gestão de almoxarifado jbs divisão carnes lins sp · pdf file... outras porque...

100
UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Ana Claudia dos Santos Denise Natalia da Silva Ronaldo Zamberse da Silva Vanessa Cristina Furtado Novaes GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP LINS-SP 2012

Upload: buinhu

Post on 02-Feb-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Administração

Ana Claudia dos Santos

Denise Natalia da Silva

Ronaldo Zamberse da Silva

Vanessa Cristina Furtado Novaes

GESTÃO DE ALMOXARIFADO

JBS – Divisão Carnes

Lins – SP

LINS-SP

2012

Page 2: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

ANA CLAUDIA DOS SANTOS

DENISE NATALIA DA SILVA

RONALDO ZAMBERSE DA SILVA

VANESSA CRISTINA FURTADO NOVAES

GESTÃO DE ALMOXARIFADO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração sob a orientação do Prof. Me. Francisco César Vendrame e orientação técnica da Profª. Ma. Heloísa Helena Rovery da Silva.

LINS-SP

2012

Page 3: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

Santos, Ana Claudia; Silva, Denise Natalia da; Silva, Ronaldo Zamberse da; Novaes, Vanessa Cristina Furtado.

S233g Gestão de estoque: JBS – Divisão carne / Ana Claudia dos Santos; Denise Natalia da Silva; Ronaldo Zamberse da Silva; Vanessa Cristina Furtado Novaes; – – Lins, 2012.

98p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium - UNISALESIANO, Lins – SP, para Graduação em Administração, 2012.

Orientadores: Francisco Cesar Vendrame; Heloisa Helena Rovery da Silva

1. Estoque. 2. Controle de estoque. 3. Gestão de Estoques. 4. Redução de custos. 5. Curva (ABC). I Título.

CDU 658

Page 4: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

ANA CLAUDIA DOS SANTOS

DENISE NATALIA DA SILVA

RONALDO ZAMBERSE DA SILVA

VANESSA CRISTINA FURTADO NOVAES

GESTÃO DE ALMOXARIFADO

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Aprovada em: ____/____/____

Banca Examinadora:

Prof. M.Sc. Francisco Cesar Vendrame

Mestre em Administração pela Universidade Metodista de Piracicaba

Assinatura: ________________________________

Prof. (a): _______________________________________________________

Titulação: ______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ________________________________

Prof. (a): _______________________________________________________

Titulação: ______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ________________________________

Page 5: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

Primeiramente queria agradecer a Deus, por estar sempre junto a mim

nas horas que mais precisei, por ter me iluminado no decorrer da caminhada,

que foi percorrida com muita força e coragem, porém nada teria acontecido se

não existisse em mim a fé que tenho nele.

Aos meus pais: Joaquim e Ester, que estiveram ao meu lado, dando

todo o apoio necessário que precisei, pela compreensão, ajuda e, em especial,

por todo carinho ao longo deste percurso.

Aos meus irmãos Taisa e Henrique pelo carinho, compreensão, sempre

tiveram comigo, por tido uma cumplicidade e amizade que me fortaleceu e, nas

pequenas atitudes e nos gestos de amor que tiveram, fizeram a diferença em

minha vida.

Dedico esta monografia, bem como todas as minhas demais conquistas,

aos meus amados e preciosos: sobrinho e Vovó (Willian Cesar e Alice - meus

presentes).

Especialmente ao Professor Francisco Vendrame. Pelo seu espírito

inovador e empreendedor na tarefa de multiplicar seus conhecimentos, pela

paciência na orientação e incentivo que tornaram possível a conclusão desta

monografia. A todos os professores do curso, que foram tão importantes na

minha vida acadêmica e no desenvolvimento desta monografia.

Aos amigos e colegas, pelo incentivo e apoio constantes, iluminando de

maneira especial os meus pensamentos e me levando a buscar mais

conhecimentos.

Hoje vejo que valeu a pena todo sofrimento, todas as renúncias, a

espera, pois hoje estou colhendo os frutos do empenho.

Esta vitória é muito mais do que minha e sim de todos que nelas caminharam

junto a mim. Obrigada a todos.

Ana Claudia dos Santos

Page 6: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

Primeiramente dedico a Deus, pois ele é meu guia em todas as

situações de minha vida, sempre me fortalecendo em todos os momentos.

À minha querida Mãe, que sempre me incentivou e me deu muita força

para concluir este curso, pois sem a ajuda dela seria muito difícil.

Ao meu querido Pai, que não está mais presente, mas de onde estiver

tenho certeza de que ele estará muito feliz com esta conquista!

Ao meu noivo que sempre me apoia em tudo e sempre me dá muita

força para seguir em frente.

A todos meus familiares, que estão muito orgulhosos pela conclusão

deste curso.

A todos os professores e ao nosso orientador que nos ajudaram nesta

jornada que está sedo finalizada.

Aos meus parceiros de monografia que juntos chegamos à reta final com

muitos esforços.

Denise Natalia da Silva

Page 7: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

Com muita honra e gratidão, que através destas humildes palavras,

dedico esta grande conquista a toda a minha família.

Aos meus pais Jurandir e Roselinda, que simplesmente são joias na

minha vida, devo a eles a integridade, honestidade e o desejo de ser vencedor.

Aos meus irmãos Reginaldo e Renata que sempre me apoiaram no meu

sonho.

Em especial à minha linda e maravilhosa esposa e meu lindo filho que

não mediram esforços em me ajudar, dando entendimento no momento de

ausência, compreensão, apoio e força para continuar a caminhada.

A todos os professores e profissionais do Unisalesiano que contribuíram

para minha formação profissional.

Ronaldo Zamberse da Silva

Page 8: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

Dedico primeiramente a Deus que me iluminou todos estes anos, que

me fez não desistir do meu sonho.

Aos meus pais que me apoiaram nesta jornada na minha vida, se não

fossem eles eu não conseguiria concluir este curso, muitas vezes eu pensei em

desistir, mas eles estão sempre do meu lado me dando todo apoio. Hoje eu

estou aqui prestes a concluir o curso, eu agradeço muito a eles.

Ao meu marido, Marcelo, que representa minha segurança em todos os

aspectos, meu companheiro incondicional, o abraço espontâneo e tão

necessário, aos meus irmãos Jeferson e Everton que sempre me ajudaram de

alguma maneira e muito obrigada à minha sogra, meu sogro, minhas cunhadas

e minhas sobrinhas que eu tanto amo: Louise e Maria Julia.

Aos meus colegas de TCC, que apesar de todos os obstáculos

superados, por terem me compreendido nas piores situações possíveis e, hoje,

nosso sonho está se realizando. A todos os meus futuros colegas e, acima de

tudo, por terem se tornado grandes amigos, fazendo com que eu continuasse e

chegasse até onde cheguei.

Aos professores orientadores Francisco Cesar Vendrame, Heloisa

Helena Rovery da Silva e também a nossa coordenadora Maris de Cassia

Ribeiro Vendrame, que com seus conhecimentos nos ajudaram, apoiaram e

acreditaram em nosso trabalho e a todos os profissionais do Unisalesiano que

colaboram diretamente e indiretamente, agregando conhecimento e valor.

Agradeço a todos os meus amigos e colegas de sala que de alguma maneira

ajudaram para esta realização.

“Algumas pessoas marcam a nossa vida para sempre, umas porque nos

vão ajudando na construção, outras porque nos apresentam projetos de sonho

e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”.

Vanessa Cristina Furtado Novaes

Page 9: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

RESUMO

A empresa JBS – Divisão de Carnes de Lins- SP atua há mais de 60 anos no setor de alimentos, é a maior companhia em processamento de proteína animal do mundo. Busca continuamente a melhoria em sua administração para obter uma política de estocagem eficiente, cujo foco absoluto nas atividades, garante: melhores produtos e serviços aos clientes; solidez aos fornecedores; rentabilidade satisfatória aos acionistas e a certeza de um futuro melhor para todos os colaboradores. A cultura organizacional da JBS - Divisão Carnes é consistente e a empresa busca constantemente a redução de custos, melhoraria em sua gestão de compras para obter vantagem competitiva no mercado. A gestão de estoque é eficiente e trabalha de maneira ordenada com outros setores da empresa, sendo responsável pela integração e otimização de seus serviços e produtos. Com planejamento estratégico diferenciado, a JBS – Divisão carnes consegue manter padrão elevado nos processos qualitativamente e quantitativamente E garante a preservação dos ótimos resultados que refletem na fidelização de seus clientes. Preocupada com a segurança e organização dos materiais estocados, a JBS utiliza-se da Curva (ABC) que a auxilia na obtenção de melhores resultados e na otimização da aplicação dos recursos financeiros ou materiais, com isso evita desperdícios e aquisições indevidas. A pesquisa teve como objetivo demonstrar a eficiência na gestão de estoque do grupo JBS, onde existe a busca incansável da diminuição de custos para obtenção de melhores resultados finais e maior lucratividade. Através da pesquisa contatou-se que a empresa JBS - Divisão carne tem estratégias e planejamentos adequados para a satisfação dos clientes, busca a inovação na forma de armazenagem dos materiais, trabalha de forma eficaz, atualizada e utiliza ferramentas adequadas às necessidades encontradas no cotidiano, avalia bem os seus custos e, assim, consegue ter um eficiente controle de estoque, destacando–se no mercado globalizado e competitivo. Palavras-chave: Estoque. Controle de estoque. Gestão de Estoques. Redução de custos. Curva (ABC).

Page 10: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

ABSTRACT

The company JBS - Meat Division of Lins-SP operates more than 60 years in the food sector is the largest company in processing of animal protein in the world. Continuously seeks improvement in his administration for a policy of efficient storage, whose absolute focus on activities, ensures: better products and services to customers; soundness suppliers; satisfactory profitability to shareholders and the certainty of a better future for all employees. The organizational culture of JBS - Meat Division is consistent and the company constantly seeks to reduce costs, improve its management in shopping for competitive advantage in the market. The inventory management is efficient and works in an orderly manner with other sectors of the company are responsible for the integration and optimization of their services and products. With strategic planning differentiated JBS - Division meats can maintain high standard processes qualitatively and quantitatively, ensures the preservation of the great results that reflect the loyalty of its customers. Concerned with the safety and organization of stored materials, JBS uses Curve (ABC) that helps in achieving better results and optimization of the use of financial resources or materials, applied it avoids undue waste and acquisitions. The research aims to demonstrate the efficiency of inventory management of JBS, where there is the relentless pursuit of cost reduction to achieve better outcomes and greater profitability. Through research that contacted the company JBS - Beef Division has adequate strategies and plans for customer satisfaction, seeking innovation in the form of storage of materials, works effectively and updated tools and appropriate requirements encountered in everyday life, evaluates well its costs and thus can have an effective inventory control, especially in the globalized and competitive market. Keywords: Inventory. Inventory Control. Inventory Management.Cost eduction. Curve (ABC).

Page 11: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Carnes JBS ........................................................................................ 34

Figura 2: Produtos swift .................................................................................... 35

Figura 3: Produtos swift orgânico ...................................................................... 36

Figura 4: Produtos swift maturatta .................................................................... 37

Figura 5: Produtos swift angus select ............................................................... 37

Figura 6: Produtos organic beef ........................................................................ 38

Figura 7: Produtos industrializados ................................................................... 39

Figura 8: Produtos anglo ................................................................................... 39

Figura 9: Produtos cabaña las lilas ................................................................... 40

Figura 10: Produtos friboi .................................................................................. 40

Figura 11: Enlatados exeter .............................................................................. 41

Figura 12: Beff shopping ................................................................................... 41

Figura 13: Divisão de negócios JBS (beef jerky) .............................................. 42

Figura 14: Divisão de negócios JBS (envoltórios) ............................................. 43

Figura 15: Demonstração da curva ABC .......................................................... 55

Figura 16: Informação que integra um sistema MRP ........................................ 58

Figura 17: Almoxarifado .................................................................................... 66

Figura 18: Entrada ............................................................................................ 67

Figura 19: Recebimento .................................................................................... 68

Figura 20: Conferência quantitativa .................................................................. 69

Figura 21: Conferência qualitativa .................................................................... 70

Figura 22: Descarga ......................................................................................... 71

Figura 23: Entrada no estoque.......................................................................... 72

Figura 24: Controle de estoque......................................................................... 72

Figura 25: Gráfico da curva ABC ...................................................................... 74

Figura 26: Armazenagem ................................................................................. 76

Figura 27: Transporte ....................................................................................... 78

Page 12: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ASPRANOR: Associação Brasileira dos Produtos de Animais orgânicos

BPF: Boas Práticas de Fabricação

BRC: British Retail Consortium

CSI: Certificado Sanitário Internacional

ENSCA: European Natural Casing Association

ERP: Planejamento de Recursos Empresariais

EV: Estoque Virtual

FAT: Faturamento

GT: Guia de Trânsito

HACCP: Certificação de Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle

INSCA: Internacional Natural Casing Association

JIT: Just In Time

MPs: Estoque de Matérias-Primas

MRP: Planejamento no Requerimento de Material

MRP II: Planejamento de Recursos de Manufatura

MRP III: Módulo de Controle de Produção Eletrônico

OPT: Tecnologia de Produção Otimizada

PAS: Produtos Acabados

PEAD: Polietileno de Alta Densidade

PEBD: Polietileno de Baixa Densidade

PEBDL: Polietileno Linear de Baixa Densidade Linear

PP: Polipropeno

SIF: Serviço de Inspeção Federal

TR: Dos Elementos de Reabastecimento e ou Estoque

Page 13: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 16

CAPÍTULO I – GRUPO JBJ – FRIBOI ............................................................. 18

1 A EMPRESA .......................................................................................... 18

1.1 Trajetória do Grupo JBS ......................................................................... 19

1.1.1 Início de uma trajetória de sucesso: 1953 .............................................. 19

1.1.2 A primeira aquisição: 1968 ..................................................................... 19

1.1.3 O crescimento só estava começando: 1970........................................... 19

1.1.4 Expansão contínua por meio de aquisições e aumento de

produtividade, 1981 a 2002 .............................................................................. 19

1.1.5 Mais aquisições marcam o ano de 2004 ................................................ 19

1.1.6 Criação da JBS S.A. e início do processo de internacionalização

em 2005 ............................................................................................................ 19

1.1.7 Expansões na Argentina e aumento da capacidade de abate em

2006 ............................................................................................................... 20

1.1.8 Ano marcado por aquisições nacionais e internacionais de plantas

de abate e industriais: 2007 .............................................................................. 20

1.1.9 JBS amplia seus negócios no exterior e consolida sua liderança

mundial no setor de carnes em 2008 ................................................................ 20

1.1.10 A incorporação da gigante brasileira marca um ano de sucesso e

crescimento em 2009 ........................................................................................ 21

1.1.11 Consolidação da plataforma de produção e expansão da

plataforma de distribuição em 2010 .................................................................. 21

