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GESTÃO DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR EM ITABORAÍ/RJ: OS DESAFIOS NA CAPTAÇÃO E RETENÇÃO DE ALUNOS PANDEFF, Pando Angeloff, CASTELO BRANCO, Natália, MORAIS, João Marcos Divino de Foz do Iguaçu PR: UNIOESTE, 8 a 11 de dezembro de 2015, ISSN 2316-266X, n.4 481 GESTÃO DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR EM ITABORAÍ/RJ: OS DESAFIOS NA CAPTAÇÃO E RETENÇÃO DE ALUNOS PANDEFF, Pando Angeloff Professor Titular IV da Faculdade Itaboraí - CNEC Coordenador do Curso de Administração de Empresas Doutor emGeografia pela Universidade Federal Fluminense - UFFPOSGEO 2014. [email protected] CASTELO BRANCO, Natália Professor Titular IV da Faculdade Itaboraí CNEC Doutorando do Programa de Pós Graduação em Sociologia e Direito da Universidade Federal Fluminense [email protected] MORAIS, João MarcosDivino de Graduado em Administração de Empresas pela Faculdade Itaboraí - CNEC [email protected] RESUMO O presente estudo busca analisar a Gestão de instituições de Ensino Superior em Itaboraí/RJ, a partir dos desafios na captação e retenção de alunos. Toma como base os referenciais teóricos norteadores sobre Educação e Ensino Superior no Brasil, resgatando ainda a história e a evolução do sistema educacional. Considera ainda, além das publicações de diversos autores, a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB) e o relatório da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), buscando assim o entendimento sobre o perfil da educação superior com recorte para o Município de Itaboraí/RJ. Busca assim o entendimento sobre as forças que interferem no mercado de educação superior e como as estratégias de negócio estão sendo empreendidas pelas instituições no município para captar e reter “clientes”. Os resultados obtidos permitiram estabelecer o perfil dessa competição e ainda formular sugestões para adequação das estratégias em curso. Palavras-chave: Ensino Superior. GestãoEstratégica. Itaboraí/RJ ABSTRACT The present study aims to analyze the Management of Higher Education institutions in Itaboraí/RJ, from the challenges in attracting and retaining students. Takes as its basis the theoretical frameworks guiding on Education and Higher Education in Brazil, still recovering the history and evolution of the educational system. Considers, in addition to the publications of several authors, the Law of Guidelines and Base for National Education (LDB) and the report of the Higher Education of National Institute of Educational Studies and Research (INEP), looking for the understanding of the profile of higher education with cutout for the Municipality of Itaboraí/RJ. Search thus the understanding of the forces that affect the market of higher education and how the business strategies are being undertaken by the institutions in the city to attract and retain "customers". The results obtained allowed us to establish the profile of competition and even make suggestions for appropriateness of strategies in course. Key-words: Higher Education. Strategic Management. Itaboraí/RJ

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GESTÃO DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR EM ITABORAÍ/RJ: OS DESAFIOS NA CAPTAÇÃO E RETENÇÃO DE

ALUNOS

PANDEFF, Pando Angeloff, CASTELO BRANCO, Natália, MORAIS, João Marcos Divino de

Foz do Iguaçu PR: UNIOESTE, 8 a 11 de

dezembro de 2015, ISSN 2316-266X, n.4

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GESTÃO DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR EM

ITABORAÍ/RJ: OS DESAFIOS NA CAPTAÇÃO E RETENÇÃO DE

ALUNOS

PANDEFF, Pando Angeloff

Professor Titular IV da Faculdade Itaboraí - CNEC

Coordenador do Curso de Administração de Empresas

Doutor emGeografia pela Universidade Federal Fluminense - UFFPOSGEO 2014.

[email protected]

CASTELO BRANCO, Natália

Professor Titular IV da Faculdade Itaboraí – CNEC

Doutorando do Programa de Pós Graduação em Sociologia e Direito da Universidade Federal

Fluminense

[email protected]

MORAIS, João MarcosDivino de

Graduado em Administração de Empresas pela Faculdade Itaboraí - CNEC

[email protected]

RESUMO O presente estudo busca analisar a Gestão de instituições de Ensino Superior em Itaboraí/RJ, a partir dos

desafios na captação e retenção de alunos. Toma como base os referenciais teóricos norteadores sobre

Educação e Ensino Superior no Brasil, resgatando ainda a história e a evolução do sistema educacional.

