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08939 CNPGL 1983 FL-08939 Supleme n taçao mineral para 1983 fL- 08939 088 -1 NOVEMBRO. 1983 . ISSN 0100 -8757 =>ESQUISA DE GADO DE LEITE - CNPGL

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08939 CNPGL 1983

FL-08939

Suplemen taçao mineral para

1983 fL- 08939

088 -1

NOVEMBRO. 1983.

ISSN 0100 -8757

=>ESQUISA DE GADO DE LEITE - CNPGL

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COMITr DE PUBLICACOES Homero Abílio Moreira Jackson Silva e Oliveira -. . . Mar10 LU1z Mart1nez Maurílio José Alvim Roberto Pereira de Mello Orie! Faj ardo de Canpos

ARTE, COMPOSICAO E DIAGRAMACAo Maria Elisa Monteiro

REVISAO Bibliográfica

Edna Maria Saldanha I

Lingulstica e datilográfica Newton Luís de Almeida Ivon MenJes Louzada

REPROGRAFIA Elyverto Fernandes Lage - . Jose V1cente

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite. Coronel Pa -checo, MG. . Suplenentação mineral para gado de leite, por Mil -ton de Souza DayrelL Coronel Pacheco, MG, novo 1983. 20p. iL (EHBRAPA- CNPGL. Circular Técnica, 18).

1. Bovino de leite - Alimentação suplementar (Mi r-

neral). I. Dayrell, Milton de Souza, colab. LI. T1-tulo. 111. ·Série.

CDD - 636.214

EHBRAPA, 1983 •

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u RIO------------------------------

1. I NTRODU~O ...................................... 5

2. CORRECAQ DE DEFICI[NCIA ....................... 8

A) Requerimentos minerais................... 9

B) Disponibilidade biológica................ 12

C) Consumo da mistura mineral............... 14

3. C~CULO DA MISTURA MINERAL.................... 14

4. REFER[NCIAS ................................... 19

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-UMARIO ---------------

,. I NTRODUÇAO .... .................................. 5

2. CORRECAo DE DEFICIrNCIA •••••••••.•••••.•••.••. 8

A) Requerimentos minerais •.................. 9

B) Disponibilidade biológica................ 12

C) ConsllOO da mistura mineral............... 14

3. C~CULO DA MISTURA MINERAL.................... 14

4. REFERrNCIAS •••••••.......•....•....•.......... 19

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5 --t-INTRODUCÃO------------•

Os minerais têm recebido pouca importância na alimen--. -taçao de gado de lelte, apesar de se saber que 21 elementos sao considerados essenciais para o funcionamento nOllnal do organis mo. Ao contrário de outros nutrientes, os minerais não podem ser sintetizados pelos organismos vivos, razão pela qual os mesmos devem ser obtidos do meio em que estes vivem. Em outras pala­vras, em condições normais, os bovinos de leite devem satisfa­zer às suas necessidades de minerais através de 'suas dietas.

As funções dos minerais no organismo são variadas e complexas. Alguns elenentos participam da estrutura de alguns . ..... .. tecldos, como o calclo e o fosforo na estr-utura do osso. O fos foro participa nas reações de transferência de energia das cé­lulas do corpo animal. Vários elementos são essenciais para a síntese de proteína, incluindo o enxofre que participa da estru . ..... -.-tura de certos amlnoacldos. O fosforo, o manganes, o Zlnco, o , .. ... . .. D1quel e o cromo sao componentes do aCldo rlbonuclelco, IW com , ,.. - .-posto chave na slntese de protelna. Alem das funçoes descrltas, a maioria dos microelementos e alguns macroelementos participam dos sistemas enzimáticos das células. Elementos como o cálcio, o fósforo, magnésio, sódio, potássio e cloro são essenciais pa ra algumas . funções vitais do organismo, tais como: regulação da pressão osmótica, equilíbrio ácido-básico, pH., permealiilidade de membranas e transmissão de estímulos nervosos.

-Na Tabela 1 encontra-se a concentraçao de elementos essenciais no corpo animal.

. -Trabalho apresentado pelo autor no Curso de Atuallzaçao de Bo-vinocultura de Leite,em Bambuí - MG, de 15 a 18 de março de 1982.

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TABELA 1 - Conteúdo médio de minerais no corpo de bovinos.

