gerir v8 n24 2002 - ufba

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Sumário Editorial Regina Maria de Sousa Fernandes Entrevista com gestores sobre o Gestão Educacional em Foco - Ciclo de Palestras e Oficinas Rosemy Soares Marques Ligia Barreto Jacob Quando o problema...já não é problema Eduardo Fausto Barreto Módulos e Oficinas: atualizações em serviço da equipe escolar Grêmio Estudantil Coordenação Dra. Katia Siqueira de Freitas Organização e concepção Reginaldo Pereira dos Santos Junior Elaboração Dione Sá Leite Carvalho Florisbela Nunes dos Santos Dra. Katia Siqueira de Freitas Reginaldo Pereira dos Santos Junior Colaboração Elaine Xavier de Sousa Luciana Guimarães Maria Bernadette Pataro de Queiroz Vera Lúcia Marques e Marques Revisão Célia Maria Ferreira Cordeiro Dra. Katia Siqueira de Freitas Mara Schwingel Regina Maria de Sousa Fernandes Facilitadores Cleonice da Silva Santos Eudes Rodrigues da Silva Regina Maria de Sousa Fernandes Reginaldo Pereira dos Santos Junior 3 5 7 11 15

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Sumário

EditorialRegina Maria de Sousa Fernandes

Entrevista com gestores sobre o Gestão Educacionalem Foco - Ciclo de Palestras e Oficinas

Rosemy Soares MarquesLigia Barreto Jacob

Quando o problema...já não é problema Eduardo Fausto Barreto

Módulos e Oficinas: atualizações em serviço daequipe escolar

Grêmio Estudantil

CoordenaçãoDra. Katia Siqueira de Freitas

Organização e concepçãoReginaldo Pereira dos Santos Junior

ElaboraçãoDione Sá Leite CarvalhoFlorisbela Nunes dos SantosDra. Katia Siqueira de FreitasReginaldo Pereira dos Santos Junior

ColaboraçãoElaine Xavier de SousaLuciana GuimarãesMaria Bernadette Pataro de QueirozVera Lúcia Marques e Marques

RevisãoCélia Maria Ferreira CordeiroDra. Katia Siqueira de FreitasMara SchwingelRegina Maria de Sousa Fernandes

FacilitadoresCleonice da Silva SantosEudes Rodrigues da SilvaRegina Maria de Sousa FernandesReginaldo Pereira dos Santos Junior

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Noticías

Creche Resgatando para Cristo recebe donativos arrecadados peloPGP/LIDERE no Ciclo de Palestras - Gestão Educacional em FocoEudes Rodrigues da SilvaNoélia da Silva Souza Calmon

Participação do PGP/LIDERE em eventos acadêmicosMara Schwingel

XX Seminário Estadual de PesquisaDione Sá Leite CarvalhoJussiara Xavier Piheiro

Inauguração da Escola Municipal Lélis PiedadeMaria Cleide de Sousa Mira

PGP/LIDERE - frente e verso

Entre em contato

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Editorial

GERIR, Salvador, v. 8, n. 24, p. 03-04, mar./abr. 2002.

Criança não se cansa de ouvir histórias. Está sem-pre disposta a ouvi-las, mesmo com toda amodernidade atual, sobretudo, se contada por adul-to. E pede tantas vezes mais. Não só os contos defada lhe são interessantes mas também as históriasligadas ao seu nascimento, a sua infância, a sua fa-mília e por que não às ligadas a movimentos estu-dantis; a escola participativa tende a despertar cadacriança para a possibilidade de ela poder fazer asua própria história. Quando as histórias são con-tadas com dignidade e veracidade ajuda-se muito àcriança a saber fazer o seu próprio caminho: cami-nho da poesia, da pintura, da música, da história doconhecimento. Os adolescentes se entusiasmam ao

saber, por exemplo, que em 1710 os estudantes se mobilizaram na expulsão dos franceses invaso-res do Rio de Janeiro, em 1897 denunciaram as atrocidades em Canudos, no período de 1963/64a UNE – União Nacional dos Estudantes, um órgão de atuação na história do país, foi responsá-vel por um dos mais importantes momentos de agitação cultural do Brasil até o golpe de 1964quando muitos estudantes foram presos, mortos ou desapareceram; também eles participaram dasDiretas Já em 1984 e “pintaram as caras” à época da deposição de Collor. “Nunca duvide de queum pequeno grupo de cidadãos pensantes e comprometidos possa mudar o mundo: na verdade, aúnica coisa que já mudou o mundo foi isso” Margaret Mead.

Quem prepara e acomoda o cidadão é o mercado. A escola há que provocar reflexão, prepararcidadãos participativos, construir competências para o desenvolvimento de lideranças... a criaçãode Grêmio Estudantil na escola favorece a tudo isso. O papel da liderança é a ponte. Se os líderesdo passado levantavam muros, os de hoje são construtores de pontes, empreendedores sem terque esquecer o sentido de solidariedade, de confiança e de cooperatividade obrigatório entre osa(u)tores do processo educativo. Diz Guimarães Rosa “que a coisa não está nem na partida nemna chegada. Está na travessia...” É importante se criar condições, é importante se construir passoa passo, é importante a travessia ligar o sonho à realidade. É importante sonhar. Tudo começacom o sonho. “As escolas deveriam ser “sonhatórios”( pois não há escritórios?) onde nasceria o

Regina Maria de Sousa Fernandes1

1 Licenciada em Letras - UFBA, Bolsista PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

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pensamento inteligente”, afirma Rubem Alves; nasceriam as lideranças, os novos modelos, equi-pes de trabalho em instituições, em associações de bairro, em escolas públicas, mas isso é incom-patível com o rumo estabelecido para as escolas do sistema educacional brasileiro.

Enquanto isso, em algumas escolas parceiras do Programa Gestão Participativa com Liderançaem Educação – PGP/LIDERE durante a realização de algumas oficinas, a exemplo da de GrêmioEstudantil, os alunos discutem o futuro, os problemas da sociedade, a organização de trabalho,exercitam o seu potencial de líder tão necessário para a “travessia.”

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Entrevista com gestoressobre o Gestão Educacional em Foco

- Ciclo de Palestras e Oficinas -

Rosemy Soares Marques1

Lígia Barreto Jacob2

O Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação – PGP/LIDERE- está pro-movendo Palestras e Oficinas Pedagógicas que integraram o Ciclo de Palestras e Oficinas intitulado“Gestão Educacional em Foco”, com os objetivos de: aprofundar estudos sobre Projeto PolíticoPedagógico, Plano de Desenvolvimento da Escola, Liderança e Gestão Educacional; desenvolver eaperfeiçoar lideranças em educação voltadas para a melhoria da qualidade do ensino da redepública baiana.

Essas atividades foram de extrema importância, pois possibilitaram a equipes gestoras de escolaspúblicas baianas, professores de escolas públicas, estudantes de graduação e pós-graduação, pro-fessores universitários, comunidades escolares e afins participarem de um ciclo de palestras dequalidade ímpar, com profissionais da área de educação reconhecidos nacional e internacional-mente, abordando temas atuais referentes ao processo educacional tais como: Projeto PolíticoPedagógico, ministrado pela Dra. Ilma Passos Alencastro Veiga; Plano de Desenvolvimento daEscola – PDE, ministrado pelo Dr. Antônio Carlos da Ressurreição Xavier; Gestão Educacional,ministrado pela Dra. Heloísa Lück e Liderança em Educação, ministrado pela Dra. Katia Siqueirade Freitas.

Assim, para saber a repercussão e a validade dessas atividades junto aos gestores das escolaspúblicas, o PGP/LIDERE resolveu ir às escolas e realizar algumas entrevistas. Nestas entre-vistas professores e gestores destacaram a forma clara e objetiva como os conteúdos foramtratados. Registramos alguns depoimentos:

“Considero relevante a diferenciação feita sobre a administração e gestão educacional”.Marizete Souza Neves, diretora da Escola Municipal Fazenda Grande II.

“Essas palestras e oficinas sinalizaram alternativas para melhorar o meu desempenho”.Marlene Almeida, diretora da Escola Estadual Cleto Araponga.

1 Estudante de Pedagogia- UFBA- Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected] Estudante de Pedagogia- UFBA- Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

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“A palestra e oficina sobre PDE foram as mais importantes porque trouxeram esclarecimentospara resolver dificuldades presentes na escola, nesse momento que estamos elaborando oPDE”.Maria das Graças Guimarães Santos, diretora da Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes.

“ O tema mais importante foi Projeto Pedagógico da Escola, porque estamos construindo onosso, e os conteúdos abordados serviram para dar um melhor direcionamento ao trabalho queestamos desenvolvendo na escola”.Heronita Silva Passos, diretora da Escola Estadual Maria Anita.

A equipe do PGP/LIDERE reconhece que o sucesso obtido com esse Ciclo de Palestras e Oficinasnão seria possível sem a participação dos parceiros das escolas públicas, e sente-se recompensada emotivada para realização de outros ciclos.

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1Doutorando em Administração-UFBA- Prof. da Escola de Administração da UFBA, Chefe do Departamento de Finanças e

Políticas Públicas da EAUFBA e Consultor de Empresários. E-mail: [email protected]

Quando o problema...Já não é problema

Eduardo Fausto Barreto1

O alvo da pesquisa é a solução de problemas?

O problema acompanha o ser humano desde o seu nascimento até a morte. Ele instiga o homema lutar pelo novo. Esta colocação resume o núcleo da dinâmica cultural de uma sociedade.

A capacidade do ser humano de recriar o real, acontece quando este é exortado a solucionar umproblema. Isto significa buscar arranjos inabituais para se alçar um objetivo. Os resultados, poresta prática, ganharam tal relevância, que inspiraram a necessidade em trabalho sistemático sobrea prática exercitada.

Isto pode ser constatado através da quantidade de manuais que visam relatar as vivências passa-das, na busca de legar aos seus leitores subsídios que ampliem as suas possibilidades, tornando-osmais proficientes nas decisões atuais e futuras.

Os problemas são hierarquizados e devem ser apresentados em sintonia com a capacidadedaqueles que irão enfrentar o desafio. Quando isto não ocorre, tem-se problemas acima dashabilidades momentâneas do seu timoneiro. Neste caso, a inteligência humana vem em seuauxílio. Significa dizer que os problemas serão divididos pelo grau de complexidade até atingir oponto mais simples onde se possa iniciar o processo de solução. A solução é um processo graduale ascendente que levará ao clímax – a resolução.

Esta prática ajuda o operador de problemas a desenvolver uma experiência durante a exercitaçãodas soluções, criando uma somatória de conhecimentos que podem ser ensinados às pessoas commenor possibilidade, ao tempo em que amplia uma vivência interna que o alça à condição deenfrentar situações de maior complexidade. Quando o machado foi descoberto, isto deveu-se ànecessidade de um instrumento mais eficaz que auxiliasse o braço humano em trabalhos pertinen-tes na época. Mas todo processo de pesquisa é desenvolvido pela mente humana, na busca defacilitar a habitabilidade do homem dentro do contexto social e econômico.

Quanto ao problema, este emerge quando um objetivo almejado é visivelmente frustrado ouquando, pelo desenvolvimento da inteligibilidade, pode-se constatar que uma determinadaprática irá frustrar o alvo pretendido.

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Isto implica que a objetividade factualiza-se através do desenvolvimento de métodos adequados epreviamente fixados, permitindo aos executores, após a ação, avaliar os seus atos, que consistem emestabelecer um paralelo entre o previamente fixado e o momento realizado. O problema surge quando,ao final da operação, o alvo foi frustrado, ou previamente, quando se pode perceber a disparidadeentre o planejado e o executado.

Pode-se afirmar que o problema é fruto de uma dissintonia entre o alvo pretendido e o executado.Para isto é fundamental, na construção de projetos, a consciência das possibilidades atuais paraprojetar as realizações futuras, evitando assim objetivos utópicos inviáveis, por erros de concep-ção. Desta forma, saber equacionar bem um objetivo é ter uma consciência sólida da realidadeatual e desenvolver caminhos para atingir o alvo almejado.

Todo problema precisa de uma solução e para isto, faz-se necessário identificá-lo de forma límpidae cristalina, criando condições objetivas para a sua formulação.

O problema bem formulado é um passo importante para se encontrar o caminho metodológicoque o levará no seu desvelamento.

Quando existir uma visão ampla do processo, torna-se exeqüível ao detectador do problema,constatar o prejuízo que está gerando ou poderá gerar, no objetivo a ser atingido. Isto motiva oarticulador do processo a implementar ações precisas, para desobstruir o obstáculo emerso.

Desta forma, a não solução de um problema, cria frustração no planejamento fixado. Isto significaafirmar autenticamente que todo problema precisa de uma solução e para isto, faz-se necessárioidentificá-lo, dentro da rede de relações onde está inserido, criando condições objetivas para aformulação das suas hipóteses.

Chegar às hipóteses significa conhecer com intimidade os vários elementos que podem estarcontribuindo para obstruir o almejado. Isto habilita o estudioso, a poder discernir cada parte docomplexo, separando aqueles que são facilitadores, dos que têm ações nefastas - obstruir oalmejado. Inicia-se agora a tarefa hercúlea de aliar-se aos elementos impulsionadores, injetan-do-lhes nutrientes, e de forma hábil, procurar desarticular os elementos geradores de problemas.

O problema, bem equacionado, é um passo importante para se encontrar o caminho metodológicoque o levará ao seu desenvolvimento.

A solução de um problema será viabilizada através de estratégias minuciosamente metodotizadas,que o conduzirá a um desfecho satisfatório – o desvendamento das causas subjacentes. Valesalientar, que o bom uso da técnica garante a sua resolução, com o mínimo de esforço possível.

Os sistemas vivos enfrentam dois tipos de problemas: a) dentro do próprio sistema; b) fora dosistema. Os problemas do item “b” são mais fáceis de solução, pois, pela cultura dominante

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dentro da sociedade ocidental, as pessoas tendem a responsabilizar o contexto externo por tudo oque acontece. Isso pode implicar em excluir-se de responsabilidade. Já no item “a”, as dificulda-des serão ampliadas pela impossibilidade de que os sistemas são detentores – recusar-se a aceita-ção dos problemas internos. A percepção acurada e a crítica são os instrumentos para detectaros problemas externos. Já os internos, pela sua singularidade, somente serão detectados atravésdo desenvolvimento da autoconsciência.

Isto significa desenvolver a habilidade leitora sobre o processo em curso, ou já executado, com-preendendo-o de forma crítica e visualizando as estratégias mais aprimoradas, para adequar-se àsmuitas redes de conexão em que se encontra inserido.

Existem duas formas para percepção de um problema: a) por algum incômodo onde o sujeito élevado compulsoriamente a se aperceber; b) por uma visão proativa de antecipá-lo antes de suarevelação visível. O importante para o presente estudo é que todo trabalho se inicia quando aconsciência é tocada pela existência de algo que precisa de uma solução. Adiciona-se, nestemomento, um elemento para reflexão do leitor: nenhum problema pode ser solucionado pelomodo habitual como estava sendo tratado. Mudar a maneira de relacionar as variáveis intrínsecasao problema, parece ser bom caminho para a solução:

Torna-se condição essencial para se intervir em um sistema, conhecê-lo com profundidade e extensão. Naprofundidade, identificam-se as variáveis que influenciam as suas atitudes. Já na extensão, compreende-sea rede de relações onde está inserido.

Para a resolução de um problema, faz-se necessário desenvolver-se uma forma inabitual de relacionar suasvariáveis intrínsecas, que trarão como conseqüência uma nova forma de conectar-se externamente.

Quando a situação problematizada já foi manipulada por outros pesquisadores com sucesso, tem-se umametodologia à disposição, que precisa, na maioria dos casos, ser ligeiramente adaptada às singularidadesque o estudo reclama.

Quando não existe elaboração metodológica similar no contexto acadêmico, o pesquisador está diante doseu precioso desafio que vem a ser: desenvolver uma nova metodologia.

Esse trabalho de criação metodológica é esculpido pelo pesquisador através de um processo de tentativa eerro, onde tem respaldo da ciência que lhe permite a arte de recriar – gerando o novo.

Todo estoque de conhecimento gerado anteriormente serve de referência para formulação de premissasque ajudem a construir as hipóteses, matéria-prima para o desvendamento do problema. Isto aconteceatravés da confirmação dos testes de hipóteses que trazem no seu bojo uma mensagem de que uma novateoria foi adicionada ao campo do conhecimento.

A metodologia é um processo criativo, por consistir em combinar diversos arranjos para se chegara uma solução.

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Este processo inicia-se pela motivação de ampliar o seu campo de ação, que se materializa atra-vés de um raciocínio lógico, que ordena as experiências anteriormente desenvolvidas, para gerarum novo conhecimento. Isto significa veracizar as relevâncias das teorias prévias, evitando a suareificação ou refutação sem uma base de sustentação, que se fundamenta em fatos e argumentosconsistentes.

Aqueles que se dedicam ao estudo da metodologia aprendem a galgar objetivos embasados poruma cadeia de raciocínios lógicos, onde a experiência anterior será elemento fundamental no seudesenvolvimento concatenado. Após a conclusão de cada evento, o metodólogo passa a acumu-lar uma vivência que lhe garantirá o exercício de uma nova etapa com maior certeza de êxito.

Os metodólogos são detentores de uma experiência acumulada. Para tal, dispõem de técnicas queajudarão os “organismos” aflitos, quando esses se conscientizarem do sofrimento, tendo, nometodólogo, uma oportunidade de refletir sobre a sua dor. Esse sábio mecanismo permite-lheresgatar-se do sofrimento, através da ajuda que recebe além da escolha de caminhos que o levem àlibertação.

Assim, ganha o organismo ao libertar-se do sofrimento, e da dor e como resultado desse caminhopercorrido, ao acervo cultural da humanidade adiciona-se UMA NOVA TEORIA.

Isto é Pesquisa!

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Módulos e Oficinas:atualização em serviço

da equipe escolar

INTRODUÇÃO

Os módulos apresentados têm por objetivo aperfeiçoar técnicos, diretores, professores e demaisparticipantes das comunidades escolar e local, visando a melhoria da qualidade do ensino. Alinguagem utilizada é de fácil acesso, permitindo à comunidade escolar e demais interessadosdifundir os temas tratados, aplicando-os diretamente à sua prática. A proposta é convidar a escolaa um refletir - aprender - fazer coletivo e constante na busca de uma educação cidadã.

A concepção teórica da coleção está fundamentada na gestão compartilhada, a partir da qual aequipe torna-se responsável pelo planejamento, implementação e avaliação de ações decididascoletivamente. Fundamenta-se, também, pela concepção de qualificação permanente e continuadado indivíduo ou da equipe, seja em serviço ou para desenvolver o propósito educativo de formamais efetiva.

A metodologia utilizada tem como base o trabalho desenvolvido pelo Programa Gestão Participativa(PGP), criado em 1995 na Faculdade de Educação - FACED/UFBA, a partir de convênio entre aUniversidade Federal da Bahia e a Fundação Ford. Ela consiste em: fortalecer lideranças próativas;desenvolver equipes coesas; aumentar habilidades para solução de problemas em grupos; traba-lhar com orçamento e finança escolar; (re)elaborar o Projeto Pedagógico e o Plano de Desenvol-vimento Escolar (PDE); desenvolver temas transversais e Parâmetros Curriculares Nacionais(PCNs); ajudar o cidadão a participar da educação nacional; trabalhar arte, emoção e comunica-ção; apoiar escolas, secretarias municipais e estaduais de educação, preocupadas em implementargestão participativa, Conselhos e Caixas Escolares; desenvolver múltiplas inteligências; estabelecerparcerias com organizações públicas e privadas e construir e reconstruir, juntos, mais e melhor.

