gestao de custos voltada a hotelaria ficha 7 340912_1_1 hotelaria

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 13 1.1 Apresentação do Tema ..................................................................................................... 13 1.2 Abordagem Geral do Problema ...................................................................................... 15 1.3 Objetivos ............................................................................................................................ 15 1.3.1 Objetivo geral .............................................................................................................. 15 1.3.2 Objetivos específicos ................................................................................................... 15 1.4 Justificativa ....................................................................................................................... 16 1.5 Metodologia ....................................................................................................................... 16 1.5.1 Quanto aos objetivos ................................................................................................ 17 1.5.2 Quanto aos procedimentos ....................................................................................... 17 1.5.3 Quanto à abordagem do problema ........................................................................... 17 1.6 Metodologia da Pesquisa .................................................................................................. 17 1.7 Estrutura do Trabalho ..................................................................................................... 19 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 20 2.1 Caracterização do Setor Hoteleiro .................................................................................. 20 2.1.1 Evolução histórica da Hotelaria ............................................................................... 22 2.1.2 Definições de Hotel e Meios de Hospedagem ......................................................... 24 2.1.3 Classificação dos Hotéis .......................................................................................... 26 2.2 Hotelaria e a Contabilidade de Custos ........................................................................... 30 2.3 Evolução da Contabilidade de Custos ............................................................................ 32 2.4 Custos aplicados à Hotelaria ........................................................................................... 33 2.4.1 Definições e conceitos ............................................................................................. 34 2.5 Classificação dos Custos ................................................................................................... 35 2.5.1 Custos diretos ........................................................................................................... 35

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Page 1: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 13

1.1 Apresentação do Tema ..................................................................................................... 13

1.2 Abordagem Geral do Problema ...................................................................................... 15

1.3 Objetivos ............................................................................................................................ 15

1.3.1 Objetivo geral .............................................................................................................. 15

1.3.2 Objetivos específicos ................................................................................................... 15

1.4 Justificativa ....................................................................................................................... 16

1.5 Metodologia ....................................................................................................................... 16

1.5.1 Quanto aos objetivos ................................................................................................ 17

1.5.2 Quanto aos procedimentos ....................................................................................... 17

1.5.3 Quanto à abordagem do problema ........................................................................... 17

1.6 Metodologia da Pesquisa .................................................................................................. 17

1.7 Estrutura do Trabalho ..................................................................................................... 19

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 20

2.1 Caracterização do Setor Hoteleiro .................................................................................. 20

2.1.1 Evolução histórica da Hotelaria ............................................................................... 22

2.1.2 Definições de Hotel e Meios de Hospedagem ......................................................... 24

2.1.3 Classificação dos Hotéis .......................................................................................... 26

2.2 Hotelaria e a Contabilidade de Custos ........................................................................... 30

2.3 Evolução da Contabilidade de Custos ............................................................................ 32

2.4 Custos aplicados à Hotelaria ........................................................................................... 33

2.4.1 Definições e conceitos ............................................................................................. 34

2.5 Classificação dos Custos ................................................................................................... 35

2.5.1 Custos diretos ........................................................................................................... 35

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2.5.2 Custos indiretos ........................................................................................................ 35

2.6 Comportamento dos Custos ........................................................................................... 36

2.6.1 Custos variáveis ....................................................................................................... 36

2.6.2 Custos fixos .............................................................................................................. 37

2.7 Métodos de Custeio ......................................................................................................... 37

2.7.1 Custeio por absorção ................................................................................................ 38

2.7.2 Custeio variável ou direto ........................................................................................ 40

2.8 Margem de Contribuição ............................................................................................... 41

2.9 Ponto de Equilíbrio (PE) ................................................................................................ 43

2.9.1 PE em quantidade ..................................................................................................... 43

2.9.2 PE em valor .............................................................................................................. 44

2.10 Custeio Baseado em Atividades (ABC) ......................................................................... 44

3. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ........................................................... 48

4. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................... 62

REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 64

APÊNDICES .................................................................................................................................... 67

Apêndice A Carta de Apresentação ....................................................................................... 67

Apêndice B Formulário de Pesquisa ..................................................................................... 68

Apêndice C Planilha de Dados .............................................................................................. 72

Apêndice D Cálculo da Taxa de Eficiência da MOB ............................................................ 73

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1. INTRODUÇÃO

Este capítulo tem por finalidade apresentar a questão de pesquisa, os objetivos gerais e

específicos e a metodologia de pesquisa.

1.1 Apresentação do Tema

O crescimento da rede hoteleira no Brasil é um fato que segundo uma pesquisa

encomendada pela agência Hotel On Line1, demonstra uma expansão na rede hoteleira de

27% nos últimos cinco anos. Esta marca ressalta o potencial de crescimento e de competição

no setor. Tais características ressaltam a importância da criação de um diferencial dentro de

cada hotel, não sendo apenas no serviço prestado, mas também no controle e administração

eficazes do negócio.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), a indústria hoteleira

no Brasil gera uma receita bruta anual de aproximadamente US$ 2 bilhões e mantém cerca de

um milhão de empregos diretos e indiretos. Tal fato destaca a importância econômica do

setor, e a necessidade de utilização de ferramentas gerenciais de planejamento e controle

voltadas às necessidades da hotelaria.

Um exemplo de ferramenta gerencial de planejamento e controle é o sistema de custos.

Zanella (2001) comenta que o sistema de custos é um instrumento que pode reestruturar uma

empresa, de forma que seus controles internos tragam segurança e confiabilidade nas

informações, além do domínio de todos os fatores que interferem nelas. Desta forma este

trabalho busca uma abordagem nas técnicas de gestão relacionadas com o custo dos produtos

e serviços do ramo hoteleiro, afim de que auxilie no esclarecimento sobre qual é a relevância

de uma gestão de custos.

A Contabilidade consiste no processo sistemático e ordenado de registrar as alterações

ocorridas no patrimônio de uma entidade a fim de gerar informações úteis ao processo

decisório. A contabilidade de custos, ramo da Contabilidade, esta voltada à medição e análise

dos gastos realizados pela entidade no decorrer de suas operações. Pode ser definida como o

1 www.hotelonline.com.br

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processo ordenado de usar os princípios da contabilidade geral para registrar os custos de

operações de um negócio fonte.

detalhados sobre custos que a gestão precisa para controlar as operações atuais e planejar para

tomada de decisões em relação à aplicabilidade dos recursos nas atividades que tem mais

rentabilidade dentro da organização.

Martins (2006) comenta que:

A contabilidade de custos tem duas funções relevantes: o auxílio ao Controle e a ajuda às tomadas de decisões. No que diz respeito ao Controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para comparação com os valores anteriormente definidos. (MARTINS, 2006, p. 21)

Dessa forma, com informações coletadas das operações e das vendas, a administração

pode empregar os dados contábeis e financeiros para estabelecer os custos de produção e

distribuição, unitários ou totais, para um ou para todos os produtos fabricados ou serviços

prestados, além dos custos das outras diversas funções do negócio, objetivando alcançar uma

operação racional, eficiente e lucrativa.

Quanto aos custos, os hotéis apresentam características típicas que os diferenciam de

outras empresas. Estudos feitos por Bonifácio e Platt (2003) apontam que aproximadamente

70% dos custos dos hotéis brasileiros são classificados como fixos. Custos fixos são aqueles

que se mantêm constantes independentemente da taxa de ocupação, tais como a depreciação,

seguros e salários administrativos.

Os 30% restantes são os chamados custos variáveis, ou seja, os que são proporcionais

ao número de hóspedes atendidos ou às unidades habitacionais (UH) ocupadas. Custos

variáveis só existem quando há ocupação, tais como lavanderia e café da manhã. No entanto,

a maior parte dos custos de um hotel se mantém constantes, mesmo com os quartos estando

vazios.

A Gestão de Custos aplicados à hotelaria tem muito a contribuir na solução dessas

questões de empregabilidade dos custos e o cenário competitivo exige profissionais com

formação na matéria. É igualmente necessária a disposição empresarial para investir no

controle e gestão de custos. Partindo deste princípio o presente trabalho se desenvolve com o

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intuito de compreender o conteúdo de informações sobre a aplicação dessa gestão nos hotéis

de Blumenau, e identificar o método utilizado pelos hotéis da região.

1.2 Abordagem Geral do Problema

Tendo em vista a gestão de custos como ferramenta necessária para uma boa

rentabilidade da empresa, o presente estudo apresenta o seguinte problema:

Quais os hotéis do município de Blumenau que utilizam a gestão de custos e a vêem

como importante ferramenta para melhorar os negócios? Que tipo de apontamento, controle e

gestão de custos são utilizados pelos hotéis do município de Blumenau? E quais as

conseqüências de sua não utilização ou utilização inadequada?

1.3 Objetivos

Os objetivos da pesquisa estão divididos em objetivo geral e objetivos específicos.

1.3.1 Objetivo geral

Verificar a aplicabilidade da gestão de custos nos hotéis de Blumenau, bem como as

formas de mensuração, registro e controle dos custos desses hotéis.

1.3.2 Objetivos específicos

Quanto aos objetivos específicos pretende-se:

a) Estruturar os gastos relacionados à atividade hoteleira;

b) Identificar a estrutura de custos da amostra;

c) Comparar a estrutura de custos da amostra;

d) Identificar a forma de gestão de custos que vem sendo aplicada no setor

hoteleiro do município de Blumenau.

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1.4 Justificativa

A Gestão de Custos influencia diretamente o resultado dos hotéis. As empresas que

utilizam uma gestão de custos conseguem de um modo geral melhor administrar os seus

ganhos, tornando o negócio mais eficaz e melhor gerenciado (LUNKES, 2004).

A partir deste entendimento ressalta-se a alta competitividade do setor, determinando a

necessidade constante de agilidade e presteza na coleta de dados. Quando o setor não conhece

nem investiga sobre seu cliente, este fator aliado à ausência de uma gestão estratégica de

custos voltada para a competitividade pode ocasionar a mortalidade destas empresas.

Segundo Santos (2005):

A maximização dos lucros não depende somente do poder de competição de uma empresa perante o mercado, mas também dos seus custos e despesas necessárias para produzir e vender um bem ou serviço, bem como de volume de vendas e de um eficaz planejamento e controle de lucros. O composto de ingredientes que dará origem ao preço de venda e que servirá de base para a negociação deverá abranger todos esses itens, a fim de que os objetivos da empresa em termos de continuidade, remuneração do capital investido e contribuição à sociedade sejam atingidos. (SANTOS, 2005, p. XIX).

A pesquisa justifica-se pelo fato de identificar como o setor vem utilizando os custos

dentro dos hotéis, e qual o método utilizado, atingindo assim a satisfação para os gerentes

desse setor.

