gestão da produção

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O melhoramento na administração da produção é um fator importante a ser utilizado como estratégia competitiva

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  • GESTO DA PRODUO, FERRAMENTA PARA VANTAGEM COMPETITIVA

    rika Aparecida Freitas

    Roseli Guilhem dos Santos

    Prof. Esp. Francisco Csar Vendrame

    Prof Esp. Jovira Maria Sarraceni

    Prof M.Sc. Mris de Cssia Ribeiro Vendrame

  • 1 | P g i n a

    ndice

    RESUMO ........................................................................................................................................ 2

    I. INTRODUO ........................................................................................................................ 3

    II. ESTRATGIA EM MANUFATURA ............................................................................................ 4

    III. OBJETIVOS QUALIFICADORES E GANHADORES DE PEDIDOS ............................................ 7

    IV. AMEAA DE ENTRADA ...................................................................................................... 9

    V. INFLUNCIA DO CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS ............................................................... 11

    VI. RIVALIDADE ENTRE OS CONCORRENTES ......................................................................... 12

    VII. PRODUTOS SUBSTITUTOS ............................................................................................... 13

    VIII. PODER DE NEGOCIAO DOS COMPRADORES ............................................................... 13

    IX. PODER DE NEGOCIAO DOS FORNECEDORES .............................................................. 14

    X. ESTRATGIAS GENRICAS .................................................................................................... 14

    CONCLUSO ................................................................................................................................ 15

  • 2 | P g i n a

    GESTO DA PRODUO, FERRAMENTA PARA VANTAGEM COMPETITIVA.

    RESUMO

    O melhoramento na administrao da produo um fator importante a ser utilizado como

    estratgia competitiva. Esse tema tem relevante importncia no atual contexto, pois com o

    acirramento da concorrncia internacional e a globalizao da economia as organizaes

    comeam a buscar novos padres e filosofias de gesto, para fazer frente a estes desafios de

    competitividade, atravs dos quais as empresas podem sobreviver. Neste artigo procuramos

    identificar os critrios competitivos mais relevantes na determinao da estratgia de operaes

    e a melhor forma a serem atendidas as necessidades e a obteno de vantagem competitiva.

    de suma importncia o papel da estratgia de operaes para que as empresas possam atingir

    suas metas corporativas e aumentarem sua competitividade.

    Palavras-chave: estratgia, operaes, competitividade.

  • 3 | P g i n a

    I. INTRODUO

    Atualmente com a globalizao e mudanas constantes em todo o mercado, os clientes esto

    cada vez mais exigentes, buscando por produtos e servios com alta qualidade e preos

    acessveis. Com todas essas mudanas, faz-se necessrio o uso de ferramentas que possibilitem

    apurar informaes relativas fabricao dos produtos, os servios oferecidos pela indstria, o

    mercado e os concorrentes.

    Os estudos produzidos na ltima dcada revelam um interesse cada vez maior dos autores em

    um dos conceitos do marketing: a competitividade. Isso porque atravs da anlise do

    desempenho da concorrncia que se descobre o porque algumas organizaes prosperam mais

    que as outras.

    A compreenso sobre a natureza dos desafios e a forma de enfrent-los com sucesso, mesmo

    sendo estudado em centenas de artigos, ainda no foi colocada em modelos ou frmulas que se

    adaptem aos diferentes padres das organizaes.

    At mesmo porque o panorama mundial, alm de apresentar muita desigualdade,

    diversificado e sofre constantes transformaes. (PORTER, 2000).

    Porm, uma das ideias j consagradas entre os tericos refere-se s vantagens competitivas,

    que se aplicam tanto ao setor produtivo, como s pessoas, e at naes. Vrios autores que se

    dedicaram a estudos, como Porter, afirmam que tero sucesso queles que concentrarem maior

    nmero dessas vantagens e que conseguirem atuar com eficcia e qualidade, identificando

    nichos de oportunidade.

