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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA O EDUCAR E O CUIDAR NO CONTEXTO DA Semana do bebê

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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA O EDUCAR E O CUIDAR

NO CONTEXTO DA

Semana do

bebê

FICHA TÉCNICA

RealizaçãoInstituto da Infância – IFAN

Coordenação GeralLuzia Torres Gerosa Laffite

Coordenação do ProjetoIsabele Caminha de Freitas

Organização e Elaboração Técnica/AutorIêda Maria Maia Pires

ParceiroFundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF

Cristina Maria AlbuquerqueRui Aguiar

Revisão TécnicaCarolina VelhoFrancisca Maria Oliveira Andrade Revisão GramaticalJosé Airton Araujo

Projeto Gráfico e designAndrea Araujo e Mariana Araujo

Instituto da Infância – IFANAv. Padre Antônio Tomás, nº 2420 – Edifício Diplomata, sala 1405/06 CEP: 60.140-160, Aldeota, Fortaleza/CETelefone: +55 (85) 3268-3979E-mail: [email protected]: www.ifan.com.br

Setembro, 2014

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O Instituto da Infância-IFAN, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância-UNICEF, coloca à disposição dos municípios um Guia com dicas para desenvolver e acompanhar ações sobre o atendimento do educar e do cuidar de forma in-dissociável, para ajudar a qualificar o trabalho com as crianças de zero a cinco anos e onze meses de idade em Centros de Edu-cação Infantil – CEIs (creches e pré-escolas). Algumas recomen-dações são baseadas em estudos científicos, nas “Orientações e Diretrizes Curriculares Nacionais” e na legislação brasileira que explicita os deveres e os direitos das crianças no novo Plano Na-cional de Educação1.

Um dos focos principais do referido Guia é estimular o desen-volvimento da cooperação, da intersetorialidade e de formas de trabalhar, integralmente, demandas para a implementação de políticas de educação e de cuidados para bebês e crianças até cinco anos e onze meses de idade, para serem discutidas du-rante a “Semana do Bebê” (estratégia que descreveremos mais a frente) e incorporadas à política do município.

O objetivo maior desse Guia é fazer chegaràs mãos dos profissio-nais das Secretarias Municipais de Educação propostas para mo-

APRESENTAÇÃO

7

bilizar professores de educação infantil, famílias, diretores, grupo gestor das instituições infantis, coordenadores pedagógicos, comunidade e so-ciedade civil, Secretários de Saúde, do Trabalho e Assistência Social, os representantes do Sistema de Garantia de Direitos , para serem participan-tes de ações merecedoras de crédito em torno do universo do conhecimento, do desenvolvimento, da aprendizagem e dos cuidados com as crianças.

Esperamos que o Guia sirva de consulta, re-flexão e ação proativa, iluminando muitas ideias, conceitos e fundamentos inspirados na concepção de criança cidadã, potente, capaz e possuidora de direitos. Precisamos garantir coletivamente para bebês e crianças com até cinco anos e onze meses de idade infâncias dig-nas de afetos, durante as quais possam explo-rar suas curiosidades, expressividades, amo-rosidade e apropriação de formas de agir, de pensar, de sentir e de colaborar com todos os aspectos sociais e culturais do universo.

1 http://fne.mec.gov.br/images/doc/pne-2014-20241.pdf (Lei 13.005, de 25 de junho de 2014) Presidência da República aprova PNE 2014-2024)

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O presente Guia defende as mesmas concepções de pesquisadores, grupos e setores militantes que lutam a favor de um desenvolvimento integral dos be-bês e das crianças com até cinco anos e onze meses de idade que acreditam na existência de várias infâncias e de crianças produtoras de cultura, cidadãs, potentes, falantes e capazes, pertencentes aos vários grupos raciais e étnicos, entre outras diferenças.

É importante registrar que existe no Brasil uma “aclamação geral” e contínua por parte de estudiosos e movimentos sociais de várias áreas científicas, espe-cialmente da educação infantil, para mostrar cientificamente a importância de uma educação e cuidado de qualidade que contribuem significativamente para o desenvolvimento integral dos bebês e das crianças com até cinco anos e onze meses de idade.Como afirma Canavieira (2012: 31):

Depois do nascimento, cada criança se insere em contextos sociais diversifi-cados e passa a fazer parte da sociedade enquanto ator social que possui classe social, gênero, etnia, idade e está situada num espaço e tempo determinados. Como ator social e sujeito histórico, a criança exerce influência no meio em que vive, tal como: na formação ou (des)formação da família; na (des)organização dos espaços e dos tempos; no consumo especializado; na relação e cuidados médico-sanitários; na dieta nutricional da mãe biológica; na dependência da assistência social governamental; na vivência da ludicidade pelos adultos; na concepção de educação infantil; nas manifestações de emoção e afetos e nas interações sociais criança-adulto e crianças-crianças.

Para que as orientações desse Guia sejam, de fato, uma colaboração para a qualidade do atendimento dos bebês e das crianças com até cinco anos e onze meses de idade é importante que seja levado em consideração o conjunto dos vários fatores citados acima. É necessário também destacar o que afirma Cruz

APRESENTAÇÃO

9 (2009:17): “toda ação e forma de agir com a criança pressupõe esclarecimentos teóricos, tenhamos nós consciência disso ou não2” .

