guia confeccao de moda praia

82
GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO NORMAS PARA CONFECÇÃO DE MODA PRAIA

Upload: glenda-melo

Post on 16-Sep-2015

67 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Guia para a elaboração de uma confecção de Moda Praia

TRANSCRIPT

  • GUIA DE IMPLEMENTAONORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA

  • FICHA CATALOGRFICA

    Documento elaborado no mbito do Convnio ABNT/SEBRAE, destinado s micro e pequenas empresas.

    Copyright 2012. Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    Copyright 2012. Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas

    Conteudista tcnico: Maria Adelina Pereira

    A849g

    Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    Guia de implementao: Normas para confeco de moda praia [recurso eletrnico] / Associao Brasileira de Normas Tcnicas, Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas. Rio de Janeiro: ABNT; SEBRAE, 2012.

    74 p.: il.color.

    Modo de acesso: http://portalmpe.abnt.org.br/bibliotecadearquivos/.

    ISBN 978-85-07-03673-9

    1. Indstria de Confeco 3. Normalizao tcnica I. Ttulo. II. Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas

    CDU:006:687.2(083)

  • SEBRAE Roberto Simes Presidente do Conselho Deliberativo Nacional Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho Diretor-Presidente do Sebrae Nacional Jos Cludio dos Santos Diretor de Administrao e Finanas do Sebrae Nacional Carlos Alberto dos Santos Diretor Tcnico do Sebrae Nacional Enio Duarte Pinto Gerente da Unidade de Acesso Inovao e Tecnologia Glucia Zoldan Gerente Adjunta da Unidade de Acesso Inovao e Tecnologia EQUIPE TCNICA

    Maria de Lourdes da Silva Analista tcnica Gestora do Convnio ABNT/SEBRAE Hulda Oliveira Giesbrecht Analista Tcnica Gestora da ao de desenvolvimento dos Guias de Implantao de Normas

    ABNT Pedro Buzatto Costa Presidente do Conselho Deliberativo Walter Luiz Lapietra Vice-Presidente do Conselho Deliberativo Ricardo Rodrigues Fragoso Diretor Geral Carlos Santos Amorim Junior Diretor de Relaes Externas Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone Diretor Tcnico Odilo Baptista Teixeira Diretor Adjunto de Negcios EQUIPE TCNICA

    Janana da Silva Mendona Gerente de Editorao e Acervo Coordenao geral Marcia Cristina de Oliveira Gerente de Planejamento e Projetos

    Apoio tcnico

    Anderson Correia Soares Assistente Tcnico da Gerncia de Editorao e Acervo Apoio tcnico

  • 4SUMRIO

    Introduo ...........................................................................................................................................7

    Normalizao & confeco ............................................................................................................8

    Fibras: alicerce para a confeco .................................................................................................9

    Fio a fi o construdo o tecido ......................................................................................................12

    Tecendo a superfcie da confeco .............................................................................................16

    O incio da caminhada: a chegada do tecido ..........................................................................20

    Como se avalia a qualidade da colorao na malha e nos aviamentos? ......................25

    Estocagem de tecidos ......................................................................................................................39

    Ficha tcnica na comunicao com a normalizao ............................................................40

    Normas para indicar os tipos de costuras e tipos de pontos ............................................41

    Etiquetando na confeco .............................................................................................................45

    Etiquetar como comeou?..........................................................................................................46

    Por que as etiquetas garantem concorrncia leal no mercado? ................................47

    Por que as etiquetas esclarecem melhor toda a cadeia produtiva? .........................47

    Por que as etiquetas esclarecem melhor o consumidor? .............................................47

    Por que a nova etiquetagem demonstra a lealdade do produtor ao consumidor? ..48

    Por que etiquetar se o consumidor cortar a etiqueta? ................................................48

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | SUMRIO

    SUM

    RIO

    GUIA

    DE

    IMPL

    EMEN

    TA

    O

  • 5GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | SUMRIO

    NORMALIZAO

    SUM

    RIO

    GUIA

    DE

    IMPL

    EMEN

    TA

    O

    Como etiquetar o produto da confeco? ...............................................................................49

    Quais itens devem ser declarados na etiquetagem? ............................................................50

    O que infl ui na escolha das simbologias? .................................................................................51

    O modelo infl ui na forma de conservao e limpeza da pea? ........................................53

    A ABNT NBR NM ISO 3758:2010 - cdigos de cuidado usando smbolos ....................54

    Entendendo a simbologia da etiquetagem .............................................................................55

    Formato de indicao dos cdigos de cuidado .....................................................................60

    Concluso sobre a etiquetagem ..................................................................................................62

    ANEXOS

    Anexo 01 Exemplos de etiquetas erradas .............................................................................63

    Anexo 02 Normas do ABNT/CB-17 Comit brasileiro de txtil e do vesturio ....65

    Referncias ...........................................................................................................................................80

  • 7INTRODUO

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    A utilizao de normas tcnicas em qualquer setor representa a otimizao da tcnica a favor da produtividade, aplicando esforos no caminho do faa certo j na primeira vez.

    Para alguns, infelizmente, a normalizao limitadora, representando mais regras para o dia a dia, mais risco de erros e multas. Porm, com o uso consciente das normas, observa-se que as empresas ganham qualidade, alcanam melhoria no desenvolvi-mento da produo, atendem melhor a sua clientela, evitam reprocessos e reduzem as devolues de produtos.

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | INTRODUO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 8NORMALIZAO & CONFECOAo pesquisar as normas disponveis para confeco, o usurio fi ca em dvida sobre

    quais so as normas especfi cas para tecidos ou txteis, e quais so as normas especfi cas para confeco, pois na verdade trata-se de um nico universo. As normas para fi bras ser-vem para indicar a composio das roupas, e as normas para fi o e linha para costura so de grande importncia para a sua qualidade. As normas para tecido, relativas sua colorao, resistncia trao e rasgo, garantem a boa construo do bem confeccionado para o usurio fi nal. As normas para costura, medidas de corpo etc. complementam o conjunto de bases tcnicas para um produto adequado aplicao no s no seu desempenho, mas tambm na sua durabilidade.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | NORMALIZAO & CONFECO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 9Como descrito anteriormente, sem as normas para fi bras no possvel expressar a composio do tecido, que uma informao obrigatria na etiqueta para a orientao do consumidor. Mas ser que todo consumidor olha, avalia e valoriza esta indicao das fi bras na etiqueta? Nem todos, mas alguns valorizam mais as fi bras naturais, enquanto outros preferem fi bras manufaturadas (qumicas) que no amassam tanto ou que tm um cai-mento diferenciado. Nas etiquetas pode haver a identifi cao da composio da fi bra para estimar a durabilidade e a adequao a uma determinada profi sso. Por exemplo, aventais de polister para o profi ssional da rea de eletricidade so mais durveis que os aventais de algodo, devido ao manuseio do cido de baterias dos automveis.

    A etiqueta de composio tambm fornece uma boa orientao para os trata-mentos de cuidado, isto , qual a melhor temperatura de lavagem, qual alvejamento possvel, qual a temperatura de secagem e passadoria, se possvel aplicar ou no solventes de limpeza a seco ou para tirar manchas. Para a elaborao da etiqueta, utiliza-se aABNT NBR 12744, que descreve e classifica as fibras pelos seus nomes tcnicos, confor-me a resoluo de etiquetagem.

    Como exemplo, na ABNT NBR 12744, tem-se a classificao em:

    As fibras txteis se dividem em dois grandes grupos:

    FIBRAS: ALICERCE PARA A CONFECO

    FIBRAS TXTEIS

    NATURAIS

    MANUFATURADAS

    VEGETAIS

    ARTIFICIAIS

    ANIMAIS

    SINTTICAS

    MINERAIS

    algodo, linho, rami, juta, l, seda etc.

    viscose, acetato, liocel, viscose de bambu, polister, poliamida (nilon), acrlico etc.

    NATURAIS

    MANUFATURADAS (QUMICAS)

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | FIBRAS: ALICERCE PARA A CONFECO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 10

    TIPOS DE FIBRAS

    FIBRAS DE ALGODO

    Fibras de alta absoro de umidade, que se originam de sementes e possuem grande capacidade de tingimento.

    FIBRAS DE POLISTER

    Fibras sintticas de alta resistncia e toque agradvel. Proporcionam rpida secagem e podem oferecer aspecto opaco ou brilhante. A resistncia das cores do polister tambm oferece grande durabilidade ao material.

    FIBRAS DE POLIAMIDA

    Fibras sintticas de alto conforto, boa resistncia trao e ao rasgo, e boa elasticidade. Oferecem muitas cores e possuem boa absoro de umidade, sendo considerada a melhor entre todas as fibras sintticas.

    FIBRAS DE ELASTANO

    Fibras sintticas de alta elasticidade e memria, isto , podem ser deformadas diversas vezes que voltam sua forma original, garantindo conforto e bom desempenho ao usurio.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | FIBRAS: ALICERCE PARA A CONFECO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 11

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | FIBRAS: ALICERCE PARA A CONFECO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    Para conhecer mais sobre as fibras, consulte a Resoluo n 2, de 2008, no site do Inmetro (www.inmetro.gov.br) ou a ABNT NBR 12744.

    Nas etiquetas, alm da composio das fi bras, h tambm a indicao do cdigo de cuidados, baseado no tipo de fi bra do produto, na sua construo (malha ou tecido pla-no) e na utilizao de aviamentos, como rendas, galo etc., que podem tambm defi nir se possvel a lavagem na mquina ou s a mo, se pode ser passado ou no etc.

    MODELO DE ETIQUETA

    Mais detalhes sobre as etiquetas sero fornecidos em um captulo especfi co mais adiante.

  • 12

    Os fi os so obtidos a partir das fi bras para a produo do tecido plano e da malha, bem como para a produo de linha de costura e bordado.

    A qualidade do fi o e sua melhor aplicao para determinados tecidos contam com normas de caracterizao. Para indicar se o fi o mais fi no ou espesso, so utilizadas as nor-mas de titulagem, que servem para fi os de tecidos ou linhas de costura. Para a titulagem, no Sistema Internacional, usado o TEX, que representa quantos gramas de fi o ou linha de costura existem em 1000 m de fi o. Se o fi o for fi no, ter menor massa (gramas) em 1000 me, se o fi o ou linha de costura for mais espesso, ter mais gramas em 1000 m de fi o.