    Para Porter (2000, p.67), no devemos explicar a competitividade a nvel nacional, mas sim

    compreender os determinantes da produtividade e o ritmo do crescimento dessa produtividade,

    ou seja, focalizar no a economia como um todo, mas indstrias especficas e segmentos da

    indstria. E acrescenta: [...] para realizar o sucesso competitivo, as firmas do pas precisam ter

    uma vantagem competitiva na forma, seja de menores custos ou de produtos diferenciados que

    obtm preos elevados. Para manter a vantagem, as empresas precisam conseguir uma

    vantagem competitiva mais sofisticada com o tempo, oferecendo produtos e servios de melhor

    qualidade ou produzindo com mais eficincia. Isso se traduz diretamente em crescimento da

    produtividade.

  • 4 | P g i n a

    II. ESTRATGIA EM MANUFATURA

    Para CHASE; JACOBS e AQUILANO (2006, p.24) a estratgia de produo pode ser vista como

    parte de um processo do planeamento que coordena os objetivos operacionais com os da

    organizao maior. Uma vez que os objetivos dessa mudam com o tempo, a estratgia de

    operaes deve ser preparada para antecipar as necessidades futuras. As capacidades

    operacionais de uma empresa podem ser vistas como um portflio mais bem-adaptado s

    mudanas das necessidades sobre o produto e/ou servios de seus clientes.

    Segundo Slack (2002) a estratgia da produo diz respeito ao padro de decises e aes

    estratgicas que define o papel, os objetivos e as atividades da produo. Como em qualquer

    tipo de estratgia, podemos considerar seu contedo e seu processo separadamente.

    Para Slack (1993) a vantagem em manufatura significa fazer melhor. A expresso que o autor

    utiliza est associada ao consumidor e ao concorrente. Neste caso, os consumidores e os

    concorrentes so centrais para uma operao de manufatura competitiva, porque definem suas

    metas sucintamente: satisfazer o primeiro (fazer melhor para agrad-lo) e ser melhor que o

    segundo (fazer melhor para manter a vantagem). Uma operao de manufatura baseia-se em

    trazer para dentro da indstria uma mentalidade que considere tanto o consumidor quanto os

    concorrentes. Os consumidores para atuarem como elementos que constantemente relembram

    quais os aspetos da competitividade so importantes para eles e os concorrentes para

    proporcionar a medida contra o qual o desempenho da operao a ser julgado. No entanto, mais

    do que isto, considerar de forma conjunta o que importante para o consumidor e a medida de

    desempenho dos concorrentes, possibilita estabelecer as prioridades para aperfeioamento da

    operao.

    Nas operaes de manufatura a meta atingir uma vantagem preponderante no seu mercado,

    visando proporcionar o principal diferencial perante a concorrncia.

    Para Slack (1993), todos os aspetos fundamentais da competitividade esto claramente dentro

    do campo de atuao da funo da manufatura. Ela tem influncia direta sobre os aspetos de

    desempenho competitivo como:

    fabricao de produtos sem erros;

    entregas rpidas ao consumidor;

    manuteno invarivel dos prazos prometidos de entrega;

    habilidade de introduzir novos produtos em prazos adequados;

  • 5 | P g i n a

    oferecer uma faixa de produtos larga o suficiente para satisfazer as exigncias

    do consumidor;

    habilidade de modificar quantidades ou datas de entrega, conforme a demanda

    do consumidor;

    habilidade de a empresa oferecer produtos a preos que, ou batem a

    concorrncia, ou possibilitam maior margem de lucro, ou ambos.

    Ainda, para Slack (1993) fazer melhor significa cinco coisas:

    1. Significa fazer certo no cometer erros, fazer produtos que realmente so o que

    devem ser produtos sem erros e sempre de acordo com as especificaes de projeto.

