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GESTAO EDUCACIONAL

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SUMRIO

GESTAO EDUCACIONAL..............................................................................................1 SUMRIO.....................................................................................................................2 METODOLOGIA DE PESQUISA...............................................................................2 PRINCPIOS E MTODOS........................................................................................43 PPP ............................................................................................................................107

METODOLOGIA DE PESQUISAFundamentao do ato de pesquisar

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Conceito - Pesquisa E uma atividade voltada para a soluo de problemas, atravs do emprego de processos cientficos; Parte de duvida ou problema; E com o uso do mtodo cientifico, busca uma resposta ou soluo.

Trabalho Cientfico Original Aquela pesquisa, cujos resultados venham a apresentar novas conquistas para a cincia respectiva; Ou seja, uma pesquisa sobre um determinado assunto, levada a afeito, em parte ou em conjunto, pela primeira vez; So trabalhos desta natureza que finalmente, concorrem para o progresso das cincias com novas descobertas.

Resumo de Assunto Texto que rene, analisa e discute conhecimentos e informaes j publicadas; A maior parte dos trabalhos elaborados durante os cursos de formao (nvel de graduao) so, quanto a sua natureza, um resumo de assunto; Uma das vantagens que justificam a elaboraf3o de resumo de assunto resulta no fato de ser ele um meio apto a fornecer os alunos a bagagem de conhecimentos e o treinamento cientfico que os habilitam a lanarem-se em trabalhos originais de pesquisa.

Mtodos e Tcnicas Podem ser chamados de tcnicas aqueles procedimentos Cientficos utilizados por uma cincia determinada no quadro das pesquisas desta cincia; H tcnicas associadas ao uso de certos testes em laborat6rios, ao levantamento de opinies de massa, a coleta de dados estatsticos; H tcnicas para conduzir uma entrevista, para determinar a idade em funo do carbono; para decifrar inscries desconhecidas etc.; Portanto, as tcnicas em uma cincia so os meios corretos de executar as operaes de interesse de tal cincia. 0 conjunto destas tcnicas gerais constituem o mtodo o Pesquisa aplica % o investigador e movido pela necessidade de contribuir para fins prticos mais ou menos, imediatos, buscando solues para problemas concretos.

Ambas so indispensveis para o progresso das cincias e do homem. Uma busca a atualizao de conhecimentos para uma nova tomada de posio, enquanto a outra pretende, alm disto, transformar em ao concreta os resultados de seu trabalho. Assim, temos no mnimo trs importantes tipos de pesquisa: bibliogrfica, descritiva e experimental. Pesquisa Bibliogrfica Procura explicar um problema a partir de referencias tericas publicadas em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Em ambos os casos, buscam conhecer e analisar as contribuic5es culturais ou cientificas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema. A pesquisa bibliogrfica 6. meio de forma? Ao por excelncia. Como trabalho cientfico original, constitui a pesquisa propriamente dita na rea das Cincias Humanas. Como resumo de assunto, constitui geralmente o primeiro passo de qualquer pesquisa cientifica, Pesquisa Descritiva Observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenmenos (variveis) sem manipul-los. Procura descobrir, com a preciso possvel, a freqncia com que um fenmeno ocorre, sua relao e conexo com outros, sua natureza e caractersticas. Busca conhecer as diversas situaes e relaes que ocorrem na vida social, poltica, econmica e demais aspectos do comportamento humano, tanto do individuo tornado. Isoladamente como de grupos e comunidades mais complexas. A pesquisa descritiva desenvolve-se, principalmente, n as Cincias Humanas e Sociais, abordando aqueles dados e problemas que merecem sex estudados e cujo registro no consta de documentos.

A pesquisa descritiva pode assumir diversas formas, entre as quais se destacam: a) Estudos Exploratrios: E o processo inicial no processo de pesquisa pela experincia auxilio que traz na formulao de hipteses significativas para posteriores pesquisas.

4Os estudos exploratrios no elaboram hipteses a serem testadas no trabalho. Realizar descries precisas da situao e quer descobrir as relaes. existentes entre os elementos componentes da mesma. Requer um planejamento bastante flexvel para possibilitar a consideraro dos mais diversos aspectos de um problema ou de uma situao. Pesquisa Experimental Caracteriza-se por manipular diretamente as variveis relacionadas com o objeto de estudo Proporcionando o estudo da relao entre causas e efeitos de um determinado fen6meno. Enquanto a pesquisa descritiva procura classificar, explicar e interpretar os fenmenos que ocorreu, a experimental pretende dizer de que modo ou por que causas o fenmeno e produzido. Convm esclarecer que a pesquisa experimental no se identifica como a de laboratrio assim como a descritiva no e sinnimo de pesquisa de campo. Os termos de campo e de Iaborat6rio indicam apenas o contexto onde elas se realizara. Uma pesquisa pode ser experimental tanto em contexto de campo quanto de laboratrio. 5 - O projeto da pesquisa 5.1 - Escolha do Tema Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o trabalho de pesquisa. Abaixo esto relacionadas algumas questes que devem ser levadas em considerao nesta escolha: 5.1.1 - Fatores internos

Afetividade em relao a um tema ou alto grau de interesse pessoal. Para se trabalhar uma pesquisa c preciso ter um mnimo de prazer nesta atividade. A escolha do tema esta vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser trabalhado. Trabalhar um assunto que no seja do seu agrado tornara a pesquisa num exerccio de tortura e sofrimento. Tempo disponvel para a realizao do trabalho de pesquisa. Na escolha do tema temos que levar em considerao a quantidade de atividades que teremos que cumprir para executar o trabalho e medi-la com o tempo dos trabalhos que temos que cumprir no nosso cotidiano, no relacionado pesquisa. O limite das capacidades do pesquisador em ralao ao tema pretendido. E preciso que o pesquisador tenha conscincia de sua limitao de conhecimentos para no entrar num assunto fora de sua rea. Se minha rea a de cincias humanas, devo me ater aos temas relacionados a esta rea. 5.1.2 - Fatores Externos A significao do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus valores acadmicos e sociais. Na escolha do tema devemos tomar cuidado para no executarmos um trabalho0 que no interessara a ningum. Se o trabalho merece ser feito que ele tenha uma importncia qualquer para pessoas, grupos de pessoas ou para a sociedade em geral. O limite de tempo disponvel para a concluso do trabalho Quando a instituio determina um prazo para a entrega do relatrio final da pesquisa, podemos nos enveredar por assuntos que no nos permitiro cumprir este prazo. O tema escolhido deve estar delimitado dentro do tempo possvel para a concluso do trabalho. Material de consulta e dados necessrios ao pesquisador Um outro problema na escolha do tema e a disponibilidade de material para consulta. Muitas vezes o teria escolhido e pouco trabalhado por outros autores e no existem fontes secundarias para consulta. A falta dessas fontes obriga ao pesquisador buscar fontes primarias que necessita de um tempo maior para a realizao do trabalho. Este problema no impede a realizao da pesquisa, mas deve ser levado em considerao para que o tempo institucional no seja ultrapassado. 5.2 - Levantamento ou Reviso de Literatura O Levantamento de Literatura e a localizao e obteno de documentos para avaliar a disponibilidade de material que subsidiara o tema do trabalho de pesquisa. Este levantamento e realizado junto s bibliotecas ou servios de informaes existentes.

5.2.1 - Sugestes para o Levantamento de Literatura 5.2.1.1 - Locais de coletas

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Determine com antecedncia que bibliotecas, agendas governamentais ou particulares, instituies, indivduos ou acervos devero ser procurados. 5.2.1.2 - Registro de documentos Esteja preparado para copiar os documentos, seja atravs de xrox, fotografia ou outro meio qualquer. 5.2.1.3 - Organizao Separe os documentos recolhidos de acordo com os critrios de sua pesquisa. O levantamento de literatura pode ser determinado em dois neveis: a - Nvel geral do tema a ser tratado. Relao de todas as obras ou documentos sobre o assunto. b - Nvel especifico a ser tratado. Relao somente das obras ou documentos que contenham dados referentes a especificidade do tema a ser tratado. 5.3 - Problema O problema e a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o teria, levanta-se uma questo para ser respondida atravs de uma hiptese, que ser confirmada ou negada atravs do trabalho de pesquisa. O Problema e criado pelo prprio autor e relacionado ao tema escolhido, O autor, no caso, criara um questionamento para definir a abrangncia de sua pesquisa. No h regras para se criar um Problema, mas alguns autores sugerem que ele seja expresso em forma de pergunta. Particularmente, prefiro que o Problema seja descrito como uma afirmao. Exemplo: Tema: A educao da mulher: a perpetuao da injustia. Problema: A mulher 6 tratada com submisso pela sociedade. 5.4 - Hiptese Hiptese e sinnimo de suposio. Neste sentido, Hiptese e uma afirmao categrica (uma suposio), que tente responder ao Problema levantado no tema escolhido para pesquisa. E uma pr-soluo para o Problema levantado. O trabalho de pesquisa, ento, ira confirmar ou negar a Hiptese (ou suposio) levantada. Exemplo: (em relao ao Problema definido acima) Hiptese: A sociedade patriarcal, representada pela forca masculina, exclui as mulheres dos processos decisrios. 5.5 - Justificativa A Justificativa num projeto de pesquisa, como o prprio nome indica, e o convencimento de que o trabalho de pesquisa e fundamental de ser efetivado O tema escolhido pelo pesquisador e a Hiptese levantada so de suma importncia, para a sociedade ou para alguns indivduos, de ser comprovada. Deve-se tomar o cuidado, na elaborao da Justificativa, de no se tentar justificar a Hiptese levantada, ou seja, tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A Justificativa exalta a importncia do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento. 5.6 - Objetivos A definio dos Objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realizao do trabalho de pesquisa. Objetivo e sinnimo de meta, fim. Alguns autores separam os Objetivos em Objetivos Gerais e Objetivos especficos, mas no h regra a ser cumprida quanto a isto e outros autores consideram desnecessrio dividir os Objetivos em categorias. Um macete para se definir os Objetivos e coloc-los comeando com o verbo no infinitivo: esclarecer tal coisa; definir tal assunto; procurar aquilo; permitir aquilo outro, no mostrar alguma coisa etc.. 5.7 - Metodologia A Metodologia e a explicao minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ao desenvolvida no mtodo (caminho) do trabalho de pesquisa. E a explicao do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionrio, entrevista etc.), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da diviso do trabalho, das formas de tabulao e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa.