O desenvolvimento dessa metodologia é feito através de módulos temáticos, aglutinadores devivências pedagógicas. Essas atividades têm o objetivo de ajudar às comunidades escolar e local,no desafio de melhorar a qualidade dos seus processos gestor e pedagógico, com foco no progressodo aluno.

O PGP/LIDERE considera a gestão escolar como responsável pelos processos administrativo,financeiro e pedagógico. Nesse sentido, as atividades preparam o gestor e a equipe para a supera-ção de desafios.

A coleção é composta atualmente por mais de quinze módulos, sumarizados a seguir. Outrosmódulos estão em construção e testagem, como por exemplo: Educação ambiental, Oficina deleitura para alunos, Vivenciando a PAZ na escola, etc.

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MÓDULOS PUBLICADOS E EM CONSTRUÇÃO

1. Liderança EducacionalDesenvolve competências básicas em liderança educacional mediante reflexão-ação-reflexão.

2. Liderança InterpessoalEstá em processo de elaboração pela equipe PGP/LIDERE.

3. A força da equipe: gestão compartilhada como um diferencial de qualidadeAnalisa teoria e prática da gestão compartilhada, características e condições requeridas para uma gestão eficaz. Desenvolveatitudes e valores: comunicação, processo de identificação, análise, priorização e resolução de problemas, liderança democrá-tica, funções do líder, fortalecimento da equipe escolar, condução de reuniões, uso do tempo, registro da memória e portifólio.Módulo publicado no Gerir v. 7, n. 21, set./out. 2001 (Parte I) e Gerir v. 7, n. 22, nov./dez. 2001 (Parte II).

4. A LDB 9394/96 e o desenvolvimento escolarAnalisa as implicações da Lei 9394/96, a escola e os sistemas de ensino, o planejamento e a avaliação de programas educaci-onais. O que mudou na prática? O que ainda pode mudar?Está sendo atualizado pela equipe PGP/LIDERE.

5. Gestão compartilhada na prática: o Colegiado/Conselho EscolarDesenvolve o potencial dos conselheiros para o exercício de responsabilidades e funções do Colegiado/Conselho Escolar(CE), processo em grupo e construção de equipes, organização e condução de reunião, planejamento, acompanhamento,avaliação e condução do trabalho do CE para atingir maior efetividade.Publicado pela Secretaria de Educação e Cultura SEC em 1998.Está sendo atualizado pela equipe PGP/LIDERE.

6. Mudança consentida: Projeto Pedagógico e o Plano de Desenvolvimento EscolarDiscute planejamento e desenvolvimento do projeto pedagógico, abordando o currículo, temas transversais e parâmetroscurriculares nacionais para construção de quadro analítico e delineamento da realidade escolar; (re)elaboraração do “Plano deDesenvolvimento da Escola”- PDE, definindo os princípios, objetivos e metas, definidos pelo projeto pedagógico, bem comoa avaliação do seu desenvolvimento.Módulo publicado no Gerir v. 7, n. 18, mar./abr. 2001.

7. Dinheiro na escola: a gestão dos recursos financeirosEnfatiza os princípios e etapas orçamentárias envolvidas no processo de execução dos recursos da escola, legislação vigente,conceitos e elementos de receita e despesas, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e deValorização do Magistério - FUNDEF e desenvolvimento prático dos conteúdos abordados.Módulo publicado no Gerir v. 7, n. 19, mai./jun. 2001.

8. Do sonho à realidade da escola: elaboração, desenvolvimento, avaliação e acompanhamentode projetos educacionais.Aborda temas relativos ao processo de planejamento compartilhado: elementos constitutivos, identificação da realidade,estabelecimento de metas e objetivos; processo de acompanhamento, avaliação e implementação de projetos para a melhoriada qualidade da educação, elaboração do plano de ação e a sua execução.

9. Educação aqui, ali e acolá - ontem, hoje e amanhãRevisa o referencial teórico da educação a distância, sua interface com o ensino presencial e aplicação vinculada ao conceitode educação continuada; analisa sua relevância e aplicação no mundo contemporâneo, caracterizado por mudanças; discutepontos positivos, negativos e possibilidades de superação de programas governamentais para desenvolvimento profissional degestores e professores, a utilização de multi-meios na educação continuada presencial e a distância.Módulo publicado no Gerir v. 7, n. 20, jul./ago. 2001.

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10. Passar de ano ou de conteúdo? A avaliação do processo ensino-aprendizagemAborda a (re)compreensão da avaliação como processo permanente de (re)pensar a prática da organização escolar, seusobjetivos e funcionalidade e o processo ensino-aprendizagem.Está sendo atualizado pela equipe PGP/LIDERE.

11. Vôo, e volto, criando...Trabalha a arte, liberando e (re)construindo emoções, (re)unindo cognição e emoção na (re)construção do cidadão pleno.Módulo publicado no Gerir v. 7, n. 17, jan./fev. 2001.

12. Educação para a SaúdePreservação da saúde, cuidados básicos com a saúde emocional, sexualidade e higiene.Está sendo atualizado pela equipe PGP/LIDERE.

13. Como transformar um grupo em uma equipe de sucesso.Oportuniza reflexão sobre quais os instrumentos, e como utilizá-los a favor da construção de uma equipe de sucesso.Módulo publicado no Gerir v. 8, n. 23, jan./fev. 2002.

14. Grêmio EstudantilInstrumentaliza a implantação/fortalecimento do grêmio em escolas públicas baianas contribuindo assim para a formação doaluno crítico, criativo e participativo.

15. Comunicação em educação e interpessoalAnalisa a importância, os princípios, processos e desafios da comunicação no âmbito educacional.

16. Vivenciando a PAZ na escolaPromove discussões sobre situações de violência que permeiam a escola, a família e a sociedade, provocando reflexões entrepais, alunos e educadores sobre as reais possibilidades da construção de uma cultura de paz.

17. Planejamento EducacionalAborda aspectos históricos sobre o planejamento da educação no Brasil; apresenta situações e atividades concretas com vistasà vivência do processo participativo visando enriquecer, aprofundar e favorecer a construção do Planejamento Educacional.

18. Pedagogia de ProjetosEnfatiza um estudo reflexivo sobre a Pedagogia de Projetos, orientando a equipe gestora das escolas públicas na construçãodo seu projeto de trabalho, tendo em vista a valorização da diversidade e singularidade apresentada por cada indivíduo,consolidando um espaço democrático que conduz à compreensão de um novo agir.

19. Instrumento de Coleta de dados - questionários e pesquisaReúne vários instrumentos de coleta de dados, utilizados pela equipe PGP/LIDERE, alunos da pós-graduação da FACED/UFBA e de outras Universidades Estaduais. A utilização destes instrumentos não se restringe apenas às atividades realizadaspelo PGP/LIDERE como também podem ser adaptados de acordo a situação.

20. Educação EspecialApresenta orientações e estratégias para a inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais no ensino regular,priorizando a valorização da criança cidadã, autônoma e inserida em um contexto sócio, histórico e cultural, garantindo osseus direitos e deveres fundamentais.

21. Oficina de Leitura para alunosOportuniza a discussão e a análise sobre as dificuldades enfrentadas pelos alunos na interpretação e compreensão de textos,experimentando novas metodologias para facilitar a aprendizagem.

22. AvaliaçãoAborda temas relacionados a avaliação da aprendizagem escolar dentro de uma perspectiva construtivista, buscando adefinição de um conceito de avaliação correlacionado com a prática do educador, visando o pleno desenvolvimento doeducando.

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A seguir será apresentado o módulo Grêmio Estudantil. Este móduloestá sendo aplicado em dois momentos sequenciados: Num primeiro

momento, é desenvolvida a parte “curso” (Oficinas A e B) e, num segundomomento, a Oficina “prática da formação de um grêmio” (Oficina C).

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23. Educação AmbientalDiscute temas relacionados ao meio ambiente, destacando a importância da educação como instrumento para gestão participativa,e estimula o exercício pleno e consciente da cidadania, visando o surgimento de novos valores capazes de tornar a sociedademais justa e sustentável.

24. Prevenção ao uso de drogas.Oferece informações sobre as drogas e a sua utilização, capacitando líderes das comunidades escolar e local para que possamatuar como multiplicadores na prevenção do uso de drogas entre crianças e adolescentes.

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EQUIPE

CoordenaçãoDra. Katia Siqueira de Freitas1

Organização e concepçãoReginaldo Pereira dos Santos Junior2

ElaboraçãoDione Sá Leite Carvalho3

Florisbela Nunes dos Santos4

Dra. Katia Siqueira de FreitasReginaldo Pereira dos Santos Junior

ColaboraçãoElaine Xavier de Sousa5

Luciana Guimarães6

Maria Bernadette Pataro de Queiroz7

Vera Lúcia Marques e Marques8

RevisãoCélia Maria Ferreira Cordeiro9

Dra. Katia Siqueira de FreitasMara Schwingel10

Regina Maria de Sousa Fernandes11

FacilitadoresCleonice da Silva Santos12

Eudes Rodrigues da Silva13

Regina Maria de Sousa FernandesReginaldo Pereira dos Santos Junior

1 Coordenadora do PGP/LIDERE. E-mail: [email protected] Estudante de Pedagogia, UFBA, estagiário PGP/LIDERE. E-mail:[email protected] Estudante de Pedagogia, UFBA, estagiária PGP/LIDERE. E-mail:[email protected] Pedagoga,UCSAL. Bolsista PGP/LIDERE. E-mail:[email protected] Estudante de Pedagogia - UFBA, estagiário PGP/LIDERE. E-mail:[email protected] Diretora do Instituto Sou da Paz. E-mail: [email protected] Filosofa, UFBA. Bolsista PGP/LIDERE. E-mail:[email protected] Pedagoga,UFBA. Voluntária PGP/LIDERE.9 Pedagoga,UFBA. Bolsista PGP/LIDERE. E-mail: [email protected] Pedagoga, UFBA. Especialista em Educação Inclusiva, UNIVATES/RS. Vice-coordenadora PGP/LIDERE. E-mail: [email protected] Licenciada em Letras,UFBA. Pós-Graduada em Pesquisa Educacional,UNESCO/INEP/USP.Bolsista PGP/LIDERE. E-mail:[email protected] Estudante de Pedagogia,UFBA, estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected] Estudante de Geografia,UCSAL, estagiário PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 17

INTRODUÇÃO 18

OFICINA A “MOVIMENTOS ESTUDANTIS” 21

Objetivos 21

Sensibilização Inicial 21

Fundamentação Teórica 22

Dinâmica de Grupo 28

Fundamentação Teórica: Aspecto Legal das Organizações Estudantis 28

Situações Problemas 33

OFICINA B “GRÊMIO E GESTÃO PARTICIPATIVA” 34

Objetivos 34

Sensibilização 34

Fundamentação Teórica 35

A importância do Grêmio e desenvolvimento infantil 41

Trabalho em equipe 42

OFICINA C “FORMANDO UM GRÊMIO” 44

Objetivos 44

Sensibilização Inicial 44

Elaboração dos Painéis 46

Fundamentação Teórica 46

Simulação “Formando um Grêmio” 49

Material para as equipes 50

ANEXOS 60

BIBLIOGRAFIA 75

SITES CONSULTADOS 76

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APRESENTAÇÃO

Este Módulo constitui-se num conjunto de conhecimentos básicos sobre o que é Grêmio Estu-dantil, a sua implementação, atuação e fortalecimento em Escolas da rede pública de ensino.

Buscamos vencer os novos desafios, ajudando as comunidades escolar e local a vivenciarem comsucesso a gestão escolar participativa/democrática e a melhoria da educação com o compromisso/envolvimento dos estudantes.

Diante do movimento das políticas descentralizadoras do processo decisório na escola exigindomaior participação de professores, pais, alunos e diretores de unidades escolares no processogestor, a educação tem convivido com esse novo desafio.

O trabalho coletivo requer mudanças na cultura da escola. Os diversos segmentos da unidadeescolar (gestores, docentes, funcionários, pais e alunos) envolvidos com esse trabalho renovam avida escolar com sua participação e fortalecem a autonomia da escola.

A escola é um espaço propício para desenvolver o espírito de participação e de comprometimentodos educandos e dos educadores. A participação deles contribui para alterar a realidade em quevivem, consolidando um espaço democrático e participativo que conduz à compreensão de umnovo agir. O Grêmio Estudantil é formado pelo segmento estudante, e possibilita sua participaçãonas discussões das políticas educacionais, no processo de tomada de decisões e de suasimplementações.

Objetivos do Módulo:

• Ajudar a implantação e o fortalecimento do Grêmio Estudantil nas unidades escolares.

• Instrumentalizar diretores, coordenadores pedagógicos, vice-diretores, coordenadorese sub-coordenadores das Coordenadoria Regional de Ensino-CREs, pais e alunos das esco-las públicas municipais e estaduais, para criação, constituição e fortalecimento do GrêmioEstudantil nas Unidades de Ensino, com o propósito de preparar os alunos para assumiremposturas críticas e participativas nas tomadas de decisões.

• Contribuir para a formação do aluno crítico e criativo, exercitando práticas de participa-ção social e política no âmbito escolar e comunitário, com vistas à concretização da idéia daescola cidadã.

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Estrutura do Módulo:

Este Módulo está estruturado em forma de Curso/Oficina cujo desenvolvimento se dácrescentemente da teoria à prática e da prática à teoria. Aconselhamos que as duas primei-ras oficinas (Movimentos Estudantis e Grêmio e Gestão Participativa) que constituem a“parte curso” do módulo, sejam apresentadas juntas no mesmo dia/turno, e que a oficina“C” (Formando um Grêmio), que constitui a “parte oficina” do módulo, concentrando asatividades práticas, seja realizada no dia/turno seguinte. As oficinas ou “workshops” têmum teor teórico-prático e estão subdivididos em:

Oficina A - Movimentos Estudantis. (aproximadamente) 2h30

Oficina B - Grêmio e Gestão Participativa. (aproximadamente) 2h

Oficina C - Formando um Grêmio. (aproximadamente) 3h

Tempo Aproximado: 7h30

O coordenador/facilitador encontrará em cada uma das oficinas pedagógicas ou “workshops”, osmodelos – em miniatura – das transparências originais e ao seu lado, um pequeno espaço parafazer anotações e observações úteis, para a exposição do conteúdo. Este Módulo apresenta textose indicações de leituras para o estudo e aprofundamento dos temas abordados.

INTRODUÇÃOReginaldo Junior

Com este Módulo, buscamos promover, nas escolas baianas da rede pública de ensino, a participa-ção dos alunos no Grêmio Estudantil e no processo decisório da escola, motivando-os para queassumam o firme papel de agentes transformadores da história social. É necessário que eles seenvolvam, participem e melhorem a escola e a sociedade em que vivemos.

Esperamos que a participação do estudante no Grêmio Estudantil torne o ambiente escolar maisprazeroso, ativo e seja para ele, um despertar para a sua responsabilidade na construção de umasociedade mais justa e humana. Que essa participação, além de ajudar a Escola a se tornar maisativa e democrática, seja uma verdadeira aula de cidadania. A participação democrática ocorrecomo uma decorrência de concretização de posturas liberais e de políticas de gestão democráticados serviços educacionais. Quanto à participação estudantil, de uma maneira geral é viabilizadaatravés de institutos específicos desta categoria, Grêmios Estudantis, com o estabelecimento erespeito às normas estatutárias.

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1Estudante de Pedagogia da UFBA- Estagiário PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

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No primeiro momento este material havia sido pensado para ser trabalhado especificamente comestudantes da 5ª série ao 3º ano, contudo a aplicação em escolas municipais têm revelado resultadosexitosos e surpreendentes com estudantes da 1ª a 4ª série.

Os jovens do século XXI

Contemporaneamente, podemos notar, em nosso mundo globalizado, uma exarcebada acentua-ção do individualismo, através da supervalorização do protagonismo, do próprio projeto individu-al (sem referências à comunidade), das profissões autônomas e independentes, do trabalho de pres-tígio etc. Além disso, encontramos uma sociedade cada vez mais desigual e caótica: elevado índicede desemprego, altas taxas de violência e mortalidade juvenil, aumento do abismo entre ricos epobres e inúmeras outras peculiaridades do capitalismo.

Dessa forma, os jovens do nosso século encontram uma situação social diferente das décadasanteriores, gerando entre eles anseios, necessidades e características bem diversas. Estudos atuaisdemonstram que os jovens estão mais competitivos, consumistas e preocupados com a concor-rência feroz do mercado. São essas algumas das dificuldades enfrentadas pela escola, para a organi-zação dos estudantes.

Sem dúvida, o processo associativo está passando por uma fase bem delicada e a intervenção daescola é fundamental para a reanimação deste processo.

São necessários pois, algumas iniciativas, das quais o Grêmio Estudantil faz parte para buscar ojusto equilíbrio entre o respeito à individualidade e ao bem comum.

Grêmio Estudantil e Gestão Democrática

A escola é uma instituição que apóia e complementa a família na missão de educar. Ela é ummarco importante na vida das crianças e dos jovens por ser a primeira, ou uma das primeirasinstituições em que desde a mais tenra idade eles ingressam. É seu dever portanto, buscar omelhor atendimento para os seus alunos, incentivar a solidariedade, desenvolver aspirações evalores condizentes com o desenvolvimento do ser humano e da sociedade.

Há pouco tempo, a presença de entidades representativas de estudantes, se configuravam, para amaioria dos diretores de escolas, como uma real ameaça ao seu poder. Em São Paulo, após apromulgação da Lei 7.398 de 4/11/1985, diversos diretores pressionaram o Secretário de Educaçãopara retomar o poder de autorizar ou não, a reunião dos alunos para a criação de Grêmios Estudantis,o qual lhes outorgou- através de um comunicado - esse poder.

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Bibliografia Consultada:

BASTOS, João Baptista. et al. Gestão democrática. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

Site Consultado:

http://www.sites.uol.com.br/luandrejac/grêmio.htm (capturado em 26/08/01).

Os projetos pedagógicos atuais visam a formação de cidadãos autônomos, conscientes e críticos.É justamente aqui, que o grêmio se apresenta como um espaço privilegiado para que o jovemestudante encontre o ambiente propício para participar com autonomia, estabelecendo e res-peitando regras sociais, fundamentais para o exercício pleno da cidadania numa sociedadedemocrática.

A Gestão Democrática Participativa da escola traz uma nova dinâmica para o seu funcionamento:a participação de alunos, funcionários, professores, pais e comunidade, desconstruindo assim asrelações hierarquizadas de autoridade existentes nas escolas que mais se assemelhavam aosmodelos de organizações militares.

Na Gestão Democrática Participativa a relação, entre grêmio e direção, se estabelece de umaforma completamente diferenciada. Não mais na vertical: Direção => Grêmio, mas na horizontal:Direção – Grêmio, quando a presença e a participação do corpo discente não representam umrisco ou um perigo à administração escolar, mas uma ajuda e um apoio essencial, para que elaaconteça de forma democrática e transparente.