    Outro sistema de titulagem o denier, que uma a palavra francesa do original latino denarius (que deu origem, em portugus, palavra dinheiro), que era o nome de uma pe-quena moeda de baixo valor, utilizada antes e durante o imprio de Jlio Csar. Foi utilizada pela primeira vez fora de Roma, durante a Guerra Glica (58 a 52 a.C.), onde hoje a Frana. Quando da morte de Jlio Csar (44 a.C.), a moeda deixou de ser utilizada e foi esquecida, at que Francisco I resolveu utiliz-la na titulao de fi os de seda.

    Denarius de Hadrian

    Desta maneira, se a balana com 400 varas (450 m) de fi o em um dos pratos era, por exemplo, equilibrada por 15 moedas, ento o fi o era de 15 deniers. Fios de 20 deniers e de 30 deniers necessitavam, respectivamente, de 20 e 30 moedas para equilibrar a balana com 400 varas (450 m) de fi o de seda. Um denarius pesava 0,053 gramas.

    A partir de 1873, foi establecido que o denier passaria a corresponder massa, em gramas, de 9.000 m de fi o. Esse sistema ainda utilizado na titulao de fi os de seda, tendo j sido utilizado na titulao de fi os em forma de fi lamentos contnuos, como a viscose, a poliamida e o polister, sendo hoje substitudo pelo sistema decitex (ou, abreviadamente, dtex), que corresponde massa do fi o em gramas para 10.000 m de fi o.

    Essa indicao orienta, por exemplo, o dimetro dos fi os de elastano destinados moda praia em meias femininas de fi o 20 ou 40.

    FIO A FIO CONSTRUDO O TECIDO

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | FIO A FIO CONSTRUDO O TECIDO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 13

    TIPOS DE FIOS

    Fios texturizados

    Fios lurex

    Fios fl at Fios tangleados Fios de elastano

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | FIO A FIO CONSTRUDO O TECIDO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 14

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | FIO A FIO CONSTRUDO O TECIDO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    SISTEMA INTERNACIONAL DE TITULAGEM - TEX

    Flam 100% polister

    Flam 100% algodo

    Chenille 75% polister e 25% algodo

    Boucl 100% polister

    Flam 100% algodo

    Flam 100% polister

    Boucl 100% polister

    Fris

    43% viscose, 43% linho e 14% polister

    Chenille 12 Nm 100 % algodo

    Chenille 2,5 Nm 100 % algodo

    Chenille 12 Nm80 % viscose e 20% algodo

    Chenille soft 1,2 Nm100 % propileno

    Chenille polister 2,5 Nm 80% polister e 20% algodo

    Chenille 2,5 Nm 100 % viscose

  • 15

    Os fi os apresentados na foto representam um nfi mo das variedades de fi os que o mer-cado oferece, pois observa-se que a variao de numerao e de tipos de tores fornecem efeitos bem diferenciados, que criam opes no tecimento.

    Ainda para a produo de malhas de moda praia, utilizado outro importante grupo de txteis lineares: as linhas de costura.

    Para as linhas de costura h diversos tipos de normas para sua caracterizao. So elas:

    NORMAS PARA LINHAS DE COSTURA

    ABNT NBR 13122:1994, Smbolos para orientao de uso e manuteno de fi os de bordado, tric e croch Simbologia.

    ABNT NBR 13213:2002, Linha de costura Determinao do nmero da etiqueta.

    ABNT NBR 13375:1995, Linha de costura Determinao da resistncia ruptura e do alongamento ruptura Mtodo de ensaio.

    ABNT NBR 13376:1995, Linha de costura Determinao da resistncia da laada ruptura e do alongamento da laada ruptura Mtodo de ensaio.

    ABNT NBR 13527:1995, Linha de costura Determinao do encolhimento.

    ABNT NBR 14830:2002, Linhas de costura Determinao do comprimento por suporte de linhas de costura de fi o fi ado.

    ABNT NBR 15390:2006, Linhas de costura Determinao do comprimento por suporte de linhas de costura de fi o fi ado por medio direta

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | FIO A FIO CONSTRUDO O TECIDO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 16

    Como principal matria-prima da confeco, h as superfcies txteis, que podem ser ca-racterizadas das seguintes formas, tanto para roupas quanto para confeccionados em geral:

    Para a qualificao dessas matrias-primas h diversas normas que auxiliam a con-feco na escolha do material ideal para cada tipo de aplicao.

    TECENDO A SUPERFCIE DA CONFECO

    CARACTERIZAO DAS SUPERFCIES TXTEIS

    TECIDO PLANO

    TECIDO DE MALHA

    NOTECIDO

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | TECENDO A SUPERFCIE DA CONFECO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 17GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | TECENDO A SUPERFCIE DA CONFECO

    NORMAS PARA TECIDOS PLANOS

    ABNT NBR 9925:2009, Tecido plano Determinao do esgaramento em uma costura padro.

    ABNT NBR 10588:2008, Tecidos planos Determinao da densidade de fi os.

    ABNT NBR 10589:2006, Materiais txteis Determinao da largura de notecidos e tecidos planos.

    ABNT NBR 10590:2008, Materiais txteis Determinao da alterao do comprimento e da largura de tecidos em atmosfera-padro.

    ABNT NBR 10591:2008, Materiais txteis Determinao da gramatura de superfcies txteis.

    ABNT NBR 11912:2001, Materiais txteis Determinao da resistncia trao e alongamento de tecidos planos (tira).

    ABNT NBR 12005:1992, Materiais txteis Determinao do comprimento de tecido Mtodo de ensaio.

    ABNT NBR 12546:1991, Materiais txteis Ligamentos fundamentais de tecidos planos Terminologia.

    ABNT NBR 12996:1993, Materiais txteis Determinao dos ligamentos fundamentais de tecidos planos Mtodo de ensaio.

    ABNT NBR 13353:1995, Tecido de algodo tingido (plano e de malha) Determinao da densidade de NEPS aparentes Mtodo de ensaio.

    ABNT NBR 13378:2006, Tecidos planos Defeitos Terminologia.

    ABNT NBR 13371:2005, Materiais txteis Determinao da espessura.

    ABNT NBR 13484:2004, Tecidos planos Mtodo de classifi cao baseado em inspeo por pontuao de defeitos.

    ABNT NBR 13917:1997, Material txtil Tecido plano de 100% algodo para roupas profi ssionais e uniformes.

    ABNT NBR 14307:1999, Material txtil Tecido plano para camisas esporte e social.

    ABNT NBR 14634:2000, Tecido plano de 100% algodo Denim Requisitos e mtodos de ensaio.

    ABNT NBR 14726:2001, Tecido plano de polister e algodo para roupas profi ssionais e uniformes Requisitos.

    ABNT NBR 14727:2001, Materiais txteis Determinao da resistncia trao e alongamento pelo ensaio Grab.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 18

    NORMAS PARA MALHAS

    ABNT NBR 12060:2002, Materiais txteis Determinao do nmero de carreiras/cursos e colunas em tecidos de malha Mtodo de ensaio.

    ABNT NBR 12958:1993, Confeces de tecidos de malha Determinao de toro Mtodo de ensaio.

    ABNT NBR 12960:1993, Tecido de malha Determinao da elasticidade e alongamento Mtodo de ensaio.

    ABNT NBR 13175:1994, Materiais txteis Defeitos em tecido de malha por trama Terminologia.

    ABNT NBR 13384:1995, Material txtil Determinao da resistncia ao estouro e do alongamento ao estouro Mtodo do diafragma.

    ABNT NBR 13460:1995, Tecido de malha por trama Determinao da estrutura.

    ABNT NBR 13461:1995, Tecido de malha por trama Determinao do percentual de defeitos.

    ABNT NBR 13462:1995, Tecido de malha por trama Estruturas fundamentais.

    ABNT NBR 13586:1996, Tecido de malha por trama e seu artigo confeccionado Tolerncias na gramatura.

    NORMAS PARA NOTECIDOS

    ABNT NBR 12984:2009, Notecido Determinao da massa por unidade de rea.

    ABNT NBR 13041:2004, Notecido Determinao da resistncia trao e alongamento Mtodo de tiras e "Grab".

    ABNT NBR 13351:2003, Notecido Determinao da resistncia propagao do rasgo.

    ABNT NBR 13370:2002, Notecido Terminologia.

    ABNT NBR 13371:2005, Materiais txteis Determinao da espessura.

    ABNT NBR 13480:2008, Notecido Determinao do comprimento de fl exo.

    ABNT NBR 13481:2009, Notecido Determinao do tempo de penetrao de lquido

    ABNT NBR 13482:1995, Notecido Determinao da deformao.

    ABNT NBR 13706:1996, Notecido Determinao da permeabilidade ao ar.

    ABNT NBR 13735:2006, Notecido Determinao da absoro.

    ABNT NBR 13907:1997, Notecido Determinao da resistncia ao estouro.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | TECENDO A SUPERFCIE DA CONFECO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 19

    NORMAS PARA NOTECIDOS

    ABNT NBR 13908:1997, Notecido Preparao de corpos de prova para ensaios laboratoriais.

    ABNT NBR 14025:2008 , Notecido Determinao da resistncia presso hidrosttica Mtodo da coluna d gua.

    ABNT NBR 14142:2010, Notecido Determinao da repelncia ao lcool e/ou solues lcool/gua.

    ABNT NBR 14356:1999, Notecido Determinao da alterao dimensional.

    ABNT NBR 14581:2000, Notecido Determinao da resistncia abraso.

    ABNT NBR 14621:2008, Notecido Determinao da resistncia delaminao.

    ABNT NBR 14672:2001, Notecido Determinao da formao de pilling atravs do aparelho tipo Martindale.

    ABNT NBR 14673:2001, Materiais txteis Determinao da irritabilidade drmica (primria e cumulativa).

    ABNT NBR 14795:2002, Notecido Plano de amostragem Procedimento.