Considera ainda, além das publicações de diversos autores, a Lei de Diretrizes e Base da Educação

Nacional (LDB) e o relatório da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira (INEP), buscando assim o entendimento sobre o perfil da educação

superior com recorte para o Município de Itaboraí/RJ. Busca assim o entendimento sobre as forças que

interferem no mercado de educação superior e como as estratégias de negócio estão sendo empreendidas

pelas instituições no município para captar e reter “clientes”. Os resultados obtidos permitiram

estabelecer o perfil dessa competição e ainda formular sugestões para adequação das estratégias em

curso.

Palavras-chave: Ensino Superior. GestãoEstratégica. Itaboraí/RJ

ABSTRACT

The present study aims to analyze the Management of Higher Education institutions in Itaboraí/RJ, from

the challenges in attracting and retaining students. Takes as its basis the theoretical frameworks guiding

on Education and Higher Education in Brazil, still recovering the history and evolution of the

educational system. Considers, in addition to the publications of several authors, the Law of Guidelines

and Base for National Education (LDB) and the report of the Higher Education of National Institute of

Educational Studies and Research (INEP), looking for the understanding of the profile of higher

education with cutout for the Municipality of Itaboraí/RJ. Search thus the understanding of the forces

that affect the market of higher education and how the business strategies are being undertaken by the

institutions in the city to attract and retain "customers". The results obtained allowed us to establish the

profile of competition and even make suggestions for appropriateness of strategies in course.

Key-words: Higher Education. Strategic Management. Itaboraí/RJ

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INTRODUÇÃO

O presente estudo busca analisar a Gestão de Instituições de Ensino Superior (IES), a

partir dos desafios na captação e retenção de alunos. Toma como base os referenciais teóricos

norteadores sobre Educação e Ensino Superior no Brasil, resgatando ainda a história e a

evolução do sistema educacional. Além disso, realizou-se uma pesquisa quantitativa realizada

com potenciais ingressantes no ensino superior buscando o entendimento sobre o perfil da

educação superior com recorte para o Município de Itaboraí/RJ.

Apresenta o entendimento sobre as forças que interferem no mercado de educação

superior e como as estratégias de negócio estão sendo empreendidas pelas instituições no

município para captar e reter “clientes”, que se justifica em função das mudanças no quadro

econômico e social em curso e os desafios impostos no processo de formação de profissionais

qualificados para o mercado de trabalho.

1. A EDUCAÇÃO E O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL: ORIGEM E EVOLUÇÃO

A história da educação no Brasil, segundo Bello (2001), tem um início, meio e fim, que

fica bem delimitada devido a rupturas marcantes e de fácil compreensão na análise histórica,

podendo-se dizer que a educação no Brasil evolui em “passos” desordenados, seguindo

diversas direções que devem ser entendidas.

No período inicial, que corresponde de 1808-1898, o padrão de desenvolvimento da

educação era orientado para formação profissional e o Estado possuía controle total sobre o

sistema educacional.

Com a chegada dos portugueses ao novo território, em 1808, tem início a constituição

do sistema de ensino superior no Brasil onde se incorporam traços próprios da educação

Européia. Neste mesmo ano são criadas as escolas de Cirurgia e Anatomia, em Salvador

(atualmente Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia) e de Anatomia e

Cirurgia no Rio de Janeiro (hoje, a atual Faculdade de Medicina da Universidade Federal do

Rio de Janeiro) e a Academia de Guarda Marinha, também no Rio de Janeiro.

Já em 1810, é fundada a Academia Real Militar, que se transformou em Escola Central,

depois Escola Politécnica, hoje Escola Nacional de Engenharia da Universidade Federal do Rio

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de Janeiro e em 1814, é criado o curso de Agricultura e, em 1816, a Real Academia de Pintura e

Escultura.

Para atender as necessidades da Coroa Portuguesa no Brasil, D. João VI criou e

implementou as Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, além

do Jardim Botânico e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa Régia

(BELLO, 2001)

Após o período colonial, entre 1889 e 1918, 56 (cinquenta e seis) novas escolas de

ensino superior, na sua maioria privadas, são criadas no país. Neste novo momento, inicia-se a

descentralização do ensino superior, promovendo uma ampliação e diversificação do sistema.