Os Grêmios em Salvador - BA

Segundo informações dadas por Ruizito Spínola, presidente da Associação dos Grêmios EstudantisSecundaristas da Bahia (AGESB), até novembro de 2001 só quatro escolas estaduais tinham grêmiosfiliados a AGESB. Dessas, apenas duas possuem grêmio em funcionamento. Ele afirmou ainda terconhecimento de apenas mais um grêmio em atuação, o qual é filiado à Associação Baiana deEstudantes Secundaristas (ABES). De acordo com o censo de 2001, o Estado da Bahia possuicerca de 2.330 Escolas Estaduais (dados fornecidos pelo setor de censo do Programa GestãoEscolar da Secretaria de Educação do Estado da Bahia), o que significa que apenas 0,1% dasescolas estaduais possuem grêmio em funcionamento. Em relação ao Município de Salvador, asituação não é muito diferente. A Secretaria Municipal de Educação e Cultura forneceu a relaçãodas escolas municipais com grêmios estudantis em processo de implementação em 2001: das 243escolas municipais, somente 12 (menos de 5%) encontram-se nesse processo. Até agora, segundoos contatos mantidos com essas unidades escolares, nenhuma delas possui um grêmio em plenofuncionamento.

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OFICINA A“MOVIMENTOS ESTUDANTIS”

Objetivos:

• discutir a importância que os movimentos estudantis têm para a democracia do Brasil;

• fornecer subsídios teóricos sobre a importância da participação do jovem na construção de uma

sociedade democrática, plural e multicultural;

• analisar a atual legislação, concernente à proteção e participação do jovem na sociedade brasileira.

Pauta da Oficina:

• cumprimentos (Apresentação do módulo e da oficina) 10’

• leitura da pauta 3’

• leitura dos objetivos da oficina 2’

• sensibilização inicial: Música Coração de Estudante 10’

• fundamentação teórica (Transparências) 30’

• dinâmica de grupo: Céu e Inferno. 15’

• fundamentação teórica: Legislação e Conclusão (Transparências) 30’

• atividade prática: Situações-problema 40’

• encerramento 10’

Tempo Aproximado da Oficina: 2h30 min

Material Necessário:

• cópias da música “Coração de Estudante” e das situações- problema;

• uma caixa de bombons de chocolate para a dinâmica.

Sensibilização Inicial:

Indicamos para essa atividade que a música seja cantada pelos participantes, ou acompanhada atravésde sua apresentação numa fita ou CD. A exposição do tema da oficina poderá ser iniciada pelareflexão da música (sobre liberdade, participação, renovação, esperança etc.), cuja cópia todosdeverão ter.

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Coração de Estudante(Milton Nascimento/Wagner Tiso)

Quero falar de uma coisaAdivinha onda ela anda?Deve estar dentro do peitoOu caminhar pelo ar

Pode estar aqui do ladoBem mais perto que pensamos

A folha da juventudeÉ o nome certo desse amor

Já podaram seus momentosDesviaram seu destinoSeu sorriso de meninoQuantas vezes se escondeu

Mas renova-se a esperançaNova aurora a cada dia

E há que se cuidar do brotoPra que a vida nos dê flor e fruto

Coração de estudanteE há que se cuidar da vidaE há que se cuidar do mundoTomar conta da amizade

Alegria e muito sonhoEspalhados no caminho

Verdes: planta e sentimentoFolhas, coração, juventude e fé.

Fundamentação Teórica :

Tempo Aproximado: 30 min

• O coordenador pode iniciar a exposição do tema pela reflexão da música, fruto de um dos maisefervescentes períodos de mobilizações estudantis.

• Será bastante interessante colher depoimentos de algum participante que tenha tido experiênciacom movimentos estudantis, pois essa exposição ajudará a fazer uma “viagem histórica” mais inte-ressante.

• É imprescindível a leitura do referencial teórico, que contém o desenvolvimento integral do temasintetizado nas transparências. É através dele que o coordenador da oficina se preparará para apre-sentar a fundamentação teórica.

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Transparências

Movimentos Estudantis

“Nunca duvide de que um pequeno grupo de cidadãos pensantes e comprometidospossa mudar o mundo: na verdade, a única coisa que já mudou o mundo foi isso”.

Margaret Mead

Como ocorreu a mobilização estudantil na história?

1710 - estudantes enfrentam e expulsam mais de 1000 soldados franceses que invadiram oRio de Janeiro.

1897 - estudantes baianos denunciam as atrocidades de Canudos.

1932 - morte de 4 estudantes inspira a revolta que eclodiu na Revolução Constitucionalista(SP).

Como ocorreu a mobilização estudantil na história? (cont.)

1963/64 - A União Nacional dos Estudantes -UNE é responsável por um dos maisimportantes momentos de agitação cultural do país: Centro Popular de Cultura -CPC.

Após o golpe de 1964 muitos estudantes são presos, mortos ou desapareceram.

1984 - “1, 2, 3, 4, 5000. Queremos eleger....”.

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Consequências do golpe de 1964

A União Nacional dos Estudantes Secundaristas - UBES é extinta com o AI - 5.

Substituição das Organizações Estudantis pela Educação Moral e Cívica - EMC.

Instituição dos Centros Cívicos Escolares.

As atividades estudantis são controladas e canalizadas.

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Referencial Teórico para os Coordenadores :

• Estes textos têm por finalidade fornecer subsídios teóricos para o coordenador da Oficina estudar

e aprofundar seus conhecimentos sobre os tópicos abordados nas transparências.

• Indicaremos algumas leituras (referências), após os textos, para os que se sentirem interessados em

fazer um estudo mais aprofundado do tema.

OS MOVIMENTOS ESTUDANTIS NA HISTÓRIA

No Brasil, a organização dos alunos em grêmios estudantis tem sido frágil, incipiente e não conse-gue concretizar-se de modo significativamente forte, apesar de inúmeras tentativas por parte deórgãos governamentais, ou por parte da estrutura escolar, ou mesmo dos próprios estudantes.

Por acreditarmos que a participação estudantil é extremamente importante e que o sistemaeducacional deveria estar contribuindo mais diretamente para a sua realização, é que nospropomos a questionar as razões de tais dificuldades. Consideramos necessário compreendero contexto social, político e econômico do país e do mundo, para podermos entender quais são asexpectativas, interesses e anseios dos jovens nos dias atuais, para assim podermos motivá-lospara a descoberta de novos caminhos.

Portanto, apresentaremos um breve histórico da participação da juventude, que sempre cumpriue cumpre um papel importante na história dos povos e de maneira particular, aqui no Brasil.

Como ocorreu essa participação?

Desde os primórdios da educação no Brasil, os movimentos estudantis foram predominante-mente movimentos universitários; poucos estudos discorrem sobre a atuação dos alunossecundaristas ao longo da história.

Os primeiros relatos oficiais, que encontramos a respeito dos movimentos de alunossecundaristas, datam de julho 1948, quando se deu a fundação da União Brasileira de Estudantes

Sites Consultados:

http://sites.uol.com.br/luandrejac/grêmio.htm capturado em 26/08/01

http://www.soudapaz.org/projetos/gremio/index.html capturado em 18/09/01

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(UBES). Esse é o órgão representativo dos alunos secundaristas, entendido hoje como alunos dasúltimas séries do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Um momento muito importante ocorreu na década de 60, quando a atuação dos alunos secundaristasfoi marcante por sua participação intensa nos Centro Popular de Cultura (CPCs) envolvendo-se emprogramas de alfabetização de adultos, movimentos populares, praças de cultura, artes plásticas,cinema, música, publicações, festivais de cultura e outras atividades. Os CPCs propunham-se afavorecer a conscientização, politização e organização do povo.

Naquela época, havia também um movimento de estudantes bastante difundido no Brasil epromovido pela Igreja Católica: a Ação Católica. Os alunos eram selecionados para pertencer àAção Católica pelo método de nucleação. Observava–se que os alunos, após constatada a sualiderança em sala de aula ou na escola, eram convidados a integrar o movimento. Estes nãonecessariamente tinham melhor aproveitamento nos estudos, mas apresentavam facilidade decomunicação, grau de sociabilidade bem desenvolvido, disposição e disponibilidade para executaratividades extra-escolares. Esse método de nucleação era desenvolvido pela Igreja Católica emtodo o Brasil. A Ação Católica tinha uma proposta de trabalho que não era especificamente deação política, mas de atuação, de integração à vida social. O seu objetivo era cristão e deconscientização, que iria redundar em um alto nível de politização, pois, à medida que se vaitomando conhecimento das questões internas do colégio, vai se fazendo o paralelo com asquestões das cidades, dos Estados e do Brasil.

Após o golpe militar de 1964, a Ação Católica não teve continuidade, a Juventude EstudantilCatólica (JECs) - das escolas secundárias particulares não mais foram ativadas e, portanto,terminaram. Por sua vez a UBES foi definitivamente extinta com o Ato Institucional número 5(AI-5). (em dezembro, durante o governo Costa e Silva, foi assinado e decretado o Ato Institucionalnúmero 5, que caçou a liberdade individual, acabando com a garantia de “Habeas Corpus” dapopulação).

A repressão às manifestações estudantis tornava-se cada vez mais forte, fazendo diminuir muito opoder da mobilização dos alunos. Para consolidar tal situação ocorreu a substituição das organizaçõesestudantis pela inclusão da disciplina Educação Moral e Cívica e pela instituição dos Centros CívicosEscolares na grade curricular das escolas. Tais medidas delimitaram e canalizaram as atividadesdos alunos em eventos controlados.

Na década de 70, movimentos esporádicos aconteceram no meio estudantil, mas sempre comdificuldades e permeados de muita perseguição.

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Habeas Corpus: instrumento de defesa contra atos arbitrários que ferem o direitode ir e vir de cada indivíduo.

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Linha histórica dos principais acontecimentos:

Selecionamos alguns momentos importantes em que os estudantes participaram de movimentossociais, defendendo os direitos de nossa sociedade, transformando a realidade em que viviam econtribuindo ativamente na construção de um país melhor. E fizeram uma nova história acontecer...

1710 - Mais de mil soldados franceses invadiram o Rio de Janeiro, jovens estudantes de conventos ecolégios religiosos enfrentaram os invasores, vencendo e expulsando-os.

1786 - Doze estudantes brasileiros residentes no exterior fundaram um clube secreto para lutar pelaindependência do Brasil e desempenharam papel fundamental na Inconfidência Mineira.

1827 - Fundada a primeira faculdade no Brasil, a Faculdade de Direito do Largo São Francisco (SãoPaulo/SP). Este foi o primeiro passo para o desenvolvimento do movimento estudantil, que logointegrou as campanhas pela Abolição da Escravatura e pela Proclamação da República.

1897 - Estudantes da Faculdade de Direito da Bahia publicam as atrocidades ocorridas em Canudos(BA), através de um documento escrito.

1901 - Fundação da Federação de Estudantes Brasileiros, que iniciou o processo de organização dosestudantes em entidades representativas.

1914 - Estudantes tiveram participação significativa na Campanha Civilista de Rui Barbosa, ocorridaem meados do século XX, e na Campanha Nacionalista de Olavo Bilac, promovida durante a 1ªGuerra Mundial.

1932 - Morte de quatro estudantes (MMDC) impulsiona a revolução de São Paulo contra o GovernoCentral (Revolução Constitucionalista).

1937 - Criada a União Nacional dos Estudantes (UNE), a entidade brasileira representativa dosestudantes universitários.

1952 - Primeiro Congresso Inter-americano de Estudantes, quando se organizou a campanha pelacriação da Petrobrás - “O Petróleo é Nosso”.

1963/64 - Os estudantes foram responsáveis por um dos mais importantes momentos de agitaçãocultural da história do país. Era a época do Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE, que produziufilmes, peças de teatro, músicas, livros e influenciou toda uma geração até os dias de hoje.

1964 - Em 1º de abril, o Golpe Militar derrubou o presidente João Goulart. A partir daí, instala-sea ditadura militar no Brasil, que durou até o ano de 1985.

Neste período as eleições eram indiretas, sem participação direta da população no processo deescolha de presidente e outros cargos políticos. Os estudantes formavam uma resistência contra oregime militar, expressando-se por meio de jornais clandestinos, músicas e manifestações, apesar daintensa repressão.

1968 - Em março, morre o estudante Edson Luís, assassinado por policiais no restaurante Calabou-ço, no Rio de Janeiro. No congresso da UNE, em Ibiúna, os estudantes se reuniram para discutiralternativas à ditadura militar. Houve invasão da polícia, muitos estudantes foram presos, mortos edesapareceram, evidenciando a repressão e a restrição à liberdade de expressão que eram marcascaracterísticas desse período. Em junho de 1968 ocorre a passeata dos “Cem Mil” reunindo artistas,estudantes, jornalistas e a população em geral, que se manifestaram contra os abusos dos militares.

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1979 - As entidades estudantis começam a ser reativadas. Acontece a primeira eleição por voto diretona história da UNE, quando é eleito o presidente baiano Rui César Costa e Silva.

1984 - “1, 2, 3, 4, 5000... Queremos eleger o presidente do Brasil!!!” “Diretas Já!” - Movimento dapopulação, com participação fundamental dos estudantes e dos políticos progressistas, para a voltadas eleições diretas para presidente no Brasil. O congresso votou a favor das eleições indiretas eTancredo Neves foi nomeado presidente para o próximo mandato (a partir de 1985). Ficou decidi-do que as próximas eleições, em 1989, seriam diretas. Depois de 34 anos de eleições indiretas FernandoCollor de Melo é eleito presidente.

1992 - Acontecem sucessivas manifestações nas ruas contra o governo, dando início ao movimentode estudantes chamado “Caras Pintadas”, que resultou no Impeachment do então Presidente daRepública, Fernando Collor de Melo.

Com o início da anistia política em 1979, ares democráticos, paulatinamente retomaram o nossocotidiano, ressurgindo os grêmios estudantis.

Foi com muito esforço, garra e até mesmo sacrifício de grande número de estudantes, tanto denível Superior como de nível Médio, que em 4 de Novembro de 1985 foi promulgada a Lei Federaln.º 7398, que dispõe sobre a organização de entidades representativas dos estudantes de 1º e 2ºgraus.

O movimento estudantil adquiriu novamente caráter legal...

Impeachment : cassação do mandato do presidente - ou outro cargo executivo - por razõesde conduta que não estejam de acordo com a lei.

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Bibliografias e Indicações de Leitura:

CAVALARI, Rosa Maria Feiteiro. Os limites do movimento estudantil 1964-1980. Campinas: Faculdade deEducação-Unicamp, 1987.

GARCIA, Marco Aurélio ; VIEIRA, Maria Alice (Org). Rebeldes e contestadores 1968: Brasil-França-Alema-nha. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999.

POERNER, Arthur José. O Poder de jovem - história da participação política dos estudantes brasileiros. Riode Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.

SANFELICE, José Luís. Movimento estudantil: a UNE na resistência no golpe de 64. São Paulo: Cortez:Autores Associados, 1986.

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Dinâmica de Grupo - “Céu e Inferno”

Reginaldo Junior

Tempo Aproximado: 15 min

Objetivo:

Despertar os participantes para a importância da ajuda mútua e a quebra da postura competitiva e da

rivalidade.

Processo de trabalho:

1. O facilitador distribui numa mesa alguns bombons de chocolate e convida alguns participantespara participar da atividade.

2. Cada participante deverá manter-se com os braços abertos, sem poder dobrá-los ou levá-losà frente.

3. Todos os participantes terão agora 4 a 5 minutos para procurar a forma ideal de desembalare comer os bombons.

Desfecho:

Devido às regras do jogo não será possível que levem o chocolate com as próprias mãos atéà boca, e uma solução possível é que dois trabalhem desembalando um bombom para alimentarum terceiro.

Reflexão opcional:

Devemos perceber a importância de trabalhar em equipe, de priorizar objetivos comuns,mesmo que momentaneamente haja o sacrifício de interesses particulares. Quando um grupode pessoas se une em torno de um ideal, ele atingirá metas que não são alcançáveis individu-almente. À medida que na sociedade se dá primazia ao individual (frente ao coletivo), osmovimentos, sejam eles estudantis ou outros, perdem força.

Fundamentação Teórica: Aspecto legal das organizações estudantis

Tempo Aproximado: 30 min

• É imprescindível a leitura do referencial teórico, que contém o desenvolvimento integral do tema

sintetizado nas transparências.

• É através dele que o coordenador da oficina se preparará para apresentar a fundamentação teórica.

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Leis conquistadas pelos estudantes

Lei 7.398 de 4/11/1985

ART. 1 - Aos estudantes dos estabelecimentos de ensino de 1º e 2º graus fica asseguradaa organização de Grêmios Estudantis como entidades autônoma representativas dosinteresses dos estudantes secundaristas, com finalidades educacionais, culturais, cívicas,desportivas e sociais.

Leis conquistadas pelos estudantes

Estatuto da Criança e do AdolescenteECA - Capítulo IV

A criança e o adolescente têm direito à educação, visando o pleno desenvolvimento de suapessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

Transparências

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Leis conquistadas pelos estudantes

Lei nº 7.844 de 13/05/1992Regulamenta o direito à meia entrada.

Lei nº 444/1985No Art. 95, fala sobre o Conselho/Colegiado Escolar cuja composição deverá apresen-tar 25% de alunos.

LDB (9.394) de 20/12/1996Esta lei garante a criação da APM e do Grêmio Estudantil.

Os interesses dos jovens hoje

O Brasil Globalizado:

• novas formas de organização do trabalho;• aumento da mortaliadade juvenil (violência, drogas, miséria...);• dificuldades do processo associativo;

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Referencial Teórico para os Coordenadores:

• Estes textos têm por finalidade fornecer subsídios teóricos para o coordenador da Oficina estudare aprofundar seus conhecimentos sobre os tópicos abordados nas transparências.• No final dos textos, indicaremos algumas leituras.

Leis Conquistadas

Lei 7.398 DE 04/11/1985

DOU05/11/1985Dispõe sobre a Organização de Entidades Representativas dos Estudantes de 1º e 2º Graus, edá outras Providências.

ART.1 - Aos estudantes dos estabelecimentos de ensino de 1º e 2º Graus fica assegurada aorganização de Grêmios Estudantis como entidades autônomas representativas dos interessesdos estudantes secundaristas, com finalidades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais.

§ 1 - (Vetado).§ 2 - A organização, o funcionamento e as atividades dos Grêmios serão estabelecidos nos seusestatutos, aprovados em Assembléia Geral do corpo discente de cada estabelecimento de ensinoconvocada para este fim.§ 3 - A aprovação dos estatutos e a escolha dos dirigentes e dos representantes do GrêmioEstudantil serão realizadas pelo voto direto e secreto de cada estudante, observando-se, no quecouber, as normas da legislação eleitoral.

ART.2 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

ART.3 - Revogam-se as disposições em contrário.

Por que a participação dos alunos vem se esmorecendo?

Falta de vivências democráticas.A participação é um processo que demanda tempo e trabalho.A escola não apresenta uma estrutura democrática:

• rígida com decisões isoladas;• currículo fechado;• relações “verticalizadas”.

Sites Consultados:

http://sites.uol.com.br/luandrejac/grêmio.htm - Capturado: 17/09/2001http://www.soudapaz.org/projetos/gremio/index.html - Capturado: 18/09/2001http://www.homestead.com/paisonline/- Capturado:20/09/2001

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Estatuto da Criança e do Adolescente

Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990

Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, e dá outras providências.

Capítulo IV - do direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer

Art. 53 - A criança e o adolescente têm direito à educação, visando o pleno desenvolvimento de suapessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

I igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II direito de ser respeitado por seus educadores;III direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares

superiores;IV direito de organização e participação em entidades estudantis;V acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

Parágrafo Único - É direito dos pais ou responsáveis terem ciência do processo pedagógico, bemcomo participar da definição das propostas educacionais.

