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Publicações da Associação Portuguesa de Geomorfólogos Volume VII Geomorfologia 2010 Associação Portuguesa de Geomorfólogos Porto, 2012

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Publicações da Associação Portuguesa de Geomorfólogos

Volume VII

Geomorfologia 2010

Associação Portuguesa de Geomorfólogos

Porto, 2012

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TÍTULO: Geomorfologia 2010

EDIÇÃO: Associação Portuguesa de Geomorfólogos

EDITORES CIENTÍFICOS: Carlos Bateira, Laura Soares, Alberto Gomes & Helder I. Chaminé

REVISORES: Alberto Gomes, António Martins, Bianca Vieira, Carlos Bateira, Catarina Ramos, Déborah Oliveira, Diamantino Pereira, João Carlos Nunes, Jorge Espinha Marques, Laura Soares, Leonardo Santos, Lúcio Cunha, Maria Assunção Araújo, Maria Luísa Rodrigues, Paulo Pereira

DESIGN DA CAPA: José Silva (ISEP)

FOTOGRAFIA DA CAPA: Francisco Piqueiro (FOTOENGENHO)

COMPOSIÇÃO: Inês Marafuz (FLUP)

ISBN: 978-989-96462-3-0

DEPÓSITO LEGAL: 263141/07

IMPRESSÃO E ACABAMENTO: Sersilito – Empresa Gráfica, Lda.

300 exemplares

Julho de 2012

Associação Portuguesa de Geomorfólogos

Centro de Estudos Geográficos

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Alameda da Universidade

1600-214 Lisboa

Portugal

E-mail: [email protected]

Organização Geomorfologia 2010

Apoios Geomorfologia 2010

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NOTA PRÉVIA

Dando continuidade aos eventos anteriores, o V Congresso Nacional de Geomorfologia, decorreu no Porto, de 8 a 11 de Dezembro de 2010. Subordinado ao tema geral Geomorfologia – Tradição e Modernidade, o congresso reuniu cerca de 150 geo-profissionais de Portugal, Brasil, Cabo Verde, Espanha, Marrocos e Reino Unido, constituindo-se como um espaço de debate alargado a diversas áreas de investigação geomorfológica. Neste sentido, foi possível incorporar contributos que tradicionalmente têm enriquecido e consolidado os conhecimentos no âmbito da Geomorfologia, bem como introduzir novas metodologias de trabalho e temáticas de investigação que procuram na Geomorfologia o reforço de competências e aplicações práticas ligadas à Sociedade.

O congresso contou com 86 comunicações, 54 sob a forma oral e 27 em formato poster, envolvendo mais de 180 autores, distribuídas por 10 sessões temáticas, designadamente: (1) Paleoambientes e Mudanças Globais; (2) Geomorfologia Glaciária e Periglaciária; (3) Novas Metodologias de Investigação em Geomorfologia; (4) Património

Geomorfológico; (5) Geomorfologia Fluvial e Recursos Hídricos; (6) Processos Erosivos e Desertificação; (7) Cartografia Geomorfológica e Bases de Dados; (8) Geomorfologia e Engenharia; (9) Georriscos e Protecção Civil; (10) Geomorfologia Litoral e Marinha. O programa do V Congresso Nacional de Geomorfologia compreendeu ainda 5 conferências plenárias por reputados especialistas internacionais e nacionais (James Griffiths, Ramón Vegas, Pedro Proença e Cunha, José Brilha, Gonçalo Vieira) e a realização de uma saída de campo em torno das dinâmicas geomorfológicas da zona ribeirinha do Porto e Gaia, que contou com 40 participantes.

O presente VII Volume das Publicações da Associação Portuguesa de Geomorfólogos (APGEOM) reúne alguns dos trabalhos em formato versão alargada das comunicações cujos autores manifestaram interesse em submeter o seu contributo na íntegra após revisão científica por pares, sendo igualmente disponibilizado um CD-ROM, em formato multimédia, com a página de internet do congresso onde se incluem as Actas/Proceedings 2010 (497 pp.) e o guia de campo (82 pp.). Neste volume são assim apresentados 16 artigos de autores de nacionalidade portuguesa (8), brasileira (7) e espanhola (1), equitativamente distribuídos pelas temáticas 2 a 7. Gostaríamos de agradecer calorosamente a todos os autores pelos seus contributos na submissão dos resumos alargados e dos artigos, bem como à comissão científica das actas/proceedings do congresso e aos revisores científicos deste volume de artigos.

