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Thaline Souza Mafra TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS: UMA AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADOS PELO CORH DA EMPRESA SEARA ALIMENTOS S/A Recursos Humanos ITAJAÍ, (SC) 2008 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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Thaline Souza Mafra

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS: UMA AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADOS

PELO CORH DA EMPRESA SEARA ALIMENTOS S/A

Recursos Humanos

ITAJAÍ, (SC)

2008

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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THALINE SOUZA MAFRA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO - TCE

GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS:

UMA AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADOS PELO CORH DA EMPRESA

SEARA ALIMENTOS S/A

Trabalho de conclusão de curso desenvolvido para o Estágio Supervisionado do curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas Gestão da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ – SC, 2008

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Agradeço a Deus que sem ele nada teria suportado, e principalmente aos meus pais, Vilma e Odair, que tanto me apoiaram e de tudo fizeram para que eu chegasse até aqui. Agradeço também, a compreensão e ajuda oferecida pelas minhas irmãs; amigos; e pelos meus colegas de trabalho: Fabiano Schaefer, Michele Schmidt, Diane de Cezaro e Elisa Jachi.

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“Nunca deixem que lhe digam que não vale à pena acreditar num sonho que se tem. Ou que seus planos nunca vão dar certo. Ou que você nunca vai ser alguém. Tem gente que machuca os outros, tem gente que não sabe amar. Mas eu sei que um dia a gente aprende. Se você quiser alguém, em quem confiar, confie em si mesmo. Quem acredita sempre alcança!”

Renato Russo, 2003.

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Thaline Souza Mafra

b) Área de estágio

Administração de Recursos Humanos

c) Supervisor de campo

Fabiano Schaefer

d) Orientador de estágio

Prof. Justina da Costa Rodrigues

e) Responsável pelo estágio supervisionado em Administração

Profº Eduardo Krieger da Silva

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

Seara Alimentos S/A.

b) Endereço

Av. Vereador Abrahão João Francisco. Nº: 3655. Bairro: São Judas. CEP: 88302-

202. Cidade: Itajaí. Estado: SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Administração de Recursos Humanos.

d) Duração do estágio

240 horas.

e) Nome e cargo do orientador de campo

Fabiano Schaefer – Coordenador do Centro de Operações de Recursos

Humanos.

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAÍ, 03 de novembro de 2008.

A Empresa Seara Alimentos S/A, pelo presente instrumento, autoriza a

Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho

de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pela

acadêmica Thaline Souza Mafra.

Responsável pela empresa

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RESUMO

O sucesso de um projeto depende da forma de como está sendo observado pelos envolvidos, com relação ao nível de satisfação. Foi neste contexto, que esta pesquisa teve como objetivo geral levantar a percepção da administração de Recursos Humanos das unidades, quanto aos serviços prestados no Centro de Operações de Recursos Humanos (CORH da empresa Seara Alimentos S/A), que foi criado para centralizar processos operacionais voltados a esta área. Processo é um conjunto limitado de atividades interligadas por meio de pessoas, métodos e ferramentas. A tipologia deste trabalho caracterizou-se como uma avaliação formativa, com abordagem qualitativa e quantitativa. Participaram da pesquisa os responsáveis pela área de recursos humanos de todas as unidades e uma amostra por cotas dos funcionários envolvidos na centralização dos processos. Os dados foram coletados por meio de questionário com questões fechadas e abertas e foram interpretados com base nos conceitos da análise de conteúdo e ferramentas estatísticas. O resultado da pesquisa identificou pontos de diferentes níveis de satisfação referentes às células do CORH: admissão, benefícios, folha de pagamento, rescisão e ponto. As sugestões com base nos níveis de satisfação contemplam ações para a melhoria nos serviços prestados pelo CORH. PALAVRAS-CHAVE: Administração de Recursos Humanos, qualidade e centralização de processos.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Elementos e características de um processo..................................... 29

Figura 2: Organograma da empresa.................................................................. 46

Figura 3: Organograma da área de Recursos Humanos.................................... 47

Quadro 1: Participantes da Pesquisa................................................................ 16

Quadro 2: Teorias da administração.................................................................. 21

Quadro 3: Gestão de Recursos Humanos......................................................... 32

Quadro 4: Obrigatoriedades Trabalhistas.......................................................... 37

Quadro 5: Jornada de Trabalho......................................................................... 39

Quadro 6: Identificação do perfil dos entrevistados........................................... 54

Quadro 7: Tabulação dos dados........................................................................ 55

Quadro 8: Pesquisa célula de Admissão............................................................ 55

Quadro 9: Pesquisa célula de Benefícios.......................................................... 57

Quadro 10: Pesquisa célula de Folha de Pagamento......................................... 58

Quadro 11: Pesquisa célula de Ponto................................................................ 61

Quadro 12: Pesquisa célula de Rescisão........................................................... 62

Quadro 13: Resultado de pesquisa geral com as unidades, questões de um a

cinco.................................................................................................................. 66

Quadro 14: Resultado de pesquisa geral com as unidades, questões de seis a

dez..................................................................................................................... 67

Quadro 15: Resultado Geral da unidade Braskarne............................................ 73

Quadro 16: Resultado Geral da unidade Comercial............................................ 73

Quadro 17: Resultado Geral da unidade Dourados............................................ 74

Quadro 18: Resultado Geral da unidade Forquilhinha........................................ 74

Quadro 19: Resultado Geral da unidade Itapiranga............................................ 75

Quadro 20: Resultado Geral da unidade Jacarezinho......................................... 76

Quadro 21: Resultado Geral da unidade Jaraguá do Sul.................................... 76

Quadro 22: Resultado Geral da unidade Matriz.................................................. 77

Quadro 23: Resultado Geral da unidade Nuporanga.......................................... 77

Quadro 24: Resultado Geral da unidade Seara.................................................. 78

Quadro 25: Resultado Geral da unidade Sidrolândia.......................................... 79

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Quadro 26: Ações de melhoria para célula de admissão.................................... 79

Quadro 27: Ações de melhoria para célula do ponto.......................................... 81

Quadro 28: Ações de melhoria para CORH........................................................ 82

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 14

1.1 Problema e Justificativa de Pesquisa ........................................ 15

1.2 Objetivos do trabalho ................................................................... 16

1.3 Aspectos Metodológicos ............................................................. 17

1.3.1 Caracterização da Pesquisa ........................................................ 17

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa ......................................... 18

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados .................... 20

1.3.4 Tratamento e análise dos dados ................................................. 21

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................... 23

2.1 Fundamentos da ciência de administração ............................... 23

2.1.1 O administrador ........................................................................... 25

2.1.2 Áreas da Administração .............................................................. 26

2.2 Administração de marketing ....................................................... 26

2.2.1 Prestação de Serviços ................................................................. 27

2.2.2 Qualidade total nos serviços ....................................................... 29

2.3 Administração de operações e produção .................................. 31

2.3.1 Processos .................................................................................... 31

2.3.2 Diagnóstico Organizacional ......................................................... 33

2.4 Administração de recursos humanos ........................................ 33

2.4.1 Recrutamento e Seleção de Pessoas ......................................... 36

2.4.2 Rescisão contratual ..................................................................... 37

2.4.3 Folha de pagamento .................................................................... 39

2.4.4 Benefícios .................................................................................... 41

2.4.5 Jornada de Trabalho.................................................................... 42

2.5 Tendências e Perspectivas para a Gestão de Pessoas ........... 43

3 DESENVOVILMENTO DA PESQUISA DE CAMPO ........................... 46

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3.1 Caracterização da organização ................................................... 46

3.1.1 Portfólio de produto ..................................................................... 47

3.1.2 Visão, missão e política da empresa ........................................... 48

3.1.3 Objetivos e estratégias ................................................................ 48

3.1.4 Organograma ............................................................................... 49

3.1.5 Principais clientes ........................................................................ 50

3.1.6 Concorrentes ............................................................................... 51

3.1.7 Fornecedores ............................................................................... 51

3.2 Resultados da Pesquisa .............................................................. 51

3.2.1 Identificação dos macro-processos realizados pelo CORH........ 51

3.2.2 Identificação do perfil dos participantes da pesquisa ................. 56

3.2.3 Percepção das unidades quanto aos serviços do CORH ........... 57

3.2.3.1 Percepção das unidades quanto aos serviços prestados pela

célula de Admissão ............................................................................... 58

3.2.3.2 Percepção das unidades quanto aos serviços prestados pela

célula de Benefícios .............................................................................. 60

3.2.3.3 Percepção das unidades quanto aos serviços prestados pela

célula da Folha de Pagamento ............................................................. 61

3.2.3.4 Percepção das unidades quanto aos serviços prestados pela

célula Ponto .......................................................................................... 62

3.2.3.5 Percepção das unidades quanto aos serviços prestados pela

célula de Rescisão ................................................................................ 64

3.2.4 Percepção dos responsáveis pela área de RH de cada unidade

quanto aos serviços prestados pelo CORH ......................................... 65

3.2.5 Comparação e correlação dos resultados de Pesquisa ............. 72

3.2.6 Apresentação das sugestões de melhorias ................................ 79

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................. 84

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................... 86

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APÊNDICE A – Pesquisa de Satisfação dos serviços prestados pela

célula de Admissão do Centro de Operações de Recursos ................... 89

APÊNDICE B - Pesquisa de Satisfação dos serviços prestados pela

célula de Benefícios do Centro de Operações de Recursos .................. 90

APÊNDICE C - Pesquisa de Satisfação dos serviços prestados

pelacélula de Folha de Pagamento do Centro de Operações de

Recursos .................................................................................................. 92

APÊNDICE D - Pesquisa de Satisfação dos serviços prestados pela

célula Ponto do Centro de Operações de Recursos ............................... 93

APÊNDICE E - Pesquisa de Satisfação dos serviços prestados pela

célula de Rescisão do Centro de Operações de Recursos .................... 94

APÊNDICE F - Pesquisa de Satisfação dos serviços prestados pelo

Centro de Operações de Recursos ......................................................... 95

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1 INTRODUÇÃO

O setor de avicultura avançou no mercado devido ao confronto mundial, em

função da necessidade dos soldados em consumir carne que estivessem prontas

para consumo em curto prazo. E foi nesse momento que a comercialização de

carnes de pequenos animais precisou aumentar, e mais recentemente (devido a

valores culturais) a carne branca foi a mais valorizada.

Além disto, inúmeros motivos afetam a produção desse tipo de alimento, a

gripe aviária e os fatores cambiais obrigaram as organizações agroindustriais

reduzirem a sua produção devido à diminuição da demanda de clientes internos e

principalmente externos. E esse acontecimento traz conseqüências significativas

para a gestão de pessoas, sendo necessárias novas estratégias para a continuidade

do negócio.

Com as transformações ocorridas do mercado de trabalho brasileiro em

função da tecnologia e inovações, algumas organizações buscaram a terceirização

dos próprios serviços devido aos inúmeros processos, simplificando as atividades. A

área administrativa é a mais afetada, pelo fato de estar voltada para processos

considerados de apoio à produção de bens e serviços.

A terceirização de serviços na área de Recursos Humanos foi adotada por

muitas organizações. Porém, a necessidade de buscar novas estratégias para

atração e retenção de talentos tem levado as organizações a repensarem esta

prática. E, nesse contexto, surge uma nova modalidade da prestação de serviços,

onde pessoas alocadas em setores da própria organização prestam serviços aos

seus parceiros internos possibilitando um melhor desempenho da área de recursos

humanos. A terceirização dos serviços de recursos humanos deixa de ser uma

opção para as organizações, porque as ações voltadas para a administração dos

funcionários devem ser incorporadas e programadas levando em conta as

necessidades do negócio.

Considerando esta nova realidade do mercado de trabalho, a empresa

Seara Alimentos S/A criou uma estrutura para a centralização dos processos de

recursos humanos denominado de Centro de Operações de Recursos Humanos -

CORH, onde é realizada a grande parte dos processos administrativos de RH. A

criação deste centro teve por objetivo fazer que as unidades tenham um foco maior

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nas estratégias da organização e atender de maneira mais efetiva o cliente final,

independente de serem funcionários ou consumidores.

Considerando ainda o fato de a empresa estar voltada para o mercado

interno e intensamente ao mercado internacional de aves e suínos, a empresa

possui escritórios em diversas localidades, e é líder na exportação de cortes de

frango, com qualidade e serviços reconhecidos em diversos mercados. Razão pelo

qual percebe que as ações que monitoram os seus recursos humanos ao mesmo

tempo em que atendem as necessidades regionais, estejam norteadas pelos

princípios e normas que regem o negócio na sua totalidade.

Neste sentido o estudo foca os macro-processos da administração de

recursos humanos, considerando que a empresa percebe que há uma necessidade

de feedback dos clientes a respeito dos serviços prestados pelo CORH. Portanto

este estudo teve como objetivo verificar até que ponto os serviços prestados pelo

CORH para as unidades estão sendo eficazes.

1.1 Problema e Justificativa de Pesquisa

A organização em estudo adotou a prestação de serviços internos em parte,

ou seja, nos processos da administração de recursos humanos. E para isso se

tornar um processo com qualidade total faz-se importante a retroação dos serviços

prestados para as unidades da organização. E é nesse contexto que se apresentou

o problema desta pesquisa:

Qual a percepção das unidades quanto aos serviços prestados pelo Centro

de Operações de Recursos Humanos da empresa Seara Alimentos S/A?

As autoras Lakatos e Marconi (2007, p. 161) enfatizam que o “Problema é

uma dificuldade, teórica ou prática, no conhecimento de alguma coisa de real

importância, para a qual se deve encontrar uma solução”.

Quando os serviços prestados dentro da empresa são favoráveis, o produto

final acaba por ser afetado positivamente quanto á qualidade e agilidade. Nesse

caso, o produto final são os funcionários da empresa Seara Alimentos S/A.

E por se tratar de uma área em fase de implementação, ainda não foram

realizados estudos aprofundados em relação à percepção dos usuários dos serviços

prestados pelo CORH, justificando assim um interesse por parte dos responsáveis

da área em verificar o nível de satisfação dos mesmos, motivo pelo qual foram

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disponibilizadas informações necessárias para a realização dos estudos. Além de

que os custos para os levantamentos dos dados foram acessíveis possibilitando,

portanto, a viabilidade do estudo.

E por fazer parte do setor onde o estudo foi realizado, existiu por parte da

acadêmica uma motivação para realização do mesmo, até mesmo porque se trata

da área em que pretende se desenvolver profissionalmente. E como ressalta Roesch

(2007, p. 118) existem várias situações dentro de uma organização e “Estas

oportunidades ou problemas podem ser explorados e analisados de forma mais

completa por meio do uso de métodos e técnicas”.

Para a universidade, foi uma oportunidade de conhecer uma nova estratégia

de administração de recursos humanos e a avaliação dos clientes internos sobre a

terceirização interna de serviços.

1.2 Objetivos do trabalho

O objetivo geral deste estudo foi Diagnosticar a satisfação dos usuários dos

serviços prestados pelo Centro de Operações de Recursos Humanos, para as nove

unidades que possuem o departamento de administração de recursos humanos.

Com relação ao objetivo geral de um trabalho, a autora Roesch (2007, p. 96) afirma

que:

O objetivo geral define o propósito do trabalho. Num projeto, não é suficiente definir apenas objetivos gerais, visto que estes são amplos e dificilmente podem ser avaliados [...] a formulação de um objetivo geral não é suficiente para dar uma idéia de como o trabalho será desenvolvido. O objetivo geral é formulado de forma genérica o suficiente para abranger vários objetivos específicos.

Como o objetivo geral não é suficiente, se faz necessário então objetivos

específicos que apresentam um caráter mais sólido, e que “têm função intermediária

e instrumental, permitindo de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicá-lo a

situações particulares” (LAKATOS e MARCONI, 2007, p. 221).

Quanto aos objetivos específicos, foram assim definidos:

Identificar cada macro-processo realizado pelo CORH.

Identificar o perfil dos funcionários da administração de RH das unidades,

envolvidos nesta centralização;

Identificar a percepção dos funcionários de cada unidade em relação aos

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serviços prestados pelo CORH.

Identificar a percepção dos responsáveis pelo RH de cada unidade em

relação aos serviços prestados pelo CORH.

Comparar e correlacionar os resultados das unidades pesquisadas.

Sugestões de melhorias se necessário.

1.3 Aspectos Metodológicos

Este item aborda os métodos que foram utilizados na presente pesquisa,

como a caracterização, os participantes, instrumentos de coletas e métodos de

análise dos dados. Com relação a estes aspectos, as autoras Lakatos e Marconi

(2007, p. 83) relatam que “Método é o conjunto das atividades sistemáticas e

racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo”.

Existem vários exemplos de um projeto em prática, onde o foco é

apresentar propostas de planos ou até mesmo sistemas que solucionem problemas

da organização (ROESCH, 2007). Esse estudo teve o foco principal de saber as

opiniões/sugestões dos clientes internos (as áreas de RH das unidades) para

futuramente poder atender essas expectativas.

1.3.1 Caracterização da Pesquisa

A tipologia adotada para este trabalho de estágio foi a de Avaliação

Formativa, considerando que desse modo à organização pode observar meios mais

ágeis de conduzir algum tipo de processo, com base nas sugestões e necessidades

dos clientes internos. Esta tipologia de estudo, na visão da autora Roesch (2007, p.

74) tem o propósito de “melhorar ou aperfeiçoar sistemas ou processos. A Avaliação

Formativa normalmente implica um diagnóstico do sistema atual e sugestões para a

sua reformulação”.

Este estudo considerou, em relação ao método, aspectos tanto quantitativo

quanto qualitativo, segundo Staw (1977 apud ROESCH, 2007) a pesquisa

quantitativa é apropriada quando se é necessário avaliar mudanças nas grandes

organizações, e quando se tratar de algo mais abrangente a idéia seria testar se

vale à pena introduzir um determinado novo programa ou sistema. Já o método

qualitativo com sua coleta e análise é apropriado para efetuar a parte de natureza

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exploratória da pesquisa realizada, com a visão de levantar questões e hipóteses.

A estratégia da pesquisa foi a de um estudo de caso que na visão de

Roesch (2007) é atraído por algum motivo prático, que geralmente é ligado à coleta

de dados e informações de um determinado assunto, onde o pesquisador pode

desenvolver um estudo individual por meio da população relacionada ao mesmo.

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

Uma população e/ou participante de uma pesquisa é o grupo de indivíduos

em que um pesquisador se interessa em entrevistar com o propósito de efetuar

algum estudo (ROESCH, 2007).

Os participantes da pesquisa foram os clientes de cada macro-processo

realizado pelo CORH da empresa Seara Alimentos S/A, que estão alocados no

departamento de administração de recursos humanos das 11 unidades conforme

quadro nº 1, considerando que são os mesmos que recebem os serviços prestados

pelo CORH.

Unidade Participantes Célula Total

Braskarne Analista de RH Pleno. Todas 1

Coordenadora de RH Pesquisa Geral 1

Comercial Analista de RH Júnior; Todas 1

Dourados

Analistas de RH Júnior; Benefícios e Rescisão 3

Analista de RH Pleno; Admissão 1

Auxiliar Administrativo. Ponto 1

Coordenador de RH Pesquisa Geral 1

Forquilhinha

Analista de RH Júnior; Benefícios, Rescisão e Admissão 2

Ponto 1

Analista de RH Pleno; Folha 1

Auxiliar Administrativo. Admissão 1

Coordenador de RH Pesquisa Geral 1

Itapiranga

Analistas de RH Júnior; Ponto, Rescisão e Ponto 2

Analistas de RH Pleno; Folha 1

Escriturário. Admissão 2

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Gerente do Dep. de RH Pesquisa Geral 1

Jacarezinho Analista de RH Júnior e Pleno; Todas 2

Coordenadora de RH Pesquisa Geral 1

Jaraguá do Sul

Analista de RH Júnior; Admissão e Ponto 1

Analista de RH Pleno; Folha e Benefícios 2

Escriturário. Rescisão e Benefícios 1

Coordenador de RH Pesquisa Geral 1

Matriz Itajaí Analista de RH Pleno; Todas 1

Nuporanga

Analista de RH Júnior; Admissão 1

Analista de RH Pleno; Ponto, Folha e Benefícios 1

Gerente do Dep. de RH Pesquisa Geral 1

Seara

Analista de RH Júnior; Rescisão, Admissão e Benefícios 2

Analista de RH Pleno; Folha 1

Escriturário. Ponto 1

Coordenador de RH Pesquisa Geral 1

Sidrolândia

Analista de RH Júnior; Folha, Benefícios e Rescisão 3

Analista de RH Pleno; Ponto 1

Escriturário. Admissão 1

Coordenador de RH Pesquisa Geral 1

TOTAL DE PARICIPANTES 44

Quadro 1: Participantes da Pesquisa. Fonte: Dados primários.