Assim, os principais representantes3 de teorias construtivistas e pós-constru-tivistas têm contribuído para subsidiar tomadas de decisão de professores e de-mais profissionais, das famílias e das pessoas que trabalham direta e indireta-mente com crianças; principalmente, com aquelas que desenvolvem atividades lúdicas, banhos, jogos coletivos, contação de histórias, troca de fralda, descanso e desenvolvimento das mais de cem linguagens e outras tantas, realizadas co-tidianamente na faixa etária mais importante para o desenvolvimento integral.

São muitas as questões que precisam ser mencionadas neste Guia. Uma delas refere-se à importância da família na conquista e na defesa da creche não ape-nas para a mãe trabalhar, mas “como um direito da criança”, e também uma opção da família (CNDM, 1986 apud CAMPOS, 1999, p. 123) 4.

Ressaltamos que este Guia pretende, prioritariamente, propor dicas sobre a importância do brinquedo e da brincadeira como eixo norteador e fidedigno para o desenvolvimento infantil dos bebês e das crianças, respaldado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil nº 5, de 17 de dezembro de 2009 e pelas demais orientações na-cionais, estaduais e municipais de educação infantil e, especialmente, pelos vá-rios documentos publicados pelo UNICEF 5 e pelo Ministério da Educação-MEC6 .

2 PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, proposta pedagógica de educação infantil, Fortaleza, 2009. P.17.

3 WALLON, PIAGET E VYGOTSKY

4 CAMPOS, Maria Malta. A mulher, a criança e seus direitos. Cadernos de Pesquisa, São Paulo,n.106, p.117-127, março 1999.

5 UNICEF. Guia do Brincar Inclusivo Projeto Incluir Brincando. Sesame Workshop / UNICEF. 2012.

Acessoem : www.unicef.org.br

6 http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/brincartodos.pdf (SIAULYS. Mara O. de Campos. Brincar para Todos, 2005; BRASIL. MEC. Brinquedos e Brincadeiras de Creches: Manual de orientações pedagógicas).

10 É importante que todos os profissionais e demais pessoas que lidam com a

educação infantil fiquem atentos quanto aos aspectos relevantes e à qualidade relacionados às orientações7 sobre o funcionamento, os horários e a organiza-ção em agrupamentos ou turmas de crianças. Esta atenção deverá ser focada especialmente durante a elaboração da proposta pedagógica das instituições infantis, pois ela deverá ser construída coletivamente e avaliada continua-mente. Deve-se respeitar a potencialidade dos bebês e das crianças, levando em consideração os princípios éticos, políticos e estéticos. (Eixos norteadores: Parecer nº 20/2009/CNE/CEB e a Resolução nº 5, do CNE/CEB, de 17 de dezem-bro de 2009, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil8).

Dentre as muitas sugestões elencadas neste Guia é prudente que se leve em consideração o norteamento das treze ações finalísticas do Plano Nacional da Primeira Infância (RPNI)9, bem como, os “Critérios para um Atendimento em Creches que Respeite os Direitos Fundamentais das Crianças”10 .

Lutar continuamente para a implementação da Política Pública para a primei-ra infância e para a educação infantil, focada em programas de creche de quali-dade, no que se refere primordialmente ao brincar”, é uma responsabilidade que deve ser efetivada de imediato e se constitui como uma obrigação legal11.

7 http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Educinf/eduinfparqualvol1.pdf (BRASIL. MEC. Parâmetros nacionais de qua-lidade para a educação infantil/Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica – Brasília. DF, 2006.)

8 http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12579%3Aeducacao-infantil&Itemid=1152

9 Crianças com Saúde; Educação Infantil; A Família e a Comunidade da Criança; Assistência Social; Crianças e às suas Famílias; Atenção à Criança em Situação de Vulnerabilidade: Acolhimento institucional, Família acolhedora, Adoção; Do Direito de Brincar de todas às Crianças; A Criança e o Espaço – a Cidade e o Meio Ambiente; Atendendo à Diversidade: Crianças Negras, Quilombolas e Indígenas;Enfrentando as Violências contra as Crianças; Assegurando o Documento de Cidadania a todas as Crianças; Protegendo as Crianças da Pressão Consumista; Controlando a Exposição Precoce das Crianças aos Meios de Comunicação; Evitando Acidentes na Primeira Infância.

10 http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/direitosfundamentais.pdf (http://primeirainfancia.org.br/)

11 Ler Estatuto da Criança e do Adolescente Ar. 16 § 4º

11 Em sintonia com as perspectivas mencionadas anteriormente, indicare-

mos subsídios para que se possa aprofundar cada dica ou orientação, citan-do sites e bibliografias. Com isso estaremos propondo a ampliação de assun-tos fundamentais inerentes à qualidade do atendimento e desenvolvimento integral das crianças.

Se todos os profissionais e demais pessoas que trabalham dentro e fora das Secretarias Municipais de Educação ajudarem a agilizar esse processo com qualidade, eficácia e legitimidade terão, certamente, como resultado crianças respeitadas no seu nascer, viver, brincar e capazes de construir uma sociedade de paz e progresso!