5.8 - Cronograma

6O Cronograma e a previso de tempo que ser gasto na realizao do trabalho de acordo com as atividades a serem cumpridas. As atividades e os perodos sero definidos a partir das caractersticas de cada pesquisa e dos critrios determinados pelo autor do trabalho. Os perodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas, meses, bimestres, trimestres etc.. Estes sero determinados a partir dos critrios de tempo adotados por cada pesquisador. Exemplo: Atividades /periodos 1 2 3 4 5 6 7 Levantamento de literatura Montagem do projeto Coleta de dados Tratamento de dados Elaborao do relatorio final Revisao do texto Entrega do trabalho 1 X x x x x X x x x X X x x x 2 3 4 5 6 7 8 9 10

5.9 - Recursos Normalmente as monografias, as dissertaes e as teses acadmicas no necessitam que sejam expressos os recursos financeiros. Os recursos s sero includos quando o Projeto for apresentado para uma instituio financiadora de projetos de Pesquisa. Os recursos financeiros podem estar divididos em Material Permanente, Material de Consumo e Pessoal, sendo que esta diviso vai ser definida a partir dos critrios de organizao de cada um ou das exigncias da instituio onde esta sendo apresentado o Projeto. 5.9.1 - Material permanente So aqueles materiais que tem uma durabilidade prolongada. Normalmente e definido como bens durveis que no so consumidos durante a realizao da pesquisa. Podem ser: geladeiras, ar refrigerado, computadores, impressoras etc. Exemplo: item Computador Impressora Scaner Mesa para computador Cadeira para mesa total Custo 1700,00 500,00 400,00 300,00 200,00 3100,00

5.9.2 - Material de Consumo So aqueles materiais que no tem uma durabilidade prolongada. Normalmente e definido como bens que so consumidos durante a realizao da pesquisa. Podem ser: papel, tinta para impressora, gasolina, material de limpeza, caneta etc. Exemplo: item 10 caixas de disquete para computador 10 resmas de papel tipo a4 10 cartuchos de tintas para impressora total Custo 100,00 200,00 650,00 950,00

5.9.3 - Pessoal

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E a relao de pagamento com pessoal, incluindo despesas com impostos. Exemplo: item 1 estagirio pesquisador 1 datilografo 1 revisor Imposto incidentes (hipotticos) total 5.10 - Anexos Este item tambm s e includo caso haja necessidade de junta? Ao Projeto algum documento que venha dar algum tipo de esclarecimento ao texto. A incluso, ou no, fica a critrio do autor da pesquisa. 5.11 - Referncias As referencias dos documentos consultarias para a elaboraro do Projeto e um item obrigatrio. Nela normalmente constam os documentos e qualquer fonte de informao consultados no Levantamento de Literatura. Exemplos para elaborao das Referencias, segundo as normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT para elaborao das Referencias esto expressas no Anexo 1 deste trabalho. 5.12 - Glossrio So as palavras de uso restrito ao trabalho de pesquisa ou pouco conhecidas pelo virtual leitor, acompanhadas de definio. Tambm no e um item obrigatrio. Sua incluso fica a critrio do autor da pesquisa, caso haja necessidade de explicar termos que possam gerar equvocos de interpretao por parte do leitor. 5.13 - Esquemas do Trabalho Concludo o Projeto, o pesquisador elaborar um Esquema do Trabalho que e uma espcie de esboo daquilo que ele pretende inserir no seu Relatrio final da pesquisa. O Esquema do Trabalho guia o pesquisador na elaborao do texto final. Por se tratar de um esboo este Esquema pode ser totalmente alterado durante o desenvolvimento do trabalho. Quando conseguimos dividir o tema genrico em pequenas partes, ou itens, podero redigir sobre cada uma das partes, facilitando significativamente o desenvolvimento do texto. Depois de concluda a pesquisa, este Esquema ira se tornar o Sumario do trabalho final. Exemplo: Titulo: Educao da Mulher: a perpetuao da injustia 1 - Introduo 2 - Histricos do papel da mulher na sociedade 3 - O poder da religio 3.1 - O mito de Lilith/Eva 3.2 - O mito da Virgem Maria 4 - O processo de educao 5 - O papel da mulher na famlia 5.1 - A questo da maternidade 5.2 - Direitos e deveres 5.3 - A moral da famlia Custo mensal 500,00 200,00 Custo total 5000,00 2000,00 2000,00 4000,00 13000,00

700,00

85.4 - Casamentos: um bom negocia 5.5 - A violncia 6 - Um captulo masculino 7 - Consideraes finais 5.14 - Resumindo... Um Projeto de pesquisa, ento deveria ter as seguintes caractersticas: 1 - Introduo (obrigatrio) 2 - Levantamento de Literatura (obrigatrio) 3 - Problemas (obrigatrio) 4 - Hipteses (obrigatrio) 5 - Objetivos (obrigatrio) 6 - Justificativa (obrigatrio) 7 - Metodologia (obrigat6rio) 8 - Cronogramas (se achar necessrio) 9 - Recursos (se achar necessrio) 10 - Anexos (se achar necessrio) 11 - Referncias (obrigatrio) 12 - Glossrios (se achar necessrio) Observao: O documento final do Projeto de Pesquisa deve conter: - Capa ou Falsa Folha de Rosto (obrigatrio); - Folha de Rosto (obrigatrio); - Sumario (obrigatrio); - texto do projeto (baseado nas caractersticas enunciadas acima) (obrigatrio); - Referencias (obrigatrio); - Capa (se quiser). Como Fazer uma Monografia (Baseado em) Prof. Mara Abel Instituto de Informtica da UFRGS Esse texto apresenta orientaes sobre contedo e estrutura de uma monografia, O que e uma monografia? E a descrio, atravs de um texto com formato predefinido, dos resultados obtidos em um estudo aprofundado de um assunto em alguma rea, cientifica ou no. Os objetivos de uma monografia so esclarecer um determinado tema e propor formas de organiz-lo e analis-lo. Esse estudo normalmente se organiza em uma das seguintes formas: - uma reviso bibliogrfica abraiigente de um determinado assunto. Ex.: O paradigma da Educao Especial no contexto da nova LDBEN. - uma reviso bibliogrfica, complementada por um estudo de caso da aplicabilidade de uma tcnica ou abordagem estudada, Ex.: As primitivas de POO no desenvolvimento de um sistema para troca de Informaes - uma reviso bibliogrfica associada a investigaes de formas de soluo de um determinado problema. Ex.: A implementao da hierarquia mltipla nos novos, paradigmas 00 No e necessrio que uma monografia apresente resultados inditos (como esperado em uma tese de doutorado, ou, em menor grau, em uma dissertao de mestrado). Os resultados esto mais associados a organizado e analise comparativa e critica das idias em tomo de um disseminado assunto. Desta forma, uma reviso bibliogrfica das obras mais importantes em uma determinada rea e parte essencial da construo de uma monografia. O texto deve ser pensado como proporcionando ao leitor uma fonte de estudo em um assunto, fornecendo desde os conceitos Fundamentals da rea ate uma viso mais aprofundada dos contedos que a compem.

Uma monografia deve ser escrita em uma linguagem clara e objetiva. Um texto cientifica deve ser: objetivo precise imparcial, claro, coerente, c impessoal. Os verbos devem ser utilizados na terceira pessoa do singular, evitando-se

9usar na terceira pessoa Ao plural e nunca primeira pessoa. O texto deve ter uma seqncia lgica apresentando com preciso as idias, as pesquisas, os dados, os resultados dos estudos, sem prolongar-se por questes de menor importncia. Esqueleto genrico de uma monografia do ponto de vista do contedo A descrio abaixo fornece umas idias gerais do contedo que deve ser tratado em cada seo do corpo de uma monografia, sem preocupa9oes com o formato.

Introduo (Motiv-lo) (Objetivo - O que se pretende apresentar)Apresenta uma introduo geral sobre o assunto do trabalho. No e apenas uma descrio dos contedos das sees do texto. Deve resumir o assunto do trabalho e argumentar porque e importante, do ponto de vista de cincia da computao, estudar esse assunto. Pode ser discutida brevemente, a abordagem do trabalho (analise? Melhor definio da terminologia? Comparao entre diferentes metodologias? Avaliao da tcnica em um caso real?). 2 - Revises do estado da arte (ou Levantamento da bibliografia, ou Balano bibliogrfico). Apresentar as idias principais dos principais autores da rea. As idias so apresentadas apenas, mas no discutidas ou criticadas, o que ser feito nas prximas sees. No so includas as idias ou experimento do prprio autor da monografia. Um ponto importante da reviso e a forma como ela e organizada, o que acaba sendo uma das maiores contribuies da monografia. E desejvel que os trabalhos anteriores sejam descritos segundo uma mesma viso, proposta pelo autor da monografia e no pelo autor dos trabalhos revisados. A oi*ganiza9ao da reviso permite, posteriormente, realizar comparaes e analises, levando a uma melhor compreenso do assunto. Dependendo dessa, a seo pode. Ser dividida em tantas subse9des quanto desejveis. Uma reviso sobre linguagens de programao orientadas a objeto, por exemplo, pode organizar as linguagens cronologicamente, por caracterstica particular (implementam heran9a mltipla ou no, so linguagens hibridas, etc.), por serem comerciais ou acadmicas, entre outras abordagens. Todos os trabalhos revisados devem estar associados a fonte de referenda no texto, e essa referenda deve estar includa nas referencias bibliogrficas no final da monografia, 3 - Anlise Nessa seo, so analisadas as abordagens e tcnicas discutidas no capitulo anterior. Novamente os critrios de analise silo importantes para apontar as principais vantagens ou falhas das tcnicas analisadas, sua utilizao potencial etc. Quanto mais dados objetivos forem utilizados na. Anlise melhor (ao invs de dizer: o sistema possui uma interface amigvel, descreva; "a interface foi analisada por 50 usurios, dos quais 60% mostraram-se satisfeitos, 35% parcialmente satisfeitos e 5% insatisfeitos com a mtera9ao"). Nessa seo, tem papel importante a organizao das informaes em tabelas ou figuras que so citadas e analisadas ao longo do texto. (Ou seja, no inclua figuras ou tabelas que' no sejam analisadas ou citadas no texto!).

BibliografiaPara definio do que a uma monografia, estrutura geral e organiza9ao, consulte Site da onda; Escrevendo Monografias, Disserta9oes e Teses http://pessoal.onda.com.br/monografias/index.html Para a estrutura sugerida na UNICIDADE, consulte os manuais publicados pela UFES. APRESENTAO Ainda no final da dcada de 80, consolidamos parte de nossa experincia Professional e docente no estudo das normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), especificamente as da rea de informao. Com isso, buscamos participar das consultas publicas abertas pela ABNT, dos debates e discusses que acontecem no mbito das instituies e entre os Profissionais que utilizam tais normas, al6m de nos dedicarmos a analise comparativa das normas quando so reeditadas. Tal, atitude nos impulsiona a um processo de atualizao constante, o que nos permite socializar os avanos e, as vezes, os retrocessos com o publico que utiliza a presente publicao. Desde a primeira edio, em 1995, assumimos o compromisso de manter nossas obras afinadas com os anseios de seus leitores e com as alteraes promovidas pela ABNT. Nessa perspective, estamos lanando uma nova edio da obra "Normalizao e Apresentao de Trabalhos Cientficos e Acadmicos" que, pelos questionamentos que vinha provocando sobre a abrangncia de sua aplicabilidade, "perdeu" o subttulo "guia para alunos, professores e pesquisadores da UFES", considerando que seu contedo apresenta uma interpretao das normas da ABNT, respeitando sempre seus princpios norteadores e tornando a s6a aplicao menos tcnica ou Arida. Alem disso, nossas obras, em momento algum, refletem regras, padres e/ou posturas emergentes de instancias regulamentadoras no mbito da Universidade Federal do Esprito Santo (UFES).