    Atravs desse conceito a manufatura d uma vantagem de qualidade empresa;

    2. Significa fazer rpido fazer com que o intervalo de tempo entre o incio do processo

    de manufatura e a entrega do produto ao cliente seja menor do que a concorrncia. A

    manufatura proporciona uma vantagem velocidade empresa;

    3. Significa fazer pontualmente manter a promessa de prazos de entrega, ou

    Alternativamente, aceitar as datas de entrega solicitadas pelo cliente e cumpri-las

    pontualmente. Fazer pontualmente tambm aborda as entregas internas, ou seja, para

    clientes internos. Com isso, a manufatura d empresa a vantagem da confiabilidade;

    4. Significa mudar o que est sendo feito ser capaz de variar e adaptar a operao, seja

    porque as necessidades dos clientes so alteradas, seja devido a mudanas no processo

    de produo causadas, talvez, por mudana no suprimento dos recursos. Significa estar

    apto a mudar quando e o quanto seja necessrio e com rapidez suficiente. Com isso a

    funo manufatura d empresa a vantagem da flexibilidade;

    5. Significa fazer barato fabricar produtos a custos mais baixos do que os concorrentes

    conseguem administrar. Em longo prazo, a nica forma de conseguir isto atravs da

    obteno de recursos mais baratos e/ou transformando-os mais eficientemente do que

    os concorrentes. Assim, a manufatura da empresa uma vantagem de custo.

    Portanto, so esses os cincos objetivos de desempenho da manufatura propostos por Slack

    (1993): qualidade, velocidade, confiabilidade, flexibilidade e custo. Dentro da manufatura, o

    sistema de produo em vigor pode apresentar vantagens e desvantagens para alguns destes

    objetivos. Qualquer operao de manufatura deveria ser capaz de estabelecer a importncia

    relativa dos seus objetivos de desempenho e julgar o seu desempenho alcanado em termos de

    cada um deles. Ser melhor nesses objetivos contribui para a competitividade como um todo;

  • 6 | P g i n a

    Compreender bem quais devem ser os objetivos de desempenho da manufatura pode ser o

    comeo para o alcance de uma vantagem em manufatura (SLACK, 1993). Dessa forma

    importante distinguir entre os aspetos internos e externos de cada objetivo de desempenho. Se

    todas as partes da operao (compras, preparao das mquinas, processamento do produto,

    logstica interna) forem rpidas e responderem prontamente nas suas tarefas perante as

    demais, a habilidade da operao total de responder rapidamente ao consumidor aumentada.

    No ambiente interno da manufatura, alcanar o objetivo de desempenho Velocidade pode-se

    traduzir em diversos caminhos. Faz pouco sentido a tentativa de se tornar rpido, se os produtos

    so continuamente transformados em sucata ou tem que ser retrabalhados e a gerncia esta

    sempre apagando incndios pelos problemas de qualidade.

    De maneira comparativa, a velocidade pode ser melhorada apenas se a confiabilidade nas

    entregas internas for alta (SLACK, 1993, p.20). A reduo do tempo da operao como um todo

    fica impossibilitado se h falhas no fornecimento de matrias-primas, fluxo de produo no

    balanceado, resultando em pouca credibilidade nas entregas, quebras frequentes de mquinas,

    etc. O aprimoramento de certos tipos de flexibilidade tambm colabora com a velocidade.

    Todavia, os benefcios externos da velocidade a possibilidade da manufatura oferecer menores

    tempos de entrega. De acordo com Slack (1993), internamente, porm, esta questo mais

    complicada, pois os objetivos de desempenho individuais influenciam e so influenciados pelos

    demais. Assim, enquanto os aspetos externos do desempenho podem ser abordados

    separadamente, os mritos relativos dos objetivos de desempenho interno, em termos de como

    contribuem para competitividade, so relacionados de forma mais ntima e complexa.

    Internamente todos os objetivos de desempenho so importantes. O que varia o porqu de

    eles serem importantes (SLACK, 1993, p.21).

