guarda compartilhada-o que realmente muda com a nova lei

7/23/2019 Guarda Compartilhada-O Que Realmente Muda Com a Nova Lei

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O que realmente muda com a nova leida guarda compartilhadaSalvar0 comentriosImprimir Reportar

Publicado porConsultor Jurdico- 3 semanas atrs

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Por Fernando Henrique Pinto

Pro!eto de "ei #00$%&0##' convertido no P"C ##(%&0#3 ) con*ecido como Pro!eto

de "ei daGuarda Compartilhada )' vem sendo apresentado equivocadamente

como criador da +,uarda compartil*ada no direito brasileiro' e est ,erando .alsas

e/pectativas de que al,o substancial ir mudar em rela1o ao tratamento !udicial

do relacionamento entre pais%m1es e 2l*os

Contudo' sem necessidade das altera4es do P"C ##(%&0#3' ! 5 vi,ente que os+pais e%ou as +m1es s1o os titulares natos e e/ercem em i,ualdade de condi4es

sobre a prole comum o c*amado +Poder Familiar 6anti,amente denominado +ptrio

poder7' independe de quem e/era a guarda' pois esta 8ltima si,ni2ca apenas

aposse de fatodos incapa9es' e deve ser pre.erencialmente compartilhada:sempre

que possvel:' ou se!a' sempre que assim se mostrar condi9ente com os superiores

interesses das crianas e adolescentes

; o que ! decorre do C' con.orme ora se comprova?

a) "a separao judicial, o divrcio e a dissoluo da uio est!vel o alteram as

relaes etre pais e #lhos seo quato ao direito, que aos primeiros ca$e, de

terem em sua compahia os segudos" %artigo &'(*)+ $) "o pai ou a me que

cotrai ovas pcias, ou esta$elece uio est!vel, o perde, quato aos #lhos do

relacioameto aterior, os direitos ao poder familiar, e-ercedo.os sem qualquer

iterfer/cia do ovo c0juge ou compaheiro" %artigo &'(()+ c) "o divrcio o

modi#car! os direitos e deveres dos pais em relao aos #lhos' Par!grafo ico'

1ovo casameto de qualquer dos pais, ou de am$os, o poder! importar

restries aos direitos e deveres previstos este artigo" %artigo &'234)'

@ para que n1o paire qualquer d8vida' o arti,o #A>Bdo C


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aplicada, sempre que possvel, a guarda compartilhada' Par!grafo terceiro . Para

esta$elecer as atri$uies do pai e da me e os perodos de coviv/cia so$ guarda

compartilhada, o jui8, de ofcio ou a requerimeto do =iist>rio P$lico, poder!

$asear.se em orietao t>cico.pro#ssioal ou de equipe iterdiscipliar'

Par!grafo quarto . 5 alterao o autori8ada ou o descumprimeto imotivado decl!usula de guarda, uilateral ou compartilhada, poder! implicar a reduo de

prerrogativas atri$udas ao seu detetor, iclusive quato ao mero de horas de

coviv/cia com o #lho' Par!grafo quito . ?e o jui8 veri#car que o #lho o deve

permaecer so$ a guarda do pai ou da me, deferir! a guarda : pessoa que revele

compati$ilidade com a ature8a da medida, cosiderados, de prefer/cia, o grau de

paretesco e as relaes de a#idade e afetividade"'

@m sentido anlo,o disp4e o @statuto da Criana e do dolescente' ao prever? a7 :

,uarda destina-se a re,ulari9ar a posse de .ato' podendo ser de.erida' liminar ou

incidentalmente' nos procedimentos de tutela e ado1o' e/ceto no de ado1o porestran,eiros: 6arti,o 33' par,ra.o #D7E b7 :nos casos do par,ra.o quarto deste

arti,o' desde que demonstrado e.etivo bene.cio ao adotando' ser asse,urada a

,uarda compartil*ada' con.orme previsto no arti,o #A>Bda "ei #0B0=' de #0 de

!aneiro de &00& - C


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adolescete com o outro geitor as hipteses em que seja ivi!vel a guarda

compartilhada" %artigo 3B)'

P"C ##(%&0#3' declaradamente pretendendo :esta$elecer o sigi#cado da

e-presso guarda compartilhadaD e dispor so$re sua aplicao:' promove indevida

con.us1o entre +Poder Familiar e +Guarda Pior que isso' tal P"C ##(%&0#3'

substituindo a e/press1o :sempre que possvel:' pela e/press1o :ecotrado.se

am$os os geitores aptos a e-ercer o poder familiar:' aparentemente desloca o

.oco dos interesses dos incapa9es' para dar prevalGncia aos interesses dos pais

verdade 5 que o P"C ##(%&0#3 ob!etiva apenas en.ati9ar a pre.erGncia do

le,islador guarda compartilhada' em ra91o da vis1o ) baseada em questionvel

pesquisa' tanto pelos dados' quanto principalmente pela desconsidera1o dos

.undamentos casos concretos ) de que o Poder Judicirio supostamente estaria

sendo comedido 6= dos casos analisadosKa aplica1o da ,uarda compartil*ada7Le qualquer .orma' decorre do pr


