informativo promoz n24 - ivanei e lilian - abr 2013

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“Não pensem que precisarão de muito equipamento para cumprir a missão. Sejam simples. Vocês são o equipamento” Romanos 13.11 e 12 Q uando trouxemos Bíblias do Brasil - ofertadas por várias pessoas de nossas igrejas, sabíamos que atenderíamos muitas necessidades e, claro, a mais básica é a de conhecer a Palavra de Deus. Mas o que temos percebido é que ter a Bíblia em mãos é muito mais que o desejo de poder conhecer melhor a vontade de Deus. É poder sentir-se parte do meio, é gozar o privilégio de pertencer e participar da Igreja de Jesus. É o caso do nosso jardineiro, Antonio, que ain- da não sabe ler, mas que já aprendeu “garranchadamente” assinar seu nome e que me procurou dizendo estar com vergonha de pedir “uma coisa” (sic). Quando perguntei o que ele queria ele disse que queria uma Bíblia, “daquelas beeeemmm pequeninas” (sic). Quando indaguei porque queria a Bíblia se não sabia ler, respondeu-me que não gostava de chegar na igreja como se de lá não fosse. Ele ganhou sua Bíblia e mais tarde foi para sua casa feliz. Abril. Já andamos 1/4 de 2013. O que você já fez até agora? Quanto você investiu em seus objetivos? Bem, o fato é que “os dias são maus”, como diz o salmista e é preciso remir o tempo, fazendo no tempo certo o melhor possível . Acompanhe-nos em mais um informativo e descubra como você pode investir sua vida na obra do Senhor! www.projetomozambique.com Página 1 TREINANDO LÍDERES PARA AS IGREJAS EM MOÇAMBIQUE Ano 4 - Abril de 2013 - 24 Pr. Ivanei e Lílian Silveira Pr. Ivanei e Lílian Silveira TREINANDO LÍDERES PARA AS IGREJAS EM MOÇAMBIQUE Pão ao que tem fome - fome de quê? Fernando Antonio Testemunhando a vida S e temos meios de entender a realidade que nos cerca no campo mis- sionário e de entender o que Deus pode fazer por meio de nosso minis- tério, um desses meios é o testemunho de nossos alunos. Por isso, sempre pedimos para os alunos contarem as experiências que tiveram, durante a semana, na prática do que aprenderam. Vejam dois testemunhos, ambos sobre a experiência de evangelizar usando o método dos dedos: Uma mãe, uma filha e tantos outros que não saberemos contar! Francisca é mãe de duas crianças e escolheu a filha mais velha, Leo (4 anos) para explicar o evangelho usando os cinco dedos de sua mãozinha para apre- sentar os passos para a salvação. A menina deu toda atenção e no final orou recebendo Jesus como seu Salvador. E diz Francisca: “quando terminei de orar com ela e falei que agora ela era uma menina salva por Jesus, Leo correu pra chamar a tia (adulta e irmã da Francisca) e perguntou para a tia “tia, quer ouvir uma história que está em minhas mãos?”, a tia sentou e ouviu a Leo repetir tudo o que eu tinha falado para ela. Algumas vezes eu tive de ajudar, mas foi ela que evangelizou a tia”. De amigo para amigo Caetano é jovem e como tantos outros jovens mo- çambicanos, principalmente jovens crentes, está aprendendo que a vida é muito mais que simples- mente sobreviver. Ele contou que durante a semana encontrou-se com um amigo de a infância e viu uma oportunidade de evangelizá-lo. Mas não querendo começar o assun- to perguntando se ele queria ouvir uma história, afinal não era uma criança, resolveu fazer a pergun- ta “você sabe porque você está aqui?”. A resposta do amigo não foi uma surpresa para ele, que aproveitou para evangelizá-lo e convidá-lo a ir à sua igreja. A resposta foi: “Não sei, só sei que nasci e só vivo a esperar a morte ”. Triste, muito triste. Mas o amigo terminou recebendo a Jesus co- mo seu Senhor e Salvador!

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Informativo sobre trabalho realizado na cidade do Dondo, Sofala, Moçambique.

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Page 1: Informativo ProMOz N24 - Ivanei e Lilian - Abr 2013

“Não pensem que precisarão de muito equipamento para cumprir a missão. Sejam simples. Vocês são o equipamento” Romanos 13.11 e 12

Q uando trouxemos Bíblias do Brasil -ofertadas por várias pessoas de nossas

igrejas, sabíamos que atenderíamos muitas necessidades e, claro, a mais básica é a de conhecer a Palavra de Deus.

Mas o que temos percebido é que ter a Bíblia em mãos é muito mais que o desejo de poder conhecer melhor a vontade de Deus. É poder sentir-se parte do meio, é gozar o privilégio de pertencer e participar da Igreja de Jesus.

É o caso do nosso jardineiro, Antonio, que ain-da não sabe ler, mas que já aprendeu “garranchadamente” assinar seu nome e que me procurou dizendo estar com vergonha de pedir “uma coisa” (sic). Quando perguntei o que ele queria ele disse que queria uma Bíblia, “daquelas beeeemmm pequeninas” (sic). Quando indaguei porque queria a Bíblia se não sabia ler, respondeu-me que não gostava de chegar na igreja como se de lá não fosse.