    A anlise da estrutura a base fundamental do modelo proposto por PORTER (1986), uma vez

    que, segundo o autor, a estrutura industrial tem uma forte influncia na determinao das

    regras competitivas, que devero ser observadas e compreendidas ao se analisar uma indstria,

    ou as empresas que a compem. Para PORTER cada empresa que compete em uma indstria

    deve possuir uma estratgia competitiva.

    Esta estratgia pode ser desenvolvida por meio de um processo de planeamento, como pode

    ser evoluda atravs das atividades dos vrios departamentos funcionais da empresa.

    O desenvolvimento de uma estratgia competitiva determina o modo como a empresa ir

    competir, quais deveriam ser suas metas e quais as polticas necessrias para realiz-las.

    Este desenvolvimento consiste em relacionar a empresa com o seu meio de atuao, ou seja,

    relacionar a empresa com a indstria ou com as indstrias em que ela compete, de modo a

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    compreender a concorrncia e assim identificar as caractersticas estruturais que possibilitam a

    formulao de estratgias na busca de vantagens competitivas.

    Assim, a rentabilidade de uma indstria funo de sua estrutura e ela que estabelece as

    regras da concorrncia que, segundo Porter, depende de cinco foras competitivas bsicas que

    so demonstradas na figura 01.

    Figura 01: Foras competitivas na indstria (Porter,1986).

    III. OBJETIVOS QUALIFICADORES E GANHADORES DE PEDIDOS

    Para que se possa entender a importncia dos fatores competitivos no processo deve se iniciar,

    de acordo com Slack (1993), com a avaliao da importncia relativa de cada um dos objetivos

    de desempenho, auxiliado por uma escala baseada na percepo dos clientes, onde tem

    utilidade o uso da classificao dos objetivos em ganhadores de pedidos e qualificadores.

    Para Slack (1996), uma forma especialmente til de determinar a importncia relativa dos

    fatores competitivos distinguir entre o que o professor Terry Hill da London Business School

    chama de fatores ganhadores de pedidos e qualificadores. Diz ainda Slack (1996):

    1. Fatores competitivos ganhadores de pedidos so aqueles que diretamente ganham

    negcios adicionais para a operao. Eles so a principal razo pela qual os

    consumidores escolhem comprar o produto ou servio. Se a operao melhora seu

  • 8 | P g i n a

    desempenho em fatores competitivos de pedidos, ela vai ou ganhar mais negcios ou

    aumentar as chances de ganhar mais negcios;

    2. Fatores competitivos qualificadores so aqueles que podem no ganhar negcios extras

    se a operao melhora seu desempenho, mas pode certamente perder negcios se o

    desempenho cai abaixo de um ponto particular, conhecido como nvel de qualificao.

    Se o desempenho de uma companhia esta abaixo de um nvel de qualificao

    improvvel que ela ganhe pedidos. Todavia, uma vez acima do nvel de qualificao,

    improvvel que um melhor desempenho nos critrios qualificadores por si s garanta

    que ganhe pedido;

    3. Fatores competitivos menos importantes, como o nome implica, so aqueles

    relativamente no importantes comparados com outros. Os consumidores de fato

    raramente os consideram quando tomam decises de aquisio.

    Quando nos voltamos para a prtica, precisa ser utilizado uma escala mais discriminante para

    julgar a importncia relativa de seus fatores competitivos na realizao de uma operao.

    Geralmente a forma de fazer este tipo de anlise tomando as trs categorias de fatores

    competitivos, acima mencionados, e dividir cada categoria em outras trs categorias,

    representando posies fortes, mdias e fracas, conforme representado na figura 02.

    Figura 02: Uma escala de nove pontos de importncia. (SLACK,1996)

    Do mesmo modo existe um padro de desempenho competitivo que consiste em julgar o

    desempenho atingido por uma operao melhor, igual ou pior do que o dos concorrentes.

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    derivada da escala de nove pontos de importncia para os consumidores conforme

    demonstrado na figura 03.

