colunas de ordem dórica sobre as quais assentam os arcos de volta per-feita que separam as três naves da igreja.

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIco Aberta ao público (entrada paga)Horário: no Inverno das 10h00 às 17h00 e no Verão das 10h00 às 18h30Contacto: Tel. 289 806 632

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Nos anos seguintes à Restauração foi construída uma nova capela-mor, coberta por uma abóba-da de berço com caixotões e ornamentada com um retábulo maneirista, considerado o melhor exemplar da talha seiscentista do Algarve.Já no século XVIII, algumas das capelas laterais fo-ram revestidas com altares de talha dourada de es-tilo barroco, sendo de destacar a Capela de Nossa Senhora dos Prazeres e a Capela do Santo Lenho. Por fim, merecem referência os azulejos do fi-nal do século XVII que ornam a Capela de Nos-sa Senhora do Rosário (da autoria de Gabriel del Barco), o conjunto de imagens de culto dos altares (maioritariamente dos séculos XVII e XVIII), o túmulo medieval do cavaleiro Rui Va-lente e ainda o órgão barroco colocado junto ao coro alto e decorado com motivos orien-tais, também conhecidos como chinoiseries.A Sé Catedral de Faro proporciona ainda a vi-sita ao Museu Catedralício, no qual se poderá apreciar um conjunto significativo de para-mentos e de alfaias eucarísticas pertencentes aos bispos do Algarve.

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Paço EpiscopalCom a transferência da sede de bispado de Sil-ves para Faro no final do século XVI surgiu a ne-cessidade de criar um palácio episcopal frontei-ro à Sé Catedral, no interior da cidade velha.O Paço Episcopal foi construído no início do sé-culo XVII e constitui, indiscutivelmente, um dos edifícios mais representativos da arquitectura chã no Algarve. Na fachada principal, de composição simétrica, vêem-se dois pisos rematados por uma cornija e sete telhados de tesoura.O terramoto de 1755 causou alguns estragos neste edifício, pelo que foram necessários ar-ranjos nos vãos, que passaram a corresponder ao estilo rococó.A nível decorativo, o grande destaque deste paço vai para o magnífico conjunto de azulejos no seu interior. Constituído por exemplares do século XVIII, de estilo barroco e rococó (estes últimos revelando uma enorme riqueza cro-mática), formam um conjunto que produz um admirável efeito cenográfico.Do acervo artístico do Paço Episcopal mere-cem ainda referência algumas esculturas dos séculos XVII e XVIII e ainda um conjunto de te-las retratando vários dos bispos do Algarve.

Acesso condicionadoContacto: Tel. 289 894 040 (Diocese do Algarve)

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Muralhas de FaroA zona antiga de Faro, chamada Vila Adentro, encontra-se no interior de uma muralha de forma ovalada cuja origem remonta ao período romano, há cerca de dois mil anos. Profundamente alterada e ampliada dos séculos IX a XI, durante o período de ocupação árabe, a muralha ainda possui dessa época duas torres albarrãs que serviam para proteger a entrada do Arco do Repouso (assim designado porque, segundo a lenda, o rei D. Afonso III aí repousou após a conquista da cidade aos mouros em 1249). Também de construção árabe é a entrada com porta em forma de arco de ferradura que se encontra no interior do Arco da Vila.Igualmente interessantes são as torres de forma octogonal construídas um século antes da ocu-pação muçulmana da cidade pelos bizantinos.A entrada principal da zona histórica é desde o final do século XVIII o Arco da Vila, um interes-sante exemplo da arte neoclássica cuja autoria se deve ao arquitecto italiano Francisco Xavier

CLASSIFICADAS Imóvel de Interesse PúblIcoContacto: Tel. 289 897 400 (Museu Municipal de Faro)

Fabri. Possui um nicho com a imagem de São Tomás de Aquino e foi classificado como monu-mento nacional em 1910.Apesar dos estragos causados no século XVI por sismos e ataques dos corsários ingleses, e ape-sar também da destruição do grande terramoto de 1755, a muralha sobreviveu até hoje e tem vindo nos últimos anos a sofrer algumas inter-venções com vista à sua recuperação.

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Convento de Nossa Senhora da Assunção/ Museu Municipalde FaroComeçado a construir em 1519 por iniciativa de duas freiras clarissas naturais de Beja. A primeira campanha de obras do convento foi tardo-gótica. Mas por volta de 1530 a nova donatária da vila, a rainha D. Catarina, mulher de D. João III, patrocinou uma segunda campa-nha de obras que teve como novidade a intro-dução do estilo renascentista, nomeadamente no claustro e no portal exterior da igreja (hoje a entrada principal do Museu Municipal). Concluído em 1548, o claustro é um dos pri-meiros exemplares da tipologia de claustro proto-renascentista em Portugal. Entre os por-menores decorativos encontram-se gárgulas com formas grotescas e seres fantásticos ca-racterísticos do primeiro Renascimento.Igualmente característico da arquitectura des-te período é o portal principal, que à seme-lhança do claustro se deve ao mestre Afonso Pires e que contém uma moldura rectangular enquadrada por pilastras de fino recorte.

CLASSIFICADO monumento nacIonal Aberto ao público (entrada paga)Horário: de terça a domingo, das 09h30 às 17h30 Contacto: Tel. 289 897 400

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Actualmente funciona no antigo convento o Museu Municipal de Faro, que apresenta ao público uma interessante exposição de pintu-ra antiga com obras datadas dos séculos XVII e XVIII, de pintores portugueses, italianos e espa-nhóis, e ainda duas exposições permanentes de arqueologia.

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Igreja da Ordem Terceira de São FranciscoConstruída no final do século XVII, a Igreja de São Francisco sofreria uma grande renovação 40 anos depois, de tal modo que a nova en-trada principal surgiu onde antes se situava a capela-mor e vice-versa.Após o terramoto de 1755 as obras arrastaram-

-se durante anos e seria o arquitecto italiano Francisco Xavier Fabri quem por fim, já na dé-cada de 80 do século XVIII, concluiria a recons-trução desta igreja.No que diz respeito à ornamentação interior, destaque para o retábulo da capela-mor, para os azulejos que revestem a abóbada, para os al-tares laterais (de meados do século XVIII) e para o revestimento em talha da cúpula do cruzeiro.Merecem igualmente referência as quatro pinturas italianas encomendadas pelo bispo do Algarve D. Francisco Gomes do Avelar, em 1792, e em particular “A morte de São Francisco”, pintada em Roma por Marcello Leopardi.No seu conjunto, esta igreja representa um magnífico exemplo do gosto decorativo sete-centista em Portugal, graças à utilização con-junta da talha dourada e dos azulejos.

