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Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº210 — Novembro de 2012 Foto: Mauri Azevedo/Acervo Embasa Após um mês de funcionamento da Adutora do Algodão, a população das sete cidades atendidas por este empreendimento começa a sentir os efeitos positivos da regularização do abastecimento de água. A reportagem do Jornal da Embasa visitou Guanambi e Palmas de Monte Alto. Nas duas cida- des, moradores e instituições de saúde comemoram a chegada da água boa e farta do Rio São Francisco. No início de novembro, a presidenta Dilma Roussef visitou a região e inaugurou esta ação realizada pela Embasa em parceria com a Codevasf. PÁGINA 3 PÁGINA 3 GUANAMBI Água do São Francisco melhora vida da população Ibotirama já tem Ibotirama já tem coleta e tratamento coleta e tratamento de esgoto de esgoto PÁGINA 5 PÁGINA 5 Gestão associada é Gestão associada é tema de encontro tema de encontro de prefeitos de prefeitos PÁGINA 2 PÁGINA 2 Saiba como pagar Saiba como pagar uma das menores uma das menores tarifas do país tarifas do país PÁGINA 8 PÁGINA 8

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Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº210 — Novembro de 2012

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Após um mês de funcionamento da Adutora do Algodão, a população das sete cidades atendidas por este empreendimento começa a sentir os efeitos positivos da regularização do abastecimento de água. A reportagem do Jornal da Embasa visitou Guanambi e Palmas de Monte Alto. Nas duas cida-des, moradores e instituições de saúde comemoram a chegada da água boa e farta do Rio São Francisco. No início de novembro, a presidenta Dilma Roussef visitou a região e inaugurou esta ação realizada pela Embasa em parceria com a Codevasf. PÁGINA 3PÁGINA 3

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DIRETORIA EXECUTIVA

PresidenteAbelardo de Oliveira Filho

Diretor Financeiro e ComercialDilemar Oliveira Matos

Diretor de Gestão CorporativaBelarmino de Castro Dourado

Diretor de Operação e Expansão RMSCarlos Ramirez Magalhães Brandão

Diretor de Operação e Expansão Norte Eduardo Benedito de Oliveira Araújo

Diretor de Operação e Expansão Sul Carlos Alberto Pontes de Souza

Diretor Técnico e de SustentabilidadeCésar Silva Ramos

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

AssessoraDébora Ximenes

EditorDébora Ximenes/Daniel Menezes

RedatoresFernanda Macedo, Hebert Regis (UNB),

Patrícia Araújo (UNI)Mauri de Castro Azevedo (USV),

Cássia Dias (UNF), Benedito Simões (USI)

Editoração GráficaPatrícia Resende

FotógrafosLuiz Hermano Abbehusen e

Luciano S. Rêgo

Publicação externaTiragem: 5.000 exemplares

Av. 4a; 420 - Centro Administrativo da Bahia - CAB41745-002 Salvador - Bahia

Tel.: (71)3372-4898 Fax.: (71)3372-4640/4600

[email protected]

Impresso na Cian Gráfica e Editora

EXPEDIENTE

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No mês de novembro, foram contratados mais 59 candidatos classificados no concurso da Embasa realizado em fevereiro de 2010, dos quais 28 analistas de saneamento e 31 aprovados entre técnicos e assistentes de saneamento. Com as contratações de no-vembro, a Embasa já ocupou 1.898 vagas das 2.360 abertas para preenchimento de cargos. A próxima convocação está prevista para o mês de janeiro de 2013.

Mais 59 candidatos são contratados

Feirão do Nome Limpo M i 59 did

CONCURSO PÚBLICOCONCURSO PÚBLICO

O presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira Filho, participou do Encontro de Prefeitos Eleitos e Reeleitos promovido pela União dos

Municípios da Bahia (UPB), no dia 10 de novembro, ministrando a palestra Municípios e a Nova Legisla-ção do Saneamento. Ele comentou que a busca pela universalização dos serviços de saneamento passa pela parceria e cooperação com os municípios. “A principal missão da Embasa é garantir o acesso aos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, em cooperação com os municípios, bus-cando a universalização de modo sustentável, con-tribuindo para a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento do Estado”, explicou.