    Figura 03: Uma escala de nove pontos de desempenho. (SLACK,1996)

    IV. AMEAA DE ENTRADA

    A ameaa de novos entrantes caracteriza-se como a possibilidade de entrada de novas empresas

    que trazem recursos geralmente substanciais, como nova capacidade de produo e um grande

    desejo de ganhar parcela do mercado.

    A entrada de novos concorrentes pode apresentar como consequncia uma reduo da

    rentabilidade das empresas j existentes, visto que a entrada de novos concorrentes implica em

    uma queda nos preos e no aumento da demanda por insumos, o que levar a um

    inflacionamento nos custos do produto final.

    Para Porter (1986), mesmo a aquisio de uma empresa j existente em uma indstria, por

    companhias provenientes de outros mercados, deve ser encarada como uma entrada, j que,

    muito provavelmente, com esta aquisio seja injetada nesta indstria novos recursos e nova

    capacidade gerencial, visando um aumento da parcela de mercado da empresa j existente.

    A intensidade da fora representada pela ameaa de novos entrantes depende de barreiras de

    entrada estabelecidas pelas empresas j presentes na indstria. So seis as fontes principais de

    barreiras de entrada:

    1. Economias de Escala: referem-se aos declnios nos custos unitrios de um produto

    medida que o nvel de produo aumenta, obrigando as empresas entrantes a

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    ingressarem em larga escala ou sujeitarem-se a uma desvantagem de custo. Economias

    de escala podem estar presentes em quase toda a funo de uma empresa, incluindo

    fabricao, compras, pesquisa e desenvolvimento, rede de servios, marketing,

    utilizao de foras de vendas e distribuio. As economias de escala podem estar

    presentes tambm nas economias de escopo (utilizao dos mesmos fatores para

    produzir bens diferentes) e economias monetrias (obteno de fatores de produo

    com menores preos);

    2. A integrao vertical tambm um tipo de barreira de entrada que gera economias de

    escala nos estgios de produo ou de distribuio, uma vez que nesta situao a

    empresa entrante dever ingressar de forma integrada ou enfrentar uma desvantagem

    de custo, assim como uma possvel excluso de insumos ou mercados para o seu

    produto se a maioria dos concorrentes estabelecidos estiver integrado;

    3. Diferenciao do Produto: a diferenciao tem origem na identificao de uma marca

    da empresa, seja atravs do servio ao consumidor, nas diferenas dos produtos, pelo

    esforo de publicidade ou por ter entrado primeiro na indstria, entre outros, que

    desenvolvem um sentimento de lealdade em seus compradores. A diferenciao cria

    uma barreira de entrada, dado que os novos entrantes so forados a investirem pesado

    para romper os vnculos estabelecidos entre os clientes e as empresas existentes;

    4. Necessidade de Capital: a necessidade de investir recursos financeiros em grande

    quantidade para poder competir cria barreira de entrada. O capital essencial para os

    investimentos em instalaes de produo, para manter estoques, cobrir prejuzos

    iniciais e at mesmo para atividades de risco como, por exemplo, pesquisa e

    desenvolvimento ou publicidade inicial;

    5. Custo de Mudana: so os custos com os quais se defronta o comprador quando muda

    de um fornecedor para o outro. Podem incluir aquisio de novos equipamentos, custo

    de treinamento de empregados, custos com testes e qualificaes de nova fonte, e at

    mesmo custos psquicos de desfazer um relacionamento. Quando so altos constituem

    uma barreira de entrada;

    6. Acesso aos Canais de Distribuio: uma nova empresa precisa ao entrar numa indstria,

    assegurar a distribuio para o seu produto, fazendo desconto de preos para convencer

    o varejista a ceder espao atravs de promessas de promoes e coisa semelhante. Se

    o acesso aos canais de distribuio (atacado e varejo) for limitado e quanto maior for o

    controlo dos concorrentes sobre esses canais, mais difcil ser a entrada na indstria;

