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Gestão, Proteção e Controle da Qualidade Ambiental TEMA 3 - IBAMA
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AULA 00: PROTOCOLO DE KYOTO – Parte I
SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação, cronograma e orientações 1 - 7
2. Protocolo de Kyoto 8 - 19
3. Questões Comentadas 20 - 36
4. Lista de questões + gabarito 37 - 44
5. MEMOREX 45 - 46
Programa da aula 00 - (07/11/2012)
PROTEÇÃO DA ATMOSFERA: 1 Protocolo de Kyoto: Decreto nº
5.445/2005 Parte I
Atenção!
Este curso abordará os seguintes itens:
Proteção da Atmosfera:1; 2; 3 E 4.
Noções de Química Ambiental: 1; 2; E 3.
Noções de Ecotoxicologia: 2.
Poluição Sonora: 1.
Segurança Química: 1; 2; E 3.
Gestão de Resíduos Sólidos e Substâncias Perigosas: 1; E 2.
As aulas serão disponibilizadas de acordo com o cronograma informado.
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1. Apresentação
Olá amigos (as),
Meu nome é Rosenval Júnior, sou servidor público federal desde
2006 e exerço as minhas atribuições no Ministério da Justiça.
Tenho graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal
de Viçosa (UFV) e especialização em controle e monitoramento ambiental.
Atualmente curso pós-graduação em Direito Ambiental.
No Estratégia já ministrei aulas para diversos concursos, dentre
eles, Ibama, MPOG, MCTI, VALEC, CGU, TRF 5ª Região, Perito Criminal da
Polícia Federal, e Petrobras. Além de cursos de Direito Ambiental para o
Exame de Ordem.
Abaixo alguns resultados que obtive em concursos:
1° lugar para Analista do Ministério Público de MG;
2° lugar para Analista Pericial do MPU;
2° lugar para Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário
do INCRA;
7º lugar Engenheiro Júnior da Caixa Econômica Federal;
10º lugar para Analista Ambiental do IEF/MG;
1° lugar para Técnico em Recursos Naturais – nível II do
IDAF;
2° lugar para Perito Criminal da Polícia Civil do RJ;
1º lugar para Engenheiro da Casa Civil da Presidência da
República;
2° lugar para Analista Ambiental do IBAMA.
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Cronograma:
Aula 00 (07/11/2012)
PROTEÇÃO DA ATMOSFERA: 1 Protocolo de Kyoto: Decreto nº
5.445/2005 Parte I
Aula 01 (21/11/2012)
PROTEÇÃO DA ATMOSFERA: 1 Protocolo de Kyoto: Decreto nº
5.445/2005 (continuação). NOÇÕES DE QUÍMICA AMBIENTAL: 1 Camada
de ozônio. 2 Contaminantes atmosféricos. 3 Aquecimento global. NOÇÕES
DE ECOTOXICOLOGIA: 2 Ciclos biogeoquímicos.
Aula 02 (10/12/2012)
PROTEÇÃO DA ATMOSFERA: 2 Protocolo de Montreal: Decreto nº
99.280/1990, Resolução CONAMA nº 267/2000 e alterações, Resolução
CONAMA nº 340/2003. 3 Lei nº 12.187/2009, Decreto nº 7.390/2010
(Política Nacional sobre Mudança do Clima). 4 Resolução CONAMA nº
05/1989 e alterações (Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar).
POLUIÇÃO SONORA: 1 Programa Nacional de Educação e Controle da
Poluição Sonora - Silêncio: Resolução CONAMA nº 2/1990, Resolução
CONAMA nº 20/1994.
Aula 03 (08/01/2013)
SEGURANÇA QUÍMICA: 1 Decreto nº 5.472/2005 e alterações (Convenção
de Estocolmo). 2 Decreto nº 5.360/2005 e alterações (Convenção de
Roterdam). 3 Lei nº 7.802/1989 e alterações, Decreto nº 4.074/2002 e
alterações (Agrotóxicos).
Aula 04 (12/01/2013)
GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS: 1
Convenção de Basiléia: Decreto nº 875/1993, Decreto nº 4.581/2003,
Resolução CONAMA nº 452/2012. 2 Lei nº 12.305/2010 (Política Nacional
de Resíduos Sólidos).
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Amigo,
Faça por merecer!
Já adianto que para ser aprovado em um concurso público você
precisará de muito estudo, organização, planejamento, foco, força de
vontade, inteligência emocional, ter o material certo, estudar com
estratégia e, além disso, chegar bem até o dia da prova.
Enfim, você precisa estar preparado para a guerra! Se você entrar
nessa batalha "mais ou menos" não irá conseguir. Tem que chegar com
os dois pés! Com sangue nos olhos, com vontade de devorar a prova, de
ser o melhor!
Ah...professor Rosenval, mas tem muita matéria, tem pouco tempo!
Pois é! Eu sei! e diante disso tudo, se você não der o máximo vai ser
ainda mais difícil conseguir pelo menos o mínimo na prova. Além disso,
para estar entre os aprovados você precisa mais do que o mínimo, o
mínimo apenas não te elimina, mas pode não ser o suficiente para colocá-
lo na lista dos classificados entre as vagas.
Assuma a responsabilidade pelo seu sucesso ou pelo seu
fracasso. Tudo depende de você, das suas atitudes, das suas
escolhas. Não culpe os amigos, a família, o professor, a falta de apoio.
Tem gente que põe a culpa em todo mundo, mas não reconhece o seu
papel como protagonista da história.
Chame a responsabilidade! Assuma o risco! Pare de pensar no
"se". E se eu não passar? E seu eu...? Tome a decisão e ponto!
Se você decidiu fazer o concurso, vá até o fim! Esse é o seu
objetivo de agora em diante. Nada pode desviá-lo dele! Desafie-
se! Motive-se! Estabeleça metas e cumpra-as!
Não tente mudar o que está fora do seu raio de ação. Mude e
melhore as suas ações, a sua postura perante os problemas.
Pessoal, não existe fazer mais ou menos. Ou você foca em
um objetivo e parte para ação total, ou não faz.
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Estabeleça um objetivo e tenha a persistência necessária
para alcançá-lo. Não deixe para depois. Faça agora! Just do it!
Dê rapidamente o primeiro passo! Não seja morno, fazendo
por fazer. Faça com vontade, caia de cabeça no seu projeto de ser
aprovado!
Não se deixe influenciar por pessoas irresponsáveis que não
entendem nada sobre concursos e ficam plantando ideias negativas na
sua cabeça.
Se você tem um objetivo, um sonho, vá e faça de tudo para
realizá-lo! Lembre-se de que o sonho é seu! Não é dos outros.
Depende de você! Chute a acomodação para bem longe e procure
melhorar sempre!
Faça da aprovação no concurso um objetivo de vida. O meio
para conquistar uma vida melhor, para a realização de grandes
sonhos. Valorize sua capacidade e acredite no seu potencial.
Faça por merecer!
Conte comigo nessa etapa!
Rosenval Júnior
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Algumas orientações de estudo...
1º Faça um planejamento de estudo diário, sendo a data final o dia que
antecede a prova. Monte um quadro de estudo com os dias da semana.
2º Pegue o conteúdo programático e distribua os itens em uma lista. Vá
riscando os itens conforme fecha o estudo programado. Estude todo santo
dia! Todo santo dia!
3º Estabeleça metas diárias de estudos (número de páginas a serem
estudas, número de questões resolvidas, capítulos lidos, itens do edital
estudados...). Atenção! Mais importante do que a quantidade é a
qualidade do estudo.
4º Estude a teoria, resolva uma bateria de exercícios e depois revise o
que estudou. Sempre confira o gabarito, logo após resolver uma questão.