Entretanto, e com orgulho que afirmamos nossa estreita ligao com a Universidade, j que parte do grupo responsvel pelos estudos aqui socializados integra ou integrou a equipe da UFES, bem como o respaldo do seu

10Sistema lntegrado de Biblioteca para editar esta obra, ao qual- cedemos, por tempo determinado os direitos autorais para publicao. Este novo ttulo que comea a circular em 2006 incorpora as alteraes efetuadas peia ABNT e que passaram a vigorar a partir de Janeiro do corrente ano, dentre as quais destacamos: adoo de entrelinha com padro 1,5 para uso no texto (reivindicao antiga da comunidade acadmica e cientifica brasileira); excluso da previso de notas no final dos captulos ou do trabalho, mantendo somente as de rodap; simplificao da forma de indicar equaes e formulas; e uniformidade da fonte menor que a do texto para os diversos recursos adotados na editorao dos variados tipos de trabalhos acadmicos. No decorrer da obra, voc encontrara tais alteraes registradas. Evidenciamos, ainda, a publicao de uma nova NBR, a 15287:2005, que "[...] estabelece os princpios gerais para apresentao de projetos de pesquisa", validos a partir de Janeiro de 2006 {ASSOCIAAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS, 2005a). Apesar da importncia e utilidade desse contedo, a NBR 15287 apenas reafirma os aspectos que j constam de outras NBRs, no eliminando a necessidade de consulta a obra sobre metodologia da pesquisa. Reafirmamos aqui as atitudes j aplicadas em momentos anteriores, quais sejam: Incluir novos itens e exemplos, a partir das demandas que emergem das comunidades que adotam esta publicao como um consultor silencioso; Buscar adequao aos padres que, com o passar do tempo, esto sendo consolidados pela comunidade tcnico-cientfica brasileira, quer pelo processo de melhor compreenso das normas, quer por sua atualizao; Consultar bibliotecrios que atuam em diversas reas, por exemplo, a jurdica, especificamente da Procuradoria da Republica no Estado do Esprito Santo e Tribunal de Contas do Estado do Esprito Santo, no sentido de explicitar orientaes em conformidade com o fazer desses profissionais; e

Alertar a todos para o fato de que, na normalizao de livros, deve ser adotada a NBR 6029:2006 e, para peridicos, a NBR 6021:2003.

Decidimos tambm manter o esclarecimento sobre uma questo reincidente - o emprego do termo normalizao ou normalizao -, j que a prpria ABNT esclarece que o substantivo normalizao no consta do "Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa", da Academia Brasileira de Letras, nem tampouco do Vocabulrio de Terminologia Tcnica" (ASSOCIAAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS, 2004). Em consulta ao "Novo Dicionrio da Lngua Portuguesa", de Aurlio Buarque de Holanda Ferreira, uma das principais obras de referenda de nossa lngua, encontramos o verbo normalizar, com a definio de "[...] submeter a norma ou normas; padronizar [...]" e normalizar, como "[...] estabelecer normas para [...]". Em ambos os verbetes, constatamos a remissiva para comparao das definies (FERREIRA, 1999, p. 1415). Sendo assim, acompanhamos a deciso da ABNT que adota a palavra normalizao, quer por sua aceitao pelos organismos mundiais de normalizao, quer por seu uso consagrado no Brasil h mais de meio sculo e, ainda, por considera-Ia a que melhor se enquadra na tarefa de submeter a norma, ou seja, padronizar documentos, produtos, servios e sistemas (ASSOCIAAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS, 2004). 1 - INTRODUAO Toda comunicao tcnica e cientifica necessita ter uma apresentao sistematizada para poder transmitir adequadamente seu contedo. A originalidade de um trabalho no esta na sua forma, mas no seu contedo, que deve ser apresentado com uma Iinguagem clara e objetiva, sendo o texto compreensvel a qualquer pessoa com razovel cultura geral. Os trabalhos comumente solicitados so; Projetos de pesquisa: So documentos que explicitam as aes que sero desenvolvidas durante um processo de pesquisa. Em geral, devem especificar objetivos, justificativa e descrio da modalidade da pesquisa, alem dos instrumentos de coleta e analise de dados, do cronograma e dos recursos humanos, financeiros, materiais necessrios a operacionalizao da pesquisa (GIL, 2002). Apesar de a ABNT ter lanado, em 2005, a NBR 15287, sugerimos consulta a obras sobre metodologia da pesquisa para aprofundamento do assunto. A NBR 15287 trata apenas das questes estruturais de um projeto de pesquisa. Trabalhos acadmicos: So trabalhos que representam o resultado de estudo el ou pesquisa sobre um tema, exigidos por disciplina, modulo, estudo independente, curso e programa. Monografias: Dentro desta definio, podemos incluir os trabalhos de concluso de curso de graduao (TCC) que, em geral, so basicamente uma reviso bibliogrfica e como tal no geram novos conhecimentos. J as monografias apresentadas em cursos de ps-graduao (especializao) requerem um grau maior de aprofundamento, tendo um carter mais critico e investigativo sobre o conhecimento existente. Teses e dissertaes: So trabalhos resultados de pesquisa desenvolvidas em cursos de ps-graduao (doutorado e mestrado) e defendia os publicamente. Tese: Contribuio indita para o conhecimento e apresentada para obteno do grau acadmico de doutor e/dos ttulos universitrios de livre-docente e professor titular.

Dissertao; Destina-se a obteno do grau acadmico de mestre e deve revelar capacidade de sistematizao e domnio do tema escolhido.

Toda a tipologia

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Citada a cima exige a orientao de um professor. Nos trabalhos solicitados pelos cursos de ps-graduao, a titulao do professor orientador deve ser de mestre para o nvel de especializao e de doutor para mestrado e doutorado. 2 - Estruturas do Trabalho O formato da presente obra obedece a NBR 6029 (ASSOCIAAO) BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS, 2006) que estabelece princpios gerais para apresentao de livros e folhetos, por Isso no deve ser usado, nem se aplica como exemplo para estruturao de trabalhos acadmicos (NBR14724:2005). De acordo com a NBR 14724:2005, um trabalho acadmico deve obedecer a Seguinte estrutura (APENDICES AeB): *Capa *Lombada *Folha de rosto *Folha de aprovao Dedicatria, Agradecimentos e/ou Epigrafe Resumo na lngua verncula e em ngua estrangeira Lista de ilustraes, de tabelas, de abreviaturas, de siglas e/ou de smbolos *Sumario *lntroduo *Desenvolvimento *Concluso *Referencias Glossrio Apndice(s) Anexo(s) ndice Obs.: Os elementos precedidos de asterisco (*) so essenciais a publicao, mas nos trabalhos acadmicos apresentados em disciplina, modulo, estudo independente, curso e programa, a folha de aprovao no e necessria. 2.1 CAPA E um elemento obrigatrio. . Serve para proteger e dar melhor apresentao ao trabalho. A capa deve conter o nome da instituio, do autor, o titulo e subttulo do trabalho, o local (da instituio de apresentao do trabalho) e ano de entrega (deposito) (APENDICE C). 2.2 LOMBADA E um elemento opcional. A lombada deve ser apresentada de acordo com a NBR 12225:2004. A identificao de autoria e o titulo do trabalho devem ser impressos longitudinalmente e legvel do alto para o p da lombada (APENDICE D). 2.3 FOLHA DE ROSTO E um elemento obrigatrio. Contem os elementos essenciais a identificao do trabalho na seguinte ordem (APENDICE E a).

Nome do autor centralizado e situado na margem superior do papel; Titulo em destaque e centralizado na pagina; subttulo (se houver), precedido do titulo e separado desse por dois pontos; Nota explicativa informa sobre o carter acadmico do documento (trabalho acadmico, trabalho de concluso de curso, monogrfica, discitao, tese, etc.), o objetivo, o grau pretendido, a unidade de ensino e a instituio onde foi apresentado rea de concentrao e o nome do orientador. Essa nota e transcrita com espaamento simples e alinhada a partir do centro da pagina; e

Local (nome da cidade de apresentao do trabalho) e ano (de entrega), ambos indicados ao p da pagina.; A NBR 14724:2005 especifica que a ficha catalografica deve constar do verso da folha de rosto, na parte Inferior. Entretanto, como os trabalhos acadmicos so opressos apenas no anverso da folha, orientamos que a ficha catalografica seja impressa em folha distinta, logo apos a folha de rosto (APENDCE F). Sua elaborao deve ser feita por profissional bibliotecrio, em conformidade com o cdigo de Catalogao AngloAmericano vigente. 2.4 FOLHA DE APROVAAO E um elemento obrigatrio, exceto para os trabalhos acadmicos exigidos em disciplinas, mdulos, estudos independentes dentre outros. Deve vir em folha distinta", contendo identificao de autoria, titulo do trabalho, nota explicativa semelhante a da folha de rosto. data de aprovao e o nome completo, titulao e instrues a que pertencem os membros da banca examinadora,com espao para assinatura(APENDICE G).o orientador:deve ser identificado.