12

Esclarecimentos importantes:1. O que são e para que servem a creche e a pré-escola?

De acordo com Rosemberg (2012), antigamente, a creche era compreendi-da como espaço substituto da família e ameaçador das relações mãe-filho. O atendimento era marcado por diferenciações em relação às classes sociais. As crianças pobres recebiam apenas o atendimento assistencial; para as mais abastadas o modelo de atendimento era escolar e também assistencial. Para a autora citada “nesses espaços sempre suscitam reações emocionais nem sem-pre conscientes, nem sempre claras, no mais das vezes, ambíguas e complexas”.

Com a Constituição Federal de 1988, novas revisões das concepções de como é uma creche de qualidade, superando posições fragmentadas, assistencialis-tas e antagônicas, surgem para fortalecer práticas mediadoras que asseguram ações de cuidados e de educação, indissociáveis e com qualidade. Assim, mui-tas são as respostas fundamentadas em pesquisas, leis e teorias que justificam os benefícios da creche e da pré-escola como um direito da criança e da fa-mília. Estes espaços de educação coletiva contêm paradigmas do desenvol-vimento integral, necessariamente para serem compartilhados com a família, em benefício do desenvolvimento das crianças, cujas responsabilidades estão explicitadas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/1996, Artigo 29, e nas Orientações Curriculares Nacionais da Educação Infantil.

13 A pré-escola impõe a condição de valorização das várias infâncias, de seus

tempos, de seus sonhos, de suas emoções, de suas criatividades e de culturas infantis. Não é um lugar de escolarização, de tarefas enfadonhas e mimeogra-fadas, de disciplinamento e de castigo corporal e mental. É, sim, um lugar de in-teração, de socialização, de encantamento, de descobertas, de movimentação, de boa alimentação, de lugares coloridos, estimulantes, cheios de brinquedos e brincadeiras e de construção da cidadania.

Assim, creches e pré-escolas constituem-se como direitos públicos subjetivos e inalienáveis, com os quais toda a sociedade tem a responsabilidade de cola-borar, avaliar,acompanhar, educar e cuidar com qualidade, de forma indissoci-ável, crianças de zero a cinco anos e onze meses.

2. Qual é a visão de criança e como respeitá-la?Vários estudiosos12 mostram que a criança, durante muito tempo, não foi res-

peitada como cidadã, nem como falante, criativa, potente e capaz. Ao contrá-rio, a criança era considerada um “papel em branco”, sem história, não-falante, isolada e egocêntrica. Felizmente, com os aportes legais e com as contínuas pesquisas em vários campos de estudos, constatamos que a criança, desde bebê, é portadora de direitos civis, humanos, sociais e culturais. Ela é co-cons-trutora de sua própria identidade, única, específica e com inúmeras potencia-lidades. A criança precisa do adulto que a escute, cuide e a eduque, motive-a a interagir com outras crianças e com as pessoas a sua volta, além de vivências relativas aos diversos saberes.

3. O que é infância?A definição de infância tem sido construída historicamente, e inúmeras refle-

xões definidas em vários campos de pesquisa: da História, Sociologia, Filosofia, Psicologia, Biologia, Antropologia, Arqueologia, entre outras, sendo possível o entrelaçamento de diferentes olhares e autores, entre eles, Faria (1999), Kishi-

12 KUHLMANN, M. Infância e Educação Infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998.

14 moto(1988), Freitas (1997), Rosemberg(1995)e Rocha(2002)13. A denominação de infância deixa de ser vista como um “tempo passageiro, simples objeto passivo”, para constituir-se como uma categoria na estrutura social pautando o para-digma de criança como ator social com plenos direitos (Nascimento 2009).

4. A criança precisa brincar?Sim. Para ser feliz, fantasiar, constituir significados para sua existência, assi-

milar papéis sociais, compreender as regras sociais e as relações afetivas, de-senvolver seu pensamento e sua capacidade de expressão, sonhar e criar, re-solver conflitos, tornar-se crítica, reflexiva e explorar o mundo.

5. É importante a família participar da educação e do cuidado da criança em parceria com a creche e a pré-escola?

É uma exigência e necessidade inescapável, principalmente no período de adaptação dos bebês, na elaboração do projeto político-pedagógico da creche e da pré-escola. No acompanhamento das atividades diárias, das brincadeiras, das dificuldades e dos avanços da criança, dentro e fora das instituições. Uma boa relação da família com o grupo gestor das creches e pré-escolas ajudará a definir os papéis no ato de cuidar, educar, acompanhar e avaliar o desenvolvi-mento das crianças.

6 . Qual é o papel do município14 na educação infantil?Planejar, desenvolver e manter políticas e planos educacionais, integrados,

conjuntamente com a União e os estados, para ofertar com qualidade a edu-cação infantil em creches e pré-escolas. A municipalização do atendimento e a responsabilidade com o Sistema de Garantia de Direitos das crianças são obri-gações primordiais dos municípios com a corresponsabilidade dos órgãos de governo e da sociedade civil, incluindo as famílias.