A Universidade do Pará surge apenas em 1912 com a iniciativa de forças locais,

estabelecendo-se apenas por 03 (três) anos. Com o Decreto nº 14.343, de 07 de setembro de

1920, oficialmente a Universidade Rio de Janeiro, a atual Universidade Federal do Rio de

Janeiro é criada. Contudo a primeira Universidade Brasileira é criada efetivamente, somente em

1934 em São Paulo.

Entre as décadas de 50 e 70, mais precisamente em 1961 com a criação da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei nº 9394/96, se consolida o processo de

descentralização do ensino superior, e quando se identifica a criação de diversas Universidades

Federais em todo Brasil.

Nos anos 90, com as grandes mudanças em curso em todo mundo, a partir do processo

conhecido como “globalização”, o Brasil abriu o mercado para a indústria internacional,

buscando se adequar às novas realidades econômicas e das relações comerciais entre as nações

e às oportunidades para o crescimento no país, sendo fruto da livre concorrência que melhorou

processos e a qualidade de produtos e serviços até então produzidos.

Com a LDB se promoveu a ampliação do acesso ao ensino superior, aumentando a

concorrência em um mercado até então estagnado e carente de oportunidades. Com o grande

número de novas instituições de ensino como: universidades, centros universitários, institutos e

faculdades integradas ou isoladas, estas tornaram o ensino superior mais acessível em diversos

aspectos, especialmente no que se diz respeito ao preço das mensalidades. Essas novas

instituições, desobrigadas inicialmente das práticas de ensino-pesquisa-extensão e da

disposição de professores em tempo integral, puderam oferecer o ensino superior a preços mais

viáveis para grande parte da população (QUEIROZ, 2003)

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A partir da 1990 pode-se verificar que as barreiras anteriormente existentes são

superadas com a adequação das instituições às novas regras da educação superior, ampliando a

disputa de mercado e onde o ensino passa a ser considerado também mais um negócio para as

organizações.

Segundo o relatório da educação superior (2014) do Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em 1996 no Brasil havia 922 Instituições de

Ensino Superior com a oferta de 6.644 cursos em todo território, das quais 711 eram de caráter

privado, o equivalente a 77,11% das instituições de ensino superior.

Já em 2004, passados apenas oito anos, os números saltam para 2.013 instituições com

18.644 cursos oferecidos em todo Brasil, das quais 1.401 eram privadas, o equivalente a

69,60% das instituições de ensino superior, indicando para uma maior participação das

instituições públicas.

Mais especificamente no estado do Rio de Janeiro em 1996 eram oferecidos 693 cursos

e 1.485 em 2004, indicando para uma ampliação na oferta de cursos da ordem de 114,00% no

mesmo período.

1.1. A educação superior atualmente

Na Constituição Federal de 1988 (CF-88), em seu art. 5º, fica estabelecido que, a

educação é um direito de todos e dever do Estado e da família, sendo promovida e incentivada,

com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, ao seu preparo

para o exercício da cidadania e à sua qualificação para o trabalho.

O ensino, por sua vez, deverá ser ministrado com base nos princípios de igualdade de

condições para o acesso e permanência na escola, com coexistência de instituições públicas e

privadas; garantindo a gratuidade e gestão democrática do ensino público (CF-88, art. 206,

inciso I a VII).

Ainda com base na CF-88, os sistemas de ensino, no Brasil, são organizados em regime

de colaboração entre a União, os Estados e o Distrito Federal (art. 211, § 1 a 4): à União, cabe a

organização do sistema de ensino federal e dos Territórios, financiando as instituições públicas

federais e exercendo, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a

garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade mediante

assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; aos

Municípios cabe a responsabilidade de atuarem, prioritariamente, no ensino fundamental e na

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educação infantil; os Estados e o Distrito Federal atuam principalmente no ensino fundamental

e médio definindo formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino

obrigatório. Nos últimos anos, Estados e Municípios passaram a atuar, também, no nível

superior.

A educação superior no Brasil possui, hoje, um sistema complexo e diversificado, com

instituições públicas e privadas que oferecem diferentes tipos de cursos e programas, incluindo

vários níveis de ensino, desde os cursos de graduação até cursos de pós-graduação de nível lato

e stricto sensu.

1.2. Classificação das IES

Segundo o portal do Ministério da Educação (MEC), o ensino superior atualmente no

Brasil é ofertado por universidades, centros universitários, faculdades, institutos superiores e

centros de educação tecnológica. Existem três tipos de formação em que o cidadão pode

escolher: o bacharelado, a licenciatura ou formação tecnológica.