122.5 DEDICATORIA, AGRADECIMENTOS E/OU EPIGRAFE So elementos opcionais apresentados em folhas distintas. Dedicatria e geralmente um texto pouco extenso, em que o autor dedica a obra ou presta homenagem a algum (APENDICE H). Agradecimentos devem vir apos a folha de aprovao ou da dedicatria em teses e dissertaes ou apos a folha de rosto, nos demais trabalhos. S devem ser feitos a pessoas ou instituies que contriburam, de alguma forma, para a realizao do trabalho. Epigrafe e a citao de um pensamento relacionado com o escopo da obra. Pode ocorrer apenas no inicio da obra, bem como no inicio das partes principais e/ou captulos do trabalho (APENDICE I). 2.6 Resumo E um elemento obrigatrio. O resumo apresenta de modo conciso o contedo do texto, destacando os aspectos mais importantes, o objetivo, a metodologia, os resultados e as concluses do trabalho. Deve ocupar apenas um pargrafo, dando-se preferncia ao uso da terceira pessoa do singular e do verbo na voz ativa no devendo ultrapassar 500 palavras. O padro da entrelinha no resumo deve ser 1,5 (APENDICE J). Deve-se evitar o uso de frases negativas, smbolos, formulas que no sejam de uso corrente, bem como comentrios, criticas e julgamento pessoal do resumido. Devem-se evitar tambm palavras e/ou expresses suprfluas como: "O presente trabalho..."; "O autor do trabalho descreve...". O resumo escrito na mesma lngua do texto deve figurar em folha separada.Verses em outras nguas so, tradicionalmente, localizadas apos a folha do resumo na lngua original, em folhas distintas, usando-se os seguintes cabealhos: Summary ou Abstract (ingls), Resume (f rances), Resumen (espanhol), Riassunto (italiano) e Zusammenfassung (alemo) (APENDICE L). Em ambos os casos, as palavras-chave devem constar logo abaixo do texto do resumo, antecedidas da expresso "Palavras-chave", separadas entre si por ponto (.) e finalizadas tambm por ponto. 2.7 Lista de ilustraes, de tabelas, de abreviaturas, de siglas E/Ou de smbolos So opcionais, entretanto recomenda-se listar os elementos acima quando o numero por tipologia for superior a cinco. As listas de ilustraes e de tabelas so as relaes desses itens, numerados em algarismos arbicos, na ordem em que aparecem no texto. Os diversos tipos de ilustraes (desenhos, esquemas, figuras, fluxogramas, fotografias, grficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos, etc.) so identificados por sua denominao especifica e devem compor listas separadas (APENDICES M,NeO). Na composio dessas listas (ilustraes e tabelas), cada item deve ser identificado por seu titulo especifico acompanhado do numero da pagina onde esta inserido. Lista de abreviaturas e de siglas e a relao alfabtica das abreviaturas e siglas usadas no texto, seguidas da expresso correspondente por extenso (APENDICE P). Lista de smbolos e a relao desses itens e respectivo significado obedecendo a ordem em que os smbolos aparecem no texto. Recomenda-se que as listas mencionadas nessa sesso sejam apresentadas em folhas prprias. 2.8 Sumario E um elemento obrigatrio. E a apresentao das divises do trabalho na mesma ordem e grafia em que se sucedem no corpo do texto, "seguidas da respectiva paginao. Deve figurar imediatamente apos a(s) folha(s) de lista(s), com o titulo SUMARIO centralizado na folha. O sumario deve indicar, para cada diviso e subdiviso, os seguintes dados: O respectivo indicativo quando houver; O titulo; e O numero da folha, ligado ao titulo por linha pontilhada. Se for utilizada a numerao progressiva na apresentao do trabalho (NBR 6024:2003), os indicativos das sees devem tambm aparecer no sumario, a esquerda do titulo de cada parte (ver seo 3.3 nesta obra). Destacam-se gradativamente os ttulos das sees (primarias, secundarias, etc.) Utilizando-se os recursos de caixa-alta ou versal, negrito, itlico e outros, conforme NBR 6024:2003 (APENDICE Q) De acordo com a NBR 6027-003, obras em mais de um volume devem apresentar o sumario completo do trabalho em cada um dos volumes. E importante no confundir SUMARIO com INDICE (APENDICE R).Este ultimo e a relao detalhada dos assuntos, nomes de pessoas, nomes geogrficos e outros, geralmente em ordem alfabtica, e deve ser apresentado ao final da obra.

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2.9 Texto E a parte do trabalho em que o assunto e apresentado e desenvolvido. O raciocnio lgico desenvolvido em um trabalho deve ser escrito dentro de uma estrutura formal de apresentao das partes fundamentais de um texto: introduo, corpo (tambm chamado de "desenvolvimento") e concluso. O texto pode ser dividido em sees e captulos, se isso contribuir para maior clareza na apresentao do assunto. No caso de o trabalho ser dividido em sees, a NBA 6024:2003 devera ser consultada. 2.9.1 Introduo Consiste na apresentao do tema e explicao de como foi desenvolvido: objetivo, mtodos e procedimentos seguidos, assinalando-se a relevncia do trabalho. Em monografias, dissertaes e teses, e indispensvel a incluso da Reviso de Literatura, em capitulo prprio ou incorporada a introduo. Nessa parte, o autor apresenta um histrico do assunto abordado, demonstrando conhecimento da literatura bsica sobre o tema, resumindo os resultados de pesquisas feitas por outros autores com o objetivo de situar o estudo no contexto geral do conhecimento. Todos os autores citados devem constar nas referencias. 2.9.2 Desenvolvimento E o corpo do trabalho. E estruturado de acordo com a convenincia de desenvolvimento lgico e claro do assunto. O tema e explicado, discutido; os problemas so classificados, definidos e/ou demonstrados. 2.9.3 Concluso Avalia e apresentao dos resultados obtidos e pode sugerir idias e abordagens novas para serem consideradas em outros trabalhos da rea. 2.10 Referncias Consiste na relao, em ordem alfabtica e/ou numrica, das obras efetivamente mencionadas na elaborao do trabalho, conforme a NBR 6023:2002 (ASSOCIAAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS, 2002b, p. 20). Por ter um elemento obrigatrio no texto, recomendamos que a seo "Referncias" seja numerada e seu ttulo alinhado a esquerda. A NBR 14724:2005 sugere no numerar essa seo e centralizar seu titulo. As fontes mencionadas em nota de rodap devem ser includas na seo de referencias, exceto as que indicam os dados obtidos por informao verbal. Considerando que a produo de um trabalho acadmico, independentemente de sua tipologia, demanda a leitura de outras fontes que vo alem daquelas indicadas na seo "Referencias", sugerimos a elaborao de uma Iista dessas obras, se houver mais de cinco itens a serem informados. Essa lista deve ser includa na estrutura do trabalho como apndice, ficando seu titulo a critrio do autor, podendo ser: "Sugestes de Leitura Sobre o Tema", "Leitura Complementar Sobre o Tema", etc.(APENDICES). As referencias devem ser elaboradas de acordo com a NBR 6023:2002 da ABNT (Vera obra Normalizao de Referencias: NBR 6023:2002, publicada pela Biblioteca Central/UFES). No confundir com bibliografia, que e a relao alfabtica, cronolgica ou sistemtica de documentos sobre determinado assunto ou autor. 2.11 Glossrio E um elemento opcional. E a relao de palavras, em ordem alfabtica, de uso restrito, empregadas no texto e acompanhadas das respectivas definies. 2.12 Apndices e/ou anexos So elementos opcionais. Material suplementar julgado de possvel interesse para consulta durante a leitura do texto, no sendo, parte integrante do trabalho. A NBR 14724:2005 denomina APENDICE o material elaborado pelo prprio autor do trabalho e ANEXO o material que no foi elaborado pelo autor do trabalho. No entanto, os principais dicionrios da lingua portuguesa consideram essas expresses como sinnimas. Caso haja mais de um, cada anexo ou apndice e indicado, em letras maisculas, pelo termo ANEXO ou APENDICE, seguido da lelra de ordem e travesso. A numerao das folhas dos apndices ou anexos e seqencial a do texto. Se, devido a quantidade de anexos e/ou apndices, for necessrio constituir um volume independente do texto, a paginao desse volume tambm ser seqencial a do texto. No corpo do texto, e citado entre parnteses em letras maisculas, seguido da letra de ordem correspondente, ou inserido no texto sem o uso de parnteses.

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Ex: APENDICE A... Modelo de folha de rosto de rosto de trabalho acadmico ou ANEXO A... Mapa No corpo pelo texto, e citado entre parnteses em letras maisculas, seguido da letra de ordem correspondente, ou inserido no texto sem o uso de parnteses. EX: [...] os dados (APENDICE A) ESTAO TABULADOS DE ACORDO COM AS NORMAS EXISTENTES. EX: [...] no APENDICE A esta exemplificada a tabulao de dados [...]. 3 Apresentao Grfica do trabalho 3.1 Formato Os trabalhos devem ser digitados em papel branco, formato A-4(210x297mm). A 2s edio da NBR 14724, publicada em dezembro de 2005 e com validade a partir de Janeiro de 2006 (ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS, 2005b), alterou o padro da entrelinha a ser adotado no texto dos trabalhos acadmicos para espao um e meio. Esse padro de entrelinha deve ser observado tambm para o resume e abstract. Nas citaes diretas separadas do texto (com mais de trs linhas), nas notas de rodap, nas referencias, nas legendas de ilustraes. e tabelas, na ficha catalogrfica, na nota explicativa da folha de rosto e na da folha de aprovao, o espao deve ser simples. Para margens, deixam-se 3cm na margem superior e esquerda e 2cm na margem Inferior e direita. Na digitao do "texto, usa-se, preferencialmente, a fonte Arial 12. Havendo uniformidade, variaes tipogrficas so permitidas para: Titulao das sees, fonte maior que a do texto, por exemplo, Arial 14; Citaes diretas com mais de trs linhas, notas de rodap, numerao das folhas e legendas das ilustraes e tabelas, fonte menor que a do texto, por exemplo, Arial 10. Os pargrafos podem ser iniciados rente a margem esquerda, sem recuo, em todo o texto, sendo separados entre si por um espaamento maior (recurso existente em editores de texto). Os ttulos das sees e subsees devem ser separados do texto por duas entrelinhas. J o titulo da seo seguinte deve ser separado |do texto da seo anterior por trs entrelinhas. A exemplificao das recomendaes desta seo esta representada no APENDICE T. Os ttulos dos elementos pretextais - dedicatria, agradecimentos, lista de ilustraes, de tabelas, de abreviaturas e sumario - bem como os pos-textuais -glossrio, apndice(s), anexo(s) - por no serem numerados, devem ser dispostos de forma centralizada na folha (APENDICE J, L e R). Alertamos aos usurios desta obra que a equipe responsvel por sua obrigao recomenda que o titulo da seo de referencias seja numerado e.. por isso alinhado a margem esquerda da folha. . Entendemos que o contedo da seo de referenda, por ser obrigatrio, e parte integrante do texto (ver seo 2.10). 3.2 Paginao Considerando que uma folha e composta de duas paginas (anverso e verso) e que os trabalhos acadmicos, em geral, so impressos apenas no anverso, o documento em questo ser constitudo de folhas. A contagem das folhas comea a partir da folha de rosto, mas a numerao s aparece na primeira folha do texto. A numerao das folhas do texto e das folhas pos-textuais e feita em algarismos arbicos, focalizados do lado direito da extremidade superior da folha (APENDICE (J). No caso de haver mais de um volume, a numerao das folhas deve obedecer a uma seqncia nica, do primeiro ao ultimo volume. A numerao das folhas dos apndices ou anexos e seqencial a do texto. 3.3 Numerao Progressiva As partes do texto (introduao, desenvolvimento e concluso) devem ser numeradas progressivamente de acordo com a NBR 6024:2003, da.ABNT, subdivindo-se o texto ate a seo quinaria, no Maximo. O indicativo da numerao progressiva precede o titulo de cada seo ou a primeira palavra do texto, se no houver titulo prprio. As sees primarias devem ser iniciadas em folhas distintas. Os ttulos das sees so destacados gradativamente, usando-se racionalmente os recursos de negrito, itlico ou grifo e redondo, caixa-alta ou versal, etc. Deve ser mantida a mesma forma de grafia dos ttulos das sees no sumario e no texto. Quando for necessrio subdividir uma seo usando alneas, os itens devem ser precedidos de letras minsculas. Seguidas de parnteses. A disposio dessas alneas no texto obedece as seguintes regras: O trecho do texto que antecede as alneas terminara com dois pontos (:);

As alineas devem ser iniciadas com letra minscula e encerradas com ponto e - virgula (;), exceto a ultima que ser encerrada por ponto (.); e Podem ser usadas as conjunes "e / ou" na ligao entre os textos da penltima e ultima alnea.