Durante a palestra, Abelardo falou sobre o marco legal do saneamento, destacando as Leis Nacional e Estadual do Saneamento Básico (Lei 11.445/2007 e Lei 11.172/2008, respectivamente). “A Lei baiana estabelece o convênio de cooperação como meio legal para se constituir a gestão dos serviços pú-

blicos de saneamento por cooperação entre mu-nicípios e Estado. Dessa forma, o estado da Bahia se compromete a apoiar os municípios no planeja-mento da universalização do acesso aos serviços e na oferta dos meios técnicos e administrativos para viabilizar a regulação e a fiscalização dos serviços públicos de saneamento básico”, afirmou Abelardo.

Ele ressaltou, ainda, que o prazo para elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) se encerra no final de 2013 e o não cumprimento do prazo acarretará no bloqueio de verbas federais para a realização de projetos de saneamento. “A universalização do acesso ao saneamento é tarefa difícil, mas possível, e a cooperação entre os en-tes federados, União, estados e municípios é fun-damental para viabilizá-la. Na Embasa, contamos com corpo técnico à disposição para orientar os prefeitos na construção dos planos municipais de saneamento e na regularização de contratos de concessão”, disse.

Gestão dos serviços de saneamento é debatida

O presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira Filho, explica sobre gestão associada

De 22 de novembro a 2 de dezembro, a Embasa participa do Feirão Nome Limpo, promovido pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), no Pavilhão B do Centro de Convenções da Bahia, das 8h às 18h. Durante o evento, a Embasa oferece vanta-gens como condições especiais de parcelamento e negociação do valor histórico do débito, além da não cobrança da taxa de religação de água.

Para ter sua dívida renegociada, o usuário deve apresentar RG, CPF, conta da Embasa ou número de matrícula, escritura ou documento que comprove o vínculo com o imóvel (como carnê de IPTU, conta de energia elétrica, etc).

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A primeira etapa da Adutora do Algo-dão/SIAA de Guanambi foi inaugura-da no dia 9 de novembro, na estação

de tratamento de água de Julião, localidade de Malhada, no sudoeste da Bahia, pela presidente Dilma Roussef, com a presença do ministro da Integração Nacional, Fernan-do Bezerra, do governador Jaques Wagner, do presidente da Codesvasf, Elmo Vaz, e do presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira Filho. O investimento de R$ 140 milhões be-neficia, nesta etapa, 110 mil habitantes dos municípios de Guanambi, Malhada, Candiba, Iuiú, Palmas de Monte Alto, Pindaí e Matina, além dos povoados de Mutans, Pilões, Julião e Pajeú do Vento.

O empreendimento é mais uma ação da Embasa dentro do Programa Água para Todos do governo do Estado, em parceria com a Codevasf, e significa água tratada de boa qualidade, o ano todo, em uma região cujo clima árido leva a população a conviver com longos períodos de estiagem e pouca disponibilidade de água em mananciais pró-ximos. Por isso, a água do Rio São Francisco conduzida por 279,5 quilômetros e seis es-tações de bombeamento foi a solução para o desenvolvimento da região de Guanambi .

A segunda fase da implantação da Adu-tora do Algodão beneficiará mais 55 mil pessoas na sede de Caetité e de Lagoa Real e nas localidades de Morrinhos, Ma-niaçu e Ibitira, com possibilidade de ex-tensão de rede para outras localidades da região. Serão aplicados mais R$ 55 mi-lhões para instalar 248 km de tubulação, sete estações de bombeamento e três re-servatórios. A estação de tratamento de água, construída na localidade de Julião, tem capacidade para produzir 450 litros de água por segundo.

Dilma inaugura Adutora do Algodão

Atendimento de saúde A água do São Francisco em Guanambi

tem interferido positivamente no atendi-mento em hospitais, clínicas e escolas. Segundo a diretora administrativa do Hospital Regional de Guanambi (HRG), Cristiane Gordiano, “o fim do raciona-mento contribuiu sensivelmente para a manutenção do fluxo operacional e das rotinas de abastecimento do hospital, facilitando nosso trabalho”, pontua.

A direção do Hospital do Rim, instalado na cidade há pouco menos de um ano e responsável pelo atendimento a pacientes renais, também comemora. A administra-dora Alessandra Gandra conta que a água para a hemodiálise é o medicamento mais

precioso para o hospital e o tratamento dos pacientes não funcionaria sem ela.