Figura 1 – Classificação Acadêmica

Fonte: Adaptado de portal do MEC (2015)

Segundo o MEC, os alunos podem escolher de que forma desejam estudar, presencial ou

ensino a distância (EAD). Presencialmente o aluno deve ter, no mínimo, 75% frequência nas

aulas e avaliações. Na modalidade de EAD, os alunos estudam através de livros, internet, dentre

outros materiais. A presença em sala de aula não é necessária. Ainda, existem cursos

semipresenciais, que é a junção das duas modalidades supracitadas, com aulas em sala e

também à distância.

Quanto à organização administrativa, segundo o MEC, as IES podem ser públicas

(vinculadas aos governos federal, estadual ou municipal) ou privadas. Sendo as IES particulares

CENTRO

UNIVERSITÁRIO

FACULDADE

Ensino, Pesquisa e Extensão

Ensino, Extensão e Pesquisa

Institucionalizada Optativa

Ensino

UNIVERSIDADE

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podendo ser classificadas como instituições privadas com fins lucrativos (particulares em

sentido estrito) ou privadas sem fins lucrativos. As instituições sem fins lucrativos podem ser

Comunitárias, Confessionais ou Filantrópicas.

1.3. Avaliação das IES

A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES), órgão do

MEC, é a unidade responsável por garantir que a legislação educacional seja cumprida para

garantir a qualidade dos cursos superiores no Brasil.

A qualidade dos cursos de graduação no país é medida pelo INEP e o MEC utilizando

o Índice Geral de Cursos (IGC), publicado uma vez por ano após a divulgação dos resultados

do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). O IGC utiliza como base uma

média dos conceitos de curso de graduação da instituição, ponderada a partir do número de

matrículas, mais notas de pós-graduação de cada instituição de ensino superior.

Segundo o manual do ENADE (2014, p. 7):

O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) é um dos

pilares da avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

(SINAES), criado pela Lei nº. 10.861, de 14 de abril de 2004. O SINAES é

composto ainda pelos processos de Avaliação de Cursos de Graduação e de

Avaliação Institucional que, junto com o ENADE, formam um „tripé‟

avaliativo que permite conhecer em profundidade o modo de funcionamento e

a qualidade dos cursos e instituições de educação superior (IES) de todo o

Brasil.

O objetivo do ENADE é conferir o desempenho dos estudantes em relação aos

conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares do respectivo curso de graduação,

e as habilidades e competências em sua formação.

Ainda, segundo o portal do INEP (2015):

A avaliação Institucional é um dos componentes do Sinaes e está relacionada

à melhoria da qualidade da educação superior; à orientação da expansão de

sua oferta; ao aumento permanente da sua eficácia institucional e efetividade

acadêmica e social; e ao aprofundamento dos compromissos e

responsabilidades sociais das instituições de educação superior, por meio da

valorização de sua missão pública, da promoção dos valores democráticos, do

respeito à diferença e à diversidade, da afirmação da autonomia e da

identidade institucional.

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Esta avaliação institucional se divide em Autoavaliação Institucional e Avaliação

externa. A Autoavaliação é coordenada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) de cada

instituição e orientada pelas diretrizes e pelo roteiro da Autoavaliação institucional da

Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES). Já a Avaliação externa é

realizada por comissões designadas pelo Inep e tem por referência os padrões de qualidade para

a educação superior divulgado nos instrumentos de avaliação e os relatórios das autoavaliações.

Este processo orienta-se por uma visão multidimensional que busca integrar suas naturezas

formativa e de regulação numa perspectiva de globalidade.

Em seu conjunto, os processos avaliativos devem constituir um sistema que permita a

integração das diversas dimensões da realidade avaliada, assegurando as coerências conceitual,

epistemológica e prática, bem como o alcance dos objetivos dos diversos instrumentos e

modalidades.

2. FUNDAMENTAÇÂO TEÓRICA

O estudo toma como base os principais conceitos e características sobre a educação

superior no Brasil e que foram levantados a partir de uma revisão bibliográfica levando em

conta os principais autores que versam sobre o tema em livros e artigos diversos.

De forma complementar são utilizados dados estatísticos do Relatório da Educação

Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elementos coletados no Estudo

Socioeconômico 2014 do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), dentre

outros. Também utilizasse de informações gerais sobre a educação a partir de sites

governamentais e de fontes oficiais consultados durante o desenvolvimento do estudo.