Aberta ao culto Horário das missas: todos os dias às 18h30, domingo também às 09h00Contacto: Tel. 289 823 690

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Igreja Matriz de São PedroConstruída na segunda metade do século XVI, a Igreja de São Pedro possui um interessante pórtico de estilo renascentista, emoldurado por dois pares de colunas jónicas, e um nicho concheado ladeado por pilastras com a ima-gem de São Pedro no interior. Trata-se de uma igreja de três naves e cabecei-ra composta por capela-mor e duas capelas laterais abobadadas. A capela-mor tem um retábulo da década de 80 do século XVII, provavelmente um dos pri-meiros exemplares do Barroco no Algarve.O destaque vai contudo para a Capela do San-tíssimo, que apresenta um magnífico retábulo barroco do período joanino e onde é possível apreciar um esplêndido relevo da última ceia.Importante é também a pintura da descida da cruz situada na sacristia, da autoria de Diogo Teixeira, considerada como o melhor exemplo da pintura maneirista no Algarve.Merecem ainda referência a Capela de Nossa Senhora da Vitória, que possui um interessan-te retábulo rococó, os azulejos da Capela das Almas e o conjunto de esculturas dos séculos XVII e XVIII que preenchem os diversos altares da igreja.

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIcoAberta ao públicoHorário: das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 17h00Contacto: Tel. 289 805 473 (Paróquia de S. Pedro)

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Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do CarmoA construção desta igreja começou em 1713 e ficou concluída em 1719. O projecto inicial coube a um arquitecto carmelita e seguiu o estilo da arquitectura chã.Após o terramoto de 1755 sofreu uma re-modelação que incluiu a reconstrução da fachada e da capela-mor segundo o estilo tardo-barroco.Na ornamentação interior da igreja, o des-taque vai indiscutivelmente para os altares de talha dourada. Alusão especial ao retá-bulo da capela-mor, por ser uma verdadeira obra-prima executada pelo mestre Manuel Martins em 1736-37, tendo sido o primeiro exemplar do estilo joanino no Algarve.Os restantes retábulos são igualmente do século XVIII, demarcando-se o da Capela de São José, que constitui um bom exemplo da talha rococó no Algarve.

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIcoAberta ao público (entrada paga)Horário: de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às17h00Contacto: Tel. 289 824 490

As imagens dos diversos altares da igreja, quase todas da autoria dos mestres respon-sáveis pelos altares, também não passam despercebidas. Sobressaem aqui, pela sua excelente qualidade, as imagens de Santa Teresa de Ávila (retábulo de Santa Teresa) e de São José (retábulo de São José).Igualmente interessante é o órgão barroco visível no coro alto, peça recentemente res-taurada. Por fim, merece referência a Capela dos Os-sos. Situada no quintal anexo à igreja, cons-titui um motivo de interesse para muitos turistas que visitam a cidade.

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Teatro LethesInstalado no antigo Colégio da Companhia de Jesus, este edifício do século XVII foi comprado por uma ilustre família de Faro após a extinção das ordens religiosas nos anos 30 do século XIX.Terminadas as obras de adaptação para te-atro, esta sala abriu as portas ao público a 4 de Abril de 1845. É um exemplo evidente do gosto decorativo romântico, com enor-mes semelhanças ao Teatro de São Carlos, em Lisboa.

CLASSIFICADO Imóvel de Interesse PúblIco Aberto ao públicoHorário: de segunda a sexta-feira, das 10h30 às 12h30 e das 14h30 às 17h30. Aberto à noite e aos fins-de-semana, aquando da realiza-ção de espectáculos.Contacto: Tel. 289 820 300

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Museu Regional do AlgarveInstalado no edifício da Assembleia Distrital do Algarve, o Museu Regional apresenta ao público a reconstituição de uma casa típica algarvia, com todos os objectos de uso do-méstico e as ferramentas de trabalho relacio-nadas com as actividades económicas da re-gião. Além disso, o visitante poderá apreciar um conjunto de pinturas do artista algarvio Carlos Porfírio.

Aberto ao público (entrada paga)Horário: de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Encerra ao sábado e domingo. Contacto: Tel. 289 827 610

Museu Marítimo Almirante Ramalho OrtigãoInstalado no primeiro piso do edifício da Capitania do Porto de Faro, dá a conhecer ao público um grande conjunto de peças relacionadas com as artes da pesca, entre as quais interessantes modelos de embarca-ções militares e de pesca.

Aberto ao público (entrada paga só para adultos) Horário: de segunda a sexta-feira, das 09h30 às 12h00 e das 14h30 às 17h00Contacto: Tel. 289 894 990

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Centro HistóricoJudaico de FaroJunto ao Estádio de São Luís é possível visitar o cemitério da extinta comunidade judaica de Faro. Activo entre 1838 e 1932, foi restau-rado e reinaugurado em 1992.O cemitério possui um pequeno museu so-bre a história do cemitério e ainda uma sina-goga, onde se recria um casamento judaico.

CLASSIFICADO Imóvel de Interesse PúblIco Aberto ao públicoHorário: de segunda a sexta-feira, das 09h30 às 12h30 e das 15h00 às 17h00Contacto: Tel. 282 416 710

Ruínas do MilreuÀ entrada da aldeia de Estoi situa-se a esta-ção arqueológica do Milreu. Trata-se de uma antiga villa romana, cuja ocupação remonta ao século I d.C. Possuía termas e um edifício religioso construído no século IV. É ainda hoje visível uma grande quantidade de mosaicos.

CLASSIFICADAS monumento nacIonal Abertas ao público (entrada paga)Horário: das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h00/18h00 no Verão; encerra: segunda-feira, Sexta-feira Santa, Domingo de Páscoa, 1.º de Maio, 25 de DezembroContacto: Tel. 289 896 070 (Direcção Regional de Cultura do Algarve) e 289 997 823 (Ruínas de Milreu)

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Igreja Matriz de EstoiConstruída em meados do século XVI, a Igreja Matriz de Estoi sofreu duas profundas remodelações: a primeira, nos anos seguin-tes ao terramoto de 1755; a segunda, já na primeira metade do século XIX, quando gra-ças ao apoio do bispo D. Francisco Gomes do Avelar foi possível iniciar, sob orientação do arquitecto italiano Francisco Xavier Fabri, um projecto de recuperação para manter o essencial da composição arquitectónica exis-tente antes do sismo.Deste modo, a igreja apresenta a estrutura interna que detinha no século XVI, nomea-damente um corpo de três naves com cape-la-mor. A fachada, por sua vez, foi completa-mente refeita em estilo neoclássico.

Aberta ao cultoHorário das missas: domingo às 12h00, quarta-feira às 10h00 e sexta-feira às 18h00Contacto: Tel. 289 991 133 (Paróquia de Estoi)

Relativamente à ornamentação interior, me-rece referência o retábulo da capela-mor com trono piramidal construído, tal como os restantes retábulos, na década de 30 ou 40 do século XIX.O maior destaque vai, contudo, para o belo conjunto de esculturas desta igreja, em es-pecial a de São Vicente, de estilo maneirista tal como a de Santo António e a de São Luís, a de Nossa Senhora do Rosário e a de Nossa Senhora do Carmo, ambas do século XVIII.