A presente pesquisa adotou um sistema de amostragem por quotas,

considerando que foi utilizado um questionário para cada macro-processo do CORH.

Como cada macro-processo está focado em uma célula de no máximo 2 pessoas

por unidade, os mesmos responderam questões da pesquisa relacionadas ao tipo de

serviços que recebem do CORH somente daquela determinada célula. A amostra

por quotas foi aplicada, visto a seguinte explicação da autora Roesch (2007, p.139):

Como explica Oppenheim (1993), uma quota é uma célula dentro de uma amostra maior, planejada para ter as mesmas características sociodemográficas de sua população. Uma célula será então alocada a determinado entrevistador ou grupo de entrevistadores, que precisam, por exemplo, encontrar e entrevistar pessoas do sexo masculino, entre 20 e 25 anos. Quando todas as células forem colocadas juntas, elas formarão uma amostra com as mesmas características sociodemográficas da população.

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Quanto a população em que foi aplicada a pesquisa, para o autor Barbetta

(2006, p. 41) “população é o conjunto de elementos para os quais desejamos que as

conclusões da pesquisa sejam válidas, com a restrição de que esses elementos

possam ser observados ou mensurados sob as mesmas condições”. Além da

pesquisa com os profissionais envolvidos nos processos, também foi aplicado um

questionário com os responsáveis de cada unidade com exceção da matriz, onde

está localizado o CORH.

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

A entrevista, o questionário, os testes e a observação são considerados as

principais técnicas para uma coleta de dados. Outro modo de se obter os dados

necessários para a pesquisa é por meio de índices e relatórios e até mesmo dos

bancos de dados da empresa em estudo. Estes não são criados pelo pesquisador,

portanto são dados secundários, ao contrário de dados primários que são colhidos

de forma direta pelo pesquisador (ROESCH, 2007).

Neste estudo foi aplicado um instrumento de coleta com questões fechadas,

abertas e padronizadas com os funcionários que recebem os serviços do CORH,

sendo disponibilizado aos componentes da amostra por meio eletrônico (e-mail),

caracterizando assim um questionário “auto-aplicado” e foi realizado um contato com

cada unidade para tirar eventuais dúvidas a respeito da presente pesquisa. Quanto

ao questionário é um dos instrumentos mais utilizados em uma pesquisa

quantitativa. Para autora Roesch (2007), pesquisas com perguntas fechadas

possibilitam apenas saber os pontos fortes e fracos da situação em estudo, e que

muitas vezes podem ser de caráter superficial, mas as questões abertas podem

permitir o conhecimento sobre os aspectos desses pontos. Por este motivo, foram

criados questionários com perguntas fechadas, mas com uma pergunta aberta no

final para a explicação do ponto fraco escolhido pelo entrevistador.

Foi aplicada ainda uma pesquisa estruturada de questões abertas com os

responsáveis dos departamentos que recebem os serviços do CORH, com objetivo

de entender o que acontece no cotidiano do entrevistado. Foi nesse momento que

os mesmos tiveram a oportunidade de expressar com mais facilidade suas idéias,

opiniões e anseios, e isso possibilitou a interpretação dos acontecimentos.

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A pesquisa foi aplicada com os envolvidos na centralização, no período de

25 de julho a 29 de setembro de 2008, de forma eletrônica para cada um dos

participantes separadamente, onde a devolução foi mais rápida devido à

individualidade que a pesquisa foi enviada. A pesquisa com os responsáveis do RH

das unidades, também foi enviado por meio de e-mail. A acadêmica, após o envio do

instrumento, manteve contato com cada um dos participantes para explicar o porquê

da pesquisa, e tirar dúvidas sobre as perguntas.

1.3.4 Tratamento e análise dos dados

No ponto de vista das autoras Lakatos e Marconi (2007, p. 168) selecionar é

apenas uma análise pequena de dados, quando se tem a posse do material coletado

“o pesquisador deve submetê-lo a uma verificação crítica, a fim de detectarem falhas

e erros, evitando informações confusas, distorcidas, incompletas, que podem

prejudicar o resultado da pesquisa”. Para essas mesmas autoras, codificar é

relacionar os dados obtidos na pesquisa, primeiramente agrupando os dados e

depois classificando em qualitativo e quantitativo, para facilitar o próximo passo de

tabular os dados para melhor compreendidos e interpretados de forma rápida.

No caso do presente estudo, utilizou-se a estatística descritiva „média‟ como

tipo de cálculo, sendo que para saber a média é necessário “somarmos todos os

números e dividirmos a soma pela quantidade de números” como colocam os

autores Downing e Clark (2006).

Na visão de Roesch (2007) se refere a uma pesquisa quantitativa quando

normalmente utiliza-se a análise estatística com auxílio de computadores, e se o

número de casos for pequeno costuma-se aproveitar planilhas para tabular os dados

manualmente. Neste estudo, o número de pesquisados foi pequeno, tendo assim a

possibilidade de tabular os dados manualmente e atrelando facilmente os

depoimentos dos mesmos. Complementa a autora Roesch (2007) que cabe ao

pesquisador interpretar e explicar os resultados obtidos no estudo, utilizando teorias.

Essa mesma autora relata que na pesquisa qualitativa, o pesquisador

termina sua coleta de dados e se depara com uma quantidade considerável de

depoimentos, que juntos formam textos para serem interpretados.

Os dados qualitativos foram interpretados utilizando-se como base os

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conceitos da análise de conteúdo, que na visão de Lakatos e Marconi (2007) é uma

forma de efetuar uma comparação das relações que existem entre os fatos e o

assunto estudado. As categorias de análise foram baseadas no autor Ribeiro,

(2006), relacionadas no quadro 3 no qual permitiu captar como funciona uma área

de recursos humanos. Em súmula, a análise dos dados possibilitou a interpretação

dos questionários permitindo chegar ao objetivo dessa pesquisa, e após esta

análise, os dados foram apresentados em quadros e textos explicativos.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo foram relatadas as informações fundamentadas sobre a área

da pesquisa em questão, destacando-se as áreas de marketing, operações e

recursos humanos.

2.1 Fundamentos da ciência de administração

Administração, em seu conceito tradicional, é como um conjunto de normas

e princípios que objetivam planejar, organizar, controlar, dirigir e coordenar um grupo

de indivíduos que abrangem um objetivo em comum. Administrar é buscar a melhor

forma e circunstâncias para a eficiência e o progresso da organização aproveitando

pessoas, materiais máquinas e capital de uma organização. Tomar decisões e

providências necessárias para que consista em transformar em realidade e ações as

estratégias existentes, controlando seus resultados e visando cumprir os mesmos

(LACOMBE e HEILBORN, 2003).

Complementa Chandler (apud RIBEIRO, 2006) que na escola contingencial,

uma estratégia é definida conforme o processo estabelecido para as metas e

objetivos de longo prazo. Alguns autores mais recentes mencionam que estratégia

ressalta um plano elaborado para conciliar elementos, como os pontos fortes e

fracos de uma organização (internamente) e as oportunidades e ameaças

(externamente), estabelecendo assim, maneiras de atingir o melhor desempenho

dentro do espaço em que atua.

Na visão de Montana e Charnov (2003) a primeira abordagem da teoria

administrativa foi criada por gerentes, engenheiros e cientista preocupados em

melhorar a eficiência do trabalhador, e o estudo iniciou-se nessa época pelo autor

Frederick W. Taylor, pai da administração científica, que examinou detalhadamente

atividade por atividade e dividiu cada atividade em tarefas componentes, em um

processo chamado por ele de fracionamento de atividades. Taylor conseguiu

melhorar radicalmente a eficiência do trabalhador por meio do seu estudo de tempos

e movimentos, transformando o modo de realizá-las em “a única maneira correta”.

Ainda mencionam os autores citados que depois dos estudos tayloristas,

surgiu o engenheiro Henri Fayol, que contribuiu e muito para a administração. O

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mesmo dividiu as tarefas entre os níveis de supervisão e de gerenciamento, fazendo

com que a administração se tornasse algo importante nas organizações, ao invés de

um simples modo de supervisionar funcionários. Também relatam que outros

autores efetuaram estudos importantes para a administração, conforme

demonstrado no quadro nº 2.

TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

ÊNFASE

ESCOLA DA ADMINISTRAÇÃO

CIENTÍFICA

As técnicas dessa abordagem científica são amplamente aplicadas na indústria contemporânea para melhorar a produtividade do trabalhador. Ela também é conhecida como Pesquisa Operacional, onde os autores Frederik Winslow Taylor e Henry Ford afirmam que a produtividade pode ser melhorada e a eficácia organizacional aumentada por meio do método científico e do uso de modelos matemáticos.

ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS

Elton Mayo e seus colegas concluíram que, além dos aspectos físicos do trabalho, outros fatores tinham poder de melhorar a produção. Esses fatores referiam-se às inter-relações entre os trabalhadores e a psicologia individual do trabalhador, e foram chamados, após muitas investigações adicionais, de fatores de relações humanas.

ABORDAGEM CONTINGENCIAL

Essa abordagem não defende um método universalmente correto para a solução de problemas de administração, mas afirma que problemas diferentes exigirão soluções diferentes. Ela é eclética e permite ao seu adepto que faça um exame e uma escolha, dentre as técnicas gerenciais disponíveis para a solução do problema.

ESCOLA DO COMPORTAMENTO

HUMANO

Douglas M. McGregor estudou pontos de vista diferentes às abordagens acima. Ele juntou as filosofias dos outros autores, e rotulou de Teoria X a de Taylor e de Teoria Y a de Mayo. Onde a Teoria X o funcionário não gosta do que faz e se possível irá evitar; já na Teoria Y o trabalhador pode não gostar do que faz, mas reagirá bem diante de boas condições e boas atitudes. E foi com esse estudo em apenas uma organização, que McGregor apontou uma necessidade de uma maior orientação filosófica no que diz respeito a desenvolvimento e à boa qualidade de vida no trabalho.

Quadro 2: Teorias da administração. Fonte: Adaptado de Montana e Charnov, (2003).

Verifica-se que as teorias da administração são muito abrangentes, e sua

aplicação depende do ponto de vista de cada profissional e de onde irão ser

aplicadas. Para isso, o administrador deve saber como e quais funções realizar para

obter o sucesso da organização. No ponto de vista do autor Ribeiro (2006), ainda

existem mais três escolas importantes na história da administração, escola clássica,

burocrática e sistêmica além destas mencionadas no quadro. A Escola clássica de

Henry Fayol abrange como objetivo a divisão do trabalho (onde os empregados

recebiam ordens de um chefe apenas), para que produzisse mais e melhor, sendo

mais eficiente que as outras organizações. A Escola burocrática, com Max Weber,

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relatou que uma organização deve estar dentro de padrões de racionalidade e

eficiência, onde os cargos se organizam de forma rigidamente hierárquica e normas

e regras técnicas regulam a ação de cada cargo, evitando erros e tratamento injusto

e desigual. E a Escola Sistêmica, com Ludwig Von Bertalanffy, foi um estudo em que

se mostrou o quão importante é o administrador ter visões gerais da organização e

entender tudo o que acontece no ambiente interno e externo.

2.1.1 O administrador

A administração se define como pessoas gerenciando pessoas com o

mesmo objetivo, trabalhando com e por meio delas. O administrador possibilita a

direção e rumo para a organização onde trabalha, planejando, organizando,

dirigindo, e controlando as ações. Por isso a administração “é o processo de tomar,

realizar e alcançar ações que utilizam recursos para alcançar objetivos”

(MAXIMIANO, 2000, p. 25).

Para Montana e Charnov (2003) existem dois níveis organizacionais de

administração, o institucional e o gerencial. Cada um deles necessita de esforço e

tempo por parte do gestor da organização ou do departamento. O nível institucional

é mais conhecido como estratégico, já que é constituído pelos diretores ou gestores

que são responsáveis pelo futuro da organização. O nível gerencial é conhecido

como o nível tático, onde o administrador de certo departamento da organização

recebe as decisões tomadas pelo nível institucional e as transforma em ações.

O autor Richard (2005) complementa que a habilidade conceitual é a forma

de visualizar a organização como um todo e pensar estrategicamente, além de ser

especialmente importante para diretores, ou seja, aqueles que decidem o futuro da

organização. Um administrador com habilidade humana representa um gerente com

capacidade de comunicação com as pessoas que trabalha, ou seja, sabe motivar,

facilitar, coordenar, liderar, comunicar e resolver conflitos e obtendo um

desempenho eficaz. Para o autor, as organizações acabam por perder profissionais

capacitados, porque os chefes fracassam em demonstrar preocupação e respeito

com os mesmos. E por último a habilidade técnica, que significa ter o entendimento

do serviço específico que desempenha, incluindo domínios dos métodos, técnicas e

equipamentos necessários.

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Com isso os autores Montana e Charnov (2003) comentam que o

administrador trabalha com ou por intermédio de pessoas realizando objetivos da

organização e de seus membros. Ele tem papel decisório e informal, ou seja, precisa

desenvolver e manter uma rede de informações, além de fazer escolhas ou opções.

Complementa o autor Maximiano (2000) que o administrador é capaz de ser o

proprietário e guiar uma organização, bem como tem a capacidade de ser

responsável apenas por uma determinada área da administração, precisando estar

sempre atualizado e ciente de como a mesma funciona, independente da sua área

de atuação.

2.1.2 Áreas da Administração

Administração possui áreas de concentração, para a autora Roesch (2007)

existem as áreas de: administração geral, pública, terceiro setor, finanças,

marketing, produção e recursos humanos. Considerando que o estudo foi voltado

para as áreas de marketing, produção e recursos humanos, essas áreas foram

enfatizadas pelo fato do tema estar focado nas operações de recursos humanos

prestadas internamente para as filiais da empresa Seara Alimentos S/A,

responsáveis pelos funcionários da organização.

2.2 Administração de marketing

No século XX iniciou alguns problemas na distribuição de mercadorias, onde

se viu necessário desenvolver os pensamentos de marketing. Roesch (2007)

menciona que com o crescimento industrial e o surgimento de organizações de

grande porte na década de 10-20 (dez a vinte), a área de administração de

marketing desenvolve-se ainda mais com seus conceitos, desenvolvimento,

reavaliação, reconceitualização e socialização.

Os autores Aaker; Kumar e Day (2004, p.25) citam que o conceito de

marketing se traduz em um “processo de planejamento e execução, fixação de

preço, promoção, e distribuição de idéias, bens e serviços, com a finalidade de criar

trocas que satisfaça os objetivos individuais e organizacionais”.

Na visão de Roesch (2007) a área de marketing começou com os problemas

na distribuição das mercadorias fabricadas, concentrando em definições de

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segmentos de mercado, elaboração de planos de marketing e análises competitivas

de mercado ou do comportamento do consumidor.

O marketing exige a satisfação do cliente, buscando entender as

necessidades deles para que isso ocorra de forma rápida e eficaz, e

conseqüentemente, maximizando os lucros. Para isso, pode-se utilizar a estratégia

de pesquisa de marketing, onde a identificação, coleta e análise de informações de

forma ordenada e objetiva poderão ocorrer (MALHOTRA, 2006).

O autor Las Casas (2004) menciona que os produtos são bens ou serviços

desenvolvidos para a necessidade do consumidor; o ponto de venda está

relacionado com as tarefas de levar o produto adequado onde o consumidor está, ou

seja, atingindo o público-alvo onde a empresa está alocada; a promoção trata da

comunicação e venda ao consumidor final; e por último o preço fixa corretamente um

preço, sendo considerada determinada concorrência no mercado-alvo, e o custo

total do composto de marketing.

O mercado está cada dia mais competitivo, e com isso as organizações

estão apostando no marketing. Na visão dos autores Gobe e Moreira (2000, p.28)

marketing “é um processo de planejar e executar a concepção, o estabelecimento de

preços, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços a fim de criar trocas

que satisfaçam metas individuais e organizacionais”. Um produto pode ser

facilmente mostrado e divulgado para aumentar as vendas, já o serviço é mais difícil

de vender porque não pode ser cheirado, tocado ou provado antes de recebê-lo.

2.2.1 Prestação de Serviços

Prestar serviços é arte de vender algo antes de mostrar, é fazer com que o

cliente sinta o serviço antes de recebê-lo, já que é algo que não pode ser tocado,

nem cheirado, e muito menos apreciado antes de estar pronto. Ao contrário do

produto, que pode ser examinado pelo comprador, os serviços têm pessoas como

parte dele. Na visão de Zeithaml e Bitner (2003) os serviços são ações, processos e

atuações, que geralmente são definidos como algo que não seja construção ou

produto físico, mas sim algo feito e consumido ao mesmo tempo.

Prestar serviços no prazo estipulado pelo cliente, com qualidade e de acordo

com o que o cliente espera e especifica, e tendo um custo econômico, deve ser o

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objetivo principal de qualquer organização que presta serviços (BERNARDI, 2003).

Já o autor Kotler (1998, p. 412) complementa definindo o serviço como "qualquer ato

ou desempenho que uma parte possa oferecer a outra e que seja essencialmente

intangível e não resulte na propriedade de nada". Pode-se avaliar se a empresa

presta serviços ou produz um determinado produto, por meio das seis principais

características de uma prestação de serviço que o mesmo autor comenta:

intangibilidade, inseparabilidade, inarmazenabilidade, variabilidade, improtegibilidade

e precificação subjetiva.

Intangibilidade: quando um cliente manda a carteira de trabalho para a

área de recursos humanos efetuarem sua admissão, ela apenas possui

uma promessa de realização do processo, ou seja, não vê, cheira, ou toca

antes de “comprar” o serviço. O autor define que um serviço não gera

propriedade nenhuma, pois o cliente não adquire bem algum e sim uma

aquisição de experiências, de confiança e de muitas outras características

variáveis dos clientes. Isto porque os serviços são atividades ou processos

que os clientes vivenciam enquanto que os produtos são coisas que os

clientes possuem. A credibilidade e confiança é uma dimensão muito

importante para ocorrer uma qualidade nos serviços, por que isso significa

entregar o trabalho com precisão e segurança, cumprindo o que foi

prometido ao cliente.

Inseparabilidade: um funcionário que presta o serviço já se torna parte

dele, pois se o mesmo cometer algum erro, o cliente já estará recebendo o

serviço incorreto pelo fato de ser algo simultâneo. Conseqüentemente a

interação entre o prestador dos serviços com o cliente é uma característica

do marketing de serviços, até mesmo porque o cliente interfere na

transação. O autor Las Casas (2004) complementa que é necessário ter

uma capacidade de prestação de serviços antecipada, pois não é possível

estocar o serviço que produziu como é feito com os bens.

Inarmazenabilidade ou perecibilidade: no final de ano, com o aumento

das vendas de alimentos, as indústrias precisam de uma área de recursos

humanos capacitada em recrutar funcionários o mais rápido possível, não

possibilitando assim a espera de um outro período. Tudo isso porque, os

serviços não podem deixar de ser prestados na hora em que o cliente

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precisa, ou seja, é algo inarmazenável. Na visão de Zeithaml e Bitner (2003)

o serviço é perecível, pois não pode ser estocado, devolvido ou revendido,

ou seja, é de consumo imediato.

Variabilidade ou heterogeneidade: dentro de uma empresa, por exemplo,

pode existir uma área de recursos humanos que presta serviços de

admissão e rescisão, onde o serviço de admissão é realizado com muito

sucesso e os clientes o adoram, em contraste com o serviço de rescisão

que os clientes preferem evitar. Para Kotler (1998, p. 415) “a variabilidade

implica dificuldade de uniformização, pois os serviços são altamente

variáveis e dependem de quem os executa e de onde são prestados”.

Improtegibilidade: quase sempre uma área que presta serviços a outra,

tenta encontrar a melhor forma de atendê-los, e quando a encontra, não

consegue “patentear” esse determinado processo. Para o autor Padilha

(2007) os serviços são improtegíveis, porque ao contrário das mercadorias,

onde as leis de registros e patentes sempre se aplicam os serviços quase

nunca podem ser protegidos contra cópias de concorrentes.

Precificação subjetiva: o autor Padilha (2007, p.29) diz que o termo

“parece-nos mais adequado devido justamente ao fato de que é a

subjetividade o principal elemento que causa a dificuldade para a

precificação de serviços”. E todo serviço é feito por um ser humano, por

esse motivo os custos variam de processo para processo, porque é

estipulado de forma subjetiva por quem o produz.