Não fique com dúvidas! Tente saná-las rapidamente.
5º Mantenha uma rotina de revisão e de resolução de questões. Dê maior
atenção ao que vem sendo cobrado nas provas. Não deixe para testar os
seus conhecimentos no dia da prova. Resolva questões todos os dias.
6º Não perca tempo com assuntos pouco cobrados ou que demandam
muito tempo e quase não aparecem em concursos. Compare: qual o
melhor custo benefício? Estudar um assunto fácil ou de dificuldade
mediana e que sempre cai em concurso? Ou gastar um tempão tentando
aprender algo que é muito difícil e quase não é cobrado em prova?
Concurso é estratégia! Primeiro saiba muito bem o cerne, o núcleo da
matéria! Depois aprofunde o que for necessário, os tópicos mais
importantes! Não fique procurando chifres em cabeça de cavalo.
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7º Separe a última semana na sua programação apenas para revisão e
resolução de questões. No dia que antecede a prova, relaxe! Fique
tranquilo para o dia D. Separe tudo o que você vai precisar para a prova,
confira os documentos, local do exame, tempo gasto no percurso etc.
8º Faça a prova com calma, com estratégia e confiança! Fique até o final!
Nada de fazer a prova correndo. Você precisa gostar de fazer provas, de
ser testado. É nesse dia que tudo pode ser decidido. É o dia que você vai
mostrar o que sabe! Não se esqueça de separar 30 minutos para
preencher o gabarito.
9º Depois disso tudo, ainda não acabou. Temos a fase de recursos.
Elabore os recursos, tudo pode mudar após os recursos. Inclusive a sua
classificação.
10º Quando sair o resultado com a sua aprovação, não se esqueça de
compartilhar essa conquista com seus amigos, familiares e, lógico,
comigo, pois o teu objetivo é o meu também: a sua aprovação!
Parabéns! Pois se você chegou aqui você fez por merecer!
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Protocolo de Quioto ou Kyoto
O texto do Protocolo foi adotado na terceira sessão da
Conferência das Partes (COP3) na Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC), na cidade de Quioto,
Japão, em 11 de dezembro de 1997.
A entrada em vigor do protocolo dependia da ratificação de, no
mínimo, 55 países (partes da Convenção), incluindo as Partes
incluídas no Anexo I que contabilizaram pelo menos 55 por cento das
emissões totais de dióxido de carbono em 1990.
Por ter essa exigência, o Protocolo só entrou em vigor em 16
de fevereiro de 2005, o nonagésimo dia após a data em que foram
preenchidos os requisitos, com a ratificação pela Federação Russa,
que ocorreu no fim de 2004.
Vinculado à Convenção do Clima, Kyoto definiu metas
obrigatórias de redução nas emissões de gases do efeito estufa para
países desenvolvidos, que fazem parte do Anexo I da Convenção.
Conforme disposto no art. 3 do Decreto 5.445/05, as Partes
incluídas no Anexo I devem, individual ou conjuntamente, assegurar que
suas emissões antrópicas agregadas dos gases de efeito estufa não
excedam suas quantidades atribuídas, com vistas a reduzir suas
emissões totais de gases em pelo menos 5% abaixo dos níveis de
1990 no período de compromisso de 2008 a 2012.
As Partes incluídas no Anexo I devem procurar limitar ou
reduzir as emissões de gases de efeito estufa não controlados
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pelo Protocolo de Montreal originárias de combustíveis do transporte
aéreo e marítimo internacional.
Destaca-se que o compromisso de redução ou limitação
assumido no âmbito do Protocolo de Kyoto decorreu da disposição
política de cada país, e o não cumprimento das metas estabelecidas no
Protocolo, pelas Partes no Anexo I, acarreta consequências juridicamente
vinculantes (legally binding) nos termos do artigo 18 do Protocolo de
Kyoto.
Com o intuito de promover o desenvolvimento sustentável, cada
Parte incluída no Anexo I, ao cumprir seus compromissos quantificados de
limitação e redução de emissões assumidos, deve implementar e/ou
aprimorar políticas e medidas de acordo com suas circunstâncias
nacionais, tais como:
O aumento da eficiência energética em setores relevantes da
economia nacional;
A proteção e o aumento de sumidouros e reservatórios de gases de
efeito estufa não controlados pelo Protocolo de Montreal, levando
em conta seus compromissos assumidos em acordos internacionais
relevantes sobre o meio ambiente, a promoção de práticas
sustentáveis de manejo florestal, florestamento e reflorestamento;
A promoção de formas sustentáveis de agricultura à luz das
considerações sobre a mudança do clima;
A pesquisa, a promoção, o desenvolvimento e o aumento do uso de
formas novas e renováveis de energia, de tecnologias de sequestro
de dióxido de carbono e de tecnologias ambientalmente seguras,
que sejam avançadas e inovadoras;
A redução gradual ou eliminação de imperfeições de mercado, de
incentivos fiscais, de isenções tributárias e tarifárias e de subsídios
para todos os setores emissores de gases de efeito estufa que
sejam contrários ao objetivo da Convenção e aplicação de
instrumentos de mercado;
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O estímulo a reformas adequadas em setores relevantes, visando à
promoção de políticas e medidas que limitem ou reduzam emissões
de gases de efeito estufa não controlados pelo Protocolo de
Montreal;
Medidas para limitar e/ou reduzir as emissões de gases de efeito
estufa não controlados pelo Protocolo de Montreal no setor de
transportes;
A limitação e/ou redução de emissões de metano por meio de sua
recuperação e utilização no tratamento de resíduos, bem como na
produção, no transporte e na distribuição de energia.
Agora, vamos estender melhor o porquê de uns terem metas
e outros não.
O protocolo adota o princípio da responsabilidade comum,
porém diferenciada, segundo o qual os maiores poluidores possuem
maior responsabilidade pela poluição gerada e consequentemente terão
também maior parcela de responsabilidade pela redução das emissões de
gases do efeito estufa, arcando assim na mesma proporção pelos custos
para redução dos mesmos.
Dessa forma, todos os países são responsáveis pelas mudanças
climáticas e sofrerão os seus efeitos (responsabilidade comum),
porém essa responsabilidade é diferenciada, porque alguns países
desenvolvidos contribuíram mais para o problema devido às suas
emissões históricas e atuais, conquistadas pelo processo de
industrialização intenso, além disso, possuem mais possibilidades de
enfrentar o problema, tendo em vista suas capacidades econômicas e
tecnológicas.
O Protocolo de Kyoto estabelece que todos os países que o
assinaram têm a responsabilidade comum de deter o processo de
aquecimento global e de criar mecanismos, tecnologias, buscar novos
conhecimentos para isso. Como a atmosfera está sendo igualmente
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danificada pelas emissões de gases estufa, não importando sua origem,
todos os países têm a responsabilidade comum de ajudar a minimizar o
dano causado.
Mas, ao dividir os países em dois grupos, o Anexo I e os que não
estão inclusos nele, temos responsabilidades diferenciadas. Pois os países
do Anexo I possuem metas de redução, enquanto os outros países
possuem apenas as mesmas responsabilidades comuns.
Diante disso, países em desenvolvimento como Brasil, Índia e
China, sendo este último o maior poluidor, não estão obrigados, de
acordo com o protocolo de Kyoto, a cumprir metas de redução de
emissões, embora possam colaborar para a efetivação do acordo, tendo
como instrumento projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
(MDL), que iremos entender melhor mais a frente.
A não exigência de cumprimento de metas por países em
desenvolvimento gera discussões e protestos dos países desenvolvidos.