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Igreja Matriz de Santa Bárbara de NexeIgreja medieval reconstruída no início do século XVI, com interior de três naves sepa-radas por colunas de capitéis octogonais e com capela-mor abobadada. Devido à destruição causada pelo terra-moto de 1755, em 1805 foi construído um novo portal.O maior motivo de interesse deste templo é precisamente a cobertura da capela-mor. Trata-se de uma abóbada de nervuras que criam uma estrela de cinco pontas e cujas chaves estão ligadas por combados em for-ma de corda, constituindo um magnífico exemplar do estilo decorativo manuelino.Antecedendo a capela-mor, encontra-se um arco triunfal bastante ornamentado com motivos vegetais e proto-renascentistas.Entre as particularidades artísticas, o desta-que vai para o retábulo da Capela de Nossa Senhora do Rosário e para o da Capela de Santo Amaro, ambos de estilo barroco.De boa qualidade são também as imagens de Santa Bárbara (finais do século XVII), de São Luís, Santo Amaro e de Santa Luzia (es-tas do século XVIII).

Aberta ao cultoHorário das missas: no Inverno, de segunda a sexta-feira às 09h00 e domingo às 09h00 e às 16h00; no Verão de segunda a sexta-feira às 09h00 e domingo às 09h00 e às 18h00Contacto: Tel. 289 999 233 (Paróquia de Sta. Bárbara de Nexe)

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são brás de alportel

Museu do Traje

Loulé

Vila do Bispo

Aljezur

Monchique

Lagos

Portimão

Silves

LagoaAlbufeira

Faro

S. Brás de Alportel

Olhão

Tavira

Alcoutim

Castro Marim

Vila RealSto. António

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Ocupada desde a Pré-história ao período roma-no, São Brás de Alportel foi durante a ocupação islâmica o berço do poeta árabe Ibne Ammar.Pequena localidade do interior algarvio, São Brás de Alportel tornou-se residência de Verão dos bispos do Algarve no século XVII até à ins-tauração da República, em 1910.No século XIX São Brás de Alportel beneficiou de um grande desenvolvimento, em parte graças à sua localização. Por aqui passavam as estradas que ligavam Loulé a Tavira e Faro a Almodôvar, o que favorecia em simultâneo

o escoamento do principal produto da região - a cortiça, cuja produção e transformação em larga escala tornaram esta localidade a capital nacional da cortiça. Como consequência do desenvolvimento económico, a população de São Brás aumentou bastante e em 1914 esta freguesia rural foi elevada a concelho.Anos mais tarde, a vila entrou em declínio devi-do à mudança de muitas fábricas para o Norte do país, dotado de melhores vias de comunica-ção, facto que provocou um surto de migração que se prolongou durante décadas.

breve história

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são brás de alportel�0�

Aberta ao cultoHorário das missas: sábado às 19h00, domingo às 10h30, de segunda a sexta-feira às 08h30 e às 10h30Contacto: Tel. 289 842 125 (Paróquia de São Brás de Alportel)

Igreja Matriz de S. Brás de AlportelConstruída nas décadas de 50 e 60 do século XVI, a Igreja Matriz de São Brás de Alportel possui três naves separadas por colunas de ordem toscana. Tendo sofrido danos consideráveis após o terra-moto de 1755, necessitou de uma renovação na capela-mor e da reconstrução da fachada princi-pal, que apresenta um frontão com contracurva.No que diz respeito à ornamentação interior, o destaque vai para os retábulos neoclássicos colo-cados na capela-mor e no baptistério e para o re-tábulo rocaille da Capela do Senhor dos Passos.Além disso, merecem referência as imagens de São Libório, São José, Nossa Senhora do Rosário e do arcanjo São Miguel, datadas do século XVIII.Na capela-mor encontram-se algumas telas dos finais do século XVII.

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Antigo Palácio Episcopal de São Brás de Alportel(e Paço da Paixão)Construído no final do século XVI para servir de residência de Verão ao bispo do Algarve. O Palácio Episcopal de São Brás de Alportel era um edifício espaçoso com pátio interior, capela particular e amplos jardins com árvo-res de fruto e fontes.Infelizmente, as alterações levadas a cabo durante o século XX alteraram-lhe a forma original. Permaneceu no entanto a chamada fonte episcopal, coberta por um interessante zimbório. Tendo servido durante muitos anos a população local, esta fonte era um símbolo do papel da igreja na sociedade. Junto ao Palácio Episcopal encontra-se o Paço da Paixão. Apesar de remodelado no século XX ainda possui um frontão tardo-bar-roco com interessantes trabalhos em massa.

Acesso condicionadoContacto: Tel. 289 840 000 (Câmara Municipal de São Brás de Alportel)

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Aberto ao público (entrada paga)Horário: de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00. Aos fins-de-semana e feriados das 14h00 às 17h00Contacto: Tel. 289 840 100

são brás de alportel�0�

Museu do Traje do AlgarveNesta simpática povoação do interior algarvio encontra-se o Museu do Traje do Algarve.Instalado num palacete dos finais do século XIX, que pertenceu a um rico industrial da cor-tiça, permite apreciar exposições de veículos tradicionais, alfaias agrícolas e arte popular.

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Aberto ao públicoContacto: Tel. 289 840 000 - 289 840 004 (Câmara Municipal de São Brás de Alportel)

CalçadinhaA “Calçadinha” de S. Brás de Alportel seria uma via que integraria a rede viária romana, com uma extensão total de 1480 metros. Os ves-tígios arqueológicos encontram-se ao longo de dois troços, designados “A” e “B”, e estão separados por alguns metros outrora pavi-mentados.Os troços diferem entre si. O “A” possui cerca de 100 metros e apresenta um calcetamento renovado no século XIX, iniciativa provável do bispo D. Francisco Gomes do Avelar. O “B”, com uma extensão de 550 metros e uma lar-gura de 2,50 metros, é mais fiel à sua origem romana.