Macroelementos %

~ . Calc10 1,2

~

Fosforo 0,7 ~ • 0,17 Potass10

Enxofre 0,15 Sódio 0,14 Cloro 0,10

~

Magnesio 0,05

FONT~: MIlLER (1979)

Mi croe 1 ementos

Ferro Zinco Cobre Iodo -Manganes Vanádio Cromo . -. Mol1bden10 Cobalto - . Selen10

~

Fluor silício

Níquel Estanho

ppm

50 20 5 0,43 0,3 0,3

~ 0,09 < O 07 , < O 04 , •

Traços Traços

?

< 0,14 0,43

• Dos elementos essenciais, aqueles cujas deficiências .. . ... . ....... .

sao ma1S provave1s para rlm1nantes sao: calc10, fosforo, magne sio, sódio, iodo, ferro, cobre, zinco, cobalto, manganês e se~ - . len10.

Em 1973, TOKARNIA & DOBEREINER fizeram lima revisão das doenças causadas por deficiências minerais em bovinos criados em condições extensivas no Brasil. Verificaram que até àquela época já haviam sido diagnosticadas deficiências de fósforo, i odo, cobre e cobalto (Figura 1). Mais recentemente, SOUZA (1978) ve~ificou, na região Nordeste do Mato Grosso, que bovinos apre sentavam níveis deficientes de zinco no fígl!do, enquanto os nI veis de fósforo (dosado nas cinzas de ossos da costela), varI aram de deficientes a normais. -

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Os resultados até agora obtidos, embora ainda limita­dos, já fornecem algwna indicação de que o fósforo, cobre, co­balto, iodo e zinco são elementos importantes nas fótmulas de misturas minerais. Caso em alguma região ou mesmo propriedade for identificada qualquer deficiência de outro mineral, além dos citados, obviamente esse mineral deverá participar da mis­tura.

Muitas vezes o extensionista suspeita que deteuninada propriedade tem algllm problellla relacionado com deficiência de algum eleilento, apesar dos sintoilas não serem característicos.

,. . .. . . - . Isto e mUlto canum, p01S os slntomas de IODa deflclencla nem sempre são específicos de IOD eleilento. Assim, torna-se necessá ria a confirmação do diagnóstico através da análise do elemen= to questão. Nesse caso, qual tipo de amostra deve ser usado? . -. Na Tabela 2 sugere-se 11m esquema de &nostragem para dlagnostl-co de deficiência de alguns minerais.

TABELA 2 - Esquellla de ficiências.

strageil para diagnóstico de

Pmostra

certas de -

Mi neral deficiente Figado Soro Osso Alimento Saliva Leite

- . CalClO Ca* Ca -Fosforo P P P Sódio

-Na Na, K -

Cobre Cu Cu •

Cobalto Co Co Iodo I -Zinco Zn Zn Zn - . Magneslo !!i Mg

*Amostra mais representativa está grifada •

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8 --2- CORR CÃO D FICI NCI -

Depois de diagnosticada a deficiência de 11m ou mais mi. nerais no rebanho, deve-se corrigi-la at ravés de uma s upl emen--taca0.

Existem vários métodos de suplementação, tais como: misturas minerais no cocho, minerais na ração, adubação da pas

~ ~ -tagem, agua, etc. Cada metodo tem suas vantagens e desvantagens. O método mais recomendável para administração da mistura mine­ral para vacas em lactação é misturã-Ia com a forragem picada ou em uma dieta completa (COPPOCK et alo 1916). Outra metodolo gia, que t ~ poderia ser adotada, é a administração da mis~ tura individualmente para caàa vaca. Entretanto, no Brasil, o método mais usado para correção de deficiência de determinados minerais tem sido aquele em que se oferece R mistura, à vonta­de. no cocho~ O que se vê a respeito deste método de suplel!ien tação é que, freqüentemente, resulta em baixa eficiência, quer pelas quantidades, não raras vezes, inadequadas dos elellentos que as misturas comerciais apresentam, quer pelo não seguimen­to das instruções de diluição do concentrado mineral fornecidas pelo fabricante.