    7. Desvantagem de custo Independente de Escala: Porter enuncia ainda alguns fatores que

    apresentam vantagens plenas de custos para as empresas estabelecidas em uma

  • 11 | P g i n a

    indstria, impossveis de serem igualadas pelos entrantes potenciais, independentes de

    economia de escala. Tais fatores so os seguintes:

    a) tecnologia patenteada do produto (que so protegidos por patentes ou segredos);

    b) acesso favorvel s matrias-primas (as empresas estabelecidas tm o controle das

    fontes de matrias primas mais favorveis, ou tm sob controle a preos muito mais

    baixos do que o total);

    c) localizaes favorveis;

    d) subsdios oficiais (subsdios preferenciais do governo);

    e) curva de aprendizagem ou experincia (os custos declinam na medida em que uma

    empresa acumula experincia na fabricao do produto).

    Segundo Porter (1986) os efeitos da experincia refletem na reduo dos custos - no

    marketing, na produo, na distribuio, e, principalmente, nas aes que envolvem

    alto grau de participao de mo-de-obra em operaes e tarefas complicadas.

    V. INFLUNCIA DO CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS

    A avaliao do ciclo muito importante, uma vez que contribui para que a empresa que produz

    o produto venha reduzir as perdas e a falta de controle sobre o processo produtivo,

    consequentemente organizando instalaes e processos para atender as necessidades do

    produto.

    Para Slack; Chambers;Johnston (2002, p.96) na gesto da produo os produtos e servios

    exigiro estratgias para cada estgio de seu ciclo de vida.

    Uma forma de generalizar o comportamento de clientes e concorrentes associ-lo ao ciclo de

    vida dos produtos ou servios. A forma exata da curvas de ciclo de vida dos produto/servio

    variar, mas geralmente ela mostrado como a variao do volume de vendas ao longo dos

    quatro estgios introduo, crescimento, maturidade e declnio.

    Slack (2002, p.96) enfatiza que quando um produto ou servio introduzido pela primeira vez,

    provavelmente estar oferecendo algo novo em termos de seu projeto ou desempenho. Poucos

    concorrentes estaro oferecendo o mesmo produto ou servio; e que as empresas que entram

    para uma indstria trazem novas capacidades, ou desejo de ganhar participao no mercado e

    recursos significativos.

  • 12 | P g i n a

    VI. RIVALIDADE ENTRE OS CONCORRENTES

    As vrias formas comuns de manobras pelo posicionamento podem ser utilizadas, como a

    competio no preo, a introduo de novos produtos e guerras publicitrias. A rivalidade

    intensa est relacionada com a presena de vrios fatores, dentre os quais podemos citar o caso

    dos concorrentes serem numerosos e se encontrarem mais ou menos em igualdade de

    condies em termos de tamanho e poder. Segundo Porter (1986), a rivalidade est relacionada

    presena de uma srie de fatores:

    a) Concorrentes numerosos ou bem equilibrados: quando h muitos concorrentes

    probabilidade de dissidncia grande e alguns podem agir sem serem notados. Entretanto, se

    h poucos concorrentes, fcil distinguir os lderes ou o lder, os quais podem controlar a

    indstria como, por exemplo, pela liderana de preos;

    b) Crescimento lento da indstria: a concorrncia por parcela de mercado no caso de

    crescimento lento da indstria muito mais instvel do que a situao em que o crescimento

    rpido da indstria assegura que as empresas podem melhorar seus resultados apenas se

    mantendo em dia com a indstria, e quando todos os seus recursos financeiros e administrativos

    podem ser consumidos na expanso junto com a indstria;

    c) Custos fixos ou de armazenamento altos: custos fixos altos criam presses no sentido de que

    as empresas satisfaam capacidade, o que leva a uma escalada pelas redues de preos em

    caso de excesso de capacidade;

    d) Ausncia de diferenciao ou custos de mudana: quando o produto ou o servio percebido