13 ROCHA, Rita de Cássia Luiz da, História da infância: reflexões acerca de algumas concepções correntes. ANALETA, Gua-rapuava, Paraná, v.3 n.2, p-51-63, 2002.

14 UNICEF, O município e a criança de até 6 anos: direitos cumpridos, respeitados e protegidos/Halim A. G. e Vital D.(coor.)Brasília, DF: UNICEF, 2005. Acesso - http://www.UNICEF.org/brazil/pt/municipio.pdf

15 7. Como realizar a Semana do bebê partindo de ações proativas na educação infantil nos centros de educação infantil e na comunidade?

O primeiro passo é conhecer a iniciativa da Semana do Bebê e saber que há mais de quatorze anos existem experiências realizadas, anualmente, aqui no Brasil começando em Canela/Rio Grande do Sul e em outros países como Por-tugal, Argentina e Uruguai15. Recentemente, essas experiências foram amplia-das para outras cidades brasileiras16.

Dentre as muitas atividades articuladas em diferentes níveis e esferas go-vernamentais e não-governamentais, vem sendo realizadas ações e progra-mas direcionados para a melhoria do atendimento integral das crianças, desde a gestação até os três anos de idade.

Todavia, é necessário ampliar essas ações17 para as outras faixas etárias, isto é, para as crianças de quatro e cinco anos e onze meses de idade, envolvendo, prioritariamente, a participação da família e da comunidade. Tudo isto, para garantir os direitos das crianças de forma prioritária e tornar mais evidente o combate a todo tipo de negligência,a outras formas de violência e às más con-dições de vida de nossas crianças.

15 UNICEF, BRASIL, Como realizar a semana do Bebê em seu município: 10 anos realizando a primeira infância em Canela/ por Prefeitura Municipal de Canela, Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) - Brasília, DF: UNICEF/Brasil, 2010.

16 http://www.semanadobebe.org.br/municipios/estadual-ceara

17 Alguns Estados brasileiros também desenvolvem atividades neste sentido. E os que ainda não iniciaram podem entrar em contato com a rede Nacional da Primeira Infância. No Caso da experiência com a Semana do Bebê, no Ceará, a Rede da Primeira Infância do Ceará, o UNICEF, o Instituto da Infância- IFAN, o Conselho Estadual de Educação, a Secretaria de Educação (SEDUC/CE), a Secretaria de Saúde-SESA, a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social-STDS, a Associa-ção para o Desenvolvimento dos Municípios do CEARÁ-APDMCE e outros, ajudam na mobilização e na efetivação de mui-tas atividades da Semana do Bebê. Todos têm objetivo comum de potencializar esforços, recursos financeiros e humanos para dar maior vigor às ações de cuidados e de educação, proteção e prevenção e de responsabilidades com as infâncias saudáveis, potentes e capazes.

16 O segundo passo está relacionado às seguintes etapas:

1. MOBILIZAÇÃO SOCIAL– EM ÂMBITO GERAL E ESPECÍFICO

1.1. EM ÂMBITO GERAL

t Os profissionais das Secretarias Municipais de Educação deverão fazer uma articulação com representantes de várias instituições governamentais e não--governamentais, envolvendo também outros setores sociais que respeitam as várias infâncias. Em seguida, podem apresentar experiências sobre a Semana do Bebê em sites e documentos mencionados anteriormente. Depois, proporão a formação de uma Comissão Geral para a realização da Semana do Bebê. Com os vários atores sociais farão um projeto sobre referida Semana do Bebê, res-peitando cada cultura local e distribuindo, em comum acordo, todas as ações que favoreçam as infâncias saudáveis e uma educação infantil de qualidade;t A Comissão Geral que organizará a Semana do Bebê terá como atores prin-cipais profissionais da Secretaria de Educação, unidos aos demais profissio-nais de outras instituições para formar uma rede de articulação envolvendo os seguintes parceiros: o grupo gestor das creches e pré-escolas(centros e ins-tituições de educação infantil); as famílias; representantes da comunidade que convivem no entorno desses espaços; crianças; prefeito; primeira dama; secre-tários municipais; professores; merendeiras; faxineiras; serventes; porteiros; coordenadores pedagógicos; profissionais de saúde; representantes dos Con-selhos de Direitos das Crianças e dos Adolescentes; dos Conselhos Tutelares e demais pessoas ligadas ao “Sistema de Garantia de Direitos”; os assistentes so-ciais; os integrantes de sindicatos da educação; vereadores; radialistas; empre-sários; pessoas da cultura; agentes da segurança pública e outros para motivar e desenvolver as mais de cem linguagens dos bebês e das crianças, recebendo ideias e propondo ações específicas e prazerosas.