A forte adesão dos geomorfólogos do Brasil reflecte uma tendência de colaboração crescente entre a comunidade científica dos dois países, tendência já indiciada no anterior congresso (Braga, 2008), que urge desenvolver através de iniciativas conjuntas em que as respectivas Associações – a Associação Portuguesa de Geomorfólogos (APGEOM) e a União da Geomorfologia Brasileira (UGB) – deverão fomentar e estender a todos os países de língua oficial portuguesa.

A APGEOM e a Comissão Organizadora do V Congresso Nacional de Geomorfologia renovam os seus votos de profundo agradecimento às instituições anfitriãs (FLUP|U.Porto, ISEP|I.PP), centros I&D e tecnológicos (CEGOT, GeoBioTec|UA, LABCARGA|ISEP), entidades (EDINORTE, APDL, CMP), agências de investigação e associações científicas (FCT, IAG) e colaboradores individuais, que tornaram possível a realização dos eventos e actividades editoriais associadas a um encontro que é já uma marca importante da jovem maturidade da Geomorfologia Portuguesa

num contexto internacional.

Carlos Bateira

Presidente da APGEOM

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Publicações da Associação Portuguesa de Geomorfólogos, Volume VII, APGEOM, Porto

Índice

Geomorfologia Glaciária e Periglaciária

Depósitos fluviocrionivais da depressão de Tapeus (vertente NW da Serra do Rabaçal – Maciço de Sicó, Portugal Central) – análise sedimentar e morfo-estrutural – L. Cunha & A. Ramos 9

Identificação e caraterização com InSAR da deformação do terreno nas ilhas Shetlands do Sul (Antártida Marítima): primeiros resultados – M. Jorge, J. Catalão & G. Vieira 19

Novas Metodologias em Geomorfologia

Relações entre a geopedologia e as áreas de preservação permanente nas bacias hidrográficas dos rios Alto Cachoeira e Sagrado, Estado do Paraná, Brasil – A. Nowatzki & L. J. C Santos 29

Contribuição da sucção matricial na avaliação dinâmica da estabilidade de vertentes naturais: o caso de estudo do talude da estrada regional no concelho da Povoação (ilha de S. Miguel, Açores) – P. Amaral, R. Marques, J. L. Zêzere, G. Queiroz &

F. Marques 41

An integrated information system to support research on soil erosion mitigation techniques after forest fires – A. Vieira, A. B.

Gonçalves, F. Leite, C. Martins, L. Mendes, E. Loureiro & J. Salgado 51

Património Geomorfológico

Património geomorfológico da vertente meridional da Serra da Gardunha (Castelo Branco): potencialidades e ameaças – J.

Rodrigues & C. N. Carvalho 61

O caminho das tropas de muares sob a ótica da geomorfologia no Paraná, sul do Brasil – M. L. C. Pinto & A. Liccardo 71

As brandas de gado das Serras da Peneda e do Soajo (NW de Portugal) – M. A. Silva, F. A. Silva, M. I. C. Alves & J. G.

Rocha 83

Geomorfologia Fluvial e Recursos Hídricos

Hidrodinâmica, morfologia do canal e carga sedimentar no baixo curso do Rio Ivaí – Paraná, Brasil – M. L. Santos, S.

Kuerten, N. V. L. Gasparetto & V. M. Martins 93

Los factores morfoestructurales en la definición y evolución de la red hidrográfica en el sector oriental del Sistema Central – A. García de la Vega 101

Processos Erosivos

O sistema pedológico LV-PV-RQ e a erosão na região noroeste do Estado do Paraná, Brasil – V. M. Martins, N. V. L.

Gasparetto, S. S. Castro & M. L. Santos 115

Avaliação de susceptibilidade à erosão hídrica na fachada oriental da Ilha de Santiago (Cabo Verde) – M. C. Nunes & F. L.