Para ampliar a fundamentação necessária, o estudo leva em conta ainda o

desenvolvimento de pesquisa quantitativa realizada junto aos alunos concluintes do ensino

médio, potenciais ingressantes no ensino superior e que moram no município obtendo uma

amostra destes estudantes das redes públicas e privadas. Foram aplicados 466 questionários

individuais dentro das escolas e nas proximidades em horário escolar. Foram realizadas visitas

as escolas em horário de aula para a aplicação dos questionários e nas proximidades das escolas.

A partir desta, apresentando ações de gestão estratégicas para as IES.

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Os dados gerados na pesquisa são analisados e seus resultados sustentaram as

conclusões do estudo com base na proposta inicialmente apresentada e permitiram sugerir

alternativas estratégicas que podem ser utilizadas pelas instituições locais.

3. RESULTADOS ALCANÇADOS

A pesquisa foi coordenada pela Prof. Ms. Natália Castelo Branco, professora da FAI e

FACNEC e a equipe de campo foi composta por alunos do 2º período do Curso de

Administração e 3º período do Curso de Ciências Contábeis da FAI, tendo sido realizada no

primeiro e segundo semestre do ano de 2014.

O estudo analisa os resultados da pesquisa que focou no conhecimento dos alunos sobre

as instituições existentes no Município e nas suas perspectivas a partir do ensino médio da rede

de educação em relação a dar continuidade aos seus estudos após término deste ciclo. As

escolas de ensino médio, onde os questionários foram aplicados, pode ser observada na tabela a

seguir.

Tabela 1 – População da aplicação dos questionários

Fonte: Adaptado de CNEC - Faculdade Itaboraí (2014)

A partir dos resultados apurados são apresentadas as avaliações das tendências do

alunado e recomendações para as IES no que diz respeito à sua gestão, em particular sobre os

aspectos de captação e retenção de alunos.

ESCOLAS N° DE QUESTIONÁRIOS APLICADOS

C. E. Hilka de Araujo Peçanha 30

C.E. Visconde de Itaboraí 30

CIEP453 Dr. Milton Rodrigues Rocha 30

C. E. Salvador de Mendonça 75

C. E. Francesca Carey 30

CIEP 130 Dr. Elias de Miranda Saraiva 106

CIEP 308 Pascoal Carlos Magno 45

CIEP 424 Pedro Amorim 45

CIEP 050 PABLO NERUDA 15

Colégio Juliana Cardoso 15

Jovens de 16 a 18 anos 45

Total 466

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A pesquisa foi realizada com o uso de metodologia quantitativa através da técnica de

survey com a população de alunos entre 16 a 59 anos que estavam cursando o último ano do

ensino médio.

Foram aplicados 466 questionários individuais nas dependências de 10 (dez) escolas

das vinte e nove existentes nas proximidades das mesmas, em horário em que as aulas

ocorriam, representando 34% do número total de unidades escolares de ensino médio,

estando às mesmas localizadas nos distritos de: Itaboraí, Itambí, Visconde de Itaboraí,

Cabuçú e Manilha de forma a garantir maior abrangência e representatividade da amostra.

Em umas das questões do questionário verificava a pretensão de continuidade dos

estudos.

Tabela 2 – Pretensão de continuidade dos estudos dos Entrevistados

Fonte: Adaptado de CNEC - Faculdade Itaboraí (2014)

Gráfico 1 – Pretensão de continuidade dos estudos dos Entrevistados

Fonte: Adaptado de CNEC - Faculdade Itaboraí (2014)

PRETENSÃO DE CONTINUIDADE DOS ESTUDOS APÓS CONCLUSÃO

DO ENSINO MÉDIO Nº %

Sim, pretendo fazer um curso técnico 117 25,1

Sim, pretendo cursar o ensino superior numa instituição publica 188 40,3

Sim, pretendo cursar o ensino superior em uma instituição particular 98 21,0

Sim, pretendo fazer um curso profissionalizante 49 10,5

Não 8 1,7

Outros 6 1,3

Total 466 100,0

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Dos entrevistados, 40,3% pretendem cursar o ensino superior em uma instituição

publica, enquanto 25,1% pretendem fazer um curso técnico, já 21,0% preferem cursar um

ensino superior em uma instituição particular e os restantes pretendem fazer um curso

profissionalizante ou outras atividades totalizando estes 11,8% dos entrevistados e 1,7% não

pretendem dar continuidade nos estudos.