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Igreja Matriz de Olhão

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Loulé

Vila do Bispo

Aljezur

Monchique

Lagos

Portimão

Silves

LagoaAlbufeira

Faro

S. Brás de Alportel

Olhão

Tavira

Alcoutim

Castro Marim

Vila RealSto. António

Desde muito cedo, a abundância de peixe atraiu os homens para o concelho de Olhão. Durante séculos, esta localidade foi apenas uma pequena comunidade piscatória de gen-te humilde que vivia em cabanas. No entanto, o crescimento populacional e a importância económica da pesca motivaram em 1679 a construção da Fortaleza de São Lourenço, com o objectivo de repelir os piratas vindos do Nor-te de África.Em 1698 surgiu o primeiro edifício em pedra: a igreja matriz, dedicada a Nossa Senhora do Rosário. O povoado desenvolve-se nos anos seguintes, nascendo um núcleo urbano de construções em alvenaria que adoptam carac-terísticas magrebinas – formas cúbicas, terra-

ços e chaminés rendilhadas - que lembram os minaretes islâmicos.Foi contudo no século XIX que Olhão se afir-mou como importante centro urbano. Em 1808, o rei D. João VI elevou Olhão a vila como gesto de agradecimento pela luta travada con-tra as tropas napoleónicas. Foi daqui que par-tiu a embarcação que levou a notícia da expul-são dos franceses ao monarca português que se encontrava refugiado no Brasil e que Olhão ganhou o epíteto de “Vila da Restauração”.O final do século XIX e a primeira metade do século XX trouxeram um grande crescimento económico a Olhão graças à indústria das con-servas de peixe, que fez desta localidade uma das cidades mais industrializadas do Algarve.

breve história

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olhão�0�

Aberta ao públicoHorário: das 09h00 às 12h00 e das 15h00 às 17h30Contacto: Tel. 289 705 117 (Paróquia de Olhão)

Igreja Matriz de Olhão /Igreja de Nossa Senhora do RosárioIgreja construída entre o final do século XVII e o início do século XVIII. Possui uma impo-nente fachada na qual sobressai um frontão ornamentado com interessantes trabalhos em massa, de estilo rococó.A fachada é marcada por um impressionante conjunto de seis janelões que proporcionam uma boa iluminação do espaço interior.Relativamente à ornamentação da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, o destaque vai para o retábulo barroco da capela-mor e para os dois retábulos laterais, datados da segunda metade do século XVIII.Um olhar mais atento ainda para o conjunto de imagens, maioritariamente do século XVIII, nas quais se distingue a da Nossa Senhora da Conceição.

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Aberto ao público Horário: de terça a sexta-feira, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30; sábado das 10h00 às 13h00Contacto: Tel. 289 700 103 (Museu de Olhão)

Casa do Compromisso Marítimo / Museu da Cidade de OlhãoConstruída com o financiamento dos pesca-dores da cidade, a Casa do Compromisso Ma-rítimo de Olhão é um edifício do século XVIII com dois pisos e telhados de quatro águas, típicos da arquitectura algarvia. Na fachada pode-se ver um nicho com a imagem de Nossa Senhora do Rosário. Este edifício histórico serve presentemente de Museu da Cidade. Aqui o visitante en-contra uma exposição de arqueologia, outra relativa às artes da pesca e uma outra ainda sobre a história da cidade de Olhão.

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Aberta ao culto Horário das missas: de domingo a sexta-feira às 09h30Contacto: Tel. 289 792 191 (Paróquia de Moncarapacho)

Igreja Matriz de MoncarapachoA poucos quilómetros de Olhão fica a Igreja Matriz de Moncarapacho. Construída no final do século XV, apresenta uma porta lateral gó-tica, de arco quebrado com capitéis decora-dos com motivos vegetais e figuras humanas.Igualmente medieval é a Capela do Calvário, coberta por uma abóbada de nervuras.No século XVI a igreja foi renovada, tendo re-cebido um portal de estilo renascentista com fabulosas representações de figuras demoní-acas, cabeças geminadas e querubins. No interior, as três naves dividem-se em cinco tramos definidos por arcos perfeitos que as-sentam sobre colunas de estilo dórico, sendo a capela-mor antecedida de um arco triunfal de estilo renascentista.

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No que diz respeito ao acervo artístico, me-recem referência o retábulo maneirista da Capela das Almas, assim como o da Capela de Santo António, de estilo rococó, e o con-junto de imagens dos séculos XVII e XVIII, das quais se destaca a imagem de Nossa Senhora do Carmo.

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Aberta ao públicoHorário: de segunda a sexta-feira, das 11h00 às 17h00 Contacto: Tel. 289 792 191 (Paróquia de Moncarapacho)

Ermida de Santo Cristo /Museu Paroquial de MoncarapachoTrata-se de uma pequena ermida construída no século XVII, durante o domínio filipino.Na capela-mor aprecia-se um interessante retábulo maneirista com três telas alusivas à Paixão de Cristo.Destaque para duas imagens do século XVIII

– uma representando Santa Catarina, outra São Francisco.Referência também para o conjunto de azu-lejos policromos do século XVII que cobrem a ermida.Num anexo funciona o Museu Paroquial de Moncarapacho que, entre vários motivos de interesse, apresenta um conjunto de ima-gens religiosas dos séculos XVI a XVIII, entre as quais merecem atenção especial cinco ima-gens em marfim e um presépio napolitano.

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Igreja da Misericórdia

Loulé

Vila do Bispo

Aljezur

Monchique

Lagos

Portimão

Silves

LagoaAlbufeira

Faro

S. Brás de Alportel

Olhão

Tavira

Alcoutim

Castro Marim

Vila RealSto. António

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É provável que a cidade de Tavira tenha sido fundada pelos fenícios, mas foram os roma-nos quem deixou os vestígios mais significa-tivos do período pré-islâmico na região, entre os quais se encontra a famosa ponte romana que liga as duas margens do rio Gilão.No século VIII, à semelhança de todo o Algar-ve, Tavira foi ocupada pelos muçulmanos que gradualmente desenvolveram a cidade até se tornar, juntamente com Silves e Faro, uma das mais importantes do Algarve islâmico, facto que se pode comprovar pela dimensão do seu castelo. Em 1242 a cidade foi conquistada pelo mestre da Ordem de Santiago, D. Paio Peres Correia.Nos séculos que se seguem, Tavira ganhou importância económica graças ao seu porto, que se revelou fundamental durante os sé-culos XV e XVI no apoio às guarnições portu-guesas do Norte de África.

Em 1520 a vila é elevada a cidade pelo rei D. Manuel I, que assim reconheceu a importân-cia desta localidade que se encontrava entre as mais ricas e populosas da região, como se pode verificar pelo número considerável de igrejas e edifícios civis construídos nos sécu-los XV e XVI.Com a união ibérica, Tavira perdeu alguma importância estratégica e económica para cidades portuárias como Sevilha e Cadis. Mas só com o assoreamento da barra, que dificul-tava a ligação com o porto, com as epidemias de 1645/46 e com o terramoto de 1755 é que Tavira viu boa parte do seu dinamismo eco-nómico dissipar-se.No século XIX, Tavira descobriu na pesca do atum e na indústria de conservas um novo ca-minho para a prosperidade económica. Com o desaparecimento do atum da costa algarvia, a cidade vira-se agora para o turismo.

breve história

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CLASSIFICADO monumento nacIonalAberto ao público Horário: no Verão, de segunda a sexta-feira, das 08h00 às 12h00 e das 13h00 às 17h00; sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 19H00; no Inverno: de segunda a sexta-feira, das 08h00 às 12h00 e das 13h00 às 17h00; sábados domingos e feriados, das 09h00 às 17h00Contacto: 281 380 620 (Tavira Verde)

Castelo de TaviraEdificação militar de origem árabe reconstru-ída no final do século XIII, durante o reinado de D. Dinis.Restam ainda alguns troços de muralha e o núcleo principal.No interior aprecia-se um agradável jardim e uma bonita vista da cidade.