Costa 125

Definição e caracterização de padrões de ravinamento à escala regional: o caso da bacia do Tejo – R. Bergonse & E. Reis 133

Processos erosivos em áreas urbanas: o caso das voçorocas da cidade de Ponta Grossa, PR – Brasil – C. C. Prieto & M. L. C.

Pinto 143

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Cartografia Geomorfológica

Taxonomia e mapeamento geomorfológico de bacia hidrográfica na Serra do Mar - Estado do Paraná, Brasil – J. M. F. Silva

& L. J. C. Santos 157

Geomorfologia e tectônica da bacia hidrográfica do ribeirão Santo Inácio, Estado do Paraná, Sul do Brasil – S. Volkmer, B. A.

Camolezi, V. S. Serikawa & E. Fortes 167

Anexo – CD-ROM

Actas/Proceedings V Congresso Nacional de Geomorfologia 2010 – C. Bateira, L. Soares, A. Gomes & H. I. Chaminé (eds.)

Livro Guia de Campo V Congresso Nacional de Geomorfologia 2010 – A. Gomes & H. I. Chaminé (coords.)

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Publicações da Associação Portuguesa de Geomorfólogos, Volume VII, APGEOM, Porto

Novas Metodologias

em Geomorfologia

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Relações entre a geopedologia e as áreas de preservação permanente nas bacias hidrográficas dos rios Alto Cachoeira e Sagrado, Estado do Paraná, Brasil

A. Nowatzki1 & L. J. C. Santos1 1 Laboratório de Biogeografia e Solos, Departamento de Geografia, Universidade Federal do Paraná, Brasil

Resumo: As Áreas de Preservação Permanente (APP’s) presentes no Código Florestal Brasileiro de 1965 e resoluções 302 e 303 do

CONAMA, são espaços que devem estar recobertos com vegetações naturais e livres de atividades humanas pois quando estas ocorrem em áreas de APP, ficam sujeitas à ocorrência de processos erosivos e ao transporte de sedimentos pela rede de drenagem o que gera uma instabilidade geopedológica. Este trabalho tem por objetivo apresentar um estudo comparativo entre a evolução da cobertura vegetal e uso da terra para os anos de 1999 e 2005 em áreas de APP nas bacias hidrográficas dos rios Alto Cachoeira e Sagrado. As bacias hidrográficas escolhidas apresentam inúmeras atividades humanas (como agricultura, pecuária, reflorestamento entre outros) em áreas de APP. A metodologia empregada para a delimitação das APP’s das duas bacias utiliza o software ArcGIS 9.2 para a delimitação das

categorias de APP’s (nascentes de rios, matas ciliares, topos de morro e montanha, encostas com declividades acima de 45 ) com técnicas de Cartografia Digital e de Sistemas de Informações Geográficas (SIG). A bacia do Sagrado teve em 1999 um percentual de degradação em APP´s de 17,7%, subindo para 20% em 2005. Já o rio Alto Cachoeira teve suas APP´s com 23,5% de degradação em 1999 diminuindo para 15,2% no ano de 2005.

Abstract: The Mandatory Preservation Areas (APP’s) present in the Brazilian Forest Code of 1965 and the resolutions 302 and 303

of CONAMA, are spaces that must be covered with natural vegetation and free of human activities because when they occur in APP area, they are susceptible to the occurrence of erosion and sediment transport by drainage which leads to an “geopedological” instability. This paper aims to present a comparative study of the evolution of vegetation cover and land use for the years 1999 and 2005 in APP areas in the watershed of Alto Cachoeira and Sagrado river. The watersheds chosen present numerous human activities (such as agriculture, livestock, reforestation and others) in APP areas. The methodology for the delimitation of APP's of the two watersheds the uses the software ArcGIS 9.2 for the delimitation of the categories of APP (rivers, riparian forest, hills and mountains tops, ridge lines, slopes above 45 ) with techniques of Digital Cartography and Information Systems (GIS). In 1999, the watershed of Sagrado had a percentage of degradation in APP of 17.7%, rising to 20% in 2005. The Alto Cachoeira river had their APP’s with 23.5% of degradation in 1999 decreasing to 15.2% in 2005.