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EX:1 SEAO PRIMARIA 1.1 SEAO SECUNDARIA 1.1.1 Seo Terciria a) alnea subalinea b) alnea,e c) alnea 1.1.1.1SEAO QUATERNARIA 1.1.1.1.1 SEAO QUINARIA 3.4 Siglas Na primeira vez em que a sigla for usada, coloque seu significado por extenso e, a seguir, a sigla entre parnteses. EX: Universidade Federal do Esprito Santo. (UFES) 3.5 Equaes e Formulas Quando inseridas na seqncia normal do texto, e permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte seus elementos. Se forem destacadas em pargrafo prprio, podem ser numeradas. Na necessidade de numer-las, indicativo numrico deve ser em algarismos arbicos, entre parnteses, e alinhado na margem direita. 4 Usam de citaes 4.1 Definio e tipos de citao a meno, no texto, de informao colhida de outra fonte (escrita ou oral), para esclarecimento do assunto em discusso ou para ilustrar ou sustentar o que se afirma. As citaes podem ser: Citao direta quando feita a transio literal de palavras ou trechos de autores; Citao indireta (parfrase) citao livre do texto, quando ocorre a reproduo de idias, sem haver transio das prprias palavras do autor consultado; Citao de citao transio direta ou indireta de um texto a partir de outra fonte, isto , no se teve acesso ao original.

4.2 Regras gerais de apresentao A toda citao indispensvel a identificao imediata da fonte onde esta foi retirada. A identificao da fonte pode aparecer: Includa no texto; Em nota de rodap; e/ou Remetendo s referncias no final do texto ou dos captulos.

A NBR 10520:2002 no contempla esse ultimo tipo e identificao da fonte, apesar de ser muito usado pela comunidade cientifica e acadmica, principalmente na forma de comentrios, esclarecimentos e/ou explicaes, alm de gerar menos transtornos que nota de rodap. Existem formas diversificadas para essas chamadas. Contudo, o pesquisador devera adotar uma nica forma para que haja uniformidade de procedimentos. A NBR 10520:2002 prev que a indicao de autoria ou de titulo nas citaes no decorrer da frase deve ter apenas a inicial em letras maisculas. No caso de indicada entre parnteses, esses elementos devem ser todos em letras maisculas (ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS, 2002a). 4.2.1 Citao direta Corresponde ao original em redao, ortografia e pontuao. A citao direta de ate trs linhas deve vir inseridas no texto e entre aspas duplas. Caso o trecho transcrito j contenha expresses ou palavras entre aspas, essas sero transformadas em aspas simples. Quando o trecho citado no for inicio de pargrafo, devera ser antecedido de reticncias entre colchetes [...].

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Se o texto citado for interrompido antes do ponto final do pargrafo, devera ser precendido de reticncias entre colchetes [...]. A citao direta com mais de trs linhas aparece em pargrafo isolado, iniciado a 4cm a partir da margem esquerda com letra menor do que a do texto original, com entrelinhas com espao simples e sem aspas. Recomendamos, nesse caso, o uso da fonte tamanho 10. Outras orientaes a serem observadas: a) Omisses de palavras Havendo supresso de partes intermedirias do texto citado, usam-se reticncias entre colchetes [...]. b) Omisses de parte de atos legislativos Nos atos legislativos, a omisso indicada usando-se reticncias entre colchetes [...] em linhas prpria, logo abaixo do texto inicial. c) Acrscimos, explicaes ou comentrios Acrscimos, explicaes ou comentrios s citaes so apresentados entre colchetes [ ]. Se os acrscimos, explicaes ou comentrios no forem includos na citao, o uso de colchetes indispensado. d) Incorrees e Incoerncias Quando aparecem no texto citado incorrees gramaticais ou incoerncias, faz-se a transcrio seguida da expresso latina sic entre colchetes [sic], que significa que estava assim mesmo no texto original. Vem imediatamente aps sua ocorrncia. Para indicar duvida, usa-se o ponto de interrogao entre colchetes [?] logo aps a palavras ou frase que gerou a duvida. e) nfase a uma palavra ou trecho Para enfatizar ou destacar uma palavra ou trecho de um citao, usa-se grifo negrito, itlico, etc. Indica-se essa alterao com a expresso grifo nosso, aps a indicao de autoria. Caso j exista destaque no texto consultado, usa-se a expresso grifos do autor aps a indicao de autoria. 4.2.2 Citao Indireta A citao livre do texto de um autor (parfrase), permanecendo-se fiel s suas idias, prefervel a uma longa citao direta. A indicao da(s) paginas(s) consultadas(s) dispensvel. 4.2.3 Citao de Citao Quando se faz uma citao a partir de uma outra fonte qual no se teve acesso, cita-se o autor original seguido da expresso apud e da indicao do autor, data e pagina da obra diretamente consultada. Faz-se a identificao completa da obra consultada na seo Referncias. A informao da data de publicao da obra do autor original opcional. Se a indicao da fonte consultada estiver contida no texto que esta sendo produzido, a expresso apud dever aparecer na sua forma traduzida (citado por). 4.2.4 Outras situaes aplicveis na estrutura de citaes a) Citao obtida por meio de canais informais Nos dados obtidos por informaes decorrentes de canais informais originrios de palestras, debates, conferencias, entrevistas ou ainda de correspondncia, anotaoes de aulas, deve-se indicar o fato pela expresso informao verbal entre parnteses. Os dados de autoria dessas informao devem ser mencionados somente em nota de rodap. b) Citao de trabalho em fase de elaborao ou trabalho no publicado Na citao de trabalhos em fase de elaborao, menciona-se o fato indicado os dados bibliogrficos disponveis, seguidos da expresso no prelo em fase de elaborao ou em fase de pr-publicao entre parentes. Para trabalhos no publicados no publicados, acrescenta essas informao ente parnteses. A referencia dessas obras deve ser mencionada somente em nota de rodap. c) Traduo em citao Quando se faz traduo de parte de um texto de outro autor, a citao vir seguida de expresso traduo nossa entre parnteses. d) Citao de em eventos (Congressos, seminrios,m simpsios... No caso de eventos, quando no envolve um artigo especifico, menciona-se o nome completo do evento direta.

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e) Citao de atos legislativos no todo Quando se faz citao de leis, decretos, medidas provisrias , dentre outros, sem t-los como objeto de uma anlise mais detalhada, deve-se informar seu numero e data de promulgao. f) Citao de Documentos on-line As orientaes da ISSO 690-2:1997 (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION, 1997), para referenciaro e citao de documentos eletrnicos, destacando os disponveis em verso on-line, estabelece que, caso o documento no tenha ano de publicao a data de acesso deve substitu-lo. Dessa forma, no corpo de texto, aps a indicao de autoria, acrescenta-se a expresso acesso em, seguida da data de acesso ao documento. 4.3 Sistema de chamada A fonte da qual se retirou a citao pode ser indicada no texto de duas formas: Sistema autor-data; ou Sistema numrico. Escolhida uma das formas de indicao das fontes, deve-se segui-la consistentemente ao longo de todo o trabalho. 4.3.1 Sistema autor-data Nesse sistema, a indicao da fonte de onde se retirou a citao feita pelo dado de autoria ou titulo, ambos seguidos do ano de publicao do documento e, se necessrio, deve-se especificar a paginao ou a seo. O dado de autoria pode ser: Pelo sobrenome do autor; ou Pela instituio responsvel pela obra. Quando a identificao da fonte dor pelo titulo, sua indicao obedece mesma regra de autoria. Se includa no texto ser registrado em letras minsculas; se entre parnteses, em letras maisculas. Caso a obra a ser citada no apresente data de publicao, indica-se o autor, a data provvel entre colchetes e a paginao, se for o caso. Recomendamos a consulta ao item 3.6 da obra Normalizao de Referncias, publicada pela Biblioteca Central/UFES, para maiores esclarecimentos sobre o exemplo anterior. As normas a seguir devem ser observadas: Quando o nome do autor ou o titulo estiver includo na sentena, apenas a data e a paginao (quando indicadas) viro entre parnteses. a) b) a) b) Uma obra Vrias obras Quando a informao se autoria ou de titulo vier no final da citao, todos os elementos sero indicados entre parnteses. Uma obra Vrias obras Quando houver coincidncia de autores com o mesmo sobrenome e data de edio, acrescentam-se as iniciais de seus prenomes. Caso a coincidncia permanea, colocam-se os prenomes por extenso. As citaes de vrias obras de um mesmo autor, publicadas em um mesmo ano, so distinguidas pelo acrscimo de letras minsculas aps a data e sem espacejamento. Quando se tratar de vrias obras de um mesmo autor publicadas em anos diferentes, cita-se o sobrenome do autor, seguindo das datas entre parnteses. Quando a autoria de uma obra for de ate trs autores, todos sero citados. Quando a indicao da fonte consultada estiver inserida na sentena, os nomes dos autores sero separados por vrgula e os dois ltimos interligados pela conjuno e. Quando a indicao da fonte consultada estiver entre parnteses, os nomes dos autores sero separados por ponto-e-vrgula. Quando, em uma obra, houver mais de trs autores, a indicao feita pelo sobrenome do primeiro seguido da expresso latina et alii indicada de forma abreviada et al., se a indicao da fonte estiver contida entre parnteses. No caso de haver mais de trs autores e a indicao da fonte estiver contida no texto que esta sendo produzido, a expresso et al., dever aparecer na sua forma traduzida (e outros). Quando a obra for de autoria desconhecida ou for conhecida pelo titulo, como o caso de peridicos, a citao feita usando-se a primeira palavra do titulo seguida de reticncias.

18 Citao de documentos de autoria de administrao direta do Governo (Pais, Estado, Municpios) tem entrada pelo nome geogrfico correspondente ao lugar onde se localiza a instituio, seguido da data do documento.