1.2 Cultura .................................................................................................... 22

1.3 Valores ................................................................................................... 22

1.4 Missão .................................................................................................... 22

1.5 Pilares .................................................................................................... 22

1.6 JBS - Sustentabilidade ........................................................................... 22

1.7 Relação com os fornecedores ................................................................ 23

1.7.1 Programa quality farms .......................................................................... 23

1.8 Excelência .............................................................................................. 25

Page 14: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

1.9 Prêmios e certicações ............................................................................ 25

1.9.1 NSF – CMI certification .......................................................................... 25

1.9.2 Global standard of food service .............................................................. 26

1.10 Projetos agropecuários .......................................................................... 26

1.11 Boi a termo ............................................................................................. 27

1.12 Transporte de animais ............................................................................ 27

1.13 Divisão de negócios JBS ........................................................................ 28

1.13.1 Lácteos ................................................................................................... 28

1.13.2 Colágeno ................................................................................................ 28

1.13.3 Couros .................................................................................................... 29

1.13.4 Fábrica de latas ...................................................................................... 29

1.13.5 Vegetais ................................................................................................. 30

1.13.6 Higiene e limpeza ................................................................................... 30

1.13.7 Oleoquímica ........................................................................................... 30

1.13.8 Biodiesel ................................................................................................. 31

1.13.9 Bio-Lins .................................................................................................. 31

1.13.10 Reciclagem .......................................................................................... 31

1.13.11 Confinamentos ..................................................................................... 32

1.13.12 Insumos agropecuários........................................................................ 32

1.13.13 Trade ................................................................................................... 33

1.13.14 Transportadora .................................................................................... 33

1.13.15 Carnes ................................................................................................. 33

1.13.15.1 Linha Swiit ........................................................................................ 34

1.13.15.2 Linha Swift orgânico ......................................................................... 35

1.13.15.3 Linha Swift Maturatta ........................................................................ 36

1.13.15.4 Swift Angus Select ............................................................................ 37

1.13.15.5 Organic beef ..................................................................................... 38

1.13.15.6 Carne industrializada ........................................................................ 38

1.13.15.7 Anglo ................................................................................................ 39

1.13.15.8 Sola .................................................................................................. 39

1.13.15.9 Cabanã Las Lilas ............................................................................ ..40

1.13.15.10 Friboi ............................................................................................. 40

1.13.15.11 Exeter ............................................................................................ 41

Page 15: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

1.13.15.12 Beef shopping ............................................................................... 41

1.13.15.13 Beef Jerky ..................................................................................... 42

1.13.15.14 Envoltório ...................................................................................... 42

CAPÍTULO II – GESTÃO DE ESTOQUE ......................................................... 44

2 GESTÃO DE ESTOQUE ........................................................................ 44

2.1 Classificação dos estoques .................................................................... 45

2.1.1 Estoque de matérias-primas (MPs) ........................................................ 45

2.1.2 Estoque de materiais em processamento ou em vias ............................ 45

2.1.3 Estoque de materiais semiacabados ...................................................... 45

2.1.4 Estoques de materiais acabados ou componentes ................................ 46

2.1.5 Estoque de produtos acabados (Pas) .................................................... 46

2.2 A função dos estoques ........................................................................... 46

2.3 Custos de estoque ................................................................................. 47

2.3.1 Custos de colocação de pedido ............................................................. 47

2.3.2 Custos de desconto de preços ............................................................... 47

2.3.3 Custos de falta de estoque ..................................................................... 48

2.3.4 Custos de capital de giro ........................................................................ 48

2.3.5 Custos de armazenagem ....................................................................... 48

2.3.6 Custos de obsolescência........................................................................ 48

2.3.7 Custos de ineficiências de produção ...................................................... 48

2.4 Tipos de estoques .................................................................................. 49

2.4.1 Estoque de reserva ou de segurança (Es) ............................................. 49

2.4.2 Estoque mínimo ..................................................................................... 50

2.4.3 Estoque máximo ..................................................................................... 50

2.4.4 Estoque de produção / processo ............................................................ 50

2.4.5 Estoque de ciclo ..................................................................................... 51

2.4.6 Estoque em trânsito ............................................................................... 51

2.4.7 Estoque virtual (EV) ............................................................................... 51

2.4.8 Estoque obsoleto (morto) ....................................................................... 52

2.4.9 Estoque de antecipação ......................................................................... 52

2.5 Sistema ABC de estoque ....................................................................... 52

2.5.1 Finalidade da curva ABC ........................................................................ 53

Page 16: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

2.5.2 Montagem da curva ABC ....................................................................... 55

2.6 Giro de estoque ...................................................................................... 56

2.7 Técnicas de programação de produção que auxiliam na gestão de

estoque ............................................................................................................. 56

2.7.1 Just in time ............................................................................................. 56

2.7.2 Kanban ................................................................................................... 57

2.7.3 MRP ....................................................................................................... 58

2.7.4 MRP II .................................................................................................... 59

2.7.5 MRP III ................................................................................................... 59

2.7.6 Tecnologia de produção otimizada (OPT) .............................................. 59

2.8 O estoque no almoxarifado .................................................................... 60

2.8.1 Almoxarifado .......................................................................................... 61

2.8.1.1 Entrada de materiais ............................................................................ 61

2.8.1.2 Conferência quantitativa ...................................................................... 61

2.8.1.3 Conferência qualitativa ........................................................................ 62

2.8.1.4 A armazenagem .................................................................................. 62

2.8.1.5 A distribuição interna e externa ........................................................... 62

CAPÍTULO III – A PESQUISA .......................................................................... 64

3 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 64

3.1 Relato e Discussão da pesquisa sobre a gestão de almoxarifado na

JBS ............................................................................................................... 65

3.1.1 Almoxarifado .......................................................................................... 65

3.1.1.1 Entrada ................................................................................................ 66

3.1.1.1.1 Recebimento .................................................................................... 67

3.1.1.1.2 Conferência quantitativa ................................................................... 68

3.1.1.1.3 Conferência qualitativa ..................................................................... 69

3.1.1.1.4 Descarga .......................................................................................... 70

3.1.1.1.5 Entrada de estoque .......................................................................... 71

3.1.1.1.6 Controle de estoque ......................................................................... 72

3.1.1.2 Critério ABC ...................................................................................... 73

3.1.1.2.1 Gerenciamento do estoque .............................................................. 74

3.1.1.2.2 Regularização ................................................................................... 75

Page 17: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

3.1.1.2.3 Armazenagem .................................................................................. 75

3.1.1.3 Critérios de armazenagem ............................................................... 76

3.1.1.3.1 Distribuição externa e interna ........................................................... 77

3.1.1.3.2 Transporte ........................................................................................ 77

3.1.1.3.3 Benefícios da gestão de almoxarifado .............................................. 78

3.2 Parecer final do caso .............................................................................. 79

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 81

CONCLUSÃO ................................................................................................... 82

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 84

APÊNDICES ..................................................................................................... 88

Page 18: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

16

INTRODUÇÃO

A gestão de estoque é um assunto vital e, frequentemente absorve parte

substancial do orçamento operacional de uma organização; como os custos de

estocagem não agregam valores aos produtos, quanto menor o nível de

estoque com que um sistema conseguir trabalhar, mais eficiente será sua

administração e poderá criar a diferença com os concorrentes, melhorando a

qualidade, reduzindo os tempos, diminuindo os custos, oferecendo assim uma

vantagem competitiva.

O processo de administração de estoque pode ser utilizado como ferramenta estratégica em uma organização, analisando como a melhoria dos processos de gestão de suprimentos tem o papel de promover a eficiência das atividades desenvolvidas no próprio setor, ao ponto de levar a uma redução de estoque e do valor imobilizado, sem afetar o processo produtivo e trazendo vantagem competitiva perante os concorrentes. (PINTO, 2002, p.37).

Para Chiavenato (1991), o estoque é a composição de materiais em

processamento, materiais semiacabados, materiais acabados, que não são

utilizados em determinado momento na empresa, mas que precisam existir em

função de futuras necessidades, uma vez que a acumulação de estoques em

níveis adequados é uma necessidade para o normal funcionamento do sistema

produtivo.

Em uma organização, a curva ABC é muito utilizada para a

administração de estoques, mas também é usada para a definição de políticas

de vendas, para o estabelecimento de prioridades, para a programação de

produção e outros. Para a administração de estoques, por exemplo, o

administrador a usa como um parâmetro que informa sobre a necessidade de

aquisição de itens - mercadorias ou matérias-primas essenciais para o controle

do estoque, que variam de acordo com a demanda do consumidor. (PINTO,

2002).

Uma gestão de estoques adequada à política empregada pela empresa

pode trazer resultados muito interessantes para o processo de controle de

materiais como um todo, principalmente nas áreas diretamente relacionadas à

Page 19: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

17

administração de materiais, como: compras, recebimento, controle de

qualidade e o próprio controle dos estoques. Dentro desta perspectiva, pode-se

utilizar o método do máximo-mínimo, que fornece informações essenciais para

manter um nível de estoque eficiente auxiliando o processo decisório no que se

refere aos itens que realmente devem ser comprados na data e quantidades

adequadas ao planejamento da produção, que visam obter e manter estoque

apenas a níveis estritamente necessários.

Os objetivos da pesquisa foram: verificar a importância da gestão do

almoxarifado para o gerenciamento dos estoques descrevendo a evolução

histórica da JBS – Divisão Carnes; fundamentar as teorias referentes à gestão

de almoxarifado e gestão de estoque; descrever o funcionamento do

almoxarifado da JBS – Divisão carne no tocante ao: recebimento,

armazenagem, distribuição e controle; verificar se as normas de determinação

dos estoques respeitam a teoria da curva ABC; verificar também se as normas

de gestão de almoxarifado contribuem para o gerenciamento dos estoques.

A pergunta problema que norteou a pesquisa foi: A gestão de

almoxarifado de estoque pode proporcionar um gerenciamento eficaz do

estoque?

Em resposta a tal questionamento surgiu a seguinte hipótese: de que a

gestão de estoque é uma ferramenta importante para garantir a exatidão na

informação contida na organização que busca facilitar e acelerar os processos

operacionais, garantindo a confiabilidade na informação contida no sistema.

Para a realização da pesquisa utilizou-se dos métodos de observação

sistemática, estudo de caso e histórico descritos no capítulo III deste trabalho.

O trabalho está assim estruturado:

Capítulo I discorre sobre a evolução histórica da empresa.

O capítulo II aborda a fundamentação teórica sobre gestão de estoque e

almoxarifado.

Capítulo III apresenta a pesquisa realizada na empresa em estudo.

Por fim, vem a proposta de intervenção e a conclusão.

Page 20: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

18

CAPÍTULO I

GRUPO JBS – FRIBOI

1 A EMPRESA

A JBS S.A. faz parte da J&F Holding, que tem as seguintes empresas:

Banco JBS, Administradora de Recursos, Agropecuária, Eldorado, Florestal e

Flora. A JBS é a maior empresa de processamento de proteína animal do

mundo e está presente em todos os continentes com milhares de

colaboradores. A companhia atua nas áreas de: alimentos, couros, produtos

para animais domésticos, higiene, limpeza, colágeno, latas, biodiesel, entre

outras.

No segmento de carnes, a empresa é líder na produção e

comercialização de produtos bovinos e destaca-se na produção e

comercialização de suínos, ovinos e aves.

Em couros, é considerada uma das líderes mundiais. No segmento de

lácteos, produz e comercializa iogurtes, leites, queijos, margarinas e

sobremesas.

Dentre as responsabilidades do grupo destacam-se:

a) responsabilidade em gerar e manter milhares de empregos nos

cinco continentes;

b) responsabilidade em produzir com excelência em qualidade, com

procedência de matéria-prima, passando pela liderança dos setores

sociais e ambientais;

c) responsabilidade em expandir suas plataformas de distribuição para

estar cada vez mais perto dos consumidores finais;

d) responsabilidade em alimentar o mundo com a consciência de

transformar vida em alimento;

e) responsabilidade em promover o crescimento sustentável das

cadeias que faz parte bem como riquezas para os acionistas,

colaboradores e consumidores.

Page 21: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

19

1.1 Trajetória do Grupo JBS

1.1.1 Início de uma trajetória de sucesso: 1953

José Batista Sobrinho começou em 1953 as atividades do ramo

frigorífico, um açougue chamado Casa de Carne Mineira, na cidade de

Anápolis (GO), com capacidade de abate de 5 (cinco) cabeças de gado por dia.

1.1.2 A primeira aquisição: 1968

A primeira aquisição de uma unidade de abate é feita na cidade de

Platina (DF).

1.1.3 O crescimento só estava começando: 1970

Com a aquisição da planta de abate em Luziânia (GO), a capacidade de

abate da empresa saltou para 500 cabeças de gado por dia.

1.1.4 Expansão contínua por meio de aquisições e aumento de produtividade,

1981 a 2002

A empresa teve uma expansão significativa das operações no Brasil por

meio de aquisição de plantas de abate e unidades produtoras de carnes in

natura e industrializadas, bem como investimentos na capacidade produtiva.

Nesse período, a capacidade de abate alcançou a marca de 5,8 mil cabeças de

gado por dia.

1.1.5 Mais aquisições marcam o ano de 2004

Aquisição de 50% da BF alimentos.

1.1.6 Criação da JBS S.A. e início do processo de internacionalização em

2005

Page 22: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

20

Ocorreram várias mudanças significativas, pois houve a reestruturação

do grupo Friboi com a criação da marca JBS S.A. Nesse mesmo período,

iniciou-se o processo de internacionalização com aquisição da Swift Armour

S.A, maior produtora exportadora de carne bovina da Argentina.

1.1.7 Expansões na Argentina e aumento da capacidade de abate em 2006

Houve uma expansão na Argentina e um grande aumento na

capacidade de abate. Nesse ano, houve a aquisição de mais duas unidades,

sendo elas em Venado Tuerto e Pontevedra, aumentando a capacidade de

abate para 22,6 mil cabeças de gado por dia em um total de 21 plantas no

Brasil e 5 plantas na Argentina.

1.1.8 Ano marcado por aquisições nacionais e internacionais de plantas de

abate e industriais: 2007

A JBS consolidou-se como a maior empresa do mundo no setor de

carne bovina. O ano foi marcado por aquisições nacionais e internacionais de

plantas de abate e industriais. Adquiriu duas unidades na Argentina em

Berazategui e Colônia Caroya e de mais de uma unidade no Brasil na cidade

de Maringá (PR), aquisição da Swift Foods Company que passou a ser

chamada de JBS USA.

1.1.9 JBS amplia seus negócios no exterior e consolida sua liderança mundial

no setor de carnes em 2008

A JBS amplia seus negócios no exterior com a compra das empresas

norte-americanas National Beef e Smithfiel e da Austrália Tasman,

consolidando sua liderança mundial no setor de carnes.

Essas aquisições representaram a conclusão do plano de investimentos

para a construção de uma sustentável plataforma de abate, produção e

comercialização de carnes nos EUA e na Austrália, que se iniciou em julho de

2007 através da aquisição da Swift & Company.

Page 23: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

21

1.1.10 A incorporação da gigante brasileira marca um ano de sucesso e

crescimento em 2009

O ano de 2009 ficou marcado como um ano de sucesso e crescimento,

pois a JBS comunica a expansão da companhia no Brasil incorporando cinco

unidades de abate ampliando sua capacidade de abate por dia.

Fez a aquisição de 64% do capital social da Pilgrim's Pride Corporation

com sede em Pittsburgh, Texas, Estados Unidos, com atuação na criação,

abate, processamento e comercialização de carne de frango. Neste mesmo

ano houve a incorporação da Bertin SA, empresa brasileira, nos segmentos:

lácteo, alimentos para animal doméstico e biodiesel.

Hoje, a JBS é a maior empresa em processamento de proteína animal

do mundo, atuando nas áreas de alimentos, couro, produtos para animais

domésticos, biodiesel, colágeno, latas e produtos de limpeza.

A companhia está presente em todos os continentes, com plataformas

de produção, escritórios no Brasil, Argentina, Itália, Austrália, EUA, Uruguai,

Paraguai, México, China, Rússia, entre outros países.

Com acesso a 100% dos mercados consumidores, a JBS possui 140

unidades de produção no mundo e mais de 120 mil colaboradores focados no

sucesso da companhia, sustentado pelo espírito empreendedor e pelo

pioneirismo.

Estão incorporadas à gestão da JBS a busca pela modernização, pela

qualidade dos produtos e matérias-primas, construção de mais e melhores

relações com parceiros, clientes, colaboradores e sociedade bem como a

satisfação dos acionistas e o compromisso com a questão da responsabilidade

socioambiental.

1.1.11 Consolidação da plataforma de produção e expansão da plataforma de

distribuição em 2010

Consolidação da plataforma de produção e expansão da plataforma de

distribuição mundial.

Page 24: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

22

1.2 Cultura

Com tradição de mais de 50 anos, trabalha-se com foco no bem comum

e com simplicidade nos processos, valorizando a transparência e, acima de

tudo, a confiança que une e que traduz a essência das pessoas de mesma

atitude, conhecimentos complementares, senso de urgência e espírito de dono.

