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GEOGRAFIA TURMA INVERNO | MÓDULO 1 3 Brasil Característica Gerais O quinto país em extensão territorial Apenas seis países possuem extensão territorial superior a 7 milhões de quilômetros qua-drados. O Brasil é o quinto com 8.547.404km 2 . Como os quatro países mais extensos do que o Brasil estão integralmente no hemisfério norte, nós pode-mos dizer que ele é o mais extenso do hemisfério sul. É, ainda, um país eqüidistante, pois a distância entre os pontos extremos norte-sul (4.395km) e les-te-oeste (4.320km) se equivalem, embora seja um pouco mais longo nos sentidos norte-sul. A formação do território brasileiro "O traço marcante da colonização de todo o continente americano - e, por extensão, o Brasil -, com exceção apenas de partes da América do Norte, foi o de servir para o enriqueci-mento das metrópoles (as nações européias)." A primeira delimitação do território português na América foi determinada pelo Tratado de Tordesilhas (1494), que definia uma área de aproximadamente 2.800.000km 2 , ou seja, menos de 1/3 da superfície atual do Brasil. O meridiano do Tratado de Tordesilhas passava onde hoje é a cidade de Belém (PA) e a cidade de Laguna (Se). As terras situadas à leste dessa linha pertenceriam a Portugal e a oeste, a Espanha. GEOGRAFIA TURMA: INVERNO

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GEOGRAFIA

TURMA INVERNO | MÓDULO 1 3

Brasil Característica Gerais O quinto país em extensão territorial

Apenas seis países possuem extensão territorial superior a 7 milhões de quilômetros qua-drados. O Brasil é o quinto com 8.547.404km2. Como os quatro países mais extensos do que o Brasil estão integralmente no hemisfério norte, nós pode-mos dizer que ele é o mais extenso do hemisfério sul. É, ainda, um país eqüidistante, pois a distância entre os pontos extremos norte-sul (4.395km) e les-te-oeste (4.320km) se equivalem, embora seja um pouco mais longo nos sentidos norte-sul.

A formação do território brasileiro

"O traço marcante da colonização de todo o continente americano - e, por extensão, o Brasil -, com exceção apenas de partes da América do Norte, foi o de servir para o enriqueci-mento das metrópoles (as nações européias)."

A primeira delimitação do território português na América foi determinada pelo Tratado de Tordesilhas (1494), que definia uma área de aproximadamente 2.800.000km2, ou seja, menos de 1/3 da superfície atual do Brasil.

O meridiano do Tratado de

Tordesilhas passava onde hoje é a cidade de Belém (PA) e a cidade de Laguna (Se). As terras situadas à leste dessa linha pertenceriam a Portugal e a oeste, a Espanha.

GEOGRAFIA TURMA: INVERNO

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Os dois terços acrescentados ao território brasileiro foram conquistados posteriormente e confirmados pelos tratados: Madri (1750); Santo Idelfonso (1777) e outros.

A expansão do território e os ciclos econômicos

Ciclos do pau-brasil e da cana-de-açúcar A exploração do pau-brasil era feita pelos ín-dios, e os portugueses

se limitaram à instalação de feito rias ao longo do litoral, sem qualquer penetração para o interior. A cana-de-açúcar, por ser produto de exportação, também não se afastou muito do litoral.

Ciclo do gado Quando o gado chegou ao Brasil, as terras próximas ao litoral

estavam ocupadas pela cana-de-açúcar. Como não existiam cercas protegendo as plantações de cana, o gado acabou sendo expul-so das terras nobres da fachada litorânea e foi ocupar os sertões e o vale do rio São Francisco, o qual acabou recebendo o apelido de "Rio dos Currais". Até este ciclo, as áreas ocupadas estavam dentro dos limites do Tratado de Tordesilhas.

Ciclo das drogas do sertão (Norte), ciclo do ouro e as bandeiras (Sul)

Houve penetração pelo rio Amazonas e por alguns afluentes além dos limites de Tordesilhas, nos séculos XVII e XVIII. Eram as missões religiosas catequizadoras dos missionários católicos que foram acompanhadas de tropas de resgate portuguesas para aprisionarem índios. Estes serviriam em trabalhos escravos nas lavouras ao redor de cidades como: Belém, Santarém, Bragança e outras.