4.3.2 Sistema numrico Nesse sistema, as citaes devem ter uma numerao nica (nmeros arbicos) e continua para todos os trabalho ou por capitulo, no recomeando a numerao das citaes a cada folha. No caso de a numerao ser por capitulo, as referncias correspondentes s citaes devem aparecer no final do capitulo ou agrupada, por capitulo, no final da obra. O numero da obra no texto deve ser o mesmo numero da obra na seo Referencias. O sistema numrico para identificao de citaes no deve ser adotado em textos que contenham notas de rodap. 4.4 Notas de rodap As notas de rodap so usadas para complementar ou esclarecer informaes que no so includas no texto para no haver interrupo na sua seqncia lgica. Por esse motivo, o uso dessas notas deve ser reduzido ao mnimo preciso estar atento para no se desviar para notas de rodap informaes bsicas pertinentes ao texto, bem como no deixar que o texto fique ambguo por falta de notas explicativas. A NBR 14724, valida a partir de 2006, no faz meno ao uso de notas de fim de capitulo ou de texto, apesar da sua aplicabilidade em trabalhos acadmicos. Considerando a prtica desse recurso e a preferncia de seu uso, recomendamos a sua aplicao, adotando as especificaes contidas no item 4.4.1 com as devidas adaptaes. As notas de rodap podem ser:

Explicativas referem-se a comentrios, explanaes ou tradues que no podem ser includos no texto por interromper a linha de pensamento. As notas explicativas devem ser breves, sucintas e claras; De referencia indicam as fontes consultadas ou remetem a outras partes da obra onde o assunto foi abordado. Na primeira vez em que se fizer a citao de uma obra em uma nota de rodap, essas citao devera ser completa (autor, titulo, local, editora e data). O uso desse tipo de nota no dispensa a elaborao da seo de referencias.

4.4.1 Chamada numrica no texto A chamada numrica deve aparecer: Pouco acima da linha do texto (numero alto), ou na linha do texto entre parnteses; Em algarismo arbico Em seqncia continua; Aps a pontuao que fecha a citao; e No deve recomear a cada folha. 4.4.2 Localizao e apresentao grfica Devem ser observados os seguintes itens: Registrar na mesma folha onde ocorre a chamada numrica; Localizar na margem inferior da folha; Separar do texto por um trao continuo de 3 cm; Digitar em espaos simples com caracteres menores que os do texto (fonte tamanho 10); Se houver mais de uma nota, no manter entrelinha em branco entre elas; Deve ser precedida do respectivo numero, sem pontuao, tendo as linhas seguintes primeira comeando abaixo da primeira letra da primeira palavra. 4.4.3 Formas de apresentao Nota explicativa Nota de referncia Na primeira citao de uma obra em nota de rodap, a referencia deve ser completa: autor, titulo, local, editora, data de publicao, indicao da pgina de onde se tirou a citao, se for o caso. Nas subseqentes citaes: sobrenome do autor, data de publicao e dados complementares para localizao da parte citada (pgina, por exemplo). Nas notas de rodap subseqentes primeira: Para notas de obras se autoria desconhecida ou mais conhecida pelo ttulo, indicase a primeira palavra do titulo, reticncias, data de publicao e pgina(s). 4.4.4 Uso de expresses latinas As expresses latinas so usadas apenas em notas de rodap, com exceo de apud. Para evitar repeties de fontes citadas, possvel o uso de expresses latinas.

19Essas expresses devem ser usadas apenas quando se referem s notas de uma mesma folha ou de pginas que se confrontam, como no caso de publicaes de carter comercial. Devido s dificuldades que acarretam leitura, bom evitar seu emprego. Tipos de expresses latinas: 1 Ibidem ou ibid = na mesma obra. Expresso usada quando vrias citaes de uma mesma obra forem feitas, variando apenas a paginao e sendo citadas uma imediatamente aps a outra.

2 Idem ou id. = do mesmo autor. Expresso usada em substituio ao nome do autor, quando se tratar de citaes de diferentes obras do mesmo autor. 3 Opus citatum ou opere citado ou op. Cit. = na obra citada. Expresso usada em seguida ao nome do autor ou do titulo (no caso de a obra no ter autor), significando referncia obra citada anteriormente, na mesma pgina, quando houver intercalao de outras notas. Aps a expresso op. Cit., indica-se a pgina da citao e o numero de nota em que o autor foi citado pela primeira vez. 4 Loco citado ou loc. Cit. = no lugar citado. Expresso usada para mencionar a mesma pgina de uma obra j citada, mas havendo intercalao de outras notas. 5 Sequentia ou et seq. = seguinte ou que se segue. Expresso usada quando no se quer citar todas as pginas da obra referenciada. 6 Passim = aqui e ali. Expresso usada para indicar que a informao obtida foi retirada de diversas pginas do texto referenciado. Pode-se indicar a pgina inicial e final do trecho que contm os conceitos ou informaes utilizados. 7 Apud = citado por. Expresso usada quando [...] se transcrevem palavras textuais ou conceitos de um autor sendo ditos por um segundo autor, ou seja, da fonte que se est consultando diretamente (Schmidt, 1981, p. 40). Essa a nica expresso que tambm pode ser empregada no decorrer do texto. 8 Conferere ou cf. = conferir ou confrontat. Abreviatura usada para recomendar consulta a trabalhos de outros autores ou a notas do mesmo trabalho. 5 Apresentao de tabelas e ilustraes 5.1 Tabelas Tabelas so elementos demonstrativos de sntese que constituem unidades autnomas, ou seja, as informaes so apresentadas de forma no discursiva, sendo o dado numrico o destaque central. Para informaes mais detalhadas sobre a elaborao de tabelas, recomendamos consultar a obra Normas de Apresentao Tabular, editada pelo IBGE (1993) e disponvel em: http://biblioteca.ibge.gov.br. As tabelas apresentam informaes trataras estatisticamente e devem ser apresentadas da seguinte forma (Apndice V): Numerao independente e consecutiva; Titulo colocado na parte superior, precedido da palavra Tabela e do numero de ordem em algarismos arbicos; O titulo deve ser digitado em espao simples; Ttulo completo, claro e conciso; Quando retiradas de outra obra, obrigatria a indicao da fonte de forma resumida, com letra menor que a do texto, no p da tabela. Faz-se a indicao completa da fonte na seo Referncia; Havendo transformao dos dados numricos retirados de uma fonte, indica-se o nome do responsvel pela operao em nota, no p da tabela; No fechar com linhas verticais, esquerda e/ou direita, a moldura de uma tabela; Evitar linhas verticais para separar as colunas.

Ao mencionar a tabela no corpo do texto, sua identificao pode vir entre parnteses, ou inserida no texto. Referncias 1 Associao Brasileira de Normas tcnicas. NBR 6023: Informao e documentao elaborao. Rio de Janeiro, 2002b. 2 Associao Brasileira de Normas tcnicas. NBR 6029: Informao e documentao livros e folhetos apresentao. Rio de Janeiro, 2006. 3 Associao Brasileira de Normas tcnicas. NBR 10520: Informao e documentao citaes em documentos apresentao. Rio de Janeiro, 2002a.

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4 Associao Brasileira de Normas tcnicas. NBR 14724: Informao e documentao trabalhos acadmicos apresentao. Rio de Janeiro, 2005b. 5 Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR 15287: Informao e Documentao Projeto De Pesquisa Apresentao. Rio de Janeiro, 2005a 6 Associao Brasileira de Normas Tcnicas. Normalizao x normatizao. http://www.abnt.org.br.news_normal_normalizxcertif.html. Acesso em: 4 out. 2004 2004. Disponvel em:

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FUNDAMENTOS DA EDUCAO E MUDANAS CURRICULARESCurrculo: Tendncias e FilosofiaIreno Antonio Berticelli Este estudo convite e ima incurso pela historia do currculo, para conhecer algo de sua genealogia, das tendncias e da filosofia. No se trata de levar s ltimas conseqncias nenhum destes aspectos, nem mesmo de defender um ponto de vista, nem, to pouco, de se ater a um nico olhar ou destacar e, muito propor uma teoria curricular com acento privilegiado sobre qualquer outra. Partindo da gnese do conceito de currculo, busca-se, sim verificar em que contextos e a partir de que lugares se construram modos de entender o que currculo. E, reconstrudos os modos de entendimento do currculo, tentou-se acompanhar-lhe os movimentos, isto , as migraes, as desterritorializaes e transformaes que sofreu ao longo do tempo e nos diversos lugares. Partindo do pressuposto de que o currculo construo, subentende-se que as varias formas que assume obedecem a discursividades diferentes, em que habitam filosofias resultantes das intencionalidades que o produzem, nos diversos tempos e nos mais diferentes lugares. Tempo e lugar ou, se quiser, tempo e espao diferentes produzem discursividades diferente e, portanto, modos diferentes de entender e de produzir curricula (os currculos). Quer-se, aqui, entender que sendo o currculo resultante de discursividades diferentes, de intencionalidades diversas, de representaes vrias, nem sempre mostra, na superfcie, tudo o que pode mostrar ou significar, em termos de conseqncias que pode produzir (McNeil, 1995). Currculo lugar de representao, simblica, transgresso, jogo de poder multicultural, lugar de escolhas, incluses e excluses, produto de uma lgica explicita muitas vezes e, outras, resultado de uma lgica clandestina, que nem sempre a expresso da vontade de um sujeito, mas imposio do prprio ato discursivo. Alm de examinar o currculo como instrumento prescritivo utilizado ao longo do tempo, buscou-se situ-lo no contexto social, quando extrapola o mbito fechado do sujeito para inserir-se na memria coletiva como expresso poltica e ideolgica mais complexa e plural. Busca-se entender como este fenmeno aconteceu no Brasil, no decurso do tempo, destacando as tendncias principais para, finalmente, fazer uma abordagem das mais recentes tendncias de entender o currculo luz dos Estudos Culturais, em que as diferenas produzem situaes, entendimentos, resultados, aes, tratamento, significados, coisas e estados de coisas diferente que devem e necessitam ser levadas em conta por todas as pessoas em geral e pelos educadores em particular. Afinal, a questo do currculo a questo central que diz respeito quilo que a escola faz e para quem faz ou deixa de fazer.