Ainda, em outra questão referente o local de continuidade dos estudos.

Tabela 3 – Local de continuidade dos estudos dos Entrevistados

Fonte: Adaptado de CNEC - Faculdade Itaboraí (2014)

Gráfico 2 – Local de continuidade dos estudos dos Entrevistados

Fonte: Adaptado de CNEC - Faculdade Itaboraí (2014)

Dos entrevistados, 57,1% pretendem estudar em outra cidade e 39,5% pretendem

continuar seus estudos em sua própria cidade, outros e não responderam somaram 3,4%.

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

A própria cidade

Outra cidade Outros NS/NR Total

%

LOCAL DE CONTINUIDADE DOS ESTUDOS Nº %

A própria cidade 184 39,5

Outra cidade 266 57,1

Outros 10 2,1

NS/NR 6 1,3

Total 466 100,0

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Também, outra questão referente a facilidade de acesso do bairro de moradia à uma IES.

Tabela 4 – Facilidade de acesso do bairro de moradia dos Entrevistados

Fonte: Adaptado de CNEC - Faculdade Itaboraí (2014)

Gráfico 3– Facilidade de acesso do bairro de moradia dos Entrevistados

Fonte: Adaptado de CNEC - Faculdade Itaboraí (2014)

Dos entrevistados, 42,7% disseram que sua residência tem um pouco de facilidade de

acesso a uma IES, 35,4% disseram que não tem facilidade de acesso a uma IES e 20,6% tem

plena facilidade no acesso a uma IES e 1,3% não responderam.

3.1. Análise de resultados

Observando a pesquisa em um todo, destina-se a promover a análise e discussão dos

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

Sim, totalmente Sim, um pouco Não NS/NR Total

%

FACILIDADE DE ACESSO Nº %

Sim, totalmente 96 20,6

Sim, um pouco 199 42,7

Não 165 35,4

NS/NR 6 1,3

Total 466 100,0

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resultados da pesquisa desenvolvida e buscar identificar se as estratégias utilizadas pelas IES

estão adequadas ou se demandas ajustes, sendo objeto de indicação ao final do estudo.

Avalia ainda o perfil dos clientes e potenciais clientes e quais as condicionantes

determinam seu ingresso nas instituições em Itaboraí ou se irão se deslocar a outros municípios

em busca de outros cursos e instituições, determinando assim a capacidade de captação local e

influenciando em suas estratégias.

Através da análise de dados da amostra, é possível observar que existe equilíbrio em

termos de gênero dos entrevistados, sendo quase a totalidade composta por jovens na faixa

etária de 16 a 24 anos e em geral, solteiros, o que possibilita inferir que sua renda pode ser

revertida para estudos.

A população entrevistada tem, em sua maior parte, renda familiar de um a três salários

mínimos, a maioria pretende prosseguir os estudos no ensino superior e ao final do curso

pretendem estar ganhando de três a sete salários mínimos.

Analisando os resultados das questões 4, 5 e 6, o resultado demonstra que tais alunos

pretendem prosseguir seus estudos no ensino superior para assim melhorar a renda familiar e

por consequência, a qualidade de vida.

Considerando as questões 7 e 8, a maioria pretende estudar em outra cidade pela oferta

de cursos que no município não são disponibilizados, sendo que mais de 75% dos entrevistados

não tem facilidade no deslocamento a uma instituição pública ou privada de ensino superior

fora do município.

O resultado obtido mostra que há certo preconceito cultural por parte dos moradores de

Itaboraí em continuar seus estudos na própria cidade e também pela falta de conhecimento das

IES existentes no município. Porém, mais de 39% pretendem permanecer estudando em

Itaboraí.

A análise das questões 9 e 10 demonstra que tanto os alunos como seus amigos e

familiares consideram que cursar o ensino superior é muito importante.

Isso visto que nas questões seguintes, 11 e 12, como são, em sua maioria, jovens que

possuem uma dependência de seus pais e que os pais destes, cerca de mais de 80%, não tem

formação superior, indicando assim que, caso os entrevistados optassem em cursar o nível

superior em uma instituição particular teriam a ajuda dos pais, pois estes são mais sensíveis por

não terem tido a oportunidade que os filhos hoje têm de cursar o ensino superior, conforme

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verificada esta importância dada ao ensino superior pelos pais dos entrevistados. A partir desses

resultados parte-se para o planejamento estratégico para IES.