Por isso, o acordo pós-Kyoto pretende criar metas e obrigações para todos
os países.
Turma, entendido isso? Estou repetindo no intuito de marretar
esse assunto, que é muito importante e muito cobrado!
Continuando... de acordo como protocolo, quando os países do
Anexo I atingirem suas metas de redução de emissões, eles devem
continuar buscando soluções internas e novas tecnologias para combater
o efeito estufa e promover o desenvolvimento sustentável, e devem
auxiliar outros países que ainda não conseguiram atingir suas metas.
Tá! Mas, afinal, quais são os principais gases do efeito estufa?
Segundo o Anexo A do Protocolo de Kyoto são gases do efeito
estufa, que devem ter sua emissão controlada:
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Segundo o IPCC, os aumentos globais da concentração de CO2 se
devem principalmente ao uso de combustíveis fósseis e à mudança no uso
da terra. Já os aumentos da concentração de CH4 e N2O são devidos
principalmente ao agronegócio.
Obs.: O IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças do
Clima) é a autoridade científica das Nações Unidas responsável pelas
informações oficiais sobre o aquecimento global.
Para que os países desenvolvidos (Anexo I) consigam cumprir suas
metas, o Protocolo de Kyoto estabeleceu 3 Mecanismos Adicionais de
Implementação, em complementação às medidas de redução de
emissão e remoção de gases de efeito estufa domésticas implementadas
pelas Partes no Anexo I:
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1-Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, MDL (Clean Development
Mechanism)–;
2 - Implementação Conjunta (Joint Implementation); e o
3 - Comércio de Emissões (Emissions Trading).
Pessoal, esse tema é muiiito cobrado em prova!!! Atenção
redobrada agora. Leiam essa parte 1, 2, 3 vezes até ficar bem entendido.
Dos 3 mecanismos o mais abordado nas provas é o MDL. E por
quê? Pelo simples fato de o MDL ser o único Mecanismo Adicional de
Implementação que permite a participação de Partes não pertencentes ao
Anexo I (países em desenvolvimento), como o Brasil.
O MDL é o único Mecanismo Adicional de Implementação ou
de Flexibilização que permite a participação de Partes não
pertencentes ao Anexo I, como o Brasil, Índia e China.
É uma forma de permitir que países desenvolvidos (Anexo I)
cumpram suas metas, investindo em projetos sustentáveis (MDL)
em países em desenvolvimento (Não Anexo I).
A obtenção de “créditos de carbono” ou Reduções Certificadas de
Emissões (RCEs) é a ferramenta financeira que operacionaliza este
instrumento.
A ideia consiste em que um projeto gere, ao ser implantado, um
benefício ambiental (redução de emissões de gases do efeito estufa - GEE
ou remoção de CO2) na forma de um ativo financeiro, transacionável,
denominado Reduções Certificadas de Emissões (RCEs).
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Tais projetos devem implicar reduções de emissões adicionais
àquelas que ocorreriam na ausência do projeto registrado como MDL,
garantindo benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo para a
mitigação da mudança global do clima, nos termos do Artigo 12 do
Protocolo de Kyoto.
Verifica-se que tal mecanismo é uma iniciativa voluntária e por
intermédio do MDL, os países em desenvolvimento continuarão a se
desenvolver, de forma sustentável, combatendo a pobreza e contribuindo,
ao mesmo tempo, para o esforço global de mitigação do efeito estufa.
Esse instrumento econômico visa facilitar o cumprimento das
metas dos países no Anexo I, pois muitas vezes a redução ou remoção
fora das suas fronteiras nacionais tem menor custo. As Partes não-Anexo
I são nações em desenvolvimento e não possuem metas de redução,
como é o caso do Brasil.
Dessa forma o objetivo do mecanismo de desenvolvimento limpo
deve ser assistir às Partes não incluídas no Anexo I para que atinjam o
desenvolvimento sustentável e contribuam para o objetivo final da
Convenção, e assistir às Partes incluídas no Anexo I para que cumpram
seus compromissos quantificados de limitação e redução de emissões.
Resumo da história. O Protocolo é composto de duas Partes: Anexo
I e Não Anexo I.
No Anexo I estão os países desenvolvidos, que possuem metas.
No Não Anexo I estão os países em desenvolvimento, como Brasil,
Índia e China, que não possuem metas obrigatórias de redução de gases
de efeito estufa. Isso mesmo!!! A China, um dos países maiores
poluidores do mundo, não está obrigado a cumprir metas de acordo com
o Protocolo de Kyoto.
Embora os países em desenvolvimento não tenham obrigações de
cumprir metas segundo regras do Protocolo, podem voluntariamente
estipular planos para reduzir suas emissões, assim como fez o Brasil.
Importante ressaltar que os Estados Unidos, um dos maiores
emissores de CO2 do planeta, nunca ratificaram o acordo, alegando
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possíveis prejuízos financeiros. (Essa informação é muito cobrada em
prova).
Conheçam alguns tipos de projetos aceitos:
Substituição de combustível fóssil (Petróleo, carvão, dísel) por
fontes renováveis (biomassa, energia eólica, pequenas e médias
hidroelétricas, energia solar)
Captura de gás em aterro sanitário
Serviços urbanos mais eficientes
Tratamento de dejetos suínos e reaproveitamento de biogás
Compostagem de resíduos sólidos urbanos
Geração de metano a partir de resíduos orgânicos(biogasificação)
Pirólise de resíduos
Racionalização de energia
Florestamento e reflorestamento em áreas degradadas
Podem participar de uma atividade de projeto de MDL entidades
públicas, privadas e parcerias público-privadas das Partes no
Anexo I e das Partes não-Anexo I, desde que devidamente
autorizadas pelos respectivos países. Além disso, a participação entidades
privadas e/ou públicas e deve sujeitar-se a qualquer orientação que possa
ser dada pelo conselho executivo do mecanismo de desenvolvimento
limpo.
A redução de emissões de GEE e/ou o aumento de remoções de CO2
decorrentes da atividade de projeto são medidas em toneladas de dióxido
de carbono equivalente. Cada tonelada de CO2 equivalente reduzida ou
removida da atmosfera, devidamente verificada, corresponde a uma
unidade emitida pelo Conselho Executivo do MDL, denominada de
Redução Certificada de Emissão (RCE).
As RCEs podem ser utilizadas pelas Partes no Anexo I que tenham
ratificado o Protocolo de Kyoto como parte do cumprimento de suas
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obrigações quantificadas de redução ou limitação de emissões de GEE.
Assim, o MDL permite que uma Parte com metas no âmbito do Protocolo
cumpra parcela de suas metas a um custo mais baixo e, ao mesmo
tempo, invista em Partes não-Anexo I, contribuindo para o
desenvolvimento sustentável desses países.
Embora, seja conhecido como mercado de carbono, todos os gases
do efeito estufa listados no Protocolo são considerados e para isso utiliza-
se o GWP, sigla em inglês que quer dizer Potencial de Aquecimento Global
e é utilizado como parâmetro definido pelo Painel Intergovernamental de
Mudanças do Clima (IPCC), utilizando o dióxido de carbono como base
(CO2 equivalente), para comparar o efeito dos diferentes gases na
ampliação do efeito estufa.
Proteção de áreas de florestas nativas ou desmatamento evitado
não são projetos MDL e portanto não podem requerer RCEs.
E sabem por quê?
Porque os projetos devem necessariamente significar reduções de
emissões de gases do efeito estufa adicionais àquelas que ocorreriam
naturalmente na ausência do projeto MDL. É o que o protocolo chama de
adicionalidade.