1.5 Metodologia

A metodologia da pesquisa consiste do método e das técnicas que o pesquisador utiliza

para realizar um trabalho acadêmico. Para delinear o presente estudo observam-se as

tipologias de pesquisa aplicadas à contabilidade, descritas por Raupp e Beuren (2003, p. 79),

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1.5.1 Quanto aos objetivos

Quanto aos objetivos, a pesquisa se caracteriza como um estudo descritivo. Andrade

analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles.

1.5.2 Quanto aos procedimentos

Quanto aos procedimentos a pesquisa refere-se a um Levantamento ou Survey.

Conforme Gil (1999):

Caracteriza-se pela interrogativa direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se a solicitação de informações a um grupo de pessoas acerca do problema estudado para em seguida, mediante análise quantitativa, obter as conclusões correspondentes aos dados coletados. (GIL, 1999, p.70).

1.5.3 Quanto à abordagem do problema

Com relação à abordagem, esta pesquisa caracteriza-se como quantitativa. A

abordagem quantitativa caracteriza-se, conforme Richardson (1989):

Pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples, como percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficientes de correlação, análise de regressão etc. (RICHARDSON, 1989, p. 29)

1.6 Metodologia da Pesquisa

O universo de coleta dos dados limita-se à cidade de Blumenau, especificamente os

hot

mobiliados, com banheiro privativo, para ocupação eminentemente temporária, oferecendo

serviço completo de alimentação, além dos demais serviços inerentes à atividade hoteleira.

Podemos classificar também o universo pesquisado de acordo com as estrelas,

conforme cita Lunkes (2004), sendo que para esta análise enfocam-se os hotéis de três a cinco

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estrelas, descartando a categoria de empresas com quantidade de estrelas inferior ao citado,

por motivos de objetividade.

Em relação à delimitação do universo, cabe citar que a listagem dos hotéis pesquisados

foi retirada junto ao Sindicato da Hotelaria de Blumenau, que solidariamente cedeu as

classificações dos hotéis bem como outros dados que contribuíram para a agilidade do

processo de pesquisa, tais como endereços, contatos, responsáveis pelos hotéis, entre outras

informações.

Dentre esta listagem efetuou-se a escolha dos hotéis a serem pesquisados considerando

(BEUREN, 2004, p. 126). Assim, a amostra consiste em treze hotéis, sendo

que apenas dez responderam ao questionário. Por motivo de sigilo seus nomes e demais dados

de identificação são preservados.

O instrumento de coleta de dados utilizado é um questionário (BEUREN, 2004)

desenvolvido pelo pesquisador juntamente com seu orientador, e posteriormente distribuído

de forma pessoal nos estabelecimentos hoteleiros. O questionário (Apêndice B) consiste em

perguntas abertas e fechadas que são baseadas no conteúdo encontrado nos capítulo 2 e 3

deste trabalho, totalizando assim 15 perguntas. O questionário é um dos instrumentos

fundamentais para a verificação de elementos junto à sociedade, tendo como princípio obter

as informações da parte entrevistada, conforme cita Marconi e Lakatos (2000).

Os questionários foram distribuídos pessoalmente pelo pesquisador no mês de

outubro/2009, acompanhados por uma carta de apresentação com identificação da

universidade bem como o visto do orientador da pesquisa, ressaltando a seriedade e

importância da pesquisa (Apêndice A). Após um prazo de sete dias o pesquisador recolheu os

questionários já preenchidos e efetuou-se então a análise dos dados descrita no capítulo 4

deste trabalho.

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1.7 Estrutura do Trabalho

O presente trabalho está estruturado em capítulos para melhor compreensão do seu

desenvolvimento. Com base no problema da pesquisa e nos objetivos estabelecidos, o

trabalho é divido em quatro capítulos, além das referências bibliográficas.

O primeiro capítulo é composto pela introdução, constando a apresentação do tema, o

problema de pesquisa, os objetivos gerais e específicos do trabalho, a justificativa, o contexto

da pesquisa, a metodologia e a estrutura do trabalho. Tem-se assim uma visão geral do

trabalho.

No segundo capítulo apresenta-se a fundamentação teórica, onde são abordados os

conceitos e informações referentes ao setor hoteleiro bem como os conceitos e informações

referentes aos princípios de contabilidade voltados para a hotelaria, enfatizando-se

informações sobre Custos e seus sistemas, evidenciado a importância desses instrumentos de

gestão. Assim conclui-se a fundamentação teórica do trabalho.

O terceiro capítulo evidencia a apresentação dos dados coletados e a análise dos

mesmos, culminando assim no quarto capítulo onde são expostas as conclusões e

considerações finais resultantes da análise da pesquisa.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo será abordada a caracterização do setor hoteleiro e da contabilidade de

custos aplicável ao setor.

2.1 Caracterização do Setor Hoteleiro

Turismo é a atividade desenvolvida pelas pessoas que viajam por um determinado

tempo, não ultrapassando o período de um ano, para fins culturais, de repouso, ou de recreio,

dentro ou fora do país. Portanto o setor hoteleiro é uma importante estrutura para o turismo. A

palavra turismo vem do tourisme e significa giro, volta, passeio.

Segundo Dias (2005):

Em 1942, os professores da Universidade de Berna Walter Hunziker e Kurt Krapf elaboraram a definição que foi mais aceita e posteriormente adotada pela Association Internationale dês Esperts Scientifiques du Tourisme (AIEST), que

produzidos pelo deslocamento e permanência de pessoas fora de seu lugar de domicílio, desde que esses deslocamentos e permanência não estejam motivados por uma atividade lucrativa 2005, p.16).

A hotelaria é um ramo do comércio que trabalha com o turismo de um modo geral. Ela

tem um importante papel na evolução histórica dos negócios comerciais, culturais e políticos,

graças a sua capacidade de se adaptar às constantes mudanças do mercado.

Segundo o boletim de desempenho econômico do turismo publicado pelo ministério

do turismo2, as empresas do setor de turismo apresentaram um declínio em seu faturamento de

abril a junho/2009, após sete trimestres sucessivos de majoração, mas as perspectivas de 67%

do mercado são de recuperação ao longo de julho a setembro/2009. Os principais fatores que

levaram a essa queda são a crise financeira internacional, o acirramento da concorrência e a

demanda inferior às de períodos recentes (em maior escala, a de hóspedes estrangeiros).

Com essa exigência mercantil de adaptação às crises e mudanças, o setor evoluiu e

passou por várias reestruturações, sendo que nas últimas décadas se manteve em processo

mutável em maior intensidade do que nos últimos séculos. Dentre a listagem de instâncias que 2 www.turismo.gov.br/dadosefatos

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tiveram que se ajustar está: empregados, que necessitam de constante investimento intelectual

para melhor atender; as finanças, que tem o importante papel de gestão de recursos e estudo

do mercado financeiro; os conceitos empresariais, que focam na capacidade de gerir o

negócio de forma qualificada através da busca pelo conhecimento na gestão empresarial; os

hóspedes, que são o motivo maior de manter o setor em funcionamento; etc.

Todas as transformações sofridas pelos hotéis de uma forma geral aconteceram na

mesma época em que o setor passou por mudanças nas estruturas de propriedade e meios de

se ganhar dinheiro, acompanhadas pela inovação no gerenciamento (VALLEN e VALLEN,

2003).

Ainda segundo Vallen e Vallen (2003, p. seja em termos internacionais ou

domésticos, o setor serve a dois mercados principais. O mercado comercial inelástico

continua a ser à base do negócio hoteleiro. Ganhando força, aparece o mercado turístico, mais

elástico.

Com relação a estes mercados, os papéis dos hotéis variam de acordo com os

hóspedes, o que diferencia a atuação de um mercado para outro. Desta forma podemos citar o

hotel de trânsito que é uma estrutura pela qual se passa rapidamente, o que caracteriza o nicho

comercial. Os hóspedes têm por pretensão apenas a pernoite, diversificando os motivos pelos

quais eles se encontram, sejam empresários indo a reuniões de negócio, famílias viajando para

assistir um casamento, ou mesmo equipes esportivas com rumo a um jogo. Este tipo de hotel

raramente acomoda hóspedes por mais de uma noite.

Diferentemente do hotel de trânsito temos o hotel-destino, que têm por objetivo a

própria viagem e estadia, seja a título de férias, seja por localização próxima a um centro

médico, para pessoas que visitam doentes, ou mesmo para famílias que ali residem por um

curto intervalo de tempo a fim da procura por uma casa nova.

Baseado nestes diferentes tipos de mercado deparou-se com um vasto campo de

atuação da hotelaria, que está em expansão e agregando cada vez mais valor a economia

mundial.

tangíveis

Aplicando o conceito de mercado na hotelaria, pode-se afirmar que mercado é onde

acontece o contato entre os hóspedes e os hotéis, numa constante variável de oferta e

demanda. A demanda é caracterizada pela procura de descanso, recreação, diversão e cultura,

e a oferta são os produtos e serviços a disposição do consumidor na rede hoteleira.

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2.1.1 Evolução histórica da Hotelaria

Os relatos históricos da hotelaria são bastante antigos. Desde o século VI a.C. já havia

uma demanda de hospedagem, em razão do comércio europeu pelo mediterrâneo.

Antigamente era conhecida por ser um auto-serviço, onde os próprios clientes faziam a

lotação, sem qualquer tipo de padronização. As pessoas ficavam em quartos grandes onde

eram lotados por vários hóspedes, sendo que boa parte se quer se conheciam (DUARTE,

1996).

No império romano surgiu a denominação hostellum para designar a instalação onde

os reis e nobres se alojavam em suas viagens. O marketing do negócio dependia do luxo e

conforto que eram oferecidos nas instalações de repouso. Na medida em que o tempo foi

passando, foi-se agregando valor a essa atividade chamada hospedagem. No final da idade

média já se ofereciam, além dos serviços de hospedagem, refeições e vinhos, cachoeiras e

trato para os cavalos, serviços de manutenção de charretes e até mesmo outros tipos de

veículos.

Conforme Duarte (1996), no Brasil há registros do aparecimento do primeiro hoteleiro

somente no início do século XVII. Chamado Marcos Lopes, ele teve a abertura de seu

estabelecimento na cidade de São Paulo, berço desse ramo em nosso país. Este surgimento

ocorreu na época em que acontecia a melhor fase do Segundo Império brasileiro, juntamente

com as alterações políticas advindas da época da independência, as fortes influências da

abolição da escravatura e da modificação do governo em República. Estes eventos se

transformaram em fatores determinantes para o início da atividade hoteleira em São Paulo.