1.3 Valores

A condução dos trabalhos diários é feita com base em um conjunto de

valores que cada colaborador da empresa se compromete em respeitar, como:

planejamento, obstinação, disciplina, disponibilidade, franqueza, simplicidade e

excelência.

Com estes valores constrói-se uma história de sucesso, marcada pelo

pioneirismo e pelo espírito empreendedor.

1.4 Missão

A missão da empresa é ser os melhores naquilo que se propuserem

fazer, com foco absoluto em suas atividades garantindo os melhores produtos

e serviços aos clientes, solidez aos fornecedores, rentabilidade satisfatória aos

acionistas e a certeza de um futuro melhor a todos os colaboradores.

O capital humano é o seu maior patrimônio e acreditar que pessoas

preparadas e motivadas fazem a diferença para a inovação de seus produtos.

1.5 Pilares

Sua cultura, Sua Gente, Seus Produtos e Seus Clientes.

1.6 JBS - sustentabilidade

Ciente de sua responsabilidade como a maior companhia de

processamento de proteína animal do mundo, a JBS adota uma Política de

Page 25: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

23

Sustentabilidade adequada a cada uma de suas unidades, incluindo aspectos

ambientais, procedimentos adotados, relacionamentos e investimentos,

utilização de recursos naturais e tratamento de resíduo.

1.7 Relação com os fornecedores

A JBS mantém parcerias sustentáveis com os seus fornecedores em

todas as plataformas em que atua, seja na Argentina, Brasil, Estados Unidos,

Austrália e Itália.

Adota como conduta interna a avaliação dos seus fornecedores no que

tange a critérios relacionados à: qualidade, pontualidade, sustentabilidade e

confiabilidade dos produtos e serviços. Essa postura busca garantir que a

cadeia de carne bovina global seja sustentável em todos os aspectos e ofereça

aos seus clientes finais um produto com procedência garantida e que respeita

as boas práticas.

A JBS cultiva a transparência entre a companhia e seus fornecedores de

gado – pecuaristas – nos EUA, Austrália, Argentina, Itália e Brasil como forma

de promover em longo prazo o crescimento do setor por meio do fortalecimento

da cadeia produtiva.

Procura oferecer ao pecuarista diversas condições de comercialização

do gado para que o fornecedor possa planejar antecipadamente suas vendas,

facilitando as negociações e otimizando seus resultados. A política de

relacionamento inclui um programa de visitas às unidades industriais para

acompanhamento da produção, bem como assessoria para questões sanitárias

referentes à nutrição dos animais e à venda do gado.

Para garantir a transparência no processo de aquisição de bovinos, a

JBS divulga e esclarece aos seus fornecedores que mantém relação comercial

com empresas que têm comprometimento e engajamento com questões

socioambientais que afetam a cadeia. A conduta da JBS é divulgada

constantemente aos seus fornecedores por meio do Manual de Conduta Ética

da Companhia e Práticas Sustentáveis.

1.7.1 Programa Quality Farms

Page 26: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

24

Em todos os países de atuação da JBS, a companhia estimula as boas

práticas junto aos seus fornecedores. A partir de programas de qualidade,

dissemina, estimula e apoia os seus fornecedores a adotarem condutas

sustentáveis.

Um exemplo é o programa Quality Farms, que foi criado para apoiar a

missão da JBS de ser a melhor em tudo o que se propõe a fazer e é um

exemplo da valorização aos seus fornecedores. Em mais uma iniciativa

pioneira, a JBS foi o primeiro frigorífico brasileiro a programar uma ferramenta

de gestão de qualidade nas fazendas fornecedoras de animais.

O Quality Farms visa a preparar os produtores para o Global

Gap/EurepGAP Euro - Retailer Produce Working Group (Eurep) e Good

Agricultura Practice (GAP) e assegurar 100% da aquisição com animais

certificados.

O documento normativo é baseado nas boas práticas agrícolas. O

objetivo é assegurar integridade, transparecia e harmonia dos padrões globais.

Os alimentos devem ser produzidos respeitando-se a saúde, a

segurança e o bem-estar dos funcionários, sem deixar de observar os cuidados

com o animal e o meio ambiente.

A tendência é que mercados, principalmente externos, busquem cada

vez mais produtos e padrões de qualidade e ética aceitos mundialmente.

A JBS disponibiliza uma equipe de profissionais capacitados para

orientar e treinar os pecuaristas para que possam requisitar a certificação.

As fazendas pré-selecionadas são contadas e, quando aceitam

participar do programa JBS Quality Farms, passam por uma pré-auditoria e

iniciam-se os trabalhos para adequação.

O EurepGap é uma ferramenta de gestão que apresenta informações

sobre pontos fortes da propriedade e pontos que precisam de mais atenção.

Assim, possibilita um planejamento eficiente, remanejamento de recursos e

alocação de ganhos, fortalecendo o negócio.

Com esse programa, a JBS busca a união de forças em prol do

fornecimento de carnes produzidas de modo ético e profissional.

O JBS Quality Farms faz com que o produto brasileiro seja competitivo

no mercado agregando valor aos produtores, garantindo qualidade aos clientes

Page 27: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

25

e a satisfação do consumidor final.

1.8 Excelência

Para garantir a qualidade do produto final, a JBS S.A. conta com um

eficiente controle de procedência (produtos selecionados, cadastrados e

rigorosos processo de seleção de animais), transporte (cuidados especiais de

embarque e desembarque) e produção industrial com cuidados rígidos de

higiene. Salas climatizadas permitem a manipulação ideal das carnes,

posteriormente enviadas para câmaras de resfriamento ou congelamento com

temperatura controlada por um sistema totalmente padronizado. Da

comercialização passa por modernos processos de industrialização,

conservação e transporte.

Todos os processos de qualidade são testados em modernos

laboratórios e por técnicas experientes que garantem a plena certificação dos

produtos e inspeção SIF.

1.9 Prêmios e certificação

1.9.1 NSF-CMI certification

A NSF-CMI Certification é líder no fornecimento de seguros

independentes e serviços de certificação para a agricultura, produção e

indústrias de transformação. Sua certificação para agricultura de produção e

indústria de transformação é emitida somente às empresas que comprovem

possuir mais de 40.000 clientes só na Europa.

As plantas de Andradina/SP, Presidente Epitácio/SP e Barretos/SP

receberam esta certificação pela recepção, abate, desossa e embalagem de

miudezas, cortes de carne bovina fresca e congelada, produção de carne

enlatada e produção de extrato de carne. A unidade de Andradina ainda foi

contemplada com uma nova certificação aos produtos da unidade de refeições

prontas, produtos a partir do extrato de carne, produtos in natura, em

conservas, carnes resfriada ou congelada e localização das plantas no site.

Page 28: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

26

Presente nas principais instituições internacionais do setor como

Internacional Natural Casing Association (INSCA) e European Natural Casing

Association (ENSCA), a divisão de envoltórios da JBS atende a níveis de

exigências mundiais de procedimentos veterinários, comerciais e de saúde

alimentar do consumidor, por isso, é reconhecida como produto de grande

qualidade no mercado.

1.9.2 Global standard of food service

O British Retail Consortium (BRC) Global é um conjunto de quatro

líderes da indústria de Normas Técnicas que especificam os requisitos a serem

cumpridos por uma organização para permitir a produção, embalagem,

armazenamento e distribuição de alimentos seguros e produtos de consumo.

Em 1998, o BRC, respondendo às necessidades da indústria,

desenvolveu e introduziu o BRC Food Norma Técnica a ser utilizada para

avaliar os fabricantes de retalhistas de produtos alimentares de marca própria.

Ele é projetado para ajudar os varejistas e os proprietários de marcas a

produzir produtos alimentares de segurança consistente e de qualidade.

As unidades de Goiânia/GO, Campo Grande/ MS, Araputanga/MT, Barra

do Garça/MT e Pedra Preta/MT foram contempladas com esta certificação pelo

abate de bovinos e produção de peças relacionadas com carne fresca,

congelada e vísceras.

1.10 Projetos agropecuários

É um serviço de consultoria de projetos que pode ser executado na

propriedade do Pecuarista com uma equipe especializada onde é identificado o

melhor negócio e feito o acompanhamento de toda a execução do projeto.

O pecuarista pode contar com todo o apoio para o crescimento de seu

negócio e, como consequência, o aumento de produtividade.

Funciona desta forma:

a) uma equipe técnica especializada identifica as melhores formas de

aumentar o potencial da fazenda e de seus clientes;

Page 29: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

27

b) acompanha e monitora periodicamente a execução de cada projeto;

c) oferece linhas de crédito em longo prazo para financiar projetos

investimento em infraestrutura, compras de animais, recuperação de

pastagens e aquisição de maquinários.

1.11 Boi a termo

Trata-se uma forma de comercialização em que o produtor e a JBS

firmam um acordo definindo um valor fixo, data e a quantidade de arrobas a

serem entregues futuramente (no prazo mínimo de um mês e no máximo de

até um ano). É conhecido também como trava na bolsa.

Tal comercialização tem como vantagens:

a) possibilidade da comercialização do boi em qualquer época do ano,

independente do boi estar pronto para o abate;

b) evita problemas com a sazonalidade, podendo acompanhar o

mercado e realizar a venda no momento mais adequado;

c) assegurar a lucratividade perante os custos de produção

estimulando a atividade;

d) fazer levantamento dos riscos envolvidos na atividade;

e) fornecer todo suporte na tomada de decisão do pecuarista, através

do melhor entendimento do mercado.

1.12 Transporte de animais

A JBS possui 245 carretas de 2 andares com capacidade para 42 bois,

75 garrotes ou 90 bezerros; 30 rodo trens com capacidade para 76 bois, 125

garrotes ou 180 bezerros.

Todas as plantas da JBS possuem estrutura de transporte e todos os

veículos de transporte são rastreados.

A empresa possui uma equipe altamente preparada, com motoristas

treinados e especializados para esse tipo de transporte e possui atendimento

para todas as áreas de atuação da JBS (Confinamento, Fábrica, Corretora,

Transportes em geral de gado).

Page 30: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

28

Apresenta um excelente nível de serviço graças à especialização da

equipe, conseguindo que seu preço seja abaixo do mercado devido ao volume

transportado.

1.13 Divisão de negócios da JBS

1.13.1 Lácteos

Para crescer e conquistar o mercado, as atividades na JBS estão

baseadas em inovação, distribuição e comunicação adequada de cada uma de

suas marcas. São aproveitadas a sinergia e a experiência da companhia nas

exportações de carne e couros para comercializar derivados do leite fora do

Brasil. O foco está em produtos como cream cheese e requeijão, que já estão

sendo exportados para a Europa, Egito, Angola, Rússia e Cabo Verde.

Para a JBS, qualidade é sinônimo de respeito ao consumidor. A

companhia desenvolve, produz e distribui produtos inovadores, seguros e de

excelência, além de aprimorar continuamente os processos e cumprimento das

exigências legais e diretrizes internas relacionadas ao produto e ao negócio.

Para garantir a segurança alimentar, as plantas seguem as normas de

Boas Práticas de Fabricação (BPF), possuem ISO/9001 e certificação de

Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle (HACCP).

1.13.2 Colágeno

A JBS é líder mundial na fabricação de fibra natural de colágeno através

da Novaprom. A Novaprom produz e comercializa fibra natural de colágeno

desde 2002. Esse ingrediente destina-se principalmente à indústria de

alimentos, sendo utilizados em produtos cárneos, lácteos, bebidas preparadas,

panificação e alimentos funcionais.

A Novaprom está situada na cidade de Guaiçara - SP, região oeste do

estado de São Paulo.

A companhia é pioneira no Brasil na fabricação de fibra natural de

colágeno, tem capacidade de produção de centenas de toneladas por mês

Page 31: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

29

comercializadas no mercado interno e exportadas para vários países.

A fibra colágena é uma proteína pura, não desnaturada, extraída das

camadas internas da pele bovina.

O colágeno, além de ser um excelente ingrediente, também apresenta

propriedades benéficas à saúde: contribui para a regeneração de ossos,

articulações e tecidos do coração, retarda o envelhecimento da pele e a

flacidez dos tecidos, promove a hidratação cutânea e assegura a consistência

e a elasticidade dos tecidos. A companhia possui uma unidade para esse

segmento.

1.13.3 Couros

A JBS é a maior exportadora brasileira de couros e conta com 10

unidades industriais no Brasil e uma no exterior (China). Produz couro nos

estágios wet blue, semiacabado e acabado para os setores de calçados,

automobilístico, moveleiro e de artefatos.

Acompanha as tendências mundiais, avalia as expectativas dos

mercados em que atua e personaliza os produtos e serviços de acordo com as

especificações dos clientes.

A JBS possui certificação internacional do Centro de Tecnologia Satra e

destina a maior parte de sua produção para exportação.

1.13.4 Fábrica de latas

A Fábrica de Latas foi instalada em 1994. Atualmente está situada em

Lins - SP BR 153. Inicialmente era voltada para atender às necessidades de

acondicionamento da carne industrializada produzida pela divisão de carnes.

Gradativamente, esta unidade passou por atualizações tecnológicas e foi

diversificada, incorporando processos antes realizados por terceiros.

A Fábrica de Latas atua desde o corte de bobinas, passando pelo

processo litográfico até as linhas de montagens de latas. Hoje, é uma das cinco

maiores produtoras do país em seu segmento.

Destaca-se a lata de aço por ser biodegradável, 100% reciclável e por

Page 32: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

30

dispensar conservantes, garantindo que os alimentos mantenham suas

propriedades naturais inalteradas.É leve, resistente e protege os alimentos por

períodos superiores há dois anos, mesmo em condições adversas de clima,

transporte e manuseio.

1.13.5 Vegetais

A companhia produz e comercializa vegetais enlatados prontos para o

consumo.

Essas atividades iniciaram-se em 1991, na unidade de produção de

Uberlândia - MG. Atualmente, sua capacidade produtiva é de 3 milhões de

latas por mês, entre milho verde em conserva, ervilha reidratada, seleta de

legumes, batata palito, cenoura baby, couve flor, mandiocas pedaços, polenta

palito e vagem inteira.

1.13.6 Higiene e limpeza

Com quatro plantas industriais, Chácara Santa Rita - Luziâna - GO,

Jardim Pinheiro - Lins - SP e Salseiros - Itajaí – SC, a JBS é líder nacional na

produção de sebo bovino e massa base para pequenas, médias e grandes

empresas do segmento. Com as marcas próprias, BioBriz e Lavarte, produz

produtos de limpeza para casa e para roupas, como desinfetantes, sabão em

barra, sabão em pó, amaciante, multiuso, limpeza pesada e lava-louça.

1.13.7 Oleoquímica

A JBS Oleoquímica fabrica produtos a partir de óleos vegetais, gorduras

animais e produtos químicos.

A empresa está presente no mercado nacional e internacional

fornecendo produtos dentro dos segmentos de química fina: lubrificantes, ceras

materiais escolares, tintas, plásticos, pneus, borrachas, têxtil, metais,

mineração, fertilizantes agrícolas, química em geral e alimentos.

No ano de 2010, em parceria com a Dupont, iniciou a produção de

Page 33: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

31

Metilato de Sódio, principal catalisador utilizado na fabricação do Biodiesel.

Localizada em Pirapozinho-SP, a unidade fabril é a primeira a produzir o

catalisador no Brasil.

1.13.8 Biodiesel

A JBS Biodiesel tem capacidade instalada para a produção de milhares

de litros de biodiesel por ano. Suas unidades estão localizadas em Lins - SP e

Colider - MT.Conta com um moderno sistema de produção e de análises,

garantindo qualidade ao produto e atendendo às normas nacionais e

internacionais.

Atenta às questões socioambientais, apoia a Agricultura Familiar por

meio do programa

Selo Combustível Social e desenvolve projetos de coleta de óleo de

cozinha usado, transformando-o em biodiesel.

1.13.9 Bio-Lins

A Usina termoelétrica Bio-Lins produz vapor e energia elétrica a partir da

queima do bagaço de cana-de-açúcar, resíduo gerado a partir do processo

industrial de produção de açúcar e álcool que poderia gerar danos ambientais

caso não fosse utilizado.