Assim, de acordo com o Protocolo, não basta alguém chegar e
manter uma área de preservação permanente (APP) intácta, pois essa já
é uma obrigação por lei e mesmo sem o MDL ela deveria ser preservada e
já produziria benefícios independentemente do projeto. Nesse caso não
seria uma redução adicional de emissões.
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Agora, um projeto de florestamento de áreas degradadas poderia
ser aprovado como MDL, uma vez que houve uma redução adicional de
CO2 da atmosfera pela fotossíntese das árvores que antes não existiam.
Para calcular essa adicionalidade é utilizada a Linha de Base, um
cenário que representa de forma razoável as emissões antrópicas por
fontes de GEE que ocorreriam na ausência da atividade de projeto
proposta. A remoção ou redução de gases pela atividade do projeto de
MDL será calculado a partir dessa linha de base estabelecida.
Assim, a partir da comprovação de adicionalidade do projeto serão
gerados créditos de carbono a serem utilizados pelos países do Anexo I
que investiram no MDL, no intuito de cumprirem as suas metas de
redução.
Lembrem-se dos pilares do MDL:
Participação voluntária aprovada por cada Parte envolvida;
Benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo relacionados
com a mitigação da mudança do clima, e
Reduções de emissões que sejam adicionais às que
ocorreriam na ausência da atividade certificada de projeto.
Resumindo o MDL:
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Implementação Conjunta
Agora vamos estudar outro mecanismo de flexibilização ou
implementação. Assim como o MDL, a Implementação Conjunta (IC ou
JI em inglês) é um dos 3 mecanismos de flexibilização do Protocolo de
Kyoto criado com o objetivo de ajudar os países a cumprirem as metas de
redução de gases do efeito estufa (GEE).
Este mecanismo permite a um país que possui limites de emissões
de GEE desenvolver um projeto de remoção de emissões em outro país
também desenvolvido, ficando assim com os créditos de carbono, aqui
chamados de Unidades de Emissão Reduzida (ERUs - Emission Reduction
Units).
Assim, os países que investem podem economizar, focando em
locais onde os custos são menores. Enquanto que os que hospedam os
projetos se beneficiam com os investimentos estrangeiros e transferência
de tecnologias.
O processo de aprovação de projetos de IC é mais longo e
complicado do que no MDL. No MDL, o procedimento de emissão dos
créditos de carbono é feito por um órgão da ONU, que não subtrai o que
foi reduzido com o projeto das emissões totais do país, uma vez que estes
não têm metas de redução dentro do Protocolo de Kyoto.
Como os países que hospedam IC têm metas, as reduções
devem ser subtraídas do total de emissões designadas. Os países
hospedeiros então transferem as Unidades de Quantidade Designadas do
registro nacional de carbono para o país que implementou o projeto em
conjunto.
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Comércio de Emissões
Por fim temos o Comércio de Emissões que é um mecanismo de
flexibilização previsto no artigo 17 do Protocolo de Kyoto pelo qual os
países compromissados com a redução de emissões de GEE podem
negociar o excedente das metas de emissões entre si. Este mecanismo
permite que países que não alcancem a sua meta de redução possam
utilizar o excedente de redução de outro país
Vejam abaixo o esquema com os 3 mecanismos de flexibilização ou
implementação propostos pelo Protocolo de Kyoto:
Mecanismos de Implementação do Protocolo de Kyoto
Mecanismos de Implementação
MDL
Países desenvolvidos (Anexo I)
se beneficiam das reduções de emissões
dos países em desenvolvimento
(Não Anexo I)
Implementação Conjunta
Países com metas realizam juntos
projetos de redução de emissões.
Comércio de Emissões
Permite que um país compre do outro
cotas de redução de emissões
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Questões comentadas
1 - (CESPE/UnB - SEAD-PA - Procurador - 2005)
Como acontece com qualquer tratado internacional importante, o
Protocolo de Kyoto somente entrou em vigor a partir do momento
em que todos os países integrantes da ONU o ratificaram.
Comentários:
Não dependia da entrada de todos os participantes da ONU. Para
entrar em vigor, o protocolo dependia da ratificação de, no mínimo, 55
países, incluindo os países desenvolvidos responsáveis por pelo menos
55% das emissões de totais de dióxido de carbono em 1990.
Isso ocorreu em 2005, após a ratificação pela Federação Russa no
final de 2004.
Gabarito: Errado.
2 - (CESPE/UnB - SEAD-PA - Procurador - 2005)
Os EUA foram proibidos de participar do protocolo justamente por
serem, como afirma o texto, o “maior poluidor do planeta”.
Comentários:
Justamente por ser o maior poluidor é que os EUA deveriam
participar do Protocolo de Kyoto. O que nunca correu, sob a alegação de
possíveis prejuízos econômicos.
Gabarito: Errado.
3 - (CESPE - TJ-ES - Cargos de Nível Superior - Conhecimentos
Básicos - 2011)
O desmatamento na Amazônia representa apenas um décimo do
total da emissão de gases de efeito estufa no Brasil.
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Comentários:
No caso do Brasil, a principal fonte de emissão de CO2 é a
destruição da vegetação natural, com destaque para o desmatamento na
Amazônia e as queimadas no cerrado, englobadas na atividade “mudança
no uso da terra e florestas”. Esta atividade responde por mais de 75%
das emissões brasileiras de CO2, sendo a responsável por colocar o Brasil
entre os dez maiores emissores.
Interessante notar que ocorre o inverso quando analisamos as
principais fontes de emissões no mundo. 70 % das emissões de CO2 em
todo o planeta são causadas principalmente por queima de combustíveis
fósseis (petróleo, carvão mineral, gás) e 30% por mudança no uso da
terra (desmatamento e queimadas).
Gabarito: Errado.
4 - (IF-SE - Analista - Tecnologia da Informação - 2010)
O Protocolo de Kyoto é um tratado internacional que prevê aos
países industrializados a redução de emissões de gases do efeito
estufa até 2012 para níveis 5% inferiores aos 1990. Sobre o
binômio meio ambiente e Protocolo de Kyoto.
O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em 2005, inclusive com a
ratificação dos Estados Unidos.
Comentários:
Os Estados Unidos nunca ratificaram o Protocolo de Kyoto. O
acordo só entrou em vigor em 2005 com a adesão da Russia.
Gabarito: Errado.
5 - (IF-SE - Analista - Tecnologia da Informação - 2010)
O tratado não reconhece desigualdades de emissões dos gases do
efeito estufa entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
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Comentários:
Reconhece sim. Os países são divididos em 2 partes. Anexo I
(Desenvolvidos) e Não Anexo I (Em desenvolvimento). Além disso, as
metas (percentual de redução das emissões) dos países são diferentes,
sendo a média de 5,2%.
Gabarito: Errado.
6 - (IF-SE - Analista - Tecnologia da Informação - 2010)
As emissões de gases de estufa associam-se exclusivamente ao
processo de industrialização mundial.
Comentários:
Existem outras fontes e não são exclusivas de processo industrial.
As emissões consideradas são as geradas por atividades humanas
(antrópicas) no setor energético, em processos industriais, no uso de
solventes, no setor agropecuário, incluindo criação de gado, arroz
irrigado, queimadas, desmatamentos, e no tratamento de resíduos.
Gabarito: Errado.
7 - (Cesgranrio - Técnico do Banco Central - BACEN - 2010)
O desenvolvimento sustentável planetário exige a criação de
medidas e parâmetros, para se negociar, mais concretamente, a
redução dos índices de poluição atmosférica. Uma dessas medidas
é o chamado CO2 e ou CO2 eq. A medida mencionada foi criada
para expressar, precisamente, a quantidade de gás carbônico
equivalente encontrada nos gases de efeito estufa.