    ABNT NBR 14796:2002, Notecido Vu de superfcie Determinao do retorno de lquido rewet.

    ABNT NBR 14797:2002, Notecidos Determinao da penetrao de lquido sob inclinao run-off .

    ABNT NBR 14892:2002, Notecido - Flamabilidade horizontal.

    ABNT NBR 14930:2003, Notecidos Desprendimento de partculas Linting.

    ABNT NBR 15050:2004, Notecidos Determinao da compresso e recuperao de notecidos volumosos temperatura ambiente, utilizando pesos e pratos.

    ABNT NBR 15354:2006, Materiais txteis Determinao da resistncia perfurao esttica.

    ABNT NBR 15355:2006, Notecido Defeitos Terminologia.

    ABNT NBR 15657:2009, Notecido Determinao do tempo de penetrao de lquido por repetio.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | TECENDO A SUPERFCIE DA CONFECO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    importante para a confeco ter a capacidade de interpretar valores dos ensaios (tes-tes) destas normas e ter critrios de comparao e avaliao da matria-prima a ser escolhida.

    Muitas vezes, a partir de um tecido que tenha tido um bom desempenho, possvel defi nir as caractersticas atravs de norma e assim criar um padro da empresa a ser exigi-do a cada nova compra.

  • 20

    O INCIO DA CAMINHADA: A CHEGADA DO TECIDOAo receber o tecido, a confeco deve conferir no apenas a quantidade de rolos de

    tecidos, mas tambm a qualidade e os itens de regularidade metrolgica, isto , compri-mento e largura.

    Com relao largura do tecido, seja malha ou tecido plano, deve-se utilizar aABNT NBR 10589. Mesmo sendo a largura uma caracterstica muito simples de ser con-ferida, ela pode causar muitos enganos. Segundo esta norma, para se medir a largura do tecido, deve-se deix-lo em descanso durante 8h e posteriormente medi-lo com a trena ou fi ta mtrica, NUNCA esticando o tecido para conferir a medida, pois isso pode alterar bastante a medio.

    A largura correta um fator importante na programao do encaixe dos moldes e na previso das perdas no corte e, logicamente, infl ui diretamente no custo.

    GRAMATURA, LARGURA, PESO LINEAR E RENDIMENTO COMO SE RELACIONAM?

    Desde 2008, a Resoluo de etiquetagem solicita aos produtores de tecidos que indi-quem na nota fi scal e nas etiquetas a gramatura do tecido, que um dado muito til para controlar a qualidade do que recebido.

    Com a gramatura tambm possvel calcular o peso linear do tecido, isto , quantos gramas existem a cada metro de tecido com a largura total do tecido.

    P Peso linear = gramatura x largura do tecido

    GRAMATURA PESO LINEAR

    Massa da gramatura

    Massa/1m2

    1m

    1m

    1m Massa do peso linear

    Largura do tecido

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | O INCIO DA CAMINHADA: A CHEGADA DO TECIDO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 21

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    Com o peso linear possvel estimar a metragem de um rolo de tecido sem necessa-riamente desenrol-lo por completo, apenas pesando-o.

    Com o peso linear tambm possvel calcular o rendimento em 1 kg de tecido:

    O clculo do rendimento da malha importantssimo para o clculo dos custos da empresa.

    Outro fator de grande importncia para a qualidade das matrias-primas de superfcie para a confeco a espessura, que pode ser do tecido plano, malha ou notecido.

    Para isto utiliza-se a ABNT NBR 13371. A importncia da determinao da espessura refl etida no caimento do tecido.

    Alm da infl uncia no caimento, a espessura tambm infl uencia na qualidade da cos-tura. Tecidos muito fi nos permitem margens de costura menores e, com isso, uma costu-ra delicada e menos incmoda ao usurio. Para tecidos mais grossos, obrigatoriamente a margem de costura deve ser maior, para impedir o esgaramento devido grande massa de fi bras concentrada em uma pequena rea.

    Em uma costura rebatida, a espessura do tecido defi ne a resistncia e a aparncia da costura, pois muitas camadas de tecido se acumulam e concorrem para oferecer durabili-dade malha de moda praia.

    Rendimento metros

    kg de tecido =

    1000 g

    peso linear =

    m

    kg

    Metragem (m) = Peso do rolo de tecido

    Peso linear (g / m)

    EXEMPLOS DE GRAMATURAS DE TECIDOS COMERCIAIS

    NOME COMERCIAL DO TECIDO GRAMATURA PESO LINEAR PARA LARGURA DE 1,40 m

    Malha Moda Praia Em torno de 280 g/m 392 g/1 m de tecido no comprimento

    Denim 10 oz Em torno de 340 g/m 476 g/1m de tecido no comprimento

    Malha de forro de biquini Em torno de 80 g/m 112 g/1m de tecido no comprimento

    Notecido para embalagem (TNT) Em torno de 30 g/m 42g/1m de tecido no comprimento

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | O INCIO DA CAMINHADA: A CHEGADA DO TECIDO

  • 22

    Especmetro porttil

    Observa-se ainda que muitas confeces indicam se o tecido mais aberto ou mais fe-chado, o que garante, alm de diferentes resistncias, a ventilao do tecido e o caimento diferenciado. Essa qualidade dos tecidos denominada densidade. Nos tecidos planos indicada em fi os por centmetro e batidas por centmetro; em malhas indicada por car-reiras por centmetro e colunas por centmetro. Para determinar a densidade dos tecidos, existem as ABNT NBR 10588 e ABNT NBR 12060.

    Carreira ou curso Coluna de malha

    A densidade de colunas por centmetro ou de carreiras por centmetro permite tam-bm avaliar a resistncia ao esgaramento da superfcie txtil.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | O INCIO DA CAMINHADA: A CHEGADA DO TECIDO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 23

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    Falando em esgaramento, h uma norma que permite avaliar se o tecido apresenta-r aberturas na costura durante o uso, o que muito crtico para o aspecto e durabilida-de da roupa. Mas, para malha, no h um mtodo normalizado para essa avalio devido sua grande elasticidade, porm o esgaramento tambm pode acontecer nas malhas e, portanto, deve ser avaliado na pea-piloto.

    RESISTNCIA ABRASO: o ensaio consiste em determinar o nmero de ciclos necessrios para promover a ruptura do tecido aps o atrito. Permite avaliar a resistncia que o tecido ter ao ser usado e atritado contra outros materiais (como o tecido de estofados), atritado contra cadeiras ou mesmo contra a areia da praia.

    Corpo de prova que ser atritado Equipamento de abraso e pilling

    Este mesmo equipamento serve para avaliar a resistncia abraso e a formao de pilling (bolinhas).

    A escala de avaliao de formao de pilling (bolinhas) abrange da nota 1 (pior) at a nota 5 (melhor, sem formao de bolinhas). So usados padres fotogrfi cos para atribuir essas notas.

    NOTA 1 NOTA 5

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | O INCIO DA CAMINHADA: A CHEGADA DO TECIDO

  • 24

    VARIAO DIMENSIONAL APS LAVAGEM DOMSTICA: Deve ser avaliada conforme a ABNT NBR 10320. Permite avaliar se o tecido est estvel quanto a encolhimento e aumento de medidas, isto , se o tecido denim encolher demais, significa que seu processo de sanforizao no foi bem aplicado.

    Observao: As medidas externas para o corte do tecido so de 38 cm x 38 cm.As medidas internas de marcao so de 25 cm nos seis pontos.

    Executa-se lavagem temperatura de 30C 3C e secagem em tambor a 60C, no tecido com as marcaes descritas no desenho acima.

    Calcula-se a alterao dimensional depois da primeira lavagem e secagem. Pode-se ainda lavar mais vezes para avaliao do resultado aps lavagens consecutivas. Para essa avaliao utiliza-se a seguinte frmula:

    E% =B A

    Ax100

    onde

    E a alterao dimensional;

    A a dimenso inicial;

    B a dimenso fi nal (aps a lavagem e secagem).

    Os valores para os tecidos de malha admissveis so:

    25 cm

    38 cm

    VARIAO DIMENSIONAL MALHAS PARA ROUPA DE BANHO(%)

    Alongamento 6,0

    Encolhimento 6,0

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | O INCIO DA CAMINHADA: A CHEGADA DO TECIDO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 25

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    COMO SE AVALIA A QUALIDADE DA COLORAO NA MALHA E NOS AVIAMENTOS?

    NORMAS PARA SOLIDEZ DA COR

    ABNT NBR ISO 105-A01:2011, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte A01: Princpios gerais de ensaio.

    ABNT NBR ISO 105-A02:2006, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte A02: Escala cinza para avaliao da alterao da cor.

    ABNT NBR ISO 105-A03:2006, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte A03: Escala cinza para avaliao da transferncia da cor.

    ABNT NBR ISO105-A04:2007, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte A04: Mtodo para avaliao instrumental do grau de transferncia da cor a tecidos-testemunha.

    ABNT NBR ISO105-A05:2007, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte A05: Avaliao instrumental da alterao da cor para classifi cao na escala cinza.

    ABNT NBR ISO105-A06:2007, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte A06: Determinao instrumental do padro 1/1 de intensidade da cor.

    ABNT NBR ISO105-A08:2007, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte A08: Vocabulrio usado na medio da cor.

    ABNT ABNT NBR ISO 105-B01:2009, Txteis Ensaio de solidez da cor Parte B01: Solidez da cor luz: Luz do dia.

    ABNT NBR ISO 105-B02:2007, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte B02: Solidez da cor luz artifi cial: Ensaio da lmpada de desbotamento de arco de xennio.

    ABNT ABNT NBR ISO 105-B03:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte B03: Solidez da cor ao intemperismo: Exposio ao meio ambiente exterior.

    ABNT NBR ISO 105-B04:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte B04: Solidez da cor ao intemperismo artifi cial: Ensaio de lmpada de desbotamento ao arco de xennio.

    ABNT NBR ISO 105-B05:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte B05: Verifi cao e avaliao de fotocromismo.

    ABNT NBR ISO 105-B06:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte B06: Solidez da cor e envelhecimento luz artifi cial a elevadas temperaturas: Ensaio de desbotamento com lmpada de arco de xennio.