Velhos e novos olhares: um pouco de historiaO termo currculo deriva do verbo latino currere (correr). H os substantivos cursus (carreira corrida) e curriculum que, por ser neutro, tem o plural curricula. Significa carreira, em forma figurada. Da derivam expresses como cursus forensis: carreira do foro, cursus honorum: carreira das honras, das dignidades funcionais pblicas, sucessiva e progressivamente ocupadas (Enciclopdia Mirador Internacional). O termo cursus passa a ser utilizado, com variedade semntica a partir dos sculos XIV E XV, nas lnguas como o portugus, o francs, o ingls e outras como linguagem universitria. A palavra curriculum de uso mais tardio, nessas lnguas. Em 1682 j se utiliza em ingls, a palavra curricle, com o sentido de cursinho. Nesta mesma lngua, se utiliza, a partir de 1824, a palavra curriculum com o sentido de um curso de aperfeioamento ou estudos universitrios, traduzidos, tambm, pela palavra course. Somente no sculo XX a palavra curriculum migra da Inglaterra para os Estados Unidos sendo empregada no sentido de curriculum vitae. O aportuguesamento da palavra, no Brasil, se d por volta de 1940. H que se atentar para a seguinte particularidade: em determinados momentos (a partir de 1756), palavra curriculum foi utilizado como diminutivo de currus (carro), que nada tem a ver com o sentido que lhe atribumos hoje, nem como curriculum vitae nem como currculo escolar. Ao buscar as origens do currculo, tal como se entende hoje, sob a dupla dimenso do documento escrito e daquilo que educativo, colocamo-nos, desde j, num emaranhado de filigranas semnticas e histricas que s muito lenta e recentemente se mostram como questo de domnio geral. Para exemplificar, citamos, abaixo, a definio da Enciclopdia Mirador Internacional: Currculo, do ponto de vista pedaggico, um conjunto estruturado de disciplinas e atividades, organizado com o objetivo de possibilitar seja alcanada certa meta, proposta e fixada em funo de um planejamento educativo. Em perspectiva mais reduzida, indica a adequada estruturao dos conhecimentos que integram determinado domnio do saber, de modo a facilitar seu aprendizado em tempo certo e nvel eficaz. Est uma sntese cuja elaborao histrica percorreu longo e plural caminho. Supem-se, neste conceito, vrias construes, como: _ Pedagogia, disciplinas, atividades, objetivos, metas, funo, planejamento (educativo), domnio do saber (cincias particulares), aprendizagem, tempo certo,nvel de aprendizagem, eficcia da aprendizagem. Estes so domnios de conhecimentos bem tardios. Outro problema enfrentado por quem busca as origens do currculo (no a origem) so as mltiplas vozes que se apresentam com autoridade para informar. Nesta busca, como ressalta Terigi (1996): ...encontraramos dificuldades para escolher, entre tantas vozes autorizadas, a qual delas atribuir o mrito de haver determinado o comeo, o ponto onde o conceito curriculum era o verdadeiro curriculum (p. 161). Verificamos que a palavra curriculum migrou da Inglaterra para os Estados Unidos por volta de 1940. apenas a partir de aproximadamente 1945 que o conceito comea a se delinear, como produto da era industrial, quando se diversificam os saberes e as demandas de saberes emergentes.

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Ainda que partir de 1920 j se tenham orientaes sobre a problemtica do currculo, somente a partir da Segunda Guerra Mundial que aparecem as primeiras formulaes com um maior grau de articulao (Daz Barriga, 1992, p. 16, apud Terigi, op. cit. P. 162). Fruto da modernidade, quando a unidade filosfico-teolgica se rompe para dar origem s mais diversas cincias particulares, emergentes de tcnica, o saber educacional adquire a forma de uma cincia nova, a cincia pedaggica. Neste contexto que surge o currculo, como ordenamento de saberes educativos. O conceito de currculo, acima transcrito, revela a multiplicidade de sabres, correlatos da vrias cincias. Isto nos leva a assumir, com Terigi, que o currculo se desenvolver concomitante e inspirado nas linhas conceptuais da pedagogia estadunidense a que Dias Barriga chama de pedagogia da sociedade industrial. Cremos ocorrer isto pelas razes arroladas que dizem respeito ao desenvolvimento da tecnologia, uma das caractersticas marcantes da modernidade inaugurada por Galileu, a qual passa por Descartes, amadurece com Newton e se expande definitivamente com a era industrial. A partir da era industrial se faz a produo do sentido atual do currculo, fenmeno que se estabelece definitivamente na ps-Segunda Guerra Mundial. No se pode olvidar a presena do currculo no Oxford English Dictionaty, desde 1633, segundo nos informa Hamilton (1991, p. 197, apud Terigi, op. cit., p. 162), mais como uma ocorrncia terminolgica que como um significante, com o sentido que conhecemos hoje. Em Plato e Aristteles, currculo era o termo que utilizavam quando queriam referir-se aos temas ensinados. Portanto, num sentido bem prximo daquele que emergiu da modernidade. No significa isto que tenha havido um amadurecimento, ainda, da questo curricular, mesmo em pases tidos como muito avanados e de grande desenvolvimento cultural. Na Frana, a discusso em torno do currculo tardou muito a se configurar. Os tericos da reproduo, elaborao da crtica da cultura escolar, em dias to recentes, tratam das questes curriculares de forma apenas indireta (Forquin, 1996). E, segundo Forquin, as discusses sociolgicas sobre o assunto aparecem, na Gr-Bretanha, somente a partir dos anos de 1960. Ou seja, por muito tempo, os saberes escolares foram tidos como naturais e no problemticos. Terigi faz uma importante distino ternria, ao se reportar verdadeira origem do currculo, segundo trs enfoques de trs autores diferentes. Diz, textualmente: Se curriculum a ferramenta pedaggica de massificao da sociedade industrial acharemos usa origem nos Estados Unidos, em meados do sculo, como a encontra Daz Barriga, ou ainda um pouco antes, na dcada de 1920; Se um plano estruturado de estudos, expressamente referido como curriculum, podemos ach-lo pela primeira vez em alguma universidade europia, como prope Hamilton; Se qualquer indicao do que se ensina, podemos chegar, como March, a Plato e, talvez, at antes dele (1996, p. 163).

Esta distino tem o mrito de contemplar o sentido de origem em sua multiplicidade de sentidos. A autora se atm a trs possibilidades de determinar a origem do currculo, sem descartar a possibilidade de tantas outras mais, na dependncia de diferentes enfoques.

Filosofia e Currculo: as prescritividadesPartimos do pressuposto terico de que currculo construo. Se construo, ento a pluralidade curricular correlata s formas epistemolgicas das discursividades. Sua construo supe certa perspectiva assumida na area da filosofia da educao, dado que em funo do sistema a que se d assentimento que se precisam a direo e o sentindo prprio do processo pedaggico (Enciclopdia Mirador Internacional). O autor do verbete currculo, da enciclopdia que aqui se cita, vincula o conceito de currculo a realidades sociais e culturais, tendo em vista que so estas que decidem sobre a possibilidade ou no de certa organizao, mesmo de sua convivncia ou inconvenincia. Pe-se em relevo, nestes termos, o carter poltico e a ordem do poder, na determinao do currculo: a concretude da prescritividades que se materializa no currculo. Isto autoriza os estudiosos a fazer o currculo remontar Grcia clssica, dada a prescritividades da educao entre gregos, a exemplo da educao espartana, de carter eminentemente militar, em que, para cada tempo (idade do educando), havia exerccio fsico e intelectuais bem marcados. Vale dizer o mesmo para a educao praticada em Atenas, onde o ideal da paidia se realizava prescritivamente. Se considerada a prescritividades como parmetro, a Idade Mdia se caracterizou pela educao e ensino pautados pelo Trivium e pelo Quadrivium, um currculo disciplinar bem definido. A prescritividade j no caracteriza apenas um dos aspectos da origem do currculo, seno que diz respeito sua ontologia, se tido em seu conceito moderno. A prescritividade continua presente em toda a idia de currculo e em todas as prticas curriculares. Contudo, no se sustenta mais manter um critrio curricular universal e um currculo fechado em uma prescritividade nica. Em Currculo, cultural e sociedade (Moreira e Silva, 1994, p. 28), os autores rejeitam o conceito de currculo como um rol de coisas a serem transmitidas e absorvidas com passividade. O currculo , antes, ... um terreno de produo e de poltica cultural, no qual os materiais existentes funcionam como matria-prima de criao, recriao e, sobretudo, de contestao e transgresso. Recriao e Transgresso so os termos que pem de manifesto a dinmica curricular. Rompe-se, assim, o sentindo monoltico em que tantas vezes se enredam professores, diretores e supervisores, na prtica escolar. Uma concepo dinmica de currculo s pode ser construda quando se pensam, conjuntamente, currculo e sociedade. Na acepo corrente nos pases de lngua inglesa e francesa, o currculo entendido como conjunto de coisas que se ensinam e coisas que se aprendem, de conformidade com uma ordem e progresso previstas, compreendendo um ciclo de estudos. Estas caractersticas esto todas presentes na definio que reproduzimos da Enciclopdia Mirador Internacional.

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uma definio tpica de tal origem. Currculo se caracteriza como programa de formao global, com coerncia didtica e distribuio no tempo, de forma seqencial, com situaes e atividades ordenadas. Trata-se de um programa de estudos, um programa de formao. Este o conceito formal, prescritivo de currculo (Forquin, 1996, p. 187). Pode, ainda, ser entendido, o currculo, acessoriamente, segundo Forquin, como ... aquilo que realmente ensinado nas salas de aula e que est, s vezes, muito distante daquilo que oficialmente prescrito. Nesta linha se entende, tambm, currculo como todas as aes previstas, organizadas pela escola. Portanto, a prescritividade se atm, aqui, no nvel do estabelecimento de ensino. Em sentido ainda mais lato, podem-se entender como currculo os contedos no expressos, mas latentes da socializao escolar,,,, o conjunto de competncias ou de disposies que se adquire na escola por experincia, impregnao, familiarizao ou inculcao difusas, ou seja, tudo aquilo que os autores anglfonos designam, s vezes, pelo termo currculo oculto, em contraste com aquilo que se adquire atravs de procedimento pedaggicos explcitos ou intencionais (Idem). Latssimo sensu, currculo diz respeito a saberes, contedos, competncia, smbolos, valores. A normatividade maior ou menor, a maior ou menor prescritividade que determinam os vrios sentidos de currculo e seus vrios conceitos. Em qualquer acepo que se tome o currculo, sempre se esta comprometido com algum tipo de poder. No h neutralidade nessa opo. Incluses e excluses esto sempre presentes no currculo. Como se expressa Santom (1996), Toda proposta curricular implica tomar opcionais entre distintas parcelas de la realidad, supone uma seleccin cultural que se oferece a las nuevas generaciones para facilitar su socializacin (p. 5). E o autor se interroga, a seguir, sobre quem so as pessoas que vo participar dessa tomada de decises acerca da seleo de contedos que visam ajudar as novas geraes a compreender o mundo que as cerca, conhecer-lhe sua historia, promover valores e utopias. Em tais decises que se faz sentir o poder poltico, econmico, cultural e religioso. Esse o momento em que se incluem ou excluem etnias, grupos sociais desfavorecidos e marginalizados de mulheres, trabalhadores, pessoas da terceira idade, os pobres, os mais desvalidos, os homossexuais e lsbicas, o mundo rural, meninos e meninas, adolescentes e aqueles que caracterizam o assim denominado Terceiro Mundo. Nessa excluso/incluso, segundo o mesmo autor, funcionam os materiais didticos e livros-texto que materializam as propostas curriculares. Portanto, a elaborao curricular remete questo que diz respeito ao tipo de cidados que se quer construir. Da a importncia o currculo posto em confronto com a sociedade. No currculo p que se colocam as parcelas da realidade que se levam a anlise e conhecimento de educandos e educandas. Os recortes do real so decisivos na configurao do cidado que se quer produzir. Nisto se efetiva a intencionalidade do currculo, a ideologia, a filosofia educacional. Neste caso, o currculo veculo, numa coincidncia feliz com o diminutivo da palavra latina currus (carro, veculo), ou seja: curriculum. Currculo veculo que contm a filosofia, a ideologia, intencionalidade educacional. Santom (op. cit.) ressalta: Desarrollar proyectos curriculares em las aulas obliga a estar alerta ante um sin nmero de cuestiones; a las tareas que cada uno de los chicos e chicas llevam a cabo, al seguimento de sus realizaciones, de lo que saben y de aquello que todavia ls resulta ininteligible; a detectar su percepciones de la realidad, valoraciones, expectativas y prejuicios; a la apreciacin de su desarrollo social y emocional y de las situaciones problemticas que afectan a sus interacciones sociales (p. 1). Efetivamente, o currculo sempre currculo para algum, construdo a partir de algum. Urge, pois, que autor e destinatrio coincidam ao convencionar o que , de fato importante. E esta coincidncia s pode nascer da participao efetiva de uma proposta curricular. O professor se afigura personagem importante deste cenrio, juntamente com seus alunos e no com alunos hipotticos. O conceber um currculo demanda experincia (vivncia) e reflexo terica. Disto que podem resultar projetos curriculares comprometidos com realidades concretas. E que tipo de questes podem interessar reflexo e estudo de quem se compromete com um plano ou proposta curricular? As questes culturais, as questes do trabalho, as questes econmicas e polticas so imprescindveis para alcanar uma adequada compreenso da comunidade e do mundo em que ela vive, diz Jurjo Torres Santom. No ato do escrever um currculo tambm funciona a Lgica Clandestina do compreender, do pensar e do escrever, que medeia entre as intenes iniciais e o que vai para o papel, como to bem nos esclarece Flicknger (1995), quando O contedo, presumidamente disponvel, embaralha-se; privado inexplicavelmente da preciso intuda, ele recusa agora a representao em palavras, conceitos e frases. Ao escrever, escapa-nos a idia qual havamos chegado, na fase preliminar das consideraes em torno do tema (p. 211-212). Esta situao ocorre pensado, com o currculo elaborado. Por isto, h premente necessidade pelos currculos.