Comentários:
O Potencial de Aquecimento Global é utilizado como parâmetro
definido pelo Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC),
utilizando o dióxido de carbono como base (CO2 equivalente), para
comparar o efeito dos diferentes gases na ampliação do efeito estufa.
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Gabarito: Certo.
8 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras -
2/2010)
Um dos elementos que constituem o Protocolo de Quioto é a
possibilidade de utilização de mecanismos de mercado para que
os países desenvolvidos possam cumprir os compromissos
quantificados de redução e limitação de emissão de Gases de
Efeito Estufa (GEE). No caso do Brasil, a participação nesse
mercado ocorre por meio do Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL), por ser o único mecanismo do Protocolo que admite
a participação voluntária de países em desenvolvimento.
O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Quioto
implica, para o Engenheiro Ambiental, reconhecer que o Protocolo
estabeleceu três Mecanismos Adicionais de Implementação,
compreendendo o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, o
Mecanismo de Depósito Subterrâneo e o Mecanismo de Redução
de Energia.
Comentários:
O enunciado da questão está perfeito. O erro está na lista de
Mecanismos Adicionais de Implementação, pois os 3 mecanismos são:
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), Implementação
Conjunta e Comércio de emissões.
Gabarito: Errado.
9 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras -
2/2010)
Os GEE listados no Anexo A do Protocolo de Quioto são: dióxido
de carbono (CO2); metano (CH4); monóxido de carbono (CO);
hexafluoreto de enxofre (SF6); dióxido de enxofre (SO2); e óxido
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de nitrogênio (NOx).
Comentários:
Não há monóxido de carbono (CO); dióxido de enxofre (SO2); e
óxido de nitrogênio (NOx).
Os gases do efeito estufa (GEE), segundo o Protocolo de Kyoto são:
Dióxido de carbono (CO2)
Metano (CH4)
Óxido nitroso (N2O)
Hidrofluorcarbonos (HFC)
Perfluorcarbonos (PFC)
Hexafluoreto de enxofre (SF6)
Gabarito: Errado.
10 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras -
2/2010)
Os projetos no âmbito do MDL devem reduzir as emissões de GEE,
ou promover a remoção de CO2, de forma adicional ao que
ocorreria na ausência da atividade de projeto registrada como
MDL.
Comentários:
Perfeito. É o conceito de ADICIONALIDADE, um dos requisitos
para que o projeto de MDL seja aceito.
Gabarito: Certo.
11 - (Cesgranrio - Profissional Junior Formação Engenharia
Ambiental - Petrobras Distribuidora - 1/2011)
Como os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) são
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considerados em projetos de conservação de florestas?
a) Os MDL são considerados uma excelente aplicação, na conservação de
florestas, já que permitem que os países do anexo 1 invistam nas
florestas naturais restantes.
b) Os MDL, aplicados aos projetos de conservação de florestas, garantem
um retorno pequeno em emissões, mas, dependendo da disponibilidade de
opções, pode valer a pena para os países do anexo A.
c) Nem todos os projetos de conservação de florestas podem ter
aplicações dos MDL, já que as florestas devem ter garantias de que
possuem vegetação primária, sendo algo difícil de provar.
d) O mercado de MDL não pode ser considerado para os projetos de
conservação florestal, já que o Protocolo de Kyoto não admite seu uso para
fins de estocagem de carbono.
e) O Protocolo de Kyoto ratificou o uso dos MDL pelo mercado como uma
opção importante para o longo prazo, ainda que no curto prazo ele não
seja interessante ao mercado.
Comentários:
Os projetos devem necessariamente significar reduções de emissões
de gases do efeito estufa adicionais àquelas que ocorreriam naturalmente
na ausência do projeto MDL. Portanto, não pode ser incluído em projetos
de MDL a conservação de florestas nativas, pois não houve incremento
além do que já ocorreria com a manutenção da floresta.
Este cenário reflete, entre outras coisas, as restrições que foram
colocadas no âmbito do MDL para esta modalidade de atividades. Com
estas dificuldades mais o fato da não inclusão do desmatamento evitado
como atividade elegível para o primeiro período de compromisso do
Protocolo de Quioto, Países em desenvolvimento detentores de florestas e
responsáveis por uma quantidade significativa de emissões oriundas do
desmatamento, como é o caso dos países amazônicos e Indonésia, têm
limitada a sua participação no mercado de carbono.
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Não foi objeto de cobrança da questão, mas a manutenção das
florestas seria aplicada no REDD (Redução de Emissões por
Desmatamento e Degradação). A ideia nesse caso é proporcionar
incentivos financeiros e apoio técnico àqueles que preservarem as
florestas, importantes sumidouros de carbono.
O Brasil tem grande interesse no REDD, pois pode receber recursos
para manter as suas florestas e contribuir para o equilíbrio climático de
todo o planeta. Assim, países mais ricos poderiam investir em países em
desenvolvimento que ainda possuem florestas nativas.
O conceito de REDD já foi ampliado para REDD+, que inclui além
das reduções por desmatamento e degradação, o papel da conservação
florestal, do manejo florestal sustentável e do aumento dos estoques de
carbono.
A redução da emissão de gases de efeito estufa por meio de
projetos de desmatamento evitado e conservação florestal pretende ser
uma alternativa viável de mitigação às mudanças climáticas, além de
proporcionar outros benefícios como a conservação da biodiversidade, dos
recursos hídricos e a melhoria das condições de vida de populações
tradicionais.
Na COP-16, em Cancun, 2010, o mecanismo de REDD+ teve seu
conceito, diretrizes, salvaguardas e principais regras para a sua
implementação aprovadas no âmbito do Acordo de Cancun.
Ressalto que o REDD não está inserido no Protocolo de Kyoto. É um
mecanismo voluntário, que permite que países em desenvolvimento
obtenham recursos para tornar atrativo financeiramente a manutenção da
floresta em pé.
Gabarito: D
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12 - (Cesgranrio - Profissional Básico Formação Engenharia -
BNDES - 2011)
O Protocolo de Quioto à Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima foi adotado pela Terceira Conferência das
Partes da Convenção em Quioto, no Japão, no final de 1997.
Entrou em vigor em fevereiro de 2005, quando foi completada a
ratificação pelo número necessário de Partes da Convenção.
Constitui-se em um tratado internacional com compromissos mais
rígidos para a redução da emissão dos gases que agravam o efeito
estufa, considerados, conforme a maioria das investigações
científicas, como causa antropogênica do aquecimento global. De
acordo com esse Protocolo, as Partes incluídas no Anexo I devem
reduzir as emissões totais desses gases em pelo menos 12%
abaixo dos níveis de 1990 no período acordado entre 2008 a 2012.
Comentários:
As emissões devem ser diminuídas em pelo menos 5%, no período
acordado entre 2008 a 2012 em comparação aos níveis de 1990.
Gabarito: Errado.
13 - (Cesgranrio - Profissional Básico Formação Engenharia -
BNDES - 2011)
Metas de redução de emissão de gases do efeito estufa são as
mesmas para os países desenvolvidos e serão discutidas caso a
caso para os países em desenvolvimento.
Comentários:
O protocolo adota o princípio da responsabilidade comum, porém
diferenciada. Logo, as metas são diferentes. Os países em
desenvolvimento como Brasil, Índia e China não possuem a obrigação de
cumprir metas de acordo com o Protocolo de Kyoto.
Gabarito: Errado.
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14 - (Cesgranrio - Profissional Básico Formação Engenharia -
BNDES - 2011)
Três Mecanismos Adicionais de Implementação estabelecidos são:
o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), a Implementação
Isolada e o Reflorestamento Conjunto.