17 1.2. EM ÂMBITO ESPECÍFICO

t Os profissionais das Secretarias Municipais de Educação que fazem parte da Comissão Geral sobre a Semana do Bebê poderão convidar representantes da área de Comunicação Social para divulgar e promover informações sobre o educar e o cuidar de forma indissociável, durante esta “Semana”. Esses pro-fissionais da Comunicação, orientados pela Comissão, terão oportunidade de divulgar experiências nas áreas de educação e de cuidados infantis, concate-nando ações de prevenção e da saúde, ou seja, dando ênfase às várias cam-panhas, às rodas de conversa sobre a comunicação e a infância, aos momen-tos de contação de histórias e às temáticas esclarecedoras sobre assuntos específicos envolvendo ações psicomotoras, imersão das crianças nas múl-tiplas linguagens, na utilização de materiais publicados em áreas educacio-nais e que orientam atividades diversas para desenvolver as potencialida-des infantis. Divulgarão, também, assuntos que revelam a responsabilidade de o professor de educação infantil ser mediador, preparado para organizar ações educativas e específicas, de acordo com as idades dos bebês e crianças com até cinco anos de idade. Darão cobertura às campanhas sobre aleita-mento materno em creches, saúde bucal, vacinação, prevenções da obesida-de, da violência e de acidentes; registro de nascimento e redução da gravidez na adolescência. Essas notícias sobre a Semana do Bebê serão reforçadas em publicações de jornal, revistas, livros, vídeos, rádios, twitter, orkut, facebook, youtube, blogs e outros meios de comunicação.

18

ATENÇÃO!A responsabilidade e o compromisso social de todos para com

os bebê se as crianças com até cinco anos e onze meses de idade, bem cuidados e educados de forma indissociável,são aspectos cruciais para unirmos esforços na organização desta “Semana do Bebê”. É claro que referidos aspectos não deverão ficar cir-cunscritos apenas nesse período! Assim, é preciso que tenhamos suporte financeiro, infraestrutura e apoio logístico para a reali-zação das atividades, além da necessária valorização humana e financeira dos profissionais que lidam com esta primeira eta-pa da Educação (em creches e pré-escolas). Conferir um caráter permanente e progressivo a essas ações é primordial para qua-lificar os resultados positivos para a educação infantil e para as várias infâncias. Prefeitos, Secretários (Saúde, Trabalho e Assis-tência Social), profissionais do Sistema de Garantia de Direitos, Conselheiros Municipais dos Direitos das Crianças e dos Adoles-centes, empresários, coordenadores pedagógicos, professores da educação infantil, crianças, adolescentes e famílias precisam assumir compromissos concretos para a realização dos eventos e para o acompanhamento e a avaliação das ações. Responsa-bilidade, perseverança, comprometimento e envolvimento de todo o pessoal da comunidade, independentemente de raça, cor, classe social e nível cultural, colaborarão para colocar a primeira infância no centro das atenções e das responsabilidades!

19 É urgente a construção de políticas públicas que garantam a sobrevivência

e o desenvolvimento infantil, integral e com qualidade! Priorizar a educação infantil respeitando todas as especificidades qualifica o atendimento!

É preciso lembrar que o bebê e a criança estão respaldados em seus direitos,-desde o nascimento, a terem ambientes públicos, coletivos e educacionais com qualidade. Cada bebê e cada criança precisam do apoio de adultos comprome-tidos com uma sociedade democrática e justa!

DICAS:1. Visitar conjuntamente com a Comissão que realizará a Semana do Bebê

os sites com orientações, pesquisas, exemplos sobre diversos assuntos relacio-nados à primeira infância, dentre eles: o desenvolvimento infantil, a educação infantil, a prevenção da violência, as brincadeiras, a educação inclusiva, as po-líticas sociais sobre os quilombolas, os indígenas, os florestais os ribeirinhos, as deficiências e outras temáticas que darão subsídios aos grupos responsáveis pela realização da Semana do Bebê;

Sugerimos, a seguir, alguns desses sites:

http://www.UNICEF.org/brazil/pt/resources.htmlhttp://www.semanadobebe.org.br/http://www.ifan.com.br/http://primeirainfancia.org.br/ http://www.mieib.org.br/pagina.php?menu=bibliotecahttp://portal.mec.gov.br/http://www.ludice.ufc.br/http://www.enciclopedia-crianca.com/pt-pt/inicio.htmlhttp://www.inclusive.org.br/http://www.radardaprimeirainfancia.org.br/unesco/http://www.obscriancaeadolescente.gov.br/http://www.rcdh.ufes.br/sites/Guia%20de%20Politicas/Quilombolas.pdf

20 2. Indicar junto às Secretarias Municipais de Educação os responsáveis para

a construção e o acompanhamento do Plano de Ação sobre a Semana do Bebê, envolvendo outros secretários municipais, monitorando e qualificando as ações, avaliando-as com a participação dos representantes de vários segmen-tos: sociedade civil, conselhos de direitos, conselho tutelar, conselhos de fóruns temáticos, especialmente o de educação infantil, pais e/ou familiares respon-sáveis, irmãos adolescentes, grupos de crianças e grupo gestor das instituições infantis (creches e pré-escolas), solicitando adequações, sugestões e proposi-ções. Esse é um momento ímpar na defesa dos direitos dos bebês e das crianças com até cinco anos e onze meses de idade;

3. Realizar uma audiência pública na Câmara Municipal com a finalidade de pactuar as prioridades de cuidados e de educação, adequando, se necessário, as sugestões e proposições para resultar em ações proativas;

4. Alguns municípios criaram uma lei municipal instituindo a Semana do Bebê! Criar lei municipal instituindo a Semana do Bebê é uma responsabilidade de todos!

