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GLOBAL CARGAS TRANSPORTES GLOBAL CARGAS TRANSPORTES NACIONAIS E INTERNACIONAIS EIRELI EPP

AV. PERIMETRAL NORTE, N° 11162 QD. 02 LT 03 SALA B GOIÂNIA 2 GOIÂNIA/GO CEP 74.665-510 FONE: (62) 3941-2124

CNPJ: 05.878.120/0001-00 / INSC. EST. 10.567-0 / INSC. MUN. 254.382-0

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ILUSTRE SENHOR PREGOEIRO HALIS HUMBERTO AFONSO SIQUEIRA

Ref. Pregão Eletrônico 02/2018 | Processo nº 1087/2017

GLOBAL CARGAS TRANSPORTES NACIONAIS E INTERNACIONAIS EIRELI

EPP, empresa individual de responsabilidade limitada, inscrita no CNPJ/MF sob n.º

05.878.120/0001-00, situada na Av. Perimetral Norte, n.º 11.162, quadra 2, Lote 03,

Sala B, Centro, Goiânia 2, Cidade de Goiânia, Estado de Goiás, CEP 74.665- 510,

considerando o recurso apresentado pela empresa ÁQUILA TRANSPORTES DE

CARGAS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no

CNPJ/MF sob o n.º 03.608.196/0001-90, com sede na Q AC ADE Conjunto 25, Lote 3

Águas Claras, Brasília DF, CEP 71.990-540, com relação ao resultado do Pregão

Eletrônico 02/2018 Processo nº 1087/2017, vem, respeitosamente, à presença de

V.Sa., apresentar a manifestação abaixo.

I SÍNTESE DO RECURSO:

1. Em linhas gerais, alega a Recorrente que: (i) participou do Pregão Eletrônico n.º 02/2018, conjuntamente com a empresa Global Cargas Transportes Nacionais e

Internacionais e a Voetur Cargas e Encomendas Ltda.; (ii) a empresa Global Cargas




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Transportes Nacionais e Internacionais Ltda. foi vencedora do certame

licitatório pelo lance do valor de R$ 1.262.668,85 (um milhão duzentos e sessenta e

dois mil, seiscentos e sessenta e oitos reais e oitenta e cinco centavos) por ter sido

beneficiada pelo enquadramento de empresa de pequeno porte (EPP), nos termos da

Lei Complementar n.º 123/2006; (iii) a empresa Global Cargas Transportes Nacionais

e Internacionais está em período de suspensão (com fulcro no art. 7º da Lei n.º

10.520/02), supostamente não podendo participar de licitações, conforme se extraí do

Portal da Transparência e da publicação do Diário Oficial da União em 25 de junho de

2015 (sanção com término em 26 de junho de 2018); (iv) a empresa vencedora

apresenta documentação na qual é enquadrada como EPP, o que dever ser investigado;

(v) a Global Cargas Transportes Nacionais e Internacionais não pode ser beneficiada

pela Lei Complementar n.º -

proprietário ) possui 4 (quatro) outras empresas registradas em seu nome, possuindo

mais de 50% (cinquenta inteiros por cento) do capital social de todas as empresas; (vi)

durante o ano de 2012, a Global obteve uma receita bruta de vendas no montante de

R$ 3.790.387,08 (extrapolando o limite de R$ 3,6 milhões então vigente no ano de

2012 para o enquadramento no regime do EPP); e (vii) o sócio constante da Receita

Federal para a Global Cargas Transportes Nacionais e Internacionais é o Sr.

ALEXANDRE ARANTES (falecido no ano de 2018, sem até o momento constar

abertura de inventário), fato que supostamente não condiz com a realidade, pois, no

Contrato Social o titular da Global Cargas Transportes Nacionais e Internacionais seria

o Sr. Ricardo Sluce, conforme a 6ª alteração do Contrato Social da Global Cargas

Transportes Nacionais e Internacionais.




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2. Pois bem, por absoluto desconhecimento (para não se dizer má-fé), o que se observa, é que a Recorrente distorce praticamente a totalidade dos fatos narrados em

seu recurso, supondo, inclusive, situações que, no campo da prática, são absolutamente

impossíveis: por exemplo, que a empresa tenha perante a Junta Comercial um

determinado proprietário diferente daquele que consta dos quadros societários da

Receita Federal do Brasil (quando, na realidade, a Receita Federal do Brasil apenas

atualiza seu cadastro e o correspondente QSA - Quadro de Sócios de Administração,

depois de chancelada a alteração contratual perante a Junta Comercial).