Palavras-Chave: Áreas de preservação permanente, Bacia hidrográfica, Sistema de informações geográficas.

Keywords: Mandatory preservation areas, Watershed, Geographic information system.

1. Introdução

No litoral do Estado do Paraná o assoreamento atinge áreas de navegação portuária nas baías de Antonina e de Paranaguá e as dragagens constituem as principais soluções adotadas pelo Estado na tentativa de solucionar este problema, mas, o seu alto custo de execução, atrelado à dificuldade de se licenciar áreas de despejo, vêm tornando esta estratégia inviável. Para se entender melhor o processo de assoreamento, deve-se localizar quais são as áreas fontes de sedimentos dentro das bacias hidrográficas que drenam para as baías do litoral e a sua dinâmica no contexto hidrográfico (Nowatzki et

al., 2010). De acordo com a legislação ambiental brasileira, (Código Florestal de 1965) uma Área de Preservação Permanente, ou APP, deve ser um espaço físico-natural protegido, sem qualquer atividade antrópica, como nascentes de rios, matas ciliares, topos de morros e

encostas declivosas. Estas áreas, em geral têm a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas (Brasil, 2001). Contudo, nem sempre estas APP’s são respeitadas no litoral paranaense e inúmeras atividades humanas foram implantadas ao longo dos anos em locais aonde deveria se preservar. Uma das principais causas do assoreamento nas baías do Paraná é a retirada da vegetação natural das Áreas de Preservação Permanente (APP’s) das bacias hidrográficas que drenam para estas baías. Estas APP’s são essenciais para manter a estabilidade Geopedológica das bacias. De acordo com Curcio et al. (2006) a “geopedologia” pode ser compreendida como a combinação dos aspectos geológicos, geomorfológicos e pedológicos, voltada à compreensão das potencialidades e fragilidades da dinâmica do ambiente.

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No Código Florestal Brasileiro (Brasil, 2001), é colocado que se deve preservar, além das nascentes e as matas ciliares, as encostas com declividade superior a

45 , topos de morro, montanhas e serras. Tais áreas, além de importantes para a biodiversidade e para manutenção e recarga de aqüíferos que vão abastecer as nascentes, são em geral áreas frágeis e sujeitas a escorregamentos, principalmente quando desmatadas e degradadas ambientalmente (MMA/SBF, 2011). Segundo este relatório, é visto ainda que o mesmo ocorre com as APP’s de margens de rios, que uma vez desmatadas, degradadas e/ou indevidamente ocupadas, perdem a proteção conferida pela vegetação ciliar, ficando sujeitas aos efeitos de escorregamentos e o conseqüente carreamento de sedimentos para o leito dos rios, promovendo seu assoreamento. Com isso os rios tornam-se mais rasos, e nas situações de precipitações mais volumosas, não conseguem conter o volume adicional de água, potencializando cheias e enchentes. Conforme destaca Silva et al. (2011) “o Brasil testemunha um intenso debate acerca do seu Código Florestal. Em essência, o que se discute é o futuro da flora brasileira, com suas implicações para atividades humanas e as conseqüências das decisões de caráter político sobre as dimensões ambiental, social e econômica em todo o território nacional e para toda a sociedade”. Dentre algumas das mudanças, podemos destacar a diminuição das medidas das Áreas de Preservação permanente, conforme pode ser ilustrado na Figura 1 abaixo. Para Nowatzki (2010) a discussão da reformulação do atual código florestal brasileiro é uma questão que está sendo bastante debatida nos dias de hoje no Brasil, tendo em vista que existem divergências quanto a sua