As bandeiras, durante o século XVIII, partiram de São Paulo, penetraram o território na direção oeste e ultrapassaram os limites de Tordesilhas. Essas expedições tinham duplo objetivo: encontrar ouro e pedras preciosas e, também, aprisionar índios para vendê-los como escravos.

Ciclo da borracha No período de 1870 a 1910, muitos nordestinos se deslocaram

para a Amazônia com a finalidade de explorar a borracha. Esses seringueiros ocuparam terras que pertenciam à Bolívia e que foram anexadas ao Brasil, em 1903, formando o Território do Acre.

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OS FUSOS HORÁRIOS DO BRASIL O Brasil possui dois fusos continentais e um oceânico. Os

meridianos que servem de limites entre os fusos horários fazem acomodações para evitar que um estado fique com suas terras em dois fusos.

Os Fusos Horários do Brasil Fuso Meridiano

Central Hora em relação a

Londres (GMT)

Abrange

1° 30°W - 2 horas Arquipélago de Fernando de Noronha, Atol das Rocas, ilhas de Trindade e Martim Vaz, penedos de São Pedro e São Paulo.

2° 45°W - 3 horas Amapá, Tocantins, Pará - na região Norte; Goiás e Brasília (hora oficial do Brasil) - na região Centro-Oeste; todos os estados das regiões Nordeste, Sudeste e Sul.

3° 60°W - 4 horas Roraima, Rondônia, Pará, Amazonas e Acre - na região Norte; Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na região Centro-Oeste.

AS GRANDES REGIÕES BRASILEIRAS

A primeira regionalização do Brasil teve como base a natureza. As paisagens naturais foram utilizadas para definir as cinco macrorregiões brasileiras.

A regionalização do espaço geográfico A divisão regional de um espaço geográfico deve apresentar em

cada região aspectos que as individualizem e as identifiquem.

A divisão extra-oficial Ultimamente, uma divisão regional extra oficial vem sendo

analisada por geógrafos como sendo mais adaptada à formação histórica e econômica do nosso território, que a divisão oficial do IBGE. Ela foi elaborada pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger em 1967. Nessa proposta de regionalização, o Brasil está dividido em três grandes complexos regionais, definidos com base em conceitos geo-econômico.

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Nos três grandes complexos: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul, os limites não coincidem com os limites políticos e alguns estados têm suas terras distribuídas em duas regiões.

A Amazônia - 5 milhões de km2 (58% da área do Brasil)

Corresponde a todo o espaço geográfico da Amazônia legal, portanto, ultrapassa os limites da região Norte. Sua área é composta por quase toda a região Norte e mais, aproximadamente, dois terços do território do Mato Grosso, quase a metade oeste do Maranhão e a parte norte do Tocantins.

Quando foi elaborada essa proposta regional, a Amazônia ainda estava em processo de ocupação e povoamento, apresentando baixa densidade demográfica e com o predomínio do extrativismo vegetal em sua economia. Atualmente o extrativismo vegetal/mineral divide sua participação com a agropecuária e até com a indústria de transformação que se implantou na Zona Franca de Manaus e no Projeto Grande Carajás.

O Nordeste – 1,5 milhão de km2 (18% da área do Brasil)

Sua área é quase a mesma da região Nordeste, segundo o IBGE, apresentando apenas duas diferenças: o oeste do estado do Maranhão está na Amazônia e o norte do estado de Minas Gerais faz parte do Nordeste. Concentra quase um terço da população brasileira, mas foi considerada por Pedro Geiger como uma "região-problema". Embora tenha mais da metade de suas terras no "Polígono das Secas", os graves problemas que afligem o Nordeste são de ordem sócio-econômicas, como: elevadas taxas de mortalidade infantil e de analfabetismo, pobreza, fome, subnutrição, eleva-das concentrações da renda e das terras, baixos salários e elevados índices de desemprego e subemprego.