3. Isso, dentre outros aspectos, é que se verão a seguir.

II DENOMINAÇÃO SOCIAL DA GLOBAL E QUADRO SOCIETÁRIO:

4. De início, embora a Recorrente tenha qualificado a Recorrida simplesmente sob TRANSPORTES NACIONAIS E

INTERNACIONAIS GLOBAL

CARGAS TRANSPORTES NACIONAIS E INTERNACIONAIS EIRELI

isto é, Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, constituída nos termos do

art. 890-A e seguintes do Código Civil.

5. Não obstante tal observação possa parecer mero capricho da Recorrida ou até mesmo erro material da Recorrente em suas razões recursais, aqui surge a primeira

grande distorção dos fatos que é registrada no recurso interposto: o fato de, perante a

Junta Comercial do Estado de Goiás (JUCEG), o único e efetivo proprietário da

Recorrida ser o Sr. ALEXANDRE ARANTES, conforme se observa da 2ª Alteração




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do Contrato Social1 e não o Sr. RICARDO SLUCE, o que foi concluído pela

Recorrente com base em alteração contratual datada de 27 de janeiro de 2015, já

ultrapassada pelo novo ato societário da Recorrente, chancelado pela JUCEG em 12 de

maio de 2017 Doc. 01.

6. Justamente por isso é que administrador (exclusivo) da Recorrida é o Sr. ALEXANDRE ARANTES, agindo o

Sr. Ricardo Sluce na qualidade de procurador:

7. Outrossim, é essa a informação que se extraí da leitura do QSA Quadro de Sócios e Administradores, disponibilizado pela Receita Federal do Brasil Doc. 02.

1 Depois da conversão de Sociedade Limitada em EIRELI, a contagem das alterações contratuais é reiniciada por uma exigência formal da Junta Comercial. Assim, a 2ª Alteração do Contrato Social da GLOBAL CARGAS TRANSPORTES NACIONAIS E INTERNACIONAIS EIRELI EPP é posterior à 6ª Alteração do Contrato Social da




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8. Assim, desde já, revela-se incabível as assertivas da Recorrente com relação ao fato de o proprietário da Recorrida ser o Sr. RICARDO SLUCE, proprietário de outras

4 (quatro) empresas, o que (na visão da Recorrente) implicaria no desenquadramento

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previsto na Lei Complementar n.º 123, de 14 de dezembro de 2006.

9. Até mesmo porque, ainda que o Sr. RICARDO SLUCE fosse considerado

da Recorrida (quando, na verdade, é mero procurador), o que se admite

unicamente para fins de argumentação, em respeito ao princípio da eventualidade, o

simples fato de figurar no quadro societário de outras empresas também não implicaria

no desenquadramento da Recorrida

Complementar n.º 123/06.

10. Isso, pois, para eventual desenquadramento, precisaria ser extrapolado o limite de faturamento atualmente vigente de R$ 4,8 milhões por ano, analisando as empresas

conjuntamente.

11. Confira-se o disposto no inciso III do §4º do art. 3º da LC n.º 123/06, que

Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta

Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar,

para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica: [...] III - de cujo capital participe pessoa

física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba

tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a

receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo 2.

2 Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a




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12. Ou seja, ainda que toda a confusão narrada no recurso da Recorrente viesse a ser verdade, razão não lhe assistiria, pois ignora a efetiva regra de enquadramento de

LC n.º 123/06.

13. Não suficiente, há mais um Recorrente ao dizer que o inventário de bens do Sr. ALEXANDRE ARANTES (proprietário da Recorrida), falecido em 20

de janeiro de 2018 não ter sido aberto até a presente data. Como se observa o

inventário do Sr. ALEXANDRE ARANTES foi devidamente aberto (Autos n.º

5087970.41.2018.8.09.0051), sendo que, a procuração outorgada ao Sr. RICARDO

SLUCE já é inclusive feita pela respectiva inventariante, por meio de instrumento

público (Doc. 03).

que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: [...] § 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica: I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica; II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior; III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica; VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores; X - constituída sob a forma de sociedade por ações. XI - cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.




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14. Não obstante, essa questão é absolutamente irrelevante para os fins deste recurso, visto que, a pessoa jurídica tem personalidade própria, que se distingue da

personalidade e capacidade dos seus sócios, não havendo qualquer pertinência para o

julgamento do presente recurso no fato de o seu sócio ter recém falecido. Embora

tenha sido um fato infeliz a todos os colaboradores e familiares, o falecimento do Sr.