Comentários:
Os três mecanismos são: 1-Mecanismo de Desenvolvimento Limpo -
MDL; 2 - Implementação Conjunta; e o 3 - Comércio de Emissões.
A questão inventou dois novos mecanismos para confundir o
candidato: Implementação isolada, o que está errado, pois é
implementação conjunta. Outro erro, foi o reflorestamento conjunto, que
também não é mecanismo adicional de implementação.
Gabarito: Errado.
15 - (Cesgranrio - Profissional Básico Formação Engenharia -
BNDES - 2011)
Partes incluídas no Anexo I devem procurar limitar ou reduzir
emissões de gases de efeito estufa não controlados pelo Protocolo
de Montreal, originárias de combustíveis do transporte aéreo e
marítimo internacional.
Comentários:
Consoante artigo 2ª do Decreto 5.445/05:
“As Partes incluídas no Anexo I devem procurar limitar ou reduzir as
emissões de gases de efeito estufa não controlados pelo Protocolo de
Montreal originárias de combustíveis do transporte aéreo e marítimo
internacional.”
Lembrando que o Protocolo de Montreal controla o CFC e outras
substâncias químicas que danificam a camada de ozônio. Já o protocolo
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de Kyoto visa diminuir os gases que causam o aquecimento global, como
CO2 e CH4.
Gabarito: Certo.
16 - (Cesgranrio - Profissional Básico Formação Engenharia -
BNDES - 2011)
Grandes áreas florestadas, embora absorvam naturalmente o CO2,
não podem ser usadas como crédito em troca do controle de
emissões.
Comentários:
Cuidado! Florestamento, áreas em que houve o plantio de árvores,
pode sim. O que ainda não pode é a manutenção de florestas nativas,
pois precisa haver adicionalidade, deve haver um acréscimo de absorção
de gases além do que já haveria naturalmente. Já o REDD aceita a
manutenção de florestas nativas.
Gabarito: Errado.
17 - (CESPE - Analista em C e T Pleno 2-I - Ministério da Ciência
e Tecnologia - 2008)
Com relação ao MDL, a atividade de projeto deve contribuir para
o desenvolvimento sustentável do país no qual venha a ser
implementada, demonstrando benefícios reais, mensuráveis e de
longo prazo, relacionados com mitigação da mudança do clima.
Comentários:
De acordo com o art. 12 do Decreto 5.445/05, as reduções de
emissões resultantes de cada atividade de projeto devem ser certificadas
por entidades operacionais a serem designadas pela Conferência das
Partes na qualidade de reunião das Partes deste Protocolo, com base em:
(a) Participação voluntária aprovada por cada Parte envolvida;
(b) Benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo relacionados com a
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mitigação da mudança do clima, e
(c) Reduções de emissões que sejam adicionais às que ocorreriam na
ausência da atividade certificada de projeto.
Gabarito: Certo.
18 - (CESPE - Analista em C e T Pleno 2-I - Ministério da Ciência
e Tecnologia -2008)
No âmbito do MDL, o termo linha de base de uma atividade de
projeto MDL refere-se ao cenário que representa, de forma
razoável, as emissões antrópicas de gases de efeito estufa que
ocorreriam na ausência da atividade de projeto proposta,
incluindo-se as emissões de todos os gases, setores e categorias
listados no Protocolo de Quioto.
Comentários:
Linha de Base (Baseline) é o cenário que representa, de forma
razoável, as emissões antrópicas de GEE por fontes que ocorreriam na
ausência da atividade de projeto proposta. Serve de base tanto para
verificação da adicionalidade quanto para a quantificação das RCEs da
atividade de projeto MDL. As RCEs serão calculadas pela diferença entre
as emissões da linha de base e as emissões verificadas em decorrência
das atividades de projeto do MDL.
Gabarito: Certo.
19 - (CESPE - Analista em C e T Pleno 2-I - Ministério da
Ciência e Tecnologia - 2008)
Considerando que as políticas nacionais de mitigação das
mudanças climáticas devam ser reconhecidas em nível
internacional, é correto afirmar que o Brasil ratificou o Protocolo
de Quioto.
Comentários:
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O Congresso Nacional aprovou o texto do Protocolo de Quioto por
meio do Decreto Legislativo no 144, de 20 de junho de 2002, e o Governo
brasileiro ratificou o Protocolo em 23 de agosto de 2002; passando a
vigorar em âmbito internacional em 16 de fevereiro de 2005.
Gabarito: Certo.
20 - (CESPE - Analista em C e T Pleno 2-I - Ministério da
Ciência e Tecnologia - 2008)
É correto afirmar que o Brasil participa ativamente com
projetos, de reconhecimento internacional, no âmbito do
MDL.
Comentários:
De acordo com Relatório da Convenção Quadro da ONU sobre
Mudanças Climáticas publicado em 2011, a China ocupava a primeira
posição seguida da Índia e do Brasil em número de projetos. Juntos, eles
representam cerca de 70% dos projetos existentes. Grande parte dos
esforços para a redução de emissões no âmbito do MDL está nas mãos de
apenas cinco países: China, Índia, Brasil, Coréia do Sul e México.
No cenário brasileiro, a maior parte das atividades de projeto
desenvolvidas está na utilização de biomassa para geração de energia,
projetos ligados a geração elétrica, substituição de combustíveis,
disposições e manejos de dejetos, aterros sanitários, redução de N2O,
indústria química, recuperação de metano e eficiência energética.
Gabarito: Certo.
21 - (CESPE - Analista Ambiental - IBAMA - 2002)
O dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso
(N2O), os hidrofluorcarbonos (HFCs), os perfluorcarbonos
(PFCs) e o hexafluoreto de enxofre (SF6) são gases de efeito
estufa.
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Comentários:
Novamente a mesma cobrança...
Os gases do efeito estufa (GEE), segundo o Protocolo de Kyoto são:
Dióxido de carbono (CO2)
Metano (CH4)
Óxido nitroso (N2O)
Hidrofluorcarbonos (HFC)
Perfluorcarbonos (PFC)
Hexafluoreto de enxofre (SF6)
Gabarito: Certo.
22 - (CESPE/UnB - Analista Ambiental - ICMBio 2008)
As atividades econômicas e industriais têm provocado alterações
na biosfera, resultando na quase duplicação da concentração de
gases do efeito estufa e, com isso, aumentado a temperatura da
Terra. Para tratar do problema do efeito estufa e suas possíveis
consequências sobre a humanidade, foi estabelecida, durante a
Rio 92, a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas, que resultou no Protocolo de Kyoto em 1997. Pelo
Protocolo de Kyoto foi criado o Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL), segundo o qual cada tonelada de CO2 deixada de ser
emitida ou retirada da atmosfera por um país em desenvolvimento
poderá ser negociada no mercado mundial por meio de
Certificados de Emissões Reduzidas (CER), o que caracterizou o
mercado de carbono.
Comentários:
Perfeito! Na prática, esse mecanismo permite uma ação coordenada
entre os países do Anexo I e as Partes do não Anexo I em prol da redução
nas emissões dos gases de efeito estufa (GEE). Assim, através de
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investimentos em projetos sustentáveis que resultem na redução e/ou
aumento da remoção destes gases nos países em desenvolvimento, os
países que ratificaram o Protocolo de Kyoto podem contabilizar para si
unidades de redução da emissão dos GEE, ou crédito de carbono, para
alcançar as metas fixadas para 2008-2012.
Gabarito: Certo.
23 - (CESPE/UnB - Analista Ambiental – ICMBio - 2008)
São considerados os mais importantes gases do efeito estufa o
hexafluoreto de enxofre (SF6), e as famílias dos perfluorcarbonos,
que são composto complementares fluorados, em especial o
perfluormetano (CF4) e o perfluoretano (C2F6).