Com o correr do tempo as primeiras casas de hospedaria foram se transformando nos

primeiros hotéis da cidade, já no final do século XIX.

Porém não foi apenas São Paulo que alavancou o desenvolvimento no ramo hoteleiro,

conforme Duarte (1996):

Se pelo lado paulista o desenvolvimento esteve atrelado ao turismo de negócios, o desenvolvimento da hotelaria carioca não foi menos importante e abrangente, pelos aspectos de ser a capital do país e pelo fato de ganhar notoriedade a nível internacional pelas inúmeras belezas naturais, através da música popular brasileira de Ari Barroso e Carmem Miranda. Teve seu marco hoteleiro através do ainda famoso Copacabana Palace, transformando o Rio em pólo de turismo de lazer. E em agosto de 1922 inaugura-se o Hotel Glória, hoje um dos maiores do Brasil com 700 apartamentos. Um momento de grande desenvolvimento da hotelaria foi na década de 40 com o incentivo do governo na construção de hotéis cassino. Porém, com a proibição do jogo, a hotelaria brasileira somente teve novo avanço com os

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incentivos fiscais da operação 63 do Banco Central. Foi quando ocorreu o crescimento das redes hoteleiras de capital fechado, caracterizadas pela administração familiar. (DUARTE, 1996, p. 17)

Na década de 30 os grandes hotéis começaram a ser implantados nas capitais, nas

estâncias minerais e nas áreas consideradas paisagísticas. A década de 40 teve um fator que

influenciou negativamente o desenvolvimento dos grandes hotéis: a proibição dos jogos de

azar em 1946. Muitos não resistiram à pressão da época e acabaram submergidos pela

falência.

Somente em 1966 foi criada a EMBRATUR (Empresa Brasileira de Turismo) e

também o FUNGETUR (Fundo Geral do Turismo), promovendo uma nova fase na hotelaria

brasileira, sobretudo na fração de hotéis de luxo, cinco estrelas, como já eram classificados na

época. A EMBRATUR logo começou a desempenhar suas funções e nos anos 60 e 70 foi

responsável por trazer ao país as grandes redes internacionais de hotéis. Porém o nível desses

hotéis em sua grande maioria não era acessível à maior parte da população, por terem os

padrões de hotéis de luxo da época.

Duarte (2006) apud Brenlla (2009, p. 31) comenta que:

Em 1972, apoiado em recursos captados em condomínio, a Rede Hilton inaugura o São Paulo Hilton e marca a virada para a administração profissional hoteleira no Brasil, e somente nos anos 90 é que as grandes redes passam a construir no país hotéis mais econômicos e de padrão internacional, isso pelo alto grau de procura dos consumidores por esse produto. Foi também nessa época que ocorreu a abertura do país para a globalização, assim abrindo também o mercado do turismo de negócios. (DUARTE [2006] apud BRENLLA, 2009, p. 31)

Brenlla (2009), afirma ainda que nas últimas décadas a hotelaria passou por momentos

de grande concentração de esforços para obter melhores resultados. Tendo que aprimorar a

qualificação dos serviços por meio de mão-de-obra especializada, para que hoje pudesse

oferecer benefícios e atrativos para seus hóspedes, não focando apenas na pernoite em si, mas

em todas as necessidades das pessoas que passam por ali, exigindo dos empreendedores

desses estabelecimentos cada vez mais criatividade e diferenciais voltados para a satisfação de

seus clientes.

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2.1.2 Definições de Hotel e Meios de Hospedagem

Podemos definir um hotel como sendo um estabelecimento que, a partir do pagamento

de diárias, oferece aos clientes hospedagem e outros serviços. Segundo a Resolução CNTur

1.118 de 23 de outubro de 1978:

O mobiliados, com banheiros privativos, para ocupação eminentemente temporária, oferecendo serviço completo de alimentação, além dos demais serviços inerentes à

art. 11). O Decreto nº 8hospedagem de turismo os empreendimentos ou estabelecimentos destinados a prestar serviços de hospedagem em aposentos mobiliados e equipados, alimentação

(RESOLUÇÃO CNTur 1.118 de 23 de Outubro de 1978)

Para Petrocchi (2002, p mpresa hoteleira é a pessoa jurídica que explora ou

administra meios de hospedagem e que tenha em seus objetivos sociais o exercício da

atividade hoteleira . Já Castelli (2006) apud Brenlla (2009, p. 21) diz que:

A definição Francesa apresenta que o Hotel de turismo é um estabelecimento comercial de alojamento classificado, que oferece habitações ou apartamentos mobiliados, em aluguel, seja a uma clientela de passagem, ou em permanência, que se caracteriza por um aluguel, por semana ou por mês, mas que, salvo exceção, não o constitui como domicílio. Pode ter um serviço de restaurante que funcione permanentemente durante todo o ano ou somente em uma ou várias estações. Na definição oficial Portuguesa estes são: estabelecimentos destinados a proporcionar alojamento, mediante remuneração, com ou sem o fornecimento de refeições e outros serviços acessórios. (CASTELLI [2006] apud BRENLLA, 2009, p. 21)

Ainda segundo a Resolução CNTur no 1.118 de 23 de outubro de 1978, no artigo 9º,

encontramos definições dos meios de hospedagem:

Art. 9 - Consideram-se meios de hospedagem, para fins de classificação, os estabelecimentos que satisfaçam, cumulativamente, as seguintes condições: I - sejam explorados ou administrados por empresa hoteleira (art. 10); II - tenham sido registrados na EMBRATUR, de conformidade com a legislação pertinente; III - sejam licenciados pelas autoridades competentes, para hospedar turistas e viajantes; IV - mantenham, a todo o tempo, os padrões de conforto, serviço e preços constantes do presente regulamento, ou que dele decorram. Parágrafo único - Os meios de hospedagem oferecerão aos hóspedes, no mínimo: I - acomodação em Unidades Habitacionais (UHs), mobiliadas e equipadas segundo os padrões aplicáveis ao tipo e à categoria; II - serviços de alimentação e outros necessários aos hóspedes, ou de sua conveniência ou interesse. (RESOLUÇÃO CNTur 1.118 de 23 de Outubro de 1978)

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A Unidade Habitacional (UH) tratada no artigo 9º da Resolução CNTur no 1.118 de 23

de outubro de 1978, é o espaço utilizado pelo hóspede para manter seu bem-estar, higiene e

repouso. O Regulamento dos meios de Hospedagem da EMBRATUR define dois tipos de

UHs: apartamento com quarto privativo, incluindo guarda-roupa e espaço para guardar

objetos pessoais, além de um banheiro; e suíte que engloba tudo que o apartamento oferece,

além de uma sala de estar.

Na Resolução CNTur no 1.118, no Artigo 11, os meios de hospedagem dividem-se em

oito tipos, conforme abaixo:

i. H - HOTEL é um estabelecimento comercial de hospedagem, que oferece

aposentos mobiliados, com banheiro privativo, para ocupação eminentemente

temporária, oferecendo serviço completo de alimentação, além dos demais

serviços inerentes à atividade hoteleira. Da exigência de banheiro privativo

excetuam-se os estabelecimentos que estavam operando anteriormente ao

Decreto-lei nº 55, de 18 de novembro de 1966, aos quais se exigirá um mínimo

de 60% dos quartos com esta característica.

ii. HR - HOTEL-RESIDÊNCIA - estabelecimento de hospedagem enquadrado na

categoria hotel, dispondo de Unidades Habitacionais constituídas de acordo

com o art. 16, e serviços de alimentação parciais, sendo o aluguel básico a

semanada completa.

iii. HL - HOTEL DE LAZER são os estabelecimentos enquadrados na categoria

hotel, e que de acordo com o art. 40, possuam os serviços e equipamentos de

lazer e repouso adequados à sua especial localização.

iv. P - POUSADA - estabelecimento comercial de hospedagem, instalado total ou

parcialmente em edifício de valor histórico ou de significação regional, ou de

local reconhecido pelo poder público, e que alugue para ocupação temporária,

aposentos mobiliados com serviços de alimentação parciais, oferecendo ainda

outros serviços complementares da indústria hoteleira.

v. M - MOTEL - é o meio de hospedagem que aluga apartamentos mobiliados,

possuindo também serviços completos de alimentação, situado à margem das

rodovias federais e estaduais, fora das zonas urbanas e suburbanas, do Distrito

Federal e dos Municípios das Regiões Metropolitanas, das Capitais estaduais e

dos demais municípios com mais de um milhão de habitantes e dispõe de vagas

Page 16: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

26

em estabelecimento coletivo, coberto ou descoberto, em número igual ao de

Unidades Habitacionais.

vi. PA - PARADOR - estabelecimento comercial de hospedagem que aluga

quartos ou apartamentos mobiliados, com banheiro privativo e serviço

completo de alimentação. Estão localizados nas zonas urbanas e suburbanas

das cidades, dispondo de garagem ou estacionamento coletivo, coberto ou

descoberto, em número igual ao de Unidades Habitacionais.

vii. HO - HOSPEDARIA - estabelecimento de hospedagem, com serviços parciais

de alimentação, no qual se alugam quartos, ou vagas, com banheiros privativos

ou coletivos, asseguradas às condições mínimas de higiene e conforto.

viii. AT - ALBERGUE DE TURISMO - é o estabelecimento de hospedagem com

serviço de alimentação parcial, no qual se alugam quartos e dormitórios

coletivos, possuindo banheiros coletivos, asseguradas as condições mínimas de

higiene e conforto.

Esta Resolução da CNTur define ainda que para ser enquadrado em qualquer dos tipos

referidos nos itens acima, o estabelecimento deverá satisfazer os padrões comuns, aplicáveis a

todos os meios de hospedagem, e os padrões diferenciados, próprios de cada tipo.

Determinado o tipo em que se enquadra o estabelecimento, se dará então a sua

classificação nas categorias aplicáveis, observando o disposto no art. 6° e demais normas da

Resolução.

2.1.3 Classificação dos Hotéis

A classificação dos hotéis teve início em São Paulo no século XVIII, tendo como autor

Charles Burton, que após muitos estudos no campo de hospedagens classificou os

estabelecimentos da seguinte maneira:

1ª Categoria simples pouso tropeiro;

2ª Categoria telheiro coberto ou rancho ao lado das pastagens;

3ª Categoria -americanos,

mistura de venda e hospedaria;

4ª Categoria - estalagens ou hospedarias;

5ª Categoria hotéis.