Para o Plano de Ação sugerimos as seguintes atividades específicas para a educação infantil18:

4. 1. Dentro das instituições infantis ou centros de educação infantil:

4.1.1 Com os professores e todos os funcionários das instituições infantis:Realização de cursos, rodas de conversa, palestras, exposições, exibição de

vídeos, filmes e oficinas, sobre:

t ética profissional para todos os profissionais que trabalham direta ou in-diretamente com as crianças e as famílias, para respeitá-las em suas particu-laridades, raças, gêneros e sexualidade, proteção, seus tempos, explicando que

18 Visitar o site do MEC e pesquisar sobre. Brinquedos, brincadeiras e materiais para crianças pequenas: manual de orientação pedagógica: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/direitosfundamentais.pdf

21 as crianças possuem muitos conhecimentos construídos antes de ingressarem nesses espaços;

t como atender bem às famílias e às crianças, desde o portão de entrada, se estendendo aos vários espaços e ambientes, estimulando-as a participarem ativamente: da elaboração de projetos político-pedagógicos e de brinquedos e de outras atividades prazerosas.

4.1.2. Com as famílias:

t compartilhar conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil, utilizando o Kit19 Família Brasileira Fortalecida (UNICEF) e com outros materiais publica-dos que contribuam para melhorar a qualidade do educar e do cuidar;

t falar sobre a prevenção dos vários tipos de violência (psicológica, física, sexual, simbólica, negligência, bullying e outras) por meio de palestras, debates e rodas de conversa, mostrando o Kit Família Brasileira Fortalecida;

t realizar oficinas com as famílias, com os professores, com as crianças e comos adolescentes para que possam partilhar da elaboração de brinquedos e brincadeiras populares, tradicionais, sempre presentes em todas as épocas e culturas, entendendo que a brincadeira é a atividade principal da criança. Com a ajuda das mães, realizar a construção de cabanas, de túneis com cobertores ou toalhas. Aproveitar o momento para brincar dentro desses espaços de: faz--de-conta, esconde-esconde, contação de história, de casinha, de escola etc;20.

t exibir filmes que falem sobre a família e as crianças com deficiências. Em seguida, promover grandes debates sobre a temática e as responsabilidades partilhadas para promover a inclusão, permanência e participação das crian-ças nas creches e pré-escolas; sempre envolver todas as crianças e bebês nas brincadeiras, respeitando suas limitações e motivando-as a superar suas difi-culdades;

19 http://www.UNICEF.org/brazil/pt/br_kit_fbf_album1_2013.pdf

20 BRASIL. MEC. Brinquedos, brincadeiras e materiais para crianças pequenas: manual de orientação pedagógica: módulo 3. Brasília: MEC/SEB, 2012.

22 t preparar um ambiente com musicalidade de todos os gêneros. Refletir so-

bre as músicas que denigrem a imagem da família e das pessoas em geral. Per-guntar qual é a opinião de cada família sobre o que as crianças escutam ou mesmo questionar sobre os péssimos programas de televisão e rádio que pre-judicam a vida das crianças e das famílias. Orientá-las para, constantemente, conversarem com seus filhos sobre esses assuntos; propor a escuta de músicas com letras que engrandeçam a alma, a história e o sentido da vida.

4.1.3. Com os adolescentes:

t convidar adolescentes que moram no entorno das instituições e dos cen-tros de educação infantil para que participem de palestras, oficinas e rodas de conversa sobre sexualidade, gravidez, paternidade responsável e cuidados; para que valorizem, também, cantigas de roda e as brincadeiras tradicionais com as crianças, dentro dos centros de educação infantil;

t sugerir a realização de trabalhos voluntários e de protagonismo juvenil du-rante a Semana do Bebê, ouvindo e valorizando as sugestões dos adolescentes e das crianças.

4.1.4. Com bebês e crianças maiores:

t organizar ambientes coloridos e diversificados para: acolhimento huma-nizado, prático e apropriado para o aleitamento; banho e sono; incentivo à lei-tura com livros, revistas, jornais, caixa-correio; novas tecnologias (computa-dores, sites e portais apropriados para as idades específicas das crianças). Com diversos materiais específicos: pesos, formatos, tamanhos, texturas e cores variadas; com cantinhos espelhados para desenvolver oportunidades de ex-periências sensoriais, expressivas e corporais, para explorar os movimentos, a dramatização etc;

t selecionar brinquedos que produzam sons (chocalhos, tambor, sinos, tam-pas de panelas, apitos e outras atividades que motivem o bebê a deitar, a sen-tar, a engatinhar, a cantar, a falar, a entrar em caixas grandes, em túneis acol-

23 choados, a superar as barreiras e a explorar a motricidade;

t organizar uma atividade com os bebês e a família para um dia de banho de sol e brincadeiras, de trocas afetivas e sociais.