Comentários:
Olha o Cespe repetindo item aí...
Os gases do efeito estufa (GEE), segundo o Protocolo de Kyoto são:
Dióxido de carbono (CO2)
Metano (CH4)
Óxido nitroso (N2O)
Hidrofluorcarbonos (HFC)
Perfluorcarbonos (PFC)
Hexafluoreto de enxofre (SF6)
Gabarito: Errado.
24 - (CESPE/UnB - Gestão, Proteção e Controle da Qualidade
Ambiental - Tema 3 - 2008)
O mecanismo de redução de emissões por desmatamento e
degradação (REDD), o maior interesse do Brasil na 14.ª
Conferência do Clima, em Poznan, Polônia, será incluído no futuro
acordo do clima que substituirá o Protocolo de Quioto. A
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metodologia do REDD ainda precisará ser definida, mas já está
certo que o acordo final deverá ser assinado em Copenhague, em
2009. A confirmação foi feita ontem pelo governo brasileiro: “Sem
dúvida é um passo importante. A discussão sobre a metodologia
continuará, mas a inclusão do REDD no novo acordo do clima está
garantida”, disse o embaixador Sérgio Serra, membro da
delegação do país.
Internet: <www.clippingmp.planejamento.gov.br> (com
adaptações).
O mecanismo de REDD poderá permitir que governos, empresas
privadas e proprietários de terra sejam recompensados
financeiramente pelo desmatamento evitado.
Comentários:
O REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação)
oferece incentivos financeiros e apoio técnico àqueles que preservarem as
florestas, importantes sumidouros de carbono.
Gabarito: Certo.
25 - (CESPE/UnB - Gestão, Proteção e Controle da Qualidade
Ambiental - Tema 3 - 2008)
O Protocolo de Quioto tem como principal meta fazer com que os
países industrializados controlem suas emissões de gases que
provocam o efeito estufa.
Comentários:
Cuidado!!! Se assim fosse, o Brasil teria metas, uma vez que é um
país industrializado. Na verdade quem tem meta são os países
desenvolvidos do Anexo I. Um país pode ser industrializado e não ter
metas, como Brasil e China, por exemplo.
Gabarito: Errado.
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26 - (CESPE/UnB - Gestão, Proteção e Controle da Qualidade
Ambiental - Tema 3 - 2008)
O conceito de créditos de carbono permite que países que não
consigam cumprir sua meta de redução de emissão de CO2 possam
comprar créditos de outro, mas os demais gases causadores do
efeito estufa encontram-se excluídos do mecanismo.
Comentários:
Todos os gases do efeito estufa que estão listados no Anexo A do
Protocolo de Kyoto podem ser incluídos no cálculo de redução ou captura.
Acontece que o cálculo é feito em Carbono equivalente (CO2e. ou CO2eq),
que significa “equivalente de dióxido de carbono”, uma medida
internacionalmente padronizada de quantidade de gases de efeito estufa
(GEE) como o dióxido de carbono (CO2) e o metano. A equivalência leva
em conta o potencial de aquecimento global dos gases envolvidos e
calcula quanto de CO2 seria emitido se todos os GEEs fossem emitidos
como esse gás. As emissões são medidas em toneladas métricas de CO2e
por ano, ou através de múltiplos como milhões de toneladas (MtCO2e) ou
bilhões de toneladas (GtCO2e).
Gabarito: Errado.
27 - (CESPE/UnB - Gestão, Proteção e Controle da Qualidade
Ambiental - Tema 3 - 2008)
O Protocolo de Quioto constitui a referência mundial para o
combate à destruição da camada de ozônio.
Comentários:
Não! Destruição da camada de ozônio foi preocupação da
Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio e do Protocolo
de Montreal sobre as Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio,
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que obriga seus signatários a trabalhar para eliminar a produção e o
consumo de gases como CFC, Brometo de Metila, Halons, entre outros.
O Protocolo de Kyoto define metas de redução de gases que causam
o aquecimento global, como CO2 e Metano. Cuidado! Não confundam isso
na prova!!!
Gabarito: Errado.
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Lista de questões que foram comentadas
1 - (CESPE/UnB - SEAD-PA - Procurador - 2005)
Como acontece com qualquer tratado internacional importante, o
Protocolo de Kyoto somente entrou em vigor a partir do momento
em que todos os países integrantes da ONU o ratificaram.
2 - (CESPE/UnB - SEAD-PA - Procurador - 2005)
Os EUA foram proibidos de participar do protocolo justamente por
serem, como afirma o texto, o “maior poluidor do planeta”.
3 - (CESPE - TJ-ES - Cargos de Nível Superior - Conhecimentos
Básicos - 2011)
O desmatamento na Amazônia representa apenas um décimo do
total da emissão de gases de efeito estufa no Brasil.
4 - (IF-SE - Analista - Tecnologia da Informação - 2010)
O Protocolo de Kyoto é um tratado internacional que prevê aos
países industrializados a redução de emissões de gases do efeito
estufa até 2012 para níveis 5% inferiores aos 1990. Sobre o
binômio meio ambiente e Protocolo de Kyoto.
O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em 2005, inclusive com a
ratificação dos Estados Unidos.
5 - (IF-SE - Analista - Tecnologia da Informação - 2010)
O tratado não reconhece desigualdades de emissões dos gases do
efeito estufa entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
6 - (IF-SE - Analista - Tecnologia da Informação - 2010)
As emissões de gases de estufa associam-se exclusivamente ao
processo de industrialização mundial.
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7 - (Cesgranrio - Técnico do Banco Central - BACEN - 2010)
O desenvolvimento sustentável planetário exige a criação de
medidas e parâmetros, para se negociar, mais concretamente, a
redução dos índices de poluição atmosférica. Uma dessas medidas
é o chamado CO2 e ou CO2 eq. A medida mencionada foi criada
para expressar, precisamente, a quantidade de gás carbônico
equivalente encontrada nos gases de efeito estufa.
8 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras -
2/2010)
Um dos elementos que constituem o Protocolo de Quioto é a
possibilidade de utilização de mecanismos de mercado para que
os países desenvolvidos possam cumprir os compromissos
quantificados de redução e limitação de emissão de Gases de
Efeito Estufa (GEE). No caso do Brasil, a participação nesse
mercado ocorre por meio do Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL), por ser o único mecanismo do Protocolo que admite
a participação voluntária de países em desenvolvimento.
O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Quioto
implica, para o Engenheiro Ambiental, reconhecer que o Protocolo
estabeleceu três Mecanismos Adicionais de Implementação,
compreendendo o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, o
Mecanismo de Depósito Subterrâneo e o Mecanismo de Redução
de Energia.
9 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras -
2/2010)
Os GEE listados no Anexo A do Protocolo de Quioto são: dióxido
de carbono (CO2); metano (CH4); monóxido de carbono (CO);
hexafluoreto de enxofre (SF6); dióxido de enxofre (SO2); e óxido
de nitrogênio (NOx).
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10 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras -
2/2010)
Os projetos no âmbito do MDL devem reduzir as emissões de GEE,
ou promover a remoção de CO2, de forma adicional ao que
ocorreria na ausência da atividade de projeto registrada como
MDL.