Qualquer extensionista tem condições de preparar IQDa mistura mineral, pois os cálculos são relativamente simples, desde que se tenha em mente alguns requisitos para sua prepara ção. Em primeiro lugar, deve-se questionar: Quanto a mistura ãe ve suplementar em relacão às necessidades ao animaL? Com rela~ - . .. . çao a essa pergunta eX1stem algllmas controverS1as. Alguns pes-quisadores sugerem que a mistura deve suplellentar 100% das ne­cessidades dos animais, quando não tiver sido feito nenhlD es­tudo a respeito na região. HOUSER et alo (1916) consideram di­fícil dizer quanto do requerimento para cada mineral deveria ser suprido pela mistura mineral, mas acredita-se que deveria ser pelo menos de 25 a 50% das necessidades. Além disso, para o preparo de lll!ia mistura mineral, devellKls ter 11m conhecimento aproximado dos seguintes fatores:

a) requerimentos de minerais para a cLasse animal. a

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ser suplementadaj

b) disponibi lidade biológica relativa e concentração do minerol nos compostos usados na misturaj

c) consumo da mistura mineral pelo animal (g/dia).

A) REQUERIMENTOS MINERAIS

No Brasil não se tem \nna tabela de requerimentos de mi -nerais para vacas leiteiras. Por isso, pode-se ut ilizar tanto as tabelas recomendadas pelo NRC (1978), como pelo Agricultural Research Council (ARC). Convém salientar que os dados dessas ta belas não foram obtidos em condições tropicais. Entretanto, es tudiosos do assunto concordam que essas 'são as melhores infor= mações disponíveis no jlomento e, por isso, deveu ser usadas a­té que sejau obtidos resultados em condições tropicais. Na Ta­bela 3, encontra-se a composição em minerais na matéria seca da dieta para gado leiteiro, recomendada pelo NRC (1978). A partir dessa Tabela, pode se calcular a quantidade aproximada de deter -minado mineral que deve ser ingerida pelo animal. Para isso, - . .. . torna-se necessar10 conhecer o cons\nno total de mater1a seca por vaca, por dia. t difícil detelDlinar esse consumo em animais em condições de pasto, pois existem vários fatores que o , influ encialll. A discussão desses fatores foge ao objetivo do presen= te trabalho, por isso v considerar o conslmo de matéria se -ca como sendo 2,5% do peso vivo do animal. Como exemplo, vamos detelminar a quantidade aproximada de cobre que \ma vaca de 400 kg de peso vivo, produzindo até 8 kg de leite, deve ingerir por dia. Pela Tabela 3, verifica-se que a recomendação é de 10 ppm na ração do animal, ou seja, 10 mg de cobre por quilograma de matéria seca da ração. Como esta vaca consome diariamente cerca de 10 kg de matéria seca (400 x 0,25), conseqüentemente cons\anirá 100 mg de cobre por dia. Seguindo esse mesmo raciocí nio, pode-se detelminar as quantidades diárias dos outros ele= mentos que deveu ser ingeridas pelo animal.

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a.. a: a:

o.. o Cf u

8

o (J

w o;{J (J(J

I

o.. o (J

a..

o a:

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FIGURA 1

P Co

Co I Cu I

., Ip · P P - P

P RS

PR

P

Cu

GQ .p

- Deficiência de Cobalto (Co), Cobre (Cu), Iodo nos no Brasil (TOKARNIA & DOBEREINER 1973).

G

I P IP

Co BA

(I) e Fósfo ro (p) o; li! bovi --

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TABELA 3 - Composição em minerais na matéria seca da dieta para d I · . a ga o e1te1ro.

Vacas em lactação Animais não lactantes

Concentração Peso vivo Prodl,lção diãri a do mineral (kg) de leite (kg) Bezerras !'la M.S. ~400 < 8 8- .13 13-18 Vacas Touros e da ração 500 <11 11-17 17-23 secas Bezerros 600 <14 14-21 21-29

700 < 18 18-26 26-35

Ração NQ I •

11 111 IV . V VI

O) DISPONIBILIDADE BIOLOGICA

~ muito comlDD confundir disponibilidade biOlógica de li ... mineral com absorção ou coeficiente de absorção. A absorção