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CLASSIFICADA monumento nacIonalAberta ao público Horário: das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 Contacto: Tel. 281 326 286 (Paróquia de Santa Maria)

Igreja Matriz de Santa Maria do CasteloConstruída na segunda metade do século XIII, no local onde antes se situava a mesqui-ta de Tavira, a Igreja de Santa Maria do Cas-telo foi originalmente um edifício de estilo gótico, como comprova o portal ogival, mas sofreu estragos consideráveis aquando do terramoto de 1755, pelo que foi necessário proceder à sua reconstrução.O projecto ficou a cargo do arquitecto ita-liano Francisco Xavier Fabri, que teve a pre-ocupação de manter a estrutura original da igreja – três naves e quatro tramos –, tendo aproveitado a cabeceira e algumas capelas laterais, caso da Capela do Evangelho, de estilo gótico, e da Capela do Senhor dos Pas-sos, de estilo manuelino mas revestida com azulejos do século XVII. Relativamente à ornamentação interior, me-rece destaque a capela-mor, onde se vê um retábulo do início do século XIX de arquitec-tura simulada (pintada). Nas paredes laterais da capela-mor observam-se duas inscrições

medievais que assinalam a presença do tú-mulo de D. Paio Peres Correia e dos seis ca-valeiros que morreram na reconquista cristã de Tavira.Igualmente interessantes são o retábulo da Paixão, de estilo rococó, e o retábulo neoclássico do baptistério, que incorpora uma bonita pintura do final do século XVIII representando a assunção da Virgem Nossa Senhora, e cuja autoria se atribui ao italiano Corrado Guiaquinto.

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tavira���

Aberta ao públicoContacto: Tel. 281 329 040

Pousada doConvento da GraçaFundado em 1542 mas iniciado apenas em 1569, o antigo Convento dos Eremitas de Santo Agostinho situa-se na colina do caste-lo e foi recentemente remodelado para rece-ber uma das pousadas de Portugal.Trata-se de uma das primeiras obras em es-tilo chão no Algarve e, apesar do estado de ruína a que chegou e da sua posterior adap-tação a pousada, é ainda possível apreciar o claustro, com arcarias assentes em colunas e capitéis de ordem toscana, e a antiga igreja do convento, de nave única com capela-mor antecedida de arco triunfal.

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Aberta ao público Horário: das 09h00 às 12h30 e das 13h30 às 17h00Contacto: Tel. 281 326 286 (Paróquia de São Tiago)

Igreja Matriz de SantiagoSituada na zona antiga, esta é uma igreja medieval, construída na segunda metade do século XIII. Templo de nave única com capela-mor e várias capelas laterais, a igreja possui um conjunto de retábulos em talha de boa qua-lidade e ainda quatro tábuas de pintura qua-trocentista e quinhentista que representam, respectivamente, São João Baptista e São Pedro, e São Vicente e São Brás.A fachada principal denota a campanha de obras da segunda metade do século XVIII, consequência directa do terramoto de 1755, tendo especial interesse o medalhão com trabalhos de massa em que surge represen-tado São Tiago a cavalo.

Page 61: Guia do Património Cultural do Algarve

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CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIcoAberta ao público Horário: das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Todos os dias, excepto ao domingo e à segunda-feira Contacto: Tel. 281 320 500 (Câmara Municipal de Tavira)

Igreja da Misericórdia de TaviraA construção da Igreja da Misericórdia de Tavi-ra teve início no ano de 1541, sendo concluída uma década depois. Trata-se de um templo com cobertura de madeira e três naves com quatro tramos assentes em colunas de capi-téis renascentistas. O portal principal, que tal como o corpo da igreja foi da autoria de André Pilarte, é consi-derado uma obra-prima do Renascimento al-garvio. Apresenta no remate três figuras escul-pidas de grande qualidade de Nossa Senhora e dois apóstolos.Na ornamentação interior são imperdíveis o retábulo da capela-mor e os dois altares cola-terais, construídos em 1722 e 1723 segundo o chamado estilo “barroco nacional”.Igualmente interessantes são os magníficos azulejos que revestem a parte inferior das pa-redes da igreja. Feitos em Lisboa cerca de 1760, este conjunto é composto por dezoito painéis representando as Obras de Misericórdia.Destaque ainda para uma excelente pintura da Imaculada Conceição, datada de 1730, com autoria do pintor italiano Giovanni Odazzi.Finalmente, repare-se nas diversas imagens dos séculos XVII e XVIII, colocadas nos diver-sos altares.

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Igreja de São Pedro Gonçalves Telmo (ou Nossa Senhora das Ondas)As origens desta igreja remontam à primeira me-tade do século XVI, época em que foi construída pelo Compromisso Marítimo de Tavira.Da campanha de obras original de estilo renas-centista pouco resta, sendo o arco triunfal da capela-mor o mais importante vestígio da fun-dação quinhentista deste templo. Tal como aconteceu a outras igrejas do Algarve, sofreu danos consideráveis com o terramoto de 1755, facto que obrigou a uma importante cam-panha de renovação arquitectónica e artística. No que respeita à decoração interior, merece destaque o retábulo da capela-mor de estilo barroco, sendo os restantes exemplares de estilo rococó e neoclássico. De referir que os retábulos integram algumas telas de qualidade, executa-das na segunda metade do século XVIII.Um dos elementos mais originais da ornamen-tação interior é a cobertura da nave, enfeitada com uma interessante pintura em perspectiva. Por último, faz-se menção à qualidade dos exem-plares de imaginária, em particular à imagem de Nossa Senhora das Ondas, do século XVII.

Não está aberta ao públicoContacto: Tel. 281 320 500 (Câmara Municipal de Tavira)

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Igreja de São José do Hospital (ou do Espírito Santo)Construída na segunda metade do século XV, a Igreja de São José do Hospital foi ori-ginalmente um templo de estilo gótico, do qual não resta hoje mais do que uma capela lateral tardo-medieval.Como consequência dos terramotos de 1722 e de 1755, esta igreja sofreu danos ir-reparáveis que levaram à construção de um novo templo. As obras duraram uma déca-da, ficando concluídas em 1768.A reconstrução originou uma igreja com corpo de nave única, planta octogonal e capela-mor.A fachada apresenta um frontão decorado com trabalhos de massa tardo-barrocos, sendo os vãos de estilo rocaille.