Hoje, a usina abastece praticamente todas as unidades fabris da JBS

S.A. instaladas no complexo industrial de Lins e vende energia renovável para

outras empresas da região, tais como: Usina Itaiquara de Açúcar e Álcool -

Passos -MG.

1.13.10 Reciclagem

A JBS Ambiental desenvolve, a partir de resíduos industriais, produtos

reciclados, como: resinas de polietileno de alta densidade (PEAD), polietileno

de baixa densidade (PEBD), polietileno linear de baixa densidade linear

(PEBDL), e polipropileno (PP), garantindo o cumprimento das normas

Page 34: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

32

ambientais.

As matérias pós- industriais são processadas por meio de equipamentos

de alta tecnologia que mantém as suas características técnicas próximas das

originais.

Os resíduos não aproveitados, como papelão e sucata ferrosa também

têm destino ecologicamente correto na divisão de reciclagem.

A JBS Ambiental está situada na Rodovia BR 153 à frente da unidade couro

em Lins - SP.

1.13.11 Confinamentos

A JBS Confinamentos possui uma estrutura com tecnologia de ponta em

nutrição, manejo e bem-estar animal, oferecendo modernas técnicas de

comercialização aos pecuaristas interessados em aumentar sua produção.

A atividade consiste em fornecer alimentação balanceada para os

animais que ficam alojados em piquetes com área limitada e têm livre acesso à

água e cochos de ração.

Os animais são separados em lotes homogêneos e recebem aplicação

de protocolo sanitário pré-estabelecido. Este protocolo contém exclusivamente

vacinas e vermífugos.

A dieta é fornecida em três fases, sendo elas: adaptação, crescimento e

terminação. O objetivo é obter um melhor desempenho dos lotes com o mínimo

possível de distúrbios nutricionais.

Todo o controle deve ser feito com programa de gestão, contendo,

inclusive, ferramentas para controle de resíduos.

São 5 plantas de Confinamento com a capacidade de terminação de 250

mil bois/ano e estão situadas em Diamantino/ Lucas do Rio Verde- MT, Aruanã-

GO, Nazário- GO, Castilio - SP e Guaiçara - SP.

1.13.12 Insumos agropecuários

A JBS Insumos Agropecuários foi criada com objetivo de fortalecer a

cadeia produtiva do setor, disponibilizando ao pecuarista produtos e serviços

Page 35: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

33

de alta qualidade, como: nutrição, sanidade e manejo animal, com facilidades

comerciais e preços competitivos.

1.13.13 Trade

A Trade JBS foi fundada em 2005 para atender a demanda de compra

de matéria-prima da Companhia. Atualmente, comercializa um grande volume

de produtos importados, como: óleos vegetais, químicos e gordura animal para

JBS e para outras importantes empresas do mercado interno.

1.13.14 Transportadora

A JBS possui uma eficaz estrutura de logística, desde a busca do gado,

com caminhões de dois pavimentos à distribuição de seus produtos pelo país e

no transporte de contêineres aos portos para exportação.

É responsável por garantir a segurança e qualidade do gado durante o

transporte e a característica do produto quando de sua distribuição com

temperaturas adequadas, cuida também dos custos e da economia de escala

para otimizar a operação.

Sua frota é composta por modernos veículos e tem como objetivo

garantir o cumprimento de metas e o compromisso da empresa com a

qualidade do produto para o consumo final.

1.13.15 Carnes

Além de carne in natura em diversos cortes, a companhia fabrica grande

variedade de produtos industrializados que usam a carne bovina, suína, ovina e

de aves como matéria-prima: são carnes enlatadas, beef jerky, supergelados,

pratos prontos, entre outros, que levam as marcas Swift, Maturatta, Apeti,

Bertin, Friboi, Organic Beef, Cabaña Las Lilas, Bordon, Anglo, entre outras.

A JBS investe na qualificação de seus pecuaristas e estabelece um

conjunto de critérios para credenciamento de fazendas.

A empresa JBS é auditada pelo Ministério da Agricultura no Brasil e

Page 36: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

34

frequentemente recebe missões de diversos países.

Figura 1: Carnes JBS

Fonte : JBS, 2012

Todas as plantas de processamento de carnes são credenciadas pelo

Serviço de Inspeção Federal (SIF).

As destinações de matéria-prima das diferentes origens para os

diferentes mercados são regidas por normatização do SIF. No caso de matéria-

prima para exportação é emitido um Certificado Sanitário Internacional (CSI) e,

para as transferências de mercado interno, um Guia de Trânsito (GT), se

especificação de habilitação.

Os mercados da União Européia e EUA têm regulamentação própria

dentro do SIF, onde os controles são mais restritos ainda.

1.13.15.1 Linha swift

Nesta linha tem – se:

a) patê de carne lata: de sabor suave e cremoso, o Patê de Galinha

Swift já vem temperado, pronto para servir e dispensa refrigeração.

Econômico e prático é ideal para o café-da-manhã, lanche das

crianças e preparo de diversas receitas, como tomates recheados e

tortos. Embalagem lata com tampa abre fácil;

b) almôndega de carne ao molho à italiana: a almôndega de carne ao

molho à italiana Swift agrada toda a família, pois tem um toque

Page 37: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

35

caseiro. Preparadas com carne bovina, as almôndegas são firmes e

cozidas até o ponto ideal. O molho leva polpa e pedaços de tomate,

azeite de oliva, condimentos e orégano;

c) presuntada: presente na mesa dos brasileiros há mais de décadas, a

presuntada radicional Swift é um produto preparado à base de carne

suína, único em sabor e qualidade. Versátil, pode ser usados no

preparo de sanduíches, canapés, saladas e recheios. Econômica e

prática, ocupa pouco espaço e dispensa refrigeração;

d) salsicha aperitivo: preparada com carne bovina, a Salsicha Aperitivo

Swift é levemente picante e tem gostinho de limão. Com tamanho

reduzido, é uma ótima opção para servir como entrada ou

acompanhamentos de drinks e sucos;

e) sopa Swift Moments brócolis: as sopas Swift Moments são feitas

com ingredientes nutritivos e além de sua cremosidade indescritível,

são fonte de fibras, com baixos teores de gorduras e calorias;

f) almôndega de carne bovina: carne 100% bovina com embalagem

berço;

g) ervilha em conserva: os vegetais Swift são esterilizados e, por isso,

possuem sabor, textura e aroma preservados à temperatura

ambiente, dispensando o uso de conservantes.

Figura 2: Produtos swift

Fonte: JBS, 2012

1.13.15.2 Linha swift orgânico

Page 38: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

36

Figura 3: Produtos swift orgânico

Fonte : JBS, 2012

A linha Swift Orgânico, além das carnes in natura, apresenta seus

hambúrgueres congelados provenientes de carne orgânica de alta qualidade,

Swift Orgânico.

Para destacar esse produto foi criado um anúncio que destaca o

conceito orgânico relacionando-o em antítese com a culpa que se sente ao

ingerir alimentos considerados pouco saudáveis, como os hambúrgueres.

Mais do que sentir o verdadeiro sabor da carne bovina - sem

agrotóxicos, sem aditivos, natural - Swift Orgânico é a opção de quem gosta de

ter a consciência tranquila quando o assunto é o meio ambiente. Resultado de

um processo de produção absolutamente sustentável, Swift Orgânico é a carne

tenra e saudável que chega a in natura, embalada a vácuo em 15 opções de

cortes especiais.

1.13.15.3 Linha swift maturatta

Maturatta é líder no mercado de cortes especiais para churrasco. Com

uma linha completa da mais alta qualidade e sabor, estão no mercado nove

opções de cortes resfriados, limpos, embalados a vácuo e prontos para a

grelha: picanha, coração da alcatra, filé mignon, cupim, contra-filé, fraldinha e

maminha.

Produtores selecionados, cadastrados e rigorosos processos de seleção

de animais, transporte (cuidados especiais de embarque e desembarque) e

produção industrial com cuidados rígidos de higiene.

Salas climatizadas permitem a manipulação ideal das carnes,

Page 39: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

37

posteriormente enviadas para câmaras de resfriamento ou congelamento com

temperatura controlada por um sistema totalmente computadorizado. Da

brincagem à comercialização, passam por modernos processos de

industrialização, conservação e transporte.

Todos os processos de qualidade são testados em modernos

laboratórios e por técnicos experientes que garantem a plena certificação dos

produtos e inspeção SIF.

Figura 4: Produtos swift maturatta

Fonte: JBS 2012

1.13.15.4 Swift angus select

Figura 5: Produtos swift angus select

Fonte: JBS, 2012

Marca com qualidade certificada pelo USDA e reconhecida pela nobreza

de cortes magros, tenros e macios.

Page 40: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

38

1.13.15.5 Organic beef

Com slogan ‘especial por natureza’, segue a tendência de produtos

ecologicamente corretos, oferecendo 15 opções de cortes especiais de carne in

natura proveniente de gado orgânico embalado a vácuo, além de uma opção

de corte congelado.

Figura 6: Produtos organic beef

Fonte: JBS, 2012

O gado orgânico tem procedência garantida pela Associação Brasileira

dos Produtos de Animais orgânicos (Aspranor), sendo alimentados em pastos

adubados organicamente e criado com cuidados especiais, resultando em

cortes mais tenros.

1.13.15.6 Carne industrializada

Produtos derivados de carne, como carne cozida e congelada, em

conserva, extratos de carnes, carne industrializada (hambúrguer, quibe,

salsichas e mortadela) e pratos prontos.

Com instalações e processos adequados ao mercado internacional, a

Page 41: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

39

JBS exporta carne industrializada para cinco continentes e ocupa liderança nas

exportações brasileira de carne bovina.

Figura 7: Produtos industrializados

Fonte: JBS, 2012

1.13.15.7 Anglo

Salsichas viena, feijoada, fiambre, carne bovina em conserva, patê de

presunto em lata e almôndegas ao molho.

Figura 8: Produto Anglo

Fonte: JBS, 2012

1.13.15.8 Sola

No mercado desde 1949, é sinônimo de tradição e praticidade,

oferecendo produtos de sucesso, como salsicha Viena Carioca, mortadela

Fluminense, carnes bovinas em conserva Taya e Taya Nuevo, além do fiambre

Kitut, um dos preferidos dos consumidores e ícone da categoria.

Page 42: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

40

1..13.15.9 Cabaña las lilas

Reconhecida internacionalmente como a melhor carne argentina, a

marca passou a fazer parte do portfólio JBS com a aquisição da Swift

Argentina, em 2005.

Figura 9: Produtos cabaña las lilas

Fonte : JBS,2012

1.13.15.10 Friboi

Marca fortemente reconhecida no mercado, distribuída em larga escala,

com mais de 70 tipos de cortes de carne.

Figura 10: Produtos Friboi

Fonte: JBS, 2012

Page 43: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

41

1.13.15.11 Exeter

Marca de carne em conserva com grande participação e aceitação no

mercado africano.

Figura 11: Enlatados exeter

Fonte :JBS, 2012

1.13.15.12 Beef shopping

Figura 12: Beff shopping

Fonte: JBS, 2012

Presente no atacado, no varejo e em múltiplos canais de vendas, a

Empresa também conta com uma rede de lojas próprias sendo uma delas na

cidade de Lins - SP - o beef shopping.

Pioneiro no conceito de autoatendimento comercializa carnes bovinas e

Page 44: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

42

acessórios para churrasco, produtos lácteos, além de aves, peixes, ovinos e

suínos, produzidos por empresas parceiras.

1.13.15.13 Beef jerky

A Meat Snacks Parthers é a maior produtora de beef jerky e snacks à

base de carne bovina do mundo, com unidades de produção instaladas em

Santo Antonio de Posse e Lins, no estado de São Paulo.

A empresa aplica técnicas de rastreabilidade para garantir a boa

procedência da matéria-prima de seus produtos, o que resulta na padronização

e qualidade total em todas as etapas do processo. Atualmente, toda a

comercialização do produto é destinada para o mercado externo.

Figura 13: Divisão de negócios JBS (beef jerky)

Fonte: JBS,2012.

1.13.15.14 Envoltório

A JBS envoltório realiza a seleção e calibração de tripas resultantes do

abate de bovinos para atender o mercado de invólucros de embutidos, como:

mortadelas, salames, linguiças, salsichas e outros.

Possui cinco unidades produtivas: Goiânia-GO, Ituiutaba-MG, Cáceres-

MT, Maringá-PR e Lins-SP e destina a maior parte de sua produção para

exportação. Está presente nas principais instituições internacionais do setor

como Internacional Natural Casing Association (INSCA) e European Natural

Casing Association (ENSCA).

A divisão de envoltórios da JBS atende a níveis de exigências mundiais

Page 45: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

43

de procedimentos veterinários, comerciais e de saúde alimentar do

consumidor, por isso, é reconhecida como produto de grande qualidade no

mercado.

Figura 14: Divisão de negócios JBS (envoltórios)

Fonte: JBS,2012.

Page 46: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

44

CAPÍTULO II

GESTÃO DE ESTOQUE

2 GESTÃO DE ESTOQUE

Conforme Slack et al. (2008), a Gestão de Estoque proporciona uma

maior organização das ações de estoque, disponibilizando as informações de

forma racional e prática, eliminando retrabalhos. Com a automatização de

tarefas, os recursos podem ser redirecionados e melhor aproveitados.

De acordo com Martins; Alt (2003), constitui uma série de ações que

permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados,

bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam, bem

manuseados e bem controlados.

A gestão de estoque é um assunto vital e, frequentemente, absorve

parte substancial do orçamento operacional de uma organização. Como eles

não agregam valores aos produtos, quanto menor o nível de estoques com que

um sistema produtivo conseguir trabalhar, mais eficiente será.

A eficiência na gestão de estoque poderá criar a diferença com os

concorrentes, melhorando a qualidade, reduzindo os tempos, diminuindo os

custos entre outros fatores, oferecendo, assim, uma vantagem competitiva para

a própria empresa.

É fundamental que as empresas diminuam, ao mínimo, a quantidade de

estoques na cadeia de suprimentos, a fim de obter uma racionalização nos

custos de armazenagem e respectiva manutenção. (MARTINS, 2006)

Já o controle de estoque é uma área muito importante de uma empresa,

pois é através dele que será capaz de prever o quanto será necessário

comprar no próximo pedido ao fornecedor, além de fornecer informações úteis

sobre as vendas, já que muitas vezes os relatórios do setor de vendas não são

muito claros e não condizem com a realidade. O principal objetivo do controle

de estoque é otimizar o investimento em estoques, aumentando o uso eficiente

dos meios internos de uma empresa, bem como minimizar as necessidades de

capital investido em estoque. (DIAS, 2005)

Page 47: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

45

O objetivo básico do controle de estoque é evitar a falta de material sem

que esta diligência resulte em estoques excessivos às reais necessidades da

empresa. O controle procura manter os níveis estabelecidos em equilíbrio com

as necessidades de consumo ou das vendas e os custos daí decorrentes.

(DIAS, 2005)

2.1 Classificações dos estoques

Segundo Vendrame (2008), o estoque é a composição de materiais em

processamento, materiais semiacabados, materiais acabados, que não são

utilizados em determinado momento na empresa, mas que precisa existir em

função de futuras necessidades.

Constitui todo o sortimento de materiais que a empresa possui e utiliza

no processo de produção de seus produtos ou serviços ou podem ser

entendidos, ainda, como certa quantidade de itens mantidos em disponibilidade

constante e renovados, permanentemente, para produzir lucros e serviços.

Vendrame (2008) classifica os estoques da seguinte forma:

2.1.1 Estoque de matérias-primas (MPs)

Os estoques de MPs constituem os insumos e materiais básicos que

ingressam no processo produtivo da empresa. São os itens iniciais para a

produção dos produtos ou serviços da empresa.

2.1.2 Estoque de materiais em processamento ou em vias

Também denominados materiais em vias, são constituídos de materiais

que estão sendo processados ao longo de diversas seções que compõem o

processo produtivo da empresa.

Não estão nem no almoxarifado, por não serem mais Matérias-Primas

Iniciais (MPs) e nem no depósito, por ainda não serem Produtos Acabados

(Pas). Mais adiante, eles serão transformados em produtos acabados.