Outro importante ganho diz respeito à qualidade da água, conforme constatou o químico Robson Gonçalves, responsá-vel pela destilação da água fornecida de acordo com o padrão necessário para a realização da hemodiálise. Segundo ele, “a água do Rio São Francisco está com boa qualidade e com baixa con-dutividade, o que auxilia no tratamento mais apurado da água que fará parte da hemodiálise e contribui para o aumento da produção com redução de custos e prolongamento da vida útil das membra-nas filtrantes”, explica. Sistema de destilação do Hospital do Rim

REGIÃO DE GUANAMBIREGIÃO DE GUANAMBI

A primeira etapa da adutora

beneficia 110 mil habitantes

Com o início da operação do sistema integrado de abas-tecimento de água de Guanambi pela Adutora do Algodão, a sede municipal de Guanambi, o distrito de Mutans e as ci-dades de Palmas de Monte Alto, Malhada, Candiba e Iuiu, no sudoeste do Estado, já estão recebendo água do Rio São Francisco distribuída pela Embasa e deram adeus à dura realidade do racionamento. Vasilhames e baldes para arma-zenamento, distribuição de água em carros-pipa, roupas e utensílios domésticos sujos e acumulados deixaram de fazer parte da vida dos habitantes desta região.

Dona Antônia da Silva Patês (foto), moradora do bairro de Bar-rinha, em Palmas de Monte Alto, espera ansiosa a chegada do fi-nal do ano para receber sua filha em casa. “Minha filha mora fora e, quando ela vier me visitar, terei água com fartura para oferecer e assim não será preciso comprar mais água mineral”, relata.

Com o início da operação do sistema integrado de abas

Regularização do abastecimento

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A Embasa concluiu, em setembro, o replantio de mais 33 mil mudas de mata atlântica de variadas espécies nativas e frutíferas, em

uma área de 30 hectares (ha) no entorno da Bacia Hidrográfica do Rio da Dona, na região de Santo Antônio de Jesus. A ação consiste na 2ª etapa do projeto de reabilitação da Área de Proteção Per-manente (APP) do reservatório da barragem deste rio e integra o Programa de Recuperação de Matas Ciliares, desenvolvido pela empresa em municípios cujos mananciais utilizados para abastecimento humano apresentam matas degradadas em suas margens. A extensão total da APP é de 96 ha, o equivalente à área de 96 campos oficiais de futebol.

Com o replantio de 6 ha ocorrido em 2007 e a 1ª etapa do projeto, que envolveu o plantio de 30 ha em 2010, a APP da barragem já conta com 66 ha de área recuperada. Foram cultivadas, até agora, 72,6 mil mudas de 72 espécies da mata atlântica, das quais 30% são frutíferas, para for-necer alimentação aos animais silvestres e servir de alimento a agricultores e fazendeiros da região. Atualmente, a empresa está finalizando o edital de licitação da 3ª etapa, que prevê o plantio dos 30 ha restantes para a recuperação total da APP. As três etapas do projeto representam, ao todo, in-vestimentos com recursos próprios da Embasa da ordem de R$ 1,7 milhão.

Ao longo do manancial, é possível avistar a di-versidade da vegetação recuperada dentro da faixa de 30 metros, medida a partir do ponto de inundação. Espécies como aroerinha, pau--brasil, ipê, embaúba, maricá, jamelão e araçá. As mudas recém-cultivadas, de acordo com o engenheiro agrônomo Álvaro Duarte, levam cerca de quatro anos para começar a encher as nascentes, possibilitando a preservação deste manancial que abastece as cidades de Santo Antônio de Jesus, Varzedo e Dom Macedo Costa.

Antes de 2007, o reservatório da Barragem do Rio da Dona, formado pela confluência dos rios da Dona, Preto e de Areia, era alvo de uma série de agressões ambientais. “Esta situação demandou ações urgentes do Ministério Público da Bahia (MP-BA); entre elas, a que exigia uma redução dos terrenos de propriedade privada, o que causou resistência em agricultores e fazen-deiros”, conta o titular da 1ª Promotoria de Jus-tiça de Santo Antônio de Jesus, Julimar Barreto. “Neste sentido, o trabalho de educação ambien-tal realizado pelos profissionais da Embasa foi muito importante para sensibilizar os proprietá-rios”, afirma. O processo resultou na realização de um Termo de Ajustamento de Conduta, que definiu a faixa a ser preservada e estabeleceu parcerias entre donos de terra, ambientalistas,

Embasa, prefeituras da região, universidades, Ibama e Inema.