Lei Nº 7.844 de 13 de maio de 1992

Esta é a lei que regulamenta o direito à meia entrada para estudantes em eventos de ordem cultural.

Lei Nº 444/85

No Art. 95º, fala sobre o Conselho de Escola (sua composição, atuação, atribuições):§ 1º A composição a que se refere o “caput” obedecerá à seguinte proporcionalidade:

I 40% de docentes;II 5% de especialistas em educação, excetuando-se o Diretor de Escola;III 5% dos demais funcionários;IV 25% dos pais de alunos;V 25% de alunos;

Lei Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996

Esta lei estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. A partir dela, está garantida acriação de, pelo menos, duas instituições, a Associação de Pais e Mestres e o Grêmio Estudantil,cabendo à Direção da Escola criar condições para que os alunos se organizem no Grêmio Estu-dantil, e ainda, determinando a participação de alunos no Conselho de Classe e Série.

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Os desafios dos Jovens nos nossos dias

Hoje, com a expansão no Brasil da globalização e das novas formas de organização do trabalho,há um aumento assustador do desemprego, fator que muito tem afetado a juventude. O crescentedesnível econômico, agravando o problema das desigualdades sociais e da extrema pobreza demuitos jovens, gera entre eles necessidades e características muito diferentes. Um número signifi-cativo de jovens precisa deixar seus estudos, pois tem de trabalhar para contribuir para o sustentofamiliar. Por outro lado, problemas como mortalidade juvenil, decorrente da violência, rebeldia,agressividade, utilização de álcool e de drogas entre os jovens, tendem a aumentar no país emfunção das grandes disparidades sociais. Tudo isso causa uma preocupação muito grande, qualseja, a degradação de seu convívio social, o que dificulta o processo associativo, necessário para aorganização dos estudantes nas escolas.

Outros estudos nos mostram que os jovens atualmente são mais informados, mais competitivos etambém mais consumistas. Querem, em primeiro lugar, mudar suas próprias vidas e estão longe depreocupar-se em mudar a situação do país. Sonham em ganhar dinheiro, e através de independênciafinanceira, ter seu próprio negócio. Querem adquirir bens de consumo, tais como carros e motos,“subir na vida” e adquirir “status”. Vivem intensamente a corrida da competitividade, pois aconcorrência é feroz, trazendo um profundo clima de incerteza e falta de perspectivas quanto àscondições futuras. Estão enfrentando momentos difíceis; deparam-se com sérias crises de identi-dade e queda de valores, defrontam-se com rápidas transformações no campo da comunicação, dainformática, como também nos aspectos econômico, político e social. Eles estão cientes dasinúmeras dificuldades que têm que enfrentar neste mundo nem sempre tão solidário e humano,e além disso, não se vêem amparados por princípios norteadores.

Considerações Finais

Sem pretendermos apresentar aqui modelos de atuação do aluno, temos convicção de que oimportante é sua participação no processo educacional. Essa participação organizada, de maneiraparticular aqui na Bahia, vem se esmorecendo, tornando-se inexpressiva, chegando em muitoscasos até mesmo a desaparecer.

Isso ocorre, como vimos, por vários motivos: porque há falta de vivência democrática, porquea participação é um processo lento que demanda tempo e trabalho e porque, muitas vezes, aspessoas nem mesmo percebem a importância e a dimensão da participação, da interferência, deuma maneira ou de outra, nas ações da escola. Fica difícil para o jovem perceber essa dimensãoparticipativa, quando não encontra na escola um clima propício a uma verdadeira participação.

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A escola ainda é fechada, rígida, com professores trabalhando isoladamente e decidindo individu-almente sobre as suas ações pedagógicas. Ela não apresenta uma estrutura voltada aos princípiosdemocráticos. Seus professores são, de maneira geral, autoritários, e as relações ocorrem semprede forma vertical (o professor é quem sabe e o aluno é quem aprende). Os currículos são fechadose toda a estrutura administrativa é altamente hierarquizada. A escola nesses moldes dificilmentecontribuiria para a formação do aluno crítico e criativo. Daí a dificuldade de se encontrar alunosrealmente atuantes.

Atividade Prática: Situações-Problema

Tempo Aproximado: 45min

Objetivo:

Promover a reflexão e a discussão de situações que envolvam a participação do Grêmio nas escolas,de forma que os assuntos abordados sejam “sedimentados” e que seja motivada a participação paraa próxima oficina que abordará mais especificamente o tema.

Processo de Trabalho:

1. Dividir os participantes em equipes, com nomáximo 6 pessoas, e distribuir as seguintes situa-ções-problema com as equipes.2. Depois de discutidas e resolvidas as situações, os representantes das equipes serão convidadosa socializar as conclusões encontradas.

Situações-Problema

Situação 1

De que forma o Grêmio Estudantil poderá motivar os representantes do segmento estudantila participarem de forma atuante e responsável no Conselho Escolar?

Bibliografias e Indicações de Leitura:

BETO, Frei. OSPB. Introdução à política brasileira. São Paulo: Ed. Ática.cap. 6,12,15,16.

LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Editora AS, 1994.

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Situação 2

Durante os intervalos em uma Escola “Y”, ocorrem freqüentes brigas entre alguns grupos dealunos no pátio da escola. Um Grêmio Estudantil ajudaria a solucionar esse problema? De queforma?

Situação 3

Como o Grêmio Estudantil poderá atuar para aproximar a comunidade local (pais, moradores)da escola?

Situação. 4

Que tipo de trabalho o Grêmio Estudantil poderá fazer junto à escola, para torná-la mais agra-dável, prazerosa e ativa?

Referencial Teórico para os Coordenadores:

• Estes textos têm por finalidade fornecer subsídios teóricos para o coordenador da Oficina estudar

e Referencial Teórico para os Coordenadores:

• Este textos têm por finalidade fornecer subsídios teóricos para o coordenador da Oficina estudar

e aprofundar seus conhecimentos sobe os tópicos abordados nas transparências.

• Indicaremos algumas leituras (referências bibliográficas), após os textos, para o leitor que se sentir

interessado em fazer um estudo mais minucioso do tema.

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OFICINA B“GRÊMIO E GESTÃO PARTICIPATIVA”

Objetivo:

Oferecer aos participantes conhecimentos básicos sobre gestão democrática/participativa para for-talecer as relações entre o grêmio estudantil e a gestão da escola.

Pauta da Oficina:

• cumprimentos 5’• leitura da pauta 3’• leitura do objetivo da oficina 2’• sensibilização (Técnica dos Autógrafos) 15’• fundamentação teórica (Transparências) 45’• atividade em Equipe - opcional - (estudo de textos) 30’• avaliação 15’• encerramento 5’

Tempo Aproximado da Oficina: 2h

Material necessário:

• canetas (quantidade relacionada ao nº de participantes)• folhas de ofício• cópias dos textos para leitura e reflexão (caso seja feita esta atividade)

Sensibilização: Técnica dos Autógrafos

Tempo Aproximado: 15min

Objetivo:

Refletir com o público sobre a nossa postura quase sempre competitiva, condicionada por umacultura de rivalidades e disputas.

Processo de trabalho:

1. O coordenador distribui uma folha de papel para cada participante e pede que escreva, no alto,seu nome.

2. Verifique se todos possuem lápis ou caneta. Comunique aos participantes que terão dois minu-tos para cumprir a tarefa de colher o maior número possível de autógrafos, pedindo que assinemseu nome de forma legível.

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3. Então, iniciado o tempo para coleta dos autógrafos, se formará uma verdadeira balbúrdia. Apósos dois minutos, interrompe-se a atividade e pede-se aos participantes que contem o número deautógrafos conseguidos.

4. É importante, então, que se destaque, na discussão, que a presença do grêmio estudantil no ambienteescolar não deve e não pode ser vista como uma entidade rival, como uma organização de alunos quese opõem à equipe gestora ameaçando o seu poder e autonomia. Muito pelo contrário, é importan-te perceber que sem a participação efetiva dos alunos, principal razão da escola existir, será impos-sível torná-la um ambiente agradável e prazeroso, onde a autonomia e a cidadania sejam mo-tivadas e desenvolvidas. Essa sensação de ameaça é fruto também do nosso condicionamentoà disputa. O crescimento deve ser compartilhado, assim como, as necessidades.

Desfecho

Para o fechamento desta atividade propomos que o coordenador da oficina solicite que os partici-pantes façam novamente a tarefa (coleta de autógrafos), contudo que ela seja feita de uma formacooperativa e não mais competitiva. Ao término da atividade refletir com os participantes a diferen-ça entre um trabalho realizado coletivamente e competitivamente.

Fundamentação Teórica:

Tempo Aproximado: 30 min

O coordenador pode iniciar a exposição do tema pela reflexão da frase do texto “Vôo dos Gan-sos” (transparência 1) fazendo uma relação entre o relacionamento participativo das aves com a GestãoEscolar.

É imprescindível a leitura do referencial teórico!

Transparências

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Grêmio e Gestão Participativa

“Quando os gansos selvagens voam em formação “v”, eles o fazem a uma velocidade70% maior do que se estivessem voando sozinhos. Eles partilham a liderança... quando oque estiver no ápice do “v” se cansar, outro ganso se adianta para assumir”.

Autor desconhecido.

Problemas nas organizações estudantis depois das garantias legais

Os alunos não estavam mais acostumados a se organizarem livremente.

Os movimentos estudantis passaram a ter fortes influências político-partidárias.

Os diretores temiam perder sua autoridade.

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Situações que favorecem ou dificultam a formação de Grêmios:

• a posição da Equipe Gestora em relação ao Grêmio;

• espaço físico;• representação do aluno;

• relação de poder;

• nível de escolaridade dos alunos.

Conceituando o Grêmio

O Grêmio estudantil é o órgão de representação máxima da organização coletiva do corpodiscente de cada unidade escolar, de forma que as reivindicações, idéias e os anseios dosestudantes sejam expostos de uma maneira organizada e representativa. Ele é uma entidadeautônoma e representa os estudantes dentro e fora

A criação de um Grêmio deve favorecer na escola:

• o sentimento de grupo e a socialização das informações;• o surgimento de novas lideranças;• a comunicação dos alunos entre si e com os outros participantes.

A criação de um Grêmio deve favorecer na escola: (cont.)

• o aumento da auto-estima dos alunos;

• a valorização de habilidades e conhecimentos desconsiderados na avaliação formal;

• uma maior abertura no processo pedagógico e a inclusão do prazer, tão pouco freqüenteno espaço escolar.

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A importância do Grêmio para o desenvolvimento infantil

O Grêmio Estudantil é um espaço especial para que as crianças estabeleçam relaçõescom outras crianças, o que não só ajuda o desenvolvimento das operações mentais,mas principalmente na mudança do tipo de relação que domina a vida infantil: dacoação à cooperação.

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O Processo de democratização escolar - (Texto 1)

Organizado por Reginaldo Junior

A gestão participativa propicia para a escola movimentos importantes como: participação dealunos, funcionários, professores, pais e comunidade; desconstrução nas relações hierarquizadasde poder e dominação; ruptura com os processos de exclusão de grupos nas decisões sobre osrumos da escola. Leva-nos a refletir sobre o processo eleitoral dos representantes dos diferentesgrupos, e também, sobre como esses representantes participam na gestão da escola, na vigilân-cia das decisões tomadas e no controle das aplicações dos recursos. A gestão democrática devegarantir: o acesso igualitário às informações a todos os segmentos da comunidade escolar e aaceitação da diversidade de opiniões e interesses.

Democratizando a escola

Após a promulgação da Lei Federal nº 7398/86, os órgãos centrais, por meio das Secretarias deEstado da Educação, emitiram comunicados dando ciência desta lei à rede de ensino, com o intuitode solicitar aos diretores de Escolas divulgar , incentivar e oferecer condições aos estudantes para aformação de Grêmios Estudantis.

Com respaldo da lei é possível criar ambiente favorável aos valores da participação, que deve ser vistacomo um processo permanente para estabelecer um equilíbrio dinâmico entre: a autoridade delegadado poder central ou local da escola e os direitos dos alunos enquanto “autores” do seu própriocrescimento.

Muitos problemas ocorreram por vários motivos:

Os alunos não estavam acostumados a se organizar livremente visto que, por longos anos, issoacontecera apenas de maneira impositiva.

Os movimentos estudantis emergentes passaram a ter fortes influências político-partidárias.

Os diretores de escola viam que seu espaço estava sendo invadido, acreditando assim, que sua

autoridade poderia estar sendo ameaçada. No Estado de São Paulo, eles pressionam o Secretário de

Educação até conseguirem a publicação de um Comunicado outorgando-lhes novamente o poder

de autorizar ou não reuniões dos alunos para a criação dos Grêmios Estudantis. Várias outras

Bibliografia Consultada:

BASTOS, João Baptista. et al. Gestão democrática. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

Site Consultado:

http://sites.uol.com.br/luandrejac/grêmio.htm Capturado: 17/09/2001

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iniciativas aconteceram nas escolas – tanto públicas como particulares - ora facilitando ora dificultan-do a organização desse movimento.

Poderíamos relatar inúmeras tentativas interessantes a respeito da criação de Grêmios Estudantis. Amaioria mostra que os alunos até conseguem dar os primeiros passos rumo a uma certa mobilizaçãoe organização para atingir esse objetivo; porém diversos outros fatores (abordados na primeira fasedo curso) fazem com que o caráter de participação do aluno nos dias atuais se efetive de maneiradiferente e com características peculiares.

O quê é um Grêmio Estudantil?

O Grêmio estudantil é o órgão de representação máxima da organização coletiva do corpo discente decada unidade escolar e tem por finalidade favorecer o desenvolvimento da consciência crítica, daprática democrática, da criatividade e da iniciativa, isso para que as reivindicações, idéias e os anseiosdos estudantes sejam expostos de maneira organizada e representativa. Ele é uma entidade autônomae representa os estudantes dentro e fora da escola. Por ser uma associação autônoma, a sua organizaçãoe os seus estatutos dependem somente dos alunos, não sendo permitido à direção da escola interferirno seu estatuto ou no processo de eleição. Ele também tem como um dos seus principais objetivostornar a escola mais prazerosa e proveitosa para os estudantes, pois através de um trabalho respon-sável e dinâmico ele cria uma relação harmoniosa, objetivando sempre uma maior integração entrealunos e colégio.

Na visão dos alunos

Os alunos, participantes dos grupos de discussão sobre gestão da escola, envolvidos em grêmiosorganizados ou interessados em sua organização, assim o descrevem:

• é um grupo de pesquisa que lidera, ou seja, que percebe possibilidades de mudar;• um grupo de alunos que promove atividades culturais;• um grupo de pessoas que participa das “coisas”. Tenta resolver os problemas de cada turma.• para conseguir isso, deve saber se comunicar com os colegas e com a direção.

Os alunos reconhecem como pertinentes ao grêmio: o debate, a participação nas decisões, a escolha darepresentatividade, a comunicação entre membros da comunidade escolar, o exercício do traba-lho coletivo, a valorização da cultura e a autonomia do grupo.

A articulação dos alunos para a organização do grêmio estudantil gira em torno de atividades lúdicase de ações que visam solucionar problemas ligados à gestão da escola que os atinge diretamente.

Tais propostas servem para reforçar o sentimento de grupo; socializar as informações; favorecer osurgimento de novas lideranças; estreitar a comunicação dos alunos entre si, e com os outros partici-pantes da comunidade escolar; aumentar a auto-estima; valorizar habilidades e conhecimentosdesconsiderados na avaliação formal; interferir no processo pedagógico, e principalmente incluir oprazer, tão pouco freqüente no espaço escolar.

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As eleições produzem efervescentes períodos pré-eleitorais, momentos privilegiados defavorecimento à discussão, à troca de idéias, aos questionamentos, à explicitação de conflitos efuncionam como projeto pedagógico do “ser cidadão”. O exercício da cidadania não se restringeapenas ao dia das eleições. É preciso prosseguir, ampliar o debate, manter viva a participaçãodos alunos nos rumos do grêmio e da escola, a exemplo do que acontecerá na sociedade.

Na nossa leitura, as eleições do grêmio, como a de diretores e dos conselhos escolares, são funda-mentais para a gestão participativa, mas o ato de eleição em si, isoladamente, não garante a gestãodemocrática.

Situações que favorecem ou dificultam a formação de grêmios (Texto 2)

O interior da escola abriga situações que favorecem ou dificultam a organização dos alunos, a

formalização e a atuação dos grêmios. Destacamos alguns determinantes, mais freqüentemente ob-

servados:

Posição do diretor em relação ao grêmio

Apesar do grêmio ter seu espaço garantido por leis (no âmbito federal), na estrutura da escola suaformalização é atravessada pelo desejo das equipes dirigentes de incluí-lo ou não. Algumasexplicitam claramente a exclusão, outras o excluem de forma mais velada quando, por exemplo,omitem qualquer referência ao grêmio em suas plataformas eleitorais. Entretanto, há equipes queestimulam, apóiam e procuram parceria com os alunos organizados. A diretora de uma escola,da alfabetização à quarta série, percebendo as dificuldades de participação dos alunos, iniciou umprojeto de discussão de representatividade nas turmas, apoiou a escolha de representantes epromoveu, periodicamente, reuniões com os representantes eleitos pretendendo que o grupofosse se fortalecendo e adquirindo uma maior autonomia. Existem, ainda, outras demonstra-ções de interesse, como essas inserções, nas plataformas eleitorais de diretores candidatos àreeleição:

• estimular a formação do grêmio desta escola.• incentivar a ação do grêmio que foi criado no ano passado.• incentivar a criação, dentro do grêmio, de um espaço específico para a participa-ção de ex-alunos da escola.

Uso do espaço físico

As escolas sofrem, em sua maioria, com a precariedade de instalações. O espaço físico é muitodisputado e a ocupação está diretamente relacionada ao poder e ao prestígio das pessoas ougrupos. As argumentações para justificar as dificuldades de conseguir local para acolher o grêmioe sua atividades, muitas vezes, são até aceitáveis, mas desacompanhadas da preocupação emsolucionar o caso. Por outro lado, geram a necessidade de se rediscutir a ocupação dos espaçosda escola e a descoberta de local para o uso do grêmio.

Freqüentemente conseguem um “cantinho” em local menos nobre na escola ou passam a dividiruma sala com outras pessoas ou grupos. Mas o movimento prossegue e a instalação da mesa depingue-pongue é um exemplo, já clássico, de conquista de espaço.

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Representação do aluno

O papel dos representantes de turma é importante para a atuação do grêmio visto que com-põem o Conselho de Representantes com direito a assento, voz e voto nas reuniões. Na eleiçãodos representantes, nem sempre é respeitada a autonomia dos alunos. Muitas vezes essa escolhasofre interferência da direção ou de outros segmentos da comunidade escolar. Como, por exem-plo, na escola onde a diretora determina o representante baseando-se em lista tríplice apresentadapela turma. Ou em outra, em que os alunos os elegem de acordo com o perfil estabelecido peladireção, comprometendo a autonomia da escolha.

A expectativa em relação ao papel do representante de turma em algumas escolas é: manter obom comportamento da turma, quando o professor não se encontra em sala; recolher e distri-buir cadernetas; responsabilizar-se pela chave da sala. Em contrapartida, há escolas onde osrepresentantes de turma participam dos conselhos de classe na tentativa de contribuir com oprocesso político-pedagógico da escola.