2.1.3 Estoque de materiais semiacabados

Page 48: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

46

Referem-se aos materiais parcialmente acabados, cujo processamento

está em algum estágio intermediário de acabamento e que se encontram

também ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo.

Diferem dos materiais em processamento pelo seu estágio mais

avançado, pois encontram-se quase acabados, faltando apenas mais algumas

etapas do processo produtivo para se transformarem em materiais acabados

ou em produtos acabados.

2.1.4 Estoques de materiais acabados ou componentes

Referem-se às peças isoladas ou componentes já acabados e prontos

para serem anexados ao produto. São, na realidade, partes prontas ou

montadas que, quando juntadas, constituirão o Produto Acabado (PA).

2.1.5 Estoque de produtos acabados

Referem aos produtos já prontos e acabados, cujo processamento foi

completado inteiramente. Constitui o estágio final do processo produtivo e já

passaram por todas as fases, como: matéria-prima (MP), materiais em

processamentos, materiais semiacabados, materiais acabados e produtos

acabados.

2.2 A função dos estoques

Conforme Martins (2006), os estoques têm a função de regular o fluxo

de materiais, como amortecedores das entradas e saídas entre as duas etapas dos

processos de comercialização e de produção proporcionando independência entre

as fases do processo produtivo, ou seja, quando há a interrupção em uma das

fases, a outra não ficará desguarnecida, é uma forma de minimizar possíveis

gargalos, embora seja uma alternativa de alto custo.

Os estoques desempenham um papel importante na flexibilidade

operacional da empresa, pois minimizam os efeitos de erros de planejamento e

as oscilações inesperadas de oferta e procura ao mesmo tempo em que isolam

Page 49: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

47

ou diminuem as interdependências das diversas partes da organização

empresarial. (MARTINS, 2006)

Segundo Vendrame (2008), as principais funções do estoque são:

a) garantir o abastecimento de materiais à empresa, neutralizando os

efeitos de:

- demora ou atraso no fornecimento de materiais;

- riscos de dificuldade no fornecimento; sazonalidade no suprimento;

b) proporcionar economias de escala:

- através da compra ou produção em lotes econômicos;

- pela flexibilidade do processo produtivo;

- pela rapidez e eficiência no atendimento às necessidades.

2.3 Custos de estoque

Segundo Bertaglia (2003), o custo de estoque desdobra-se em vários

componentes e, dependendo do enfoque utilizado, pode ter objetivos que

causem conflitos dentro da organização.

O estoque é considerado em muitas vezes como um capital imobilizado

da empresa na forma de materiais, ou seja, representando um investimento

parado. Por ora, os estoques também assumem o papel inverso quando estão

dentro de mercados especulativos, seja pelo aumento do preço ou até mesmo

pela falta de fornecimento, o que acarretaria em uma valorização ao produto

estocado. (BERTAGLIA, 2003)

De acordo com a tomada de decisão da quantidade da compra de um

produto é afetada pelos custos do estoque, desta forma, consideram-se

relevantes para a análise os seguintes custos:

2.3.1 Custos de colocação do pedido

Este custo está relacionado ao custo de reabastecimento do estoque.

Pode-se citar o custo de transporte e o custo de adaptações. (BERTAGLIA,

2003)

2.3.2 Custos de desconto de preços

Page 50: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

48

Trata-se da desvantagem pela compra em pequenos lotes comparada a

compra em lotes representativos. No segundo caso, é comum obter descontos,

enquanto no primeiro caso o produto tende a custar mais. (BERTAGLIA, 2003)

2.3.3 Custos de falta de estoque

Os custos podem ser interpretados desde a não venda de um produto

como pela não satisfação do cliente em não atender suas necessidades (casos

que muitas vezes torna-se subjetivo seu cálculo). (BERTAGLIA, 2003)

2.3.4 Custos de capital de giro

Refere-se ao tempo de pagamento do estoque ao fornecedor e o tempo

de venda, neste caso, o recebimento do capital. Frente a isso, os custos

associados a ele são os custos de oportunidade por não reinvestir o dinheiro

em outro lugar ou os juros que são pagos aos bancos pela tomada de

empréstimo, por exemplo. (BERTAGLIA, 2003)

2.3.5 Custos de armazenagem

São os custos relacionados ao valor para manter o estoque guardado.

Cita-se como exemplo a locação de uma sala, a climatização, a iluminação e a

segurança. Percebe-se que quanto maior o valor ou as condições especiais de

armazenagem do produto mais custoso será o estoque. (BERTAGLIA, 2003)

2.3.6 Custos de obsolescência

É o risco de que produtos, quando estocados por muito tempo, em razão

do volume de compras desnecessário, percam seu valor tornando-se

obsoletos, como por exemplo pela deterioração com o tempo e a mudança do

consumidor em relação ao produto ou até mesmo devido às constantes

mudanças tecnológicas. (BERTAGLIA, 2003)

2.3.7 Custos de ineficiência de produção

Page 51: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

49

Conforme Bertaglia (2003), altos níveis de estoque impedem de ver a

completa extensão de problemas dentro da produção. Os custos podem ser

tanto proporcionais ao estoque como inversamente proporcionais e até mesmo

independentes do mesmo.

O primeiro citado representa que todo e qualquer custo que crescem

diretamente com o aumento da quantidade média estocada. Assim, é dado

como exemplo o aumento do custo de capital investido com o aumento do

estoque ou o aumento do custo devido à manutenção do mesmo.

(BERTAGLIA, 2003)

Já o segundo, o custo inversamente proporcional ao estoque são

aqueles que diminuem com o aumento do estoque médio. São denominados

custos de obtenção para itens comprados e custos de preparação para os itens

fabricados internamente. Os custos independentes são aqueles que

independem do estoque médio mantido pela empresa, como por exemplo, o

custo do aluguel de um galpão. (BERTAGLIA, 2003)

2.4 Tipos de estoques

Ocorre que há vários pontos de vista relacionados à utilização correta e

otimizada do controle de materiais e um dos pontos relevantes está ligado ao

mercado consumidor e suas eventuais inconstâncias.

Para isso, as empresas utilizam-se de várias técnicas e ferramentas

administrativas que possibilitem mensurados mais próximo possíveis às

oscilações entre o fornecimento de produtos que atendam ao consumidor e às

reais necessidades dos mesmos.

Segundo Rosa (2003), os estoques devem funcionar como reguladores

do fluxo de negócios e, para evitar o desequilíbrio entre a taxa de fornecimento

e de demanda, existem diferentes tipos, a saber:

2.4.1 Estoque de reserva ou de segurança (Es)

O estoque de segurança é caracterizado pelo ato de manter níveis de

estoque suficientes para evitar faltas de estoque diante da variabilidade da

Page 52: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

50

demanda e a incerteza do ressuprimento do produto quando necessário para

que não haja falha na entrega do produto ao cliente final.

Também traz alguns problemas às empresas, as quais precisam de

locais maiores para armazenagem e disponibilizar capital para o investimento

em estoque. O mesmo capital poderia estar sendo empregado na compra de

bens para a empresa.

O estoque de segurança pode ser matematicamente calculado pela

seguinte fórmula, conforme Vendrame (2008):

Es = ( C. Ape) + ac ( pe+ape)

Es = estoque de reserva ou de segurança

C = consumo diário

ape = atraso no prazo de entrega

ac = aumento de consumo

pe = prazo de entrega

2.4.2 Estoque mínimo

E mín = Es + Pe. C

E mín = estoque mínimo

Es = estoque de reserva ou de segurança

pe = prazo de entrega

c =consumo diário

2.4.3 Estoque máximo

E máx = Es + LEC

E máx = estoque máximo

Es = estoque de reserva ou de segurança

LEC = lote econômico de compra

2.4.4 Estoque de produção / processo

São estoques criados durante a linha de produção ou de processamento

Page 53: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

51

do produto, entre o tempo de produção e o transporte efetivo deste produto até

o seu Estoque de organização.

Segundo Martins (2006), estoques de organização são utilizados para

manter o processo de produção ou suprimento funcionando continuamente

sem interrupções. Estoque regular / cíclico é necessário para satisfazer a

demanda média durante o tempo entre os reabastecimentos sucessivos que

dependem de:

a) tamanho dos lotes de produção;

b) das quantidades econômicas de embarque;

c) das limitações do espaço de estocagem;

d) dos elementos de reabastecimento e ou estoque ( TR);

e) do custo da manutenção do estoque.

2.4.5 Estoque de ciclo

Segundo Pinto (2002), estoque de ciclo são estoques criados em virtude

do ciclo econômico da produção, sendo seus objetivos:

a) redução do custo unitário;

b) redução setup dos equipamentos (liga / desliga);

2.4.6 Estoque em trânsito

São os estoques que estão em trânsito entre o ponto de estocagem ou

de produção. Quanto maior a distância e menor a velocidade de deslocamento,

maior será a quantidade de estoque em trânsito. (PINTO, 2002)

2.4.7 Estoque virtual (EV)

São os itens que já foram pedidos (adicionado o ponto de pedido) ao

setor de compras e este já o efetivou, mas ainda não chegou ao ponto de

armazenagem ou ainda estão em processo de liberação pelo controle de

qualidade. (PINTO, 2002)

Page 54: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

52

2.4.8 Estoque obsoleto (morto)

São partes do estoque que deterioram ou tem sua validade vencida, ou

ainda foram danificadas ou reprovadas na linha de produção. (PINTO, 2002)

2.4.9 Estoque de antecipação

Segundo Pinto (2002), estoque de antecipação pode ser usado para

compensar diferenças de ritmo de fornecimento e demanda. É mais

comumente usado quando as flutuações de demanda são significativas, mas

relativamente previsíveis. Ele também pode ser usado quando as variações de

fornecimento são significativas.

2.5 Sistema ABC de estoque

Conforme Nakagawa (2007), a curva ABC é um importante instrumento

para o administrador, pois permite identificar aqueles itens que justificam

atenção e tratamento adequados quanto à sua administração. Ela tem sido

usada para a gestão de estoques, para a programação da produção e uma

série de outros problemas usuais que ocorrem na empresa.

Conforme Nakagawa (2007), neste sistema, os estoques são

classificados em três grupos, por ordem decrescente de importância no tocante

ao investimento realizado em cada um:

a) produtos A: constituídos de poucos itens (de 10 a 20% dos itens),

exigem maior investimento e demandam maior atenção.

Representam, em média, de 60 a 80% do investimento em estoque;

b) produtos B: composto por um número médio de itens (20 a 30% do

geral) exigem também investimentos elevados, porém menores que

os produtos A e necessitam de conferências frequentes.

Representam, em média, 20 a 30% do investimento total;

c) produtos C: é constituído por um grande número de itens e de

pequenos investimentos. Exige controle mais simples e representam,

em média, 5 a 10% dos investimentos em estoques e de 50 a 70% do

Page 55: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

53

total de itens.

A composição total dos estoques dos produtos do grupo A, mesmo

representando uma quantidade inferior de peças, indicam o maior volume de

investimentos. Os produtos do grupo B ocupam uma posição intermediária,

devendo, também, receber especial atenção nos seus controles, porém menor

que aquela dedicada aos produtos do grupo A. Por sua vez, os produtos do

grupo C correspondem à maior parte dos itens e são responsáveis por

pequena parcela de investimento. (TOFOLI, 2008)

2.5.1 Finalidades da curva ABC

A análise ABC é uma das formas mais usuais de examinar estoques. A

curva ABC é um método de classificação de informações, para que se separem

os itens de maior importância ou impacto, os quais são normalmente em menor

número. (MARTINS; ALT, 2003)

Trata-se de classificação estatística de materiais, baseada no princípio

de Pareto, em que se considera a importância dos materiais, baseada nas

qualidades utilizadas e no seu valor. Também pode ser utilizada para classificar

clientes em relação aos seus volumes de compras ou em relação à

lucratividade proporcionada; classificação de produtos da empresa pela

lucratividade proporcionada.

No tocante à análise de clientes, a curva ABC serve para analisar a

dependência ou risco face ao cliente, ou ainda para que tipo de clientes a

organização deve se focar.

Consiste em ordenar os clientes por ordem decrescente da sua

contribuição para a empresa, de modo a se poder segmentar por grau de

dependência, de risco ou ainda por outro critério a definir.

Numa organização, a curva ABC é muito utilizada para a administração

de estoques, mas também é usada para a definição de políticas de vendas,

para o estabelecimento de prioridades, para a programação de produção e

outros.

Para a administração de estoques, por exemplo, o administrador a usa

Page 56: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

54

como um parâmetro que informa sobre as necessidades de aquisição de itens

– mercadorias ou matérias-primas – essenciais para o controle do estoque, que

variam de acordo com a demanda do consumidor.

Na avaliação dos resultados da curva ABC, percebe-se o giro dos itens

no estoque, o nível da lucratividade e o grau de representação no faturamento

da organização. Os recursos financeiros investidos na aquisição do estoque

poderão ser definidos pela análise e aplicação correta dos dados fornecidos

com a curva ABC (PINTO, 2002).

O Critério ABC pode estabelecer níveis de serviços diferenciados para

as diversas classes, de forma a reduzir o capital empregado em estoque, ou

podem-se usar métodos diferentes para controlar o estoque e, assim, minimizar

o esforço total da gestão.

Os materiais considerados como classe A merecem um tratamento

administrativo preferencial no que diz respeito à aplicação de políticas de

controle de estoques, já que o uso adicional para um estudo mais minucioso

destes itens é compensado. (LUIZ et al., 2008)

Por outro lado, os itens tidos como classe C não justificam a introdução

de controles muito precisos, devendo receber tratamento administrativo mais

simples. (LUIZ et al., 2008)

Os itens que foram classificados como B poderão ser submetidos a um

sistema de controle administrativo intermediário entre aqueles classificados

como A e C. (LUIZ et al., 2008)

Tais considerações valem para ambientes nos quais se buscam

gerenciar a formação de estoques por demanda dependente. Os modelos

como planejamento no requerimento de material (MRP), Kanban, são adotados

em ambientes nos quais se gerencie a formação de estoques por demanda

independente e ponto de pedido, reposição periódica ou estoque mínimo.

Porém, a simples aplicação do princípio ABC, sem considerar aspectos

diferenciados inerentes aos materiais quanto à sua utilização, aplicação e

aquisição, pode trazer distorções quanto à classificação de importância e

estratégias de utilização dos mesmos. (POZO, 2008)

A utilização da curva ABC é extremamente vantajosa, porque se pode

reduzir as imobilizações em estoques sem prejudicar a segurança, pois ela

Page 57: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

55

controla mais rigidamente os itens de classe A e, mais superficialmente, os de

classe C podendo ser usada em várias unidades de medidas, como: peso,

tempo, volume e custo unitário. O grande mérito do uso da Curva ABC é a

classificação dos itens de estoques em critérios ou classes A, B e C, vista de

seus custos e quantidades. (POZO, 2008)

A utilização da Curva ABC destina-se às empresas com o objetivo de

manter o controle e regularidade dos itens, operar com qualidade atendendo a

demanda e evitando ociosidade do estoque.

2.5.2 Montagem da curva ABC

Alguns fatores são indispensáveis para a montagem da curva ABC.

Vendrame (2008) classifica-os da seguinte forma:

a) relacionar os itens analisados no período que estiver sendo analisado;

b) número de referência do produto;

c) nome do produto;

d) preços unitários atualizados;

e) valor total do consumo;

f) classificar os itens em ordem decrescente de valor;

g) somar o total do consumo;

h) definir os itens da classe “A” = 80% do faturamento: Fat. Classe.

“A” = ( Fat. Total x 80) / 100;

a) definir os itens da classe “B” = 15% do faturamento;

b) definir os itens da classe “C” = 15% do faturamento;

c) após conhecidos estes valores, definem-se os itens de cada classe.

Figura 15: Demonstração da curva ABC

Fonte: sobreadministração.com, 2012.

Page 58: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

56

2.6 Giro de estoque

Segundo Martins e Alt (2003), o giro dos estoques é a quantidade de

vezes em determinado período que o estoque que a empresa mantém é

vendido.