    ABNT NBR ISO 105-B07:2010, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte B07: Solidez da cor luz de txteis umectados com suor artifi cial.

    ABNT NBR ISO 105-B08:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte B08: Controle de qualidade dos tecidos de l azul de referncia 1 a 7.

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | COMO SE AVALIA A QUALIDADE DA COLORAO NA MALHA E NOS AVIAMENTOS?

    Alm da alterao de medidas que podem comprometer a moda praia, h tambm a avaliao das propriedades da cor que o tecido de malha e os aviamentos apresentam.

    A cor sofre vrios ataques alm da lavagem, como luz do sol, gua do mar, gua da piscina, frico etc. Para prever o que poder acontecer com a malha e os aviamentos, h di-versas normas para solidez da cor, que facilitam a avaliao sem necessariamente ir praia ou piscina ou expor-se ao sol para ter certeza da durabilidade da cor do material txtil.

    Podem ser relacionadas as seguintes normas:

  • 26

    NORMAS PARA SOLIDEZ DA COR

    ABNT NBR ISO 105 C06:2010, Txteis Ensaios de solidez de cor Parte C06: Solidez da cor lavagem domstica e comercial.

    ABNT NBR ISO 105-C07:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte C07: Solidez da cor escovao a mido de txteis coloridos com pigmentos.

    ABNT NBR ISO 105-C09:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte C09: Solidez da cor lavagem domstica e comercial Efeito do alvejamento oxidativo usando um detergente de referncia no fosfatado, incorporando um ativador de alvejamento baixa temperatura.

    ABNT NBR ISO 105-C10:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte C10: Solidez da cor lavagem com sabo ou sabo e barrilha.

    ABNT NBR ISO 105-C12:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte C12: Solidez da cor lavagem industrial.

    ABNT NBR ISO 105-D01:2011, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte D01: Solidez da cor a lavagem a seco usando solvente percloroetileno.

    ABNT NBR ISO 105-D02:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte D02: Solidez da cor frico: Solventes orgnicos.

    ABNT NBR ISO 105-E01:2011, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte E01: Solidez da cor gua.

    ABNT NBR ISO 105-E02:2009, Txteis Ensaios de solidez de cor Parte E02: Solidez da cor gua do mar.

    ABNT NBR ISO 105-E03:2011, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte E03: Solidez da cor gua clorada (gua de piscina).

    ABNT NBR ISO 105-E04:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte E04: Solidez da cor ao suor.

    ABNT NBR ISO 105-E05:2011, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte E05: Solidez da cor ao manchamento: cido.

    ABNT NBR ISO 105-E06:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte E06: Solidez da cor ao manchamento: lcali.

    ABNT NBR ISO 105-E07:2011, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte E07: Solidez da cor ao manchamento: gua.

    ABNT NBR ISO 105-E08:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte E08: Solidez da cor gua quente.

    ABNT NBR ISO 105-E09:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte E09: Solidez da cor ao tratamento a mido.

    ABNT NBR ISO 105-E10:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte E10: Solidez da cor decatizagem.

    ABNT NBR ISO 105-E11:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte E11: Solidez da cor a vaporizao.

    ABNT NBR ISO 105-E12:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte E12: Solidez da cor batanagem: Batanagem alcalina.

    ABNT NBR ISO 105-E13:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte E13: Solidez da cor feltragem cida: Severa.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | COMO SE AVALIA A QUALIDADE DA COLORAO NA MALHA E NOS AVIAMENTOS?

  • 27

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    NORMAS PARA SOLIDEZ DA COR

    ABNT NBR ISO 105-E14:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte E14: Solidez da cor feltragem cida: Suave.

    ABNT NBR ISO 105-E16:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte E16: Solidez da cor ao manchamento com gua em tecidos de revestimento.

    ABNT NBR ISO 105-F01/2007, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte F01: Especifi cao para tecido-testemunha de l.

    ABNT NBR ISO 105-F02:2010, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte F02: Especifi cao para tecidos-testemunha de algodo e viscose.

    ABNT NBR ISO 105-F03:2007, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte F03: Especifi cao para tecido-testemunha de poliamida.

    ABNT NBR ISO 105-F04:2007, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte F04: Especifi cao para tecido-testemunha de polister.

    ABNT NBR ISO 105-F05:2007, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte F05: Especifi cao para tecido-testemunha de acrlico.

    ABNT NBR ISO 105-F06:2007, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte F06: Especifi cao para tecido-testemunha de seda.

    ABNT NBR ISO 105-F07:2007, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte F07: Especifi cao para tecido-testemunha de acetato secundrio.

    ABNT NBR ISO 105-F09:2010, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte F09: Especifi cao para tecido-testemunha de algodo para friccionamento.

    ABNT NBR ISO 105-F10:2007, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte F10: Especifi cao para tecido-testemunha de multifi bras.

    ABNT NBR ISO 105-G01:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte G01: Solidez da cor aos xidos de nitrognio.

    ABNT NBR ISO 105-G02:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte G02: Solidez da cor aos fumos de gases queimados.

    ABNT NBR ISO 105-G03:2010, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte G03: Solidez da cor ao oznio na atmosfera.

    ABNT NBR ISO 105-J01:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte J01: Princpios gerais para a medio da cor de superfcie.

    ABNT NBR ISO 105-J02:2011, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte J02: Avaliao Instrumental do grau de branco relativo.

    ABNT NBR ISO 105-J03:2010, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte J03: Clculo de diferenas de cor.

    ABNT NBR ISO 105-X12:2007, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte X12: Solidez frico.

    ABNT NBR ISO 105-X16:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte X16: Solidez da cor frico Pequenas reas.

    ABNT NBR 9398:2004, Materiais txteis Determinao da solidez da cor sob ao da limpeza a seco.

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | COMO SE AVALIA A QUALIDADE DA COLORAO NA MALHA E NOS AVIAMENTOS?

  • 28

    NORMAS PARA SOLIDEZ DA COR

    ABNT NBR 10186:1988, Materiais txteis Determinao da solidez de cor ao alvejamento com hipoclorito Mtodo de ensaio.

    ABNT NBR 10188:1988, Materiais txteis Determinao da solidez de cor ao do ferro de passar a quente Mtodo de ensaio.

    ABNT NBR 10678:1989, Materiais txteis Determinao da solidez de cor vulcanizao Ar quente Mtodo de ensaio.

    ABNT NBR 12017:1990, Materiais txteis Determinao da solidez de cor mercerizao Mtodo de ensaio.

    ABNT NBR 12072:1991, Materiais txteis Determinao da solidez de cor vulcanizao Monocloreto de enxofre Mtodo de ensaio.

    ABNT NBR 12623:1993, Materiais txteis Determinao da solidez de cor ao calor seco (sublimao) Mtodo de ensaio.

    ABNT NBR 12998:1993, Material txtil Reconhecimento e determinao da fotocromia Mtodo de ensaio.

    ABNT NBR 13217:1994, Materiais txteis Determinao da solidez de cor luz Iluminao luz do dia Mtodo de ensaio.

    ABNT NBR 13218:1994, Material txtil Determinao da solidez de cor ao alvejamento com perxido Mtodo de ensaio.

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | COMO SE AVALIA A QUALIDADE DA COLORAO NA MALHA E NOS AVIAMENTOS?

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O Para avaliar o quanto a cor foi agredida h dois tipos de escala:

    P escala de alterao da cor (desbote da cor);

    P escala de transferncia da cor (migrao da cor para outro tecido branco).

    A alterao da cor permite avaliar se a pea fi cou mais clara, mais escura, mais amarelada, mais avermelhada etc. Dependendo do tipo de agresso fsica ou qumica, a cor pode variar bastante. Por exemplo, na gua do mar h corantes que fi cam mais intensos, dando a impres-so de mais escuros, na luz h corantes que clareiam muito etc.

    Escala cinza de alterao da cor - Avaliao de solidez da cor (desbote)

    A transferncia de cor permite avaliar se esta cor ir manchar outras partes da pea con-feccionada ou deixar migrar o corante para outras peas que forem lavadas em conjunto. Nem sempre uma cor que apresenta alterao apresenta tambm transferncia e vice-versa.

    Escala cinza de transferncia da cor - Avaliao de solidez da cor (migrao)

    3 2/3 2 1/2 1

  • 29GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | COMO SE AVALIA A QUALIDADE DA COLORAO NA MALHA E NOS AVIAMENTOS?

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    As notas das escalas cinza vo de 1 (pior) a 5 (melhor).

    As normas sobre o uso das escalas cinza so:

    P ABNT NBR ISO 105-A02:2006, Txteis - Ensaios de solidez da cor - Parte A02: Escala cinza para avaliao da alterao da cor.

    P ABNT NBR ISO 105-A03:2006, Txteis - Ensaios de solidez da cor - Parte A03: Escala cinza para avaliao da transferncia da cor

    Durante o uso, as roupas de banho ou moda praia so expostas ao suor, afi nal, com praia e sol, transpirar normal e saudvel, porm nem todos os corantes suportam o ataque do suor, que, alm de gua, possui substncias que oferecem alcalinidade ou acidez, reagindo com a malha e com os aviamentos.

    Para avaliar o ataque do suor cor do material txtil do tecido de malha ou dos aviamentos, h a ABNT NBR ISO 105-E04:2009, Txteis - Ensaios de solidez da cor - Parte E04: Solidez da cor ao suor. Esta norma orienta a preparar um suor sinttico em duas verses: pH alcalino e pH cido.

    A malha ou o aviamento molhado nesses dois tipos de suor separadamente e, depois, mantido por 4h em uma estufa a 37C para simular o calor do corpo humano. Em seguida deve ser seco para ser possvel verifi car se a cor sofreu alterao ou se manchou outro tecido branco, chamado de tecido-testemunha.

    Perspirmetro que serve para manter as amostras com suor pressionadas na estufa

    Com estes mesmos equipamentos (perspirmetro e estufa), possvel avaliar a solidez da cor gua de piscina e gua do mar pelas seguintes normas:

    P ABNT NBR ISO 105-E02:2009, Txteis Ensaios de solidez de cor Parte E02: Solidez da cor gua do mar

    P ABNT NBR ISO 105-E03:2011, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte E03: Solidez da cor gua clorada (gua de piscina)

    Nestas duas normas h orientao de como simular gua do mar usando cloreto de sdio e como simular gua de piscina com cloro em medida controlada, como nas piscinas, para no agredir a pele humana.