implementação. Este autor argumenta que “de um lado existem aqueles agricultores que vêem o código florestal como algo que impede o desenvolvimento do país. Muitas das terras que para eles são agricultáveis, estão com uma vegetação natural em cima, o que tornam essas terras inativas do ponto de vista do agronegócio”. Nowatzki (2010) ainda expõe que “do outro lado estão aqueles preocupados com a preservação dos ecossistemas brasileiros e colocam em tona a importância destes para manter o meio ambiente sob um equilíbrio”. Girardi & Fanzeres (2010) alegam que ao tentar minimizar os problemas do agronegócio, a proposta acaba colocando em risco a biodiversidade e os serviços ambientais prestados pela floresta. Para elas, o código é bastante rigoroso, e também largamente desrespeitado, sendo que mais de 80 milhões de hectares de terra no país estão em situação de não conformidade com o código. A proposta de substitutivo, flexibiliza esses instrumentos de proteção com a justificativa, entre outras, de regularizar proprietários que infringiram a legislação vigente. Estas autoras ainda afirmam que a redução dos corredores florestais significa que as paisagens vão perder a capacidade de reter e conectar espécies e de manter a qualidade e o fluxo de recursos hídricos. Segundo estas autoras, o empobrecimento do ambiente poderá ser sentido pelas erosões no solo e pela cada vez menor capacidade de captação de água, o que em si pode trazer conseqüências econômicas, como a desvalorização do preço da terra. Portanto, com a legislação reduzida, alguns processos naturais podem se intensificar, caso haja uma apropriação inadequada de ambientes naturalmente mais frágeis, como no caso dos escorregamentos, que podem ocorrer durante eventos chuvosos intensos e locais.

a) b)

Figura 1 - (a) Como é atualmente e (b) como fica a nova legislação. Fonte: L7 Notícias. Disponível em:

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/conheca-as-principais-mudancas-propostas-pelo-novo-codigo-florestal-20110512.html. Acesso em:

17/05/2011.

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2. Chuvas e Movimentos de Massa no Brasil em 2011 No verão, é comum no Brasil a ocorrência de chuvas torrenciais. Recentemente, eventos meteorológicos extremos, como essas chuvas, vêm acontecendo com bastante intensidade, conforme é indicado por um recente relatório de inspeção, publicado pelo Ministério do Meio Ambiente/Secretaria de Biodiversidade e Florestas intitulado de “Área atingida pela tragédia das chuvas - Região Serrana do Rio de Janeiro” (MMA/SBF, 2011). Segundo este relatório, essas chuvas causaram inúmeras tragédias nessa região, em função dos escorregamentos que aconteceram por causa dessa concentração de chuvas. Inúmeras vidas humanas foram tiradas, pois com os escorregamentos, algumas casas ficaram soterradas, juntamente com seus moradores. Esse relatório ainda indica a relação existente entre as APP’s, ou a preservação das mesmas com as dinâmicas dos escorregamentos, sendo este um processo natural, contudo, pode ser intensificado pela atividade humana não planejada, ou desordenada, quando há a retirada da vegetação natural. No litoral do Paraná, tivemos no mês de Março do ano de 2011, incidentes meteorológicos extremamente acima da média para este mês, conforme é possível ver na figura 2. De acordo com a figura acima, é possível notar que durante o referido mês, os índices pluviométricos atingiram seus maiores pontos do dia 10 ao dia 13, chegando no caso da estação de Morretes e da rodovia BR 277 (km 35), chover durante o dia 11, praticamente 250mm. O maior índice acumulado até o

dia 15, foi o do km 41 da BR 277 que chegou quase no valor de 500mm. A estação de Antonina foi a que teve a maior média pluviométrica de Março, com aproximadamente 350mm. Nessa mesma perspectiva, Zabot (2011) aponta que mais de 6 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas contínuas em todo o litoral do Paraná no primeiro bimestre do ano de 2011, sendo que a Defesa Civil apontou uma estimativa de 1000 pessoas desabrigadas tendo a cidade mais atingida, a de Morretes, com 6.180 pessoas afetadas e 750 casas destruídas. Esta autora ainda argumenta que de acordo com a Companhia Paranaense de Energia (Copel) e com a Companhia Paranaense de Saneamento (Sanepar), 6.400 pessoas ficaram sem energia elétrica e sem fornecimento de água em Morretes, Antonina e Guaraqueçaba (PR). Zabot (2011) ainda expõe que a Defesa Civil informou que a Colônia Santa Cruz, que fica na beirada da rodovia Alexandra-Matinhos (PR-508), foi totalmente destruída pelo alagamento e por escorregamentos de terra. Na tabela 1, é possível verificar os estragos ocasionados pelos eventos meteorológicos extremos no litoral do estado do Paraná no primeiro bimestre de 2011, de acordo com a Defesa Civil. As seguintes fotografias registraram algumas situações como as irregularidades de ocupação ao longo das matas ciliares que pela legislação brasileira, deveria estar coberta com vegetação natural, as planícies litorâneas do Estado do Paraná após as chuvas de Março de 2011, e exemplos de escorregamentos ocorridos nas porções serranas do Estado do Paraná.