4.2. Na parte externa e no entorno das instituições infantis (creches e pré-es-colas):

4.2.1.A comissão organizadora da Semana do Bebê deverá solicitar aos go-vernantes dos poderes municipais, executivos e legislativos, empresários e in-teressados, recursos financeiros e humanos para a realização das atividades, entregando um projeto sobre a Semana do Bebê. Uma sugestão é verificar se o Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente disponibilizará uma parte da verba que existe no “Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente21”;

4.2.2. Outra ideia é realizar reunião congregando vários integrantes para publi-car, apoiar e realizar, com recursos próprios, as atividades da referida “Semana”;

4.2.3. Os profissionais da educação que congregam a comissão da Semana do Bebê elaborarão cronograma de atividades solicitando ajuda da autarquia municipal de trânsito, dos policiais civis, dos bombeiros, dos profissionais com carros da secretaria da saúde, para darem apoio e proteção durante a realiza-ção das passeatas com bebês, crianças e mães, oriundas das instituições infan-tis. Sugerimos a utilização de faixas com variados dizeres sobre: a prevenção da violência, as vantagens do aleitamento materno para o desenvolvimento infantil, o respeito aos direitos, à saúde, à moradia, ao registro de nascimento, à redução da gravidez, aos métodos de planejamento reprodutivo etc. É váli-do ressaltar a campanha “Não ao trabalho infantil!”; faixas que alertem para a redução da mortalidade infantil, para o direito de afeto, de brincadeiras e de

21 PORTARIA Nº 1.461, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2012 - Dispõe sobre o cadastramento dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente Distrital, estaduais e municipais junto à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

24 acesso a creches e pré-escolas de qualidade. Os espaços públicos devem ser ambientados para o desenvolvimento das infâncias e de outras fases que con-duzem para “infâncias” de qualidade;

4.2.4. No entorno das instituições infantis, os profissionais da Secretaria de Educação que fazem parte da comissão de organização da Semana do Bebê po-derão elaborar um cronograma de atividades com os representantes de cren-ças religiosas tais como: a igreja católica, os evangélicos os espíritas e outros para que em seus cultos possam repassar orientações às famílias e à sociedade em geral, sugerindo a participação e a colaboração de todos para com a “Se-mana do Bebê;

4.2.5. Convidar vários artistas da comunidade para planejar oficinas e ações prazerosas dentro e no entorno dos centros de educação infantil (creches e pré--escolas). Como exemplo, sugerimos: enfeitar, colorir, zelar, arrumar, consertar tudo dentro das instituições infantis, para recepcionar as famílias, as crianças e os convidados para a realização da “Semana do Bebê”, com programação para os dias seguintes.

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PENSEM NISSO!t O Prefeito poderá realizar reuniões permanentes sobre a importância da

educação infantil e o respeito à legislação de proteção integral dos bebês e das crianças. Ele deverá ser orientado para a necessidade urgente de colocar os melhores professores com nível superior na educação infantil, com formação específica para o educar e o cuidar de forma indissociável os bebês e as demais crianças com até cinco anos e onze meses de idade. Por essa razão, durante a Semana do Bebê, é urgente tratar desta questão, coletivamente!

t As crianças da zona rural têm mais dificuldade de acesso aos serviços pú-blicos, inclusive de educação infantil, que, muitas vezes, são ineficientes ou ine-xistentes. Por isso, a mobilização para organizar espaços relevantes com biblio-teca, parque infantil, sanitários adequados, professores bem formados e outros são ações que precisam ser realizadas com planejamento e metas a serem im-plementados na Semana do Bebê e no decorrer dos dias letivos. A Semana do Bebê poderá ser um momento adequado para lutar pela garantia e efetivação do direito da criança da área rural à educação infantil de qualidade.

t Permitir que os professores de educação Infantil participem de fóruns e en-contros sobre a Primeira Infância e Educação Infantil ajudará na reflexão sobre

26 a qualidade dos serviços de atendimento e cuidados na educação infantil.

t Ler o documento composto de critérios de qualidade22 relativos à organi-zação e ao funcionamento interno das creches, com exemplos de práticas con-cretas para o desenvolvimento das crianças, é uma forma responsável de co-ordenar o trabalho com o pessoal nas instituições infantis.

As práticas pedagógicas de educação infantil que asseguram as interações e as brincadeiras são ações que precisam ser valorizadas na Semana do Bebê e nos dias seguintes. Assim, sugerimos:

t Que sejam desenvolvidas brincadeiras individuais, coletivas, livres, com músicas, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografias, dança, teatro, poe-sia, literatura, faz-de-conta, na água, na área, para montar e desmontar, com blocos ou brinquedos para empilhar (pequenos, grandes, médios e macios),de acordo com cada faixa etária e interesses das crianças;

t Que os espaços físicos sejam equipados com brinquedos e materiais para bebês e crianças maiores, com critério de compra e de uso de qualidade, para as instituições infantis23. Promover uma solenidade para o encerramento da Semana do Bebê dentro das instituições infantis. Aproveitar a ocasião para ho-menagear as famílias, entregando mimos, troféus, certificados etc. Agradecer e pactuar ações permanentes de coparticipação para os cuidados dos filhos que estão nos centros de educação infantil (creches e pré-escolas);

t Agendar uma data para avaliar todas as ações e mobilizações relativas à Semana do Bebê, com a comissão organizadora e a participação livre de repre-sentantes das famílias, comunidades e outros que participaram do processo.