O criador de gado, Joílson dos Santos, foi um dos proprietários que mudaram de ideia. “Che-gamos a criar duas comissões para evitar a di-minuição de nossas terras, mas fomos conven-cidos da importância da recuperação das matas ciliares para a população ribeirinha, para a diver-sidade ecológica e para evitar a obstrução dos cursos do rio”, reconhece.

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Embasa recupera mais 30 hectares da APP do Rio da Dona

Replantio de mata ciliar às margens do Rio da Dona

Julimar Barreto, promotor

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O sistema de esgotamento sanitário (SES)da sede municipal de Ibotirama, no oeste da Bahia, começou a funcionar este mês, aten-dendo 1,3 mil imóveis dos bairros Alto do Cruzeiro, Centro, São Francisco e Veredinha. A previsão da Embasa, em médio prazo, é estender o atendimento até o total de 5,4 mil imóveis, o que equivale a uma população de aproximadamente 20 mil pessoas.

A professora Ednéia Rodrigues de Queiroz, do bairro São Francisco, se orgulha de ter os esgotos da sua residência destinados da maneira correta. “A minha casa já está inter-ligada. Tenho certeza de que isto ajudará o crescimento da nossa cidade, que não pre-cisará ver mais esgoto na porta das casas e caindo no Rio São Francisco”. Para ensinar

a população como utilizar a infraestrutura recém-implantada, a Embasa promoveu uma série de encontros de educação ambiental para o saneamento com professores, agen-tes de saúde e associações de moradores.

Após a entrega da obra executada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), com recursos de R$ 8,7 milhões do Progra-ma de Revitalização do Rio São Francisco, a Embasa fez ajustes no sistema para colocá-lo em funcionamento, como lavagem na rede coletora e energização das estações de bombeamento para conduzir o esgoto cole-tado até a estação de tratamento, que terá capacidade para tratar 34 litros de efluente por segundo.

Serviço começa a funcionar em Ibotirama

Sistema de Miguel Calmon é ampliado e recuperado

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ESGOTAMENTO SANITÁRIOESGOTAMENTO SANITÁRIO

O bairro Populares antes e depois

da recuperação do sistema de esgotamento

Lagoa de tratamento do SES de Ibotirama

A Embasa concluiu, este mês, a recuperação e ampliação do Sistema de Esgotamento Sani-tário de Miguel Calmon (SES), município do

centro-norte baiano, a 360 km de Salvador. A obra representou um investimento, com recursos pró-prios, de R$ 1,9 milhão e possibilitou que mais de 6.500 moradores, o equivalente a 30% da popula-ção da cidade, passassem a ter acesso ao serviço de coleta, tratamento e destinação adequada de esgotos domésticos.

Antes do início do empreendimento, no segundo semestre de 2010, a estação elevatória (conjunto motor-bomba) e a estação de tratamento do mu-nicípio estavam sem funcionar e a prefeitura local, que operava o sistema, prestava apenas o serviço de coleta de efluentes e, mesmo assim, a somente 11% da população. Sem a estrutura adequada para tratamento e destinação final, o esgoto corria a céu aberto, colocando em risco a saúde da população. “Durante o período de execução da obra, a Embasa auxiliou a prefeitura na manutenção e operação do sistema, realizando desobstruções, reparos em tu-bulações e limpezas. Agora, vai assumir totalmente a operação do SES, prestando um serviço comple-to”, explica o gerente do Departamento Técnico de Esgotamento Sanitário da Embasa, Alex Cruz.

Além de eliminar pontos de esgoto a céu aberto nos bairros do Arroz, Populares, Alto do Bonito e Renascer, a Embasa recuperou cerca de 700 liga-ções domiciliares, as estações de bombeamento e a estação de tratamento da cidade. Foram im-plantados, ainda, 19,2 km de rede coletora, uma nova estação de bombeamento e executadas mais 1.129 ligações intradomiciliares.