Page 17: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

27

Dentre as várias maneiras para classificar os hotéis, o padrão da EMBRATUR, que se

encontra também no Regulamento dos Meios de Hospedagem, artigo 19, citado por Petrocchi

(2002, p. 38) diz que deve haver:

a) Diferenciação quanto ao tipo: Em função da clientela preferencial, como lazer, negócios e outros; Em função da localização, como centro urbano, turístico ou rural; Em função da natureza e do valor histórico da edificação; Em função da infra-estrutura de hospedagem, negócios ou lazer disponíveis.

b) Diferenciação quanto à categoria: As dimensões das áreas dos setores habitacionais e sociais;

As condições de atendimento e conforto oferecidos aos hóspedes, em função das instalações, equipamentos e serviços disponíveis. (PETROCCHI, 2002, p. 38)

De acordo com La Torre (2001), os critérios que devem ser levados em conta são seis:

As dimensões;

O tipo de clientela;

A qualidade dos serviços;

A localização ou a relação com outros serviços;

A atuação; e

A organização;

I. Em relação às dimensões, podemos classificá-los como pequenos, médios e

grandes.

II. Focado no tipo de clientela, podemos também classificar os hotéis em:

Comerciais destinados a viajantes em transito, normalmente viagem

de negócios;

Para férias localizados em áreas de recreação;

Para convenções encontram-se em centros urbanos, destinados a

reuniões anuais de comerciantes ou outros profissionais;

Para moradores para pessoas com preferência por moradia em hotel

temporária ou permanentemente.

III. Conforme a qualidade dos serviços que os hotéis oferecem, a classificação

deve obedecer três critérios:

Sistema de palavras descritivas

Page 18: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

28

Sistema de letras a categoria ótima é AA, seguindo-se em ordem

decrescente A, B, C e D.

Sistema de estrelas A categoria ótima é a de cinco estrelas,

decrescendo até uma estrela.

A simbologia estrela é padronizada pela EMBRATUR. Para demonstrar melhor os

sistemas citados anteriormente, inserimos uma tabela com as distribuições por categoria de

hotéis.

Sistema de palavras

descritivas Sistema de letras Sistema de estrelas

De luxo AA

Primeira superior A

De primeira B

Turista Superior C

Turista D

De acordo com Lunkes (2004, p. 48), a classificação dos meios de hospedagem se dá

da seguinte maneira:

Categoria Símbolo

Super Luxo SL

Luxo

Superior

Turístico

Econômico

Simples

Segundo Minelli e Prado (2005, p. 122) a classificação para cada tipo de acomodação

de acordo com a ABIH, é a seguinte:

Page 19: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

29

Simples

Acomodações simples;

Serviços básicos, podendo oferecer apenas hospedagem.

Econômico

Acomodações modestas;

Serviços de alimentos e bebidas;

Disponibilidade para eventos.

Turístico

Instalações e equipamentos de boa qualidade;

Serviço de alimentos e bebidas, apesar de completos, podem estar sujeitos a

horários pré-determinados;

Instalações para reuniões;

Pessoal com treinamento.

Superior

Instalações e equipamentos de ótima qualidade;

Serviço de alimentos e bebidas 24hrs. Serviço de bar, instalações e

equipamentos para eventos e reuniões;

Pessoal qualificado e treinado;

Áreas para lazer e trabalho.

Luxo

Acomodações de luxo, instalações e equipamentos de excelente qualidade;

Serviço de alimentos e bebidas durante 24 horas. Serviço de bar, banquetes e

recepções;

Pessoal qualificado e treinado para atendimento de clientes estrangeiros. Áreas

exclusivas para lazer e trabalho;

Facilidades como piscina, sauna, sala de exercícios, lojas e agências de

viagens.

Page 20: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

30

Super Luxo

Acomodações de alto luxo, decoração suntuosa. Instalações e equipamentos de

nível internacional;

Serviço de alimentos e bebidas 24 horas por dia. Serviço de bar, banquetes e

recepções;

Instalações e equipamentos para grandes eventos e reuniões;

Pessoal qualificado para atendimento de clientes estrangeiros;

Deve ter disponível o máximo de facilidades como: 3 piscinas, saunas, sala de

exercícios, lojas, agência de viagens, business Center, salão de beleza etc.

IV. A classificação quanto à localização, como o próprio nome já diz, vai depender

de onde o hotel estará situado.

V. Referente à atuação, classificam-se como permanentes e de estação, sendo o

primeiro aberto o ano inteiro e o segundo atuando em estações especificas do

ano.

VI. Já a classificação quanto à organização vai depender se o funcionamento do

hotel é independente ou através de redes.

2.2 Hotelaria e a Contabilidade de Custos

A hotelaria é um setor em contínua transformação, o que torna o gerenciamento do

negócio complexo, exigindo dos gestores uma adaptabilidade constante para captar, reciclar e

aproveitar o que vem sendo oferecido pela atual cultura organizacional, afim de que tenham a

percepção para detectar os altos e baixos do mercado, e possam assim tomar as decisões na

hora certa.

Avaliando a importância da tomada de decisões, em 1926 foi criado um sistema

denominado de SUCH Sistema Uniforme de Contabilidade para Hotéis, tendo como

responsáveis pela sua criação os membros da Associação de Hotéis de New York (American

Hotel & Motel Association).

O SUCH é um sistema contábil direcionado ao gerenciamento de hotéis, que registra

as informações do hotel e revela dados importantes para a avaliação do empreendimento e

para as tomadas de decisão. O SUCH é um software exclusivo do ramo hoteleiro e auxilia nas

Page 21: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

31

decisões apresentando o lado gerencial específico para um hotel, diferente de um software

utilizado por outros tipos de negócio.

Boeger e Yamashita (2005) citam as vantagens que o SUCH oferece:

É uma forma simples para classificar contas, adaptável a todos os hotéis, não importando seu tamanho ou estrutura da operação;

Possibilita a padronização de terminologia e resultados e conseqüentemente sua comparação com outros hotéis, em qualquer lugar do mundo, desde que usuários do SUCH, viabilizando medir sua eficiência frente aos competidores;

A operação hoteleira é muito dinâmica, gerando receitas, custos e despesas representativas, que, se não controladas de maneira preventiva, resultarão em prejuízo para o hotel. O Sistema Uniforme permite um ótimo controle, tendo peculiaridades que estão direcionadas unicamente à operação de um hotel. (BOEGER & YAMASHITA, 2005, p. 41)

Tomando o aspecto administrativo, a gestão hoteleira trabalha com as UGBs

(Unidades Gerenciais Básicas) que tem a finalidade de organizar os hotéis, e gerir as

capacidades da organização não apenas estrutural, mas também humana.

As UGBs atuam como subsistemas, como células de produção, dentro da estrutura

funcional do hotel. Esse gerenciamento institui alguns critérios de avaliação, metas e controle

sobre cada UGB, para obter-se uma visão holística do processo. Para tal foram desenvolvidos

métodos de controles do processo, como por exemplo, o ciclo PDCA (planejamento,

execução, verificação e atuação) criado por Crosby. As conclusões são obtidas através de

índices de atividade e índices operacionais.

A) Índices de atividade são os que contribuem quando aplicados na hotelaria para

medir a eficiência do patrimônio disponível e a envergadura das vendas de serviço do hotel.

Alguns exemplos de índices de atividade, citados por Boeger e Yamashita, (2005, p. 166):

Taxa de Ocupação: é um dos mais usados nos hotéis. Através dele é possível

verificar a quantidade de clientes em determinado período e impor uma política de

abatimento em épocas de sazonalidade. O cálculo é feito pela divisão das UHs

vendidas sobre as UHs vagas no período.

Taxa de Cortesia: nos hotéis sempre acontecem as hospedagens de apartamentos

como cortesia para convidados ou mesmo apartamentos em reparos. Estes não geram

receitas, porém é preciso conhecer seus gastos. O cálculo deste índice é feito pela

divisão das UHs não vagas pelo total de UHs vagas.

Page 22: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

32

B) Índices operacionais são os que medem a capacidade financeira do hotel e as

atividades operacionais em termos de produtividade. Alguns exemplos de índices

operacionais, citados por também por Boeger e Yamashita, (2005, p. 173):

Diária Média: esta taxa é calculada pela divisão das diárias líquidas vendidas pela

quantidade de UHs vendidas, ou através da divisão da Receita Líquida pela quantidade

de UHs vendidas.

REVPAR (Revenue per Available Room, que em português é a Receita por

Apartamento Disponível): combina a taxa de ocupação e a taxa da diária média. Este é

o índice preferido pelos gerentes de hotéis, pois analisa o desempenho do hotel. Vallen

geral, quando a demanda de hóspedes (ou ocupação) cai, o mesmo acontece com a

tarifa (do apartamento). O REVPAR pode ser calculado por meio da multiplicação da

taxa de ocupação pelo valor da diária média, e quanto maior o resultado, mais estável

e lucrativo se torna o hotel.

Diária Média/hóspede: esta taxa é obtida pela divisão da Receita Líquida de

Hospedagem pela quantidade de hóspedes pagantes. Ele nos mostrar o quanto cada

hóspede representa em termos de receita.

2.3 Evolução da Contabilidade de Custos

Segundo Crepaldi (2004):

A Contabilidade de Custos Surgiu da necessidade de se conhecerem os custos dos produtos para avaliar estoques e apurar o resultado das indústrias, tornando-se esse o objetivo principal da contabilidade de custos. (CREPALDI, 2004, p. 16)

Martins (2006, p.19) cita que até a Revolução Industrial (Século XVIII), quase só

existia a contabilidade financeira (ou geral), que, desenvolvida na era mercantilista, estava

para avaliar os estoques, sendo que para chegar ao resultado eram feitas contagens físicas ou

simplesmente usavam o cálculo Estoque Inicial + Compras - Estoque Final = Custo das

Mercadorias V , visto que as mercadorias já estavam pagas pelos comerciantes.

Page 23: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

33

Ainda segundo Martins (2006):

Para a apuração do resultado de cada período, bem como para o levantamento do balanço em seu final, bastava o levantamento dos estoques em termos físicos, já que a sua medida em valores monetários era extremamente simples: o Contador verificava o montante pago por item estocado, e dessa maneira valorava as mercadorias. Fazendo o cálculo basicamente por diferença, computando o quanto possuía de estoques iniciais, adicionando as compras do período e comparando com que ainda restava, apurava o valor de aquisição das mercadorias vendidas, na clássica disposição: Estoques Iniciais + Compras Estoques Finais = Custo das Mercadorias Vendidas. (MARTINS, 2006, p.19)

Com o desenvolvimento do processo industrial, os gestores e contadores começaram a

sentir dificuldades para atribuir valor, pois no valor do produto estavam inclusos vários gastos

com produção. Surgia então a Contabilidade de Custos como uma nova ferramenta, com fins

de medir os gastos utilizados no processo produtivo e também como ferramenta de controle.