O Centro-Sul - 2 milhões de km2 (24% da área do Brasil)

Essa é a área mais desenvolvida do país, correspondendo a todo o espaço geográfico da região Sul, quase todo o Sudeste (menos o norte de Minas Gerais), mais da metade do Centro-Oeste (fora o norte do Mato Grosso) e ainda o sul do estado do Tocantins.

Esse espaço regional apresenta as maiores concentrações: industrial, urbana e populacional. O triângulo São Paulo - Rio de Janeiro -Belo Horizonte constitui o maior parque industrial da América Latina. As maiores cidades brasileiras, os melhores portos e aeroportos, a melhor infra-estrutura viária, além de uma agropecuária moderna, estão no Centro-Sul. Mas essa grande riqueza convive com graves problemas urbanos: as favelas, a alta criminalidade, os altos índices de desemprego e subemprego, além de outros.

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GEOGRAFIA

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As grandes regiões Geográficas

As grandes regiões brasileiras apresentam processos de colonização e povoamento diferentes. Cada uma com características próprias que acabaram por definir a situação atual de organização do espaço e desenvolvimento econômico.

OS CLIMAS DO BRASIL

O Brasil é um país tropical e, por isso, tem o predomínio dos climas quentes, com pequena variação de temperatura, duas estações e com as chuvas concentradas no semestre de verão.

O clima Várias definições são dadas ao clima, dentre elas está a de Max

Sorre: "Clima é a sucessão habitual dos tipos de tempo num determinado local da superfície terrestre". Para se chegar com maior segurança às características climáticas de uma região, é necessário analisar o comportamento atmosférico por longo tempo (30 anos aproximadamente).

O tempo É o comportamento dos elementos do clima: temperatura,

umidade, pressão atmosférica, precipitações atmosféricas (chuva, granizo, neve) e ventos, em um determinado momento.

A latitude e sua influência nos climas do Brasil

A latitude é o principal fator na distribuição das temperaturas e na sua variação durante o ano. A curvatura d.a superfície terrestre fa2 com que os raios solares toquem as terras próximas da linha do equador perpendicularmente e, à proporção que vão afastando-se em direção ao pólo os raios solares estarão inclinando-se, até chegarem paralelos à superfície no pólo,

Essa é a razão do maior aquecimento das terras próximas ao equador, com esse aquecimento diminuindo ao se afastar da linha equatorial.

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GEOGRAFIA

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Observação: As temperaturas mais altas estão próximas da linha do equador - baixas latitudes; enquanto as temperaturas mais baixas estão próximas dos pólos - altas latitudes. Conclusão: a temperatura apresenta-se inversamente proporcional à latitude, na seguinte proporção - a cada 2° (dois graus) de latitude que aumenta, diminui 1°C (um grau) de temperatura.

As latitudes no Brasil O Brasil é um país tropical, pois 92% das suas terras estão entre

os dois trópicos, faixa de baixas latitudes. Com isso predominam os climas quentes. Praticamente, só a região Sul está na Zona Temperada, estando essa parcela do território brasileiro fora da zona de climas quentes.

Face à sua posição geográfica, nas terras brasileiras dominam apenas três climas: equatorial, tropical e subtropical, assim distribuídos: • clima equatorial, quente e úmido da Amazônia; • clima tropical, quente, do restante da zona tropical brasileira; • clima subtropical do sul do país, sendo o único que não é quente.

A temperatura vai diminuindo do norte para o sul, com o aumento

da latitude. Como a extensão norte/sul é de 4.330km (39° de latitude), existe uma grande variação de temperatura, conforme pode-se comprovar pela tabela e mapa a seguir.

Temperaturas normais

Cidades Latitude Sul

Média anual

Média do mês mais

quente

Média do mês mais

frio

Amplitude térmica

1. Belém 1°28' 25,6 26,2 (nov) 24,9 (fev) 1,3 2. Salvador

13° 24,9 26,3 (mar) 23,2 (jul/ago) 3,1

3. Rio de Janeiro

22°54' 22,7 25,4 (fev) 20,1 (jul) 5,3

4. Porto Alegre

30°02' 19,1 24,6 (fev) 13,5 (jun) 11,1

A altitude e sua influência nos climas do Brasil

A altitude tem influência na distribuição da temperatura e na distribuição das chuvas.