Currculo e sociedadeAt os anos 1960, as questes curriculares eram tratadas em si mesmas. No se confrontavam com a sociedade onde se inseriam. A implicao social do currculo comeou a ser pensada na Gr-Bretanha, a partir dessa dcada. Um tema desenvolvido por Raymond Williams em seu livro The long revolution (1961) vai se tornar um dos primeiros motivos dessa reflexo: o da cultura como tradio coletiva, processo de decantao e de reinterpretao permanente da herana deixada pelas geraes anteriores (Forquin, 1996, p. 189). Compreende-se, a partir de ento, que o currculo traduz elementos da memria coletiva, expresso ideolgica, poltica, expresso de conflitos simblicos, de descobrimento e ocultamente, segundo os interesses e jogos de fora daqueles que esto envolvidos (ou no) no processo educativo. Forquin, tanto quanto Santom, destaca a funo seletiva do currculo, na escolha de contedos. Trata-se, segundo Forquin, da seleo cultural escolar. Quando se fala em seleo de contedos, no se fala de coisa neutra: na escolha de contedos curriculares se determinam variveis sociais significativas e dinmicas.

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Pem-se em jogo interesses, exercita-se poder, determinam-se rumos polticos. Urde-se uma trama social complexa, cujas derivaes rizomticas configuram a complexidade e mobilidade em que se movem os sujeitos, se constituem e destituem foras concretizadas em sujeitos do processo educativo, quando nem sempre o interesse da maioria o que interessa e onde minorias so, tantas vezes, simplesmente ignoradas. O currculo um dos lugares em que se concede a palavra ou se toma a palavra, no jogo das foras polticas, sociais econmicas. A manipulao da informao facilmente exercitada atravs do currculo explicitado nos manuais escolares que circulam internamente escola, mas que so curriculum (veculo) das idias e das prticas que rolam fora da escola instituio. No currculo pode-se ler, assim, a estrutura social, as estratificaes, o pensamento dominante, os interesses explcitos e implcitos do poder difuso, multipartite e multifacetado (de muitos rostos), polfono (de muitas vozes). bom lembrar que poder no diz respeito somente (e talvez nem principalmente) aos grandes blocos de poder visvel e constitudo: h um poder, como atesta Foucault em vrias obras, que difuso, que se distribui em mil instancias pequenas, individuais, de pequenos grupos, nas reentrncias mais recnditas da sociedade. No currculo no diferente: o exerccio do poder por meio do currculo muito difuso, passando pela instituio, pelos grupos que circulam na instituio, pelos sujeitos diversos da comunidade escolar e extra-escolar.

Tendncias no BrasilNo temos, no Brasil, algo que corresponda efetivamente a um estudo aprofundado, de tradio consolidada sobre o problema do currculo. um campo do conhecimento educacional pouco explorado ainda. Esta questo tem sido discutida de forma difusa em muitos lugares, por exemplo, junto com a questo do livro didtico, na discusso das relaes escola e sociedade, junto com a questo das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com o problema da competncia tcnica e poltica do professor e outras temticas mais (Paraso, 1994). A relao estreita entre currculo e sociedade comeou a ser posta no Brasil a partir do final da dcada de 1960. Este fenmeno, que j ocorrera no assim chamado Primeiro Mundo a partir da mesma dcada e que recebeu o nome de Nova Sociologia da Educao (NSE), tem, com efeito, por caracterstica essencial, considerar o conjunto dos funcionamentos e dos fatores sociais da educao a partir de um ponto de vista privilegiado que o da seleo, da estruturao, da circulao e da legitimao dos saberes e dos contedos simblicos incorporados nos programas e nos cursos (Idem, p. 98). Na busca de uma resposta a uma srie de questionamentos em torno do currculo, surgiu a Sociologia do Currculo. Questes tais como: (a) O que pode ou no ser considerado de valor educativo para fazer parte dos contedos a serem transmitidos pela escola? (b) Quem faz a seleo dos contedos e, portanto, dos elementos das culturas que fazem parte dos currculos? (c) A quem servem os contedos ensinados nas escola? (d) Como tratada a cultura das classes populares nos currculos? Estas questes determinaram o desencadeamento dos estudos da Sociologia do Currculo, em muitos lugares do planeta, inclusive no Brasil. As diferenas culturais emergiram como temtica importante, cujo estudo vem tomando corpo no Brasil, especialmente na Universidade Federal do Rio Grande do Sul que, nos cursos de ps-graduao em educao, tem oferecido vrios seminrios avanados sobre o assunto. Alm de apresentar uma produo notvel para a incipincia do tema. O grande desafio ainda por vencer conseguir que estes enfoques cheguem s escolas. Por ora, a discusso, em nosso pas, se encontra ainda em nvel de academia. No se deve, contudo, negar, a qualquer titulo, a abertura de caminhos que representaram as discusses de carter marxista encetadas em 1979 por Dermeval Saviani e numerosos outros educadores, que resultaram em teorizaes tais como a teoria social dos contedos, a pedagogia histrica-crtica e outras, com uma produo cientifica avantajada. Mas foi mais tarde que comeou, no Brasil, a discusso em torno do multiculturalismo, os Estudos Culturais iniciados na Inglaterra. Justo num pas como o nosso, em quem a entrelaaram culturas to diferentes, o multiculturalismo deveria estar ocupando lugar de destaque, o que est longe, ainda, de acontecer. Enfocado como um problema precipuamente prtico, o currculo, no Brasil, demorou a alcanar um nvel de discusso sociolgica. Mas na dcada de 1980, neste pas, como destacamos acima, houve um progresso notvel. O debate foi aceso e abrangente. A educao popular ganhou espaos na reflexo e na prtica pedaggica, bem como em nvel terico. Alm das teorias crtico-social, o concretivismo teve grande aceitao nos meios educacionais brasileiros (e prossegue tendo, em larga escala). As propostas curriculares oficiais avanaram muito em seus aspectos tericos, prticas conseqentes, ainda que tenhamos a convico de que as prticas ficaram muito e muito alm das teorizaes. Segundo a linha de investigao de Paraso, podemos dividir em momentos distintos a produo de pesquisa em torno do currculo escolar dos ltimos dez anos: em 1983-1985, os raros autores que trataram do currculo, pouco uso fizeram da teoria da reproduo como intenso interpretativo. A NSE no era de domnio desses autores. As teorizaes de Michael W. Apple e Henry Giroux eram citadas, em que se fizesse delas utilizao maior. Nem mesmo autores como Paulo Freire, inspiraram a produo cientifica sobre currculo. A inspirao terica bsica continuou sendo Tyler. Alguns autores imitaram a discutir o lugar de algumas disciplinas e no muito mais que isto apareceram trabalhos meramente exploratrios, sem expresso terica maior. O que predomina so as j amplamente discutidas teorizaes da dcada de 1970. O conceito de currculo, at esse perodo, se atinha muito idia de rol de disciplinas e ainda no se percebia, no Brasil, como em outros pases, a mera funo instrumental das disciplinas no contexto curricular. Fizeram-se estudos que trataram de currculos e programas, nos quais o acento posto no papel social a ser desempenhado tanto pela escola quanto pela comunidade. Fizeramse ainda, estudos cujos resultados e recomendaes eram de que se tratasse do maior nmero possvel de assuntos nos currculos, para, dessa forma, se instrumentalizarem as camadas populares para que pudessem superar os esterctipos, experincias e presses da ideologia dominante.

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A pesquisa em torno do currculo do primeiro grau se intensifica em fins de 1985, visando buscar causas da evaso e repetncia, grave problema educacional. Tais estudos tendiam a encontrar as causas dos problemas na questo dos contedos. No se chegou a apontar as mudanas que poderiam reverter os problemas e gerar o fortalecimento da educao formal do pas. O perodo de 1986 a 1989 trouxe mudanas significativas. Tais mudanas se relacionam a um artigo de L. Domingues, intitulado Interesses humanos e paradigmas curriculares, na Revista Brasileira de Estudos Pedaggicos, onde aplicou a classificao de currculo feita por McDonald, inspirado em Habermas, para a realidade brasileira. Afinal, nesse perodo se superou a concepo de currculo como elenco de disciplinas ou listagem de contedos e se pensou ao sentido de que todas as atividades da escola so significativas para o saber do aluno, para sua apropriao de conhecimento. A escola que, nesta viso, assume tal papel social. Os estudiosos dessa poca tambm trabalham a questo da adequao dos contedos aos alunos. Fez-se a anlise que se faz, hoje, dos silenciamentos e dos modos e mtodos de provoc-los. A tendncia mais corrente a de adotar um currculo crtico ou, ao menos, uma postura crtica diante das questes curriculares. Comeou-se a pensar sobre a adequao do currculo s classes e grupos mais excludos sobretudo pela pobreza material. Buscou-se discutir a questo da formao bsica para todos os brasileiros, com respeito mantido pelas questes e interesses regionais. Considerou-se importante, neste perodo, discutir os contedos que se configuram como necessrios educao. Fez-se uma crtica e reconsiderao sobre os encaminhamentos da dcada de 1970. Lanaram-se novas propostas curricular