Acredita-se que as pessoas estão procurando serviços já utilizados por

outras pessoas, onde possam ter uma idéia do que estão comprando. Porque

serviço é algo pelo qual, as pessoas ainda esperam uma qualidade ou pelo menos a

satisfação de uma necessidade.

2.2.2 Qualidade total nos serviços

Para um serviço ser de qualidade total, não pode ser apenas do serviço que

é prestado e tem que ser de primeira, mas também a postura adequada de quem o

serve. Barbulho (2001) diz que o espírito de equipe deve prevalecer, além do bom

humor de quem presta o serviço, disciplina e melhoria contínua, ou seja, a equipe

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como um todo deve procurar estar superando suas próprias metas de qualidade

total.

Para o autor Las Casas (2004, p. 100) pesquisar cliente é uma “prática não

muito comum nas empresas. Porém, pesquisar os funcionários internos é uma

necessidade para identificação de seu nível de satisfação e reivindicações”. Os

clientes têm necessidades variáveis para com os serviços, pelo fato de não existir

uma lista definitiva de necessidades, justo que a tecnologia, competição de

mercado, e conflitos internacionais, influenciam em suas necessidades diariamente.

Na visão de Zeithaml e Bitner (2003, p. 182):

Percepções precisas sobre as expectativas dos clientes são necessárias, embora não suficientes, para prestar serviços de qualidade superior. Outro requisito é a existência de padrões de planejamento e para a execução dos serviços que sejam compatíveis com aquelas percepções precisas. Um tema recorrente para as empresas de serviço é a dificuldade que têm experimentado executivos, gerentes e outros representantes de políticas empresariais ao traduzirem suas percepções acerca das expectativas dos clientes em especificações da qualidade de serviços de forma que os funcionários possam compreender e executar.

Deveria ser óbvio que a mensuração e monitoramente da satisfação dos

clientes são indispensáveis. Considerando os mesmos autores citados acima, tais

medidas são totalmente necessárias para acompanhar os processos e

principalmente as necessidades para vincular as estratégias do prestador de serviço.

Além disso, deve-se obter uma boa comunicação com os mesmo, pois um

entendimento incorreto do que realmente importa para eles, faz com que os serviços

não atendam as expectativas. O índice de satisfação de clientes é útil para o

acompanhamento de longo prazo, porque o mesmo resume grandes quantidades de

dados dos clientes por meio de mensurações da satisfação ou da qualidade em

serviços prestados.

A avaliação de prestação de serviços pode ser analisada através de

indicadores como: tempo e demanda dos clientes, benefícios, necessidades,

evoluções na produtividade, confiança/credibilidade que o prestador atingiu entre

outros. Ainda na visão de Zeithaml e Bitner (2003), em um questionário ou pesquisa,

podem-se obter pontos fortes e fracos dos serviços prestados, incluindo novas idéias

de programas para o aprimoramento das equipes e também reclamações perante os

serviços prestados. Os clientes quando efetuam uma reclamação, esperam ser

ajudados rapidamente e recompensados pelo o ocorrido, além de esperar serem

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bem tratados de forma agradável durante a conversa.

Com a industrialização do mercado, uma organização precisa estar sempre

atualizada com a procura dos clientes, entrando diariamente em contato com

operações de serviços. Por sua vez, essa operação envolve entender e assegurar

que nossos objetivos sejam atendidos e, ao mesmo tempo, prestem atenção à

melhoria contínua. Para Johnston e Clark (2002) administrar produção é envolver as

pessoas e os recursos fornecendo bens ou serviços em um nível especificado de

qualidade.

2.3 Administração de operações e produção

A área de administração de produção e sistemas trabalha com modelos de

planejamento, previsão e aplicação de redes e sistemas com finalidade de apoiar as

operações, de tal forma em que traz informações para a administração e apoio a

decisões da organização na produção (ROESCH, 2007). Esta área está focalizada

na forma que as organizações irão produzir os bens ou serviços.

A área de operações está voltada à execução dos bens e serviços definidos

pela organização, precisando estar sempre nos prazos e quantidades certas, com

flexibilização e custo competitivo, além de ter todo um planejamento e controle de

produção. Nesta área, se faz necessário administrar a produção por meio de

programações e controles de materiais e efetuar manutenção dos equipamentos,

sem esquecer a competitividade nos custos mesmo com produtividade qualificada

(BERNARDI, 2003).

Muitas áreas da administração utilizam formas e meios de calcular e

raciocinar o melhor caminho para o sucesso e alcance das metas de produção, e as

operações compreendem muitos processos inter-relacionados para que juntos

formem um determinado produto ou serviço.

2.3.1 Processos

As atividades nas organizações, muitas vezes, podem ser agrupadas em

fases de um processo. Normalmente essa atividade é utilizada no setor de

produção, por exemplo, tendo a unidade de fundição, usinagem, montagem, pintura

e por último a embalagem. Todas essas unidades envolvem pessoas, que com o

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mesmo fim, efetuam um determinado processo, conseqüência disso é o alto nível de

especialização em cada uma das fases (FRANÇA, 2007).

Todo o processo envolvido na formulação de um produto ou serviço afeta o

resultado que chega até o cliente final, sendo assim, é necessário envolver muito

bem os processos para que juntos alcancem a qualidade total nos serviços. Para

melhorar o desempenho de um processo, é importante efetuar o mapeamento do

mesmo, mas ele pode consumir muito tempo. Quando se trata de um processo-

macro, o mínimo necessário para colocá-lo em prática é fazer um mapeamento, pois

se trata de processos em grande quantidade, e para não ocorrer surpresas, o

importante é desenhar cada passo envolvendo as principais atividades (JOHNSTON

e CLARK, 2002).

Na visão de Chiavenato e Sapiro (2003), os processos são meios pelos

quais uma organização pode alcançar um resultado esperado, é um conjunto de

atividades que transforma insumo em produto por meio de recursos que a

organização possua. Na figura abaixo se relata o melhor significado do processo.

Figura 1: Elementos e características de um processo. Fonte: Adaptado de Coutinho e Kallás, 2005.

Observa-se que processo é um conjunto limitado de atividades interligadas,

onde possui entradas e saídas predefinidas, por meio de pessoas, métodos e

ferramentas. Na visão do autor Davenport (1994 apud COUTINHO e KALLÁS, 2005,

p. 60) “cada processo tem seu nível de importância, mas existem aqueles processos

„chaves‟ que são os mais importantes para o funcionamento de uma área ou até

mesmo da empresa, também conhecidos como „macro-processos‟”. Para saber a

relevância de um processo, basta verificar o nível de impacto que o mesmo possua

na organização, nos departamentos e até mesmo com os clientes.

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Os processos fazem parte integrantemente de uma organização, por isso

deve-se diagnosticar o funcionamento dos mesmos para obtenção do resultado

almejado pelas organizações.

2.3.2 Diagnóstico Organizacional

O diagnóstico organizacional trata de olhar para dentro a fim de avaliar os

pontos fortes e fracos, também denominado auditoria interna. Uma melhor forma de

efetuar diagnóstico organizacional é começar pelos recursos da empresa, onde é

muito utilizado para identificar os problemas e as oportunidades de uma determinada

área, e desenvolver formas de aprimoramento (CHIAVENATO e SAPIRO, 2003).

Um diagnóstico capacitado depende mais das perguntas coerentes do que

das respostas. “Não existe receita para as perguntas a serem feitas, mas algumas

podem ajudar a iniciar o diálogo e, a partir daí, o analista deve formular suas

próprias perguntas em função das respostas” (LACOMBE e HEILBORN, 2003, p.

191).

O diagnóstico tem como objetivo tomar medidas corretivas nas áreas da

empresa, observando o funcionamento e controlando-as periodicamente e

facilitando a organização, verificar fatores de limitam o desenvolvimento e também

comparar a empresa com outras similares, considerando ainda os mesmos autores.

Resumidamente, o diagnóstico organizacional funciona como um controle de

eficiência por meio de entrevistas, questionários e observações. Muitas empresas

utilizam o diagnóstico dividindo em estudos por área, até mesmo na de Recursos

Humanos, onde é possível investigar o funcionamento e entrevistar os funcionários

para acompanhar o andamento da área.

2.4 Administração de recursos humanos

Quanto às áreas funcionais da administração, a administração de recursos

humanos procura socializar as necessidades de longo prazo da empresa com as

necessidades de curto prazo dos funcionários. Nasceu com a função de estabelecer

o bem-estar dentro das organizações e com o decorrer do tempo, passou a ser uma

área para o controle da utilização de mão-de-obra. Esta área está mais ligada a

temas derivados da Psicologia, Sociologia, que dizem respeito às expectativas e

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atitudes da motivação ao trabalho, participação, liderança, comunicação, conflitos e

principalmente produtividade (ROESCH, 2007).

A área de recursos humanos é responsável pelos resultados de seus

processos e dos empregados da organização, precisando estar sempre motivando,

treinando, avaliando e zelando pela segurança dos empregados da empresa como

um todo. Mas os verdadeiros empreendedores são educadores de seus empregados

e modelo para seus empregados, não deixando essa responsabilidade só para a

área de recursos humanos (LACOMBE, 2005).

Na visão do autor citado acima, cabe à área de recursos humanos

administrar as atividades que devem ser executadas de forma centralizadas, e

trabalhar de forma ética e justa com cada pessoa da organização utilizando a CLT

(Consolidação das Leis do Trabalho). Por esse motivo, observa-se que além de toda

uma estratégica de recursos humanos, também é necessário manter e desenvolver

essa força de trabalho eficaz, por meio de tabelas justas de cargos e salários, leis e

normas igualmente distribuídas, efetuar treinamentos e avaliações de desempenho

com todos os funcionários da organização.

Nascimento e Carvalho (2006) possuem as mesmas idéias (LACOMBE,

2005) em relação à área de RH. Para os autores, esta área proporciona melhor

flexibilização no momento do recrutamento e seleção, treinamento e avaliação de

desempenho dos funcionários, além de adequar uma administração de cargos e

salários, e programas de incentivos aos funcionários trabalharem bem e por mais

tempo. Já o autor Ribeiro (2006) menciona o RH como uma gestão de pessoas,

conforme quadro a seguir:

Processos da área de RH

ÊNFASE

Desenvolvimento de Recursos

Humanos

- Treinamento de funcionários; - Vantagem competitiva por meio da vantagem de conhecimento; - Desenvolvimento de gerentes; - A aprendizagem que faz com que o funcionário adquira novos hábitos, atitudes e comportamentos após um treinamento específico.

Recrutamento de Pessoal

- Admissão de Pessoal; - Políticas de Pessoal; - Formas de recrutamento.

Seleção de Pessoal

- Entrevistas com candidatos; - Parecer das entrevistas; - Testes de conhecimento, aptidão e personalidade; - Exames médicos.

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Ambientização de um novo funcionário

- Explicar normas e políticas da empresa; - Informar os direitos trabalhistas; - Ter um período de Experiência; - Entrevista de desligamento.

Políticas de redundância

- Demissão; - Planejamento do processo de dispensa; - Verbas; - Documentos de rescisão.

Avaliação de Desempenho

- Objetivo da avaliação de desempenho; - Criar desafios a serem atingidos; - Reunião de avaliação e feedback.

Salários e Remuneração

- Os incentivos salariais; - Participação nos lucros ou resultados; - Administração dos salários; - Escala salarial; - Classificação e avaliação de cargos; - Folha de pagamento.

Planos de Saúde

- Conceder plano de saúde aos funcionários; - Sistema de medicina em grupo; - Planos médicos divididos em módulos, para facilitar o orçamento dos mesmos (jovens e idosos, rede nacional ou por região).

Relações sindicais

- Ministério do Trabalho; - Negociação sindical; - Acordos coletivos de trabalho; - Greves.

Prevenção de Acidentes

- Efeitos negativos dos acidentes de trabalho; - Tipos de acidente de trabalho; - Segurança e Medicina do Trabalho; - Equipamentos de Proteção Individual.

Encargos Sociais e Trabalhistas

- Custo da mão-de-obra; - Encargos; - Salário e encargos; - Benefícios; - Normas trabalhistas no Brasil.

Jornada de Trabalho

- Trabalhos em turnos; - Absenteísmo; - Tipos de faltas; - Responsabilidades do superior imediato.

Quadro 3: Gestão de Recursos Humanos. Fonte: Adaptado de Ribeiro, (2006).

No quadro percebe-se que a gestão de recursos humanos é muito

abrangente, e para este estudo foi apresentada a fundamentação das atividades

relacionadas à prestação de serviços internos pelo CORH. Portanto serão

abordados os temas: recrutamento e seleção de pessoas; Rescisão Contratual;

Folha de Pagamento; Benefícios e a Jornada de Trabalho.

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2.4.1 Recrutamento e Seleção de Pessoas

Toda organização que possua uma vaga em aberto, tem o recrutamento e

seleção como procedimento de atrair pessoas. Nos tempos atuais, podem-se utilizar

várias ferramentas que possibilite adequar um melhor procedimento no ato de

recrutar e selecionar. Recrutar é o simples fato de procurar empregados. Essa

procura se realiza com base na determinada vaga de emprego aberta na

organização, e encorajando um profissional a se candidatar para a determinada

vaga (FRANÇA, 2007). Na visão de Lacombe (2005) o recrutamento é apenas um

dos processos para a contratação de pessoal. Para o autor existe o recrutamento

interno, onde se realiza quando deseja saber quem se enquadra em determinada

vaga dentro da própria empresa e dar chance do mesmo se candidatar, e o

recrutamento externo, onde se vê maior necessidade de novas formações,

qualificações, e valores que agreguem valores a organização.

O recrutamento oferece subsídios para o processo de seleção, pois se não

houver candidatos com o perfil desejado, o profissional de recursos humanos não

consegue efetuar o ato da seleção. Para a autora França (2007) seleção é o ato de

selecionar pessoas depois de efetuar um recrutamento de currículos com o perfil

desejado para a vaga. Para isso, é preciso criar uma análise da função em aberto,

para que tenha uma comparação com o perfil do participante da seleção. Para

Lacombe (2005) existem vários métodos de seleção, tais como a triagem dos

currículos, entrevista com os participantes, testes técnico-profissionais, testes

psicológicos e dinâmicas de grupo.

A área de RH deve estar atenta às leis em que são reservadas vagas a

determinados grupos de pessoas, como por exemplo, Portadores de Necessidades

Especiais, e deve-se ter um esforço para propiciar as melhores condições de

trabalho para os mesmos. Para o autor Lacombe (2005) o mais correto seria as

áreas públicas se preocuparem em dar atenção a isso e não as empresas privadas.

O autor também relata, que algumas organizações possuem a política anti-

nepotismo, onde não é possível contratar parentes na mesma empresa, pelo fato de

ocorrer grupos informais que podem gerar situações positivas ou até mesmo

negativas para a empresa.

Quando terminado o processo de recrutamento, inicia-se o processo de

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seleção, onde é escolhido apenas um dos candidatos. Neste momento, algumas

empresas realizam exames para saber se essa determinada pessoa está apta ou

não para a vaga.

A partir do resultado positivo, a empresa passa a ter o processo de

admissão de pessoal, que solicita documentos para o cadastramento do mesmo no

banco de dados da organização, preenchimento de documentos para assinatura

entre as partes e o arquivamento dos contratos que descrevem todos os direitos do

empregado e do empregador.

2.4.2 Rescisão contratual

Toda organização tem o direito de efetuar uma admissão ou rescisão a

qualquer momento, desde esteja dentro das normas e leis trabalhistas impostas pelo

Ministério do Trabalho. Para isso, muitas empresas estão preocupadas em seguir a

risca, contratando assim, bons profissionais de recursos humanos que procuram

sempre estar atualizados.

Na visão do autor Oliveira (2008) os tipos de rescisão contratual são:

Dispensa sem justa causa: na maioria dos casos a empresa define

dispensar o empregado por não se adaptar ao trabalho ou pelo não

cumprimento das expectativas, quando ocorrer a dispensa, a empresa deve

informar ao empregado com um mês de antecedência, caso contrário,

deverá efetuar o pagamento referente a um mês de salário a título de

indenização;

Dispensa com justa causa: uma empresa tem o direito de dispensar um

empregado por justa causa quando o mesmo efetua um ato de

improbidade, incontinência de conduta ou mau comportamento,

condenação criminal, desídia no desempenho das respectivas funções,

embriaguez, violação do segredo da empresa, ato de indisciplina ou de

insubordinação; abandono de emprego, ofensa física ou verbal ao

empregador ou a qualquer um de seus colegas de trabalho, prática

constante de jogos de azar;

Pedido de demissão: um funcionário tem o direito de pedir dispensa do

contrato de trabalho contando que faça isso com um mês de antecedência,

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caso contrário, a empresa poderá no momento do cálculo da rescisão,

descontar um salário integral do mesmo a título de indenização;

Extinção da empresa ou Dispensa por motivos de força maior: No caso

da extinção de uma empresa por fato imprevisível ou por força maior, o

empregado terá o direito de receber a metade da indenização que lhe seria

devida para o caso da dispensa sem justa causa;

Término do contrato de trabalho: um empregador quando admite um

novo funcionário, tem a possibilidade de contratar com um período de

experiência de no máximo 90 dias sendo considerado um contrato de prazo

determinado, após esse período, o contrato de transforma em prazo

indeterminado. Com isso, a empresa possui total liberdade de não efetivar

este contrato após esse período, ficando livre de qualquer multa;

Rescisão antecipada ao fim do contrato de experiência pelo

empregador: caso o empregador não estiver satisfeito com o funcionário, o

mesmo poderá rescindir o contrato de trabalho antes do término do período

de experiência, contando que efetue uma indenização ao funcionário de

metade dos dias restantes do período de experiência;

Rescisão antecipada ao fim do contrato de experiência pelo

empregado: havendo rescisão antecipada ao contrato de experiência por

iniciativa do empregado, o mesmo fica obrigado a indenizar o empregador

dos prejuízos que desse fato resultarem.

Morte ou Falecimento: caso haja morte ou falecimento do empregado, a

empresa efetuará o pagamento aos dependentes ou sucessores de valores

não recebidos em vida pelos respectivos titulares, não existindo nenhum

tipo de indenização.

O autor Oliveira (2008) menciona que a dispensa sem justa causa não pode

ser realizada a qualquer momento, há condições do qual o empregado tem

instabilidade no trabalho: empregada gestante até o quinto mês após o parto;

empregado eleito ao CIPA até um ano após o seu mandato (Comissão Interna de

Prevenção de Acidentes); empregado sindicalizado ou associado que foi eleito a

direção ou representação da entidade sindical até um ano após o final de seu

mandato; o segurado que sofreu acidente de trabalho até um ano após a cessação

do auxílio-doença; suspensão contratual; e outros casos salvos conforme acordo,

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convenção coletiva, sentença normativa ou lei.

2.4.3 Folha de pagamento

A folha de pagamento contém proventos e descontos. Os proventos são: o

salário, horas extras, adicionais de insalubridade ou periculosidade, adicionais

noturnos, salário-família, diárias para viagem e ajudas de custo. Já os descontos são

compostos de quota de previdência, imposto de renda, contribuição sindical,

seguros, adiantamentos, faltas e atrasos, vale-transporte. Algumas empresas

deixam para efetuar o pagamento de seus funcionários no limite máximo exigido por

lei, ou seja, no quinto dia útil do mês subseqüente do vencido. A folha de pagamento

geralmente é realizada em cima do ponto eletrônico, onde se considera os

afastamentos faltas e atrasos.

Na folha de pagamento contém dias de trabalho do funcionário, por isso se

ele estiver afastado ou com faltas, irá ser descrito no demonstrativo. Também relata

o autor citado acima que um funcionário se afasta das atividades de trabalho por

motivo de doença por mais de 15 dias, o 16º dia em diante a empresa ficará isenta

em efetuar o pagamento de salário, pois o mesmo será afastado pelo INSS (Instituto

Nacional do Seguro Social). Todo funcionário que é filiado ao INSS precisa efetuar

uma contribuição percentual do seu salário mensalmente, de acordo com o salário

de contribuição que é determinado pela previdência social. Para o autor Marras

(2001) o final do processo da folha de pagamento é a impressão do holerite, ou seja,

um demonstrativo de pagamento que resume o crédito e débito de toda a

movimentação de um período.