ALEXANDRE ARANTES não pode resultar na paralisação das atividades da

Recorrida, que atualmente é representada, por meio de procuração pública outorgada

por sua cônjuge supérstite, inventariante nos Autos 5087970.41.2018.8.09.0051, em

trâmite perante a 6ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Goiânia, Estado de

Goiás Doc. 04.

III INEXISTÊNCIA DE VEDAÇÃO DA RECORRIDA EM LICITAR COM

ÓRGÃOS DA ADMINSITRAÇÃO PÚBLICA ESTADUAL E MUNICIPAL:

SUSPENSÃO ESTÁ EXPRESSAMENTE LIMITADA À UNIÃO:

15. Conforme se observa da própria decisão de aplicação da pena em desfavor da Recorrida, a punição de suspensão foi aplicada com fulcro no artigo 7º da Lei Federal

nº. 10.520/02 pela ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e foi

expressamente restrita à suspensão de a Recorrida licitar com órgãos da União (não

abrangendo, por conseguinte, os órgãos da administração pública estadual e

municipal).

16. Confira-se o teor da decisão de aplicação da pena (Doc. 05):




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17. Bem por isso o SICAF da Recorrida registra que a suspensão é literalmente restrita e limitada aos órgãos vinculados à União, tal como se observa da tela transcrita

abaixo (Doc. 06):

18. Oportuno destacar que, a suspensão prevista no artigo 7º da Lei Federal nº. 10.520/02, além de restrita à União, não se confunde com a declaração de inidoneidade

prevista na Lei n.º 8.666/93, não impedindo que a Recorrida participe de quaisquer

licitações nos demais órgãos públicos vinculados aos Estados, Municípios e Distrito

Federal.

19. Assim, sem qualquer razão também nesse aspecto a Recorrente.




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III ENQUADRAMENTO NAS REGRAS DA LEI COMPLEMENTAR N.º

123/05 E CONDIÇÃO DE EPP :

20. Por fim, o derradeiro argumento da Recorrente é que, pelo fato de a Recorrida ter sido suspensa por 36 (trinta e seis) meses para licitar perante órgãos da União pelo

ECT, justamente por ter, no ano de 2013, extrapolado o limite de faturamento então

vigente (R$ 3,6 milhões), não poderia mais ser classificada como uma Empresa de

Pequena Porte ..

21. Data venia, nada mais absurdo, visto que desde o ano de 2013 certamente a Recorrida passou por inúmeras transformações de faturamento, sendo que, atualmente

cumpre rigorosamente com o enquadramento de EPP (Empresa de Pequeno Porte).

Compras NET faturamento está

dentro do limite previsto em lei, não sendo legítimo desqualificar o enquadramento da

Recorrida por fatos ocorridos em 2013 (ou seja, há mais de 5 anos atrás).




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22. Além disso, os balanços ora anexados também comprovam a regularidade nesse sentido (Doc. 07), sendo que apurou no último ano receita operacional bruta de R$ 2,9

milhões (dentro dos limites de faturamento previstos na Lei Complementar n.º

123/06).

IV CONCLUSÕES:

23. Por tais razões, requer seja indeferido o recurso apresentado, mantendo-se a Recorrida como vencedora do Pregão Eletrônico 02/2018 Processo nº 1087/2017,

nos termos acima.

Goiânia, 13 de junho de 2018.

GLOBAL CARGAS TRANSPORTES NACIONAIS E INTERNACIONAIS EIRELI EPP

p.p. Ricardo Sluce

CPF: 441.148.772-15




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Doc. 01: 2ª Alteração Contratual, registrada em 12/05/2017 (vigente)

Certifico que este documento da empresa GLOBAL CARGAS TRANSPORTES NACIONAIS E INTERNACIONAIS EIRELI - EPP, Nire: 52 60024625-9 , foideferido e arquivado na Junta Comercial do Estado de Goiás. Para validar este documento, acesse http://www.juceg.go.gov.br/ e informe: Nº do protocolo17/223465-4 e o código de segurança vFTzV. Esta cópia foi autenticada digitalmente e assinada em 16/05/2017 08:03:50 por Paula Nunes Lobo – Secretária Geral.

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Doc. 02: QSA da Receita Federal do Brasil




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Doc. 03: Procuração Pública outorgada pela Inventariante




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Doc. 04: Processo de Inventário

Processo Nº: 5087970.41.2018.8.09.0051




1

Doc. 05: Aplicação da Pena de Suspensão pela ECT (limitada aos órgãos da União)




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Doc. 06: SICAF




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Doc. 07: Demonstração de Resultado do Exercício de 2017

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