Temperatura do ar - O processo de aquecimento atmosférico é realizado pelo Sol de forma indireta. Os raios solares atravessam os gases da atmosfera sem alterar a sua temperatura. Quando chegam à superfície terrestre aquecem suas partes sólidas e líquidas. A Terra irradia para o espaço parte desse calor e com isso aquece os gases da atmosfera, ou seja, o aquecimento se dá de baixo para cima.

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GEOGRAFIA

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Observação: Nas terras de baixa altitude a temperatura é mais alta, mas à proporção que a altitude vai aumentando a temperatura vai diminuindo. Conclusão: A temperatura apresenta-se inversamente proporcional à altitude, na seguinte proporção - a cada 180m que aumenta de altitude, diminui 1°C de temperatura.

No Brasil predominam as terras baixas e, por esse motivo, a influência da altitude é pequena, mas, mesmo assim, as terras de planalto do Sudeste e do Centro-Oeste dão origem ao clima Tropical de Altitude. E na região Sul, os planaltos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul colaboram para a queda de neve em cidades como: São Joaquim (SC) e Garibaldi (RS).

No mapa e na tabela ao lado você observa a influência da altitude no clima do Brasil e na temperatura de algumas cidades brasileiras.

Cidades Altitudes Latitude Sul Média Térmica Anual Vitória Nível do mar 900m 20°19' 23.2°C B. Horizonte 19°49' 20.7°C Santos (SP) Nível do mar 800m 23°56' 22.0°C São Paulo 23°32' 17.6°C Florianópolis Nível do mar 1.100m 27°35' 20.5°C

As massas de ar e suas Influências nos climas do Brasil

As massas de ar definem o regime de chuvas dos climas. Quando a região climática recebe massas úmidas, ocorrem as chuvas.

No Brasil, atuam cinco grandes massas de ar, as quais estão representadas no mapa a seguir.

A - Massa Polar Atlântica (MPA): é fria porque procede da Zona Glacial e úmida por passar sobre o oceano Atlântico antes de entrar no Brasil. B - Massa Tropical Continental (MTC): é quente por se originar na Zona Tropical e a única seca devido à sua formação sobre o continente. C - Massa Tropical Atlântica (MTA): é quente, pois se origina na Zona Tropical; é úmida por ter sua formação no Oceano Atlântico. É formadora dos ventos alísios do sudeste. D - Massa Equatorial Atlântica (MEA): é quente por ter a sua origem próxima da linha do Equador e úmida devido à sua formação sobre o Oceano Atlântico. Ela entra no Brasil com o nome de ventos alísios de nordeste. E - Massa Equatorial Continental (MEC): é quente, pois se forma próximo à linha do equador e úmida devido à grande floresta Amazônica e à maior bacia hidrográfica do mundo "Amazônica".

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Os climas e suas características No território brasileiro, predominam os climas quentes, com

temperaturas médias anuais superiores a 20°C e regimes de chuvas concentradas no verão. Os domínios climáticos brasileiros são: o equatorial, o tropical e o subtropical; sendo que o tropical, por influência dos diversos fatores climáticos subdivide-se em cinco climas diferentes. O mapa a seguir apresenta a distribuição dos climas no território brasileiro.

As principais características dos climas

Clima Equatorial

A Amazônia é o domínio do clima equatorial. É quente com

temperatura média anual de 25°C, apresentando pequena amplitude térmica anual, entre 2° a 4°C. As chuvas são abundantes e distribuídas ao longo do ano, sem estação seca definida. Tem o maior índice pluviométrico do Brasil, de 2.000 a 3.000mm de chuvas por ano e apresentando com maior freqüência a chuva de convecção.

O ar aquecido dilata-se e sobe. Por este motivo as regiões quentes

apresentam baixa pressão atmosférica (zona ciclonal). Quando o ar se eleva, as nuvens elevam-se com ele, saindo da camada de ar quente e entrando em camada de ar frio. O contato com o ar frio transforma a nuvem em água, caindo em forma de chuva. Essas chuvas ocorrem com freqüência à tarde, são grossas e de curta duração.