2.4 Custos aplicados à Hotelaria

Segundo Horngren, Datar e Foster (2004, p. ontadores definem custos como

um recurso sacrificado ou renunciado para conseguir um objetivo espec Lunkes

(2004, p. 113), especificamente relacionado ao setor hoteleiro, define custos como sendo

ou serviço

(hospedagem) do hotel .

Megliorini (2001) cita que os custos são determinados a fim de atingir os seguintes

objetivos: determinação do lucro, controle das operações e tomada de decisões. Para que tais

objetivos sejam cumpridos as empresas necessitam de métodos de custeio para estruturarem

seus custos, buscando cada vez mais informações dentro da organização para se ter uma visão

mais ampla do negócio e se chegar num resultado mais próximo do real. Quando se diz

podem-se especificar alguns setores como: Recepção, Comercial,

Contabilidade, Compras, Almoxarife, dentre outros.

Este ramo da contabilidade contribui de forma positiva para uma boa desenvoltura da

empresa no nicho em que ela se encontra. Megliorini (2001, p. 4) cita alguns dos benefícios

da contabilidade de custos:

Permite a fixação dos custos que compõe uma organização;

Permite o controle de operações e atividades;

Auxilia a administração na tomada de decisões;

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34

Atenta para a redução de desperdícios de matérias e até mesmo do tempo mal

empregado;

Possibilita o desenvolvimento do preço de venda;

Permite gerir os produtos e avaliar se continuam trazendo lucratividade para a

empresa.

2.4.1 Definições e conceitos

Em meio a diversas nomenclaturas e terminologias, destaca-se a importância de

conceituar alguns termos utilizados na Contabilidade de custos.

Um dos termos clássicos empregados são Gastos, que são, de acordo com Martins

(2006, p. 25) os compromissos financeiros que a empresa assume ao adquirir algum bem ou

serviço .

Custo é o gasto que temos para produzir um produto ou serviço. Segundo Martins

(2006, p. 25), nota-se que custo é também um gasto, porém reconhecido como custo no

momento em que utilizamos os fatores de produção (bens e serviços) para a execução de um

serviço no caso de um hotel. Como exemplo cita-se a energia elétrica, que é um gasto no

momento da aquisição, porém é transitado diretamente para custo pelo fato de sua utilização.

Outro termo que necessita ser adequadamente conceituado são as despesas que,

segundo Martins (2006, p. 25), são os bens e serviços utilizados para se obter receita . Como

exemplo cita-se a comissão de um funcionário pelo serviço que prestou, também é um gasto,

porém apropriado a uma despesa.

Investimentos, segundo Lunkes

Para Martins (2006, p. 25),

em função de sua vida útil ou de benefícios a futuro(s) período (s).

Perdas são fatos isolados do hotel, como a quebra de algum equipamento, deterioração

de alimentos entre outros produtos. Desperdício é a não utilização de recursos de forma

eficiente pelo hotel, tendo como exemplo a ociosidade de mão-de-obra.

Page 25: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

35

2.5 Classificação dos Custos

Segundo Megliorini (2001), os custos são classificados de acordo com a finalidade

pelas quais eles são apurados. Temos dois tipos de classificação, sendo quanto aos produtos

fabricados, que servem para alocar os custos aos produtos e chamamos de Custos Diretos e

Indiretos e também quanto ao comportamento no processo produtivo, que podemos

determinar os custos ao longo de sua produção, atribuindo a nomenclatura de Custos Fixos e

Variáveis.

Padoveze (1994, p. 21

menos que ao primeiro se identifique alguma atividade operacional ou segmento da

Para classificar o custo, é necessário existir uma atividade operacional ou segmento do

hotel já definido, tornando assim mais fácil a escolha baseado nos conceitos técnicos sobre

custos.

2.5.1 Custos diretos

São os custos que estão diretamente envolvidos no serviço, com a condição de serem

apropriados de forma objetiva, tais como o atendimento ao hóspede e as horas trabalhadas.

Segundo Horngren, Datar e Foster (2004, p. 26),

custo em particular, e podem ser rastreados para aquele objeto de custo de forma

.

Megliorini (2001, p. 9) cita, em relação aos

custo se dá pelo que ele efetivamente consumiu.

2.5.2 Custos indiretos

custos indiretos são os gastos que não podem ser

relacionados de forma direta ou objetiva ao produto ou serviço do hotel. Eles são atribuídos

O rateio neste caso é o que descaracteriza a apropriação como direta, haja vista que

estes custos não oferecem condições de alocação objetiva, sendo sua atribuição feita de forma

Page 26: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

36

estimada (rateio). Pode-se tomar como exemplo a mão-de-obra do pessoal da gerência ou

supervisão, que também estão ligados ao serviço, porém não influenciam diretamente sobre

ele.

2.6 Comportamento dos Custos

O comportamento dos custos variáveis e fixos varia de acordo com o volume de

produção do objeto de custeio ou de acordo com o serviço que é prestado. Segundo Martins

(2006, p.

período e o volume de

Segundo Horngren, Foster e Datar (2004):

Sistemas de custeio registram os custos de recursos adquiridos e rastreiam como são então usados. O registro dos custos de recursos adquiridos e usados permite aos administradores observarem como os custos se comportam. Considerando dois tipos básicos de padrão de comportamento de custos encontrados em muitos sistemas contábeis. O custo variável muda no total em proporção às mudanças no nível relativo de atividade ou volume total. O custo fixo permanece inalterado no total por um dado período de tempo, apesar de mudanças amplas no nível relativo de atividade ou volume total. Custos são definidos como sendo variáveis ou fixos com respeito a um objeto de custo específico e por um dado período de tempo. (HORNGREN, FOSTER E DATAR, 2004, p. 26)

Lunkes (2004) comenta que o comportamento dos custos é um dos itens mais

relevantes dentro da gestão de um hotel, pois é o alicerce para a formação do preço de venda e

orçamento.

2.6.1 Custos variáveis

Dentro de um hotel os custos variáveis oscilam em função das UHs, ou seja,

dependem da taxa de ocupação do hotel em determinado período.

Segundo Lunkes (2004):

Custos variáveis são aqueles que variam diretamente em relação ao total e proporcionalmente às mudanças no nível de ocupação do hotel. Se o nível de ocupação do hotel aumente 10%, os custos variáveis totais também aumentam no mesmo percentual. Se o nível de ocupação do hotel diminui 25%, os custos variáveis vão diminuir proporcionalmente. (LUNKES, 2004, p. 114)

Page 27: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

37

Portanto, como os custos estão diretamente ligados ao serviço, eles podem variar de

acordo com o tipo e quantidade em que o serviço é prestado.

Pode-se citar como exemplo o serviço de lavanderia que demanda mão-de-obra de um

funcionário mais os produtos de limpeza para que o serviço possa ser efetuado. Outro

exemplo seria a energia elétrica de uma UH, que será um custo a partir do momento em que

for consumida pelo hóspede.

2.6.2 Custos fixos

Os custos fixos são decorrentes da estrutura do hotel e não dependem da quantidade

utilizada, no entanto obedecem a capacidade instalada.

Para Lunkes (2004):

Custos fixos são os que permanecem iguais independentemente do nível de ocupação do Hotel. Os custos fixos totais permanecem constantes com o nível de ocupação do hotel; com 80% de ocupação ou 60%, seus valores finais são os mesmos. São exemplos de custos fixos em hotéis: impostos de propriedade, seguros, aluguel ou franquia, salários do supervisor, depreciação de equipamentos e do próprio imóvel do hotel. (LUNKES, 2004, p. 114)

Segundo Martins (2006, p.

2.7 Métodos de Custeio

As teorias consideradas como clássicas na Contabilidade de Custos são as de custeio

por absorção e custeio variável. O custeio significa a forma de apropriação de custos. Essas

teorias foram baseadas na definição de custos e também no seu comportamento diferenciado

em relação aos custos fixos e variáveis.

Segundo Megliorini (2001):

Tanto o custeio por absorção como o custeio variável utilizam as mesmas informações referentes à produção e custos. Diferenciam-se no tratamento dado aos custos fixos. Enquanto o custeio por absorção aloca os custos fixos aos produtos, o custeio variável considera-os como do período e não dos produtos; assim pelo custeio variável, os produtos recebem somente os custos variáveis. (MEGLIORINI, 2001, p. 146)

Page 28: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

38

2.7.1 Custeio por absorção

O método de custeio por absorção consiste em atribuir todos os custos dos produtos e

serviços direta ou indiretamente (rateios) ao produto ou serviço prestado.

Martins (2006), cita que:

Custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade geralmente aceitos, nascido da situação histórica mencionada. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos. (MARTINS, 2006, p. 37),

O método de absorção não é um princípio contábil, porém é originário de metodologia

adotada por eles propriamente ditos, cita-se os Princípios de Contabilidade Geralmente

Aceitos. A contabilidade Financeira é a que mais se utiliza deste método, pois é válido para

fins de balanço patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).

custos, sejam eles diretos ou indiretos, para a formação do custo do produto ou serviço. As

despesas são lançadas diretamente , como mostra a Figura 1.

Page 29: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

39

FIGURA 1 - Esquema básico de Custeio por Absorção Fonte: Lunkes, 2004, p. 116.

De acordo com a Figura 1, os custos do hotel podem ser alocados aos centros de custo

como hospedagem, restaurante. As despesas vão diretamente para o resultado e os gestores

determinam o rateio dependendo dos centros de custo mais significativos para o hotel.

A partir do exemplo demonstrado abaixo, será possível visualizar de forma mais clara

a apuração do custo total pelo método de custeio por absorção:

Hotel Brasil Ltda. - oferece dois tipos de UH com o seguinte número de unidades:

Luxo 50 unidades

Standard 30 unidades

Para cada unidade temos os seguintes custos:

Luxo Standard Materiais R$ 5,00 4,00 Mão-de-obra Direta (MOD) R$ - 15,00 10,00

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40

Demais custos e despesas:

R$ por mês

Salários e Encargos (atendimento/fixo) 20.000,00 Depreciação (hotel) 15.000,00 Despesas administrativas 5.000,00 Despesas de vendas/agências 5%

Diárias vendidas no mês (30 dias):

Preço da diária R$ Luxo 750 120,00 Standard 450 80,00

Relatório de custo pelo método de absorção:

Luxo Standard Materiais 3.750,00 1.800,00 + MOD 11.250,00 4.500,00 + Salários e Encargos 12.000,00 8.000,00 + Depreciação 9.000,00 6.000,00 Total 36.000,00 20.300,00

Este relatório do exemplo serve como base para a tomada de decisões, para controlar

os custos, para avaliar a formação do preço da diária, para organizar a execução dos serviços,

além de subsidiar a análise do mercado. A partir destes dados o hotel consegue ainda

encontrar o P.E., consegue determinar a quantidade de diárias que ele precisa alugar para

começar a obter lucro, para que fique clara a determinação da margem de lucro, entre outros

benefícios.