O giro de estoque pode ser medido quantas vezes por unidade de

Tempo: o estoque se renovou ou girou. Esse indicador pode ser calculado a

partir do quociente custo de mercadorias vendidas e o valor do estoque médio

da empresa. (LOPRETE et al., 2009).

De acordo com Gitman (2004), o giro resultante passa a ter significado

quando comparado ao de outras empresas que atuam no mesmo setor.

Assim, o giro de estoque pode ser facilmente convertido em índice de

Idade média dos estoques.

2.7 Técnicas de programação da produção que auxiliam na gestão de

estoque

2.7.1 Just in time

Just in time é um sistema de administração da produção que determina

que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora

exata.

Pode ser aplicado em qualquer organização para reduzir estoques e

os custos decorrentes.

Segundo Chase (2006), com este sistema, o produto ou matéria-prima

chega ao local de utilização somente no momento exato em que for necessário.

Os produtos somente são fabricados ou entregues a tempo de serem vendidos

ou montados.

De acordo com Martins e Alt (2003), o JIT que é baseado na qualidade e

flexibilidade do processo de compras, também pode disparar o processo,

dependendo de como o sistema é idealizado, um cartão ou um conjunto de

cartões Kanban pode dar início ao processo de compras.

Nas fábricas onde está implantado o estoque de matérias-primas é

Page 59: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

57

mínimo e suficiente para poucas horas de produção. Para que isto seja

possível, os fornecedores devem ser treinados, capacitados e conectados para

que possam fazer entregas de pequenos lotes na frequência desejada.

Para Womack (2004), a redução do número de fornecedores para o

mínimo possível é um dos fatores que mais contribui para alcançar os

potenciais benefícios da política Just in time. Esta redução gera, porém,

vulnerabilidade em eventuais problemas de fornecimento, já que fornecedores

alternativos foram excluídos. A melhor maneira de prevenir esta situação é

selecionar cuidadosamente os fornecedores e arranjar uma forma de

proporcionar credibilidade dos mesmos de modo a assegurar a qualidade e

confiabilidade do fornecimento.

O sistema de produção adapta-se mais facilmente às montadoras de

produtos onde a demanda de peças é relativamente previsível e constante,

sem grandes oscilações.

2.7.2 Kanban

É uma palavra japonesa que significa registro ou placa visível. Em

Administração da produção significa um cartão de sinalização que controla os

fluxos de produção ou transportes em uma indústria. O cartão pode ser

substituído por outro sistema de sinalização, como luzes, caixas vazias e até

locais vazios de marcados.

Segundo Rosa (2003), coloca-se um Kanban em peças ou partes

específicas de uma linha de produção para indicar a entrega de uma

determinada quantidade. Quando se esgotarem todas as peças, o mesmo

aviso é levado ao seu ponto de partida, onde se converte num novo pedido

para mais peças. Quando for recebido o cartão ou quando não há nenhuma

peça na caixa ou no local definido, então deve-se movimentar, produzir ou

solicitar a produção da peça.

De acordo com Rosa (2003), o Kanban permite agilizar a entrega e a

produção de peças. Pode ser empregado em indústrias montadoras, desde que

o nível de produção não oscile em demasia. O Kanban físico (cartões ou

caixas) pode ser Kanban de Produção ou Kanban de Movimentação e transita

Page 60: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

58

entre os locais de armazenagem e produção substituindo formulários e outras

formas de solicitar peças, permitindo, enfim, que a produção se realize Just in

time - metodologia desenvolvida e aperfeiçoada por Taiichi Ohno e conhecida

como Sistema Toyota de Produção.

2.7.3 MRP

MRP significa planejamento no requerimento de material. São sistemas

de planejamento baseados na explosão da estrutura dos produtos, procurando

controlar as necessidades de materiais com o uso do computador. (POLLONI;

SIMCSIK, 2002)

As representações de estruturas de produtos auxiliam a responder: o

quê (componentes necessarios à produção do produto); quanto produzir e

comprar; quando se deve comprar ou produzir. Daí a lógica do MRP, que é

programar as atividades para o momento mais tarde pissível, de modo a

minimizar os estoques carregados.

O MRP usa uma filosofia de planejamento. A ênfase está na elaboração

de um plano de suprimentos de materiais, seja interna ou externamente. O

MRP considera a fábrica de forma estática, praticamente imutável.

Figura 16: Informação que integra um sistema MRP

Fonte: MRP (2012)

Page 61: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

59

2.7.4 MRP II

É o planejamento de recursos de manufatura. Surgiu com a

popularização do uso da técnica MRP, que fez com que pesquisadores

percebessem que a mesma técnica do cálculo das necessidades poderia ser

utilizada para calcular também as necessidades de outros recursos, como:

equipamentos ou mão de obra, requerendo apenas algumas informações

adicionais. Assim, avanços ocorreram a partir de 1975 com a ampliação do

software para a cobertura de toda a área fabril. (POLLONI; SIMCSIK, 2002).

É uma ferramenta capaz de priorizar e sequenciar centenas de ordens

de produção a serem conduzidas de um posto de trabalho ao outro, em

instalações, contendo diversas máquinas.

Segundo Polloni; Simcsik (2002), o MRP II diferencia-se do MRP pelo

tipo de decisão de planejamento que orienta; enquanto o MRP orienta as

decisões de: o quê, quanto, quando produzir e comprar: o MRP II engloba

também as decisões referentes a como produzir, ou seja, com que recursos.

2.7.5 MRP III

Polloni e Simcsik (2002), propõem a utilização de um sistema

denominado MRP III, que é a combinação do MRP II com um módulo de

controle de produção eletrônico baseado nos conceitos do Just in time e

Kanban.

Este sistema apresentou os seguintes benefícios: redução dos níveis

de estoques, redução das inspeções de controle de qualidade, redução do

manuseio de materiais e, principalmente, a eliminação de procedimentos que

não agregavam valor ao processo.

2.7.6 Tecnologia de produção otimizada (OPT)

A OPT compõe-se de dois elementos fundamentais: sua filosofia

(composta de princípios) e um software proprietário.

OPT é uma técnica de gestão de produção criada por um grupo de

Page 62: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

60

pesquisadores israelenses, liderados pelo físico Eliyahu Goldratt e que apesar

de seu significado, é uma técnica baseada em diversos procedimentos que

devem ser efetuados corretamente para se atingir tal otimização. É

considerada como uma interessante ferramenta de programação e

planejamento da produção. (POLLONI; SIMCSIK, 2002)

Conforme Polloni e Simcsik (2002), o objetivo das empresas é ganhar

dinheiro, considerando que a manufatura deve contribuir com tal objetivo

através de sua ação sobre três elementos:

a) fluxo (throughput): é a taxa segundo a qual o sistema gera dinheiro

através da venda de seus produtos. Deve-se notar que fluxo refere-

se ao fluxo de produtos vendidos. Os produtos feitos, mas não

vendidos ainda, são classificados como estoques;

b) estoque (inventoty): é quantificado pelo dinheiro que a empresa

empregou nos bens que pretende vender. Refere-se ao valor apenas

das matérias-primas envolvidas. Não se incui o valor adicionado ou o

conteúdo do trabalho. O tradicional valor adicionado pelo trabalho se

inclui nas despesas operacionais;

c) despesas operacionais (operating expenses): é o dinheiro que o

sistema gasta para transformar estoque em fluxo.

A técnica OPT serve para que uma empresa passe a ganhar mais

dinheiro e, para isto, é preciso aumentar o fluxo, e simultaneamente, que se

diminuam os estoques e as despesas operacionais dentro da mesma. Para

programar as atividades de produção no sentido de atingir-se os objetivos

acima mencionados, é necessário entender o inter-relacionamento entre dois

tipos de recursos que estão normalmente presentes em todas as fábricas: os

recursos gargalos e os recursos não-gargalos.

Conforme Polloni e Simcsik (2002), eles são assim explicados:

a) recurso gragalo: é aquele recurso cuja capacidade é igual ou menor

do que a demanda colocada nele;

b) recurso não-gargalo: qualquer recurso cuja capacidade é maior do

que a demanda colocada nele.

2.8 O estoque no almoxarifado

Page 63: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

61

Segundo Martins, (2006), no almoxarifado exige o controle do estoque

(quantidade, reposição, armazenagem, validade, controle do uso e outros),

mercadorias e produtos (de limpeza, de escritório, serviços e outros),

aquisição (levantamento de preços, pesquisa de fornecedores, registro das

compras feitas e a fazer, arquivamento de notas) e outras tarefas feitas pelo

almoxarife ou estoquista. Estas funções necessitam observar critérios de

racionalização, acondicionamento, localização, acurácia, padronização,

indicadores e documentação.

O setor deve apresentar os indicadores de suas atividades, como

relatórios de eficiência, a fim de proporcionar otimização do gerenciamento,

controle do histórico dos itens.

2.8.1 Almoxarifado

O almoxarifado possui a função de destinar espaços onde deve

permanecer cada item que aguarde a necessidade de sua utilização. Tem

como função assegurar que o material adequado, na quantidade devida, esteja

no local certo, quando necessário, por meio de armazenagem de materiais, de

acordo com normas adequadas, objetivando resguardar a preservação da

qualidade e as quantidades exatas. (DIAS, 2005)

O Almoxarifado deverá ter atendimento rápido e eficiente, com rigorosos

procedimentos quanto à retirada dos produtos preservando os materiais

armazenados protegendo-os contra furtos e desperdícios. (DIAS, 2005)

2.8.1.1 Entrada de materiais

Na parte da entrada dos materiais há uma conferência dos itens a partir

da nota fiscal, em seguida é efetuado um lançamento da entrada dos

produtos em estoque, usando uma identificação para cada produto. Através

desse processo obtém-se a emissão de uma nota fiscal de entrada. (EXATA,

2010)

2.8.1.2 Conferência quantitativa

Page 64: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

62

Nessa parte, verifica-se a conformidade dos materiais recebidos no

tocante à quantidade, declaradas na nota fiscal pelo fornecedor. A atividade

quantitativa pode ser realizada pelos meios: manual, através de cálculo, pelo

meio de balanças de pesagem e medição. Na conferência quantitativa o

responsável não tem o conhecimento das quantidades declaradas pelo

fornecedor, ele apenas realiza a conferência e anota os valores encontrados

em um formulário, que é utilizado, posteriormente, para as comparações e

análises. (RIMOLI, 1999)

2.8.1.3 Conferência qualitativa

A conferência qualitativa ou inspeção técnica é muito importante no

recebimento de materiais, pois tem o objetivo de garantir a adequação do

material ao fim a que se destina. A análise de qualidade é efetuada pela

inspeção técnica através da comparação das especificações da autorização

de fornecimento com as apresentadas na nota fiscal pelo fornecedor. Tem

como objetivo garantir o recebimento adequado do material, verificando suas

características dimensionais específicas e restrições de especificação.

(RIMOLI, 1999)

2.8.1.4 A armazenagem

A armazenagem é a atividade que permite manter bens materiais, secos

ou refrigerados, em instalações adequadas, podendo ser alfandegada, no caso

de bens e materiais com origem ou destino no exterior; ou não alfandegado, no

caso de bens com origem e destino no território nacional. (MARTINS, 2006)

2.8.1.5 A distribuição interna e externa

Na distribuição interna com um bom sistema de gerenciamento de

almoxarifado pode-se utilizar de reposicionamento estratégico por causa de

uma grande expansão do volume de produtos estocados para a operação, não

Page 65: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

63

deixando o processo de armazenagem ficar lento e controlando o sistema de

gerenciamento que analisa quais as dificuldades encontradas no decorrer do

processo, modificando-o se preciso. (FLEURY; WANKE; FIQUEREDO, 2000)

A logística interna refere-se a todo o processo de recebimento, guarda,

controle e distribuição dos materiais utilizados dentro de uma organização.

(FLEURY; WANKE; FIQUEREDO, 2000)

A logística externa para Fleury, Wanke e Fiqueredo (2000) cuida da

parte das funções da administração dos recursos materiais, tais como: compra,

armazenamento, distribuição, transporte e informações.

Page 66: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

64

CAPÍTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUÇÃO

Almoxarifado é o local destinado à guarda e conservação de materiais,

em recinto coberto ou não, adequado à sua natureza, tendo a função de

destinar espaços onde permanecerá cada item aguardando a necessidade do

seu uso, ficando sua localização, equipamentos e disposição interna

acondicionada à política geral de estoques da empresa.

Tendo sua importância em assegurar que o material adequado esteja

na quantidade devida, no local certo e, quando necessário, impedir que haja

divergências de inventário e perdas de qualquer natureza, preservar a

qualidade e as quantidades exatas, possuir instalações adequadas e recursos

de movimentação e distribuição suficientes a um atendimento rápido e

eficiente.

A gestão de almoxarifado tem como missão: receber, conferir,

armazenar ou estocar, conservar e distribuir tudo que é adquirido no setor de

compra. (GURGEL, 1996)

Com objetivo de verificar a importância da gestão de almoxarifado para

o gerenciamento dos estoques foi realizada uma pesquisa de campo na JBS

Divisão Carnes no período de fevereiro a outubro de 2012.

A JBS S/A é a maior empresa de processamento de proteína animal do

mundo e está presente em todos os continentes com milhares de

colaboradores. A companhia atua nos segmentos: alimentos, couros, produtos

para animais domésticos, produtos para higiene, limpeza, colágeno, latas,

biodiesel, entre outros. A empresa está localizada na via de acesso Lins /

Getulina, s/n Parque Industrial CEP – 1640410, na cidade de Lins, estado de

São Paulo, no período de fevereiro de 2012.

Page 67: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

65

Para a realização da pesquisa, utilizaram-se os seguintes métodos:

Método de estudo de caso: foi realizado um estudo de caso na empresa

JBS S/A Divisão Carne, verificando como a empresa utiliza a curva ABC e se a

redução do antigiro é alcançada através da gestão do almoxarifado.

Método de Observação Sistemática: foram observados, analisados e

acompanhados todo o processo de gestão de almoxarifado, a fim de verificar

os benefícios alcançados. As informações obtidas sustentaram o estudo de

caso.

Método Histórico: foram observados os dados da evolução histórica da

empresa desde a sua constituição até os dias atuais buscando sempre

demonstrar os benefícios alcançados com a utilização da gestão de

almoxarifado tanto para setor empresarial como para seus colaboradores.

Técnicas:

Roteiro de Estudo de Caso (APÊNDICE A)

Roteiro de Observação Sistemática (APÊNDICE B)

Roteiro do Histórico da JBS S/A Divisão Carnes (APÊNDICE C)

Roteiro de entrevista para o supervisor de almoxarifado (APÊNDICE D)

Roteiro de entrevista para estoquista contábil (APÊNDICE E)

Roteiro de entrevista para Comprador (APÊNDICE F)

Segue o relato e discussão da pesquisa

3.1 Relato e Discussão da pesquisa sobre a gestão de almoxarifado na

JBS

3.1.1 Almoxarifado

Almoxarifado é o local destinado à guarda e conservação de materiais,

em recinto coberto ou não, adequado à sua natureza, tendo a função de

destinar espaços onde permanecerá cada item aguardando a necessidade do

seu uso, ficando sua localização, equipamentos e disposição interna

acondicionada à política geral de estoques da empresa. (SOUZA, 2009)

Page 68: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

66

Nesse sentido, a JBS dispõe de um local físico com dois

compartimentos, o espaço coberto onde são armazenados os materiais,

embalagens, insumos e peças. Já o local sem cobertura, é utilizado para a

armazenagem de lenha e tanque de combustíveis. Na empresa, a localização

do almoxarifado é planejada para viabilizar a rápida movimentação a fim de

aperfeiçoar o processo produtivo da empresa facilitando a composição do

produto em toda sua etapa produtiva, bem como na reposição de

equipamentos.