    Estas normas tambm orientam a mergulhar as amostras nas respectivas solues sepa-radamente e a mant-las pressionadas durante 4h na estufa.

    Depois de secar as amostras, procede-se avaliao com as escalas cinza.

  • 30

    Como na moda praia h lindas estampas disposio das tendncias da moda, existe uma norma para avaliar se estas estampas no perdero a cor, aABNT NBR ISO 105-X12:2007, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte X12: Solidez fric-o (atrito com tecido branco).

    Para realizar o atrito no tecido de malha estampado ou de cor lisa, para avaliar a solidez da cor frico, utiliza-se o crockmeter.

    O ensaio consiste em atritar um tecido branco, chamado de testemunha, que indicar se o tecido de malha colorido ou estampado capaz ou no de manchar outras superfcies.

    Exemplo de testemunha aps ensaio de frico

    Como as peas de moda praia recebem muita luz do sol, h necessidade de ava-liar a resistncia do tecido de malha e dos aviamentos a esta ao. H vrias normas para esta avaliao.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | COMO SE AVALIA A QUALIDADE DA COLORAO NA MALHA E NOS AVIAMENTOS?

    NORMAS PARA AVALIAO DA AO DA LUZ SOBRE AS CORES

    ABNT NBR ISO 105-B02:2007, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte B02: Solidez da cor luz artifi cial: Ensaio da lmpada de desbotamento de arco de xennio.

    ABNT ABNT NBR ISO 105-B03:2009, Txteis Ensaio de solidez da cor Parte B03: Solidez da cor ao intemperismo: Exposio ao meio ambiente exterior.

    ABNT NBR ISO 105-B04:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte B04: Solidez da cor ao intemperismo artifi cial: Ensaio de lmpada de desbotamento ao arco de xennio.

    ABNT NBR ISO 105-B05:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte B05: Verifi cao e avaliao de fotocromismo.

    ABNT NBR ISO 105-B06:2009, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte B06: Solidez da cor e envelhecimento luz artifi cial a elevadas temperaturas: Ensaio de desbotamento com lmpada de arco de xennio.

    ABNT NBR ISO 105-B07:2010, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte B07: Solidez da cor luz de txteis umectados com suor artifi cial.

  • 31

    Para simular o sol, a alternativa o uso de equipamentos que tenham como fonte iluminante artifi cial de alta intensidade a lmpada de xennio que, segundo referncia de pesquisadores, tem uma equivalncia de 1h de xennio para 10h de luz solar natural, assim acelerando a avaliao da cor para se saber se resistir ou no.

    Junto com a amostra a ser avaliada colocada tambm uma escala de padres de l tingida com corantes padronizados, denominada escala azul, que permite avaliar se a lmpada est efi caz.

    Quando a escala azul e a amostra apresentam a variao da cor, tem-se a nota do limite de resistncia daquela cor luz solar.

    O aparelho de solidez da cor luz uma cmara que mantm a umidade ambiente e a temperatura, bem como mantm as amostras girando em torno da luz de xennio.

    Outro ensaio importante o de solidez da cor lavagem, afi nal, aps transpirar no uso, expor gua do mar ou piscina e fi car no sol, o biquni, o mai e a sunga precisam ser lavados. Para isso conta-se com a ABNT NBR ISO 105 C06:2010, Txteis Ensaios de solidez da cor Parte C06: Solidez da cor lavagem domstica e comercial.

    Escala azul aps ensaio de solidez

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | COMO SE AVALIA A QUALIDADE DA COLORAO NA MALHA E NOS AVIAMENTOS?

  • 32

    A lavagem domstica imitada em um equipamento denominado washtester e, depois do ciclo de lavagem, a amostra seca para ser avaliada na escala cinza de alterao e de transferncia da cor.

    O washtester simula a lavagem caseira com sabo domstico, agitaes e temperatura ajustveis conforme a delicadeza ou severidade que se queira atribuir ao ensaio.

    H outro ensaio para a avaliao da malha que mede a sua resistncia mecnica. Como a ma-lha possui muita elasticidade, no pode ser utilizado o dinammetro como nos tecidos planos e, portanto, utiliza-se o ensaio de resistncia ao estouro, que consiste em colocar o tecido sobre um diafragma de borracha, que infl ado at a malha que o cobre explodir em um estouro.

    A resistncia ao estouro medida pela presso necessria para infl ar a borracha at o estouro da malha.

    Para a classifi cao da qualidade do tecido de malha, possvel contar com aABNT NBR 13175, que descreve os defeitos dos tecidos de malha, e com a ABNT NBR 13461, que defi ne a determinao do percentual de defeitos no tecido de malha em reviso. Depen-dendo da aplicao, esse limite pode ser acordado entre as partes envolvidas (fornecedor do tecido e confeccionista).

    A reviso dos tecidos realizada em revisadeira ou tribunal, onde ocorre o julgamento do tecido de malha e procede-se separao e marcao de defeitos.

    A seguir so relacionados alguns defeitos mais comuns em malha:

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | COMO SE AVALIA A QUALIDADE DA COLORAO NA MALHA E NOS AVIAMENTOS?

  • 33

    DEFEITOS OBSERVVEIS NO TECIDO DE MALHA EM ESTADO CRU

    BURACO

    Furo de pequena dimenso na forma linear ou circular.

    RASGO

    Furo de maior dimenso, podendo ser de dois tipos:

    a) circular: no sentido horizontal, principalmente em funo do rompimento do fi o, interrompendo a formao do curso;

    b) linear: no sentido vertical, ocasionado principalmente por danos na lingueta da agulha ou platina do tear.

    MALHA CORRIDA

    Defeito no sentido vertical, proveniente do no entrelaamento de uma ou mais colunas, causado por agulha com gancho quebrado ou fechado pela lingueta, quando na posio de tecimento ou, ainda, pelo desentrelaamento desta(s) coluna(s).

    P DE GALINHA

    Ponto carregado ou ponto duplo anormal no sentido linear (vertical) e/ou espalhado.

    AFASTAMENTO IRREGULAR DA COLUNA

    Linha vertical devida ao intervalo anormal de uma ou mais colunas, causada por agulhas e/ou por platinas tortas, canaletes sujos, tortos ou desgastados.

    BUCHA

    Aglomerado de fi brilas ou fi os incorporado ao tecido.

    FIBRAS ESTRANHAS

    Contaminao de fi bras diferentes no fi o ou no tecido, durante o processo de produo.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | COMO SE AVALIA A QUALIDADE DA COLORAO NA MALHA E NOS AVIAMENTOS?

  • 34

    MANCHA DE LEO

    Mancha oleosa caracterstica de colorao amarelada ou escura, em forma de pingos ou riscos.

    TECIDO SUJO

    Tecido que apresenta sujidade diferente nos demais defeitos caracterizados neste Guia.

    VINCOS

    Marcas oriundas de dobras no sentido longitudinal.

    FIO IRREGULAR

    Curso em baixo-relevo ou alto-relevo, de curto ou longo percurso, provocado por falta de uni-formidade do ttulo do fi o.

    FIO DUPLO

    Dois fi os adjacentres que apresentam o mesmo curso, isto , evoluo, sendo que um deles foi alimentado indevidamente com o fi o regular da malha.

    FALTA DE FIO

    Rebaixo proveniente da falta de fi o em estruturas com mais de uma alimentao por curso, ou malhas tecidas com dois ou mais fi os no mesmo alimentador.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | COMO SE AVALIA A QUALIDADE DA COLORAO NA MALHA E NOS AVIAMENTOS?

  • 35

    FIO ESTRANHO

    Fio de caractersticas diferentes e de mesmo ttulo.

    FIO PUXADO

    Estiragem de um ou mais cursos, causadas pelo puxamento do fi o durante o processo de produo.

    ALIMENTA O NEGATIVA

    Curso com pontos irregulares, ocasionados por um ou mais fi os fora da fi ta de alimentao positiva, ou roldana do acumulador destravada.

    TTULO DIFERENTE

    Rebaixo ou ressalto proveniente da entrada de um fi o de ttulo mais fi no ou mais grosso no mesmo curso. Caracteriza-se por apresentar emendas em ambas as pontas.

    FIO SUJO

    Sujidade apresentada no fi o, que o faz despontar no tecido.

    BARRAMENTO

    Diferena entre um ou mais cursos, apresentando aparncia de listras horizontais repetitivas.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | COMO SE AVALIA A QUALIDADE DA COLORAO NA MALHA E NOS AVIAMENTOS?

  • 36

    DEFEITOS OBSERVVEIS NO TECIDO DE MALHA APS BENEFICIAMENTO

    MALHA TORCIDA

    Toro no tecido, colocando as colunas na posio diagonal. Como consequncia, as costuras laterais dos artigos confeccionados deslocam-se, fi cando uma para trs e outra para frente.

    MANCHA

    rea de aspecto ou colorao diferente do restante da pea.

    FALTA DE SOLIDEZ

    Alterao da cor provocada pela insufi cincia de solidez de corantes, luz solar, passagem a ferro, ao suor, ao atrito, lavagem caseira etc.

    MARC A DE PIN A

    Marcao retangular e brilhante perto das ourelas, provocada pelos morcetes da rama, po-dendo alterar a cor do tecido.

    PREGAS

    Rugosidade ao longo do tecido.

    QUEBRADURAS

    Dobras de carter permanente fi xadas por presso a mido e/ou quente.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | COMO SE AVALIA A QUALIDADE DA COLORAO NA MALHA E NOS AVIAMENTOS?

  • 37

    DIFEREN A DE TONALIDADE

    Tecido com tonalidade diferente do padro.

    PILLING

    Pequenas bolinhas de fi bras e/ou fi brilas na superfcie do tecido, causadas por frico.

    SOVADO

    Marcas causadas pelo excesso de frico do molinelo sobre o tecido.

    DEGRAD

    Variao gradual da cor no tecido.