Ele ganhou sua Bíblia e mais tarde foi para sua casa feliz.

Abril. Já andamos 1/4 de 2013.

O que você já fez até agora? Quanto você investiu em seus objetivos?

Bem, o fato é que “os dias são maus”, como diz o salmista e é preciso remir o tempo, fazendo no tempo certo o melhor possível.

Acompanhe-nos em mais um informativo e descubra como você pode investir sua vida na obra do Senhor!

www.projetomozambique.com Página 1

TREINANDO LÍDERES PARA AS IGREJAS EM MOÇAMBIQUE

Ano 4 - Abril de 2013 - Nº 24

Pr. Ivanei e Lílian Silveira Pr. Ivanei e Lílian Silveira TREINANDO LÍDERES PARA AS IGREJAS EM MOÇAMBIQUE

Pão ao que tem fome - fome de quê?

Fernando Antonio

Testemunhando a vida

S e temos meios de entender a realidade que nos cerca no campo mis-sionário e de entender o que Deus pode fazer por meio de nosso minis-

tério, um desses meios é o testemunho de nossos alunos. Por isso, sempre pedimos para os alunos contarem as experiências que tiveram, durante a semana, na prática do que aprenderam. Vejam dois testemunhos, ambos sobre a experiência de evangelizar usando o método dos dedos:

Uma mãe, uma filha e tantos outros que não saberemos contar!

Francisca é mãe de duas crianças e escolheu a filha mais velha, Leo (4 anos) para explicar o evangelho usando os cinco dedos de sua mãozinha para apre-sentar os passos para a salvação. A menina deu toda atenção e no final orou recebendo Jesus como seu Salvador. E diz Francisca: “quando terminei de orar com ela e falei que agora ela era uma menina salva por Jesus, Leo correu pra chamar a tia (adulta e irmã da Francisca) e perguntou para a tia “tia,

quer ouvir uma história que está em minhas mãos?”, a tia sentou e ouviu a Leo repetir tudo o que eu tinha falado para ela. Algumas vezes eu tive de ajudar, mas foi ela que evangelizou a tia”.

De amigo para amigo

Caetano é jovem e como tantos outros jovens mo-çambicanos, principalmente jovens crentes, está aprendendo que a vida é muito mais que simples-mente sobreviver.

Ele contou que durante a semana encontrou-se com um amigo de a infância e viu uma oportunidade de evangelizá-lo. Mas não querendo começar o assun-to perguntando se ele queria ouvir uma história, afinal não era uma criança, resolveu fazer a pergun-

ta “você sabe porque você está aqui?”. A resposta do amigo não foi uma surpresa para ele, que aproveitou para evangelizá-lo e convidá-lo a ir à sua igreja. A resposta foi: “Não sei, só sei que nasci e só vivo a esperar a morte”. Triste, muito triste. Mas o amigo terminou recebendo a Jesus co-mo seu Senhor e Salvador!

Page 2: Informativo ProMOz N24 - Ivanei e Lilian - Abr 2013

“ Quem quiser seguir-me tem de aceitar minha liderança. Quem está na garupa não pega na rédea. Eu estou no comando. Não fujam do sofrimento. Abracem-no. Sigam-me, e mostrarei a vocês como agir. Autoajuda não é

ajuda, de jeito nenhum. O autossacrifício é o caminho – o meu caminho – para que vocês descubram sua verda-deira identidade.” Lucas 9.23,24 - Bíblia: A Mensagem

Todos os dias no campo missionário tem sido assim, Deus com as rédeas na mãos. É bom saber que Ele está no con-trole. Há momentos que pensamos em desistir e voltar para junto daqueles que amamos e que nos amam, mas sa-bemos que a vontade de Deus não é esta, neste momento abraçamos o sofrimento, a saudade, o desânimo e entra-mos para o quarto e vamos orar. Orar pelo renovo do Senhor, orar por aqueles que longe estão. Orar pelos que es-tão ao nosso redor e que de alguma maneira passam também por essas aflições. Orar por este povo que tanto preci-sa de conhecimento. Orar é o melhor para Deus poder trabalhar a nossa identidade com Ele e com este povo. Sabe-

mos que por nossa própria força somos incapazes de superar as diferenças. Sabemos que se não for o Senhor somos desastrosamente fracos. Por isso continuamos confiadamente prosseguindo todos os dias na força do Seu poder. Foi para isso que o Senhor nos chamou, para o caminho do autossacrifício. “Simplificando: se não estiverem dispostos a renunciar até o que há de mais importante na vida de vocês – sejam planos, sejam pessoas – não estão preparados para ser meus discípulos.” Lucas 14.33

Deus tem as rédeas

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Ano 4 - Abril de 2013 - Nº 24

Q uando aceitamos o desafio de sairmos para Moçambique,depois de falarmos à nossa igreja,a

primeira igreja da ICEB que ouviu nosso testemunho foi a ICE Inocoop (antiga 2ª ICE de Mossoró)

e foi também a primeira igreja a assumir conosco um compromisso. No culto em que estive pessoal-

mente e preguei, assumiram o compromisso de custearem as despesas do nosso passaporte. Assim,

um ano antes de nossa saída já tínhamos os passaportes em mãos.