Embora as atividades de folha de pagamento sejam burocráticas, elas são

da maior importância. O autor Lacombe (2005) apresenta um exemplo de uma

equipe de sucesso, cuja motivação poderia estar comprometida se a empresa não

pagasse o salário em dia ou não efetuasse o pagamento do valor combinado. Este

processo precisa ocorrer sem falhas, para que os funcionários possuam uma

segurança em relação à empresa. Os profissionais de recursos humanos executam

processo juntamente com as áreas de contabilidade, finanças e tesouraria.

Muitos outros encargos precisam estar descritos na folha de pagamento,

como por exemplo, o Imposto de Renda, o Décimo Terceiro salário, as férias e o

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Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) relacionado no quadro abaixo.

OBRIGATORIEDADES TRABALHISTAS

ÊNFASE

IR O Imposto de Renda é um imposto sobre rendimentos do assalariado inclusive a gratificação natalina, com base de cálculo na classe de renda da tabela progressiva, determinada em instrução normativa.

13º SALÁRIO

O 13º salário é uma gratificação Natalina que deverá ser tributada no mês de sua quitação, ou seja, no mês de dezembro ou na rescisão de contrato de trabalho, separadamente dos outros rendimentos do funcionário. Ela é calculada com base nos meses trabalhados durante o ano, e equivale ao valor da remuneração devida em dezembro.

FÉRIAS

Após cada período de doze meses trabalhados a partir de uma data de admissão, o funcionário fará gozo de trinta dias de férias, sem prejuízo na remuneração. O empregado perderá o direito a férias se: tiver faltas injustificadas durante o ano vigente, o mesmo perderá o direito deste período, passando a perceber menos dias de férias (conforme art. 130, incisos I a IV da CLT); se deixar um emprego e não ser readmitido antes de sessenta dias; se permanecer em gozo de licença remunerada por mais de trinta dias; se deixar de trabalhar pela paralisação total da empresa por mais de trinta dias; ou se tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou auxílio-doença por mais de seis meses contínuos.

FGTS

Segundo a Constituição Federal, é direito dos trabalhadores urbanos e rurais um Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. O empregador tem a obrigatoriedade de depositar na conta vinculada do empregado até o sétimo dia de cada mês, a importância referente a oito por cento da remuneração paga ou devida do mês anterior. O segurado só poderá movimentar esta conta se houver extinção da empresa; aposentadoria; pagamento de parte das prestações correspondentes a financiamento habitacionais.

Quadro 4: Obrigatoriedades Trabalhistas. Fonte: Adaptado de Oliveira, 2008.

No quadro 4 observa-se que as obrigatoriedades trabalhistas, são os direitos

reservados aos empregados de acordo com as leis definidas do Ministério do

Trabalho, por meio da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Para Marras (2001) a grande maioria das empresas utiliza a forma

terceirizada para o processo de folha de pagamento, que é na verdade entradas e

saídas contábeis, ou seja, de um lado a remuneração do empregado, e de outro os

descontos legais juntamente com os descontos eventuais como o vale-refeição,

faltas e atrasos conforme leis específicas. Existem muitas formas dos funcionários

tentarem intervir nessas leis trabalhistas, uma delas, seria a convenção coletiva.

As convenções coletivas de trabalho são instrumentos normativos para

firmar uma série de cláusulas acordadas entre sindicatos patronais e sindicato dos

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trabalhadores atingindo toda uma categoria profissional. Muitos sindicatos lutam

através de todos os meios possíveis que o funcionário seja mais beneficiado do que

a empresa. Na maioria das vezes, é discutido sobre aumentos salariais e maiores

benefícios aos empregados.

2.4.4 Benefícios

Nos últimos tempos observa-se que as empresas procuram satisfazer suas

necessidades ao mesmo tempo em que satisfazem as de seus funcionários. Um

exemplo disso, é a demanda crescente de escolhas por empresas que oferecem

mais benefícios que as outras no mercado de trabalho. Para o autor Marras (2001) o

benefício é um conjunto de programas ou planos que a organização pode oferecer

como algo a complementar o salário, que se somados, chega-se a remuneração

total do funcionário.

O mesmo autor citado acima tem a idéia de que as empresas oferecem

benefícios para que os funcionários tenham satisfação das necessidades básicas,

auxiliando na manutenção dos mesmos e obtendo assim um baixo índice de

rotatividade e ausências, dando uma boa qualidade de vida aos funcionários e até

mesmo reduzindo o estresse.

Na visão de Souza (2005) os benefícios não estão ligados a fatores de

desempenho, pois são concedidos aos empregados de forma igualável

independentemente de sua performance. Os mesmos passaram a ter considerável

importância a partir da Segunda Guerra Mundial, na tentativa do governo diminuir os

problemas sociais emergentes. Alguns benefícios são mais freqüentes, destacando-

se o seguro de vida, assistência médica e odontológica, previdência privada, auxílio-

educação, transporte, alimentação e cesta básica.

O autor Marras (2001) concorda com esses benefícios citados acima

complementando que uma empresa poderá investir em mais alguns benefícios, tais

como: festas aos empregados, prêmio de participação nos resultados ou lucros,

horário flexível, convênios e restaurante. Este mesmo autor relata que também

existem aqueles benefícios oferecidos aos funcionários conforme demanda a lei, tais

como: 13ºsalário, salário-família, férias e salário-maternidade.

Alguns benefícios influenciam na jornada de trabalho do empregado, como o

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vale-transporte, por exemplo, se o local de trabalho for de difícil acesso e sem

locomoção pública, a empresa é obrigada a computar como horas trabalhadas

(horas in itinere) o tempo despendido pelo funcionário até chegar no local.

2.4.5 Jornada de Trabalho

Um contrato de trabalho precisa constar todos direitos e deveres de um

empregado diante a empresa contratante, e inclui-se a jornada de trabalho. “A

duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada,

não excederá de oito horas diárias, desde que não haja expressamente outro limite”

diz o autor Oliveira (2008 apud artigo nº 58 da CLT). Essa duração poderá exceder

até 2 horas diárias, logo o funcionário poderá trabalhar no máximo 10 horas por dia,

conforme descrito no quadro a seguir.

Segunda Terça Quarta Quina Sexta Sábado Domingo

7h20‟ 7h20‟ 7h20‟ 7h20‟ 7h20‟ 7h20‟ DSR

8h 8h 8h 8h 8h 4h DSR

Quadro 5: Jornada de Trabalho. Fonte: Adaptado de Gonçalves, 2003.

Observa-se que um empregador pode escolher a carga horária de acordo

com suas necessidades, não esquecendo que o limite normal de carga horária de

trabalho é de 8 horas diárias e 44 horas semanais. Observa-se também, que

somando às 44 horas semanais, o funcionário tem direito ao DSR (Descanso

Semanal Remunerado), onde o funcionário tem o direito de repousar 24 horas

consecutivas, preferencialmente aos domingos.

Guimarães (2000) enfatiza que entre duas jornadas de trabalho (8 horas

diárias de um dia para o outro) o funcionário tem direito a 11 horas consecutivas de

descanso além das 24 horas de DSR, ou seja, essas 11 horas de descanso diário

não será influenciada com as 24 horas de descanso semanal, ao qual se soma com

as 11 horas (possibilitando então, somar 35 horas de DSR).

Existe a possibilidade de uma empresa trabalhar com o banco de horas, ou

seja, um acordo firmado em convenção coletiva pode fazer com que as horas

trabalhadas a mais num dia, sejam convertidas em horas de folgas (não podendo

ultrapassar de 10 horas diárias trabalhadas). Outra forma parecida com o banco de

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horas é o acordo de compensação, onde é possível fazer até 2 horas de trabalho a

mais do que o normal, contando que seja possível folgar essas horas dentro da

mesma semana (GONÇALVES, 2003).

Ainda o autor citado acima, mostra que é importante saber que os

empregados menores, telefonistas e cabineiros de elevador não podem possuir

regime de compensação de horas, banco de horas, justo que, não podem prorrogar

suas jornadas de trabalho, salvo força maior. Ainda é importante salientar, que o

horário de trabalho deve estar anotado na carteira de trabalho ou em uma ficha de

registro do empregado, bem como assinar um contrato expondo o horário a ser

realizado. O empregador deve elaborar um controle de ponto que marca o horário de

entrada, saída e intervalos assinada pelo empregado (empresa com um número

superior a 10 empregados).

Muitas empresas estão buscando a melhor forma de gerenciar pessoas,

através do horário flexível, onde muitas empresas utilizam à forma mais agradável

aos funcionários, ou seja, deixar que os mesmo gerenciem seus horários de

trabalho, contando que seu trabalho esteja em dia. Mas isto é uma tendência que

muitas empresas estão começando a usufruir, obtendo na maioria das vezes um

menor turn-over (saída e entrada de funcionários - rotatividade) e absenteísmo

(ausências) na empresa.

2.5 Tendências e Perspectivas para a Gestão de Pessoas

Com a globalização e com o contexto competitivo das organizações, a

gestão de pessoas está no centro das atenções. São as pessoas que fazem à

diferença nas empresas, e é neste sentido, que o importante é adotar as melhores

práticas de gestão, aquelas que contribuam gerando valor para a empresa perante

seus clientes, investidores, próprias pessoas da organização e para a comunidade.

Acredita-se que á alguns anos, todas as organizações estarão conduzindo

pessoas de forma mais complexa, tanto pelas expectativas da própria organização

como pela relação entre a pessoa e a empresa. Será preciso definir quais são as

competências demandadas pela empresa e pela sociedade, para que rapidamente

as pessoas da organização incorporem esses segmentos. A preparação para o

futuro de uma organização exige dois investimentos, o da modernização na gestão

de pessoas, e no estímulo ao desenvolvimento das pessoas por si próprias. As

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pessoas não estão acostumadas a desenhar suas carreiras, por este motivo será

necessário criar condições para que elas possam visualizar isso dentro da empresa

(DUTRA, 2006).

A cada dia as tendências das organizações é que mantenham um pequeno

órgão central de recursos humanos com alto nível de conhecimento e grande

domínio do assunto, para apoio aos gerentes de linha e consultoria interna. Será

necessário essa área participar intensamente na formulação e implementação de

estratégias da empresa, onde as mesmas dependem intensamente de pessoas para

alcançá-las. Os profissionais da área de recursos humanos terão que dominar as

informações da empresa, para que seja divulgado tudo á seus empregados de forma

rápida e dinâmica (LACOMBE, 2005).

Comenta o autor Ribeiro (2006) que os profissionais de Recursos Humanos

possuem uma visão que o líder “linha dura” que diz “manda quem pode, obedece

quem tem juízo” não deve existir mais, por que não há espaço para práticas

agressivas à qualidade de vida no trabalho. Os conceitos hoje forçam aos

profissionais de recursos humanos a ter e desenvolver um perfil com habilidades no

tratamento com as pessoas não estando só ligadas as rotinas do seu trabalho, mas

sim, buscando estratégias empresariais para lidar com o material mais frágil das

organizações: o ser humano (RIBEIRO, 2006).

Para Lacombe (2005) uma das tendências na área de recursos humanos, é

a terceirização. Não necessariamente a área como um todo, mas como um exemplo

poderá se terceirizar os serviços jurídicos, contábeis e até mesmo uma

administração de contratos dessas atividades terceirizadas. Para este mesmo autor,

talvez seja uma desvantagem ter a diminuição do vínculo entre a empresa e as

pessoas, porque se obtém um aumento na responsabilidade de cada um ter seu

próprio crescimento. A cada dia, precisa-se interpretar e utilizar os novos conceitos

de recursos humanos, para que as empresas não tenham um discurso moderno na

gestão de pessoas e uma prática antiquada. Os autores desta pesquisa foram

selecionados para abordar o assunto da pesquisa de forma teórica, com a finalidade

de relacionar a teoria com a prática após os resultados obtidos.

Muitos autores relatam a importância de identificar a percepção dos

envolvidos nos processos, para que se obtenha a melhor performance e qualidade

esperada nos serviços prestados, que neste caso, ocorre internamente (de um

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funcionário para o outro). É no contexto destes autores citados na fundamentação,

que se criou uma pesquisa para identificar a percepção de um grupo de

funcionários, ao implementar uma nova área de recursos humanos, que possui a

finalidade de fazer com que os funcionários desta área estejam mais focados na

estratégia da empresa.

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3 DESENVOVILMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Este capítulo aborda o resultado da pesquisa de campo realizada na empresa

Seara Alimentos S/A, destacando a caracterização da empresa e os objetivos do

trabalho.

3.1 Caracterização da organização

A Seara Alimentos S/A é líder na exportação de cortes de frango, com

qualidade nos serviços reconhecidos em diversos mercados internacionais. É uma

das maiores empresas do país no segmento de aves e carnes processadas, com

forte atuação na linha de produtos cortados e desossados de frango. Possui onze

regionais de vendas espalhados pelo Brasil e exterior, além de contar com a matriz

situada na cidade de Itajaí e as nove unidades de negócio situadas em: Dourados /

MS, Forquilhinha / SC, Itajaí / SC (Braskarne), Itapiranga / SC, Jacarezinho / PR,

Jaraguá do Sul / SC, Nuporanga / SP, Seara / SC, Sidrolândia / MS.

Foi fundada em 1956, na cidade de Seara (oeste SC). No inicio da década

de 80 a Ceval, adquiriu a Seara, conservando a marca já consolidada no mercado e,

impulsionando a sua capacidade de investimentos, ampliou o número de unidades

industriais, dotando-as de tecnologia adequada ao seu mercado de atuação.

Em 1997, a Bunge International Limited, um dos principais competidores

mundiais no mercado de agrobusiness, assumiu o controle acionário da Ceval

iniciando uma nova reorganização de seus negócios, especializando-a em produtos

de soja e seus derivados. Como conseqüência dessa nova estratégia de

companhias especializadas, em dezembro de 1998, foi realizada a cisão da divisão

carnes da Ceval e imediata constituição da Seara Alimentos S.A., que iniciou suas

atividades como empresa independente em janeiro de 1999.

Com sede em Itajaí, onde possui um terminal privado de cargas frigoríficas, o

primeiro no País a Seara opera de forma verticalizada e totalmente integrada, com

matrizes, ovos, incubatórios, engorda e terminação de aves e suínos, produzindo

integralmente as rações empregadas na alimentação de seu plantel.

Em fevereiro/2005 a Seara foi adquirida pela Cargill: uma das mais

importantes empresas de alimentos do mundo, com mais de 142.000 funcionários

em 61 países nos cinco continentes. No Brasil desde 1965, são mais de 25.000

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funcionários entregando soluções diferenciadas em mais de 200 localidades. A

Cargill desempenha um papel importante no crescimento da agroindústria brasileira,

sua presença é marcante na exportação de soja e de açúcar, no processamento do

cacau, além de ser um importante fornecedor de ingredientes para a indústria

alimentícia nacional.

A Cargill é fornecedora internacional de produtos e serviços nos setores de

alimentação, agricultura e gestão de riscos. A Cargill tem o compromisso de utilizar

seu conhecimento e experiência para colaborar com clientes, ajudando-os a

alcançar o sucesso. No Brasil há 40 anos, a Cargill tem o perfil de uma companhia

diversificada. Suas raízes estão ligadas ao setor do agronegócio, sendo também

uma das indústrias de alimentos mais importantes no País. Com a sua matriz em

São Paulo (SP), a empresa tem unidades industriais e escritórios em cerca de 180

municípios brasileiros e possui mais de 20 mil funcionários.

No Brasil desde 1965, a Cargill tem o perfil de uma empresa diversificada.

Suas raízes estão ligadas ao segmento do agronegócio, mas é também uma das

mais importantes indústrias de alimentos do país.

A Cargill tem um comprometimento com a área social em todos os seus

aspectos: éticos, padrões de preservação de meio ambiente, segurança no trabalho,

benefícios e incentivos aos funcionários, envolvimento na comunidade e valorização

das diferenças encontradas em cada uma das comunidades em que está presente.

3.1.1 Portfólio de produto

A empresa conta com portfólio muito diversificado, e os principais produtos

são: pratos prontos, linha light, frangos, suínos, banha, empanados, hambúrguer,

ingredientes para feijoada, lingüiça e curados, mortadela, presuntaria, salames,

salsichas, pão de queijo; além de contar com a linha festa Seara, vendida em

épocas de festa como o Natal.

O que reforça a marca e principalmente a qualidade dos produtos. Qualidade

que a diferencia e reflete a preocupação em fazer o melhor, desde a seleção das

matrizes de aves e suínos até o produto final. E é na própria história que agora a

empresa estabelece os alicerces para enfrentar os desafios e conquistar novas

oportunidades.

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3.1.2 Visão, missão e política da empresa

A empresa pesquisada tem como visão de “ser reconhecida como a melhor

empresa de carnes pela qualidade, competitividade, lucratividade e

sustentabilidade”. E a missão de “produzir e comercializar nossos produtos e

serviços com valor diferenciado a custos competitivos, além de atuar na melhoria

contínua de processos, produtos e serviços”. Já a visão organizacional, é o que a

empresa pretende ser no futuro, razão pelo qual, as pessoas trabalham, investem ou

fazem negócios pela organização.

Para os autores Chiavenato e Sapiro (2003) uma missão organizacional se

trata de declarações do propósito e do alcance da organização em termos de

mercado e produto, estando associada ao negócio do ambiente em que está

envolvida. Missão, se refere à função da empresa dentro da sociedade em que está

atuando, significando sua razão de permanecer nela. Já a visão organizacional, é o

que a empresa pretende ser no futuro, razão pelo qual, as pessoas trabalham,

investem ou fazem negócios pela organização. O desenvolvimento de visão e

missão em uma organização, na maioria das vezes destaca o crescimento, ou seja,

atingir o desejo de aumento dos rendimentos e lucros da organização.

O desenvolvimento de visão e missão em uma organização, na maioria das

vezes destaca o crescimento, ou seja, atingir o desejo de aumento dos rendimentos

e lucros da organização. Uma empresa precisa, além de uma missão e visão, de

políticas internas e externas, para manter alinhadas essas metas com os seus

parceiros. O autor Dutra (2006, p. 17) afirma que as políticas “são princípios e

diretrizes que distinguem decisões e comportamento das pessoas perante a

empresa e da própria empresa”. A empresa Seara Alimentos S/A, possui os “10

mandamentos” como política, mas por normas de Proteção da Informação, não foi

possível a publicação do mesmo.

3.1.3 Objetivos e estratégias

As organizações têm objetivos relacionados às desafios pontuais, dirigindo

todos os esforços da organização para os resultados esperados conforme os

objetivos definidos. Para Maximiano (2000) planejar é definir objetivos e formas para

que sejam realizados, ou seja, a parte mais importante de um plano empresarial.

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Para este mesmo autor, uma empresa deve observar as forças existentes antes de

traçar algum objetivo, ou seja, forças internas (motivações, disponibilidade, escassez

de recursos) e as forças externas (concorrência, fornecedores, clientes). A empresa

em estudo, Seara Alimentos S/A, tem como objetivo ser líder global em alimentação.

Maximiano (2000, p. 203) comenta que “Estratégia é a seleção dos meios, de

qualquer natureza, empregados para realizar objetivos”, e ainda menciona que

Aristóteles dizia: A finalidade da estratégia é a vitória. Complementando os autores

Chiavenato e Sapiro (2003) a estratégia já era conhecida a milhares de anos,

quando algum arquiteto egípcio mostrava uma estratégia de construção de uma

pirâmide, escolhendo o lugar certo, mapearem as fontes de suprimentos de pedras,

cortá-las em tamanhos grandes e iguais, trazê-las em embarcações, elevá-las as

alturas, e assim por diante.

3.1.4 Organograma

Toda organização deve ter sua própria estrutura, sendo considerada por meio

de um determinado organograma que é uma representação gráfica de seu

funcionamento. A empresa Seara Alimentos S/A, conforme figura 2, possui um

modelo de estrutura funcional, demonstrando uma melhor visão do trabalho e

evidencia um planejamento do processo de execução e divisão do mesmo.

Figura 2: Organograma da empresa. Fonte: Dados Secundários.

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50

Conforme é observado na figura acima a empresa Seara Alimentos S/A,

possui uma adequada divisão de responsabilidades. Para Maximiano (2000) a

divisão vertical do trabalho (que vai das funções chegando até os cargos) tem o

objetivo de distribuir as autoridades em níveis. A figura 3 apresenta a organização

da área de RH, onde o estudo foi realizado.

Figura 3: Organograma da área de Recursos Humanos. Fonte: Dados secundários.