Algumas vezes, os alunos ao elegerem os representantes, simplesmente, delegam-lhe o poder deresolver todos os problemas da turma, recusando-se a participar de novas discussões. É comum,ouvirmos dos representantes queixas sobre a dificuldade em dialogar com seus colegas após aseleições.

Relações de poder

As relações de poder favorecem as falas e ações que reafirmam a dificuldade e a incapacidade deos alunos se organizarem até que eles próprios incorporem como de sua responsabilidade asituação de fracasso, submetam-se às normas instituídas sem discuti-las e desistam de se organi-zar. No cotidiano de uma escola, os alunos utilizavam somente colheres para merendar porquefacas e garfos eram proibidos por serem considerados objetos perigosos. O problema emergiuquando alunos de quinta a oitava séries questionaram a proibição, principalmente, quando ocardápio era espaguete com ovo. Não aceitaram as justificativas apresentadas e conseguiram,depois de muito diálogo, o direito de usar o garfo.

Os alunos organizados têm mais chance de subverter esta relação hierarquizada de submissão aosadultos e são percebidos como ameaça ao poder instituído.

Nível de escolaridade dos alunos

As tentativas de imobilização utilizam como argumento a falta de maturidade e de capacidade deorganização das crianças, de turmas da classe de alfabetização à quarta série, desconsiderando apossibilidade delas se organizarem em torno de seus interesses e dentro de seus padrões dedesenvolvimento.

Como, por exemplo, a criação da gibiteca da escola com as revistinhas ‘arquivadas’ em caixas desapatos, funcionando na base de troca e não, de empréstimo. O aluno traz uma revista e retiraoutra facilitando, assim, o controle, a guarda e a preservação do acervo. Ou ainda, ao compara-rem os preços do supermercado, da loja de doces, dos vendedores da porta da escola, reinvidicam

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redução dos preços de doces, balas, chicletes e refrigerantes; conseguem saber a que sedestina o lucro das vendas e solicitam participação nas decisões sobre como utilizar os recursosconseguidos.

Caminhando para a democratização escolar...

O grêmio é um espaço coletivo, social e político, de aprendizagem da cidadania, de construção denovas relações de poder dentro da escola, ultrapassando as questões administrativas e interferindono processo pedagógico.

O grêmio organiza-se com mais facilidade quando a escola encontra-se num momento de gestãodemocrática, em que a correlação de forças é menos desigual e tem vínculos firmes com a comuni-dade e com outras instituições. Quando o processo de eleição dos representantes acontece natural-mente, sem a interferência de outros segmentos, notamos maior facilidade na ação dos grêmios umavez que as lideranças surgidas nas turmas favorecem essa situação.

A organização dos alunos deve surgir autonomamente e com livre participação, mas eles próprios,muitas vezes, não sabem exatamente o “porquê” e o “para quê” do grêmio. Em outras situações nãosabem como começar a se estruturar como grupo representativo do aluno. A participação do alunono grêmio é favorecida quando ele pertence a uma família ou comunidade que tem envolvimentoem movimentos sociais: em associações de moradores, igrejas ou partidos políticos.

Uma forma de estimular o surgimento de grupos organizados de alunos é fomentar a criação deuma ampla rede de discussão sobre o tema entre as unidades escolares.

GERIR, Salvador, v. 8, n. 24, p. 15-77, mar./abr. 2002.

Bibliografias e Indicações de Leitura:

BASTOS, João Batista. et al. Gestão democrática. Rio de janeiro: DP&A, 2000.

MOURA, Odete de (texto). Grêmio Estudantil: o estudante participa? Porto Alegre: CentroGaúcho de Audiovisuais.

PIAGET, J. Études sociologiques. Genebra – Paris:Droz, 1977. 238p. – Estudos Sociológicos,Rio de Janeiro: Forense, 1973.

TAILES, Yves de La; OLIVEIRA, Marta Kohl de; DANTAS, Heloysa. Teorias psicogenéticasem discussão. 14 ed. São Paulo: Summus, 1992.

Sites Consultados:

http://sites.uol.com.br/luandrejac/gremio.htm - Capturado: 17/09/2001.

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A importância do grêmio para o desenvolvimento infantil (Texto 3)

Reginaldo Junior

Os estudos atuais demonstram como são essenciais as influências da interação social para o desen-volvimento cognitivo. O grêmio infantil é um espaço especial para que as crianças estabeleçamrelações com outras crianças, o que não só ajuda no desenvolvimento das operações mentais, masprincipalmente na mudança do tipo de relação que domina a vida infantil: a coação (toda relaçãoentre dois indivíduos na qual intervém um elemento de autoridade ou prestígio), que é natural, poisde fato existe uma assimetria na relação Pai/Filho – Adulto/criança e é uma etapa obrigatória enecessária para a socialização da criança.

Contudo a presença do grêmio infantil propiciará o estabelecimento, o início de uma relação dife-rente: a cooperação (como seu nome indica, pressupõe a coordenação das operações de dois oumais sujeitos, porém não mais com assimetria, imposição, etc.), pois é nele que ela irá interagir comoutras crianças, com as quais não há hierarquias preestabelecidas, pois se concebem iguais umas àsoutras e poderão se organizar em torno de seus interesses e problemas propondo soluções de acor-do com seus padrões de desenvolvimento, que serão estimulados e desenvolvidos nessas atividades.Afirma Piaget (1977, p. 238): “É a procura da reciprocidade entre os pontos de vista individuais quepermite a inteligência construir este instrumento lógico que comanda os outros, que é a lógica dasrelações”. Portanto, uma vez “iniciada” a cooperação pela sua convivência com iguais no grêmioinfantil, a criança tenderá a exigir cada vez mais e de todos que se relacionam com ela desta forma,contanto que na sociedade em que vive, e na escola que freqüenta sejam valorizadas as noções deigualdade e respeito mútuo.

Trabalho em Equipe :

Essa é uma atividade opcional da oficina Grêmio e Gestão Participativa e aconselhamos que elaseja realizada somente se houver tempo disponível. A intenção desta atividade é oferecer aosparticipantes da oficina uma leitura reflexiva e atualizada dos temas abordados no Módulo. Asindicações bibliográficas para essa atividade serão sugeridas após a descrição do processo detrabalho e poderão ser substituídos por outras, desde que não se afastem do tema proposto, sempreque surgir alguma abordagem mais atual.

Objetivo:

Promover o estudo, reflexão e a socialização dos temas: Gestão Participativa, Liderança, Participa-ção do Aluno e Grêmio Estudantil.

Processo de Trabalho:

• dividir os participantes em equipes. Cada equipe receberá um texto abordando algum dos temasexplicitados no objetivo para ler em grupo e socializar os conhecimentos adquiridos.• caso haja tempo, seria interessante uma socialização geral de todas as equipes.

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Bibliografias

GURGEL, Paulo Roberto Holanda. Ditos sobre evasão escolar. Estudo de casos da Bahia.Brasília, DF: MEC/Projeto Nordeste,1997.

SILVA, Adejaira Leite da. A participação do aluno na gestão democrática escolar: Coadju-vante ou Protagonista? Universidade Federal do Mato Grosso, 2001.

JEBAILI, Paulo. O perfil do novo líder. In: Liderança Empresarial: Abril,1997. 6-9p.

Sites consultados:http://www.uol.com.br/novaescola/ed/119_fev99/html/planejamento.htm

Capturado em 20/08/2001.

Avaliação das Oficinas:

O processo, a forma e a metodologia da avaliação ficará a critério do coordenador da oficina; costuma-mos utilizá-la como um feedback do grupo em relação ao desenvolvimento da oficina, o que propicia umconstante aperfeiçoamento da aplicação deste módulo. A título de ilustração apresentaremos o modelo quecomumente a equipe PGP/LIDERE tem usado em suas oficinas: distribuição de folhas de ofício com ostópicos para serem preenchidos:

Eu felicito...

Eu sugiro...

Eu critico...

Encerramento:O coordenador da oficina agradece a participação e colaboração de todos os participantes e

encerra o encontro.

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OFICINA C“FORMANDO UM GRÊMIO ESTUDANTIL”

Objetivo:

Oferecer aos participantes conhe-cimentos e materiais práticos paraformar e implantar um Grêmio Es-tudantil numa unidade escolar.

Pauta da Oficina:

• cumprimentos - 5’• leitura da pauta - 3’• leitura do objetivo da oficina - 2’• sensibilização inicial (Aquarela) - 10’• elaboração dos painéis - 40’• fundamentação teórica (5 Transparências) - 25’• simulação: Formando um Grêmio - 50’• socialização dos Trabalhos - 30’• avaliação - 10’• encerramento - 5’

Tempo Aproximado da Oficina: 3h

Material Necessário:

• cópias da música “Aquarela”;• cópia dos textos para a simulação (os textos estão incluídos na Oficina);• papel metro;• pilotos (canetas).

Sensibilização Inicial:

Indicamos para essa atividade, que a música seja cantada pelos participantes, ou acompanhada atra-

vés de sua apresentação numa fita ou CD. A exposição do tema da oficina poderá ser iniciada pela

reflexão da música, cuja cópia todos deverão ter.

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Numa folha qualquer eudesenho um sol amareloE com cinco ou seis retasé fácil fazer um casteloCorro o lápis em tornoda mão e me dou umaluva

E se faço chover com doisriscos tenho um guarda-chuvaSe um pinguinho de tintacai num pedacinho azul dopapelNum instante imagino uma linda gaivota a voarno céu

Vai voando contornandoA imensa curva norte sulVou com ela viajandoHavaí, Pequim ou IstambulPinto um barco a vela branco navegandoé tanto céu e mar num beijo azul

Entre as nuvens vem surgindoUm lindo avião rosa e grenáTudo em volta colorindoCom suas luzes a piscarBasta imaginar e ele está partindoSereno indoE se a gente quiserEle vai pousar

Aquarela

(Toquinho – Vinícius de Morais)

Numa folha qualquer eu desenho um navio de partidaCom alguns bons amigos, bebendo de bem com a vidaDe uma América à outra consigo passar num segundoGiro um simples compasso e num círculo eu faço omundo

Um menino caminha ecaminhando chega no muroE ali logo em frente a esperarpela gente o futuro estáE o futuro é uma astronaveQue tentamos pilotarNão tem tempo nem piedadeNem tem hora de chegarSem pedir licença muda nossa vidaE depois convida a rir ou chorarNessa estrada não nos cabeConhecer ou ver o que viráO fim dela ninguém sabeBem ao certo onde vai darVamos todos numa linda passarelaDe uma aquarela que um dia enfimDescolorirá

Numa folha qualquer eu desenho um sol amareloQue descoloriráE se faço chover com doisriscos tenho um guarda-chuvaQue descoloriráGiro um simples compasso enum círculo eu faço o mundo

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Elaboração dos Painéis:

Tempo Aproximado: 40 min

Objetivo:

Promover a reflexão e discussão sobre a missão e os objetivos estratégicos que o Grêmio Estudantilda unidade escolar (que está trabalhando o módulo) poderá apresentar, além de oferecer um conhe-cimento teórico/prático sobre o processo de elaboração de uma missão e seus objetivos.

Processo de Trabalho:

1. Aconselhamos que sejam formadas três equipes, e que de preferência possuam um estudante entreos seus membros. Serão distribuídos pilotos e papéis metros para cada equipe formada. Cada umadeverá elaborar a construção de um painel contendo as respostas para as perguntas:

1.1 Qual a missão que o Grêmio Estudantil desta escola deverá possuir? Elabore e registre nopainel a missão concebida pela equipe.1.2 Quais seriam os objetivos estratégicos que o Grêmio, a partir da missão elaborada anterior-mente, deverá ter?

2. Elabore e registre esses objetivos, em forma de tópicos ou não, no painel.

Importante:

O coordenador da oficina deverá expor para os participantes as definições de missão e objetivosantes de orientar a elaboração dos painéis. Sugerimos algumas:

Missão: é uma declaração sobre como o grêmio é, sua razão de ser, seus participantes e as atividadesque ele desenvolve. Define o que o Grêmio é hoje, seu propósito e como pode atuar no seu dia-a-dia.Aponta para o que ele está se propondo a atingir, sua meta maior.

Objetivos: são os alvos a serem perseguidos, as situações que o Grêmio pretende atingir num dadotempo. Indicam áreas em que o Grêmio concentrará seus esforços para atingir um bom desempe-nho num determinado espaço de tempo.

Obs: Os resultados dos trabalhos, depois de socializados, deverão ser guardados, pois serão essen-ciais para a atividade de Simulação “Formando um Grêmio” da próxima e última atividade práticada Oficina.

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Fundamentação Teórica:

Tempo Aproximado: 25 min

1. Como nas primeiras oficinas, estamos iniciando as transparências com um pensamento, que pode-rá iniciar as reflexões da fundamentação teórica.

2. É imprescindível a leitura do referencial teórico!

Transparências

Grêmio passo a passo

3º passo:Os alunos se reúnem e formam as Chapas que concorrerão à eleição. Eles devem apresen-tar suas idéias e propostas para o ano da gestão do Grêmio Estudantil. A ComissãoEleitoral promove debates entre as chapas abertas a todos os alunos.

Formando um Grêmio Estudantil

“Uma visão sem uma tarefa, é apenas um sonho. Uma tarefa sem uma visão é somente umtrabalho árduo. Mas, uma visão com um tarefa pode mudar o mundo”.

Declaração de Mount Abu

Grêmio passo a passo

1º passo:O grupo interessado em formar o Grêmio comunica a direção escolar, divulga a propostana escola e convida os alunos interessados e os representantes de classe (se houver) paraformar a Comissão Pró-Grêmio. Este grupo elabora uma proposta de estatuto que serádiscutida e aprovada pela assembléia geral.

Grêmio passo a passo

2º passo:A Comissão Pró-Grêmio convoca todos os alunos da escola para participar da As-sembléia Geral. Nesta reunião, decide-se o nome do Grêmio, o período de campa-nhas das chapas, a data das eleições e aprova-se o Estatuto do Grêmio. Nessa reuniãotambém se define os membros da Comissão Eleitoral.

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Referencial Teórico para os Coordenadores:

1. Estes textos têm por finalidade fornecer subsídios teóricos para o coordenador da Oficina estu-dar e aprofundar seus conhecimentos sobre os tópicos abordados nas transparências.

2. Indicaremos algumas leituras (referências), após os textos, para o leitor que se sentir interessadoem fazer um estudo mais minuncioso do tema.

Entenda Melhor:

Comissão Pró - Grêmio

Grupo de alunos interessados na formação do Grêmio. Tem como tarefas: divulgar a idéia doGrêmio na escola, elaborar o Estatuto do Grêmio e convocar a Assembléia Geral.

Assembléia Geral

Reunião de todos os alunos da escola para discutir e aprovar alguma proposta do Grêmio. É oórgão máximo de decisão do Grêmio Estudantil. Para garantir que a decisão da Assembléia Geralseja representativa, pelo menos 10% dos alunos matriculados na escola deverão estar presentes nareunião, se não, convoca-se outra Assembléia Geral.

Grêmio passo a passo

5º passo:A Comissão Pró-Grêmio envia uma cópia da Ata de eleição e do Estatuto para a direçãoescolar e organiza a cerimônia de Posse da Diretoria do Grêmio (cargos). A cada anoreinicia-se o processo a partir do 3º passo.

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Grêmio passo a passo

4º passo:A Comissão Eleitoral organiza a Eleição (o voto é secreto). A contagem é feita pelos repre-sentantes de classe, acompanhados por 2 representantes de cada chapa e, eventualmente,dos coordenadores pedagógicos da escola. No final da apuração, a Comissão Pró-Grêmiodeve fazer uma Ata de eleição para divulgar os resultados.

Grêmio Passo a Passo(extraído do site: www.soudapaz.org/grêmio em forma 18/09/01)

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Comissão Eleitoral

Grupo formado por 2 representantes de cada chapa, representantes de classes e CoordenaçãoPedagógica da escola. Será responsável por todo o processo eleitoral: fazer as cédulas com nomesdas chapas, providenciar a urna, contar os votos e divulgar os resultados.

Associação de Pais e Mestres (APM)

É uma instituição auxiliar da escola, que tem como objetivo contribuir no processo educacional e naintegração família - escola -comunidade. Como a escola não tem autonomia para movimentarrecursos financeiros diretamente, é pela APM que recebe e aplica recursos vindos da Secretaria deEducação ou resultante de festas, contribuições, etc. É composta por, no mínimo 23 pessoas (11 noconselho deliberativo, 9 na diretoria executiva e 3 no conselho fiscal).

Conselho de Classe

O conselho é o maior órgão de decisão da escola. É composto por 40% de professores, 25% depais, 25% de alunos, 5% de especialistas e 5% de funcionários, eleitos no início do ano.

Maioria Simples de Voto

Considerando o total de votos obtidos, vence quem receber o maior número de votos (metademais um).

“Quorum”

Número de pessoas presentes em uma reunião, assembléia ou discussão. Pode-se estabelecer um“quorum” mínimo,ou seja, um número mínimo de pessoas necessárias para legitimar uma decisão. AComissão Eleitoral organiza a ELEIÇÃO (o voto é secreto). A contagem é feita pelos representan-tes de classe, acompanhados por 2 representantes de cada chapa e, eventualmente, dos coordenado-res pedagógicos da escola. No final da apuração, a Comissão Pró-Grêmio deve fazer uma Ata deEleição para divulgar os resultados.

Simulação: Formando um Grêmio

Objetivo:

Simular a constituição de um Grêmio Estudantil, oportunizando aos participantes um conhecimento

teórico-prático sobre formação e implementação de um grêmio estudantil.

Tempo Aproximado: 50 min

Processo de Trabalho:

Dividir os participantes em três equipes: Uma Equipe para simular o Estatuto do grêmio, uma

equipe para simular o Plano de Ação e uma terceira equipe de Assessoria para dar suporte e fazer

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com que as outras duas trabalhem em cooperação e “sintonia”. Cada equipe receberá material

escrito, relacionado à natureza de sua atividade, para leitura e consulta durante a realização dos

trabalhos, além de papel metro e caneta para elaborar/apresentar a síntese dos trabalhos no momen-

to de socialização dos resultados.

A equipe do Estatuto ficará responsável pela elaboração do Estatuto do Grêmio (modelo/esquema),

respeitando as características e identidade da unidade escolar. A síntese dos capítulos/artigos do estatu-

to (preferencialmente por tópicos) deverá ser apresentada num painel no momento da socialização.

A equipe do Plano de Ação ficará responsável pela elaboração de um plano de Ações para o

Grêmio daquela unidade escolar, utilizando os painéis feitos na segunda oficina (Grêmio e Gestão

Participativa). Este plano deverá ser apresentado num painel no momento da socialização.

A equipe de Assessoria terá a função de Assessorar e dar suporte às outras duas equipes. Para ela

será fornecido um material tratando das questões (dúvidas) mais freqüentes, modelos de atas e

definições para a comissão Pró-Grêmio. Esta equipe deverá estudar o assunto e se dividir em dois

grupos, que junto às equipes do Plano de Ação e Estatuto, participarão da elaboração de seus

“produtos”. No momento da socialização ela também poderá fazer uma breve apresentação, não

sendo necessário o uso de painéis.

Material para as equipes

Segue o material para as equipes de: Assessoria e Estatuto.