Figura 17: Almoxarifado

Fonte: JBS 2012

3.1.1.1 Entrada

Compreende-se que a entrada de materiais tem que existir uma

comunicação eficiente entre portaria e o setor de recebimento, tendo junto da

portaria um pessoal treinado para os procedimentos de entrada na empresa,

existindo uma redução ao mínimo possível da burocracia para o preenchimento

de autorização para entrada dos materiais, a fim de que se evite em períodos

de maior demanda com um aumento nas filas e tempo de espera, que acaba

por prejudicar os outros veículos que estão aguardando a entrada na empresa.

Page 69: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

67

(RIMOLI, 1999)

Assim, a JBS efetua suas entradas de materiais a partir da formalização

da documentação e de sua liberação e se tiver de acordo com o pedido ou com

a solicitação de materiais da empresa, iniciam-se as atividades de recebimento

mediante conferência da nota fiscal emitida pelo fornecedor.

Figura 18: Entrada

Fonte: JBS 2012

3.1.1.1.1 Recebimento

As atividades de recebimento abrangem desde a recepção do material

na entrega pelo fornecedor até a entrada nos estoques. A função de

recebimento de materiais é módula de um sistema global integrado com as

áreas de contabilidade, compras e transportes e é caracterizada como uma

interface entre o atendimento do pedido pelo fornecedor e os estoques físico e

contábil. (CHING, 2008)

O recebimento de materiais na JBS inicia-se com os procedimentos de

conferência de materiais que deve ser feita junto a uma planilha cega (a

planilha cega é elaborada pela empresa a fim de confrontar a quantidade

recebida com a quantidade pedida, informa a razão social, número da nota

fiscal e código do produto, porém, não informa a quantidade do material

recebido) e nunca baseado na nota fiscal, que deve ser entregue no setor de

Page 70: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

68

faturamento de terceiro e permanecer lá até que seja finalizado o processo.

Conferido o material no almoxarifado, a planilha cega é preenchida com

a quantidade recebida e volta para o faturamento, onde o faturista confronta

as informações da planilha com a quantidade informada na nota fiscal. Se as

informações da planilha cega e da nata fiscal estiverem em concordância,

parte-se para descarga dos materiais.

Figura 19: Recebimento

Fonte: JBS 2012

3.1.1.1.2 Conferência quantitativa

Através da conferência quantitativa, é observado se as quantidades

declaradas na nota fiscal pelo fornecedor correspondem com as quantidades

realmente recebidas. A atividade quantitativa pode ser realizada pelos meios:

manual, através de cálculo, pelo meio de balanças de pesagem e medição.

Nesse tipo de conferência, a pessoa responsável não tem o

conhecimento das quantidades declaradas pelo fornecedor. Ela apenas

realiza a conferência e anota os valores encontrados em um formulário, que é

utilizado, posteriormente, para as comparações e análises. (RIMOLI, 1999)

A conferência quantitativa na JBS é efetuada através de contagem,

Page 71: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

69

pesagem, junto ao apontamento em planilha cega e nunca baseado na nota

fiscal, que deve ser entregue no setor de faturamento e permanecer lá até que

seja conferido o material no almoxarifado. A planilha cega é preenchida com a

quantidade recebida e volta para o faturamento, onde o faturista confronta as

informações. Devido à variedade de insumos que trabalha, esta atividade na

empresa é efetuada manualmente, através de cálculos estatísticos, por

balanças de pesagem e medição.

Figura 20:Conferência quantitativa.

Fonte: JBS 2012

3.1.1.1.3 Conferência qualitativa

A conferência qualitativa ou inspeção técnica é muito importante no

recebimento de materiais, pois tem o objetivo de garantir a adequação do

material ao fim a que se destina. A análise de qualidade efetuada pela

inspeção técnica, através da comparação das especificações da autorização

de fornecimento com as apresentadas na nota fiscal pelo fornecedor, tem

como objetivo garantir o recebimento adequado do material, para isso,

verificam-se suas características dimensionais específicas e restrições de

especificação. (RIMOLI, 1999)

Page 72: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

70

A Conferência qualitativa na JBS principia-se com o processo seletivo

de seus fornecedores, os quais passam por uma avaliação de qualidade nos

produtos por eles oferecidos, bem como a garantia de qualidade que oferecem

ou que atendem às normas do controle de qualidade da empresa.

Neste processo, a conferência também se dá por amostras

disponibilizadas pelos fornecedores e também através de inspeção técnica

que visa a avaliar se o produto ofertado preenche os quesitos exigidos pela

JBS.

Nesse processo busca-se sanar todas as dúvidas sobre o produto em

recebimento, de modo que seja garantida a qualidade do produto recebido

evitando posterior problema na produção.

Figura 21: Conferência qualitativa

Fonte: JBS 2012

3.1.1.1.4 Descarga

No almoxarifado são realizadas as conferências de volumes,

comparado com a nota fiscal do fornecedor e com os registros de controles de

compra. Realiza-se o posicionamento do veículo no local específico e exato da

descarga e executa esta atividade utilizando os equipamentos e materiais

necessários para a descarga. (RIMOLI, 1999)

Page 73: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

71

A JBS dispõe de local específico para a descarga de seus insumos de

produção e este é estrategicamente localizado próximo à entrada do

almoxarifado, onde o veículo carregado de materiais é direcionado até ao local

onde é realizada a descarga.

A efetuação da descarga se dá manualmente ou através de

equipamentos ou empilhadeiras, sendo os materiais direcionados para o local

específico da guarda.

Figura 22 : Descargas

Fonte : Fotos JBS

3.1.1.1.5 Entrada de estoque

Registra a movimentação de entrada dos itens a partir da nota fiscal,

efetuando o lançamento da entrada dos produtos em estoque através da

identificação dos produtos, possibilitando a emissão de uma nota fiscal de

entrada. (EXATA, 2010)

A entrada dos produtos no estoque da JBS se da através da finalização

do processo quando a instrução de desembarque de material é calculada,

gerando o faturamento da nota fiscal, cria se o estoque virtual do material no

sistema ERP e o documento só é gerado após autorização contábil, seguindo

posteriormente para o fluxo financeiro para aprovação de título e pagamento

em conta corrente conforme cadastro do terceiro.

Agilizando o processo como um todo.

Page 74: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

72

Figura 23: Entrada de Estoque

Fonte : Fotos JBS

3.1.1.1.6 Controle de estoque

O estoque ocorre em operações produtivas porque os ritmos de

fornecimento e de demanda nem sempre andam juntos. Os estoques são

usados para atender às necessidades decorrentes das diferenças entre

fornecimento e a demanda na produção, cujo principal objetivo é otimizar os

investimentos em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos de

uma empresa bem como minimizando as necessidades de capital investido

em estoque. (EXATA, 2010)

A JBS faz o seu controle de estoque através de uma rotina de

solicitação de compra baseado em controle de estoque dos cadastros de cada

item, controlando o estoque pela definição mínimo e máximo para a sua

reposição.

Figura 24: Controle de estoque

Fonte: Fotos JBS

Page 75: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

73

3.1.1.2 Critério ABC

A curva ABC é uma importante ferramenta que auxilia o

administrador; ela permite identificar aqueles itens que justificam atenção e

tratamento adequado quanto à sua administração. Tem sido usado para a

gestão de estoques, para definição de políticas de vendas, estabelecimento

de prioridades para a programação da produção e uma série de outros

problemas usuais na empresa. Os estoques são classificados em três grupos,

por ordem decrescente de importância no tocante ao investimento realizado

em cada produto. (BETTS et al., 2008)

a) produtos A: constituídos de poucos itens (de 10 a 20% dos itens),

exigem maior investimento, demandam maior atenção. Representam,

em média, de 60 a 80% do investimento em estoque;

b) produtos B: composto por um número médio de itens (20 a 30% do

geral) exigem também investimentos elevados, porém menores que o

produtos A e necessitam de conferências frequentes. Representam,

em média, 20 a 30% do investimento total;

c) produtos C: constituído por um grande número de itens e de

pequenos investimentos. Exige controle mais simples e representam,

em média, 5 a 10% dos investimentos em estoque e de 50 a 70% do

total de itens.

A JBS utiliza a curva ABC como um método de análise de custos, que

busca rastrear os gastos da empresa para analisar e monitorar as diversas

rotas dos seus recursos, proporcionando estimativas que permitam administrar

de maneira eficiente e confiável as atividades de compras.

Desta forma, auxilia em uma boa gestão em seus produtos em estoque,

disponibilizando saldo suficiente, otimizando recursos, identificando os itens

que possuem maior valor agregado e reduzindo o giro através de metas

estabelecidas.

Page 76: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

74

Figura 25:Gráfico da curva ABC.

Fonte: Gráfico JBS

3.1.1.2.1 Gerenciamento do Estoque

Segundo Dias (2008), o gerenciamento de estoques reflete

quantitativamente os resultados obtidos pela empresa ao longo do exercício

financeiro, o que, por isso mesmo, tende a ter sua ação concentrada na

aplicação de instrumentos gerenciais baseados em técnicas que permitam a

avaliação sistemática dos processos utilizados para alcançar as metas

desejadas.

Com objetivo de garantir a disponibilidade suficiente de estoques para

sustentar as operações, mantém os níveis mais baixos possíveis dos custos

de estocagem, de encomenda de recebimento, de falta de estoque e os de

obsolescência. (DIAS, 2008)

O gerenciamento do estoque na JBS busca estabelecer uma

disponibilidade suficiente conforme os níveis de mínimo/máximo para manter o

estoque conforme a demanda da produção.

Page 77: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

75

3.1.1.2.2 Regularização

A atividade é realizada através do controle do processo de

recebimento, pela confirmação qualitativa e quantitativa, através do laudo de

inspeção técnica e comparação das quantidades conferidas com as faturadas,

decidindo se aceitará ou recusará a compra. A regularização será feita

utilizando-se de documento durante o sistema de recebimento. (CHING, 2008)

Caso não seja constatada nenhuma irregularidade, os materiais serão

encaminhados ao almoxarifado sendo incluídos no estoque físico e contábil da

empresa. Caso contrário, deve providenciar a devolução ao fornecedor

acompanhado por suas notas fiscais de devolução. (CHING, 2008)

Quando chega uma carga sem solicitação no departamento de

suprimento do processo de regularização da JBS, ela precisa ser regularizada,

é preciso fazer solicitação de compra, aprovar a solicitação e após aprovação

gerar um pedido de compra para iniciar o processo de entrada na portaria.

3.1.1.2.3 Armazenagem

O principal objetivo do armazenamento é otimizar o seu espaço

disponível o máximo possível, proporcionando uma movimentação rápida e

fácil desde a etapa do recebimento até a sua expedição.

O conceito de armazenagem está sofrendo modificações consideráveis,

passando do significado tradicional de empilhamento, que exige muita mão de

obra para a movimentação dos materiais, para a sofisticação atual das

estruturas de grande altura, com estreitos corredores de movimentação e

empilhadeira de grande elevação. O objetivo dos depósitos é maximizar a

utilização de sua capacidade e de garantir o acesso imediato a todos os

pontos para armazenar ou retirar os produtos. (BALLOU, 2007)

A armazenagem na JBS é feita sempre otimizando o seu espaço. Os

produtos com maior movimentação ficam próximos do balcão de retirada; já os

Page 78: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

76

produtos com pouca movimentação ficam em local estratégico conforme a

demanda do almoxarifado e, continuamente, ter uma redução de risco de

acidente e consequente aumento da segurança, satisfação e aumento da

motivação dos trabalhadores, incremento na produção e maior utilização da

tecnologia, um melhor aproveitamento do espaço, redução dos custos de

movimentações, bem como das existências, versatilidade perante as novas

condições impostas.

Figura 26: Armazenagem

Fonte: JBS, 2012

3.1.1.3 Critérios de armazenagem

O esquema de armazenagem escolhido por uma empresa depende

primordialmente da situação geográfica de suas instalações, da natureza de

seus estoques, tamanho e respectivo valor.

Por isso, tais materiais pedem um mecanismo de preservação que seja

eficaz e eficiente na hora da necessidade de utilização, assim sendo, usam-se

equipamentos específicos de combate a essas possíveis intempéries na

questão de incêndios.

Todo esse processo de cuidados deve seguir tal mecanismo que exija

uma análise em conjunto, para então decidir pelo tipo de arranjo físico mais

Page 79: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

77

conveniente, escolhendo qual a melhor alternativa que atenderá o seu fluxo de

armazenagem desses materiais. (RIMOLI, 1999)

Na JBS, utilizam-se os critérios de armazenagem que separam os itens

conforme a categoria, materiais de escritório, peças, IPI, produtos líquidos e

inflamáveis, identificado por um cadastro que define nome e número do local

de estoque e a localização de ruas e prateleiras onde está estocado o produto

solicitado na requisição.

3.1.1.3 Distribuição externa e interna

A logística interna refere-se a todo o processo de recebimento, guarda,

controle e distribuição dos materiais utilizados dentro de uma organização.

(FLEURY; WANKE; FIQUEREDO, 2000)

A logística externa para Fleury, Wanke e Figueredo (2000) é

responsável por todas as funções da administração dos recursos materiais:

compra, armazenamento, distribuição, transporte e informações entre uma ou

outra empresa pertencente à complexa estrutura dentro de um canal de

distribuição de seus produtos.

A distribuição na JBS é efetuada com transporte próprio internamente e

externamente para outra filial do grupo com um planejamento logístico para

obter sucesso no processo de recebimento e na boa entrega do materiais.

3.1.1.3.1 Transporte

O Transporte de subsistema de apoio responsabiliza-se pela política e

execução da movimentação e distribuição de material e matérias-primas.

(LACERDA, 2000)

A entrega dos materiais e matérias-primas do cliente é de

responsabilidade do setor de transportes e distribuição. É nesse setor que se

Page 80: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

78

executa a Administração da frota de veículos da empresa, onde também são

contratadas as transportadoras que prestam serviços de entrega e coleta.

(LACERDA, 2000)

Na JBS, o transporte é feito por veículo de frota da própria empresa ou

por transportadoras contratadas de terceiros para atender a demanda das

entregas. A JBS possui uma eficaz estrutura de logística, desde a busca do

gado, com caminhões de dois pavimentos, à distribuição de seus produtos pelo

país e no transporte de contêineres aos portos para exportação.

É responsável por garantir a segurança e qualidade do gado durante o

transporte e a característica do produto quando de sua distribuição com

temperaturas adequadas. Também cuida dos custos e da economia de escala

para otimizar a operação. Sua frota é composta por modernos veículos e tem

como objetivo garantir o cumprimento de metas e o compromisso da empresa

com a qualidade do produto para o consumo final.

Figura 27: Transporte

Fonte: Transporte JBS, 2012

3.1.1.3.2 Benefícios da gestão de almoxarifado

De acordo com Ballou (2007), os benefícios da gestão de almoxarifado é

a implantação da integração entre sistemas legados, sem prejuízo às

atividades internas. São os seguintes modelos de gestão por processos:

a) indicadores de desempenho;

b) painel de controle gerencial (painel de bordo);

Page 81: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

79

c) redução significativa dos custos operacionais;

d) flexibilidade, acessibilidade via web;

e) normatização e padronização;

f) diversidade de relatórios gerenciais, dentre outros.

A JBS possui benefícios de uma boa tecnologia para administrar toda a gestão

de seu almoxarifado através do sistema ERP que disponibiliza diversos

relatórios para checagem e acompanhamento de toda a sua movimentação de

estoque, desde o cadastro, entrada, saída, consumo dos produtos, baixas nas

requisições dos produtos consumidos, verificação de preço médio através da

contabilização de seus custos, acompanhamento dos níveis dos estoques

através de uma parametrização da quantidade máxima e mínimo para acionar

o departamento de suprimentos, assim, emitindo novos pedidos de compra

para a reposição e normalização dos níveis de estoque.

É feito inventário rotativo definido pela seguinte fórmula: quantidade total

de itens na planta é dividido por 11 meses ficando um mês para efetuar

inventário geral. É aceitável um desvio de 1% em valores.

3.2 Parecer final do caso

Após pesquisa na JBS S/A, contatou-se que a mesma utiliza-se de

métodos e técnicas para o controle de estoque, incluindo a curva ABC.