Na figura acima se observa que a área de Recursos Humanos possui uma

distribuição de atividades bem especializada. A divisão do trabalho germina uma

especialização. Cada grupo de pessoas, mediante a divisão do trabalho, torna-se

especializada numa determinada tarefa. Isso significa que organizações procuram

criam numerosos departamentos para cada função ou tarefa (MAXIMIANO, 2000).

3.1.5 Principais clientes

A empresa está fortemente voltada ao mercado externo, por este motivo,

possui escritórios comerciais em Buenos Aires - Argentina, Amsterdã - Holanda e

Cingapura – Ásia, para um melhor atendimento á seus clientes, visto que seus

principais clientes estão no mercado externo.

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51

3.1.6 Concorrentes

A empresa Seara Alimentos S/A está voltada ao ramo de agronegócios, onde

seus principais concorrentes são as deste ramo.

3.1.7 Fornecedores

A Seara Alimentos S/A, por meio do sistema da qualidade, mantém o

processo contínuo de aquisição e seleção de seus fornecedores. Os materiais

produtivos e serviços que afetam diretamente a qualidade são adquiridos de fonte de

fornecimento aprovada ou de fornecedores que demonstrem sua capacidade em

atender os requisitos especificados.

A empresa Seara Alimentos S/A apóia que em qualquer parceria com

fornecedores é importante manter uma visão clara de padrões de qualidade,

competitividade, capacidade tecnológica, abastecimento contínuo e a disposição

permanente de inovar tanto em produtos quanto em modelo de negócios. As

informações sobre a caracterização da empresa foram retiradas do próprio site da

empresa (www.seara.com.br).

3.2 Resultados da Pesquisa

Este item apresenta o resultado do estudo realizado na empresa Seara

Alimentos S/A, visando obter a percepção das unidades quanto à realização dos

serviços do departamento Centro de Operações de Recursos Humanos, por meio

dos objetivos específicos que foram: identificar cada macro-processo realizado pelo

CORH; identificar a percepção dos funcionários de cada unidade em relação aos

serviços prestados pelo CORH; identificar a percepção dos responsáveis pelo RH de

cada unidade em relação aos serviços prestados pelo CORH; comparar e

correlacionar os resultados das unidades pesquisadas; apresentar ações de

melhorias necessárias.

3.2.1 Identificação dos macro-processos realizados pelo CORH

O Centro de Operações de Recursos Humanos é uma estrutura moderna e

adaptada às novas exigências de mercado, sendo seu objetivo principal centralizar e

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padronizar grande parte da demanda operacional de processos do RH de todas as

unidades Seara. Esse objetivo está atrelado a teoria de França (2007) onde

normalmente a atividade é utilizada para um mesmo fim (neste caso o fechamento

da folha) onde cada um faz uma parte do processo para chegar a um mesmo

objetivo, conseqüência disso é o alto nível de especialização em cada uma das

fases.

Muitos processos já foram centralizados como é o caso das células de:

admissão, benefícios, folha de pagamento, ponto e rescisão; tendo a finalidade de

agilizar e padronizar os processos que passam a ficar concentrados na matriz,

permitindo que as unidades possam se dedicar mais a suas atividades estratégicas.

Pelo fato da estudante trabalhar neste departamento, foi possível a coleta de dados

através de entrevistas com os profissionais de cada célula, explicando como

funciona cada um dos macro-processos e também, através de materiais existentes

na empresa devido ao projeto de centralização.

A célula de admissão possui um manual de procedimentos (o qual não foi

possível a publicação neste estudo, por tratar-se de política interna da empresa) que

informa passo a passo o que deve ser feito pela unidade e as responsabilidades que

o CORH atribuiu com a centralização. As unidades efetuam todo o processo de

recrutamento e seleção, coleta de documentos, e em seguida os envia ao CORH

para a digitação da admissão.

Com isso, a célula de admissão (CORH) faz todo o registro dos funcionários

no sistema Sênior (módulo RUBI), efetua o registro também na carteira de trabalho,

imprime os contratos de trabalho, e manda a foto 3X4 do funcionário para a

confecção do crachá numa empresa terceirizada. Após tudo pronto (com exceção

dos crachás) é enviado para a unidade toda a documentação junto com a carteira de

trabalho assinada por dois procuradores localizados no CORH. Os crachás são

enviados separadamente paras unidades pelo CORH, assim que a empresa

terceirizada entrega a remessa confeccionada. Esta mesma célula além de efetuar

os cadastros de novos funcionários, também é responsável na atualização desses

cadastros (endereços, estado civil, novos dependentes).

A célula de benefícios possui vários processos em que se é dividida as

responsabilidades entre o CORH e a unidade, conforme descrito abaixo. A definição

de políticas cabe à área de Remuneração & Benefícios corporativa.

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53

Farmácia: a unidade divulga o benefício aos funcionários da empresa,

entrega as carteirinhas e orienta os mesmos sempre em que há

necessidade. Já o CORH faz a importação dos dados para a folha de

pagamento, realiza os pagamentos, bem como efetua a conferência dos

valores lançados;

Seguro de vida: O principal documento deste processo é a Apólice de

Seguro de Vida que deve ser assinada por cada funcionário, desta forma, a

célula de admissões emite este documento juntamente com todos os

documentos admissionais, a unidade apresenta o benefício aos

funcionários, explica quem pode ser beneficiário e assegura que cada

funcionário assinou a sua apólice. Mensalmente, a célula de Benefícios

envia a Seguradora o arquivo contemplando todos os funcionários e seus

salários base para cálculo do valor a ser pago, posteriormente a

Seguradora emite a fatura que é encaminhada para o pagamento pelo

CORH;

CargillPrev: a documentação para concessão do empréstimo CargillPrev é

encaminhada pela unidade, onde o CORH fica responsável pela importação

das parcela em folha de pagamento e pelo repasse do valor ao fornecedor;

SearaPrev: o SearaPrev é o Plano de Previdência Privada da empresa,

onde cabe ao RH da Unidade apresentar o plano aos novos contribuintes e

garantir que cada um formalize a sua opção. O CORH é responsável pelo

input dos dados na folha de pagamento e pelo pagamento dos valores ao

fornecedor. Ainda, quando houver desligamento do funcionário contribuinte

ou quando o mesmo estiver apto a uma aposentadoria, cabe ao RH da

Unidade a apresentação das opções ao mesmo e o encaminhamento da

documentação para a gestora do plano;

Transporte: a unidade apresenta o benefício aos funcionários e formaliza a

opção dos mesmos que deve ser atualizada no sistema. O CORH é

responsável pela inclusão de novas linhas e pela alteração de preços

sempre que solicitado pela unidade;

Plano de saúde: a unidade é responsável por apresentar o plano aos

novos colaboradores e pela formalização da opção junto ao funcionário, ou

seja, verificar a opção e colher a assinatura no termo de adesão ou não

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adesão. O assinalamento no sistema de novos funcionários que optaram

pelo plano é feito pela Unidade. Assinalamentos de exclusões e de novos

dependentes com plano são feitos pelo CORH, bem como o envio do

arquivo com todas as Inclusões, exclusões e alterações do mês.

As faturas são direcionadas pelo prestador de serviços para o CORH que

importa os dados necessários para o sistema, efetua a conferência e por fim

encaminha as faturas para pagamento;

Refeição: o CORH é responsável pelas alterações de valores no sistema

sempre que solicitado pelo RH da Unidade, e a unidade faz o

acompanhamento do contrato com a empresa prestadora de serviço. E para

as unidades que possuem o controle de acesso ao restaurante pela catraca,

o RH juntamente com o gestor da área é responsável pela verificação de

possíveis irregularidades;

Cartão alimentação: Este processo ocorre somente para a Unidade de

Dourados, onde o RH da Unidade apresenta o benefício para os novos

funcionários. Mensalmente o CORH providencia o crédito no cartão dos

funcionários (sempre no dia 20) e o encaminhamento da fatura para

pagamento. A Unidade deve assegurar a entrega dos cartões enviados aos

novos funcionários.

Já a célula de folha de pagamento do CORH é responsável pelo fechamento

da folha (transferências de funcionários entre unidades/locais/centro de custo;

alterações de cargo; lançamentos; cálculo e conferência; impostos - INSS, FGTS,

IRRF; declarações - CAGEG, RAIS, DIRF), e as unidades colaboram com esse

fechamento mensal, no sentido de garantir a veracidade das informações. As

unidades também possuem a responsabilidade de manter o relacionamento direto

com os funcionários que procuram o RH para entender a sua folha de pagamento.

Quanto à célula do ponto os processos são variados, possibilitando ao CORH

uma visão abrangente do funcionamento da unidade. Estes processos começam na

unidade com o controle de faltas/cartão ponto e escala de horário chegando até o

CORH com as digitações de ausências legais, justificativas de faltas, troca de

horários e afastamentos, conforme descritas abaixo.

Afastamento: a unidade recebe o atestado do funcionário e o digita no

sistema, se o atestado for superior a 15 dias de repouso, será necessário

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enviar ao CORH para que o mesmo analise e digite o afastamento no

sistema a partir do 16º dia. Após esse procedimento, a unidade deve

manter um controle do período de afastamento, enviando ao CORH o

comunicado de decisão do INSS para que seja informada no sistema a data

prevista para o retorno do funcionário (além de agendar com o médico do

trabalho uma consulta para que o funcionário receba um atestado de saúde

ocupacional - ASO, com a finalidade de saber se o mesmo está apto ou não

para o trabalho);

Criação/Troca/Programação de escalas e pontes: a unidade possui todo

um controle quanto às escalas de horários de seus funcionários. Quando há

uma necessidade de criação de novos horários, o pedido é realizado para o

CORH, onde o mesmo calcula o máximo de horas trabalhadas permitidas

conforme a CLT, cria uma nova escala de horário para a unidade, efetua a

alteração de horários de trabalho dos funcionários envolvidos e envia a

documentação referente a esta troca (se a alteração for temporária, a

programação é feita e não é necessário documentação). Também existe a

possibilidade dos funcionários trocarem um dia normal de trabalho com um

feriado, se conseguirem mais de 50% de assinaturas da unidade envolvida

(trabalhando em um dia de feriado, e folgando em um dia normal de

trabalho - muitas vezes a finalidade é 'emendar' um final de semana). Esse

procedimento é chamado de ponte, onde a unidade envia o documento com

o percentual de assinaturas para que o CORH efetue a programação da

'ponte' no sistema;

Acertos no cartão ponto: qualquer tipo de dispensa é predominantemente

realizado pelo CORH, desde decisões do responsável do funcionário até

paradas na produção, sendo necessário a unidade enviar ao CORH a data,

quantidade de horas e o motivo da dispensa; quanto a faltas justificadas,

ausências legais e suspensões também é o CORH que efetua a digitação,

mas é necessário que a unidade envie cópia do documento que comprove

que o funcionário realmente precisou se ausentar do trabalho.

No processo de rescisão, o gestor comunica ao RH unidade a intenção de

demissão que, após este processo, levanta todas as informações necessárias para

efetuar um desligamento do funcionário da empresa (possíveis empréstimos,

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observar o ponto, estabilidade, cumpre o roteiro de desligamento - verificando se há

algum tipo de impedimento) e envia ao CORH a decisão. O mesmo calcula a

demissão (verificando extrato de fundo de garantia por tempo de serviço junto a

Caixa Econômica Federal), programa o pagamento, imprime todas as

documentações necessárias e envia para a unidade, onde é entregue ao

funcionário, dar-se baixa na carteira de trabalho, efetua homologação no sindicato

quando necessário e arquiva a pasta do funcionário em um arquivo inativo.

Ainda a célula mencionada acima, além de ser responsável pelas rescisões

de toda a empresa, também é responsável pelas rescisões complementares (acordo

coletivo de trabalho – pessoas que saíram depois da decisão do acordo coletivo de

trabalho, mas que não receberam conforme havia sido atualizado; Prêmio de

Participação nos resultados que ocorre durante o ano fiscal, mas que é efetuado o

pagamento após dois meses o término deste período – pessoas que saíram após o

término do ano fiscal e que possuem direito ao prêmio).

Conforme o autor Davenport (1994 apud COUTINHO e KALLÁS, 2005, p.60)

“cada processo tem seu nível de importância, mas existem aqueles processos

„chaves‟ que são os mais importantes para o funcionamento de uma área ou até

mesmo da empresa, também conhecidos como „macro-processos‟”. E é neste

contexto que a empresa identificou macro-processos, os relatados acima, dos quais

foram centralizados alguns dos processos existentes no amplo dos mesmos.

Todas as células foram criadas com o intuito de padronizar estes processos, e

possibilitar sobra de tempo às unidades para o atendimento direto com os

funcionários e explorar as estratégias da empresa. Mas ainda não foi realizada uma

pesquisa que encorajasse as unidades a informar suas opiniões quanto a esta

centralização. Por este motivo realizou-se esta pesquisa, obtendo respostas válidas

para o aprimoramento de cada célula do CORH.

3.2.2 Identificação do perfil dos participantes da pesquisa

Neste item, é importante observar que para a realização de uma pesquisa é

necessário a identificação do perfil dos envolvidos, até mesmo para auxiliar na

compilação dos dados, devido às circunstâncias e para futura tomada de decisão

com base no resultado da pesquisa.

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No quadro 6 encontra-se o perfil dos envolvidos na centralização do CORH,

no qual foi aplicada a pesquisa.

DADOS BRK CML DDO FRQ IPX JCZ JRG MTZ SEA SDR NUP %

TOTAL

Sexo F

Sexo M

2 1 3 4 6 3 4 1 2 5 2 73%

- - 3 2 - - 1 - 3 1 2 27%

0 > 25 anos de

idade

0 < que 25 anos de idade

- - 1 1 1 - 1 1 2 1 1 21%

2 1 5 5 5 3 4 - 3 5 3 79%

0 > 1 ano de

empresa

0 < 1 ano de

empresa

1 - 2 1 - 1 - 1 1 2 2 25%

1 1 4 5 6 2 5 - 4 4 2 75%

Solteiro

Casado

Outros

1 1 1 3 3 1 2 1 3 4 4 51%

1 - 5 3 3 2 2 - 1 2 1 43%

- - - - - - 1 - 1 - 1 6%

Quadro 6: Perfil dos pesquisados. Fonte: Dados primários.

Observa-se neste quadro, que existem funcionários que estão a pouco tempo

na empresa, mas já possuem opiniões e anseios quanto aos serviços prestados pelo

CORH. Percebe-se que todas as unidades possuem 75% do quadro de funcionários

com um tempo de empresa maior do que um ano, significando assim, que a

empresa nessa área de administração de RH consegue reter os talentos existentes.

Onde se encontra a letra F lê-se feminino e onde se encontra a letra M lê-se

masculino, com isso, nota-se que a maioria dos funcionários (72,7%) é do sexo

feminino e de estado civil solteiro.

3.2.3 Percepção das unidades quanto aos serviços do CORH

Para atender o objetivo deste estudo, foi aplicado questionários com os

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funcionários da área de recursos humanos de cada unidade, que recebem os

serviços prestados pelo CORH. Para a tabulação consideram-se as informações

apresentadas no quadro a seguir.

INFORMAÇÕES ÊNFASE

4 ÓTIMO

3 BOM

2 REGULAR

1 RUIM

0 Resposta não opinante e não computa-se para a média total

Quadro 7: Tabulação dos dados. Fonte: Dados primários.

No quadro 7 observa-se a legenda da classificação dos resultados. Para

facilitar a análise dos dados, no final do questionário foi recomendado que se

alguma das respostas situasse no nível 2 ou 1 (regular ou ruim) poderia ser feito

algum comentário.

Esta pesquisa teve como referencial teórico o autor Ribeiro (2006) que

enfatiza as áreas da administração de recursos humanos, encontradas no centro de

operações de recursos humanos.

3.2.3.1 Percepção das unidades quanto aos serviços prestados pela célula de Admissão

O quadro 8 mostra o resultado da pesquisa com todas as unidades referente

aos processos da área de recursos humanos, enfatizando a célula de admissão.

Apenas não foi aplicado o instrumento com a unidade Braskarne, pois a mesma

alegou não utilizar com freqüência os serviços do CORH (poucas admissões).

CATEGORIAS CÉLULA DE ADMISSÃO

BRK CML DDO FRQ IPX JCZ JRG MTZ NUP SDR SEA MÉDIA TOTAL

Benefícios com a Centralização

0 3 4 2 3 3 3 3 3 3 2 2,9

Gestão do CORH 0 3 3 3 3 3 3 2 3 3 3 2,9

Comunicação 0 3 4 2 3 3 4 3 4 3 2 3,1

Papéis e Responsabilidades

0 3 4 2 3 4 4 3 3 3 3 3,2

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Atendimento e Agilidade

0 3 4 2 3 3 4 3 3 3 3 3,1

Documentação 0 3 4 2 3 3 3 3 3 3 1 2,8

Crachás 0 2 3 2 3 2 3 3 3 2 1 2,3

Atualização de Cadstros

0 2 3 2 2 3 3 3 3 3 2 2,6

Logística de transporte (tempo, organização)

0 3 3 2 3 3 3 3 2 3 1 2,6

Centralição desta célula

0 3 4 2 3 3 3 3 3 2 2 2,8

Equipe que atua nesta célula.

0 3 4 2 3 3 3 2 3 3 3 2,8

RESULTADO GERAL 0 2,8 3,6 2,1 2,9 3 3,3 2,8 3 2,8 2,1 2,8

Quadro 8: Resultado de pesquisa sobre a célula de admissão. Fonte: Dados primários.

Observa-se que as unidades possuem opiniões parecidas quantos aos

serviços prestados pela célula de admissão. Todas elas estão entre a média de 2 e

3 (bom e regular). Com essa pesquisa, obtiveram-se as seguintes observações:

Crachás: as unidades de Seara, Comercial, Jacarezinho e Sidrolândia

possuem o nível de satisfação baixo quanto a este item, onde relatam existir

momentos em que o crachá teve fotos trocadas e demoraram semanas para

chegar à unidade (até mesmo ocorrendo extravios, precisando solicitar

novamente fotos aos funcionários).

Documentação: as unidades de Seara, Jacarezinho, Forquilhinha e

Sidrolândia reclamam quanto a este processo, pois muitos funcionários

pedem demissão e a documentação de admissão ainda não chegou. E a

Matriz comenta também, que a documentação chega com erros básicos.

Atualização de cadastro: as unidades de Seara, Comercial possuem também

um nível baixo para este item, comentam que já ocorreu de encaminhar

documentos de novos dependentes para o CORH e os mesmos voltarem sem

ser lançados, ou não incluídos na UNIMED. Além de também acharem que

este processo está sendo feito de forma bastante lenta.

Nesta célula os itens obtiveram a média entre 3 e 2 (Bom e REGULAR). A

entrega dos crachás e da documentação se encontra no nível baixo de satisfação

das unidades (2,8 para documentação e 2,3 para crachás – entre o nível REGULAR

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e BOM), exigindo assim alguma ação de melhoria. Na unidade de Itapiranga esse

ponto está ótimo e não há o que melhorar já para a unidade de Seara estes pontos

devem ter uma atenção com urgência.

A centralização desta célula para todas as unidades obteve votação média de

2,8 (entre as opções: BOM e REGULAR). Também foi possível perceber que a

comunicação desta célula com as unidades está adequada, por que de 11 unidades

8 colocaram que a comunicação se encontra no nível 3 (BOM) precisando adequar

somente com as unidades de Seara e Forquilhinha.

3.2.3.2 Percepção das unidades quanto aos serviços prestados pela célula de Benefícios

Na célula de benefícios, foram realizadas questões sobre os principais

processos que a unidade está envolvida na realização, onde no quadro 9 se

encontra o resultado da mesma. As unidades Jaraguá e Nuporanga não

responderam ao questionário, alegando estar com indisponibilidade.

CATEGORIAS CÉLULA DE BENEFÍCIOS

BRK CML DDO FRQ IPX JCZ JRG MTZ NUP SEA SDR MÉDIA TOTAL

Benefícios com a Centralização

3 0 3 3 3 3 0 4 0 3 3 3,1

Gestão do CORH 3 0 4 3 4 3 0 4 4 4 4 3,7

Comunicação 3 0 4 3 3 3 0 4 4 4 4 3,6

Papéis e Responsabilidades

3 0 4 3 4 3 0 4 4 3 3 3,4

Atendimento e agilidade

4 0 4 3 4 3 0 4 4 4 3 3,7

Plano de Saúde 4 0 4 3 3 3 0 4 3 3 3 3,3

Vale Transporte 4 0 4 3 3 3 0 4 4 3 3 3,4

Seara/CargillPrev? 4 0 4 3 3 3 0 4 4 3 4 3,6

Empréstimo CargillPrev?