2.7.2 Custeio variável ou direto

Custeio variável é o método de custeamento que aloca aos produtos e serviços somente

os custos variáveis. O que o difere do custeio por absorção é a forma de apropriar os custos

fixos, pois no custeio variável estes custos são tratados como custos do período e alocados

diretamente no resultado, da mesma forma que as despesas.

Page 31: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

41

Segundo Lunkes (2004):

No custeio direto ou variável são considerados os custos e despesas que variam diretamente em relação ao nível de ocupação do hotel. Os custos fixos indiretos não são alocados aos produtos e são tratados como despesas do período. (LUNKES, 2004, p. 115)

Este sistema apura somente os custos e despesas ligados ao objeto de custos do hotel,

levando em consideração no cálculo do custo unitário apenas os gastos ligados ao produto ou

serviço, e que variam de acordo com o volume de produção ou de serviços prestados.

O Custeio Variável tem por objetivo atender as necessidades gerencias da

administração do hotel, e difere no que tange a aceitação pelos dispositivos legais quanto à

apuração de resultados e a avaliação patrimonial.

Dentre os principais benefícios desse sistema, segundo Megliorini (2001, p. 137)

encontram-se:

Avaliar quais serviços mais contribui para a lucratividade;

Avaliar em quais serviços deve-se investir.

Em sua dissertação de mestrado Frossard (2003) aborda que, nas diversas bases de

pesquisa sobre contabilidade de custos, o método de custeio variável é classificado como

sendo mais coerente do que o método por absorção, graças aos elevados níveis de eficiência e

eficácia nas decisões tomadas pela gerência.

No método de Custeio Variável, separam-se os custos variáveis dos fixos, subtraindo

apenas os custos variáveis do preço de venda que por vezes são alocados nos estoques.

2.8 Margem de Contribuição

A Margem de Contribuição é o valor, ou percentual, que sobra das vendas, menos o

custo direto variável e as despesas variáveis. A margem de contribuição representa o quanto a

empresa tem para pagar as despesas fixas e gerar o lucro líquido.

Segundo Horn

diferença entre as receitas e os custos variáveis totais, pois indica por que o lucro operacional

estes autores, a margem de

contribuição unitária é uma das ferramentas que auxiliam no cálculo da margem de

contribuição, podendo-se utilizar a seguinte fórmula:

Page 32: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

42

Aplicado na hotelaria a MC é calculada com base na UH/apartamento do hotel

representando, segundo Padoveze (2000), o lucro variável.

o

preço unitário da diária e os custos e despesas variáveis por unidade/apartamento. Significa

que em cada diária vendida o hotel lucrará determinado valor. Multiplicado pelo total de

diárias vendidas, temos a contribuição marginal do produto e serviço para o hotel.

Fórmula:

Onde:

MC é a margem de contribuição PV é o preço de venda. CV é o custo variável do produto ou serviço DV é a despesa variável do produto ou serviço

Para exemplificar, continua-se com os dados do exemplo anterior:

Custo do produto pelo custeamento variável R$

Custo e despesa variável Luxo Standard Materiais R$ 5,00 4,00 Mão-de-obra Direta 15,00 10,00 Despesas de vendas/agências 6,00 4,00 Total Custo e Despesa Variável 26,00 18,00

Preço unitário da Diária 120,00 100% 80,00 100% Custo e Despesa Variável Unitário 26,00 22% 18,00 22,5% Margem de Contribuição Unitária 94,00 78% 62,00 77,5%

Ou seja, a margem de contribuição é a parcela do preço de venda que excede os custos

e despesas variáveis e que contribuirá para a absorção dos custos fixos e ainda formará o

lucro. Ressalta-se que a empresa só começa a gerar lucro quando a MC for superior aos custos

e despesas fixas do período.

MC = PV CV - DV

Margem de Contribuição Total = Margem de contribuição unitária x Número de

Unidades Vendidas

Page 33: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

43

2.9 Ponto de Equilíbrio (PE)

Outro estudo importante é o ponto de equilíbrio que, segundo Horngren, Datar e Foster

(2004, p. 57),

custos totais ou seja, a quantidade de produção vendida em que o lucro operacional é R$

a principal função é a de medidor de perdas nas operações, pois consegue identificar

o volume que deve ser produzido para evitar tais danos.

Segundo Lunkes (2004):

PE é o volume de atividade (nível de ocupação) que produz receitas iguais aos custos. Esse nível de ocupação é chamado de break-even ou ponto de equilíbrio. Nesse nível de ocupação, o hotel não terá lucro nem prejuízo. O cálculo do ponto de equilíbrio é útil na tomada de decisões sobre lançamento de novos produtos e serviços, mudanças nos preços das diárias, etc. (LUNKES, 2004, p. 122)

A finalidade do ponto de equilíbrio é demonstrar em quantidades, qual o nível que o

hotel deve-se manter ocupado (UH) para que ele consiga quitar seus custos e despesas fixas e

também os custos variáveis de acordo com o serviço que for prestado. Quando o hotel se

encontra no ponto equilíbrio, não ocorrem nem lucros e nem prejuízos, só acima do nível de

ocupação que for calculado é que o hotel passa ter sua lucratividade.

2.9.1 PE em quantidade

Este cálculo permite identificar o nível mínimo em que o hotel deve ter suas UHs

ocupadas para que não ocorram prejuízos. Pode-se utilizar a fórmula citada por Lunkes (2004,

p. 123):

Sendo,

PEQ (Luxo) = 20.000 + 15.000 + 5.000 = 40.000 = 425 diárias (120-26) 94

PEQ (Standard) = 20.000 + 15.000 + 5.000 = 40.000 = 645 diárias (80-18) 62

PE em quantidade (diárias) = Custos e Despesas Fixas Totais Margem de Contribuição Unitária

Page 34: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

44

Estas quantidades de diária vão nortear a gerência do hotel sobre o nível de ocupação

em que o hotel deve operar para gerar lucro. Neste exemplo nota-se que para o apartamento

de luxo, o hotel necessita ficar praticamente três meses com todas as suas ocupações lotadas

para então começar a obter lucro, pois 425/50 UH = correspondem a 84 dias. Já para o

apartamento standard 645/30 UH = tem-se a quantidade de 22 dias, ou seja, não chega a

completar um mês para que o hotel comece a gerar lucro com este tipo de UH.

2.9.2 PE em valor

Os hotéis operam com vários tipos de UHs, sendo que existe certo grau de dificuldade

para chegar aos melhores serviços oferecidos pelo hotel e também sobre a representatividade

de custos e despesas fixas que são gerados por cada serviço. Diferente do método anterior,

este expressa as informações de forma monetária (Lunkes, 2004).

Fórmula:

Sendo,

PEV (Luxo) = 20.000 + 15.000 + 5.000 = 40.000 = R$ 51.066,00 (78%/100) 0,78

PEV (Standard) = 20.000 + 15.000 + 5.000 = 40.000 = R$ 51.612,90 (77,5%/100) 0,775

2.10 Custeio Baseado em Atividades (ABC)

Segundo Martins (2006

ABC (Activity-Based Costing), é uma metodologia de custeio que procura reduzir as

tratamento em que ele dá aos custos indiretos, porém é aplicável aos custos diretos de igual

forma, como por exemplo, a mão-de-obra.

Horngren, Datar e Foster (2004), dizem que este método de custeio é uma das

baseado em atividades (ABC) aprimora um sistema de custeio ao considerar as atividades

PE em valor = Custos Fixos Totais Margem de Contribuição Percentual

Page 35: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

45

individuais como objetos de custo f (HORNGREN, DATAR e FOSTER, 2004,

p. 131).

O ABC é baseado no planejamento, execução e mensuração do custo das atividades.

em que o hotel incorre para produzir um produto (refeição) ou prestar um serviço

Horngren, Datar e Foster (2004, p. 131),

tarefa ou unidade de trabalho com um propósito específico, [...] o ABC calcula os custos das

atividades e atribui custos para objetos de custo, como os produtos ou serviços com base nas

Para identificação das atividades e tarefas, é necessário definir os processos, conforme

a demonstra a Figura 2.

FIGURA 2 - Relação entre processos, atividades e tarefas Fonte: Lunkes (2004, p. 119).

entre si e que dependem umas das outras, e que são atreladas pelos serviços que elas

trabalho ou operação que compõe uma atividade . Tarefa é qualquer tarefa que consuma

recursos.

o custeio baseado em atividades aloca os custos

indiretos às atividades e das atividades aos objetos de custo por meio de direcionadores.

Ainda segundo Nakagawa (1994),

O Activit- Basead Costing (ABC) é uma metodologia desenvolvida para facilitar a análise estratégica de custos relacionados com as atividades que mais impactam o consumo de recursos de um hotel. (NAKAGAWA, 1994, p. 40)

Page 36: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

46

O ABC tem por finalidade verificar quais as atividades primordiais que geram custo e

de qual forma elas cooperam para que os serviços sejam executados.

Lunkes (2004) mostra que para se chegar ao valor do custo de uma UH do hotel é

necessário classificar os departamentos em atividades, sendo que elas consomem recursos que

são inclusos aos objetos de custos, conforme mostra a Figura 3.

FIGURA 3 - Modelo de decomposição simples dos custos Fonte: Lunkes (2004, p. 118).

O objeto de custo é o produto (refeição) ou serviço (hospedagem) ou cliente (hóspede)

do hotel. Para o desenvolvimento deste método de custeio, Lunkes (2004) sugere alguns

passos, que são:

Classificar as atividades que fazem parte do processo de prestação do serviço, e

alocar os custos indiretos a elas;

Encontrar os direcionadores de custo, que são os fatores de causa-efeito

afetando os recursos consumidos;

Especificar o valor de cada direcionador de custos;

Destinar os custos das atividades ao objeto de custo.

De forma resumida os produtos e serviços consomem atividades, e atividades

consomem recursos. Para ficar mais claro apresenta-se um exemplo da apuração do custo

através do método ABC:

Page 37: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

47

FIGURA 4 - Exemplo de modelo ABC aplicado em hotelaria Fonte: Lunkes (2004, p.120).

A análise da Figura 4 permite concluir que na primeira etapa os recursos são alocados

as atividades, e são utilizados apenas quando não existe a chance de alocação direta às

atividades.