Na última semana de abril o Pr. Ronaldo Corcelli nos convidou a falarmos com a igreja novamente,

agora pelo Skype.

Confesso que nao fiquei muito animado por causa das dificuldades que temos com internet,o que sem-

pre nos causa desgosto e frustra nossas expectativas quando desejamos falar com alguém no Brasil e

nosso ligação é interrompida ou apresenta tantas falhas que nos entristece.

Mas, dessa vez foi bem diferente! Deus nos presenteou com uma excelente conexão e não só pudemos

falar com a igreja como pudemos ver os queridos irmãos e perceber suas reações. Nos emocionamos com um garotinho de 4 anos, Eduardo,

que se aproximou do pastor e disse que queria mandar um beijo para os missionários. Que delícia poder contemplar coisas simples assim!

Novamente a ICE de Inoccop torna-se a igreja que precede as demais . Só havíamos falamos uma vez com nossa igreja, ICE Jd Maringá, e mais

uma vez Mossoró vem em seguida.

Muito obrigado aos queridos irmãos que nos convidaram para participar do culto, perguntaram sobre o campo missionário , nos ouviram e nos

ofertaram nesta noite. Deus os abençoe!

Percorrendo as sendas antigas

Pedidos de oração 1. Pela aquisição de nosso carro. Já iniciamos o processo de compra de um carro para nós, mas já sofremos o primeiro revés com

sua quebra e a necessidade de fazer o motor. Precisamos terminar de pagá-lo e deixá-lo em condição final de uso. Se você

deseja nos abençoar ajudando-nos neste item, por favor, faça contato identificando sua oferta para a revertermos para este

fim.

2. A vida política de Moçambique ainda necessita de intercessão. Governo e oposição não conseguem estabelecer um diálogo,

por isso ainda sofremos o receio de uma luta armada.

3. Pela nossa saúde. Graças a Deus não sofremos com malária este ano, mas precisamos nos manter em guarda.

Motivos de agradecimento 1. Pela boa turma que temos no curso para Professores de Crianças. Tem havido bom aprendizado.

2. Pelo suprimento de nossas necessidades. Deus tem sido bom e fiel, como Ele sempre é.

3. Pelos novos amigos que temos conquistado no decorrer dos dias. São missionários que, como nós, também precisam de ami-

gos no campo missionário. E mesmo em meio a tantas diferenças de pensamento e cultura o Senhor nos proporciona amigos

bem parecidos conosco.

Page 3: Informativo ProMOz N24 - Ivanei e Lilian - Abr 2013

Uma pequena história

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Ano 4 - Abril de 2013 - Nº 24

E-mail: [email protected] Facebook: projetomozambique / Ivanei silveira

Skype: ivaneisilveira Telefone em Moçambique: +258 84113 8555 (novo número)

Endereço Postal: Ivanei Silveira - Caixa Postal nº 13 - Beira - Sofala - Moçambique

Quer contribuir conosco? Nesta conta todas as ofertas vão diretamente para nossa conta

A ntes de contar história vou apresentá-la de forma ilustrada, como os jovens a veriam neste tempo de internet e compartilhamento:

E foi assim que aconteceu.

Preparando a sala de aula, colocando alguns cartazes, subi na escada com que sempre trabalho e ela destravou e me jogou ao chão, de uma altura de dois metros.

Quando eu era criança brincavam comigo me comparando a Davi, pequeno mas que derrubou um gigante. Uma tntativa de conso-lo para quem, quase sempre, tem de olhar para cima quando conversa com alguém. Mas desta vez fiquei tentando imaginar se o que eu senti foi o que Golias sentiu quando atingido pela pedra de Davi. Ele caiu entorpecido pela pedrada, eu fiquei entorpecido depois da queda.

O médico me disse que ainda bem que eu tenho bastante músculo. Eu ri demais, porque acho que o que me salvou de maiores complicações foram as gorduras que tenho acumulado nos últimos anos.

No final foi apenas uma costela trincada, algumas escoriações e um ponto no cotovelo. Fazia tempo de não sentia dor de cotovelo! Mas o que o doeu mesmo foi o orgulho ferido de me machucar em uma coisa tão simples. E foi com isto que Deus me tratou nos quinze dias de recuperação. As pequenas coisas que achamos que dominamos são estas que nos derrubam, que nos fazem perder a batalha.

Graças a Deus já me recuperei totalmente. Nada de mais sério aconteceu. Tive o acompanhamento de um casal de médicos, mis-sionários argentinos, que me assistiu e acompanhou. Sou grato ao Dr. Roberto e Dra. Laura, casal simpático e amável.

E o trabalho continua!