4 0 4 3 3 3 0 4 0 3 4 3,1

Empréstimo consignação?

3 0 4 3 3 4 0 4 4 3 3 3

Seguro de vida? 4 0 4 3 3 3 0 4 4 3 3 3,4

Processo farmácia? 4 0 4 3 3 3 0 4 4 3 4 3,6

Centralização desta célula

3 0 4 3 3 3 0 4 4 3 3 3,3

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Equipe que atua neta célula.

3 0 4 3 3 3 0 4 4 4 3 3,4

RESULTADO GERAL 3,5 0 3,9 3 3,3 3,1 0 4 3,6 3,3 3,4 3,4

Quadro 9: Resultado de pesquisa sobre a célula de benefícios. Fonte: Dados primários.

Nota-se no quadro acima, que todas as unidades possuem opiniões quase

que igualáveis quanto a esta célula. Para a célula de benefícios a pesquisa foi de

resultado satisfatório. Nenhuma das unidades indicou a opção 2 ou 1 em algumas

das alternativas (RUIM ou REGULAR), indicando apenas as opções 4 e 3 (ÓTIMO e

BOM). Isso significa que a célula está atendendo as necessidades, e deve

continuar/aperfeiçoar a agilidade e eficiência nos processos. Neste questionário,

não foi realizado nenhum comentário, pelo fato de não ser apontado nenhum

resultado inferior a 3 (bom).

3.2.3.3 Percepção das unidades quanto aos serviços prestados pela célula da Folha de Pagamento

Encontra-se no quadro 10 o resultado de pesquisa relacionada à célula de

folha de pgto (folha de pagamento), sendo que 4 unidades não responderam ao

questionário, alegando estar com indisponibilidade.

CATEGORIAS CÉLULA DA

FOLHA DE PGTO BRK CML DDO FRQ IPX JCZ JRG MTZ NUP SEA SDR

MÉDIA TOTAL

Benefícios com a Centralização

3 0 3 0 3 3 0 3 4 2 0 3

Gestão do CORH 3 0 4 0 3 3 0 3 4 3 0 3,3

Comunicação 3 0 3 0 3 3 0 4 4 3 0 3,3

Papéis e Responsabilidades

3 0 3 0 3 3 0 4 4 3 0 3,3

Atendimento e agilidade

3 0 4 0 3 3 0 3 3 3 0 3,1

Transferência? 3 0 3 0 2 3 0 3 3 3 0 2,8

Processos que contribuem para o

fechamento da folha de pagamento

3 0 3 0 3 3 0 3 4 3 0 3,1

Logística de transporte (tempo,

organização) 3 0 3 0 3 3 0 3 2 3 0 2,9

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Centralição desta célula

3 0 3 0 3 3 0 3 4 3 0 3,1

Equipe que atua nesta célula.

3 0 4 0 3 3 0 3 4 3 0 3,3

RESULTADO GERAL 3 0 3,3 0 2,9 3 0 3,2 3,3 2,9 0 3,1

Quadro 10: Resultado de pesquisa sobre a célula Folha de Pagamento. Fonte: Dados primários.

Neste quadro acima, nenhuma das perguntas obteve nota inferior a 2

(regular), mas obtive-se comentário referente ao processo de transferência realizado

pela célula folha de pagamento:

Transferência: as unidades de Nuporanga e Matriz possuem uma opinião

quanto a este processo igual a 3 (BOM), mas mencionam que há demora por

parte do CORH para a realização do mesmo, além da demora também da

documentação chegar à unidade (malotes).

Em relação à célula da folha de pagamento, o autor Lacombe (2005) diz que

a motivação dos funcionários da empresa como um todo poderia estar

comprometida se a empresa não pagasse o salário em dia ou não efetuasse o

pagamento do valor combinado. Este processo precisa ocorrer sem falhas, para que

os funcionários possuam uma segurança em relação à empresa. E neste estudo

realizado, observa-se que a empresa possui prazos para fechamento da folha,

justamente pelo fato de que o pagamento dos funcionários deve ocorrer no primeiro

dia útil de cada mês.

Percebe-se que a área de RH das unidades possui um nível de satisfação

bom (3,1) nos serviços prestados pela célula da Folha de Pagamento, além de estar

boa a comunicação entre a célula e a unidade, também se observa que está claro o

papel e responsabilidade de cada um.

3.2.3.4 Percepção das unidades quanto aos serviços prestados pela célula Ponto

O quadro 11 demonstra o resultado de pesquisa com as unidades relacionada

á célula do ponto, as unidades de Nuporanga, Sidrolândia e Comercial não

responderam ao questionário, alegando estar com indisponibilidade.

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CATEGORIAS CÉLULA DO

PONTO BRK CML DDO FRQ IPX JCZ JRG MTZ NUP SEA SDR

MÉDIA TOTAL

Benefícios com a Centralização

3 0 2 3 2 2 3 3 0 3 0 2,3

Gestão do CORH 3 0 3 3 3 3 3 2 0 3 0 2,6

Comunicação 3 0 4 3 3 4 3 3 0 3 0 3,3

Papéis e Responsabilidades

3 0 4 3 3 3 4 2 0 3 0 2,8

Atendimento e agilidade

3 0 3 3 3 3 3 3 0 3 0 2,3

AFASTAMENTOS feitos por esta célula

3 0 4 2 2 2 4 3 0 3 0 2,6

Criação, troca e programação de escalas e pontes

0 0 4 3 2 2 3 4 0 4 0 2,8

Acertos no cartão ponto

3 0 4 4 2 3 3 3 0 3 0 2,8

Processos que contribuem para o

fechamento do ponto 3 0 4 3 3 3 3 3 0 3 0 2,8

Centralização desta célula

3 0 4 3 2 2 2 2 0 3 0 2,3

equipe que atua nesta célula.

3 0 4 3 3 4 3 3 0 3 0 3,3

PESQUISA GERAL 3 0 3,6 3 2,5 2,8 3,1 2,8 0 3,1 0 2,9

Quadro 11: Resultado de pesquisa sobre a célula Ponto. Fonte: Dados primários.

Na análise das respostas relacionadas a esta célula, foi observado que as

unidades de Itapiranga e Jacarezinho precisam de uma atenção maior quanto aos

processos de afastamento e digitações gerais (dispensado, ausências legais, faltas

justificadas) visto o fato de estarem com um nível de satisfação baixo diante destes

serviços prestados pelo CORH.

A unidade de Dourados está muito satisfeita com a centralização dessa

célula, colocando apenas como nível 3 (BOM) a agilidade nos processos realizados,

para a gestão do CORH e também para os benefícios que a centralização trouxe a

esta célula na unidade. Nesse questionário da célula ponto, obtiveram-se os

seguintes comentários:

Tempo: as unidades de Dourados, Itapiranga e Matriz, comentam que alguns

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dos procedimentos ainda fazem a unidade perder muito tempo em solicitar ao

CORH para que seja digitado (digitaliza os documentos, lista, envia, recebe,

confere os lançamentos). Para estas unidades, além da demora em enviar

para o CORH realizar os lançamentos o mesmo ainda demora para o retorno,

e depois a unidade ainda precisa conferir (as vezes encontra-se erros na

digitação).

Comunicação: a única unidade que deixou comentários no questionário

quanto à clareza das responsabilidades de cada um, foi a Matriz, que

menciona esse fato como um problema para o atendimento rápido aos

gestores da unidade.

Nota-se que esta célula está no nível quase que igualável à célula de

admissão, onde o nível total se enquadra no 2,9 (consideravelmente BOM).

3.2.3.5 Percepção das unidades quanto aos serviços prestados pela célula de Rescisão

O resultado da pesquisa sobre a célula de rescisão está no quadro 12, onde

se observa a opinião de todas as unidades sobre cada processo que a mesma

executa, com exceção da unidade de Nuporanga, onde a mesma não respondeu ao

questionário, alegando estar com indisponibilidade.

CATEGORIAS CÉLULA DE RESCISÃO

BRK CML DDO FRQ IPX JCZ JRG MTZ NUP SEA SDR MÉDIA TOTAL

Benefícios com a Centralização

3 3 3 2 3 3 3 3 0 3 3 2,9

Gestão do CORH 3 3 4 3 3 3 3 3 0 3 3 3,1

Comunicação 3 3 4 3 3 3 3 3 0 3 3 3,1

Papéis e Responsabilidades

3 3 4 3 4 3 3 4 0 3 3 3,3

Atendimento e agilidade

3 2 4 3 3 3 3 3 0 3 3 3

Documentação 4 3 4 2 4 2 4 3 0 3 1 3

Logística de transporte (tempo,

organização) 4 3 4 2 4 2 3 3 0 3 1 2,9

Centralização desta célula

3 3 4 3 3 3 3 4 0 3 3 3,2

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Equipe que atua nesta célula.

3 3 4 3 3 3 3 3 0 3 3 3,1

PESQUISA GERAL 3,2 2,9 3,9 2,7 3,3 2,8 3,1 3,2 0 3 2,6 3,07

Quadro 12: Resultado de pesquisa sobre a célula de Rescisão. Fonte: Dados primários.

No instrumento para coleta de dados da célula de rescisão, observa-se que

as unidades de Sidrolândia, Forquilhinha e Jacarezinho não possuem um nível

satisfatório relativamente bom quanto aos serviços prestados pelo CORH desta

célula, visto o fato do nível estar entre 2 e 3 (BOM e REGULAR). Nota-se claramente

que os processos relacionados à documentação estão precisando de melhorias na

maioria das unidades, principalmente nas três citadas acima.

Para a unidade Comercial, falta também domínio do processo por parte dos

profissionais desta célula, pois efetuam consultas freqüentes ao coordenador do

CORH, demonstrando falta de entendimento. Nesse questionário, obtiveram-se os

seguintes comentários:

Documentação: as unidades de Forquilhinha, Comercial e Sidrolândia

comentam sobre este mesmo processo, onde a documentação não chega em

tempo hábil na unidade, e muitas vezes fora do prazo de homologação da

rescisão no sindicato.

Conclui-se que esta célula se encontra no nível BOM de satisfação das

unidades (3,07), porém, precisa que maior atenção seja fornecida ao processo de

envio dos documentos para as unidades.

3.2.4 Percepção dos responsáveis pela área de RH de cada unidade quanto aos serviços prestados pelo CORH

Além de saber a opinião dos funcionários envolvidos na centralização dos

processos da área (CORH), foi aplicada também um questionário de questões

abertas com os responsáveis de cada unidade pela área de administração de

recursos humanos. Com essa pesquisa pode-se obter, melhores esclarecimentos

quanto à opinião dos serviços prestados por cada célula para cada unidade, além de

saber da opinião de cada um perante a satisfação da criação do centro, conforme se

descreve no quadro abaixo.

Na unidade Comercial e na Matriz não foi necessária a realização desta

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pesquisa, pelo fato do gestor do CORH ser responsável pelas mesmas. Essa

pesquisa teve o mesmo referencial teórico utilizado na pesquisa com os funcionários

de cada célula das unidades, onde no quadro 13 podem-se observar os dados

obtidos com a mesma, das perguntas de 1 a 5.

PESQUISA DE SATISFAÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADOS

PELO CORH RESPOSTAS

1 – Como você avalia a comunicação entre o CORH

e a sua unidade?

Para a maioria das unidades a comunicação do CORH está boa, mas para Seara é necessário a comunicação ao RH unidade de processos previstos pelo CORH e para Jaraguá é necessário melhoria quanto à agilidade em responder e-mails. E a unidade de Dourados concorda com Seara no sentido de pontuar a comunicação como um nível BOM, mas que se para ser ótimo seria importante ter um relacionamento construtivo (ajudando uns aos outros). Já a unidade de Jacarezinho apenas comenta sobre o problema que há na liberação de acessos, onde a comunicação “para fazer acontecer” poderia ser menos burocrática. Em Sidrolândia, houve reclamações quanto a problemas que ocorrem e que eles mesmos precisam descobrir, não ocorrendo comunicação prévia do CORH sobre os problemas (em catracas e relógios, por exemplo). Na unidade de Jaraguá a proposta é criar “alguém” que apenas dê atenção às unidades quanto às dificuldades e oportunidades para as mesmas.

2 – Como estão os serviços prestados pelo CORH quanto aos processos de Admissão?

As unidades de Dourados, Seara, Jaraguá e Braskarne, comentam a demora do retorno da documentação e crachás para a unidade, e até mesmo extravios dos crachás precisando pedir novas fotos aos funcionários gerando transtornos, além da CTPS vir com a documentação sendo que o correto seria devolver ao funcionário em 48horas. Já as unidades de Jacarezinho, Itapiranga, Forquilhinha, Sidrolândia e Nuporanga comentam sobre os erros nas digitações, onde gera retrabalho nos processos de cadastramento, impressão de documentos e assinaturas.

3 - Como estão os serviços prestados pelo CORH quanto aos processos de

Benefícios?

Quase todas as unidades comentaram que o atendimento está ótimo, recebendo todas as orientações necessárias e o retorno é ágil e eficiente. A única unidade em que o nível de satisfação está BOM, é Forquilhinha, que comenta ser muito mais ágil se o CORH criasse mecanismos eletrônicos de envio de documentos.

4 - Como estão os serviços prestados pelo CORH quanto aos processos de

Folha de Pagamento?

As unidades comentaram que esta célula possui um atendimento ótimo e agilidade nas informações e soluções eventuais. Já as unidades de Forquilhinha e Seara possuem um nível de saisfação BOM, pois ainda é necessário a melhoria nas respostas e-mails que muitas vezes não não se recebe resposta.

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5 - Como estão os serviços prestados pelo CORH quanto

aos processos do Ponto?

As unidades de Dourados, Jaraguá, Forquilhinha, Nuporanga, Sidrolândia e Braskarne comentam que esta célula é ágil, e está sempre disposta a ajuda-los explicando cada processo se preciso, mas que há alguns problemas nas catracas e consequentemente, nas leituras do ponto. Contrariando esses comentários, as unidades de Jacarezinho, Itapiranga e Seara relatam ter processos que demoram a serem realizados além de ocorrerem erros nas digitações causando retrabalho para a unidade (pois precisam conferir e enviar um outro e-mail de solicitação para corrigir os erros e depois conferir novamente).

Quadro 13: Resultado de pesquisa geral com as unidades, questões de 1 a 5. Fonte: Dados primários.

Com estas questões foi possível observar assuntos referentes a

comunicação, processos das células de admissão, benefícios, folha de pagamento e

ponto. No quadro 14 podem-se observar os dados obtidos na pesquisa com os

responsáveis, das perguntas de 6 a 10.

6 – Como estão os serviços prestados pelo CORH quanto aos processos de

Rescisão?

Nesta célula, o nível de satisfação está ótimo nas unidades, as rescisões chegam no prazo e a equipe está ótima no suporte e no atendimento. Mas a unidade de Jacarezinho e Sidrolândia contrariam essas opiniões, comentando que as rescisões não chegam no prazo e há problemas com o formulário de seguro desemprego. E a unidade de Forquilhinha comenta igualmente as outras quanto ao suporte e atendimento, mas acrescenta que o nível de satisfação fica baixo devido aos erros nos cálculos.

7 – De forma geral, qual a sua percepção quanto a todos os serviços

prestados pelo CORH?

As unidades de Jacarezinho, Seara, Nuporanga, Jaraguá, Sidrolândia e Itapiranga possuem uma visão boa quanto a centralização dos processos, pois ganharam na padronização, mas acreditam que alguns destes processos impossibilitaram a unidade em ter agilidade (tais como dispensas e ausências legais). Já as unidades de Dourados, Forquilhinha e Braskarne, o comentário é que há vários pontos sobrecarregados onde a eficiência e a agilidade são comprometidas por este fator, e seria importante melhorar na receptividade e no atendimento com as unidades (se mostrar com intenção de ajudar).

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8 – Qual sua percepção quanto ao volume de serviços realizados pelo

CORH?

Na unidade de Itapiranga, Seara, Jaraguá, Sidrolândia e Braskarne a visão quanto ao volume de serviços feitos pelo CORH está ótima, justo que existem profissionais sobrecarregados, mas a agilidade continua boa. Já para as unidades de Jacarezinho, Nuporanga, Forquilhinha e Dourados, este ponto deve ser melhorado, começando pelo melhor alinhamento do que deve ser feito pelo CORH e pela unidade, e melhorando as sobrecargas existentes nas células.

9 – Qual sua percepção de forma geral, quanto à agilidade em que os serviços

são prestados pelo CORH?

Todas as unidades acreditam que a agilidade está boa, mas que como visto nas respostas anteriores ainda precisa de algumas melhorias.

10 – A centralização dos serviços de administração de RH atendem

as suas expectativas?

As unidades de Dourados, Jaraguá e Braskarne responderam que o CORH atende as expectativas que as unidades esperavam com a centralização (mas que é necessária a divulgação das responsabilidades de cada célula). Já as unidades de Itapiranga, Forquilhinha e Nuporanga contrariam as respostas anteriores, comentando que no momento o CORH ainda não atende as expectativas da unidade, visto o fato da demora nos retornos de solicitações, perguntas técnicas ao coordenador da área e desenho das responsabilidades (o que deve ser centralizado e o que deve ficar na unidade). As outras unidades comentam que o nível de satisfação com a centralização é BOM, mas que precisa de melhorias conforme relatado nas respostas anteriores.

Quadro 14: Resultado de pesquisa geral com as unidades, de seis a dez. Fonte: Dados primários.

Observa-se no quadro 14 assuntos referentes à: célula de rescisão, serviços

prestados pelo CORH de forma geral, volume de serviços, agilidade, e se a

centralização atende as expectativas das unidades. O questionário foi muito bem

aproveitado pelos responsáveis para expressar opiniões sobre a centralização.

A unidade Braskarne está satisfeita com os serviços prestados pelo CORH,

"tudo que é solicitado é realizado na hora!" comenta a Coordenadora de RH da

unidade. Dúvidas sempre são esclarecidas, e quando há solicitação de ajuda as

profissionais sempre estão disponíveis para ajudar. Existem algumas sugestões de

melhorias, tais como a de melhor desempenho no atendimento e melhor

organização quanto às documentações de admissões enviadas a unidade.

Quanto à unidade de Dourados a pesquisa foi muito bem desenvolvida, o

Coordenador de RH respondeu brevemente cada pergunta e de forma rápida, para o

mesmo, essa pesquisa foi uma ótima iniciativa além de relatar que há vários pontos

que precisam ser melhorados, principalmente o relacionamento construtivo onde o

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CORH ajuda as unidades a identificarem alternativas para os pontos deficientes.

Na unidade acima, as questões gerais referente à cada célula do CORH,

foram todas bem relacionadas, como por exemplo, a célula do Ponto, onde foi

comentado que há agilidade e seriedade no atendimento.

Ainda na unidade de Dourados verificou-se com a pesquisa, que a mesma

possui uma visão muito boa do CORH, mas que há uma grande quantidade de

processos centralizados, onde muitos poderiam ser realizados na unidade.

Mencionam que são bem atendidos e que sempre são esclarecidas as dúvidas

existentes, mas que há alguma demora nos retornos de algumas células, visto a

quantidade de processos que as mesmas possuem.

Na unidade de Forquilhinha, observa-se com as respostas que o nível de

satisfação está baixo, sendo a média entre 2 e 3 (REGULAR e BOM). As células de

admissão, benefícios, folha de pagamento e ponto estão o nível 3 (BOM) devido a

agilidade nos atendimentos e realizados de acordo com as necessidades da

unidade, embora a célula de admissão continuem a efetuar erros básicos nas

digitações. Já a célula de rescisão, está no nível 2 (REGULAR), pelo fato de ainda

existirem erros nas rescisões (salários não atualizados quando já passou do período

de experiência e o salário já alterou).

Ainda a unidade acima mencionada, comenta que o volume de serviços

prestados pelo CORH está bom, mas que é necessário uma reclassificação dos

processos realizados pela unidade e o que realmente deveria ser centralizado

(assim como sugestão das unidades de tal e tal) e por este motivo a centralização

não atende as expectativas da unidade de Forquilhinha.