Material para a equipe de Assessoria:

Extraído de: www.soudapaz.org/projetos/gremio/index.html Capturado: 18/09/2001

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Bibliografias e Indicações de Leitura:

MOURA, Odete de (texto). Grêmio estudantil: o estudante participa? Porto Alegre:Centro Gaúcho deAudiovisuais.

INTEGRAÇÃO ESCOLA-COMUNIDADE - Organização de Grêmio Estudantil. São Paulo: FDE, 1990.

LUZ, Sérgio Edgard da. A organização do Grêmio estudantil. 2.ed, São Paulo. 1998.

ROSA, Carlos Mendes. Grêmios a aula de cidadania que nossos alunos não freqüentam. Revista Nova

Escola. v. 6, São Paulo: Abril, 1992.

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MODELO DE ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL

Ata nº ____da Assembléia Geral dos Estudantes do Grêmio Estudantil_________________ , da Esco-la______________ aos ____dias do mês de____________ do ano de______ , às_______ horas, emprimeira (ou Segunda) convocação, reuniram-se, conforme o Edital nº __________, em AssembléiaGeral, sob a coordenação de _____________________, o qual, convocou para fazer parte da mesacoordenadora os seguintes membros: _______________________(especificar os Nomes e Cargos). Com-posta a mesa, designou __________________(nome) para secretariar a Assembléia. Dando início, pro-cedeu à seguinte leitura da ordem do dia____________________________ (resumo do ocorrido): Nadamais a tratar, o coordenador agradeceu a presença de todos e deu por encerrada a Assembléia à qualeu,__________________________ , secretariei e registrei a presente Ata que, após lida e aprovada,segue assinada pelos presentes. ______________, ____ de _________ de 20____.

Assinatura do Dir. Comunicação Assinatura do Coordenador Geral_______________________ _______________________Seguem as assinaturas dos presentes._____________________

MODELO DE ATA DE REUNIÃO DA DIRETORIA

Registrar as reuniões da diretoria do Grêmio é simples:

• marcar a data da reunião• fazer uma lista de presença• redigir o resumo dos pontos decididos• apresentar a síntese das decisões tomadas• colher assinaturados participantes

Modelo de ATA

As atas são os registros dos principais pontos decididos em reuniões, eleições e AssembléiasGerais. Elas devem ser registradas em um livro específico, com páginas numeradas.

Selecionamos aqui alguns modelos de atas mais utilizadas, como a Ata de Fundação do Grêmio,Ata de Eleição, Ata de Assembléia Geral e Ata de Reunião da Diretoria.

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MODELO ATA DE ELEIÇÃO

No dia______ do mês de ___________do ano __________ocorreram as eleições do grêmio estudantil na Escola .

Concorreram nesta eleição as chapas __________________________________(nomes das chapas concorren-

tes).

Votaram nesta eleição_______________ (número de estudantes que votaram) alunos regularmente matricula-

dos nesta instituição. Houve _______votos brancos e________ votos nulos.

A chapa_______________ recebeu_________ (número de votos), a chapa _____________recebeu_______

(número de votos ).

Foi eleita a chapa__________________ para a gestão__________ (ano), cujos membros

são:_______________________ (colocar o nome de todos os membros da chapa eleita e os cargos que ocupa-

rão).

Representante da Comissão Eleitoral Representante da chapa eleita _________________

____________________

Representante da comissão Pró-Grêmio (ou da gestão anterior)__________________

MODELO DE ATA DE FUNDAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL

Ao dia_____ do mês de ____________do ano de________ às______ horas, os estudantes da Esco-

la________________, reunidos em Assembléia geral, sob a coordenação de

____________________________(nome do estudante escolhido para coordenar a Assembléia), dão por

abertos os trabalhos da Assembléia Geral dos alunos e colocam em discussão a pauta única da Assembléia: a

fundação da entidade representativa dos estudantes, o Grêmio Estudantil.

Aprovou-se o nome do Grêmio____________________ e ficou decidido que, todo ano, as próximas Direto-

rias do Grêmio comemorarão este dia como data de fundação.

Aprovadas as questões mencionadas acima, passou-se à aprovação do Estatuto do Grêmio Estudantil que rege

a entidade.

A seguir, iniciou-se a discussão para a eleição da primeira Diretoria do Grêmio Estudantil, que será eleita na

disputa de chapa(s) em urna.

Por fim, declarou-se fundado o Grêmio Estudantil _______________________, órgão representativo dos

estudantes da Escola.

___________________________________

Representante da Comissão Pró -Grêmio

que coordenou a Assembléia Geral

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Definições para a comissão Pró-Grêmio

Qual o Objetivo do Grêmio?

Esta pergunta deve estar sempre presente na escola para que o objetivo do Grêmio Estudantil nãose perca. Objetivo é o que o Grêmio quer alcançar, sua meta.

Para contribuir com a reflexão de vocês, levantamos algumas possibilidades de organização de umGrêmio. Elas tratam de temas que serão definidos no estatuto.

A comissão Pró-Grêmio deve ler e responder de acordo com a necessidade da sua escola.

O Grêmio possui?

Chamar o representante do grêmio de coordenador geral, favorece a idéia de trabalho em equipe,quando uma pessoa é responsável por coordenar as atividades dos outros membros da diretoria. Éimportante diferenciar coordenar de comandar. Podemos dizer que coordenador geral se assemelha aum maestro que rege uma orquestra, não a um general, que dita tarefas. Ao sugerirmos o uso decoordenador geral no lugar de presidente, não estamos apenas trocando de nome, mas propondo umaestrutura mais participativa e democrática no grêmio estudantil e na escola.

Quem coordena as reuniões do Grêmio?

Pensamos que todos devem ter a oportunidade de exercitar a função de mediador, por isso sugerimos quecada reunião seja coordenada por um diretor diferente, em sistema de rodízio.

O Grêmio participa de quais reuniões?

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O Grêmio tem direito de participar das reuniões do Conselho de Escola e da APM (Associação dePais e Mestres) pois aí são discutidos e decididos muitos assuntos de interesse dos estudantes. Maspara que os representantes do Grêmio, o coordenador geral e o Diretor de Relações Acadêmicaspossam participar dessas reuniões, é preciso que isso conste no Estatuto do Grêmio. No caso dareunião da APM, o representante dos alunos deve ter mais de 18 anos.

Quantas reuniões da Assembléia Geral precisam acontecer?

Uma Assembléia Geral por ano, com a finalidade de avaliar a gestão que está terminando e definir acomissão eleitoral, é suficiente. A expressão “quando for necessário” quer dizer que a assembléiapode ser convocada quando a maioria dos diretores do Grêmio e/ou alunos acharem necessário.

Qual a quantidade de alunos (“Quorum”) que se precisa para se reunir e para acontecer umaAssembléia Geral?

Quanto maior o número de alunos participantes de uma Assembléia Geral, mais legítima e repre-sentativa ela será. Mas é muito difícil reunir todos os estudantes da escola, pois os horários nãocoincidem, e muita gente pode não ter interesse em participar. Não é obrigatório ir a uma Assem-bléia Geral, mas como as decisões que serão tomadas são importantes e influenciarão todos osmembros da escola, é preciso que o número de presentes seja minimamente REPRESENTATIVO.Acreditamos que 10% do número de alunos matriculados são suficientes.

O Grêmio é organizado em:

O Grêmio pode organizar sua estrutura administrativa tanto de forma hierárquica quanto de formacolegiada. Numa estrutura colegiada, não há cargos definidos e os membros do Conselho se reve-zam na administração. Em uma organização hierárquica, cargos são definidos e possuem uma or-dem de subordinação. Vejam o que melhor se adapta à realidade da sua escola, mas lembrem-sede que o Grêmio exige participação e responsabilidade, por isso, definir cargos pode assegurarmaior compromisso. Mesmo de forma hierárquica, propomos que as decisões de grande impactodo Grêmio sejam decididas de forma colegiada, pois a idéia de hierarquia não exclui trabalho emgrupo.

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Quem pode participar das reuniões do Grêmio?

O Grêmio representa todos os alunos da escola, e portanto, todos devem participar da sua gestão. Adiretoria do Grêmio foi escolhida para naquele ano coordenar suas atividades, por isso, tem direitoa realizar reuniões internas para preparar e discutir questões que depois serão debatidas com todosos alunos.

Quem pode ser da Diretoria/Coordenação do Grêmio?

Ninguém tem o direito de vetar a participação de qualquer aluno no Grêmio estudantil, se o motivonão estiver previsto no Estatuto.Quanto mais alunos envolvidos no Grêmio, maior e melhor suaatuação. Alunos do último ano do ensino fundamental e médio também têm o direito de participar.Muitas vezes esses alunos já têm um conhecimento da escola que pode ser muito proveitoso para aspropostas de um Grêmio.

Realizar as eleições no começo do ano (entre março e abril) garante uma maior participação dosalunos, pois quem está entrando no começo do ano pode participar e quem está no último anotambém.

Organizando um Grêmio!

As eleições aconteceram, uma chapa foi eleita e tem agora legitimidade para propor e desenvolverprojetos representando os alunos da escola: com todos e para todos. De que forma o grêmio poderealmente participar do dia-a-dia da escola? Que tipo de atividade(s) pode(m) ser realizada(s)? Comoela(s) pode(m) transformar a realidade escolar? O primeiro passo é fazer uma pesquisa com osalunos sobre as maiores necessidades e o que consideram prioritário e, a partir daí, montar as equipesde trabalho para começar a atuar.

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Se o que a equipe do Grêmio considera prioritário não coincidir com o desejo da maioria dos alunos- por exemplo, se o Grêmio destaca a necessidade de trabalhar o meio ambiente e propõe umacampanha de reciclagem de lixo, e os alunos, por sua vez, querem que o Grêmio organize umcampeonato de futebol - o melhor caminho é conciliar as duas atividades sugeridas: por exemplo,pode-se condicionar a inscrição no campeonato à prática de reciclagem, ou usar o campeonato parapromovê-la, pois assim, teremos mais gente participando das atividades.

Em outros casos, porém, quando não for possível conciliar, caberá ao Grêmio, como grupo eleitopara representar os estudantes, priorizar uma atuação e se responsabilizar pelas conseqüências dessaescolha.

Reunimos um quadro geral com exemplos de propostas de atuações para o Grêmio, vocês tambémpodem organizar o seu com as prioridades da sua escola.

Questões Mais Freqüentes

Onde encontramos informações sobre o Grêmio Estudantil?Em entidades representativas dos estudantes. Na Bahia a Entidade credenciada pela SecretariaEstadual de Educação é a AGESB. (tel: (71) 3481-0050, Ruizito Spínola – Presidente) Estáprevista na Lei Federal 9.394 de 20 de dezembro de 1996 a responsabilidade de diretores,professores e coordenadores pedagógicos repassarem aos alunos todas as informações soli-citadas. Também é interessante conversar com pais e amigos que fizeram e fazem parte demovimentos estudantis, seguramente eles têm muitas experiências para compartilhar.

O Grêmio tem direito à uma sala na escola?Sim. Mas se a escola não tiver nenhuma sala disponível para servir de sede permanente para ogrêmio, ao menos uma deve ser cedida para que as reuniões aconteçam.

Quais os alunos que podem participar da Diretoria do Grêmio?Qualquer aluno matriculado na escola, inscrito na chapa vencedora, poderá ser da diretoriado Grêmio. Os cargos serão discutidos pelos próprios membros da chapa, de acordo com asáreas de interesse de cada um.

Os integrantes do Grêmio podem sair da sala de aula quando houver necessidade?Evitem marcar reuniões e atividades do Grêmio em horários de aula, pois participar doGrêmio não significa não participar das aulas! Pelo contrário, quanto mais envolvidos com asdisciplinas, com os professores e com a Escola em geral, mais saberão o que propor e melho-rar! Em casos urgentes, a saída é permitida apenas com autorização do professor ou daDireção da Escola. Para facilitar, os representantes de classe podem repassar as informaçõesnecessárias para os alunos em cada sala que representam.

O que se pode fazer com recursos financeiros captados pelo Grêmio?Vocês podem utilizá-lo para organizar e promover atividades ou eventos do Grêmio. Porexemplo: comprar material para cenário de uma peça de teatro, comprar um computador

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para a sala do Grêmio, um aparelho de som, promover uma excursão para um museu etc.Mas atenção: nenhum membro do Grêmio pode ser remunerado. A participação é voluntária.

O que acontece com os bens materiais que o Grêmio adquire?Quando uma diretoria encerra seu mandato e outra assume, os bens adquiridos permanecemno Grêmio estudantil. Estes bens formam o patrimônio do Grêmio. No final de cada man-dato ele será averiguado pelo Conselho Fiscal. É muito importante haver transparência nogerenciamento, prática de prestação de contas periódicas do Grêmio e o incentivo à participa-ção dos alunos na decisão sobre como gastar recursos.

Onde começa e termina a autonomia do Grêmio?O Grêmio atua de forma independente da diretoria, Conselho de Escola e APM, ou seja, temautonomia para elaborar propostas, organizar e sugerir atividades para a Escola. Para realizá-las, no entanto, deverá contar com autorização da Direção ou do Conselho da Escola, pois aspropostas deverão ser sempre discutidas e agendadas. É direito dos estudantes participar daorganização do calendário e das atividades que serão realizadas na escola. Quanto aos parti-dos políticos, eles fazem parte da nossa vida política e atuam nos movimentos sociais eestudantis, mas o Grêmio deve procurar agir sempre com independência e autonomia,respeitando a pluralidade dos alunos que representa. Cada estudante pode ter sua preferênciapolítico partidária e militar em favor dela, no entanto, ela não é condição necessária para aparticipação no Grêmio Estudantil.

A direção escolar pode proibir o Grêmio de realizar alguma atividade? E escolherseus representantes e dizer quais atividades podem realizar?Não. A Direção da Escola pode discutir parcerias e projetos com o Grêmio, mas suas atua-ções e prioridades serão definidas pelos estudantes.

O Estatuto do Grêmio precisa ser registrado em cartório?Depende. Se a diretoria do grêmio e a direção da escola não acharem necessário, uma cópiado estatuto do Grêmio é anexada no livro de atas do conselho escolar e outra cópia enviadaà diretoria de ensino responsável pela escola. Isso já é suficiente para legitimar sua existência.Nos casos de Grêmios que dispõem de recursos financeiros relevantes, quando o coordena-dor geral é maior de idade, é interessante registrar o estatuto do Grêmio em cartório para quese possa abrir uma conta bancária.

Material para a equipe do Estatuto:Extraído do site: www.homestead.com/paisonline/Capturado em 20/09/2001

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O Estatuto

É necessário que o Grêmio registre em documento escrito seus princípios básicos. Esse documentochama-se Estatuto. É ele que garante a organização e autonomia do Grêmio Estudantil, pois deter-mina os objetivos e finalidades da entidade, a estrutura administrativa, o processo eleitoral, os direi-tos e deveres de seus membros, as esferas de decisão, etc.

O Estatuto não precisa ser registrado em cartório para ser válido. O importante é que seja aprovadoem Assembléia Geral e encaminhado para a Direção da Escola e para a Associação de Pais eMestres. Se o Estatuto for registrado em cartório, o Grêmio poderá realizar convênios formais comoutras entidades, adquirir bens etc., mas alunos menores de 18 anos não poderão participar de suaDiretoria ou Conselho, o que pode dificultar o funcionamento do Grêmio Estudantil.

O Estatuto é o alicerce legal de qualquer associação. Fixa os objetivos e finalidades, caracteriza ossócios e atribui direitos e deveres. Define também a estrutura administrativa, as competências, oprocesso eleitoral adotado etc.

Além de normalizar uma instituição, o Estatuto deve ser um instrumento facilitador que incentive aparticipação dos sócios, tornando a associação um organismo vivo, atuante, mobilizador.

A elaboração do Estatuto de um Grêmio Estudantil deve ser um momento rico para os participan-tes, pois exige profunda reflexão sobre a escola e a sociedade.

Para facilitar este trabalho, apresentamos três modelos de Estatuto, devendo ser entendidos comosugestões que precisam ser adequadas à realidade de cada Escola, considerando-se o tamanho daUnidade Escolar, bem como o grau de conscientização, mobilização e características ou interessesdo corpo discente.

Modelos de Estatutos

Estatuto - Modelo 1

Capítulo I

Da Denominação, Sede, Fins e Duração

Art. 1º - O Grêmio Estudantil ..... é o Grêmio Geral da Escola ...... da ..... DE ...... fundado em...... com sede

no estabelecimento e de duração ilimitada.

Parágrafo único - As atividades do “Grêmio” reger-se-ão pelo presente Estatuto, aprovado em Assem-

bléia Geral convocada para esse fim.

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Art. 2º - O Grêmio tem por objetivos:

I - congregar o corpo discente da Escola .....;

II - defender os interesses individuais e coletivos dos alunos da Escola:

III - incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros;

IV - promover a cooperação entre administradores, professores, funcionários e alunos, no trabalhoescolar, buscando seu aprimoramento;

V - realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural, educacional, cívico, desportivo e socialcom entidades congêneres;

VI - zelar pela adequação do ensino às reais necessidades da juventude e do povo, bem como peloensino público e gratuito;

VII - defender a democracia, a independência e o respeito às liberdades fundamentais do homem,sem distinção de raça, cor, sexo, nacionalidade, convicção política ou religiosa;

VIII - lutar pela democracia permanente na Escola, através do direito à participação nos fórunsinternos de deliberação desta instituição.

Capítulo II

Do Patrimônio, sua Constituição e Utilização

Art 3º - O patrimônio do Grêmio será constituído por:I - contribuição dos seus membros;II - contribuição de terceiros;III - subvenções, juros, correções ou dividendos resultantes das contribuições;IV - rendimentos de bens móveis ou imóveis que possua ou venha a possuir;V - rendimentos auferidos em promoções da Entidade.

Art. 4º -A Diretoria será responsável pelos bens patrimoniais do Grêmio e responderá por eles perante

suas instâncias deliberativas.

§ 1º - Ao assumir a Diretoria do Grêmio, o Presidente e o Tesoureiro deverão assinar um recibopara o Conselho Fiscal, discriminando todos os bens da Entidade.

§ 2º -Ao final de cada mandato, o Conselho Fiscal conferirá os bens e providenciará outro recibo, aser assinado pela nova Diretoria.

§ 3,1 - Em caso de ser constatada alguma irregularidade na gestão dos bens, o Conselho Fiscal faráum relatório e o entregará ao Conselho de Representantes e/ou à Assembléia, para as providênciascabíveis.

§ 4º - O Grêmio não se responsabilizará por obrigações contraídas por estudantes ou grupos, semter havido prévia autorização da Diretoria.

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Capítulo III

Da Organização do Grêmio Estudantil

Art. 5º - São instâncias deliberativas do Grêmio:I - a Assembléia Geral dos Estudantes;II - o Conselho de Representantes de Classe;III - a Diretoria do Grêmio;IV - o Conselho Fiscal.

Seção I

Da Assembléia Geral

Art. 6º -A Assembléia Geral é o órgão máximo de deliberação da entidade, nos termos deste Estatuto, e

compõe-se de todos os sócios do Grêmio e, excepcionalmente, por convidados, que deverão se abster do

direito ao voto.

Art. 7º - A Assembléia Geral reunir-se-á ordinariamente:

I - no dia 28 de março de cada ano, em homenagem ao “Dia Nacional de Luta”;

II - no dia II de agosto de cada ano, nas comemorações do “Dia do Estudante”;III - ao término de cada mandato, para deliberar sobre prestação de contas da Diretoria, parecer doConselho Fiscal e formação de comissão eleitoral para auxiliar o Grêmio nas eleições da novaDiretoria.