    CHEIRO RUIM

    Odor desagradvel no tecido.

    QUEIMADO

    Tecido que apresenta-se amarelado devido ao processo de secagem com temperatura supe-rior admitida.

    NEPS

    Pontos mais claros na superfcie do tecido, que absorveram menos corante durante o tingi-mento, sendo formados por pequenos emaranhados de fi bras mortas ou imaturas.

    VARIA O DE LARGURA

    Tecido cuja largura no obedece s especifi caes.

    ESTAMPA BORRADA

    Aspecto embaado da estampa.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | COMO SE AVALIA A QUALIDADE DA COLORAO NA MALHA E NOS AVIAMENTOS?

  • 38

    ESTAMPA COM ESTRIAS

    Listras normalmente provocadas por esptula ou rgua defeituosa, pasta dos corantes mal misturada, cilindros e quadros gastos ou com defeito etc.

    DESENC AIXE

    Falta de encaixe entre as partes da estampa, causada por falhas de posicionamento de cilin-dro ou quadro de estampa.

    DOBRA DE ESTAMPARIA

    Falha de estampa devido ao tecido dobrado no ato de estampar.

    ESTAMPA MIGRADA

    Expanso das cores alm dos limites defi nidos pelo desenho.

    MALHA C ADA

    Uma malha no formada acidentalmente e que se apresenta fl utuante no tecido. Se a malha cada no for detectada, poder se transformar em malha corrida.

    REVISO DE TECIDOS

    A fi nalidade da reviso determinar a qualidade e a quantidade de defeitos, classifi -cando-os como de menor e de maior gravidade. Para realizar a inspeo so necessrios uma revisadeira de tecidos, iluminao intensa e giz escolar branco para marcar os defeitos.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | COMO SE AVALIA A QUALIDADE DA COLORAO NA MALHA E NOS AVIAMENTOS?

  • 39

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    ESTOCAGEM DE TECIDOSO cuidado com o tecido na estocagem pode ser determinante na manuteno da qua-

    lidade alcanada no tecimento. Estocar de qualquer forma pode marcar o tecido, criar rugas eternas, chamadas de quebraduras, desalinhar ourelas, alterar cores, entre outros problemas.

    Nesta foto tem-se o exemplo de forma de estocagem em fogueira, que ocupa pouco espao, mas prejudica terrivelmente o tecido, desenvolvendo marcas que no podero ser retiradas na confeco, alm do excesso de luz que atinge o material, que poder alterar a cor irreversivelmente.

    Os rolos de tecidos devem fi car sobre paletes, isolando-os de sujidades e umidade do cho. Jamais devem ser mantidos de p, apoiados em uma das laterais, o que signifi ca-ria condenar esse lado do tecido a marcas e deformaes de ourelas. Empilhar os tecidos como fogueira tambm reduz a qualidade do tecido.

    O isolamento dos tecidos em relao poeira e umidade de suma importncia, pois os micro-organismos, como fungos e bactrias, alimentam-se de fi bras e desenvolvem manchas e odores que desvalorizam a beleza dos tecidos.

    O ataque da luz do sol ou artifi cial pode ocorrer em determinados corantes. Sendo assim, sempre importante proteger todo e qualquer tecido da luz.

    Gases poluentes, como, por exemplo, os que so emitidos por escapamentos de auto-mveis, tambm podem afetar a cor dos tecidos, portanto eles nunca devem ser estocados prximo a garagens ou junto a janelas que tenham acesso aos gases da rua.

    O incio da confeco acontece com a boa seleo do tecido, adequado ao modelo desenvolvido conforme as tendncias e o pblico-alvo que se pretende atender, para con-tinuar rumo qualidade, com a matria-prima selecionada conforme as normas existentes. Deve-se ter o caminho da confeco traado atravs da fi cha tcnica do produto.

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | ESTOCAGEM DE TECIDOS

  • 40

    FICHA TCNICA NA COMUNICAO COM A NORMALIZAOA fi cha tcnica do produto tem por objetivo defi nir tecnicamente o modelo, ou seja,

    o produto, para os departamentos de engenharia de produo, custo, planejamento e controle de produo (PCP) e para as linhas de produo. A fi cha deve conter todas as informaes pertinentes ao processo de produo (desenho tcnico, informaes sobre matria-prima e modo de produo) para que os diferentes setores (modelagem, grada-o, encaixe, corte e produo) possam cumprir com exatido as etapas da produo.

    A fi cha tcnica um documento de extrema importncia, que deve ser lido por todos os setores da empresa, pois consiste em um dossi da pea, o mapa da mina.

    O contedo da fi cha tcnica segue certas normas, mesmo que informais, para cada em-presa, para permitir a informao completa para que a pea seja confeccionada segundo um padro estabelecido pelo setor de desenvolvimento, atendendo ao pblico-alvo da empresa e evitando diferenas entre as peas.

    A confeco que segue o estabelecido no padro e fi xado em uma norma de como ela-borar sua fi cha tcnica evitar muitos problemas, como:

    referncias trocadas;

    quantidade maior ou menor de matria-prima e aviamentos;

    falha na determinao dos custos etc.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | FICHA TCNICA NA COMUNICAO COM A NORMALIZAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 41

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    NORMAS PARA INDICAR OS TIPOS DE COSTURAS E TIPOS DE PONTOSDeve ser seguida a ABNT NBR 9397, que defi ne as formas de costurar as partes que

    compem as peas de moda praia e facilita a indicao na fi cha tcnica.

    Defi ne-se costura como a aplicao de uma srie de pontos ou tipos de pontos para uma ou mais camadas de materiais compostos. Os tipos de costuras referem-se forma que as partes de tecido so unidas, s dobras e combinaes com aviamentos que so necessrios na costura e forma que as agulhas penetraro nos tecidos em costura. As for-mas de costura se classifi cam em oito classes, de acordo com os tipos e nmeros mnimos de componentes dentro delas. Os componentes so denominados como sendo de largura limitada ou ilimitada.

    Designao:

    1 dgito: classes 1 a 8.

    2 e 3 dgitos: nmeros 1 a 99 para indicar diferenas na confi gurao do material.

    4 e 5 dgitos: nmeros 1 a 99 para indicar diferenas na localizao das penetraes da agulha ou representao simtrica da confi gurao do material.

    Cada camada de material representada por um trao forte.

    A borda ilimitada de um material representada por um trao ondulado.

    A borda limitada de um material representada por um trao reto.

    A(s) penetrao(es) da(s) agulha(s) (so) representada(s) por um trao reto.

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | NORMAS PARA INDICAR OS TIPOS DE COSTURAS E TIPOS DE PONTOS

  • 42

    ClasseComponentes

    N mnimo decomponentes

    Conguraobsica do material

    2 ou mais 1 ou 1 ou+

    mais mais

    no mesmo plano

    horizontal T

    1 ou mais

    1 ou mais

    1 ou mais

    0 ou mais

    0 ou mais

    0 ou mais

    0 ou mais

    0 ou mais

    1 ou mais

    1 ou mais

    1 ou mais

    1 ou mais

    2 ou mais

    2 ou mais

    2 ou mais

    2 ou mais

    2 ou mais

    1 ou mais

    1

    1

    1

    _

    _ _ _ _ _

    _

    _ _

    _

    _

    _

    1 2 3 4 5 6 7 8

    Congurao do material

    1.01

    1.02

    1.03

    1.04

    1.05

    1.06

    1.01.01

    1.01.02

    1.01.03

    1.01.04

    1.01.05

    1.02.01

    1.02.02

    1.03.01

    1.04.01

    1.04.02

    1.05.01

    1.06.01

    1.06.02

    1.06.03

    1.06.04

    Localizao dos pontos de penetrao da agulha

    Designaonumrica

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | NORMAS PARA INDICAR OS TIPOS DE COSTURAS E TIPOS DE PONTOS

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 43

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    Ainda tem-se, para as costuras, os tipos de pontos a serem utilizados, isto , que tipo de mquina executar o fechamento das peas de moda praia. Este assunto abrangido pela ABNT NBR 13483, tambm de enorme importncia para indicar na fi cha tcnica quais so as mquinas a serem aplicadas, garantindo assim uniformidade entre as peas da pro-duo e a qualidade fi nal ao produto.

    Classe 100: ponto corrente.

    Classe 200: ponto feito mo, originalmente.

    Classe 300: ponto fi xo.

    Classe 400: ponto corrente de duas agulhas ou mais linhas.

    Classe 500: ponto corrente de acabamento de bordas Chuleio (Overlock).

    Classe 600: ponto corrente de cobertura.

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | NORMAS PARA INDICAR OS TIPOS DE COSTURAS E TIPOS DE PONTOS

  • 44

    A ABNT NBR 13483 descreve diversos pontos que podem facilitar a comunicao entre o desenvolvimento da confeco com a produo, seja interna ou terceirizada, bem como permite a reproduo da pea exatamente com as mesmas caractersticas de costura e montagem, no caso de novos pedidos pelos consumidores.

    Em relao s costuras das peas de moda praia, h outras duas normas que so bem orientativas em relao qualidade do produto:

    ABNT NBR 12961:1993, Mquina de costura Determinao do nmero de pontos, por centmetro Mtodo de ensaio.

    ABNT NBR 13374:1995, Material txtil Determinao da resistncia da costura em materiais txteis confeccionados ou no Mtodo de ensaio.

    O nmero de pontos por centmetro infl ui diretamente na resistncia da costura do produto, mas deve-se tomar cuidado porque o excesso de pontos por centmetro pode levar ao rompimento dos fi os do tecido, causando o seu enfraquecimento, e em especial cuidado com tecidos que possuam elastano que, se forem rompidos, podem levar defor-mao do tecido, gerando defeitos de costura irreversveis.