Não está aberta ao públicoContacto: Tel. 281 320 500 (Câmara Municipal de Tavira)

Na decoração interior destaca-se o altar da capela-mor, um dos poucos exemplares da região executados em “trompe l’oeil”, atribuído ao pintor algarvio Joaquim José Rasquinho.Frisa-se ainda a beleza dos quatro altares la-terais da igreja, dois de estilo rococó e dois de estilo neoclássico, e da imagem em roca de São José, de estilo barroco, tida como miraculosa desde 1721.

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Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do CarmoEdifício construído entre 1747 e 1789 que obedece à tipologia característica da época: nave única com planta de cruz latina coberta por abóbada de berço. A fachada, claramente tardo-barroca, apresen-ta um grande janelão sobre o vão da entrada principal e um frontão típico deste período.No interior é possível contemplar um mag-nificente conjunto de altares em talha, entre os quais o exemplar colocado na capela-mor, considerado o mais interessante retábulo ro-cocó do Algarve. Neste altar, além da qualida-de da talha, observam-se diversas imagens em nichos, um cadeiral, quatro telas e uma cúpula pintada em perspectiva com a representação de Nossa Senhora do Carmo no centro.

Acesso condicionado Horário: de segunda a sexta-feira, das 16h00 às 17h00 Contacto: Tel. 281 320 500 (Câmara Municipal de Tavira)

Page 63: Guia do Património Cultural do Algarve

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Igreja do antigo Convento dos Eremitas de São PauloEdifício do século XVII, de estilo chão, que na fachada tem três janelas. A central é coroada por um nicho onde se encontra a imagem de São Paulo Ermita.No interior, a igreja possui nave única e ca-pela-mor, sendo possível observar vários retábulos, caso de quatro exemplares bar-rocos que apresentam uma cor escura por não terem sido dourados.Referência ainda para um interessante con-junto de imagens, maioritariamente dos séculos XVII e XVIII, e para algumas telas, destacando-se destas quatro exemplares de estilo maneirista.

Não está aberta ao públicoContacto: Tel. 281 320 500 (Câmara Municipal de Tavira)

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Capela de São SebastiãoPequena igreja reconstruída em 1745, goza de algum interesse arquitectónico e de uma capela-mor cúbica.As paredes interiores deste pequeno templo cobrem-se de pinturas em “trompe l’oeil” e de telas do século XVIII, representando a vida da Virgem Maria e do mártir São Sebastião.Igualmente interessantes são as imagens, os paramentos e a talha que aqui se encontram.

CLASSIFICADA Imóvel de valor concelhIoNão está aberta ao público (em restauro)Contacto: Tel. 281 320 500 (Câmara Municipal de Tavira)

Ermida de Sant’AnaRecentemente restaurada, esta pequena er-mida de origem medieval possui nave única com capela-mor e dois portais do século XVII, contemporâneos do bonito retábulo da capela-mor.

CLASSIFICADA Imóvel de valor concelhIoAberta ao públicoHorário: de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30Contacto: Tel. 281 320 500 (Câmara Municipal de Tavira)

Destaque ainda para uma imagem da pa-droeira, provavelmente do século XV.

Page 64: Guia do Património Cultural do Algarve

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Palácio da GaleriaInstalado num dos edifícios mais representa-tivos da arquitectura civil de Tavira, o Palácio da Galeria acolhe todo o acervo que dará corpo ao futuro Museu Municipal de Tavira, incluindo as colecções de arqueologia e de arte sacra.Actualmente, este espaço cultural oferece aos visitantes exposições temporárias de arte contemporânea.

Aberto ao público (entrada paga)Horário: de terça a sábado, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 (19h30 no Verão)Contacto: Tel. 281 320 500 (Câmara Municipal de Tavira)

Ponte RomanaA tradição oral atribui esta ponte aos roma-nos, como parte integrante da via que ligava Faro a Mértola. Certo é que está documenta-da a sua existência desde a Idade Média.

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIcoContacto: Tel. 281 320 500 (Câmara Municipal de Tavira)

A ponte liga as duas margens da cidade, que é atravessada pelo rio Gilão. Possui 87 metros de comprimento e sete arcos, tendo sido vá-rias vezes remodelada.

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Igreja Matriz da Luz de TaviraIgreja do século XVI, é considerada a primeira igreja-salão algarvia. Possui corpo de três naves cobertas por abó-badas artesoadas assentes em colunas de grande elegância. Na fachada destaca-se o pórtico principal de estilo renascentista e o interessante frontão semicircular, debaixo do qual se situa um ni-cho com a imagem de Nossa Senhora da Luz.Curiosamente, esta igreja, em alguns aspec-tos tão marcadamente renascentista, apre-senta na face sul um portal manuelino com colunelos que sugerem cordas torcidas, que testemunham a sua origem manuelina.No que respeita à decoração interior, ressalta o retábulo renascentista colocado na capela-mor. Podem ainda ser apreciadas algumas imagens dos séculos XVII e XVIII, para além de uma pia de água benta manuelina e de uma excelente imagem de Nossa Senhora da Luz, datada do século XVI.

Aberta ao públicoHorário: das 14h30 às 17h00Contacto: Tel. 281 962 469 (Paróquia da Luz de Tavira)

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vila real de santo antónio

Praça Marquês de Pombal

Loulé

Vila do Bispo

Aljezur

Monchique

Lagos

Portimão

Silves

LagoaAlbufeira

Faro

S. Brás de Alportel

Olhão

Tavira

Alcoutim

Castro Marim

Vila RealSto. António

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Apesar de aqui ter existido no século XVI uma pequena povoação, foi apenas em 1774 que nasceu a cidade de Vila Real de Santo António. Na génese desta cidade que levou apenas dois anos a ser construída está uma decisão política do Marquês de Pombal, que procurava afirmar o poder da coroa portuguesa num território cobiçado pelos espanhóis. O projecto urbanís-tico elaborado em Lisboa pela Casa do Risco era característico do período iluminista e pre-conizava uma organização urbanística assente em valores como planimetria, altimetria e vo-

lumetria, o que explica o traçado geométrico das suas ruas.O século XIX trouxe grande prosperidade a Vila Real de Santo António, que aproveitou a abun-dância de pescado das suas águas para desen-volver uma importante indústria de conservas. Sinal do florescimento da vila foi o facto de esta ter sido a primeira localidade do Algarve a rece-ber iluminação a gás, corria o ano de 1886.Presentemente, Vila Real aposta no turismo e a proximidade com Espanha favorece a visita, to-dos os anos, de muitos milhares de espanhóis.

breve história

Page 66: Guia do Património Cultural do Algarve

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Aberta ao cultoHorário das missas: no Inverno, de segunda a sexta-feira às 09h00, sábado às 18h00 e domingo às 09h00 e às 11h30. No Verão, de segunda a sexta-feira às 09h00, sábado às 18h00 e domingo às 09h00 e às 19h00Contacto: Tel. 281 510 001 (Câmara Municipal de Vila Real de Santo António)