Em uma administração de almoxarifado, o principal objetivo é atender

aos clientes na hora certa com a quantidade certa e requerida, influenciando

em vários fatores que acarretam benefícios, facilidades e pronto atendimento

ao usuário e custos decorrentes de manter produtos estocados.

Com a rapidez e presteza na distribuição das mercadorias, assume cada

vez mais um papel de agilidade na obtenção de uma vantagem competitiva

duradoura.

Diante da pesquisa, observa-se na empresa resultados positivos na

gestão de almoxarifado, que estão relacionados a uma eficiente administração,

através de ações que permitam acompanhamento de toda a movimentação de

Page 82: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

80

estoque, com objetivo de demonstrar a importância e os benefícios que a

Curva ABC proporciona, como uma boa administração, de forma a fortalecer a

alavancagem da lucratividade da empresa.

Todos os critérios da Curva ABC são utilizados pela empresa buscando

sempre garantir a eficiência dentro de um planejamento de controle de estoque

com metas estabelecidas, com isso opera com qualidade, proporcionando

confiabilidade na tomada de decisões e na apuração de resultados.

A gestão de estoque é um assunto vital, quanto maior o nível de giro de

estoque que um sistema consegue trabalhar, mais eficiente será sua

administração e poderá criar a diferença com os concorrentes, melhorando a

qualidade, reduzindo os tempos, diminuindo os custos, entre outros fatores,

oferecendo, assim, uma vantagem competitiva.

Page 83: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

81

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Após a pesquisa de campo realizada na JBS - Divisão carnes de Lins-

SP, propõe-se:

a) uma adaptação para contínuas melhoras na sua administração no

tocante à política de estocagem, tendo em vista um atendimento

para poder trabalhar com uma melhor margem de segurança de

estoque a fim de reduzir o seu capital investido melhorando, assim, o

fluxo de caixa;

b) continuar usando os critérios da Curva ABC juntamente com os

métodos MRP e o Ponto de Pedido para fornecer uma boa

administração de materiais e reduzindo custos no estoque;

c) planejar a distribuição junto à programação de produção e focando,

principalmente, nas compras;

d) adotar o sistema de máximos e mínimos, pois encontra dificuldades

em administrar os excessos de materiais em algumas categorias,

como: peças para reposição com saldo maior que o necessário para

máquinas, bem como embalagens sem demanda produtiva,

ocasionando dificuldade em giro de estoque. Muitas vezes itens

estocados deveriam estar apenas com o limite estabelecido entre

máximo e mínimo mantendo a reposição necessária, evitando os

custos desnecessários para a organização;

e) estar sempre atentos a todas as oportunidades de melhoria que

estão condicionadas junto à redução direta dos custos;

f) ter um controle interno e externo na prevenção e combate a erros é

fundamental para conscientizar a todos sobre a importância da

colaboração de cada um para o crescimento da organização;

g) investir em estratégia proativa, baseando-se nas necessidades e

utilizando-se de ferramentas que ajudem e agilizem o cumprimento

dos objetivos;

h) usar o Just in time para ajudar na eliminação de desperdícios;

i) treinamentos na área de estoque para as pessoas que já se

encontram na empresa e para as novas que estão adentrando.

Page 84: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

82

CONCLUSÃO

A gestão de estoques é um conceito que está presente em praticamente

todo o tipo de empresas, sendo na empresa JBS-Divisão de Carnes de Lins a

chave principal para uma boa administração de estoque. Observou-se que a

gestão de estoque constitui uma série de ações que permite ao administrador

verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, localizados, manuseados

e controlados pelos setores que os utilizam.

Para esses resultados, é utilizado o critério da Curva ABC na definição

de políticas de vendas, estabelecimento de prioridades para a programação da

produção e uma série de outros problemas usuais que ocorrem na empresa,

permitindo que o administrador possa identificar aqueles itens que justificam

atenção e tratamento adequados quanto a sua administração para, assim, ter

um bom gerenciamento e reduzir seus custos.

A empresa JBS Divisão de Carnes busca na Curva ABC uma eficiência

etrabalha em sintonia com toda a empresa, apresentando resultados fiéis e

oferecendo consistência e segurança para investimentos e controle de

produtos para atender com qualidade toda a demanda, podendo o

administrador usar a mesma como um parâmetro que informa sobre a

necessidade de aquisição de itens de mercadorias ou matérias-primas, para

que não ocorra o excesso de estoques, representando os custos operacionais

e de oportunidade do capital sem giro, essenciais para o controle do estoque,

que variam de acordo com a demanda do consumidor.

O tema pesquisado é atual e proporciona diferencial competitivo para as

empresas. Com o estágio desenvolvido na JBS- Divisão Carnes foi possível

observar e aprender como funciona na prática o gerenciamento dos estoques

em um almoxarifado.

A pergunta problema de que: a gestão do almoxarifado proporciona o

gerenciamento de estoque baseando se nos critérios da curva ABC em uma

eficiente administração de gerenciamento de almoxarifado foi respondida. A

hipótese de que a gestão de estoque é uma ferramenta importante para

garantir a exatidão na informação contida na organização que busca facilitar e

Page 85: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

83

acelerar os processos operacionais, garantindo a confiabilidade na informação

contida no sistema foi comprovada.

Por meio deste trabalho, notou-se como foi vantajoso realizá-lo e de

grande valia e satisfação conclui-lo juntamente com o curso, dissertando sobre

um tema que é, sem dúvida, uma ferramenta imprescindível para o sucesso da

empresa. Foi um trabalho que abrirá várias portas para o futuro profissional

Page 86: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

84

REFERÊNCIAS

BALLOU, R. H. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 2007. BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo, Saraiva, 2003. BETTS, A. et al. Gerenciamento de operações e de processos: princípios e práticas de impacto estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2008. CASADEVANTE Y. M . A armazenagem na prática. Lisboa: Pórtico, 2000. CHASE, R. B. Administração da produção para a vantagem competitiva. 10. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à administração de matérias. São Paulo: Markron, Mcgraw-hill, 1991. CHING, H. Y. Gestão de estoques na cadeia de logística. 3.ed. São Paulo, Atlas S/A,. 2008. DEMING, W. E. Qualidade: a revolução da administração. São Paulo: Saraiva, 1990. DIAS, J. C. Q. Logística global e macrologística. Lisboa: Silabo, 2005. DIAS, M. A. P. Administração de Materiais – Uma abordagem Logística. 4.ed. São Paulo, Atlas S/A, 2008. EXATA. Entrada de Estoque, , Lins, 20 jan, 2010. Disponível em: <http://www.exatasistemas.com/ajuda/index.php?option=com_content&view=article&id=183&Itemid=97>. Acesso em: 15 agosto, 2012. FLEURY, P. F.; WANKE, P.; FIQUEREDO, K. F. Logística empresarial: a perspectiva Brasileira. São Paulo: Atlas, 2000. GESTÃO DE ESTOQUE. RIOSOFT. Lins, 18 jul.2009. Disponível em:

Page 87: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

85

<http://portal.riosoft.com.br/NossasSolu%C3%A7%C3%B5es/ApoloERPCRMBI/Gest%C3%A3odeEstoque/tabid/133/Default.aspx>. Acesso em: 20 jul.2012. GITMAN, L. J. Princípio de administração financeira. 10. ed. tradução técnica.Antonio Zoratto Sanvicente: São Paulo, Pearson Addison Wesley, 2004. GURGEL, Floriano C. A. Administração do Fluxos de Materiais e Produtos. São Paulo: Atlas, 1996. IMAI, M. Kaizen. A Estratégia para o Sucesso Competitivo. São Paulo: IMAM, 2000. JBS Friboi S/A. O Crescimento. Wikipédia, a Enciclopédia Livre. Disponível: <http://pt.wikipedia.org/wiki/JBS> Acesso em: 21 abril 2012b. JBS. Divisão de Negócios. JBS Friboi. São Paulo [s.d]. Disponível em: <http://www.jbs.com.br/Negocio.aspx>. Acesso em: 12 maio 2012a. JURAN, J. M. Juran na Liderança pela Qualidade. São Paulo: IMAM, 1990. LACERDA, L. Logística Reversa: uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas operacionais. São Paulo: Atlas, 2000. LOPES D. R - Manual da gestão de stocks: teoria e prática. Lisboa: Ed Presença, 2008. LOPRETE, D. et al. Gestão de Estoque e a Importância da Curva ABC, Lins, SP: 2009. Monografia (Graduação em Administração) – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Lins. LUIZ, S. et al. A Curva ABC como ferramenta auxiliar na eliminação da ruptura e equilíbrio do fluxo de caixa. 2008. Monografia. (Graduação em Administração). Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Lins. MARTINS, P. G. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2006. MARTINS, P. G.; ALT., P. R. C. Administração de matériais e recursos Patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2003.

Page 88: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

86

MUNDO DAS MARCAS. Marcas JBS. Blog de Marcas. Disponível: <http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/search?q=jbs> Acesso: 19 maio 2012. NAKAGAWA, M. ABC Custeio Baseado em Atividade. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. PINTO, C. V. Organização e gestão da manutenção. 2. ed. Lisboa: Monitor,2002. POLLONI, E. G. F; SIMCSIK, T. Tecnologia da informação automatizada. São Paulo: Berkeley, 2002. POZO, H., Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008. REVISTA FI. Historia.pdf (SECURED) - Disponível em: <http://www.revista-fi.com.br>. Acesso em: 29 abril 2012. RIMOLI, C. Administração de Materiais. São Paulo, Atlas, 1999. ROSA C. B. Gestão de almoxarifado: uma abordagem prática. São Paulo: Edicta, 2003. SANTOS, O.D. Custo de estoques. São Paulo, 06 dez, 2010.Disponível: <http://www.webartigos.com/artigos/custos-de-estoque/54014/>. Acesso: 07 de junho 2012. SLACK. N. et al. Gerenciamento de operações e de processos tradução de Sandra de Oliveira., Porto Alegre: Bookman, 2008. SOUZA, S.L. Noções Básicas de Almoxarifado.São Paulo, 29 abril, 2009.Disponível em: <http://www.artigonal.com/administracao-artigos/nocoes-basicas-de-almoxarifado-estoque-transporte-de-materiais-893215.html>. Acesso: 24 de agosto 2012. TÓFOLI.I Administração financeira empresarial: uma tratativa rática. Campinas: Arte Brasil, 2008.

Page 89: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

87

VENDRAME, F. C. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais, 2008, 66 p. Apostila da Disciplina de Administração, Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Lins. WOMACK, J. P. A mentalidade enxuta nas empresas, Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

Page 90: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

88

APÊNDICES

Page 91: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

89

APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso

1 INTRODUÇÃO

Será realizado um levantamento da história da JBS S/A Divisão Carnes,

através de descrição dos métodos utilizados pela empresa para administração

dos recursos voltados para gestão de almoxarifados, sendo descritos os

métodos e técnicas de pesquisa utilizada na coleta de dados.

1.1 Análise do processo produtivo realizado referente ao tema em estudado

a) As informações serão coletadas através de entrevistas e depoimentos

com o supervisor de almoxarifado, a gestora de estoque e o

comprador;

b) Serão utilizados materiais teóricos e técnicas empregadas referentes

à gestão de almoxarifado na JBS S/A Divisão Carne;

c) Serão descritos os procedimentos e as técnicas utilizados pela JBS

S/A Divisão Carne, voltados para gestão de almoxarifado.

1.2 Discussão

Confrontar-se-á a teoria pesquisada com a prática utilizada pela

empresa JBS S/A Divisão Carne.

1.3 Parecer final sobre o caso e sugestões sobre manutenção ou

modificações de procedimentos

Page 92: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

90

APÊNDICE B – Roteiro de observação sistemática

I IDENTIFICAÇÃO

1 Empresa: ________________________________________________

2 Localização: ______________________________________________

3 Atividade Econômica: _______________________________________

4 Data da Fundação: _________________________________________

5 Proprietários: _____________________________________________

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Setores da empresa em geral

2 Armazenamento de materiais

3 Materiais utilizados diariamente

4 Controle de qualidade

Page 93: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

91

APÊNDICE C – Roteiro do histórico da empresa

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1 Razão Social: ______________________________________________

2 Endereço _________________________________________________

3 Sócios ___________________________________________________

4 N° de Funcionários _________________________________________

II ASPECTOS HISTÓRICOS DA EMPRESA

1 Surgimento da empresa

2 Trajetória

3 Modificações da estrutura da empresa

Page 94: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

92

APÊNDICE D – Roteiro de entrevista para o supervisor de almoxarifado

I IDENTIFICAÇÃO

Tempo que exerce a função: ______________________________________

Experiência Profissional: __________________________________________

Residência/Local: ________________________________________________

II QUESTÕES

1. Qual a importância de uma boa organização dentro de um almoxarifado?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

2. Quais os cuidados essenciais que se deve ter em um almoxarifado?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

3. Quais os fatores que definem o sistema de armazenamento dentro de

um almoxarifado?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

4. Quais os erros mais comuns no almoxarifado?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

5. Quanto de estoque será necessário para determinado período de tempo,

isto é, qual o nível de estoque para cada item?

______________________________________________________________

Page 95: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

93

______________________________________________________________

6. Quais são as tarefas e responsabilidades desta profissão?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

7. Quais são os cuidados essenciais que se deve ter em relação ao

almoxarifado?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

8. Quais são os critérios para armazenamento no almoxarifado?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

9. Existe alguma rotina de organização no almoxarifado?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

10. Como encontrar um meio termo entre necessidades de segurança e as

necessidades de eficiência operacional do almoxarifado?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

11. Quais são os benefícios da classificação dos materiais e os cuidados

que devemos ter ao classificar materiais?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

12. Como é feita a verificação da planilha cega?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

13. Como é a verificação quantitativa?

Page 96: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

94

______________________________________________________________

______________________________________________________________

14. Como é a verificação qualitativa?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

15. Como é feito o processo de distribuição para a área produtiva?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Page 97: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

95

APÊNDICE E – Roteiro de entrevista para estoquista contábil

I IDENTIFICAÇÃO

Tempo que exerce a função: _______________________________________

Experiência Profissional: __________________________________________

Residência/Local: ________________________________________________

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1. O que é fundamental para um efetivo gerenciamento de estoque?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

2. Quais são os objetivos gerais e detalhados do gerenciamento de

estoque?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

3. Quais são as causas de uma má aplicação em estoque?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

4. Qual é o objetivo da logística empresarial?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

5. Quais os tipos de custos existentes no gerenciamento dos estoques?

______________________________________________________________

Page 98: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

96

______________________________________________________________

6. Como pode ser calculado o giro de estoque?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

7. Qual é o tempo médio para reposição dos produtos?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

8. Quais são os benefícios da acuracidade do inventário?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

9. Quais são as funções principais do gerenciamento de materiais?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

10. Como é feito o recebimento das Mercadorias?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

11. Quais são as principais tarefas e responsabilidade da sua profissão?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

12. Estoque físico é organizado com base em quais características?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Page 99: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

97

APÊNDICE F – Roteiro de Entrevista para o Comprador

I IDENTIFICAÇÃO

Tempo que exerce a função: _______________________________________

Experiência Profissional: __________________________________________

Residência/Local: ________________________________________________

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1. Qual é a importância da área de compras?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

2. Quais dados são usados pelo setor de compras para definir quando

comprar e quanto comprar?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

3. Quais as principais características analisadas pelo setor de compras na

escolha dos fornecedores?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

4. Quais são as tarefas fundamentais do gerente de compras?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

5. Quais são os componentes do custo total de compras?

______________________________________________________________

Page 100: GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS Divisão Carnes Lins SP · PDF file... outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina

98

______________________________________________________________

6. Quais são os fatores que definem o melhor momento para comprar?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

7. Quais são condições de aquisição mais usuais que são colocadas nas

cotações dos fornecedores?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

8. Por que as cotações são importantes em um processo de compras?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

9. Para que serve o planejamento e programação de compras?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

10. Quais são as aplicações de informática mais usadas no planejamento,

programação e controle de compras?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

11. Como o comprador sabe quando terceirizar?

______________________________________________________________

______________________________________________________________