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Estudantes aprendem os 3Rs

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O que é possível fazer com o rolo de suporte de papel higiênico, palito de churrasco, cola e barbante?

Os alunos do 2º ao 5º ano do ensino fundamental da Escola Municipal Profes-sora Áurea Cruz Ferreira, em Camamu, aprenderam que, com a reutilização desse material, é possível fazer uma bela flor. E foi assim, com muito entusiasmo, que eles apreenderam os princípios que compõem os 3Rs: Reduzir, Reutilizar, Reciclar.

O aprendizado fez parte da segunda atividade do projeto Embasa na Escola, iniciado em agosto deste ano. Os 139 alunos dos turnos matutino e vespertino também assistiram a um vídeo educativo e participaram da oficina de reciclagem. Os técnicos da Embasa também foram sur-preendidos pela iniciativa dos estudantes, que apresentaram uma paródia musical e recitaram uma poesia sobre a água e os cuidados com o meio ambiente.

A coordenadora pedagógica, Emília Pi-res, explica que a motivação veio a partir do projeto Embasa da Escola, considera-do muito oportuno por tratar de assuntos que fazem parte do calendário escolar. A assistente social Thaíse Dias, da Unida-de da Embasa de Itabuna, observa que a intenção é promover uma experiência prática com os estudantes, considerados multiplicadores junto à família.

Um dos exercícios propostos é o con-trole do consumo de água. Muitos estu-

Projeto concluído em Riachão do Jacuípe

EMBASA NA ESCOLAEMBASA NA ESCOLA

SUSTENTABILIDADESUSTENTABILIDADE

Realizado desde julho com mais de 30 alunos do 8º ano da Escola Municipal Professora Carmen Silva, as atividades do Embasa na Escola foram encerra-das no dia 1º de novembro, juntamente com o final dos projetos multidisciplinares desenvolvidos pelos professores. Num espaço organizado pela Embasa, pais e alunos puderam conhecer o processo de tra-tamento da água e a importância das matas ciliares e assistiram palestra da bióloga Daniela Alves sobre os diversos usos da água.

Entre as atividades do projeto, destacaram-se vi-sita à estação de tratamento de água do município, vistoria de vazamentos nas instalações da escola e diálogos socioambientais.

Alunos da Escola Profª Carmen Silva visitam a ETA de Riachão do Jacuípe

Estudantes em Camamu exercitam os princípios dos 3Rs

Muros de contenção erguidos com blocos fabricados com borra de cal

Foto: Cássia Dias/Acervo Embasa

dantes trouxeram as contas de água do mês de implantação do projeto, que serão comparadas com as contas da época do encerramento. A análise das contas está sendo feita pela Divisão Comercial da Uni-dade Regional de Itabuna. Os alunos das famílias com maior redução irão receber brindes e devem compartilhar suas expe-riências numa reunião com todos os pais.

Atitudes sustentáveis tomadas hoje serão responsáveis por ga-rantir, amanhã, um planeta em boas condições para a continuida-de da vida humana e de todas as demais espécies. Ciente disso, a Embasa investe em ações de sustentabilidade como parte de seus negócios. Um dos exemplos é o projeto responsável pela produção de blocos de alvenaria a partir da utilização do resíduo de cal, produto usado no processo de tratamento da água para regular o pH e a acidez.

Além de suas utilizações no tratamento da água, a cal é um dos materiais mais empregados na fabricação das argamassas com que se erguem paredes e muros. A Embasa desenvolve, há cerca de oito anos, o projeto de reutilização da borra de cal – nada menos que 30 toneladas de resíduo por mês – para fabricação de blocos recicláveis. O resultado é a produção mensal de cerca de mil blocos que têm destinações diversas, desde confecção de muros, paredes e contenções em áreas de barragem, por exemplo, até construção de estruturas para armazenamento de produtos químicos.

“Esse tipo de ação traz benefícios ao meio ambiente na medida em que utilizamos um subproduto do processo de tratamento e damos nova destinação e utilidade a um resíduo que, antes, seria simplesmente descartado na natureza”, afirma Armédio Souza, gerente da Divisão de Captação e Adução da Bolandeira.