Figura 2 - Quantidade em mm de chuvas em pontos da Serra do Mar e da Planície Litorânea do Paraná (10/Março à esquerda e média de Março à direita). Fonte: SIMEPAR, 2011.

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Tabela 1 - Estragos causados pelas chuvas no litoral do Paraná. Fonte: Zabot (2011).

1) 2)

Foto 1 - Mata ciliar degradada com moradia próxima a margem do rio. Foto 2. Ausência de mata ciliar em rio na Planície Litorânea. Fonte: Mineropar, 2011.

3) 4)

Foto 3 - Planície litorânea do Paraná inundada/assoreada após as chuvas e os escorregamentos de Março de 2011. Foto 4. Planície inundada/assoreada e cicatrizes de escorregamentos recentes na porção da Serra do Mar . Fonte: Mineropar, 2011

A vegetação natural de um ambiente é importante para manter a estabilidade geopedológica do mesmo, conforme explicam Magalhães & Ferreira (2000) apud Jarentchuk (2009) ela contribui para: evitar a deflagração de processos erosivos em áreas agrícolas ou até mesmo contendo-os; manter a estabilidade do manto pedológico sobre encostas com inclinações acentuadas graças a estruturação da massa de solo em conjunto com

a trama radicular, evitando a ocorrência de eventos como os de escorregamentos; em áreas próximas aos corpos hídricos agindo como anteparo para o impacto da chuva sobre o solo de maneira a reduzir o efeito de compactação, bem como a trama radicular contribui para a manutenção da porosidade dos solos permitindo a infiltração da água e alimentando as colunas freáticas.

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5) 6)

Fotos 5 e 6 - Cicatrizes de escorregamentos com rochas aflorando e porções degradadas da Serra do Mar paranaense, após os incidentes meteorológicos extremos do primeiro bimestre de 2011. Fonte: Mineropar, 2011

Essa ação impede o escoamento superficial precoce e a formação de sulcos erosivos que carregam sedimentos particulado aos cursos d’água aumentando sua turbidez, bem como assoreando-os; por fim a vegetação contribui também para o equilíbrio do ciclo hidrológico de uma área de drenagem. Nessa mesma perspectiva, Andrade & Romero (2005) apresentam algumas das principais funções ambientais da mata ciliar, com a sua vegetação natural preservada como manter o equilíbrio hidrológico por meio da “estabilização das ribanceiras do rio através da manutenção do emaranhado de raízes; do controle do aporte de nutrientes e de produtos químicos aos cursos d'água; da filtragem e do controle da alteração da temperatura para o ecossistema aquático; da formação de barreiras para o carregamento de sedimentos para os cursos d’água evitando o assoreamento das micro-bacias hidrográficas”. Eles complementam argumentando que as matas ciliares “são fundamentais para garantir a quantidade e qualidade da água em nossos rios, represas e lagos, além de proporcionar alimentação para os peixes e outros organismos vivos aquáticos”.

3. Localização e características da área de estudo

Ambas as bacias hidrográficas estudadas neste trabalho, a do rio Alto Cachoeira e a do rio Sagrado estão localizadas em dois compartimentos geomorfológicos