Parágrafo único - A convocação para as reuniões será feita através de edital, divulgado com antecedência

mínima de 48 (quarenta e oito) horas, feito pela Diretoria do Grêmio.

Art. 8º - A Assembléia Geral reunir-se-á extraordinariamente, quando convocada por 2/3 do Conselho de

Representantes ou por 1/2 mais 1 da Diretoria do Grêmio. Em qualquer caso, a convocação será feita com

o mínimo de 24 (vinte e quatro) horas de antecedência, discriminando e fundamentando todos os assuntos

a serem tratados, em caso não previsto neste Estatuto.

Art. 9º - A Assembléia Geral deliberará por maioria simples de voto, sendo obrigatório o quorum mínimo

de 5% dos alunos da Escola para sua instalação.

(Alternativa: quórum mínimo de 10%.)

§ 1º - As Assembléias Gerais, Ordinárias e Extraordinárias, realizar-se-ão em primeira convocaçãocom a presença de mais da metade do corpo discente da Unidade Escolar, ou em segunda convo-cação, 30 (trinta) minutos depois, com qualquer número.

§ 2º - A realização das Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias deverá ser autorizada peloConselho de Escola, sem prejuízo, de aulas e com discriminação completa e fundamentada dosassuntos a serem tratados.

§ 3º - Todas as reuniões e eventos do Grêmio Estudantil deverão ser realizados em sua sede.

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§ 4º - Quando da realização de qualquer evento ou reunião na sede, a Diretoria do Grêmio Estudan-til e seus associados serão responsáveis pela manutenção da limpeza, da ordem e por quaisquerdanos materiais que venham a ocorrer no prédio da Escola.

Art. 10 - Compete à Assembléia Geral:

I - aprovar e reformular o Estatuto do Grêmio; II - eleger a Diretoria do Grêmio;

III - discutir e votar as teses, recomendações, moções, adendos e propostas apresentados por qual-quer um de seus membros;

IV - denunciar, suspender ou destituir diretores do Grêmio, de acordo com os resultados de inqué-ritos procedidos, desde que comunicado e garantido o direito de defesa do acusado, sendo qualquerdecisão tomada, neste sentido, por uma maioria de 2/3 dos votos;

V - receber e considerar os relatórios da Diretoria do Grêmio e sua prestação de contas, apresentadajuntamente com o Conselho Fiscal;

VI - marcar caso necessário, Assembléia Geral Extraordinária, com dia, hora e pauta fixados;

VIl - aprovar a constituição da Comissão Eleitoral, sempre composta por alunos de todos os turnosem funcionamento na Escola, com número e funcionamento definidos em Assembléia.

Seção II

Do Conselho de Representantes de Classe

Art. 11 - O Conselho de Representantes de Classe é a instância intermediária e deliberativa do Grêmio; é o

órgão de representação exclusiva dos estudantes e será constituído somente pelos representantes de tur-

mas, eleitos anualmente pelos alunos de cada turma.

Art. 12 - O Conselho de Representantes reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinaria-

mente, quando convocado pelo Grêmio.

Parágrafo único - O Conselho de Representantes funcionará com a presença da maioria absoluta de seus

membros, deliberando por maioria simples de votos.

Art. 13 - O Conselho de Representantes será eleito anualmente, no início do período letivo, em data fixada

pelo Grêmio.

Art. 14 - Compete ao Conselho de Representantes de Classe:

I - discutir e votar as propostas da Assembléia Geral e da Diretoria do Grêmio;

lI - zelar pelo cumprimento do Estatuto do Grêmio e deliberar sobre casos omissos;

III - assessorar a Diretoria do Grêmio na execução de seu programa administrativo;

IV - apreciar as atividades da Diretoria do Grêmio, podendo convocar para esclarecimentos, quais-quer de seus membros;

V - deliberar nos limites legais, sobre assuntos de interesse do corpo discente e de cada turmarepresentada.

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Seção III

Da Diretoria

Art. 15 - A Diretoria do Grêmio será constituída pelos seguintes membros:I Presidente;II Vice-presidente;III Primeiro-secretário;IV Segundo-secretário;V - Primeiro-tesoureiro;VI Segundo-tesoureiro;VIl Orador;VIII Diretor Social;IX Diretor de Imprensa;X Diretor de Esportes;XI Diretor Cultural;XII Primeiro-suplente;XIII Segundo-suplente.

Parágrafo único - É vedado o acúmulo de direção.

Art. 16 - Cabe à Diretoria do Grêmio Estudantil:I elaborar o Plano Anual de Trabalho, submetendo-o à aprovação do Conselho de Representan-tes de Classe;II colocar em execução o Plano aprovado, mencionado no inciso anterior;III dar à Assembléia Geral conhecimento sobre:

a) as normas estatutárias que regem o Grêmio,b) as atividades desenvolvidas pela Diretoria;

c) a programação e a aplicação dos recursos do fundo financeiro;IV tomar medidas de emergência, não previstas no Estatuto, submetendo-as ao “referendum” doConselho de Representantes de Classe;V reunir-se, ordinariamente, pelo menos 1 (uma) vez por mês e, extraordinariamente, a critério deseu Presidente ou por solicitação de 2/3 (dois terços) de seus membros.

Art. 17 - Compete ao Presidente:I representar o Grêmio na Escola e fora dela;lI convocar e presidir as reuniões ordinária e extraordinária da Diretoria;III praticar, “ad referendum” da Diretoria, os atos que por motivos de força maior se fizeremnecessários, dando deles conhecimento na reunião subseqüente;IV assinar juntamente com o Tesoureiro, os documentos relativos ao movimento financeiro;V assinar, juntamente com o Secretário, a correspondência oficial do Grêmio;VI representar o Grêmio Estudantil junto ao Conselho de Escola e à Associação de Pais e Mestres;VIl cumprir e fazer cumprir as normas do presente Estatuto;VIII desempenhar as demais funções inerentes ao cargo.

Art. 18 - Compete ao Vice-presidente:I auxiliar o Presidente no exercício de suas funções;II substituir-se ao Presidente nos casos de ausência eventual ou impedimento temporário e noscasos de vacância do cargo.

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Art. 19 - Compete ao Primeiro-secretário:I publicar avisos e convocações de reuniões, divulgar editais e expedir convites;II lavrar as atas das reuniões da Diretoria;III redigir e assinar, juntamente com o Presidente, a correspondência oficial do Grêmio;IV manter em dia os arquivos da Entidade.

Art. 20 - Compete ao Segundo-secretário:I auxiliar o Primeiro-secretário no cumprimento de suas atribuições;II substituir ao Primeiro-secretário em seus impedimentos eventuais, e em caso de vacância docargo.

Art. 21 - Compete ao Primeiro-tesoureiro:I ter sob seu controle direto todos os bens do Grêmio;II manter em dia a escrituração de todo o movimento financeiro do Grêmio;III assinar, juntamente com o Presidente, os documentos e balancetes, bem como, os relativos àmovimentação bancária;IV apresentar juntamente com o Presidente, a prestação de contas ao Conselho Fiscal.

Art. 22 - Compete ao Segundo-tesoureiro:I auxiliar o Primeiro-tesoureiro no cumprimento de suas atribuições;II assumir a Tesouraria nos impedimentos do Primeiro-tesoureiro e nos casos de vacância do cargo.

Art. 23 - Compete ao Orador:I pronunciar-se oficialmente, em nome do Grêmio, em toda solenidade para a qual for convoca-do pelo Presidente;II colaborar com o Diretor de Imprensa para a edição do jornal.

Art. 24 - Compete ao Diretor Social:I coordenar o serviço de relações públicas do Grêmio;II escolher os colaboradores de sua Diretoria;III organizar festas promovidas pelo Grêmio;IV zelar pelo bom relacionamento do Grêmio com os gremistas, com a Escola e a Comunidade.

Art. 25 - Compete ao Diretor de Imprensa:I responder pela comunicação da Diretoria com os sócios e do Grêmio com a Comunidade;II manter os membros do Grêmio informados dos fatos de interesse da Classe;III editar o órgão oficial do Grêmio;IV escolher os colaboradores para sua Diretoria.

Art. 26 - Compete ao Diretor de Esportes:I coordenar e orientar as atividades esportivas do corpo discente;II incentivar a prática dos esportes, organizando campeonatos internos;III escolher os colaboradores de sua Diretoria.

Art. 27 - Compete ao Diretor Cultural:I promover a realização de conferências, exposições, concursos, recitais, shows e outras atividadesde natureza cultural;II manter relações com entidades culturais;III organizar grupos culturais, teatrais, musicais etc.;IV escolher os seus colaboradores.

Art. 28 - Compete aos Primeiro e Segundo-suplentes os cargos vagos, na ordem em que ocorrer avacância.

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Seção IV

Do Conselho Fiscal

Art. 29 - O Conselho Fiscal compõe-se de 3 (três) membros efetivos e 3 (três) suplentes escolhidos na reuniãoordinária do Conselho de Representantes, entre seus membros.

Art. 30 - Compete ao Conselho Fiscal:

I - examinar os livros contábeis e papéis de escrituração da Entidade, a situação- de Caixa e osvalores em depósitos;

II lavrar no livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal os resultados dos exames procedidos;

III apresentar na última Assembléia Geral Ordinária, que antecede à eleição do Grêmio, as atividadeseconômicas da Diretoria;

IV colher, do Presidente e do Tesoureiro eleitos, recibo discriminando os bens do Grêmio, o qualterá valor de inventário;

V convocar a Assembléia Geral Extraordinária sempre que ocorrem motivos graves e urgentes, naárea de sua competência.

Capítulo IV

Dos Associados

Art. 31 - São sócios do Grêmio todos os alunos matriculados e freqüentes na Unidade Escolar

§ 1º - No caso de expulsão ou transferência, o aluno estará automaticamente excluído do quadrogremista.

§ 2º - As sanções disciplinares aplicadas pela Escola ao aluno não se estenderão as suas atividadescomo gremista fora do recinto escolar.

Art. 32 - São direitos do Associado:I participar de todas as atividades do Grêmio;

II votar e ser votado, observadas as disposições deste Estatuto;

III encaminhar observações, sugestões e moções à Diretoria do Grêmio;

IV propor mudanças e alterações parciais ou completas do presente Estatuto.

Art. 33 - São deveres do Associado:I conhecer e cumprir as normas deste Estatuto;

II informar à Diretoria do Grêmio qualquer violação da dignidade da classe estudantil, cometida naárea da Escola ou fora dela;

III manter luta incessante pelo fortalecimento do Grêmio.

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Capítulo V

Do Regime Disciplinar

Art. 34 - Constituem infrações disciplinares:I usar o Grêmio para fins diferentes dos seus objetivos, visando ao privilégio pessoal ou de grupo;

II deixar de cumprir as disposições deste Estatuto;III prestar informações, referentes ao Grêmio, que coloquem em risco a integridade de seus mem-bros;

IV praticar atos que venham ridicularizar a entidade, seus sócios ou seus símbolos;

V atentar contra a guarda e o emprego de bens do Grêmio.

Art. 35 - São competentes para apurar as infrações, dos incisos I e IV, a Diretoria, e do inciso V, o Conselho

Fiscal.

Parágrafo único - Em quaisquer das hipóteses deste artigo, será facultado ao infrator o direito de defesa

perante a Diretoria, o Conselho Fiscal ou a Assembléia Geral.

Art. 36 -Apuradas, as infrações serão discutidas na Assembléia Geral e aplicadas ao infrator as penas de

suspensão ou de expulsão do quadro de sócios do Grêmio, conforme a gravidade da falta.

Parágrafo único - O infrator, caso seja membro da Diretoria, perderá seu mandato, devendo responder

por perdas e danos perante as instâncias deliberativas do Grêmio.

Capítulo VI

Das Eleições

Art. 37 - São condições para ocupar cargos eletivos:I ser brasileiro nato ou naturalizado;II não estar cursando as séries finais para os cargos previstos no Artigo 15, incisos I a VIIII, e noConselho Fiscal;

III estar regularmente matriculado na Unidade Escolar e freqüentando as aulas.

Art. 38 - O período de inscrição das chapas para concorrerem aos órgãos administrativos do Grêmio

Estudantil será contado a partir do primeiro dia letivo até o 30º dia letivo do primeiro bimestre.

Art. 39 - O período de divulgação e propaganda ocorrerá entre o 31º e o 40º dia letivo, subseqüentes ao

período de inscrição das chapas.

Art. 40 - A data de realização das eleições ocorrerá sempre no 41º dia letivo do ano escolar.

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Art. 41 -A apuração dos votos ocorrerá no dia imediato ao da realização da eleição.

Parágrafo único - A Mesa apuradora será presidida pelo Diretor da Unidade Escolar em exercício na

época da realização da eleição, e composta pela Comissão Eleitoral formada por dois professores eleitos

pelos seus pares e por dois representantes de cada concorrente, eleitos pelos seus pares.

Art. 42 - Será considerada vencedora a chapa que conseguir maior número de votos.§ 1º - Em caso de empate, haverá nova eleição no prazo de 10 (dez) dias letivos, concorrendo aonovo pleito todas as chapas anteriormente inscritas.§ 2º - Em caso de fraude comprovada, a mesa apuradora dará por anulado o referido pleito,marcando-se nova eleição no prazo de 10 (dez) dias letivos, concorrendo ao novo pleito todas aschapas anteriormente inscritas.

Art. 43 - A posse da Diretoria eleita ocorrerá no dia imediato ao da publicidade, perante a comunidade, da

chapa vencedora.

Art. 44 - A duração do mandato da Diretoria eleita será de 1 (um) ano, a iniciar-se no 43º dia letivo do ano

escolar, até a posse da nova Diretoria.

Capítulo VII

Disposições Gerais e Transitórias

Art. 45 - O presente Estatuto poderá ser modificado mediante proposta de qualquer membro do Grêmio,

do Conselho de Representantes ou da Assembléia Geral.

Parágrafo único -As alterações serão discutidas pela Diretoria e pelo Conselho de Representantes e aprova-

das em Assembléia Geral, através da maioria absoluta dos votos.

Art. 46 - As representações dos sócios do Grêmio só serão consideradas pela Diretoria ou pelo Conselho

de Representantes quando formuladas por escrito, devidamente fundamentadas e assinadas.

Art. 47 -A dissolução do Grêmio somente ocorrerá quando for extinta a Escola, revertendo-se seus bensàs entidades congêneres.

Art. 48 - Nenhum sócio poderá se intitular representante do Grêmio sem a autorização, por escrito, daDiretoria.

Art. 49 - O Grêmio constituído fora da data prevista no presente Estatuto terá caráter extemporâneo edeverá obedecer aos prazos contidos nos Artigos 38 a 43 e seus respectivos parágrafos.

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Parágrafo único - O mandato caracterizado no Artigo anterior terá sua vigência cessada no 43º dia letivodo ano seguinte, quando será dada posse à nova Diretoria eleita, segundo as datas previstas no presenteEstatuto.

Art. 50 - Excepcionalmente, em caso de o Presidente e o Tesoureiro terem menos de 18 (dezoito) anos deidade, a abertura e movimentação da conta bancária do Grêmio ficarão sob a responsabilidade de um paide aluno, membro do Conselho de Escola ou da Associação de País e Mestres, ou de um Professor titularde cargos da Unidade Escolar, indicado pela Diretoria Executiva.

Art. 51 -Após a eleição da primeira Diretoria do Grêmio Estudantil, a Comissão Pró-Grêmio deveráencaminhar ao Conselho de Escola a ata das eleições e a cópia do Estatuto aprovado pela AssembléiaGeral.

Art. 52 - Revogadas as disposições em contrário, este Estatuto entrará em vigor após sua aprovação pelaAssembléia Geral do corpo discente da Unidade Escolar.

Estatuto modelo 2

Capítulo I

Da Denominação, Sede, Fins e Duração

Art. 1 2 -O Grêmio Estudantil .........................................será uma instituição constituída pelos alunos regular-

mente matriculados e freqüentes da EEP ............................ 1 DE de ......................... com sede no estabeleci-

mento sito na ....................., nº ......, município de .........................Estado de São Paulo, possuindo duração

ilimitada e regendo-se pelas normas do presente Estatuto.

Art. 2º - São fins do Grêmio Estudantil:

I - congregar o corpo discente e estimular a sua participação nas atividades escolares, sociais ecomunitárias;

II - defender os interesses individuais e coletivos dos alunos da Escola;III - promover atividades culturais, esportivas, cívicas e de lazer para seus membros;

IV - cooperar com a Escola, buscando seu aprimoramento;

V - propugnar pelo aperfeiçoamento intelectual e físico dos associados, mediante as atividadesassociativas e escolares;

VI - realizar intercâmbio e colaboração com entidades congêneres;VII - pugnar pela democracia, pela independência e respeito às liberdades fundamentais do homem,sem distinção de raça, cor, sexo, nacionalidade, convicção política ou religiosa.

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Capítulo II

Dos Meios e Recursos

Art. 3º - Os meios e recursos para atender às finalidades descritas no artigo anterior serão obtidos através de:I - contribuição dos sócios;II - donativos;III - rendas auferidas em promoções da Entidade.

Parágrafo único -As atividades referidas no inciso III deverão constar do Plano Anual de Trabalho, sem

prejuízo de aulas.

Capítulo III

Da Administração e dos Sócios

Art. 4º - A administração do Grêmio ficará a cargo de um Conselho, composto por 7 (sete) membros.

Art. 52 - O Conselho do Grêmio será eleito pela Assembléia Geral dos Estudantes, pelo sistema de voto

secreto.

Art. 6º - Os Conselheiros escolherão, entre si, dois Secretários e dois Tesoureiros.

Art. 7º - A presidência das reuniões do Conselho e das sessões da Assembléia Geral dos Estudantes será

exercida pelos membros do Conselho, em sistema de rodízio.

Art. 8º - Serão considerados sócios todos os alunos regularmente matriculados e freqüentes da UnidadeEscolar.

§ 1º - No caso de transferência, o aluno estará automaticamente excluído do quadro gremista.§ 2º -As sanções disciplinares aplicadas pela Escola ao aluno estender-se-ão às suas atividades, comogremista, dentro do recinto escolar

Art. 9º - Os sócios serão distribuídos em Comissões Auxiliares que ficarão encarregadas das atividades

programadas.

Parágrafo único - Cada Comissão elegerá o seu Presidente, o qual fará a ligação desta com o Conselho do

Grêmio.

Art. 10 - São direitos dos Associados:I participar de todas as atividades do Grêmio;II votar e ser votado, observadas as disposições deste Estatuto;

III participar das Comissões Auxiliares;

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Art. 21 - Compete à Assembléia Geral;I aprovar e reformular o Estatuto do Grêmio;II eleger o Conselho do Grêmio;III discutir e votar as teses, recomendações, moções, adendos e propostas apresentados por qual-quer um de seus membros;

IV aprovar o Plano Anual de Trabalho do Conselho.

Parágrafo único -A convocação para as reuniões será feita através de edital, divulgado com antecedênciamínima de 48 (quarenta e oito) horas, feito pelo Conselho do Grêmio.

Art. 22 - A Assembléia Geral deliberará por maioria simples de voto.

Capítulo V

Das Eleições

Art. 23 - São requisitos para a inscrição de candidatos ao Conselho do Grêmio:

I ser brasileiro nato ou naturalizado;II estar regularmente matriculado na Unidade Escolar e freqüentando as aulas.