Igreja Matriz de Vila Real de Santo AntónioFoi construída entre o final da década de 70 e o início dos anos 80 do século XVIII, como parte do projecto pombalino de reconstru-ção de Vila Real de Santo António. Trata-se de uma igreja de planta longitudinal, com nave única e capela-mor antecedida por um im-ponente arco triunfal de estilo neoclássico.Os retábulos de estilo rococó distinguem-

-se da restante ornamentação da igreja pela qualidade do trabalho em talha e pelas es-plêndidas imagens de Nossa Senhora da En-carnação, de Nossa Senhora do Carmo e de Santo António, todas do século XVIII. Alusão final à tela do século XVII com repre-sentação de Cristo crucificado.

vila real de santo antónio

Núcleo histórico de Cacela VelhaNa pequena povoação de Cacela Velha, ocupada ao longo dos séculos por diversos povos, encontra-se um núcleo histórico que incorpora uma igreja de origem medieval, renovada nos séculos XVI e XVIII, e uma for-taleza do século XVI, reconstruída após o ter-ramoto de 1755.Na fachada da igreja merece referência o portal renascentista; no interior, um retábulo neoclássico.No núcleo histórico de Cacela Velha desfruta-

-se de uma maravilhosa vista sobre a Ria For-mosa e conhece-se um pequeno conjunto de casas típicas.

Aberta ao públicoHorário: de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00Contacto: Tel. 281 952 600 (Centro de Investigação do Património de Cacela)

vila real de santo antónio

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castro marim

Castelo de Castro Marim

Loulé

Vila do Bispo

Aljezur

Monchique

Lagos

Portimão

Silves

LagoaAlbufeira

Faro

S. Brás de Alportel

Olhão

Tavira

Alcoutim

Castro Marim

Vila RealSto. António

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Desde o período fenício que Castro Marim, então rodeada de água, servia de porto de abrigo aos barcos que subiam o Guadiana para recolher o cobre extraído das minas de Alcoutim e Mértola.Em 1242, D. Paio Peres Correia conquistou a povoação aos mouros e em 1277 D. Afon-so III concedeu-lhe a carta de foral, com o intuito de atrair população para esta locali-dade de grande importância estratégica.Anos mais tarde, no reinado de D. Dinis, o Castelo de Castro Marim foi remodelado. Tornou-se um dos mais importantes do Algarve e serviu de sede da Ordem de San-tiago entre 1319 e 1356.

Com a chegada do século XV, e com a expansão marítima, Castro Marim recebe o estatuto de terra de desterro, atribuído pelo rei D. João I com o objectivo de au-mentar a sua população. Em 1509, D. Ma-nuel I ordenou a renovação do castelo.Após a Restauração, em 1640, a localiza-ção estratégica de Castro Marim voltou a ser decisiva para a coroa, dando-se início à construção da Fortaleza de São Sebastião.Actualmente, após o declínio no século XIX, Castro Marim encontrou no turismo uma actividade económica que poderá garantir o futuro desta bonita vila histórica do Algarve.

breve história

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CLASSIFICADO monumento nacIonal Aberto ao públicoHorário: de Abril a Outubro, das 09h00 às 19h00; de Novembro a Março, das 09h00 às 17h00Contacto: Tel. 281 510 746

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Castelode Castro MarimConstruído no século XIII pelo rei D. Afonso III, o Castelo de Castro Marim possui um interes-sante pano de muralha de forma semicircular, no interior do qual se encontra o Castelo Ve-lho, a Igreja de Nossa Senhora dos Mártires e um conjunto de ruínas que inclui o antigo palácio dos alcaides. Este importante monumento presenteia os seus visitantes com uma maravilhosa vista sobre a povoação e sobre o rio Guadiana.Presentemente em fase de remodelação, o Museu Arqueológico e Etnográfico de Castro Marim encontra-se no interior do castelo e constitui igualmente motivo de interesse.No Verão, a Câmara Municipal aproveita o encanto da envolvente do castelo e organiza um festival em que se recriam feiras, banque-tes e torneios medievais.

Abrirá ao público quando terminadas as obras de restauroContacto: Tel. 281 510 740 (Câmara Municipal de Castro Marim)

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Forte de S. SebastiãoFortaleza construída no século XVII com o objectivo de reforçar as defesas da vila fron-teiriça durante as guerras da restauração. Composta por planta irregular com cinco baluartes defensivos e, no interior, por algu-mas ruínas.

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Aberta ao público Horário: quarta-feira, das 09h00 às 11h00, e domingo, das 16h00 às 18h00Contacto: Tel. 281 531 179 (Paróquia de Castro Marim)

Igreja Matriz de Castro MarimIgreja do final do século XVIII, possui fachada com portal tardo-barroco, frontão triangular e três janelões que proporcionam boa ilumi-nação do espaço interior. Na cobertura da igreja o destaque vai para a imponência do zimbório, coroado por um falso lanternim.Distinguem-se no interior os retábulos de es-tilo neoclássico, uma imagem do arcanjo São Miguel (século XV), uma imagem de Nossa Senhora dos Mártires (século XVI) e algumas outras do século XVIII, das quais se salienta a de Santa Luzia.

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Aberta ao cultoHorário das missas: domingo às 15h00Contacto: Tel. 281 531 179 (Paróquia de Castro Marim)

Igreja Matrizde OdeleiteIgreja do século XVIII com fachada de frontão triangular, interior de nave única e capela-mor.Destaque para o retábulo neoclássico da ca-pela-mor e para os dois retábulos colaterais de estilo rococó.Do conjunto de imagens desta igreja, mere-cem referência especial a imagem de Nossa Senhora do Rosário e a do arcanjo São Miguel.

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Castelo de Alcoutim

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Loulé

Vila do Bispo

Aljezur

Monchique

Lagos

Portimão

Silves

LagoaAlbufeira

Faro

S. Brás de Alportel

Olhão

Tavira

Alcoutim

Castro Marim

Vila RealSto. António

Desde pelo menos 2500 a.C. que as jazidas de cobre, ferro e manganês atraíram dife-rentes povos para Alcoutim. No entanto, foram os romanos quem desenvolveu uma indústria mineira na região, construindo acessos e transportando pelo Guadiana até ao Mediterrâneo os metais de que o impé-rio necessitava. Esta ocupação humana fortemente moti-vada pela exploração mineira prolongou-se com os visigodos e os árabes até 1240, ano em que Alcoutim foi reconquistada pelos cristãos, recebendo o foral de vila em 1304, no reinado de D. Dinis.