No resultado da pesquisa com a unidade de Itapiranga foram apresentados os

comentários sobre todas as células do CORH, tanto positivamente quanto

negativamente. As células de Benefícios, Folha de Pagamento e Rescisão estão em

um nível de satisfação ótimo (4) para a unidade de Itapiranga. Quanto a célula do

ponto a respondente comenta que possuem muitos retrabalhos, onde é necessário

digitalizar um documento, enviar por e-mail ao CORH, esperar que o mesmo digite,

conferir; seria mais interessante e mais ágil se a unidade pudesse efetuar essas

pequenas digitações sem ser algo centralizado (faltas justificadas, dispensas e até

mesmo atualizações de cadastros que ocorrem na célula de admissão). Na célula de

admissão a unidade possui um nível de satisfação baixo devido a erros em

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digitações “como se esquecer de cadastrar pai, mãe, filhos; letras perdidas entre os

nomes; documentação impressa com data errada”.

Verifica-se que a unidade de Itapiranga efetua boas conferências dos

processos realizados pelo CORH justamente pelo fato de sempre acabar

encontrando algum erro em algum dos processos, e além de possuir uma visão ruim

quanto aos retornos de algumas solicitações (principalmente dúvidas técnicas

enviadas ao Coordenador do CORH).

Já na unidade de Jacarezinho respondeu todas as questões com total

atenção sobre cada processo. A Coordenadora de RH entrou na empresa há poucos

meses, e a pesquisa foi respondida em conjunto à Analista de RH Pleno, porque a

mesma estava na unidade antes mesmo da centralização, possibilitando o melhor

esclarecimento das respostas. A pesquisa aponta que a célula de admissão

efetuava muito erros, mas no último mês as digitações tiveram uma melhora. As

células de Folha de Pagamento e Benefícios auxiliam a unidade de forma rápida e

esclarecem todas as dúvidas existentes. Já na célula do ponto, a respondente

comenta que é atendida com despreza pela analista da área, além de não ser ágil

nas digitações de acertos no cartão ponto, deixando para fazer o mesmo no último

dia de prazo para o fechamento da folha. E na célula de rescisão, a unidade

comenta que a documentação chega sempre atrasada na unidade e que há muitos

problemas com o Seguro Desemprego (acabam imprimindo por lá, sendo que CORH

é quem deveria enviar pronto para a unidade).

Nas respostas de Jacarezinho, observa-se que o CORH está com falta de

agilidade nos processos da célula do Ponto e Rescisão. Já nas outras células, tudo

que é necessário (suporte, orientações, esclarecimentos de dúvidas) está sendo

realizada de forma ágil. Apesar de acreditar que todo o CORH aparenta estar

sobrecarregado, a unidade sugere que seja fornecida uma atenção maior quanto à

agilidade e eficiência nos processos.

Quanto à unidade de Jaraguá do Sul, com os dados obtidos, observa-se que

os responsáveis estão satisfeitos com os serviços do CORH, embora sugeriram que

sejam re-desenhados os processos que são feitos nas unidades e o que é feito no

CORH. Nessa unidade, as células de benefícios, folha de pagamento e rescisão

estão com nível máximo de satisfação (5 - ÓTIMO). Já a célula de admissão e a

célula do ponto, estão com um nível BOM, pois ele comenta algumas situações tais

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como: a CTPS deveria ficar na unidade ao invés de vir para o CORH assinar; precisa

ser melhorado as informações do sistema para prévias de absenteísmo e horas

extras para fins de gerenciamento.

Ainda a unidade mencionada acima, relata que “todos os processos

centralizados estão de boa qualidade de operacionalização, precisamos apenas

avançar para alguns processos como a centralização das férias e melhorar nossas

informações gerenciais”. Para o gestor do RH de Jaraguá, a criação do CORH

atende as expectativas da unidade, estando de forma geral, no nível de satisfação 5

(ÓTIMO).

Em Nuporanga, a pesquisa apontou que a unidade possui um nível de

satisfação ótima quanto ao CORH. Em todas as células o gestor comenta que tudo

ocorre de forma esperada, mas que na célula de admissão, ainda ocorrem erros nas

digitações e o envio de documentação é demorado (o que causa represamento na

continuidade do processo – como a coleta de assinaturas dos novos funcionários

nos contratos). Observa-se nos comentários, que a comunicação da unidade com o

CORH está deixando a desejar, e precisam de melhor definição nos processos que

devem ser centralizações ou não, isto deveria ser revisto.

A gerente de RH da unidade de Seara apresentou opiniões quanto à

otimização dos processos e supostas melhorias nas células de Folha de Pagamento

e Ponto, já que com o restante das células a unidade está satisfeita possuindo uma

avaliação bastante positiva. Na célula de Folha de Pagamento a gestora relata que o

prazo não está bom, “estamos tendo dificuldades com afastamentos de INSS, que

ocorrem mais próximos ao final do mês, nem sempre temos a informação precisa

sobre o afastamento superior a 15 dias de atestado”. Melhorias como uma folha

complementar, ajudariam e muito nos processos de afastamentos com datas

superiores ao fechamento da folha (otimizando tanto a célula ponto quanto a da

folha de pagamento).

Observa-se nesta pesquisa que a unidade de Seara entende que o CORH

está vulnerável na célula de folha de pagamento e na célula ponto, mas que há

melhorias de fácil acesso para resolvê-las. A unidade acredita que o CORH possui

um número ótimo de atividades, e que a centralização beneficiou e muito a

padronização dos processos (possibilitando novas oportunidades e melhorias).

Na unidade Sidrolândia o instrumento possibilitou receber informações boas

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quanto à centralização e também opiniões sobre células que precisam de melhorias,

como a de admissão, ponto e rescisão. Na célula de admissão o principal motivo de

não obter o nível ótimo de satisfação, foi o motivo erros nas digitações, onde

exemplos foram dados: “documentos vão completos, mas os dependentes não são

cadastrados”, “data de nascimento errada” e “número de conta corrente digitada

errada”. Já na célula ponto, o motivo de estar apenas no nível bom, foi o fato de

estar ocorrendo freqüentes erros nas leituras de ponto (que geralmente são

próximos do fechamento do ponto, ocorrendo reclamações dos gestores). Quanto à

célula de rescisão o motivo de estar no nível regular, foi referente à logística do

malote com a documentação, que na maioria das vezes chega após a homologação

da rescisão no sindicato, além de ocorrer descontos indevidos nas rescisões.

Com essa pesquisa percebe-se que a unidade de Sidrolândia possui um nível

de satisfação bom quanto aos serviços prestados pelo Centro de Operações que,

como mencionado acima, apenas precisa de algumas melhorias em determinadas

células.

3.2.5 Comparação e correlação dos resultados de Pesquisa

Este estudo possibilitou a comparação e correlação das percepções de cada

unidade quanto aos serviços prestados pelas células do CORH. As unidades

possuem opiniões parecidas em quase todas as questões e fazem sugestões

válidas para cada célula, por este motivo, foi feito quadros de análises dos dados

separadamente no decorrer deste item.

A unidade Braskarne está muito satisfeita com os serviços prestados pela

célula de Benefícios, para a mesma, seria interessante melhorar comunicação entre

o CORH e a unidade possibilitando assim, que as responsabilidades de cada um

também sejam atribuídas. Quanto à célula de Folha de pagamento, a unidade

acredita estar no nível BOM, e quanto a logística de transporte e tempo para a

chegada de documentações na unidade, o nível é ótimo visto que o CORH se

encontra localizada nesta unidade.

Esta mesma unidade mencionada acima, não respondeu as questões

referentes à célula de admissão, porque há poucos processos para esta célula, e o

que corresponde à opinião do responsável da administração de RH da unidade,

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apenas seria interessante cuidar com as documentações (padronizá-las) e crachás

(alguns estão sendo extraviados). Nas células de Ponto e Rescisão, o nível de

satisfação é o 3 (BOM), onde estão nesse nível quase todas as opções, tais como a

centralização das células e a equipe que nelas atuam gestão do CORH e a

comunicação entre RH unidade e o CORH, conforme demonstrado no quadro 15.

BRASKARNE ADMISSÃO BENEFÍCIOS FOLHA DE

PGAMENTO PONTO RESCISÃO

MÉDIA TOTAL

Nível de satisfação Geral

0 3,5 3 3 3,2 3,2

Quadro 15: Resultado Geral da unidade Braskarne. Fonte: Dados primários.

Nota-se no quadro acima, que a Braskarne tem a percepção dos serviços

prestados pelo CORH no nível 3 (BOM) opinando suas sugestões conforme itens

anteriores.

Quanto à unidade Comercial, a centralização está sendo muito bem

aproveitada, até mesmo porque o nível de satisfação com as células de forma geral

é o nível bom. Esta unidade apenas respondeu os questionários da célula de

admissão e rescisão, porque as demais células não são de caráter avaliativo

segundo a mesma. Na célula de admissão, o nível de satisfação está bom, porém

existe o nível REGULAR quando se comenta sobre crachás e atualização de

cadastro do funcionário no sistema, necessitando assim, de algo a ser realizado. Na

célula de rescisão, apenas a agilidade no atendimento e o tipo de atendimento que

deveria ser melhorado, no quadro nº 16, segue os totais gerais desta unidade.

COMERCIAL ADMISSÃO BENEFÍCIOS FOLHA DE

PGAMENTO PONTO RESCISÃO

MÉDIA TOTAL

Nível de satisfação Geral

2,8 0 0 0 2,9 2,9

Quadro 16: Resultado Geral da unidade Comercial. Fonte: Dados primários.

No quadro 16 é possível visualizar que a unidade Comercial possui um nível

de satisfação 2 próximo ao 3 quanto aos serviços prestados pelo CORH (está entre

o BOM e o REGULAR), necessitando assim, de uma atenção maior perante as

células afetadas, visto que são poucas (admissão e rescisão). Segundo as respostas

dos questionários, a atenção maior seria aos processos de documentação/crachás

nas admissões e agilidades nos processos de rescisão.

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Para a unidade de Dourados a centralização foi válida, mas alguns processos

continuam fazendo com que a unidade perca tempo, um exemplo está na célula

Ponto, onde scanear, enviar por e-mail e conferir gera mais tempo do que a unidade

digitar diretamente no sistema. Na célula de admissão, as documentações e crachás

deveriam ser melhorados, devido demora de retorno para a unidade. Na célula de

benefícios tudo está ótimo, assim como na célula de rescisão, conforme

demonstrado no quadro 17.

DOURADOS ADMISSÃO BENEFÍCIOS FOLHA DE

PGAMENTO PONTO RESCISÃO

MÉDIA TOTAL

Nível de satisfação Geral

3,6 3,9 3,3 3,6 3,9 3,7

Quadro 17: Resultado Geral da unidade de Dourados. Fonte: Dados primários.

Observa-se no quadro 18, que a unidade de Dourados possui o nível 3 bem

próximo do nível 4, ou seja, a satisfação é praticamente ótimo, devendo melhorar

mais é na célula da Folha de Pagamento, mais precisamente nos processos

relacionados ao fechamento mensal.

Com a unidade de Forquilhinha, os resultados das células foram bem

distintos, começando pela célula de admissão, onde possui a média de satisfação

inferior a 2 (REGULAR) em todos os sentidos. A unidade sugere que para sair deste

nível, seria interessante se a admissão fosse realizada pelo CORH e o restante

fosse efetuado na unidade. Na célula de Benefícios e Ponto o nível de satisfação

está bom, apenas deveriam ser realizados alguns dos procedimentos de Ponto

diretamente pela unidade, facilitando assim o tempo real gasto com cada um deles.

Quanto à célula Folha de Pagamento, não foi esclarecido o motivo pela unidade de

não ter respondido o questionário. E esta unidade finaliza com a resposta sobre a

célula de rescisão, onde a opinião que prevalece é a de a documentação não chegar

a tempo hábil na unidade, conforme demonstrado no quadro 18.

FORQUILHINHA ADMISSÃO BENEFÍCIOS FOLHA DE

PGAMENTO PONTO RESCISÃO

MÉDIA TOTAL

Nível de satisfação Geral

2,2 3 0 3 2,7 2,7

Quadro 18: Resultado Geral da unidade de Forquilhinha. Fonte: Dados primários.

Observa-se no quadro acima, que a unidade de Forquilhinha possui o nível de

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satisfação quanto aos serviços prestados pelo CORH como 2 próximo do 3 (regular

e BOM), necessitando de melhorias na célula de admissão e rescisão conforme já

mencionado anteriormente.

Quanto à unidade de Itapiranga, conforme demonstrado no quadro 19, as

questões foram todas respondidas, e foram criadas sugestões de melhorias para

cada uma das células. Referente às células de admissão e benefícios, o nível de

satisfação desta unidade se encontra no nível 3 (BOM), necessitando apenas de

maiores atenções nas digitações de admissão. Na célula de folha de pagamento, o

único processo a ser melhorado é a transferência, pois a agilidade esta em falta na

opinião desta unidade, mas mesmo assim, esta célula está bem próxima do nível 3

(BOM). A célula ponto de forma geral se encaixa no nível 2 (REGULAR), justamente

pelo fato dos processos de afastamentos e ausências legais estarem necessitando

de algumas melhorias. Na célula de rescisão, a unidade menciona que processos

simples como a falta de formulários ocorreram, mas isso não é algo relevante para o

nível total que esta célula se encontra para os mesmos, permanecendo entre o nível

4 e 3 (ÓTIMO e BOM).

ITAPIRANGA ADMISSÃO BENEFÍCIOS FOLHA DE

PGAMENTO PONTO RESCISÃO

MÉDIA TOTAL

Nível de satisfação Geral

2,9 3 2,9 2,5 3,3 2,9

Quadro 19: Resultado Geral da unidade de Itapiranga. Fonte: Dados primários.

Observa-se no quadro acima, que a unidade de Itapiranga possui o nível de

satisfação quanto aos serviços prestados pelo CORH como próximo de 3 (mais que

regular, estando mais próximo do resultado positivo - BOM), necessitando de

melhorias focadas na célula do ponto, conforme já mencionado acima.

Na unidade de Jacarezinho, o quadro do nível de satisfação não é muito

diferente ao de Itapiranga, conforme mostrado no quadro abaixo. A unidade comenta

que na célula de admissão, ocorreram várias vezes extravios de crachás dos novos

funcionários, sendo este o único ponto que se encontra com o nível de satisfação 2

(REGULAR), considerando que a célula está no nível BOM para esta unidade.

Quanto à célula de benefícios, rescisão e folha de pagamento, a unidade diz estar

satisfeita com os processos centralizados, precisando melhorar apenas nas

questões de documentação da célula de rescisão.

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Nesta mesma unidade, na célula do Ponto, a unidade deixou claro que a

criação desta célula de centralização dos processos, não trouxe muito benefícios

para a unidade. No ponto seria muito mais rápido e eficaz se alguns processos

fossem realizados pela unidade, fazendo com a célula do Ponto do CORH esteja no

nível 2,8 (entre REGULAR e BOM) de satisfação para Jacarezinho.

JACAREZINHO ADMISSÃO BENEFÍCIOS FOLHA DE

PGAMENTO PONTO RESCISÃO

MÉDIA TOTAL

Nível de satisfação Geral

3 3,1 3 2,8 2,8 2,9

Quadro 20: Resultado Geral da unidade de Jacarezinho. Fonte: Dados primários.

Observa-se no quadro 20, que a unidade de Jacarezinho possui um nível de

satisfação quase que igualável a unidade Itapiranga e Comercial, mas precisa de

uma atenção especial quanto às células do Ponto e Rescisão.

Referente à unidade de Jaraguá do Sul a pesquisa realizada foi muito

proveitosa nas células de Admissão, Ponto e Rescisão, pois as células de

Benefícios e Folha de Pagamento da unidade, não conseguiram responder aos

questionários por falta de tempo, conforme demonstrado no quadro 21. Para a célula

de admissão e de rescisão, a unidade comenta que os processos estão ocorrendo

de forma ágil e de acordo com as necessidades da mesma. Já para a célula do

ponto, a unidade acredita não ser necessária a centralização dos processos no

CORH, mas sim, que seja criado um manual de procedimentos, para que a

UNIDADE realize os processos de forma unificada e mais rápida.

JARAGUÁ DO SUL ADMISSÃO BENEFÍCIOS FOLHA DE

PGAMENTO PONTO RESCISÃO

MÉDIA TOTAL

Nível de satisfação Geral

3,3 0 0 3,1 3,1 3,2

Quadro 21: Resultado Geral da unidade de Jaraguá do Sul. Fonte: Dados primários.

Observa-se no quadro 21 que a unidade de Jaraguá do Sul está satisfeita

com os processos centralizados, porém não podemos afirmar isto para as células de

benefícios e folha de pagamento, justo a não resposta da unidade perante os

serviços prestados por elas.

Quanto à pesquisa aplicada na Matriz, observa-se que as células de

Benefícios e Rescisão estão em um nível muito bom para a unidade, destacando a

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cordialidade e agilidade nos processos destas células. A célula de Admissão está

com nível REGULAR quanto à eficiência nos processos. Na pesquisa feita nesta

unidade sobre a Folha de Pagamento, foi analisado sugestões tais como ser

necessária uma atenção quanto ao processo de transferência, porque a mesma faz

com que a célula possua apenas um nível de satisfação próximo de 2 (REGULAR).

Já na célula do ponto, a Matriz comenta que não estão claras as

responsabilidades de cada um (Recursos Humanos da unidade e o CORH),

precisando reforçar a comunicação entre os mesmos. O nível de satisfação geral da

unidade Matriz é superior a 3 (nível BOM próximo ao ÓTIMO), conforme

demonstrado no quadro 22.

MATRIZ ADMISSÃO BENEFÍCIOS FOLHA DE

PGAMENTO PONTO RESCISÃO

MÉDIA TOTAL

Nível de satisfação Geral

2,8 4 3,2 2,8 3,2 3,2

Quadro 22: Resultado Geral da unidade Matriz Fonte: Dados primários.

Observa-se no quadro 22, que a Matriz possui uma média de satisfação igual

a 3,2 (entre BOM e ÓTIMO), possibilitando a conclusão de que necessita de atenção

nas células de admissão e Ponto, pois são as mesmas que estão abaixo do nível

médio (REGULAR) e necessitam de melhorias conforme descrito acima.

Na unidade de Nuporanga, os questionários foram respondidos com exceção

da célula ponto e rescisão, devido à indisponibilidade dos funcionários envolvidos

com estas células. Referente à célula de admissão e a de Folha de pagamento

(onde a média em ambos do nível de satisfação ficou em 3 - BOM), foi concluído

que apenas precisam aperfeiçoar a logística de transporte dos documentos, pois o

tempo e a organização não estão bons.

Quando se trata da célula de benefícios, Nuporanga relata que as regras da

célula deveriam ser diferentes, mas que o atendimento a agilidade e os serviços

prestados estão ótimos. No quadro nº 23, segue os totais gerais desta unidade

NUPORANGA ADMISSÃO BENEFÍCIOS FOLHA DE

PGAMENTO PONTO RESCISÃO

MÉDIA TOTAL

Nível de satisfação Geral

3 3,6 3,3 0 0 3,3

Quadro 23: Resultado Geral da unidade de Nuporanga. Fonte: Dados primários.

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De forma geral, nota-se no quadro 23 que a unidade de Nuporanga tem um

nível de satisfação BOM quando se trata dos serviços prestados pelo CORH, apesar

da ausência de opiniões quanto à célula do ponto e rescisão, estando próximo ao

nível de satisfação da unidade Matriz.

Quanto à unidade de Seara, foi possível obter respostas de todas as células

centralizadas conforme demonstrado no quadro nº 24. No questionário feito para a

célula de admissão, nota-se que a unidade possui um nível de satisfação baixo

quando se relata do processo de atualização de cadastro e demora no retorno de

documentação e crachás. Já nas células de Benefícios, Folha de Pagamento e

Ponto a unidade está com um nível de satisfação bom, destacando que o processo

de transferência que antes era lento, agora está mais ágil (a partir do mês de

julho/2008).

SEARA ADMISSÃO BENEFÍCIOS FOLHA DE

PGAMENTO PONTO RESCISÃO

MÉDIA TOTAL

Nível de satisfação Geral

2,1 3,3 2,9 3,1 4 3,1

Quadro 24: Resultado Geral da unidade de Seara. Fonte: Dados primários.

No quadro acima, observa-se que a unidade de Seara está com um nível de

satisfação bom quanto aos serviços prestados pelo CORH, mas que necessita de

alguma ação de melhoria por parte do CORH diante da célula de admissão.

Quanto à unidade de Sidrolândia, os questionários não foram todos

respondidos por falta de tempo dos entrevistados, obtendo assim, somente

respostas das células de admissão, benefícios e rescisão, conforme consta no

quadro 25. Na célula de admissão o nível de satisfação encontra-se entre os níveis 2

e 3 (BOM e REGULAR).