Embasa investe em ações de reaproveitamento

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Água doce de Mirorós em Cafarnaum

Os moradores da sede municipal de Ca-farnaum, no centro-norte do Estado, microrregião de Irecê, passaram a re-

ceber água doce nas torneiras. Desde o início de novembro, entrou em operação definitiva a nova adutora de água tratada, que, interligada à Adutora do Feijão, está abastecendo a cidade com água da Barragem de Mirorós.

Antes, o abastecimento era feito a partir de poços artesianos, cuja oferta era insuficiente para a demanda local e, além disso, a água era salobra. “A gente sabia que a água de an-tes era limpa, mas ninguém bebia porque era muito salgada. A água que estamos receben-do hoje é boa para lavar, para tomar banho e para beber”, disse o aposentado Rodonel Miranda, conhecido na cidade como Seu Léle.

“Percebemos a diferença da qualidade da água principalmente no banho. Agora está bem melhor”, disse Jairo José de Souza, proprietário de um posto de combustível na cidade.

Foram implantados 63 km de adutora, en-tre a estação de tratamento de água de Ibi-titá e a sede de Cafarnaum, bem como três estações de bombeamento e cinco reserva-tórios capazes de armazenar, juntos, mais de 1.000 metros cúbicos de água.

A Embasa investiu, neste subsistema, re-cursos da ordem de R$ 26,4 milhões. Com esta adutora, mais 16 localidades situadas

na zona rural dos municípios de Cafarnaum, Canarana e Lapão serão contempladas com a água da Barragem de Mirorós.

Mesmo com a operação deste novo subsis-tema, a expectativa é a diminuição da capta-ção da água da barragem, pois, ainda este ano, alguns municípios da microrregião de Irecê começarão a ser atendidos pelo Siste-ma Adutor do São Francisco, cuja construção será concluída no final de dezembro.

Rodonel Miranda (Seu Lelé), aposentado

ESGOTAMENTO SANITÁRIOESGOTAMENTO SANITÁRIO

No dia 13 de novembro, foi apresentado o pro-jeto de implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário da Enseada e do Estaleiro da Enseada do Paraguaçu, no município de Maragogipe, a representantes do poder público local, Ministério Público, sociedade civil organizada e lideranças comunitárias (foto). Mais de 80 pessoas assisti-ram à exposição da empresa responsável pelo desenvolvimento do projeto, que tem sua con-clusão prevista para janeiro de 2013 e repre-senta um investimento de R$ 272 mil. O custo do empreendimento estimado pelo projeto gira em torno de R$ 10 milhões.

Após a apresentação, surgiram questiona-mentos sobre problemas de abastecimento de água, localização da estação de tratamento de esgoto (ETE) e, também, sobre a localização da estação de bombeamento, assuntos que foram discutidos e esclarecidos pelos engenheiros da empresa contratada Engeprol, Luzianne Barre-to e Felipe Ataíde, e a analista do Departamen-to de Projetos da Embasa, Vanessa Brito. As questões colocadas e sugestões feitas serão analisadas e, caso se revelem pertinentes, se-rão levadas em conta na finalização do projeto.

A audiência foi coordenada pela assistente social Antônia Procópio e estiveram presen-tes, entre outros, Márcia Correia dos Santos, representante local da Agenda 21, Márcio Cruz do Consórcio Rio Paraguaçu e Múzia Brito da ONG Pro-Mar. A Embasa se fez representar pela gerente do Departamento de Operação de Esgotamento Sanitário da Unidade Regional de Santo Antônio de Jesus, Eneida Borborena, o gerente do Escritório Local de Salinas das Margaridas, Carlos Antônio Santos, e o enge-nheiro agrônomo da Superintendência de Meio Ambiente, Anderson Carvalho.

Projeto para Enseada e Estaleiro da Enseada do Paraguaçu é apresentado

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Ilustração: Iata Anderson

Na Bahia, quem economiza paga uma das tarifas mais baixas do paísconsumidor residencial que

utiliza até 10 mil litros de água por mês paga apenas R$ 7,90,

se for inscrito no bolsa família e na tarifa social; R$ 15,60, se habitar imóvel com número limitado de pontos de con-sumo de água; e R$ 17,65, se estiver enquadrado na tarifa normal ou vera-neio. Esses valores estão entre os mais baixos aplicados no Brasil para remu-nerar a prestação do serviço de abas-tecimento de água potável canalizada.