Dada a posição estratégica em que se en-contrava, a importância da vila foi reconhe-cida pela coroa portuguesa que, para além de reforçar as suas estruturas defensivas, fez a doação de Alcoutim à Ordem Militar de Santiago.Após as guerras da Restauração, Alcoutim perdeu importância estratégica. Tal facto coincidiu com o declínio da exploração mi-neira que, aliada à relativa pobreza dos ter-renos agrícolas do concelho, levou a uma estagnação económica e à consequente desertificação que se tem acentuado desde a segunda metade do século XX.

breve história

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Castelo de Alcoutim /Museu Arqueológico de AlcoutimConstruído no século XIV com o objectivo de defender esta região fronteiriça, o Caste-lo de Alcoutim possui um grande pano de muralha com torres defensivas.Uma visita ao castelo permite apreciar uma magnífica panorâmica sobre o rio Guadia-na, a vila de Alcoutim e a aldeia espanhola de Sanlucar. No interior do castelo, oportunidade para visitar o Museu Arqueológico de Alcoutim, onde se pode apreciar um variado conjun-to de achados que testemunham todas as épocas da história do concelho.

Aberto ao público (entrada paga)Horário: das 09h30 às 17h30O bilhete dá acesso aos outros museus da cidade (Museu de Arte Sacra e Museu do Rio)Contacto: Tel. 281 540 500 (Câmara Municipal de Alcoutim)

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Igreja Matriz de AlcoutimIgreja medieval reconstruída no século XVI segundo o estilo renascentista. Contém três naves separadas por arcos assentes em co-lunas de capitéis coríntios e um portal de estilo clássico.Uma imagem de Cristo Salvador, outra de São Luís Bispo, do século XVII, uma imagem de Nossa Senhora do Rosário, elaborada segundo o formulário barroco, e o sacrário do retábulo da Capela do Santíssimo são as peças mais relevantes do acervo artístico desta igreja.

Aberta ao público Horário: de segunda-feira a sábado, das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h00Contacto: Tel. 281 540 500 (Câmara Municipal de Alcoutim) e 281 498 421 (Paróquia de Alcoutim)

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Ermida de Nossa Senhora da Conceição(Museu de Arte Sacra)Ermida quinhentista com portal de estilo ma-nuelino. Foi renovada no século XVIII. Deste período apresenta um interessante escadó-rio através do qual se acede à ermida. Igualmente do século XVIII é a capela-mor, na qual se encontra um retábulo barroco com frontal manuelino.Referência ainda para duas imagens relativas a Nossa Senhora da Conceição e a Nossa Se-nhora do Rosário, ambas do século XVIII.

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIcoAberta ao público (entrada paga)Horário: de terça a domingo, das 09h30 às 13h00 e das 14h00às 17h30Contacto: Tel. 281 546 631

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Museu do RioPequeno museu dedicado à história local de Alcoutim, nomeadamente à ligação desta povoação com o rio Guadiana. Está instalado numa antiga escola primária e reúne um interessante acervo relacionado com as artes da pesca.

Aberto ao público (entrada paga)Horário: de terça a sexta-feira, das 09h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00 Contacto: Tel. 281 547 380

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Igreja Matriz de Martim LongoTrata-se de uma antiga mesquita adaptada a igreja católica, como se pode verificar pelos contrafortes cilíndricos e pela torre sineira que resultou da remodelação do antigo minarete.Esta igreja tem uma fachada simples com por-tal de arco quebrado e interior de três naves separadas por arcos ogivais assentes em capi-téis tronco-piramidais de influência bizantina.Aqui ressaltam três imagens de interesse par-ticular: a de Nossa Senhora da Conceição, do século XVI, a de São Luís Bispo, do século XVII, e a barroca de Santo António.

CLASSIFICADA Imóvel de Interesse PúblIcoAberta ao cultoHorário das missas: domingo às 12h00, segunda e quarta-feira às 11h00Contacto: Tel. 281 498 434 (Paróquia de Martim Longo)

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Postos de Informação Turística

Aeroporto Internacional de FaroAeroporto Internacional de Faro8001–701 Faro Tel. 289 818 582

AlbufeiraRua 5 de Outubro8200–109 AlbufeiraTel. 289 585 279

AlcoutimRua 1º de Maio 8970–059 AlcoutimTel. 281 546 179

AljezurLargo do Mercado8670–054 AljezurTel. 282 998 229

AlvorRua Dr. Afonso Costa, n.º 518500–016 AlvorTel. 282 457 540

Armação de PêraAvenida Marginal8365 Armação de PêraTel. 282 312 145

CarvoeiroPraia do Carvoeiro8400–517 Lagoa Tel. 282 357 728

Postos Municipais de Informação Turística

Castro MarimRua José Alves Moreira n.º 2 – 4 8950–138 Castro MarimTel. 281 531 232

FaroRua da Misericórdia, n.º 8 – 118000–269 FaroTel. 289 803 604

Lagos Rua Belchior Moreira de Barbudo (S. João)8600–722 LagosTel. 282 763 031

LouléAvenida 25 de Abril, n.º 98100–506 LouléTel. 289 463 900

MonchiqueLargo S. Sebastião8550 MonchiqueTel. 282 911 189

Monte GordoAvenida Marginal8900 Monte GordoTel. 281 544 495

OlhãoLargo Sebastião Martins Mestre, n.º 8 A8700–349 OlhãoTel. 289 713 936

Ponte Internacional do GuadianaMonte Francisco8950 Castro MarimTel. 281 531 800

Praia da RochaAvenida Tomás Cabreira8500–802 Praia da RochaTel. 282 419 132

QuarteiraPraça do Mar8125 quarteiraTel. 289 389 209

SagresRua Comandante Matoso8650–357 Sagres Tel. 282 624 873

São Brás de AlportelLargo de São Sebastião, n.º 238150–107 São Brás de AlportelTel. 289 843 165

Silves Rua 25 de Abril8300 – 184 SilvesTel. 282 442 255

TaviraRua da Galeria, n.º 98800–329 TaviraTel. 281 322 511

AlbufeiraEstrada de Santa Eulália8200 AlbufeiraTel. 289 515 973E-mail: [email protected]

Alte Estrada da Ponte, n.º 178100 AlteTel. 289 478 666

Lagos Largo Marquês de Pombal 8600–670 LagosTel. 282 764 111Fax. 282 769 317

Portimão Avenida Zeca Afonso8500–516 PortimãoTel. 282 470 717 Fax. 282 470 718E-mail: [email protected]

Querença Largo da Igreja8100-495 querençaTel. 289 422 495

Salir Rua José Viegas Gregório8100–202 Loulé Tel. 289 489 733

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concepção Gráfica e Paginação:www.teaser.pt

textos:Jorge Carrega

revisão de texto:Gabinete de Comunicação e Relações Públicas (RTA)

Fotografia:F32 (Vasco Célio, Virgílio Rodrigues, Melanie Maps)

Impressão:Corlito

tiragem:1000 exemplares

depósito legal:268129/07

nota: A Região de Turismo do Algarve não se responsabilizapor qualquer alteração nos horários incluídos neste livro.

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