    como um artigo de primeira necessidade pelo comprador, sua escolha baseada principalmente

    no preo e no servio, resultando concorrncia intensa em relao a preos e servios. Os custos

    de mudanas tm efeito semelhante;

    e) Capacidade aumentada em grandes incrementos: quando as economias de escala

    determinam que a capacidade deve ser aumentada em grandes incrementos, os acrscimos de

    capacidade rompem o equilbrio de oferta e procura da indstria e levam a perodos de

    supercapacidade e cortes nos preos;

    f) Concorrentes Divergentes: os rivais podem divergir quanto a estratgias, origens,

    personalidades e relacionamentos com relao a suas matrizes e ter objetivos e estratgias

    diferentes sobre como competir, podendo se chocar continuamente ao longo do processo;

    g) Grandes interesses estratgicos: empresas expansionistas, alm de diversificadas, podem

    considerar muito importantes alcanar sucesso em determinada indstria atravs da

    globalizao, com objetivos no s de ser diferentes, mas tambm de ser desestabilizadoras,

    porque esto potencialmente inclinadas a sacrificar a lucratividade no processo;

  • 13 | P g i n a

    h) Barreiras de sada elevadas: fatores econmicos, estratgicos e emocionais que mantm as

    companhias competindo mesmo que estejam obtendo retornos baixos, ou at negativos, sobre

    seus investimentos. As principais barreiras de sada so: os ativos especializados, os custos fixos

    de sada, as inter-relaes estratgicas, as barreiras emocionais e as restries de ordem

    governamental e social.

    VII. PRODUTOS SUBSTITUTOS

    Em mercados onde se estabelece uma ampla competitividade, as empresas esto concorrendo

    com competidores que fabricam produtos substitutos aos seus.

    Em decorrncia dessa concorrncia, o setor sofre restries de crescimento e redues em seu

    potencial de lucratividade. Ou seja, os produtos substitutos provocam a reduo nos retornos

    potenciais de uma empresa e ainda nivelam os preos fixando um teto.

    Para PORTER (1986), os produtos substitutos que merecem maior ateno estratgica so os

    que (1) esto sujeitos a tendncias para melhorar a sua compensao de desempenho de preo

    com os produtos da indstria ou (2) aqueles produzidos por indstrias obtendo altos lucros.

    VIII. PODER DE NEGOCIAO DOS COMPRADORES

    Os compradores podem forar os preos pra baixo, barganhar melhor qualidade e servios e

    jogar os concorrentes uns contra os outros custa da rentabilidade total da indstria. De acordo

    com Porter (1986), os compradores sero poderosos quando forem verdadeiras as

    circunstncias: ele est concentrado ou adquire grandes volumes em relao s vendas do

    vendedor; os produtos que ele adquire da indstria representam uma frao significativa de

    seus prprios custos ou compras; os produtos que ele compra da indstria so padronizados ou

    no diferenciados; ele enfrenta poucos custos de mudana; ele consegue lucros baixos;

    compradores que so uma ameaa concreta de integrao para trs; o produto da indstria no

    importante para a qualidade dos produtos ou servios do comprador;

    e o comprador tem total informao.

    Conforme Porter (1986), o poder de compra dos atacadistas e varejistas determinado pelas

    mesmas regras. Entretanto, o autor salienta que os varejistas podem ganhar bastante poder de

    negociao em relao aos fabricantes, quando podem influenciar as decises de compra dos

    consumidores.

  • 14 | P g i n a

    Ao passo que os atacadistas podem ganhar poder de negociao se puderem influenciar as

    decises de compra dos varejistas ou de outras empresas para as quais vendam.

    IX. PODER DE NEGOCIAO DOS FORNECEDORES

    Os fornecedores podem exercer poder de negociao sobre os participantes de uma indstria

    aumentando preos ou reduzindo a qualidade dos bens e servios fornecidos. Desta maneira,

    segundo Porter (1986), os fornecedores poderosos podem baixar a rentabilidade de uma

    indstria que seja incapaz de repassar os aumentos de custos em seus prprios preos.