Comparada com as tarifas normais mínimas cobradas pelas 21 principais empresas estaduais de saneamento do País, a tarifa residencial normal ou veraneio da Embasa é a 5ª mais bara-ta. Em estados como o Rio Grande do Norte, o consumidor paga R$ 25,24 por 10 mil litros de água por mês, em Alagoas R$ 22,60, na Paraíba R$ 22,54, em Sergipe R$ 19,94, no Piauí R$ 19,60, em Pernambuco R$ 26,23, no Rio Grande do Sul R$ 53,17 e, no Rio de Janeiro, ele paga R$ 34,83 por 15 mil litros de água por mês. A água começa a ficar cara quando o consumo ultrapassa a faixa dos 10 mil litros.

Isso ocorre em todo o País para es-timular o consumo racional de água e coibir o desperdício. Na tabela pro-gressiva, como é conhecida a forma de aumentar o preço cobrado pelo consumo de água à medida que o vo-lume utilizado aumenta, cada mil litros (1 m³) consumidos acima da faixa ini-cial de 10 mil litros é tarifado de acor-

do com faixas de consumo. Na primeira faixa acima da faixa inicial, o valor de mil litros de água é o mesmo entre 11 m³ e 15 m³. Na faixa subsequente, que vai de 16 m³ a 20 m³, este valor aumenta e, assim, sucessivamente.

Para a gerente do Departamento de Relação com Clientes e Mercado da Em-basa, Thalita Vieira, economizar água é a melhor forma de usufruir do serviço público de abastecimento sem impac-tar o orçamento doméstico mensal. “Normalmente o usuário não tem ideia do quanto um vaso sanitário, uma pia ou um chuveiro gotejando impactam o consumo final. Muitos nem chegam a considerar isso como vazamento. Mas esses são os nossos grandes ‘vilões’ e precisam ser corrigidos o mais rápido possível. Caso não tenha uma resolução imediata, é importante fechar o registro para evitar o desperdício”.

Em outubro deste ano, nos 361 municípios atendidos pela Embasa, 69% dos imóveis residenciais atendidos com distri-buição de água tratada e canalizada ficaram dentro da faixa inicial de consumo. O comportamento do consumo residen-cial de água na região metropolitana de Salvador comparado a este tipo de consumo no interior da Bahia, evidencia hábi-tos pouco econômicos por parte dos habitantes da capital e de municípios vizinhos, pois 59% estão na faixa inicial de consumo, enquanto 74% dos imóveis da região norte e 72% da região sul ficam nesta faixa.

De acordo com o superintendente comercial da Embasa, Márcio Lessa, a maior parte do interior da Bahia está situa-da no semiárido, que, desde o ano passado, passa por uma das mais rigorosas estiagens dos últimos 40 anos. “A con-vivência com longos períodos de seca, que caracterizam o clima desta região, leva as pessoas a adotarem formas mais racionais de consumir água, pois o desperdício é impensável quando não há chuvas e, portanto, não há água disponível em abundância na natureza”, conclui Lessa.

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Novembro/2012Novembro/2012

Ilustração: Iataaaa Aaaaa nderson

FAIXAS DE CONSUMO RESIDENCIAL SOCIAL RESIDENCIAL INTERMEDIÁRIA

RESIDENCIAL NORMAL E VERANEIO

Até 10 m3 R$ 7,90 p/ mês R$ 15,60 p/ mês R$ 17,65 p/ mês

11-15 m3 R$ 3,48 p/ mês R$ 4,01 p/ mês R$ 4,94 p/ mês

16-20 m3 R$ 3,79 p/ mês R$ 4,33 p/ mês R$ 5,28 p/ mês

21-25 m3 R$ 5,66 p/ mês R$ 5,67 p/ mês R$ 5,93 p/ mês

26-30 m3 R$ 6,30 p/ mês R$ 6,32 p/ mês R$ 6,62 p/ mês

31-40 m3 R$ 6,97 p/ mês R$ 6,97 p/ mês R$ 7,29 p/ mês

41-50 m3 R$ 7,99 p/ mês R$ 7,99 p/ mês R$ 7,99 p/ mês

> 50 m3 R$ 9,61 p/ mês R$ 9,61 p/ mês R$ 9,61 p/ mês