Na segunda etapa, ocorre a alocação das atividades aos objetos de custo. O objeto de

custos, que são as unidades ou UHs, absorvem os custos de cada atividade, determinando o

custo por apartamento.

Alguns dos benefícios oferecidos por este método, de acordo com o Lunkes (2004, p.

limitações no emprego do método o autor cita o não

solucionamento por completo da alocação dos custos indiretos e a geração de gastos.

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48

3. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Neste tópico são apresentados os dados coletados na pesquisa, bem como suas

correlações e análises. Segundo

com todo o material obtido durante o processo de investigação, ou seja, com os relatos de

observação, as transcrições de entrevistas, as informações dos documentos e outros dados

As respostas coletadas através do questionário foram distribuídas em uma planilha de

dados do Excel (Apêndice C), formando-se então o banco de dados para consulta das

informações, que acabou contribuindo para a melhor visualização das respostas bem como

para a realização de um julgamento mais adequado.

Posteriormente organizaram-se os dados em tabelas e gráficos apresentados na

seqüência deste trabalho. Para facilitar o entendimento do leitor, foram separadas as questões

dos questionários em pequenos grupos de acordo com a sua associação:

As questões de 1 à 3 contemplam os dados do respondente (Tabela 1);

As questões 4, 4.1, 4.2, 5, 5.1, 5.2 e 7 demonstram o perfil dos hotéis pesquisados,

bem como suas características (Tabela 2, Tabela 3, Tabela 4 e Gráfico 1);

As questões 6 e 11 visam a classificação dos métodos de custeio utilizados pelos

hotéis, permitindo descobrir sua estrutura de custos (Tabela 5, Tabela 6 e Gráfico 2);

As questões 8, 13, 14 e 15 demonstram informações sobre os custos (Tabela 7,

Tabela 8, Tabela 9, Gráfico 3 e Gráfico 4);

As questões 9 e 10 demonstram as formas de controle de hospedagem dos hotéis

(Tabela 10 e Gráfico 5);

A questão 12 aborda a forma de tributação dos hotéis (Tabela 11 e Gráfico 6).

Analisando as questões de 1 a 3, referentes aos dados do respondente, percebe-se que

existem variações nos cargos, sexo e nível de instrução dos mesmos, conforme evidenciado na

Tabela 1.

Page 39: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

49

TABELA 1 - Caracterização dos respondestes

Cargo Nº de hotéis % Sócio 5 45,45 Gerente 1 9,09 Gerente Administrativo 1 9,09 Supervisor 1 9,09 Chefe de recepção 1 9,09 Gerente Comercial 1 9,09 Não respondeu 1 9,09 Total 11 100

Sexo Nº de hotéis %

Masculino 7 63,64 Feminino 3 27,27 Não respondeu 1 9,09 Total 11 100

Nível Instrução Nº de hotéis % Ensino Básico 0 0,00 Ensino Médio 3 27,27 Superior Incompleto 1 9,09 Superior Completo 6 54,55 Pós-graduado 1 9,09 Não respondeu 1 9,09 Total 11 100

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Percebe-se que 9,09% dos respondentes exercem a função de gerente do hotel,

obtendo esta mesma porcentagem os cargos de chefe de recepção, supervisor, gerente

administrativo e gerente comercial. Em sua grande maioria os respondentes ocupam o cargo

de sócios, totalizando 45,45% da amostra.

Relacionado ao sexo do respondente a Tabela 1 indica que 63,64% são homens,

27,27% são mulheres e 9,09% deixaram de responder a questão. As mulheres estão

representando um terço do mercado.

Percebe-se também que todos os respondentes possuem formação acima do ensino

básico, sendo 9,09%, no ensino médio, superior incompleto e pós graduação, em igual

porcentagem não responderam, e 54,55% possuem superior completo. Esta questão reflete a

importância que os administradores dos hotéis atribuem a visão geral do negócio, visto que o

conhecimento adquirido em curso superior capacita o empregado a desempenhar melhor sua

função.

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50

Detalhando o perfil dos hotéis pesquisados temos os seguintes dados: TABELA 2 Variação na Taxa de Ocupação e no Quadro de Funcionários dos hotéis

Variação Taxa de Ocupação Nº de hotéis % Sim 10 90,91 Não 1 9,09 Total 11 100

Variação Quadro de Funcionários Nº de hotéis %

Sim 5 45,45 Não 6 54,55 Total 11 100

Fonte: Dados coletados pelo autor.

A taxa média de ocupação encontrada na Tabela 2 indica que 90,91% dos hotéis

possuem varição na sua taxa de ocupação, enquanto apenas 9,09% não registram essa

variação. Possivelmente a sazonalidade seja o principal fator determinante desta variação,

visto que em Blumenau os principais eventos são distribuídos ao longo do ano, como a

oktoberfest, feiras multisetoriais e de negócios entre outros eventos culturais.

Ainda conforme a Tabela 2, a variação no quadro de funcionários indica que, apesar

da sazonalidade que acontece na cidade, mais de 50% dos hotéis mantém seus empregados

registrados durante todas as temporadas do ano, enquanto 45,45% os demitem ou contratam

apenas nos períodos de com maior movimento.

TABELA 3 - Número de empregados fixos e de UHs

Número empregados fixos Nº de hotéis % de 1 a 20 6 54,55 de 21 a 40 4 36,36 mais de 50 1 9,09 Total 11 100

Número UH Nº de hotéis % de 10 a 40 3 27,27 de 41 a 70 2 18,18 de 71 a 100 3 27,27 mais de 100 3 27,27 Total 11 100

Fonte: Dados coletados pelo autor.

A Tabela 3 indica que 54,55% dos hotéis possuem seu quadro de funcionários

variando entre 1 e 20, outros 36,36% possuem variação entre 21 e 40 empregados, enquanto

Page 41: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

51

9,09% possuem mais de 50 empregados. Esta variação se dá pela estrutura funcional e física

do hotel.

Observando os dados da Tabela 3 nota-se também que, quanto ao número de Unidade

Habitacional, 27,27% dos hotéis possue de 10 a 40 UHs, 18,18% possue de 41 a 70 UHs,

27,27% possue de 71 a 100 UHs, e na mesma porcentagem possue mais de 100 UHs. TABELA 4 - Tipos de UH e Classificação dos hotéis

Tipos de UH Nº de hotéis % Um 2 18,18 Dois 4 36,36 Três 0 0,00 mais de três 5 45,45 Total 11 100

Classificação hotel quanto ao tipo Nº de hotéis % Hotel 9 81,82 Hotel Lazer 0 0,00 Hospedaria 0 0,00 Pousada 1 9,09 Não respondeu 1 9,09 Total 11 100

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Os tipos de UHs estão demonstrados na Tabela 4, sendo que 18,18% dos hotéis

possuem apenas um tipo de UH, outros 36,36% possuem dois tipos de UHs e 45,45% dos

hotéis possuem mais de três tipos de UHs.

GRÁFICO 1 Classificação dos hotéis quanto ao tipo

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Page 42: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

52

Segundo a Resolução CNTur no 1.118, no Artigo 11, os meios de hospedagem

dividem-se em oito tipos, porém nem todas as cidades possuem as modalidades apresentadas

pela resolução, como é o caso de Blumenau, por isso as alternativas foram delimitadas de

acordo com a realidade da cidade pesquisada. A Tabela 4, bem como o Gráfico 1, indicam

ainda que 81,82% dos hotéis de Blumenau são classificados na categoria Hotel e 9,09%

classificam-se como Pousada. Nesta pesquisa não temos nenhum Hotel Lazer e nenhuma

Hospedaria. Os que não responderam equivalem a 9,09% da amostra.

TABELA 5 - Método de Custeio dos hotéis

Método de Custeio Nº de hotéis % Custeio Variável 8 72,73 Custeio ABC 1 9,09 Custeio por Absorção 0 0,00 Não respondeu 2 18,18 Outro 0 0,00 Total 11 100

Fonte: Dados coletados pelo autor.

GRÁFICO 2 - Método de Custeio dos hotéis

Fonte: Dados coletados pelo autor.

A Tabela 5 e o Gráfico 2 indicam que, em relação aos métodos de custeio empregados

pelo hotel, 72,73% utilizam o custeio variável, apesar de não ser permitido pelas normas

fiscais e tributárias. O custeio ABC, que é o indicado pela legislação, é utilizado apenas por

Page 43: Gestao de Custos Voltada a Hotelaria Ficha 7 340912_1_1 Hotelaria

53

9,09% da amostra. Possivelmente isto se dá pelo fato de que sua utilização distorce a apuração

dos custos totais, pois exige uma forma de tratamento e captação dos dados diferenciados.

Observa-se ainda que em 18,18% dos questionários aplicados não houve resposta para

esta questão. Correlacionando este dado com as informações obtidas na questão 3, referente

ao nível de instrução do respondente (Tabela 1), podemos atribuir a este fator a falta de

conhecimento sobre o tema abordado.

TABELA 6 - Gastos do hotel

Tipos de gastos Nº de hotéis % Diretos e indiretos 1 9,09 Fixos e variáveis 10 90,91 Total 11 100

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Em relação aos tipos de gastos ou custos dos hotéis, a Tabela 6 nos permite observar

que, pelo fato da maioria dos hotéis pesquisados utilizarem o custeio variável, 90,91% dos

seus gastos são classificados como fixos e variáveis, enquanto 9,09% enquadraram seus

gastos como diretos e indiretos.

TABELA 7 - Serviços terceirizados pelo hotel

Serviços terceirizados Nº de hotéis % Segurança/Vigilância 0 0,00 Recepção 0 0,00 Reservas 0 0,00 Limpeza 1 8,33 Restaurante 1 8,33 Lavanderia 3 25,00 Estacionamento 3 25,00 Não respondeu 4 33,33

Total 12 100

Fonte: Dados coletados pelo autor.

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54

GRÁFICO 3 - Serviços terceirizados pelo hotel

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Os serviços terceirizados pelos hotéis são demonstrados de acordo com a Tabela 7 e o

Gráfico 3, e indicam que 25% dos hotéis terceirizam os serviços relativos a estacionamento,

25% terceirizam os serviços relativos a lavanderia, 8,33% terceirizam os serviços relativos a

limpeza e na mesma proporção terceirizam os serviços relativos a restaurante. Já 33,33% dos

hotéis não responderam esta questão.

TABELA 8 - Atrativos extras do hotel

Atrativos extras Nº de hotéis % Piscina 6 35,29 Sauna 2 11,76 Sala Ginástica 2 11,76 Quadra de esportes 0 0,00 Salão de Jogos 2 11,76 Outros 2 11,76 Não respondeu 3 17,65 Total 17 100

Fonte: Dados coletados pelo autor.