11 - (Cesgranrio - Profissional Junior Formação Engenharia
Ambiental - Petrobras Distribuidora - 1/2011)
Como os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) são
considerados em projetos de conservação de florestas?
a) Os MDL são considerados uma excelente aplicação, na conservação de
florestas, já que permitem que os países do anexo 1 invistam nas
florestas naturais restantes.
b) Os MDL, aplicados aos projetos de conservação de florestas, garantem
um retorno pequeno em emissões, mas, dependendo da disponibilidade de
opções, pode valer a pena para os países do anexo A.
c) Nem todos os projetos de conservação de florestas podem ter
aplicações dos MDL, já que as florestas devem ter garantias de que
possuem vegetação primária, sendo algo difícil de provar.
d) O mercado de MDL não pode ser considerado para os projetos de
conservação florestal, já que o Protocolo de Kyoto não admite seu uso para
fins de estocagem de carbono.
e) O Protocolo de Kyoto ratificou o uso dos MDL pelo mercado como uma
opção importante para o longo prazo, ainda que no curto prazo ele não
seja interessante ao mercado.
12 - (Cesgranrio - Profissional Básico Formação Engenharia -
BNDES - 2011)
O Protocolo de Quioto à Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima foi adotado pela Terceira Conferência das
Partes da Convenção em Quioto, no Japão, no final de 1997.
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Entrou em vigor em fevereiro de 2005, quando foi completada a
ratificação pelo número necessário de Partes da Convenção.
Constitui-se em um tratado internacional com compromissos mais
rígidos para a redução da emissão dos gases que agravam o efeito
estufa, considerados, conforme a maioria das investigações
científicas, como causa antropogênica do aquecimento global. De
acordo com esse Protocolo, as Partes incluídas no Anexo I devem
reduzir as emissões totais desses gases em pelo menos 12%
abaixo dos níveis de 1990 no período acordado entre 2008 a 2012.
13 - (Cesgranrio - Profissional Básico Formação Engenharia -
BNDES - 2011)
Metas de redução de emissão de gases do efeito estufa são as
mesmas para os países desenvolvidos e serão discutidas caso a
caso para os países em desenvolvimento.
14 - (Cesgranrio - Profissional Básico Formação Engenharia -
BNDES - 2011)
Três Mecanismos Adicionais de Implementação estabelecidos são:
o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), a Implementação
Isolada e o Reflorestamento Conjunto.
15 - (Cesgranrio - Profissional Básico Formação Engenharia -
BNDES - 2011)
Partes incluídas no Anexo I devem procurar limitar ou reduzir
emissões de gases de efeito estufa não controlados pelo Protocolo
de Montreal, originárias de combustíveis do transporte aéreo e
marítimo internacional.
16 - (Cesgranrio - Profissional Básico Formação Engenharia -
BNDES - 2011)
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Grandes áreas florestadas, embora absorvam naturalmente o CO2,
não podem ser usadas como crédito em troca do controle de
emissões.
17 - (CESPE - Analista em C e T Pleno 2-I - Ministério da Ciência
e Tecnologia - 2008)
Com relação ao MDL, a atividade de projeto deve contribuir para
o desenvolvimento sustentável do país no qual venha a ser
implementada, demonstrando benefícios reais, mensuráveis e de
longo prazo, relacionados com mitigação da mudança do clima.
18 - (CESPE - Analista em C e T Pleno 2-I - Ministério da Ciência
e Tecnologia -2008)
No âmbito do MDL, o termo linha de base de uma atividade de
projeto MDL refere-se ao cenário que representa, de forma
razoável, as emissões antrópicas de gases de efeito estufa que
ocorreriam na ausência da atividade de projeto proposta,
incluindo-se as emissões de todos os gases, setores e categorias
listados no Protocolo de Quioto.
19 - (CESPE - Analista em C e T Pleno 2-I - Ministério da
Ciência e Tecnologia - 2008)
Considerando que as políticas nacionais de mitigação das
mudanças climáticas devam ser reconhecidas em nível
internacional, é correto afirmar que o Brasil ratificou o Protocolo
de Quioto.
20 - (CESPE - Analista em C e T Pleno 2-I - Ministério da
Ciência e Tecnologia - 2008)
É correto afirmar que o Brasil participa ativamente com
projetos, de reconhecimento internacional, no âmbito do
MDL.
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21 - (CESPE - Analista Ambiental - IBAMA - 2002)
O dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso
(N2O), os hidrofluorcarbonos (HFCs), os perfluorcarbonos
(PFCs) e o hexafluoreto de enxofre (SF6) são gases de efeito
estufa.
22 - (CESPE/UnB - Analista Ambiental - ICMBio 2008)
As atividades econômicas e industriais têm provocado alterações
na biosfera, resultando na quase duplicação da concentração de
gases do efeito estufa e, com isso, aumentado a temperatura da
Terra. Para tratar do problema do efeito estufa e suas possíveis
consequências sobre a humanidade, foi estabelecida, durante a
Rio 92, a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas, que resultou no Protocolo de Kyoto em 1997. Pelo
Protocolo de Kyoto foi criado o Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL), segundo o qual cada tonelada de CO2 deixada de ser
emitida ou retirada da atmosfera por um país em desenvolvimento
poderá ser negociada no mercado mundial por meio de
Certificados de Emissões Reduzidas (CER), o que caracterizou o
mercado de carbono.
23 - (CESPE/UnB - Analista Ambiental – ICMBio - 2008)
São considerados os mais importantes gases do efeito estufa o
hexafluoreto de enxofre (SF6), e as famílias dos perfluorcarbonos,
que são composto complementares fluorados, em especial o
perfluormetano (CF4) e o perfluoretano (C2F6).
24 - (CESPE/UnB - Gestão, Proteção e Controle da Qualidade
Ambiental - Tema 3 - 2008)
O mecanismo de redução de emissões por desmatamento e
degradação (REDD), o maior interesse do Brasil na 14.ª
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Conferência do Clima, em Poznan, Polônia, será incluído no futuro
acordo do clima que substituirá o Protocolo de Quioto. A
metodologia do REDD ainda precisará ser definida, mas já está
certo que o acordo final deverá ser assinado em Copenhague, em
2009. A confirmação foi feita ontem pelo governo brasileiro: “Sem
dúvida é um passo importante. A discussão sobre a metodologia
continuará, mas a inclusão do REDD no novo acordo do clima está
garantida”, disse o embaixador Sérgio Serra, membro da
delegação do país.
Internet: <www.clippingmp.planejamento.gov.br> (com
adaptações).
O mecanismo de REDD poderá permitir que governos, empresas
privadas e proprietários de terra sejam recompensados
financeiramente pelo desmatamento evitado.
25 - (CESPE/UnB - Gestão, Proteção e Controle da Qualidade
Ambiental - Tema 3 - 2008)
O Protocolo de Quioto tem como principal meta fazer com que os
países industrializados controlem suas emissões de gases que
provocam o efeito estufa.
26 - (CESPE/UnB - Gestão, Proteção e Controle da Qualidade
Ambiental - Tema 3 - 2008)
O conceito de créditos de carbono permite que países que não
consigam cumprir sua meta de redução de emissão de CO2 possam
comprar créditos de outro, mas os demais gases causadores do
efeito estufa encontram-se excluídos do mecanismo.
27 - (CESPE/UnB - Gestão, Proteção e Controle da Qualidade
Ambiental - Tema 3 - 2008)
O Protocolo de Quioto constitui a referência mundial para o
combate à destruição da camada de ozônio.
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Gabarito das questões comentadas
1E 2E 3E 4E 5E 6E 7C 8E 9E 10C
11D 12E 13E 14E 15C 16E 17C 18C 19C 20C
21C 22C 23E 24C 25E 26E 27E
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Memorex
*De acordo com o Anexo A do Protocolo de Kyoto e do Decreto 5.445/05.
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Amigos,
Espero vocês na próxima aula!
Dúvidas e sugestões podem ser enviadas no Fórum do Estratégia
Concursos na Área do Aluno.
Grande abraço e bons estudos!!!
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