O planejamento estratégico tem como conceito geral a busca pela sobrevivência e o

sucesso das organizações e sendo dependente da sua harmonia com o ambiente. As IES do

município de Itaboraí, como qualquer outra organização, enfrentam mudanças que serão

determinadas como ameaças e oportunidades que o mercado impõe, levando em conta sempre

seus pontos fortes e fracos.

As faculdades FAI e FACNEC têm por pontos fortes suas localizações, no centro da

cidade facilitando, assim, o acesso ao transporte público, pois além de captar alunos do próprio

município elas ficam a poucos minutos dos municípios vizinhos. Possuem também um preço

abaixo do mercado comparado com as Instituições de Ensino da região. A faculdade

Anhanguera, por exemplo, tem por ponto forte ser a única instituição que oferece o curso de

medicina veterinária no município.

Um dos principais pontos fracos de todas as IES do município é a falta de opções de

cursos e a indisponibilidade de horários, pois acabam oferecendo grade fechada de disciplinas

aos seus alunos.

Dessa forma, estas informações podem auxiliar nos planejamentos estratégicos das IES,

sendo identificadas ainda as oportunidades e ameaças com relação às Faculdades do município

de Itaboraí.

Dentre as diversas ameaça às IES, podem ser citadas:

A possível entrada de novas instituições oferecendo cursos que as IES atuantes

não oferecem;

O crescimento da oferta do transporte universitário pela Prefeitura Municipal de

Itaboraí, onde o ônibus deixa e busca os alunos em IES fora do município. Isto acaba sendo uma

ameaça para as IES de Itaboraí.

Como Oportunidade as IES do município, podem ser citadas:

O crescimento do EAD no município;

Novas empresas no município, com isso a possibilidade de parcerias e

convênios;

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E mesmo com a diminuição nas obras do COMPERJ, existe uma população

vinda de outras regiões na cidade e pessoas de outros municípios que atuam no mercado de

trabalho no município.

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

O estudo teve como proposta apresentar os dados sobre gestão de Ensino Superior,

começando a nível Brasil para assim chegar à gestão de IES do município de Itaboraí. A análise

para captação e retenção dos alunos deu-se através da pesquisa com estudantes do ensino médio

de Itaboraí, potenciais alunos das IES do município, assim partindo para recomendações

estratégicas para IES.

Durante o estudo também, foi indicado como se encontra a Educação Superior, como

estas são classificadas e avaliadas.

O objetivo foi buscar identificar os fatores motivacionais que levam a retenção ou a

perda dos alunos concluintes do ensino médio para IES de outros municípios.

Através da pesquisa identifica-se que a maioria da população entrevistada prefere

estudar em alguma instituição fora do município que reside. Isso se apresenta como certo

preconceito às instituições do município, devido ao não conhecimento de fato dos cursos e das

próprias IES, e também a oportunidade que estes alunos têm com o ônibus universitário

oferecido pela prefeitura, já que parte destes, conforme demonstrados na pesquisa residem em

locais que não tem fácil acesso a uma IES.

A análise do cruzamento destas três primeiras questões mostra que o foco das IES é esta,

nos jovens solteiros de ambos os sexos, sendo esta população um pouco mais influenciável em

suas decisões. Então realizar um trabalho de apresentação da IES nas escolas do município é

uma alternativa de eficácia.

Políticas organizacionais, como parcerias com empresas de transporte devem ser

criadas já que grande parte não tem facilidade de acesso a transporte para se deslocar para uma

IES dentro ou fora do Município.