    Os fornecedores so poderosos nos casos em que: dominado por poucas companhias e mais

    concentrado do que a indstria para a qual vende, no est obrigado a lutar com outros

    produtos substitutos na venda para a indstria; a indstria no um cliente importante para o

    grupo fornecedor; o produto dos fornecedores um insumo importante para o negcio do

    comprador; os produtos do grupo de fornecedores so diferenciados ou o grupo desenvolveu

    custos de mudana e o grupo de fornecedores uma ameaa concreta de integrao para

    frente.

    X. ESTRATGIAS GENRICAS

    Portanto o modelo de PORTER (1986) visa posicionar estrategicamente a Organizao,

    estimulando a formulao de estratgias genricas com bom potencial para gerar vantagem

    competitiva. Como exemplo de estratgia genrica de Porter pode ser adotada a segmentao

    setorial, a liderana em custos ou a diferenciao de produtos e servios.

    Ao enfrentar as cinco foras competitivas, existem trs abordagens estratgicas genricas

    potencialmente bem-sucedidas para superar as outras empresas em um determinado setor. As

    estratgias genricas so mtodos para superar os concorrentes em um determinado setor; em

    alguns setores, a estrutura indicar que todas as empresas podem obter altos retornos; em

    outros, o sucesso com uma estratgia genrica pode ser necessrio apenas para obter retornos

    aceitveis.

    Conforme Batemam,T; Smell,S (2009,p.133:136) empresas que usam uma estratgia de baixo

    custo tentam ser eficientes e oferecer um produto padro, sem diferenciais. Elas costumam ser

    grandes e tentam tirar proveito de economias de escala na produo ou na distribuio. Em

    muitos casos, seu grande tamanho permite que vendam os seus produtos e servios a um preo

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    menor, o que leva a uma participao de mercado e a um volume maior e, no final das contas a

    lucros maiores.

    Em segundo lugar uma organizao pode buscar uma estratgia de diferenciao. Com uma

    estratgia de diferenciao, uma empresa tenta ser nica no seu setor ou segmento de mercado

    em algumas dimenses que os clientes valorizam. Essa posio nica ou diferenciada no setor

    costuma ser baseado na alta qualidade do produto, excelente marketing e distribuio ou

    servio superior.

    Estratgia funcional. O passo final da formulao de estratgias estabelecer as principais

    estratgias funcionais. As estratgias funcionais so implementadas por toda s as reas

    funcionais da organizao, para apoiar a estratgia de negcios.

    As reas funcionais tpicas incluem produo e operaes. Marketing, pesquisa e

    desenvolvimento, finanas e distribuio.

    CONCLUSO

    Ao focar uma estratgia de produo e operaes ao cliente a empresas devem atender as

    necessidades do mercado em que atuam o que pode e devem ser exploradas como vantagem

    competitiva em cada segmento de sua atuao, todas as reas organizacionais devem possuir

    papis prprios a desempenhar para que a empresa possa chegar ao sucesso. As prioridades,

    identificadas por Slack (1996) como critrios ganhadores de pedidos, so aquelas que diretas

    e significativamente contribuem para o sucesso da empresa junto ao seu mercado de atuao.

    Verificamos como cada um destes itens importante no momento de competir com mercados

    internos e externos.

    Para Slack; Chambers;Johnston (2002) a perspetiva dos requisitos do mercado da estratgia

    de produo considera que o principal papel da produo satisfazer aos mercados. Os

    objetivos de desempenho da produo devem ser influenciados pela combinao das

    necessidades dos consumidores e das aes dos concorrentes, em contra partida a perspetiva

    dos recursos da produo da estratgia da produo apoia-se na viso baseada em recursos

    da empresa, que deve considerar as suas competncias (ou capacitaes) centrais como a

    principal influncia da estratgia da produo.