22 Acessar :http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/direitosfundamentais.pdf

23 BRASIL, MEC. Brinquedos e brincadeiras nas creches: manual de orientação pedagógica. Brasília: MEC/SEB, 2012.

27 Em seguida, fazer um plano de ação sobre a educação infantil, na Semana do Bebê, para os próximos anos, com muita visibilidade, isto é, divulgação!;

t Utilizar o CD do Kit Família Brasileira Fortalecida que está disponível junta-mente com este Guia. O CD mostra cinco álbuns que explicam os cuidados ne-cessários para com as crianças desde a gestação até os seis anos de idade, pe-ríodo de vida determinante para o desenvolvimento integral de bebês, meninas e meninos. É um material para ser utilizado, especialmente (mas não somente) durante a Semana do Bebê, na formação de professores e outros profissionais que lidam com a educação infantil. Usem-no em reuniões, palestras e rodas de conversa para ajudar as famílias no desenvolvimento infantil dos filhos. A Se-cretaria Municipal de Educação poderá fazer cópias deste CD para todos os centros de educação infantil (creches e pré-escolas) ou mesmo para todos os professores, possibilitando, também, o material impresso do kit, na versão co-lorida ou preto e branco e que, também, está no site do UNICEF . O CD contém três pastas com apresentações em powerpoint: uma tem slides com páginas que deverão ser apresentadas às famílias, tanto em grupos pequenos, se for a versão impressa, ou com um projetor para grupos maiores. A outra pasta con-tém uma versão das páginas do kit com mais detalhes sobre cada tema, para servir como consulta para quem está apresentando. A terceira pasta conta com duas páginas do kit juntas.

28 OUTROS SITES E BIBLIOGRAFIAS IMPORTANTES

Associação Brasileira de Estudos sobre o Bebêhttp://www.abebe.org.br/

CGPAN – Coordenação Nacional da Política de Alimentação e Nutriçãohttp://www.nutricao.saude.gov.br

Fundo do Milênio para a Primeira Infânciahttp://www.fundodomilenio.org.br/

Ministério da Saúde – Saúde da Criançahttp://portal.saude.gov.br/saude/area.cfm?id_area=1251

Ministério da Educaçãohttp://www.mec.gov.br

Primeira Infância Melhor (PIM) http://www.pim.saude.rs.gov.br/

Rede Andi Brasilhttp://www.redeandibrasil.org.br/

Sociedade Brasileira de Pediatriahttp://www.sbp.com.br

29 REFERÊNCIAS

1 . BARBOSA [et al.] (orgs.). Oferta e demanda de educação infantil no campo / Maria Carmen Silveira Barbosa [et al.] organizadoras. – Porto Alegre :Evan-graf,2012.

2 . BRASIL. MEC. SEB. Brinquedos e brincadeiras de creches: manual de orienta-ção pedagógica. Brasília: MEC/SEB, 2012.

3 . CAMPOS, M.M.C. et alii. A qualidade da educação infantil: um estudo em seis capitais brasileiras. Cadernos de pesquisa, n. 142, jan./abr., 2011, p. 20-54.

4 . CANAVIEIRA, Fabiana Oliveira. Por uma política para educação da pequena infância que garanta a interação entre elas: a relação criança-criança nos In-dicadores de Qualidade na

Educação Infantil. In: FARIA , Ana Lúcia Goulart; AQUINO, Lígia Maria Leão de (orgs.).

Educação Infantil e PNE: questões e tensões para o século XXI. Campinas: Auto-res Associados, 2012.

5.CARVALHO, C. Criança menorzinha... ninguém merece!: políticas da infância em espaços culturais. In: ROCHA, E. A. C. e KRAMER, S. (orgs.). Educação infantil: enfoques em diálogo. Campinas (SP): Papirus, 2011, p. 295-312.

6. CRUZ, S. Referenciais teóricos. In: PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, proposta pedagógica de educação infantil, Fortaleza, 2009. P.17

7. NUNES, Rosa Bernadete Pinto Paes. As diversas manifestações do brincar e as suas contribuições na construção da cultura escolar: um estudo de caso em uma escola pública da zona rural do Município de Serrinha. Salvador: UNEB, 2008, 242f. Dissertação (Mestrado em Educação e Contemporaneidade) – Pro-grama de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade, Universidade

30 do Estado da Bahia, Salvador, 2008.

8. NASCIMENTO, M. L. B. Sociologia da infância e educação infantil: algumas considerações sobre a aproximação entre essas duas áreas na pesquisa sobre a pequena infância. Horizontes, v. 27, n. 2, jul./dez. 2009, p. 31-36.

9. ROSEMBERG, F. A criança pequena e o direito à creche no contexto dos de-bates sobre infância e relações raciais. In: BARBOSA [et al.] (orgs.) Oferta e de-manda de educação infantil no campo / Maria Carmen Silveira Barbosa [et al.] organizadoras. – Porto Alegre: Evangraf,2012.

ELABORAÇÃO PARCERIA