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55

GRÁFICO 4 - Atrativos extras do hotel

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Além dos serviços normalmente oferecidos pelos hotéis, observando a Tabela 8 e o

Gráfico 4, constata-se que 35,29% dos hotéis possuem piscina, 11,76% possuem salão de

jogos, sauna, sala de ginástica entre outros serviços, nenhum dos hotéis pesquisados possui

quadra de esportes e 17,65% não responderam.

TABELA 9 - Centro de convenções

Sala de convenções Nº de hotéis % Sim 7 63,64 Não 4 36,36 Total 11 100

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Conforme a Tabela 9, dos hotéis pesquisados, 63,64% possui sala/centro de

convenções, enquanto 36,36% não possuem este tipo de serviço em suas instalações. Esta

questão está ligada diretamente aos custos do hotel, pois se trata de um custo fixo, que

conforme demonstrado na análise da questão 15, afeta diretamente a rentabilidade do

investimento.

Em relação a questão 15, que aborda sobre a taxa anual de ocupação dos centros de

convenções, o tratamento das respostas relativos à esta questão indicam um percentual de

ocupação entre 10% e 70% ao ano. Sendo assim a média de ocupação dos centros de

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56

convenção destes seis hotéis é de 36%, o que acaba sendo prejudicial para o hotel por estar

incorrendo em um custo fixo.

No sentido de demonstrar como o centro de convenções está sendo utilizado pelos

hotéis que o possuem, coletou-se via contato telefônico os valores para alugar esta sala, e os

valores para hospedagem de uma pessoa, sendo que obtiveram-se os seguintes dados: QUADRO 1 - Cotações de preços para realização de um evento

Fonte: Dados coletados pelo autor.

De acordo com o Quadro 1, identifica-se que o valor médio cobrado pelos hotéis para

a realização de um evento em seus centros de convenção gira em torno de R$ 277,14 que

suportam uma capacidade média de 85 pessoas. O valor de uma hospedagem que

supostamente seria a de um palestrante do evento gira em torno de R$ 104,43.

TABELA 10 Método de definição do valor da diária

Definição valor da diária Nº de hotéis % Cálculo próprio 3 21,43 Pesquisa Mercado 10 71,43 Sugestão Sindicato 0 0,00 Imposição da Rede 1 7,14 Outros 0 0,00 Total 14 100

Fonte: Dados coletados pelo autor.

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57

Nesta questão do método de definição do valor da diária, alguns hotéis responderam que utilizam mais de um tipo de método, justificando então a quantidade de hotéis na coluna nº de hotéis da tabela 10.

GRÁFICO 5 - Método de definição do valor da diária

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Para definir o valor de suas diárias, conforme observado na Tabela 10 e no Gráfico 5,

os hotéis em sua grande maioria se baseiam na concorrência, sendo que 71,43% se utilizam da

pesquisa de mercado, enquanto apenas 7,14% acatam o que é imposto pela rede, e outros

21,43% acabam fazendo seu cálculo próprio.

Apenas sete hotéis responderam a questão 10, que se refere à taxa média de ocupação

dos leitos ao ano. As respostas variaram entre 30% e 80%. Isto indica que, dos hotéis

pesquisados, a média de ocupação dos leitos ao ano é de 50%, ou seja, 50% dos hotéis passam

o ano ocupados, o que nos leva a refletir novamente na questão da sazonalidade, que apesar

de ter sua influência no mercado hoteleiro de Blumenau, não é o suficiente para mantê-lo em

baixa total.

TABELA 11 - Forma de tributação do hotel

Enquadramento tributário Nº de hotéis % Simples Nacional 5 45,45 Lucro Presumido 3 27,27 Lucro Real 2 18,18 Não respondeu 1 9,09 Total 11 100

Fonte: Dados coletados pelo autor.

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58

GRÁFICO 6 - Forma de tributação do hotel

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Com relação ao enquadramento tributário dos hotéis, a Tabela 11 e o Gráfico 6

evidenciam que 45,45% dos hotéis tem sua forma de tributação enquadra no simples nacional

o que acaba aliviando os custos com tributos, por ter sua carga reduzida, 27,27% se

enquadram como sendo do lucro presumido e 18,18% se enquadram como lucro real. Os que

não responderam a questão representam 9,09% da amostra. De acordo com o Quadro 2, pode-

se visualizar a carga tributária para cada tipo de enquadramento.

QUADRO 2 - Tributação por enquadramento

TRIBUTAÇÃO POR ENQUADRAMENTO

Impostos Lucro Real Lucro Presumido Simples Pis 1,65% 0,65% de 4% a

15% dependendo

do faturamento acumulado

Cofins 7,60% 3,00% IR 15% 1,20% CS 9% 1,08%

INSS 20% 20% FGTS 8% 8% 8%

TOTAL 61,25% 33,93% 8,00% + %

simples

Fonte: Dados coletados pelo autor.

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59

Correlacionando as respostas das questões 4.2, 5 e 10 pode-se perceber a forma que o

hotel vem administrando sua mão de obra, sendo que para melhor compreender esta

informação desenvolveu-se uma fórmula para calcular a taxa de eficiência da mão de obra

empregada, conforme segue:

4.

Sendo que foi empregado para este cálculo o percentual de ocupação dos hotéis

conforme descrito na questão 10, também se utilizou a quantidade de U.H. de cada hotel,

demonstrado na questão 5 e por fim a quantidade de empregados permanentes no hotel, que

está descrito na questão 4.2.

O objetivo deste cálculo é de demonstrar a quantidade de empregados em razão dos

leitos ocupados, quanto maior for o resultado, de melhor forma está sendo empregada a mão

de obra, conforme demonstrado no gráfico abaixo:

GRÁFICO 7 - Taxa de eficiência da mão-de-obra

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Os cálculos foram feitos baseados nas repostas de 3 questões do formulário de

pesquisa, sendo que nem todos os hotéis possuíam todas as variáveis para a formação do

Taxa Eficiência da MOB = Taxa Ocupação x N° Unidade Habitacional N° Empregados

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60

cálculo devido a supressão de algumas respostas, por esse motivo alguns dos hotéis

demonstrados no gráfico 7 estão sem a coluna que representa o resultado. Todos os cálculos

estão demonstrados em uma planilha do Excel (Apêndice D), porém como exemplo destaca-

se o Hotel 9, que demonstra em seu cálculo que, para cada funcionário, existem cerca de 3

leitos para execução de suas funções, o que o torna o hotel com melhor eficiência de aplicação

da mão de obra. Diferentemente temos o Hotel 1, que demonstra que para cada funcionário

não chega a existir um leito completo, por assim dizer, para desempenhar suas funções, o que

torna a mão de obra deste hotel ociosa e conseqüentemente eleva os custos fixos.

Em relação aos tipos de UHs que os hotéis possuem, pode-se concluir que de acordo

com o Gráfico 8, os principais tipos de ocupação na cidade de Blumenau são os da categoria

Luxo com 47%, e os da categoria Standard Luxo com 24% de procura.

GRÁFICO 8 - Categoria das UHs

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Para visualizar a quantidade e quais os tipos de UHs que cada hotel apresentou, criou-

se o Gráfico 9, que abrange os mesmos dados do Gráfico 8 porém em outro leiaute.

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61

GRÁFICO 9 - Categorias de UHs oferecidas pelos hotéis

Fonte: Dados coletados pelo autor.

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62

4. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo geral do trabalho foi verificar a aplicabilidade da gestão de custos nos

hotéis de Blumenau, bem como as formas de mensuração, registro e controle dos custos

desses hotéis. Os resultados demonstraram que de uma forma geral os hotéis de Blumenau

controlam seus custos através dos métodos de custeio abordados no corpo do trabalho. O

método de custeio mais utilizado pelos hotéis é o custeio variável sendo este o método mais

indicado pelos estudiosos do setor, aliado ao tipo de atividade que os hotéis exercem.

De uma forma abrangente todos os objetivos específicos foram alcançados, sendo que

para que isto ocorresse, contou-se com alguns procedimentos metodológicos que contribuíram

para o andamento do trabalho, tais como os canais para captação das informações fornecidos

pelo sindicato dos hotéis de Blumenau. As diretrizes de escolha dos hotéis bem como os

contatos que nos foram repassados viabilizaram a coleta dos dados, tornando este processo

mais ágil e eficaz.

Um dos objetivos específicos do trabalho era estruturar os gastos relacionados à

atividade hoteleira, a fim de que permitissem avaliar sua interferência no método de custeio

utilizado pelo hotel. Focado nisto conseguiu-se alcançar este objetivo através das respostas

fornecidas pelos hotéis que distribuíram e relacionaram seus custos de uma forma

generalizada, tornando possível avaliar e relacionar os custos com os métodos por eles

aplicados.

Outro objetivo específico era identificar a estrutura de custos da amostra, sendo que

este foi alcançando de igual forma através das respostas fornecidas pelos hotéis no que tange

aos tipos de custos que cada hotel apresenta.

Em relação ao terceiro objetivo específico, que era comparar a estrutura de custos da

amostra, este também foi atingido, através das correlações efetuadas entre as questões

respondidas pelos hotéis.

Por fim o último objetivo era avaliar qual o método de custeio mais utilizado no setor

hoteleiro do município de Blumenau. Identificou-se que 90% dos hotéis utilizam o método de

custeio variável, que na opinião do autor é o que melhor se encaixa na estrutura de negócios

de um hotel, pois este método possibilita a definição das despesas, contribuindo para um

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cálculo do preço de vendas mais apurado. Outro benefício que o método de custeio variável

proporciona é o cálculo da margem de contribuição e do ponto de equilíbrio.

Aliado a sazonalidade que a atividade hoteleira enfrenta, o método de custeio variável

acaba sendo o mais viável por permitir que os hotéis terceirizem alguns de seus serviços, tais

como serviços de lavanderia, estacionamento ou mesmo serviços de camareira, que acabam

reduzindo os custos fixos, podendo contratá-los apenas quando houver um movimento mais

intenso ou alguma eventualidade que exija este tipo de serviço.

Assim, espera-se que esta pesquisa possibilite o desenvolvimento de outros estudos

voltados para o setor hoteleiro a fim de auxiliá-los em sua gestão. Auxílio este que não se

limite aos hotéis de Blumenau, mas que abranja este setor nas demais cidades, para

proporcionar uma administração cada vez mais rentável e contribuinte para o

desenvolvimento das cidades de nossa região.

Como sugestão de pesquisa indica-se ainda que seja feito um estudo de caso,

selecionando hotéis com métodos de custeio diferentes, a fim de reafirmar a conclusão de que

o método de custeio variável é o mais eficaz para o ramo da hotelaria.

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