    Quanto resistncia da costura, executa-se tambm no dinammetro o mesmo equi-pamento utilizado para a resistncia trao de tecidos. O limite de quanto ideal de resis-tncia da costura varia muito em relao ao tipo de costura e tipo de ponto utilizado, mas de forma geral a resistncia da costura no pode ser inferior a 10% da resistncia do tecido.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | NORMAS PARA INDICAR OS TIPOS DE COSTURAS E TIPOS DE PONTOS

  • 45

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    ETIQUETANDO NA CONFECOO confeccionista possui grande interesse no s em regularizar-se com as legislaes vi-

    gentes, mas tambm em manter um relacionamento com seus clientes atravs de informa-es coerentes nas etiquetas de roupas e de outras peas confeccionadas. A ABNT NBR ISO 3758visa estabelecer um sistema de smbolos grfi cos, objetivando o uso em artigos txteis, fornecendo informaes para prevenir danos irreversveis ao artigo txtil durante os pro-cessos de cuidados.

    importante ressaltar que o consumidor fi nal necessita de informaes e muitas vezes no conta com um servio de atedimento ao consumdor (SAC) to acessvel. O consumi-dor tambm necessita de uma etiqueta bem elaborada, com informaes sufi cientes para avaliar se o produto atende s suas expectativas, bem como com informaes para fazer os tratamentos de conservao, como lavagem, secagem, passadoria etc., assim obtendo maior durabilidade dos aspectos do seu produto, gerando maior confi ana na marca que melhor lhe orienta, levando fi delizao.

    Ento, muito alm de atender aos itens fi scalizados, o empresrio deve ter em vista a meta de melhor informar seu consumidor.

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | ETIQUETANDO NA CONFECO

  • 46

    ETIQUETAR COMO COMEOU?Em 1973 foi implementada a Lei das Etiquetas na rea txtil, abrangendo da fi bra at a

    confeco, com o objetivo de melhor informar o consumidor, bem como de garantir uma concorrncia leal entre os fabricantes.

    Na poca, o grande boom das fi bras qumicas causava dvidas entre os consumidores sobre o que realmente estavam comprando, era um produto puro ou misto. Havia a dona de casa que desejava as facilidades do lenol misto de algodo e polister, pela sua rpida secagem e facilidade de passadoria, e havia o cavalheiro que desejava a casemira de l pura, porm nem sempre era possvel queimar um fi ozinho para saber as fi bras ali presentes.

    Com a etiquetagem txtil implantada a partir de 1973, o consumidor passou a saber os componentes presentes no seu produto, antecipando em 19 anos uma das exigncias do Cdigo de Defesa do Consumidor, onde at um pozinho de padaria deve ter as suas matrias-primas e insumos da receita declarados.

    Com o trabalho de fiscalizao txtil do Inmetro e Ipem, foi observada a necessi-dade de atualizar a primeira portaria e inserir novas tecnologias de produtos txteis e caractersticas especficas de etiquetagem, adequando o que deveria ser descrito no produto, o que poderia ser descrito na embalagem e outras inovaes, gerando as novas resolues e portarias.

    Como exigncia principal para o esclarecimento era a composio de fi bras, as nor-mas utilizadas para atender ao consumidor nesse requisito eram normas de terminolo-gia, de identifi cao das fi bras e de quantifi cao das fi bras. Assim os laboratrios indi-cavam quais fi bras e em que percentuais elas estavam ali presentes.

    Com a unifi cao do comrcio no Mercosul, houve necessidade de verifi car os par-metros tcnicos de cada um dos pases e unifi car as exigncias, pois uma exigncia tcnica no pode constituir uma barreira ao comrcio.

    Dessa forma ocorreram vrias reunies entre tcnicos do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, alm das consultas s entidades de classe de cada um desses pases para desen-volver a unifi cao das exigncias para artigos txteis.

    Em novembro de 1999, em Blumenau, o Inmetro, em conjunto com entidades interes-sadas, apresentou e discutiu a nova Resoluo, que recebeu sugestes.

    Em 31 de maio de 2001, a Resoluo foi assinada pelo presidente do Inmetro, estabele-cendo-se um perodo de 180 dias para adequao. Assim, as empresas que trabalham com fi bras txteis em seus produtos, como fi os, tecidos, confeces, mobilirio etc., deveriam adequar suas etiquetas at 13 de dezembro de 2001.

    De inovador a nova Resoluo tinha, alm da indicao da composio das fi bras, a obrigatoriedade de declarar quem produziu ou importou o produto txtil, seu respectivo CNPJ ou equivalente identifi cao fi scal, a indicao do pas de origem, uma identifi cao de dimenso de tamanho e os cdigos de cuidados para conservao do material.

    Houve grande apoio na divulgao da Resoluo, ressaltando-se a Cartilha sobre Eti-quetagem, lanada em 20 de setembro de 2001 pela ABIT, da qual o Comit Brasileiro Txtil e do Vesturio, da ABNT, participou. Outras associaes e sindicatos se mobilizaram conjuntamente ao Inmetro e Ipem para a divulgao da nova Resoluo. Essas entidades fi zeram a solicitao de maior prazo para adequao, visto que, em especial na confeco

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | ETIQUETAR COMO COMEOU?

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 47

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    e no comrcio, a reetiquetagem dos produtos se tornava impossvel sem depreciar a qua-lidade do produto, pois a etiqueta em sua maioria era inserida junto a alguma costura de montagem da pea.

    As inovaes da nova Resoluo trouxeram as seguintes vantagens:

    a) garantia concorrncia leal no mercad;

    b) melhor esclarecimento para toda a cadeia produtiva;

    c) melhor esclarecimento para o consumidor;

    d) demonstrao da lealdade da empresa ao consumidor.

    POR QUE AS ETIQUETAS GARANTEM CONCORRNCIA LEAL NO MERCADO?

    S as empresas formais, que possuem razo social e CNPJ, podem assumir junto ao consumidor seu produto, e sabe-se o quanto custoso manter a legalidade de uma em-presa formalmente estabelecida. Esta, quando chega ao mercado, por muitas vezes con-corre com empresas que no contribuem um centavo com o bem comum ou com os direi-tos trabalhistas de seus colaboradores.

    A declarao de caractersticas do produto txtil esclarece ao consumidor quem for-nece o que, em termos de tipos de fi bras, o que h de facilidade de cuidados e conser-vao, tamanhos etc., constituindo, portanto, uma declarao do fornecedor ao cliente.

    POR QUE AS ETIQUETAS ESCLARECEM MELHOR TODA A CADEIA PRODUTIVA?

    Com as exigncias da etiqueta, tem-se o esclarecimento do material txtil desde a fi -bra, o fi o, o tecido, a malha, o notecido e as peas confeccionadas, pois toda a cadeia em seus diversos segmentos deve informar a composio das fi bras presentes e trazer as demais informaes de forma verdica e leal a todos.

    POR QUE AS ETIQUETAS ESCLARECEM MELHOR O CONSUMIDOR?

    As etiquetas esclarecem a composio das fi bras. O consumidor j est habituado, devi-do Lei das Etiquetas, que vigora desde a dcada de 70, a receber essas informaes, e em especial os magazines e lojistas em geral observam quais critrios os consumidores utilizam para selecionar suas compras, como, por exemplo: Gosto de camisa social que tenha fi bra sinttica na composio, pois no amassa tanto no uso, ou ainda Prefi ro camiseta 100% algodo, pois no deixa formar bolinhas. Quem j no ouviu isso de algum cliente?

    As etiquetas tambm esclarecem ao consumidor quanto aos cuidados de preservao do material, indicando o que deve ser feito para garantir uma durabilidade maior do bem adquirido, bem como protegem o consumidor de comprar produtos txteis que exijam cuidados de extrema delicadeza que ele sabe que no ter condies de aplicar, como, por exemplo: na compra de uma blusa, a consumidora percebe que a nica forma de lav-la por limpeza a seco, porm o custo da blusa praticamente o preo da lavagem em uma tinturaria e, caso ela tente lavar a mido, perder seus direitos reclamao.

    A colocao dos cuidados pode ser informada por smbolos internacionalmente nor-malizados ou por textos descritos nas normas, para evitar informaes incompletas.O smbolo pode ainda ser acompanhado por texto. Muitos produtores alegam que os consu-midores no conhecem os smbolos, porm acredita-se que o tempo trar esse conhecimento.

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | ETIQUETAR COMO COMEOU?

  • 48

    A colocao apenas dos smbolos cumpre a Resoluo e economiza espao na etique-ta, porm a indicao dos smbolos com os respectivos textos explicativos na embalagem ou no tag da roupa permite um maior esclarecimento ao consumidor, at que este se acostume plenamente com a simbologia, da mesma forma que aconteceu com os smbo-los de faixa etria nos brinquedos, com os sinais de trnsito etc.

    POR QUE A NOVA ETIQUETAGEM DEMONSTRA A LEALDADE DO PRODUTOR AO CONSUMIDOR?

    A etiqueta atual se apresenta como um documento amplo do produto fornecido, isto , a etiqueta uma declarao do produtor, assumindo a autoria ao indicar sua ra-zo social e CNPJ, declarando o contedo presente conforme recomenda o cdigo de defesa do consumidor e declarando a forma de cuidado para garantir a durabilidade.As indicaes anteriores pouco diziam ao consumidor, como, por exemplo, lavar com sabo neutro no esclarece se deve ser neutro de aroma ou neutro de alcalinidade; enxaguar bem no esclarece se deve-se enxaguar duas ou mais vezes; usar ferro morno no esclarece a temperaura e, para tecidos pesados, morno uma tempe-ratura superior usada para passar tecidos leves. Essas eram algumas das indicaes mais frequentes, que pouco esclareciam ao consumidor e podiam at prejudic-lo em uma reclamao. Com as indicaes exigidas pela ISO 3758, o produtor obrigado a ter objetividade nas informaes dadas.

    POR QUE ETIQUETAR SE O CONSUMIDOR CORTAR A ETIQUETA?

    habitual ouvir de muitos consumidores que a primeira coisa que fazem antes de usar uma roupa cortar as etiquetas que tanto incomodam, porque so grandes, porque o material causa alergia, coceira etc. Em um site de etiquetas, a empresa faricante esclarece que a etiqueta deve ser de material que incomode o usurio, para que este olhe para ela e leia as instrues de cuidado. Que dolorosa forma de chamar a ateno!

    Alguns consumidores guardam a etiqueta cortada para observar instrues ou at para reclamar da pea com o fabricante caso haja algum problema de uso, mas cortar a etiqueta descaracteriza a pea e desobriga a troca pela loja.