Art. 24 - O período de inscrição dos candidatos será contado a partir do primeiro dia letivo do ano, indoaté o 30º, 1º dia letivo do primeiro bimestre.

OBS.: Os alunos deverão discutir sobre as vantagens e desvantagens da inscrição de candidatos isolados ouchapas com 7 (sete) elementos cada uma, optando pela alternativa que mais incentive a mobilização eparticipação do corpo discente da Escola.

Art. 25 - O período de divulgação e propaganda ocorrerá entre o 31º e o 40º dia letivo, subseqüentes aoperíodo de inscrição dos candidatos (ou chapas).

Art. 26 -As eleições serão realizadas no 41º dia letivo do ano.

Art. 27 -A apuração dos votos ocorrerá no dia imediato ao da realização da eleição.Parágrafo único -A Mesa apuradora será presidida pelo Diretor em exercício na Escola e formada poruma Comissão Eleitoral com dois representantes dos professores e quatro alunos indicados pela Assem-bléia Geral dos Estudantes.

Art. 28 - Serão considerados eleitos os 7 (sete) candidatos inscritos que obtiverem maior número de votos.

OBS.: No caso de opção por chapas, será eleita a que conseguir maior número de votos.

§ 1º - Respeitado o número de 7 (sete) membros do Conselho do Grêmio, em caso de empatehaverá nova eleição, no prazo de 10 (dez) dias letivos, concorrendo ao novo pleito somente oscandidatos inscritos que obtiverem o mesmo número de votos, correspondente à(s) vaga(s) restante(s).

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OBS.: No caso de opção por chapas, concorrerão ao novo pleito todas as anteriormente inscritas.

§ 2º - Em caso de fraude comprovada, a Mesa apuradora dará por anulado o referido pleito,marcando-se nova eleição no prazo de 10 (dez) dias letivos, concorrendo todos os candidatos (ouchapas) anteriormente inscritos(as).

Art. 29 -A posse do Conselho do Grêmio ocorrerá no dia imediato ao da publicidade dos resultados da

eleição.

Art. 30 -A duração do mandato dos Conselheiros eleitos será de 1 (um) ano, iniciando-se no 43º dia letivodo ano e indo até a posse do novo Conselho.

Art. 21 - Compete à Assembléia Geral:I - aprovar e reformular o Estatuto do Grêmio;II - eleger o Conselho do Grêmio;III - discutir e votar as teses, recomendações, moções, adendos e propostas apresentados por qual-quer um de seus membros;

IV - aprovar o Plano Anual de Trabalho do Conselho.

Parágrafo único - A convocação para as reuniões será feita através de edital, divulgado com antecedência

mínima de 48 (quarenta e oito) horas, feito pelo Conselho do Grêmio.

Art. 22 -A Assembléia Geral deliberará por maioria simples de voto.

Capítulo VI

Das Eleições

Art. 23 - São requisitos para a inscrição de candidatos ao Conselho do Grêmio:I - ser brasileiro nato ou naturalizado;

II - estar regularmente matriculado na Unidade Escolar e freqüentando as aulas.

Art. 24 - O período de inscrição dos candidatos será contado a partir do primeiro dia letivo do ano, indoaté o 30º dia letivo do primeiro bimestre.

OBS.: Os alunos deverão discutir sobre as vantagens e desvantagens da inscrição de candidatos isolados ouchapas com 7 (sete) elementos cada uma, optando pela alternativa que mais incentive a mobilização eparticipação do corpo discente da Escola.

Art. 25 - O período de divulgação e propaganda ocorrerá entre o 31º e o 40º dia letivo, subseqüentes aoperíodo de inscrição dos candidatos (ou chapas).

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Art. 26 - As eleições serão realizadas no 41º dia letivo do ano.

Art. 27 -A apuração dos votos ocorrerá no dia imediato ao da realização da eleição.

Parágrafo único - A Mesa apuradora será presidida pelo Diretor em exercício na Escola e formada poruma Comissão Eleitoral com dois representantes dos professores e quatro alunos indicados pela Assem-bléia Geral dos Estudantes.

Art. 28 - Serão considerados eleitos os 7 (sete) candidatos inscritos que obtiverem maior número de votos.

OBS.: No caso de opção por chapas, será eleita a que conseguir maior número de votos.

§ 1º - Respeitado o número de 7 (sete) membros do Conselho do Grêmio, em caso de empatehaverá nova eleição, no prazo de 10 (dez) dias letivos, concorrendo ao novo pleito somente oscandidatos inscritos que obtiverem o mesmo número de votos, correspondente à(s) vaga(s) restante(s).

OBS.: No caso de opção por chapas, concorrerão ao novo pleito todas as anteriormente inscritas.

§ 2º - Em caso de fraude comprovada, a Mesa apuradora dará por anulado o referido pleito,marcando-se nova eleição no prazo de 10 (dez) dias letivos, concorrendo todos os candidatos (ouchapas) anteriormente inscritos(as).

Art. 29 -A posse do Conselho do Grêmio ocorrerá no dia imediato ao da publicidade dos resultados daeleição.

Art. 30 -A duração do mandato dos Conselheiros eleitos será de 1 (um) ano, iniciando-se no 43º dia letivodo ano e indo até a posse do novo Conselho.

Capítulo VII

Disposições Gerais e Transitórias

Art 31 - O Grêmio constituído fora da data prevista no presente Estatuto terá caráter extemporâneo edeverá obedecer aos prazos contidos nos Arts. 23 a 28, e seus respectivos parágrafos.

Parágrafo único - O mandato caracterizado no Artigo anterior terá sua vigência cessada no 41º dia letivodo ano seguinte, quando tomará posse o novo Conselho eleito, segundo as datas previstas no presenteEstatuto.

Art. 32 - Excepcionalmente, em caso de o Tesoureiro e os demais membros do Conselho do Grêmioterem menos de 18 (dezoito) anos de idade, a abertura e movimentação da conta bancária do Grêmioficarão sob a responsabilidade de um pai de aluno, de um membro do Conselho de Escola ou APM, ou deum professor, indicados pelo Conselho do Grêmio.

Art. 33 -Após a eleição do primeiro Conselho do Grêmio Estudantil, este deverá encaminhar ao Conselho deEscola a ata das eleições e a cópia do Estatuto aprovado pela Assembléia Geral.

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Art. 34 - Revogadas as disposições em contrário, este Estatuto entrará em vigor após sua aprovação pelaAssembléia Geral do corpo discente da Unidade Escolar e na data de sua homologação pela Delegacia deEnsino.

Material para a equipe do Plano de Ação:

A equipe responsável pela elaboração do Plano de Ação terá como material de consulta os pai-néis elaborados no início da oficina. Além deste material apresentaremos um modelo de “quadrode suporte do plano estratégico” que opcionalmente poderá ser preenchido. Este modelo poderáser substituído por outro, sendo uma escolha da equipe adaptar o quadro para a forma que melhoratender as suas necessidades.

Este plano deverá ser apresentado num painel no momento da socialização.

Quadro de Suporte

Avaliação da Oficina:

O processo, a forma e a metodologia da avaliação ficarão a critério do coordenador da oficina;costumamos utilizá-la como um feedback do grupo em relação ao desenvolvimento da oficina, oque propicia um constante aperfeiçoamento da aplicação deste módulo. A título de ilustraçãoapresentaremos o modelo que comumente a equipe PGP/LIDERE tem usado em suas oficinas:distribuição de folhas de ofício com os tópicos para serem preenchidos

Eu felicito...Eu sugiro...Eu critico...

Encerramento:

O coordenador da oficina agradece a participação e colaboração de todos os participantes eencerra o encontro.

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BIBLIOGRAFIA :

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TAILES, Yves de La; OLIVEIRA, Marta Kohl de; DANTAS, Heloysa. Teorias psicogenéticasem discussão. 14ed. São Paulo: Summus, 1992.

ENTIDADES ESTUDANTIS :

UBES(União Brasileira dos Estudantes Secundaristas)Tel: (11) 5579-3360 Site: www.ubes.org.br

UNE (União Nacional dos Estudantes)Tel: (11) 5549-1606 Site: www.une.org.br

SITES CONSULTADOS

Reginaldo Junior

http://www.homestead.com/paisonline/

Este é um dos sites de melhor conteúdo sobre educação na internet; nele você encontrará informa-ções atuais e bem completas sobre os mais variados assuntos: conselhos escolares, leis educacionais,grêmio estudantil, APM, Estatuto da Criança e do Adolescente Online, artigos interessantes etc. Issoalém de ter disponível uma sessão para downloads – com arquivos zipados – que tratam dos maisdiversos temas de forma bem consistente.

Capturado em 20/09/2001 às 14h30

http://www.soudapaz.org/projetos/gremio/index.html

Para o estudante interessado em fundar um grêmio em sua escola este é um site indicado! Nele ointernauta encontrará todas as informações necessárias – passo a passo (estilo tutorial) - para formarum grêmio estudantil, um breve histórico dos movimentos estudantis, além de poder tirar suasdúvidas – na sessão de questões mais freqüentes – e acessar modelos de atas, estatutos, pautas,agendas etc. O grêmio em forma é um projeto do instituto Sou da Paz de São Paulo, que trabalhaem parceria com o Ministério da Justiça, Unicef, Pnud e muitos outros, com o objetivo de fomentare criar uma cultura de paz nas escolas.

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Agradecimentos

Ao Instituto Sou da Paz, na pessoa de sua Coordenadora Luciana Guimarães, pela sua preci-

osa e indispensável colaboração; à Associação dos Grêmios Estudantis Secundaristas da Bahia

(AGESB), na pessoa de seu presidente Rui Zito Spínola, pela sua disponibilidade; à Psicóloga

Maria Bernadette Pataro e Profª(s). Mara Schwingel e Vera Lúcia Marques e Marques, pela

dedicação e disposição em revisar este trabalho; à Dr.ª Katia Siqueira de Freitas pela oportu-

nidade e confiança que nos foi oferecida para realização deste trabalho; à equipe de facilitadores:

Cleonice da Silva dos Santos, Eudes Rodrigues da Silva e Regina Maria de Sousa Fernandes,

que com muito entusiasmo e profissionalismo têm abraçado a árdua, mas gratificante tarefa

de desenvolver este trabalho nas escolas, reavivando a participação estudantil através dos

grêmios. A nossa mais profunda gratidão à Deus, pela vida, saúde, inteligência... enfim, por

tudo!

Equipe de Elaboração.

GERIR, Salvador, v. 8, n. 24, p. 15-77, mar./abr. 2002.

Capturado em 18/09/2001 às 11hhttp://www.pioxii.com.br/narede/gremio.htm

Este endereço levará o cibernavegador para a home page do grêmio estudantil do colégio Pio XIIde São Paulo. É aconselhável para que outros estudantes possam ver a proposta de um grêmio ativoe trocar idéias.

Capturado em 28/08/2001 às 10h

http://www.iie.min-edu.pt/biblioteca/ccoge01/cap2.htm

Esta é uma página que traz um texto de João Barroso: “Como Desenvolver uma Cultura de Parti-cipação na Escola”, abordando um dos temas mais discutidos atualmente sobre a Gestão Escolar eque possui uma estreita ligação com o Grêmio Estudantil: A Gestão Participativa, tratando de seusprincípios e estratégias.

Capturado em 28/08/2001 às 11h30

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Noticías

Creche Resgatando para Cristo recebe donativos arrecadados pelo PGP/

LIDERE no Gestão Educacional em Foco.

Noélia da Silva Souza Calmon1

Eudes Rodrigues da Silva2

Com o objetivo de entregar os donativos arrecadados na campanha em benefícioà creche Resgatando para Cristo, os estagiários do Programa de Gestão Participativacom Liderança em Educação PGP/LIDERE, Eudes Rodrigues da Silva e Noéliada Silva Souza Calmon, se deslocaram no dia 27 de março de 2002, da sede doPrograma, situado no pavilhão 4 do prédio do ISP no bairro de Ondina até acreche que se localiza no fim de linha do bairro de Pau da Lima _ Salvador - BA.

Ao chegarem, foram recebidos pela diretora da entidade Senhora Maria José, queos apresentou aos voluntários que a auxiliam no atendimento às crianças. Nomomento da visita estavam no local cerca de setenta e cinco crianças com idadede zero a aproximadamente seis anos, no entanto, são atendidas no local cerca decento e cinquenta crianças de famílias carentes, nos dois turnos.

Segundo a diretora, a creche encontra-se necessitando da ajuda de todos que sedispuserem a colaborar, não só com alimento, material de limpeza e higiene mastambém com o apoio pedagógico, pois a mesma ainda não tem um projeto queefetive sua atuação.

A visita foi de extrema importância, principalmente para as crianças, que em suainocência agradeceram as doações com gestos de carinho para com a duplavisitante.

Sabendo do papel social que cada cidadão deve desenvolver, a equipe do PGP/LIDERE espera contar com a ajuda de todos que se sensibilizam com a situaçãodos menos favorecidos, no que diz respeito a prática social como ato desolidariedade.

Quem puder ajudar a estas crianças entre em contato com a equipe do PGP/LIDERE atravésdo telefone 237-1018 (R 233), ou via e-mail [email protected] ou diretamente com a entidadeatravés dos telefones: (71) 212-9654, 213-9005, 409-0198, falar com Mara Schwigel.

1 Noélia da Silva Souza Calmon - Estudante de Pedagogia - UFBA- Estagiária PGP/LIDERE. E-mail:[email protected] Eudes Rodrigues da Silva- Estudante de Geografia - UCSAL- Estagiário PGP/LIDERE. E-mail:[email protected]

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Participação do PGP/LIDERE

em eventos acadêmicos (jan./abr.2002)

21 a 26/04/02Evento: Congresso CONSED - Gestão ParticipativaRealização - CONSEDLocal: Brasília - DF

10/04/02Evento: Workshop “A troca de experiências do ensino superior a distância”.Realização: Centro de Processamento de Dados da UFBAPalestra: Visita aos cursos de licenciatura ministrados a distância na UFPR e UDESCMinistrante: Dra. Katia Siqueira de FreitasLocal: Salvador/BA

20 a 22/03/2002Evento: Congresso Estadual Escola do Novo Milênio.Realização: Governo do Estado do Ceará - Secretaria da Educação BásicaMinistrante: Dra. Katia Siqueira de FreitasLocal: Ponta Mar Hotel Fortaleza - CE

13/03/02Palestra: Liderança em EducaçãoMinistrante: Dra. Katia Siqueira de FreitasLocal: UFMT/MT

12/03/02Evento: Banca Examinadora (Defesa de tese Mestrado)Tese: Participação dos estudantes no processo gestorMestranda: Adejaira Leite da SilvaParticipação: Dra. Katia Siqueira de FreitasLocal: UFMT/MT

11/03/02Evento: Banca Examinadora (Defesa de Tese Doutorado)Tema: Educação médica : da fragmentação cartesiana à abordagem holística – Estudo de casoDoutorando: André Luiz PeixinhoLocal: FACED/UFBA Salvador /BAParticipação: Dra. Katia Siqueira de Freitas (Orientadora), Heonir Rocha e Eliane Azevedo .

08/03/02Evento: Transferência de Cargo de Vice–Presidência ANPAELocal: Universidade Metodista/SP

06/03/02Evento: seleção de alunos para o mestrado da FACED/UFBALocal: FACED/UFBA - Salvador/BAParticipação: Dra. Katia Siqueira de Freitas

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05/03/02Evento: Banca Examinadora (Defesa de tese Mestrado)Tema: Mestre: Limite e possibilidade de má parceria entre o público e o privadoMestrando: Selena Castelão RivasLocal: FACED/UFBA Salvador/BAParticipação: Dra. Katia Siqueira de Freitas

19 e 20/02/02Evento: II Seminário Internacional de Educação.Tema: Competências abordadas na atual reforma educacional brasileira que tem como eixonorteador as propostas curriculares.Palestrantes: Philippe Perrenoud e Mônica Gather Thurler (educadores de Genebra/Suíça)Local: Centro de Convenções do Ceará Fortaleza/CEParticipação: Dra. Katia Siqueira de Freitas, Maria Cleide de Sousa Mira e Jussiara Xavier Pinheiro.

XX Seminário Estudantil de Pesquisa e II Seminário de Pesquisa de Pós-Graduação

Dione Sá Leite Carvalho1

Jussiara Xavier Pinheiro2

Durante os dias 06 a 08 de março de 2002 as bolsistas de Iniciação Científica, JussiaraXavier Pinheiro, Dione Sá Leite Carvalho e Ligia Barreto Jacob, participaram do XXSeminário Estudantil de Pesquisa e do II Seminário de Pesquisa de Pós-Graduação,no Pavilhão de Aulas da Federação –PAF I/UFBA em Ondina- Salvador -BA.

No evento, as bolsistas fizeram apresentação oral e exposição de painéis, abordandoos resultados parciais da pesquisa Avaliação dos processos gestor e pedagógico, emescolas públicas baianas, referente ao período 2001/2002.

Na oportunidade, também foi possível participar do mini-curso sobre Ética napesquisa, ministrado pela professora Elizete Passos.

1Estudante de Pedagogia-UFBA- Bolsista IC-CNPq- Voluntária PGP/LIDERE. E-mail:[email protected] de Pedagogia-UFBA- Bolsista PIBIC- Voluntária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

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Inauguração da Escola Municipal Lélis Piedade

Maria Cleide de Sousa Mira1

A comunidade de Cosme de Farias recebeu das mãos do senhor prefeito

de Salvador, Sr. Antonio Imbassahy, e da Secretária Municipal da

Educação e Cultura, Sra. Dirlene Mendonça, a Escola Municipal Lélis

Piedade, após uma ampla reforma que durou 120 dias. Foram investidos

R$ 215 mil com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento

do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), depois

que foi municipalizada. O novo prédio ampliou a sua capacidade de

atendimento de 425 para 525 alunos nos turnos matutino, vespertino e

noturno.

É uma escola de médio porte que atende a comunidade local e adjacências, e que, através da educação,

busca melhorar a sua condição social, econômica, política.

A localização da escola é bastante privilegiada. Está situada na praça onde fica o final de linha dos trans-

portes coletivos, entre a casa do trabalhador e uma lavanderia comunitária.

Várias autoridades locais e a comunidade fizeram-se presente ao evento, dentre elas vereadores, represen-

tantes da comunidade, secretários municipais, corpo docente e discente de escolas vizinhas a comunidade,

organizações parceiras da SMEC, e o PGP/LIDERE, demonstrando com isso o empenho e o compro-

misso que todos tem com a educação no estado da Bahia.

1 Pedagoga - UFBA- Estudante de Especialização em Planejamento Educacional - UNIVERSO. E-mail: [email protected]

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Nome: ___________________________________________ Aniversário: ___/___/___

Endereço: ________________________________________________________________

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Bairro __________________ Cidade: __________________________________ UF:_____

CEP: _______________ E-mail: ______________________________________________

Telefones: ( )_______________________Profissão: ______________________________

Função: _________________________Instituição:________________________________

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InformativoGERIR

UniversidadeFederaldaBahia-UFBA

CentrodeEstudosInterdisciplinaresparaoSetorPúblico-ISP

ProgramaGestãoParticipativacomLiderançaemEducação-PGP/LIDERE

AV.AdhemardeBarros,s/n,PavilhãoIV,CampusUniversitáriodeOndina.

CEP40170-110Salvador–Bahia,Brasil.

A/C:Profa.KatiaSiqueiradeFreitas

v.8,n.24,mar./abr.2002

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