distintos: a Serra do Mar e Planície Litorânea (Maack, 1968), ambos afetados pelas recentes catástrofes supramencionadas. Partindo para uma abordagem geopedológica (Curcio et al., 2006), no primeiro compartimento encontram-se solos pouco desenvolvidos, dentre os quais destacam-se os Cambissolos Háplicos e os Neossolos Litólicos, também se verificam significativas declividades, em geral superiores a 17 . Nesta porção registram-se os mais elevados registros pluviométricos do estado do Paraná, por exemplo, na estação Véu da Noiva o acumulado anual supera em média os 3.500 mm. Essa configuração paisagística proporciona elevada suscetibilidade natural à ocorrência de escorregamentos e desenvolvimento de processos erosivos (Paula et al., 2006). Já no compartimento da Planície Litorânea verifica-se o predomínio de sedimentos aluvionares não consolidados associados a solos hidromórficos (Gleissolos, Cambissolos Flúvicos e Neossolos Flúvicos). A pluviosidade também se demonstra significativa, cerca de 2.000 mm por ano. Nesse compartimento além dos processos erosivos decorrentes de importantes taxas de escoamento superficial, em razão da rápida saturação dos solos hidromórficos diante de eventos pluviométricos de elevada magnitude, também se nota a expressiva alteração morfológica dos canais fluviais devido ao assoreamento dos mesmos e solapamento das margens (Paula et al., 2006).

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Figura 4 - Mapa de localização das bacias hidrográficas dos rios Alto Cachoeira e Sagrado.

Diante desta perspectiva, alguns mapeamentos de APP’s já foram realizados em algumas das bacias hidrográficas que drenam para as baías de Antonina e Paranaguá como as bacias dos rios Alto Cachoeira e Sagrado, delimitadas por Jarentchuk (2009) e Nowatzki et al. (2009) respectivamente. O objetivo deste trabalho é fazer uma análise comparativa com dados oriundos de imagens de satélite de diferentes anos, sendo assim possível observar o quanto a degradação de uma APP aumenta ou diminui. A figura 4 apresenta as duas bacias analisadas neste trabalho.

4. Metodologia

Primeiramente necessitou-se dos dados espaciais das APP’s dos rios Alto Cachoeira e Sagrado padronizados, para isso utilizou-se o software ArcGIS 9.2. Para isso usou-se a metodologia empregada em Nowatzki et al. (2010) na qual contém informações de técnicas de como utilizar a Cartografia Digital e o SIG (Sistema de Informações Geográficas) para delimitação das diversas categorias de APP’s contidas no Código Florestal Brasileiro (Brasil, 2001), a Resolução CONAMA

302/02 (Brasil, 2002a) e a Resolução CONAMA 303/02 (Brasil, 2002b). Para as bacias dos rios Alto Cachoeira e Sagrado foram usados os dados de APP’s presentes em Jarentchuk (2009) e Nowatzki et al. (2009) respectivamente. A bacia do rio Alto Cachoeira contém as seguintes categorias de APP: Nascentes, Matas Ciliares, Reservatórios Artificiais, Topos de Morro e Montanha, Linhas de Cumeada e Declividades acima de 45°. O rio Sagrado contém as mesmas, contudo nesta bacia existe uma área de APP de Manguezais. Posteriormente agruparam-se todas as categorias de APP’s presentes nas três bacias fazendo com que fosse possível o cruzamento destas com as informações de cobertura vegetal e uso da terra. A partir deste processo, foi possível analisar o quanto as APP’s das duas bacias estão degradadas, visto que se utilizaram mapeamentos prévios de cobertura vegetal e uso da terra. Para o ano de 1999, usou-se dados levantados pela Pró-Atlântica (Paraná, 2002) o qual foi elaborado a partir de imagens do satélite LANDSAT ETM 7, referentes ao ano de 1999 na escala de 50.000. Os dados espaciais deste mapeamento estão em formato shapefile e foram utilizados por Paula (2010).

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Tabela 2 - Classes do mapeamento e as consideradas de Preservação e Degradação para 1999.

A partir destes dados agruparam-se as classes consideradas de “Degradação” e de “Preservação” conforme a tabela 2. Para o ano de 2005 foram utilizados dados levantados pela empresa Aerosat utilizados por Paula (2010) elaborado a partir de imagens do satélite SPOT 5. As classes consideradas de Degradação e Preservação referentes a Cobertura Vegetal e uso da terra para o ano de estão expressos na tabela 3.

Tabela 3 - Classes do mapeamento e as consideradas de Preservação e Degradação para 2005.

5. Resultados e Discussões

Após manipular os dados de APP’s e efetuar os cruzamentos dos dados espaciais das bacias dos rios Alto Cachoeira e Sagrado referentes aos dados das APP’s com o de cobertura vegetal e uso da terra (de 1999 e de 2005) foi possível elaborar os mapas temáticos abaixo (figs. 5 a 8).