    O importante levar uma informao que o consumidor consiga entender e utilize no seu dia a dia. Infelizmente muitos no reconhecem a simbologia, que ajuda a reduzir o tama-nho da etiqueta que tanto incomoda. Para a maioria da populao a simbologia utilizada quase um conjunto de hierglifos sem a necessria traduo para uso.

    Sendo assim, essencial o esclarecimento ao consumidor atravs da embalagem dos produtos, da tag, de folhetos etc., que possam informar ao consumidor fi nal sobre o que signifi ca cada smbolo. Entendendo a simbologia, o consumidor ter a sua roupa preser-vada, fi cando plenamente satisfeito.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | ETIQUETAR COMO COMEOU?

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 49

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    COMO ETIQUETAR O PRODUTO DA CONFECO?Para etiquetar corretamente, a legislao a ser utilizada a Resoluo n 2, de 2008,

    do Conmetro, sobre etiquetagem txtil, que define seis itens a serem apresentados ao consumidor pelas confeces, em uma nica etiqueta ou em vrias, sempre de forma visvel ao consumidor. So eles: razo social, CNPJ, composio das fibras, cuidados, pas de origem e tamanho.

    A forma de comunicar esses seis itens pode variar entre diversos meios, como: etique-ta estampada, etiqueta bordada, etiqueta jacquard, estampa silkada diretamente na pea confeccionada, estampa transfer aplicada diretamente na pea confeccionada etc.No importa o meio uilizado, o que importa comunicar.

    ETIQUETA JACQUARD OU BORDADA ETIQUETA PARA COLCHO

    ETIQUETA ADESIVA PARA TECIDO ETIQUETA PARA NOTECIDO

    ETIQUETA PARA TECIDO RESINADO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | COMO ETIQUETAR O PRODUTO DA CONFECO?

  • 50

    QUAIS ITENS DEVEM SER DECLARADOS NA ETIQUETAGEM? P Razo social ou marca do fabricante ou importador;

    P CNPJ do fabricante ou importador;

    P Pas de origem;

    P Composio das fi bras que compem o produto txtil;

    P Tamanho da pea;

    P Cuidados de conservao expressos em smbolos e/ou textos.

    Abaixo, um exemplo de etiqueta correta:

    Nesta etiqueta esto os seis itens solicitados pela Resoluo do Conmetro, sendo cumpridos tambm a altura da letra, que deve ser de no mnimo 2mm, e o tamanho dos smbolos, que deve ser de no mnimo 4mm x 4mm, ou seja, 16mm.

    Abaixo, um exemplo de etiqueta errada:

    A indicao da composio das fi bras est correta, esclarecendo as partes que compem a confeco, porm a indicao do pas de origem nunca pode estar abreviada, sendo o correto colocar: in-dstria brasileira, Brasil, Feito no Brasil ou Produzido no Brasil.

    A indicao de cuidados em nada coincide com a norma e pouco esclarece ao consumidor ao fazer indicao de uso de sabo neutro sem colocar o tipo. Esta etiqueta traz a informao da proibio do uso de produtos qumicos, o que gera um confl ito, pois o sabo tambm uma substncia qumica.

    Estes seis itens so essenciais para o consumidor e tambm para o lojista que comer-cializa as roupas. A razo social, ou marca, e o CNPJ comunicam ao consumidor a autoria do produto que est sendo adquirido.

    A indicao da composio das fi bras permite que o consumidor escolha as carac-tersticas que mais lhe agradam, como, por exemplo, maior absoro de suor, menor amarrotamento, maior brilho etc.

    Indicar o tamanho da pea permite ao consumidor avaliar se o tamanho desejado para seu corpo e se o biquini ou sunga lhe serviro sem apertos ou sobras, como tam-bm facilita verifi car se o tamanho adequado do lenol para vestir seu colcho, ou a toalha de tamanhoi correto para sua mesa.

    Os cuidados de conservao so indicados para que o consumidor possa limpar a pea aps o seu uso sem afetar seu aspecto original. As informaes devem ser efi cazes para a limpeza, sendo mais enrgicas para roupas de uso dirio e tratamentos mais delicados, quando houver aplicaes diferenciadas que exijam cuidados especiais.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA |QUAIS ITENS DEVEM SER DECLARADOS NA ETIQUETAGEM?

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

  • 51

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIAGUIA DE IMPLEMENTAO

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO

    DE M

    ODA

    PRAI

    AGU

    IA D

    E IM

    PLEM

    ENTA

    O

    Tudo o que est presente no produto txtil infl ui na simbologia, desde a fi bra at o corante aplicado, o tipo de costura, a combinao de tecidos, aviamentos e outros. E todos podem exigir um cuidado especial.

    A composio das fi bras infl ui no conforto das roupas, pois h fi bras que absorvem mais suor e outras menos, e h fi bras que do sensao de frescor e outras de calor. Quanto aparncia, h fi bras que amarrotam mais e outras que do mais brilho. A escolha do tipo de fi bra a ser usada depende da ocasio, pois cada aspecto tem sua hora e vez.

    Existem fi bras de alta resistncia ao atrito e outras com leveza extraordinria, mas vrios efeitos podem ser obtidos pela composio das fi bras. Segundo a Resoluo n 2,de 2008, existem mais de 50 fi bras que abrangem desde as usadas para vesturio at as usadas para cordas, mantas, redes etc.

    Muitas fi bras no esto frequentemente em nosso dia a dia, porm so materiais dis-ponveis na natureza ou produzidos quimicamente, que podem gerar efeitos, aspectos, conforto etc., diferenciando e agregando valor ao produto txtil.

    Cada fi bra tem caractersticas de resistncia mecnica ou qumica. Por exemplo, h fi bras de alta resistncia ruptura, porm sua resistncia ao atrito baixa; h fi bras de alta resistncia a cidos, como o cido sulfrico, que est dentro de baterias de carro, porm so frgeis a bases alcalinas como a soda custica. H tambm outra importante caracterstica da fi bra, que a resistncia trmica, que determina qual a temperatura ideal de passadoria.

    A secagem da fi bra est diretamente ligada capacidade que ela tem de absorver e reter lquidos, determinando assim a forma ideal de secagem. Na limpeza a seco existe a aplicao de solventes orgnicos para retirada de manchas ou para uma limpeza da roupa sem o uso de gua, podendo ser mais severa em termos mecnicos. Mas, quimicamente, h fi bras que sofrem mais com os solventes de limpeza a seco. Antigamente era comum as donas de casa fazerem limpeza a seco no lar, utilizando produtos como o varsol ou a benzi-na para retirada de manchas de gordura das roupas. Com a limitao da venda desses pro-dutos no comrcio, passou-se a recorrer s lavanderias ou a aplicar, pacientemente, gua quente nas regies manchadas, ou ento a utilizar outras receitas para remover manchas especfi cas, herdadas das avs, que so de grande utilidade, porm nada supera o conhe-cimento do profi ssional de lavanderia.

    Mas no s as fi bras determinam a forma de tratamento de cuidados, pois os fi os forma-dos com essas fi bras podem apresentar mais ou menos toro, ser mais grossos ou mais fi nos, podem ter efeitos de fl am etc., que determinam maior ou menor resistncia trao e atrito, defi nindo assim se podem ser aplicadas a lavagem na mquina ou a secagem em tambor etc.

    Deve-se ressaltar tambm que a Resoluo n 2, de 2008, faz vrias orientaes quanto indicao da composio das fi bras nos produtos txteis, facilitando muito a tarefa de etiquetar, como, por exemplo, os itens 14 e 16 da Resoluo, descritos a seguir:

    O QUE INFLUI NA ESCOLHA DAS SIMBOLOGIAS?

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | O QUE INFLUI NA ESCOLHA DAS SIMBOLOGIAS?

  • 52

    No item 14:

    Todo produto txtil confeccionado, composto de duas ou mais partes diferenciadas quanto composio das respectivas matrias-primas empregadas, dever indicar a composio txtil em separado, identifi cando cada uma delas e efetivamente conter as partes enunciadas.

    14.1. A indicao no obrigatria para cada parte que represente, individualmente, 30%, no mximo, da massa total do produto txtil. Para a determinao desta percentagem, no sero levados em considerao os forros.

    14.1.1. A exceo anterior no se aplica s partes diferenciadas que se enquadrem como forros.

    Tem-se ainda no item 16:

    Para a determinao da composio percentual de matria-prima, no sero levados em considerao os seguintes elementos:

    a) suportes, reforos, entretelas, fi os de ligao e de juno, ourelas, etiquetas, aplicaes, debruns, bordas, chuleios, botes, forros de bolso, ombreiras, enchimentos, elsticos, acessrios, fi tas no elsticas, bem como outras partes que no entrem intrinsecamente na composio do produto confeccionado e com as reservas estabelecidas no Captulo IV, subitem 14.1.1.

    b) agentes incorpantes, estabilizantes, produtos auxiliares de tinturaria e estamparia e outros utilizados no tratamento e acabamento de produtos txteis.

    Quanto composio, existe a possibilidade de simplificar a indicao das fibras, po-rm no momento de definir as formas de tratamento de cuidados, essas partes devem ser consideradas, pois esto compondo o produto txtil e podem ser determinantes na ma-nuteno do aspecto de uma roupa. Por exemplo, rendinhas adornando uma roupa, sem atingir 30% da pea, no precisam ser citadas na etiqueta de composio, mas na parte de cuidados essencial avaliar se estas rendinhas suportam uma lavagem na mquina, se podem ser secas em secadora ou se podem ser passadas a ferro. Mesmo a rendinha no sendo citada na composio, a sua presena na roupa determinar a delicadeza que dever ser dada essa pea.

    Sempre deve prevalecer o conceito: a fibra mais delicada presente na roupa ou pea confeccionada quem determina o cdigo de cuidado geral da pea.

    NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA GUIA DE IMPLEMENTAO

    GUIA DE IMPLEMENTAO | NORMAS PARA CONFECO DE MODA PRAIA | O QUE INFLUI NA ESCOLHA DAS SIMBOLOGIAS?

    NORM

    AS PA

    RA C

    ONFE

    CO