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direta ou idiretamete afetem a sade fsica e psicolgica e a educao de seus

#lhos:' e ainda e/i,ir :iformaes: acerca dos 2l*os' de :qualquer

esta$elecimeto p$lico ou privado: 6arti,o #A>3' par,ra.o AD' e arti,o #A>B'

par,ra.o =D7

Isso porque todos esses deveres%direitos ) como acima constatado ) podem ser

e/ercitados' e/i,idos e requeridos com base no :Poder Familiar:

Restam analisar as verdadeiras novidades do P"C ##(%&0#3' iniciando-se pela

previs1o de multa de RN &00 a RN A00' contra o estabelecimento p8blico ou privado

que n1o atender solicita1o de in.orma4es de pais e%ou m1es sobre 2l*os 6arti,o

#A>B' par,ra.o =D7

le,islador teria sido mais .eli9 e res,uardado mel*or os pais%m1es se tivesse

substitudo a restritiva e/press1o :esta$elecimeto p$lico ou privado:' porpessoafsica ou jurdica, de direito p$lico ou privado @ seria bem mais e.etivo se n1o

ta/asse o mnimo e o m/imo da multa' permitindo que esta .osse dosada em cada

caso concreto' proporcionalmente ao poder econOmico do :esta$elecimeto:

destinatrio' e evitando que ela se deteriore com o tempo' .rente ao .enOmeno

inacionrio

amb5m prevG o P"C ##(%&0#3 a possibilidade de o ,enitor que n1o det5m a ,uarda

+solicitar :67prestao de cotas, o$jetivas ou su$jetivas, em assutos ou

situaes que direta ou idiretamete afetem a sade fsica e psicolgica e a

educao de seus #lhos: 6arti,o #A>3' par,ra.o AD7

Kesse tema ) a par do ad!etivo +su$jetivas' de di.cil compreens1o )' o le,islador

e/plicitamente pretende modi2car a !urisprudGncia lar,amente ma!oritria do

Superior ribunal de Justia' no sentido de que

"aquele que presta alimetos o det>m iteresse processual para ajui8ar ao de

prestao de cotas em face da me da alimetada, porquato ausete a utilidade

do provimeto jurisdicioal ivocado, otadamete porque quaisquer valores que

sejam porvetura apurados em favor do alimetate, estaro co$ertos pelo mato

do pricpio da irrepeti$ilidade dos alimetos j! pagos" %?HI' Jesp 42'K(&ALF, Jel'

=iistra 1acM 5drighi, N Hurma, julgado em *KAK2A*KK, LIe &(AK(A*KK)'

as se en.ati9a que

"o recohecimeto da m! utili8ao das quatias pelo geitor detetor da guarda

o culmiar! em qualquer vatagem ao autor da ao, ate o car!ter de

irrepeti$ilidade dos alimetos, e, aida, em face de a o$rigao alimetar, e seus

respectivos valores, restarem de#idos por provimeto jurisdicioal que somete

pode ser revisto atrav>s dos meios processuais destiados a essa #alidade" %?HI'


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Jesp 43K'&3A?P, Jel' =iistro Ouis Felipe ?alomo, Jel' PA 5crdo miistro =arco

u88i, N Hurma, julgado em KAK4A*K&*, LIe &(A&KA*K&*)'

al disposi1o ter pouca utilidade ) ao menos prtica )' pois nada adianta prever

,enericamente direito deprestao de cotas' i,norando que alimentos prestados

s1o irrepetveis' e sem modi2car os ob!etivos da pr3' par,ra.o &D7' bem como ao introdu9ir ao poder parental

em rela1o aos 2l*os' a prerro,ativa de se de.erir ou ne,ar :cosetimeto para

mudarem sua resid/cia permaete para outro =uicpio: 6arti,o #=3B' inciso Q7

Constitui1o Federaldisp4e que :> livre a locomoo o territrio acioal em

tempo de pa8, podedo qualquer pessoa, os termos da lei, ele etrar,

permaecer ou dele sair com seus $es: 6arti,o AD' inciso Q7

C


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"so formas e-empli#cativas de alieao paretal @ . omitir deli$eradamete a

geitor iformaes pessoais relevates so$re a criaa ou adolescete, iclusive

escolares, m>dicas e alteraes de edereo+ @77 . mudar o domiclio para local

distate, sem justi#cativa, visado a di#cultar a coviv/cia da criaa ou

adolescete com o outro geitor, com familiares deste ou com avs" %artigo *B)'

"o,o' 5 ,arantida a qualquer pessoa' desde a adolescGncia 6#& a #( anos7' a livre

locomo1o em todo territ


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Lata? #B%0#%&0#A

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