A partir dos dados levantados, pode-se analisar o quanto uma bacia evoluiu na relação entre a preservação e a degradação. As tabelas 4 a 7 representam esta evolução. Outra maneira possível de se visualizar a evolução da preservação e da degradação é a partir de um gráfico. A figura 9 apresenta respectivamente para os rios Alto Cachoeira e Sagrado a evolução. A bacia do rio Sagrado teve em 1999 um percentual de degradação em APP´s de 17,7%, subindo para 20% em 2005. O rio Alto Cachoeira teve suas APP´s com 23,5% de degradação em 1999 diminuindo para 15,2% no ano de 2005.

6. Conclusões

As Áreas de Preservação Permanente são locais que servem para manter a estabilidade geopedológica do ambiente. Em locais de serra, onde existe uma fragilidade ambiental a processos erosivos bastante acentuada, a preservação das mesmas se torna ainda mais importante. Trabalhando na Serra do Mar Paranaense, Marés mikosik et al. (2010) apontam que os oito escorregamentos translacionais ocorridos no rio Sagrado, incidiram em áreas de APP’s o que frisa a importância que estas áreas têm na paisagem. No Brasil, existe uma discussão para reformular o Código Florestal, fazendo com que, dentre outras medidas, haja por meio destas leis, uma expressiva diminuição das porções de APP’s.

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Figura 5 - Mapa de APP’s degradadas e preservadas da bacia do rio Alto Cachoeira em 1999.

Figura 6 - Mapa de APP’s degradadas e preservadas da bacia do rio Alto Cachoeira em 2005.

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Figura 7 - Mapa de APP’s degradadas e preservadas da bacia do rio Sagrado em 1999.

Figura 8 - Mapa de APP’s degradadas e preservadas da bacia do rio Sagrado em 2005.

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Figura 9 - Evolução em % da degradação das APP’s da bacia do rio Alto Cachoeira entre 1999 e 2005.

Como foi apresentado, inúmeros são os trabalhos que exaltam a importância da preservação das APP’s, pelos serviços ambientais prestados pelas mesmas. É pertinente argumentar que escorregamentos como os que ocorreram no Rio de Janeiro e no litoral do Paraná, ocorrem naturalmente, em situações extremas de chuvas concentradas. Contudo, se a paisagem estiver preservada, de acordo com a legislação, que como foi colocado é bastante rígida e complexa no Brasil, as chances desses processos ocorrerem diminuem bem como de vítimas fatais associadas a esses processos. A partir deste trabalho foi possível identificar se a preservação em APP`s está aumentando ou diminuindo em uma bacia hidrográfica utilizando de técnicas de SIG, tomando a idéia de que estas áreas são essenciais quando se pretende fazer uma investigação geológica, geomorfológica e pedológica (Geopedológica) em uma ou mais bacias hidrográficas.

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abr. 2011

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Índice de Autores

Alves M. I. C. 83

Amaral P. 41

Bergonse R. 135

Camolezi B. A. 169

Carvalho C. N. 61

Castro S. S. 115

Catalão J. 19

Costa F. L. 125

Cunha L. 9

Fortes E. 169

Gasparetto N. V. L. 93, 115

García de la Vega A. 101

Gonçalves A. B. 51

Jorge M. 19

Kuerten S. 93

Leite F. 51

Liccardo A. 71

Loureiro E. 51

Marques F. 41

Marques R. 41

Martins C. 51

Martins V. M. 93, 115

Mendes L. 51

Nowatzki A. 29

Nunes M. C. 125

Pinto M. L. C. 71, 145

Prieto C. C. 145

Queiroz G. 41

Ramos A. 9

Reis E. 135

Rocha J. G. 83

Rodrigues J. 61

Santos L. J. C. 29, 159

Salgado J. 51

Santos M. L. 93, 115

Serikawa V. S. 169

Silva F. A. 83

Silva J. M. F. 159

Silva M. A. 83

Vieira A. 51

Vieira G. 19

Volkmer S. 169

Zêzere J. L. 41