No que diz respeito ao mercado de educação superior, o município de Itaboraí

atualmente tem a Faculdade Itaboraí (FAI) oferecendo os cursos presenciais de Administração

de Empresas, Ciências Contábeis e Direto, em EAD os cursos de Gestão de Recursos Humanos,

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Pedagogia e Processos Gerenciais e Pós-Graduação em EAD de docência na educação básica,

especialização em psicopedagogia institucional, MBA em gestão ambiental, MBA em gestão

educacional, MBA em gestão empresarial, práticas pedagógicas e ambientes educacionais; a

Faculdade Cenecista de Itaboraí (FACNEC) oferecendo presencialmente os cursos de

Administração de Empresas, Letras e Pedagogia e no segundo semestre de 2015 o curso de

Engenharia de Produção, em EAD os cursos de Pedagogia, Processos Gerenciais e Recursos

Humanos e Pós-Graduação em EAD de docência na educação básica, especialização em

psicopedagogia institucional, MBA em gestão ambiental, MBA em gestão educacional, MBA

em gestão empresarial, práticas pedagógicas e ambientes educacionais; a Faculdade

Anhanguera oferecendo o curso de Medicina Veterinária; e a Universidade Candido Mendes

com um pólo oferecendo os cursos nas áreas de: Pós-Graduação, Aperfeiçoamento, Extensão,

Capacitação Profissional e Complementação Pedagógica na modalidade EAD.

O ambiente externo das IES deve ser monitorado e gerido continuamente de forma que

os gestores conheçam as potencialidades e cenários do mercado no qual estão inseridas a IES,

além do contexto de socioeconômico municipal.

Com base no que foi visto as IES devem atuar com programas de divulgação nas escolas

do município, apresentando a faculdade, os cursos oferecidos, realizando palestras. Já que

existe certo “preconceito” da população com instituições do município, é dever das IES mostrar

a real posição do município para esses alunos. Capacitando pessoal através de treinamentos

para que estes possam passar veracidade e conquistar futuros alunos. Através de suas palestras

demonstrarem depoimentos de alunos locais que conseguiram ascender na vida profissional.

São diversas as estratégias que podem e devem ser utilizadas para agregar valor ao

negócio, tais como: Melhorias no Ambiente Institucional, Melhorias no Sistema

Administrativo e de Atendimento da Faculdade, Melhoria Contínua na Qualificação dos

Professores, dentre outras.

As IES utilizando o modelo BSC devem observar as perspectivas a seguir:

PERSPECTIVA FINANCEIRA:

Aumento da Receita;

Redução dos custos;

Redução da inadimplência;

Investimento em propaganda e marketing.

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Nesta perspectiva, as medidas financeiras indicam aonde a instituição está obtendo êxito

com as estratégias definidas, implementadas e executadas. Esse êxito é medido pela sua

lucratividade e pelo seu crescimento. Se esses indicadores não mostram o esperado, pode haver

problemas na execução, na implementação ou até mesmo na definição das estratégias.

PERSPECTIVA DO CLIENTE

Atração de novos clientes;

Retenção de clientes;

Satisfação dos clientes;

Reputação da Faculdade;

Melhoria Continua do Atendimento.

PERSPECTIVA DOS PROCESSOS INTERNOS

Melhoria nos investimentos em Tecnologia da Informação;

Inovação do acesso de serviços em seus portais online;

Criação de Parcerias e Convênios;

Abertura de novas turmas de cursos que não são oferecidos no município.

Criação de banco de dados para estágios, assim capacitando, fidelizando e

retendo clientes.

Mudanças em processos que ajudem a reduzir custos dos clientes ou que permitam

atingir os objetivos mais rapidamente têm valor para os mesmos.

PERSPECTIVA APRENDIZADO E CRESCIMENTO

Investir no capital humano, gerindo estratégias de retenção de talentos e oferecer

programas de formações continuadas de todos os seus colaboradores;

Gerir estratégias de informações institucionais;

Obter um modelo de gestão para resultados, trabalhando a melhoria continua e

garantir infraestrutura física e tecnológica a todos envolvidos.

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A única real certeza no mercado de educação superior é que as mudanças acontecem, e

ocorrem de forma acelerada. A mudança em si é um processo de aprendizagem, onde a

organização deve estar continuamente reavaliando seus processos, detectando acertos e

desvios.

A tarefa das IES não é nada fácil, mas para se manter no mercado e serem reconhecidas

como instituições de referência, não só para o município, mas também no estado e no Brasil, as

IES devem antes de querer buscar clientes, no caso alunos, ter um planejamento estratégico

onde todos os envolvidos estejam de fato incorporados nos processos e perspectivas

organizacionais.

Contudo, o presente estudo buscou analisar e discutir os desafios das IES no município

de Itaboraí na captação e retenção de alunos, porém, não se pretende esgotar as discussões

acerca do tema, mas abri-lo a novos estudos, visto que o mercado está em constante mudança e

promove assim a necessidade das instituições de ensino se reinventarem a cada dia.

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