A mesma unidade relata que já recebeu crachás com fotos trocadas, que não

conseguem pegar assinatura nos contratos de trabalho a tempo, e que por isso, os

processos centralizados os ajudam em partes (deixando a centralização desta célula

no nível 2 – REGULAR).

Nas células de Benefícios e Rescisão, o nível de satisfação é BOM, porém, os

documentos de rescisão deveriam vir por SEDEX para resolver o problema de

locomoção dos documentos do CORH para a unidade (justo que o nível de

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satisfação da unidade diante desse processo é 1 - RUIM).

SIDROLÂNDIA ADMISSÃO BENEFÍCIOS FOLHA DE

PGAMENTO PONTO RESCISÃO

MÉDIA TOTAL

Nível de satisfação Geral

2,8 3,4 0 0 2,6 2,9

Quadro 25: Resultado Geral da unidade de Sidrolândia. Fonte: Dados primários.

De forma geral nota-se no quadro 25, que a unidade de Sidrolândia precisa

de maior atenção nos serviços da célula de admissão e rescisão devido ao nível de

satisfação da unidade ser baixo.

3.2.6 Apresentação das sugestões de melhorias

Este item apresenta as sugestões e ações de melhoria em função das

informações e do resultado encontrado na pesquisa. As sugestões possuem o

objetivo de melhorar os processos realizados pelo CORH sobre o nível de satisfação

das unidades da empresa.

Com os resultados das pesquisas realizadas no departamento Centro de

Operações de Recursos Humanos, observa-se que há necessidades de alguns

ajustes em cada uma das células de centralização.

Na célula de admissão foi diagnosticado que em todas as unidades a

insatisfação ocorre por três processos relatados no quadro a seguir.

CÉLULA DE ADMISSÃO

PROBLEMA SUGESTÃO DE MELHORIA

Erros nas digitações

O erro nas digitações é o motivo principal das insatisfações das unidades em relação a esta célula, pois tem a conseqüência dos documentos/crachás chegarem com erros como: nome digitado incorretamente ou pai e mãe não cadastrados, sendo necessário o reenvio e esperar a documentação voltar para a coleta de assinaturas do novo funcionário.

Manter o número de funcionários.

Retorno dos documentos

e crachás

A outra insatisfação diagnosticada

na célula de admissão foi à demora de

retorno dos crachás e documentos.

Transferir a responsabilidade da impressão de documentos e assinatura da carteira de

trabalho para unidade.

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Atualização de cadastro

Atualização de cadastro, onde não há agilidade por

parte do CORH.

Envio eletrônico do documento para o CORH e resposta rápida à unidade.

Quadro 26: Ações de melhoria para célula de admissão. Fonte: Dados primários.

Conforme o quadro 26 é importante ressaltar que manter números de

funcionários é importante para que não ocorra transtornos nos cadastramentos de

novos funcionários, onde a calma e a atenção irá prevalecer diminuindo o número de

erros nas digitações. E quanto ao retorno dos documentos e crachás, o CORH

apenas efetuaria a digitação padronizada dos novos funcionários no sistema e

continuaria a confeccionar os crachás. Isso possibilitará que a documentação

original do funcionário seja devolvida mais rapidamente, incluindo a carteira de

trabalho que por lei o empregador deve devolver em 48 horas. Além de que sobrará

mais tempo para os funcionários do CORH efetuarem as digitações com atenção e

confeccionar/enviar os crachás.

Quanto à célula de Benefícios, a pesquisa possibilitou obter o nível de

satisfação da unidade em que se enquadra esta célula, onde foi possível analisar

nas respostas das unidades, que é importante a melhoria nos processos de envio

dos documentos, onde a melhor forma seria o envio de forma eletrônica.

Na célula da Folha de Pagamento foi possível obter respostas de insatisfação

quanto ao envio de e-mails para alterações de centro de custo/cargo dos

funcionários, onde o CORH demora a efetuar a troca e responder o e-mail para a

unidade (além de muitas vezes não responder e-mails). Muitas unidades acreditam

que a célula está sobrecarregada, onde a acadêmica acredita ser este o motivo da

demora na resposta dos e-mails. A sugestão é aumentar o número de funcionários

desta célula, pois caso contrário, será necessário então algum processo acabar

voltando para a unidade (como alteração de cargo e centro de custo).

Ainda nesta célula, a unidade de Seara relata que além da demora de

resposta dos e-mails, também há o problema com afastamentos após o fechamento

da folha, onde a unidade sem dúvidas irá precisar do chamado cálculo 12 (uma folha

complementar criada para alteração de folhas de pagamento anteriores que foram

geradas incorretamente). Uma sugestão da unidade de Seara seria a criação de

uma folha complementar (além do cálculo 12), onde será possível efetuar algumas

alterações que foram vistas após a conferência.

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Já na célula do Ponto foi diagnosticado que as unidades possuem um nível de

satisfação não muito bom quanto à centralização, porque não concordam que alguns

dos processos sejam realizados no CORH. Sugere-se um re-desenho dos processos

que devem ser centralizados, porque a unidade acaba tendo um retrabalho nos

casos apresentados no quadro 27.

CÉLULA DO PONTO

PROBLEMA SUGESTÃO DE MELHORIA

Envio de documentos

Atualmente é necessário scanear o documento, enviar por e-mail ao CORH, aguardar que o CORH digite no sistema a falta justificada (por exemplo), aguardar o ok do CORH, conferir, e arquivar na pasta.

A sugestão é que tudo relacionado à compensação (falta justificada, dispensas,

ausência sindicância) seja realizado pela unidade.

Histórico de escalas

A maioria das unidades não concorda que uma simples alteração no histórico de escala seja centralizada.

Criar um mecanismo automático da impressão do documento de alteração de escala para que a unidade não corra o risco de não ter um documento na pasta do funcionário concordando com essa alteração.

Base legal Não possui orientações às unidades por meio de base legal.

Sempre ter respostas às unidades de acordo com a CLT (Consolidações das Leis do Trabalho) não sendo necessário depender do coordenador desta área (segundo reclamações da unidade de Itapiranga).

Quadro 27: Ações de melhoria para célula do ponto. Fonte: Dados primários.

No quadro 27 é possível observar que nesta célula, muitos dos processos

poderiam voltar para a unidade, com o intuito de agilizar o processo como um todo

(visto a importância da agilidade nos acertos de cartões ponto na unidade, como a

diminuição de volume dos serviços prestados pelo CORH).

Quanto à célula de Rescisão foi diagnosticado com a pesquisa, que em

alguns processos realizados pelo CORH há fácil melhoria. Um dos problemas

diagnosticados foi à questão do formulário de seguro desemprego, onde muitas

vezes falta este documento, sendo necessário que a própria unidade efetue a

impressão. Uma sugestão seria ter um estoque significativo deste documento, visto

a necessidade de sempre utilizar o mesmo.

Ainda nesta célula, outro problema identificado foi referente à documentação

não estar chegando em tempo hábil na unidade, onde se faz necessário a alteração

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até no horário agendado no sindicato para homologação de uma determinada

rescisão. Sugestão da unidade de Sidrolândia seria a criação de malotes diretos do

CORH para RH unidade ou envio via correio rápido, onde seria possível o rápido

recebimento da documentação pela unidade.

Outro fator identificado na pesquisa foi à falta de domínio em alguns

processos, precisando de consultas freqüentes ao gestor do CORH, onde a

sugestão para isso seria ter embasamento legal de acordo com a CLT (conforme

sugerido na célula ponto).

Além das melhorias em cada célula, o CORH também possui alguns passos a

serem aperfeiçoados, conforme quadro 28 apresentado a seguir.

CORH PROBLEMA SUGESTÃO DE MELHORIA

Comunicação Problemas de

comunicação entre o CORH e a unidade.

Criar um plano de comunicação com as unidades.

Reforço Técnico

Houve reclamações quanto a demora do

coordenador do CORH em respostas à

perguntas técnicas.

Criar um “0800” para atendimento direto aos funcionários.

Processos centralizados

Houve reclamações em relação aos processos que não deveriam ter

sido centralizados.

Re-desenho dos processos-macro centralizados.

Quadro 28: Ações de melhoria para CORH. Fonte: Dados primários.

Observa-se no quadro 28, que para o problema na comunicação, é importante

criar um plano de comunicação com as unidades, onde estejam claras as

responsabilidades de cada integrante do CORH e os processos que cada um efetua,

incluindo as responsabilidades que as unidades possuem. Já o reforço técnico, é

importante criar um “0800”, diminuindo assim a demora das respostas de somente

um profissional do CORH, o “balcão” das unidades e aumentaria a organização (pois

todos saberiam a quem recorrer). Uma sugestão seria um novo estudo acadêmico,

ou de um novo projeto a ser realizado no Centro de Operações de Recursos

Humanos.

É importante ressaltar também as reclamações dos processos centralizados,

onde os autores Johnston e Clark (2002) relatam que quando se trata de um

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processo-macro, o mínimo necessário para colocá-lo em prática é fazer um

mapeamento, pelo fato de se tratar de processos em grande quantidade, e para não

ocorrer surpresas, o importante é desenhar cada passo envolvendo as principais

atividades. Com o estudo realizado, sugere-se que os membros do CORH, junto

com as unidades, realizem um re-desenho desses processos-macro que foram

centralizados, porque os comentários das unidades foram válidos para analisar que

este caso é importante para o sucesso desta centralização.

De forma geral, observando o resultado da pesquisa de todas as células,

percebe-se que o CORH foi uma ótima iniciativa da empresa e que possui grandes

chances de crescer em número de processos, e conseqüentemente em números de

funcionários e padronizações, destacando a evolução com inovações relacionadas à

área de recursos humanos.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A verificação do nível de satisfação dos envolvidos em um novo projeto é de

extrema importância para o sucesso do mesmo. Tendo conhecimento da finalidade

do projeto, podem-se levantar informações que serão úteis para o melhor

andamento/implementação. Com o alinhamento entre as necessidades dos

envolvidos e a realidade exercida, pode-se chegar à eficiência esperada por todos

da organização.

A fundamentação teórica foi desenvolvida com a finalidade de esclarecer a

área de recursos humanos, a prestação de serviços (sendo ela externa ou

internamente), qualidade total na prestação dos serviços, e a verificação da

satisfação dos clientes, visto o fato do estudo ser realizado visando estes itens.

Com a pesquisa aplicada, foi possível verificar de que forma os serviços

prestados pelo centro (CORH) estão sendo avaliado pelos envolvidos nesta

centralização. Considerando os autores mencionados nesta pesquisa, o diagnóstico

da área se faz necessário para o melhor andamento da mesma.

A pesquisa teve como objetivo principal a verificação do nível de satisfação

dos funcionários das unidades da empresa Seara Alimentos S/A, que estão

envolvidos na centralização de alguns dos processos da área de Administração de

Recursos Humanos.

A sugestão de melhoria e aprimoramento no centro de operações de recursos

humanos (CORH) foi um dos objetivos específicos dessa pesquisa, com as

necessidades existentes das unidades em cada célula identificadas com a aplicação

da pesquisa, além de também sugerir próximos estudos que irão auxiliar ainda mais

no andamento deste centro.

O resultado possibilitou a observação de pontos favoráveis com a

centralização, mas também os pontos desfavoráveis, onde houve respostas com

nível de satisfação bom perante a centralização de algumas células e de outras não.

Obteve-se também, opiniões semelhantes entre unidades, onde a centralização de

alguns processos não se faz necessário, mas também, opiniões onde a

centralização é muito importante para o melhor andamento da unidade.

Com a pesquisa aplicada, foi possível perceber que para a centralização de

processos, a empresa precisa criar estratégias para envolver os funcionários, no

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intuito de averiguar se irão satisfazer ambas as necessidades. Isso fará com que

estejam todos comprometidos e com o mesmo “norte” de padronização somente dos

processos que, para a unidade, dificultam a agilidade estratégica.

O estudo dos dados obtidos com a pesquisa possibilitou aprofundamento no

conhecimento dos processos existentes da área de administração de recursos

humanos. Como também trouxe benefícios para a organização tais como: entender

as opiniões e anseios de cada unidade; identificar pontos fortes e fracos de cada

célula do CORH e identificar sugestões e melhorias acessíveis para o melhor

andamento da área e satisfação dos envolvidos.

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APÊNDICE A – Pesquisa de Satisfação dos serviços prestados pela célula de

Admissão do Centro de Operações de Recursos

1 – A centralização dos processos de RH (departamento CORH), trouxe beneficios para o

andamento do RH unidade?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

2 – Qual a sua percepção quanto a gestão do CORH nesta célula?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

3 – Como está a comunicação entre a célula de admissão com o RH unidade?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

4 – Os papéis e responsabilidades desta célula e da unidade estão claros?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

5 – Como você avalia o atendimento e a agilidade dos serviços prestados?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

6 – A documentação dos novos admitidos chega em tempo hábil na unidade?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

7 – E quanto aos crachás permanentes?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

8 – Qual sua percepção quanto a atualização de cadastro dos funcionários (atualização de

endereço, escolaridade, novos dependentes)?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

9 – Como funciona a logística de transporte (tempo, organização) do CORH para unidade?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

10 – Como você avalia a centralição desta célula, atende suas expectativas?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

11 – Informe seu parecer quanto ao modo que você “observa” a equipe que atua nesta

célula.

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

Se você escolheu a opção REGULAR ou RUIM em alguma questão, peço que por gentileza

descreva neste campo o porquê.

Em sua opinião quais seriam as ações necessárias para melhorar os processos do CORH? Dê um

exemplo.

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APÊNDICE B - Pesquisa de Satisfação dos serviços prestados pela célula de

Benefícios do Centro de Operações de Recursos

1 – A centralização dos processos de RH (departamento CORH), trouxe beneficios para o

andamento do RH unidade?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

2 – Qual a sua percepção quanto a gestão do CORH nesta célula?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

3 – Como está a comunicação entre a célula de benefícios com o RH unidade?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

4 – Os papéis e responsabilidades entre esta célula e a unidade estão claros?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

5 – Como você avalia o atendimento e a agilidade dos serviços prestados?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

6 – Qual sua percepção sobre os serviços prestados por esta célula em relação ao Plano de

Saúde?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

7 – Qual sua percepção sobre os serviços prestados por esta célula em relação ao Vale

Transporte?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

8 – Qual sua percepção sobre os serviços prestados por esta célula em relação a

Seara/CargillPrev?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

9 – Qual sua percepção sobre os serviços prestados por esta célula em relação ao

empréstico CargillPrev?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

10 – Qual sua percepção sobre os serviços prestados por esta célula em relação ao

empréstico Consignação?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

11 – Qual sua percepção sobre os serviços prestados por esta célula em relação ao Seguro

de Vida?

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91

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

12 – Qual sua percepção sobre os serviços prestados por esta célula em relação ao

processo de farmácia?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

13 – Como você avalia a centralição desta célula, atende suas expectativas?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

14 – Informe seu parecer quanto ao modo que você “observa” a equipe que atua nesta

célula.

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

Se você escolheu a opção REGULAR ou RUIM em alguma questão, peço que por gentileza

descreva neste campo o porquê.

Em sua opinião quais seriam as ações necessárias para melhorar os processos do CORH? Dê um

exemplo.

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APÊNDICE C - Pesquisa de Satisfação dos serviços prestados pela célula de Folha de

Pagamento do Centro de Operações de Recursos

1 – A centralização dos processos de RH (departamento CORH), trouxe beneficios para o

andamento do RH unidade?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

2 – Qual a sua percepção quanto a gestão do CORH nesta célula?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

3 – Como está a comunicação entre a célula de folha de pagamento com o RH unidade?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

4 – Os papéis e responsabilidades entre esta célula e a unidade estão claros?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

5 – Como você avalia o atendimento e a agilidade dos serviços prestados?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

6 – Como você avalia o processo de transferência?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

7 – Como você avalia os processos que contribuem para o fechamento da folha de

pagamento?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

8 – Como funciona a logística de transporte (tempo, organização) do CORH para unidade?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

9 – Como você avalia a centralição desta célula, atende suas expectativas?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

10 – Informe seu parecer quanto ao modo que você “observa” a equipe que atua nesta

célula.

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

Se você escolheu a opção REGULAR ou RUIM em alguma questão, peço que por gentileza

descreva neste campo o porquê.

Em sua opinião quais seriam as ações necessárias para melhorar os processos do CORH? Dê um

exemplo.

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APÊNDICE D - Pesquisa de Satisfação dos serviços prestados pela célula Ponto do

Centro de Operações de Recursos

1 – A centralização dos processos de RH (departamento CORH), trouxe beneficios para o

andamento do RH unidade?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

2 – Qual a sua percepção quanto a gestão do CORH nesta célula?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

3 – Como está a comunicação entre a célula ponto com o RH unidade?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

4 – Os papéis e responsabilidades entre esta célula e a unidade estão claros?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

5 – Como você avalia o atendimento e a agilidade dos serviços prestados?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

6 – Como você avalia o processo de AFASTAMENTO feito por esta célula?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

7 – Como você avalia o processo de criação/troca/programação de ESCALAS e PONTES?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

8 – Como você avalia o processo de acertos no cartão ponto (falta justificada, dispensas,

ausências legais, suspensões)?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

9 – Como você avalia os processos que contribuem para o fechamento do ponto?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

10 – Como você avalia a centralição desta célula, atende suas expectativas?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

11 – Informe seu parecer quanto ao modo que você “observa” a equipe que atua nesta

célula.

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

Se você escolheu a opção REGULAR ou RUIM em alguma questão, peço que por gentileza

descreva neste campo o porquê.

Em sua opinião quais seriam as ações necessárias para melhorar os processos do CORH? Dê um

exemplo.

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APÊNDICE E - Pesquisa de Satisfação dos serviços prestados pela célula de Rescisão

do Centro de Operações de Recursos

1 – A centralização dos processos de RH (departamento CORH), trouxe beneficios para o

andamento do RH unidade?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

2 – Qual a sua percepção quanto a gestão do CORH nesta célula?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

3 – Como está a comunicação entre a célula de rescisão com o RH unidade?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

4 – Os papéis e responsabilidades entre esta célula e a unidade estão claros?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

5 – Como você avalia o atendimento e a agilidade dos serviços prestados?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

6 – A documentação chega em tempo hábil na unidade?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

7 – Como funciona a logística de transporte (tempo, organização) do CORH para unidade?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

8 – Como você avalia a centralição desta célula, atende suas expectativas?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

9 – Informe seu parecer quanto ao modo que você “observa” a equipe que atua nesta célula.

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

Se você escolheu a opção REGULAR ou RUIM em alguma questão, peço que por gentileza

descreva neste campo o porquê.

Em sua opinião quais seriam as ações necessárias para melhorar os processos do CORH? Dê um

exemplo.

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APÊNDICE F - Pesquisa de Satisfação dos serviços prestados pelo Centro de

Operações de Recursos

1 - Como você avalia a comunicação entre o CORH e sua unidade?

2 - Como estão os serviços prestados pelo CORH quanto aos processos de

Admissão?

3 - Como estão os serviços prestados pelo CORH quanto aos processos de

Benefícios?

4 - Como estão os serviços prestados pelo CORH quanto aos processos de

Folha de Pagamento?

5 - Como estão os serviços prestados pelo CORH quanto aos processos do

Ponto?

6 - Como estão os serviços prestados pelo CORH quanto aos processos de

Rescisão?

7 - De forma geral, qual a sua percepção quanto á todos os serviços

prestados pelo CORH?

8 - Qual sua percepção quanto ao volume de serviços realizados pelo CORH?

9 - Qual sua percepção de forma geral, quanto a agilidade em que os serviços

são prestados pelo CORH.

10 - A Centralização dos Serviços de administração de RH atendem as suas

expectativas?

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DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO DE CARGA HORÁRIA

DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO

A organização cedente de estágio Seara Alimentos S/A declara, para os

devidos fins, que a estagiária Thaline Souza Mafra, aluna do Curso de

Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CECIESA/Gestão da

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, de 26/03/2008 a 26/05/2008, cumpriu a

carga horária de estágio prevista para o período, seguiu o cronograma de trabalho

estipulado no Projeto de Estágio e respeitou nossas normas internas.

Itajaí, 27 de outubro de 2008.

Fabiano Schaefer

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Thaline Souza Mafra

Estagiário

Fabiano Schaefer

Supervisor de campo

Prof. Justina da Costa Rodrigues

Orientador de estágio

Prof. Eduardo Krieger da Silva

Responsável pelos Estágios em Administração