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é definida como a quantidade de um mineral da dieta que é absor vida pelo organismo no trato gastro-intestinal, e o coeficien=­te de absorção é a quantidade absorvida pela quantidade ingeri da. Esse coeficiente já foi levado em consideração pelo NRC nõ cálculo dos requerimentos, utilizando-se o método fatorial. Já a disponibilidade biológica é definida como a medida da capaci -dade de IDIl elemento, em detetminada fonte, em suportar algum processo fisiológico no organismo animal. NOtmalmente essa dis ponibilidade biológica é expressa em termos numéricos relativos a IÍID padrão de referência, previamente selecionado. A I i teratu ra sobre disponibilidade é muito ampla e ao mesmo tempo comple - -xa, por isso nao nos aprofundat'ernos no assunto. O IMC (1973), fa zendo 11m reS\DIIO dos resultados de vários trabalhos sobre dispõ nibilidade de fósforo em várias fontes, listou-as na seguinte -orgen, com relaçao ao seu valor:

1. Fosfato bicálcico;

2. Farinha de ossos;

3. Fosfato desfluorizado;

4. Fosfato de rocha com teor baixo em fluor • •

Em estudos realizados com ruminantes, tanto o sulfato de zinco (MILLS et ato 1967 e UNDER WOOD & SOMER 1969), quanto o óxido de zinco (MILLER et ato 1963 e PERRY et ato 1968), mos -trar8m-se boas fontes do elenento.

O sulfato de cobre apresenta maior disponibilidade de cobre do que o carbonato.

O carbonato, o cloreto, o sulfato e o nitrato de cobal to têm sido propostos como fontes dietéticas satisfatórias dõ elenento para rlDllinantes (SMITH & LOSSLI 1957 e CUNHA et ato 1976).

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o iodato de cálcio é lima fonte de iodo melhor do que o iodeto de potássio por ser mais estável. O iodeto de potássio perde iodo quando misturado com out ros minerais ou quando suj e.!. to a condições adversas de estocagem, tais como 'widade, calor ou luz solar (AMMERMAN & MIllER 1978).

Depois de escolhida Iwa fonte de determinado mineral para ser usada na mistura, 'é necessário que se saiba a porcell tagem do elemento em tal fonte. Na Tabela 4 encontra-se a por­centagem do mineral em compostos normalmente usados em suplemen tos minerais. Convém chamar a atenção nessa Tabela para o fato da porcentagem estar calculada com base no composto puro. Para compostos não puros (comerciais), mais comuns para elaboração

, . .. . -de m1sturas m1nera1s, pode haver var1açao nessa porcentagem.

C) CONSUMO DA MISTURA MINERAL

Infelizmente esse é um dado pouco encontrado na lite­ratura, devido à não importância dada sobre esse assunto pelos pesquisadores. O conslwo da mis tura mineral é afetado por alguns fatores, taiá como: nível de fertilidade do solo, tipo de pas­tagem, nível de produção das vacas, quantidade de ,minerais na ágda de beber, palatabilidade da mistura, localização do cocho, etc. (CUNHA et aZo 1976). Em experimento realizado no CNP-Gado de Leite, o consumo médio anual de mistura mineral contendo mi croelementos e 60% de fosfato bibálcico foi de 66 g/vaca/dia:

, ~

Normalmente esse conSIDDO e estimado como sendo elll torno de 40 a 50 g/dia, para animais adultos criados em regime de pasto. Pa -ra animais confinados, esse consIGo parece ser maior. ,

00 '

, - LCULO DA NU TUR MI

Como exemplo, vamos fazer o cálculo de 1Ima mistura mi neral, . -começando-se pelos m1croelementos, para IW rebanho cujo

,

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peso médio das vacas é de 400 kg, com produção diária de até 8 kg de leite por vaca.

--- RE ---

Pelo exemplo dado anteriormente, verifica-se que o a­nimal em questão deve consumir em torno de 100 mg de cobre/dia. Estimando-se que o conslmo da mistura mineral seja de 50 g/dia e que esta atenda 50% das necessidades do animal, ou sej a 50 mg, sienifica q\,le 50 g da mistura devem conter 50 mg de cobre. Uti lizando-se o sulfato de cobre (CuSO~.5H20) como fonte e, consI derando-se que o mes!!o contém 25,5% de cobre (Tabela 4), tere-DVl9 :

100 mg CuSO~ -X -

25,5 mg Cu 50 mg

x = 196,8 mg de CuSO~. Isto significa que em 196,8 mg de CuSO~ tem-se 50 mg de cobre. Então. 50 g da nossa mistura de -vell conter 196,8 mg de cobre. Passando-se para porcentagem:

--- ZI

196,8 mg -X -

50 g mistura 100 g

x - 393,6 mg CuSO~/100 g da mistura ou 0,394% •

---Seguindo-se o mesmo raciocício daquele utilizado para

o cobre~ Pela Tabela 3. a ração total de Ima vaca deve conter 40 ppm de zinco (Zn), ou seja, 40mg Zn/kg MS conswoida. Então, o animal deve conslanir cerca de 400 mg de zinco I dia. A nossa mistura deve suprir 50% das necessidades, ou seja, 200 mg. Es­ses 300 mg de zinco devem estar contidos em 50 g da mistura, que é o conslano estimado por dia. Va!!os utilizar como fonte do

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e 80,3%

o óxido de zinco (znO) que, pela Tabela 4, apreaenta -de Zn. Bota0: .

100 mg de znO -X -

80,3 mg Zn 200 mg

x ; 249 mg de ZnO. Então, 50 g de DOssa mistura dev . -conter 249 mg de ZnO. Passando se para porcent , equ1valera a 0,498%.

Utilizando-se esse mesmo raciocício, pode-se achar os valores para os outros micro • Para o caso do iodo, re -comenda-se que a mistura contenha o dobro das necessidades do animal, devido aos problemas de estabilidade que 'os compostos

• apresentam.

- - -A fonte de fosforo e responsavel por 60 a 70% do pre-ço da mistura alo Por isso, o preço do ingrediente deve ser levado em consideração para o preparo da mistura. A fonte de fósforo recomendada é a farinha de ossos calcinada ou o fos -fato bicálcico. A utilização de 'na fonte ou outra vai depender muito de alguns fatores, comI) preço e disponibilidade do merca - -do. A farinha de ossos autoclavada, a de apresentar proble-mas de estocagew, apresenta teor ,relativamente alto de pro-teína, induzindo, com isso, a cons excessivo da mistura. No caso de não se encontrar DO mercado ~ farinha de ossos cal­cinada ou o fosfato bicálcico, e ser usada a farinha de ossos . . - . autoclavada, deve-se levar em cons1deraçao, no calculo, o con-S'IOO relativamente alto da mistura. Una boa mistura mineral de ve suplementar, no • de 4 a 5 g de fósforo/animal/dia.

Abaixo estão alguns

1) Fosfato bicálcico Sal comUlI1

Sulfato de cobre

los de misturas minerais:

% 60,0 39,35 0,30

-

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6xido de zinco Iodato de potÁssio Sulfato de cobalto

2) Farinha de ossos calcinada Sal coml"O Sulfato de cobre Oxido de zinco Iodato de potÁssio Sulfato de cobalto

3) Farinha de ossos calcinada Fosfato bicálcico Sal COunlD

Sulfato de cobre 6xido de zinco Iodato de potássio Sulfato de cobalto

% 0,20 0,03 0,02

60,00 39,15 0,40 0,40 0,03 0,02

30,00 30,00 39,50 0,40 0,40 0,03 0,02

17

Leite, A mistura n9 1 é ut ilizada atualmente no CNP-Gado de virtude de já teLUk>S alguns resultados de análises de

• • mineraiS de •

estudo a

te:

das forrageiras cons as pelos animais. As misturas 2 e 3 d ser utilizadas quando não se tem nenhum . . -respeito rta reglao.

Finalizando, queremos chamar a atenção para o seguin-

"Para que una mistura mineral. seja usada com sucesso, é necessário que todos os outros n~ trientes não sejal/ l.imitantes na dieta dos ~ nimais".

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TABELA 4 - Porcentagem do elemento mineral em compostos mente usados em suplementos minerais.

normal

Elemento

- . Calc10

-Fosforo

Cobalto

Cobre

Iodo

• Z1nco

Composto

Farinha de OS80S autoclavada . -Carbonato de cal cio - . Calcar10 Fosfato bicálcico Fosfato tricálcico

Farinha de ossos autoclavada Fosfato bicálcico .

Sulfato de cobalto •

Carbonato de cobalto Cloreto de cobalto

Sulfato de cobre •

Cloreto de cobre

Iodeto de - • potass10 Iodato de - • potass10

Sulfato de zinco Cloreto de zinco Óxido de zinco •

% do elemento no composto

30 40 38,5 23,3 38,6

13,6 18,0

24,8 49,5 24,7

25,5 37,2

76,4 59,3

40,5 48,0 80,3

• •

-

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19 -R R Nel

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