Clima Subtropical

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O domínio do clima subtropical é a região Sul. Esse é o nosso clima de zona temperada, sendo, portanto, o único fora da zona de climas quentes. Apresenta as mais baixas médias térmicas anuais (16 a 19°C) e as maiores variações de temperatura ao longo do ano e, ainda, com a variação das quatro estações.

É classificado como clima úmido, registrando índices pluviométricos de 1.200 a 1.500mm e uma regular distribuição das chuvas ao longo do ano. Ocorrem geadas e até nevadas nas partes mais altas do relevo. No inverno, o tipo de chuva mais comum é a frontal.

No domínio do clima subtropical, uma massa fria (MPA) avança

para o norte no inverno. O ar frio é mais pesado e se introduz por baixo do ar quente empurrando-o para cima. A frente dessa massa fria transforma as nuvens em chuva. Esse tipo de chuva ocorre em quase todo o território brasileiro, sendo mais comum no inverno do clima subtropical.

Clima Tropical de Altitude

Clima Tropical Semi-árido

O clima tropical semi-árido ocupa o sertão do Nordeste, com uma

área de aproximadamente, 900.000 quilômetros quadrados. Nesse domínio, registram-se as mais elevadas médias térmicas do país, entre 26 a 28°C. As chuvas são escassas e concentradas nos primeiros meses do ano. Uma das suas principais características é a irregular distribuição das chuvas, no tempo e no espaço.

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Polígono das Secas É nesse domínio climático onde se registram as secas. A

probabilidade de um período de chuvas excessivas, com inundações é igual ao de ausência de chuvas, com ocorrência de seca. Nos anos normais o índice pluviométrico é de 750 a 1200mm.

Clima Tropical com chuvas de verão

O clima tropical com chuvas de verão tem duas estações bem definidas, com as chuvas concentradas na semestre da verão, .ou seja, de outubro a março. Durante a verão, três massas úmidas: MEC (Equatorial Continental), proveniente da Amazônia, e MEA e MTA (Equatorial Atlântica e Tropical Atlântica), ambas originadas no Oceano Atlântico, provocam chuvas abundantes, registrando um índice pluviométrico de 1.200 a 1.600mm. É um clima quente com temperaturas de 22 a 24°C e pequena amplitude térmica anual.

Clima Tropical com chuvas de Inverno

A área de domínio do clima tropical com chuvas de inverno é a

faixa litorânea oriental do Nordeste, estendendo-se do Estado do Rio Grande do Norte até o Recôncavo Baiano.

É um clima quente, com médias térmicas anuais elevadas e pequena amplitude térmica anual. Suas chuvas estão concentradas nos meses de março até agosto, período de influência das massas de ar: Polar Atlântica e Tropical Atlântica, esta última chega nessa área com o nome de ventos alísios de sudeste.

O clima aliado ao solo de massapê favoreceu ao desenvolvimento da cultura canavieira, sendo o palco do ciclo do açúcar e até hoje é o domínio de grandes propriedades com culturas de cana-de-açúcar e as usinas de açúcar e álcool.

Clima Tropical Sempre-úmido

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O clima tropical sempre úmido ocupa a faixa litorânea sul do Estado da Bahia e o norte do Estado do Espírito Santo. Apresenta médias térmicas anuais elevadas e pequenas amplitudes térmicas ao longo do ano.

O regime pluviométrico caracteriza-se por registrar chuvas abundantes, distribuídas ao longo do ano, sem estação seca definida. A semelhança com o clima equatorial favoreceu à transferência do cacau, planta nativa da Amazônia. Atualmente a cultura do cacau para exportação concentra-se nessa região climática, com mais de 90% da produção nacional.

AS PAISAGENS VEGETAIS DO BRASIL

A vegetação é a mais forte expressão da vida. É o principal elemento dos diversos ecossistemas, sendo fundamental para a sobrevivência de inúmeros outros seres vivos.

Infelizmente é o primeiro componente da paisagem natural que o homem altera e destrói, provocando a quebrado equilíbrio ecológico, com graves conseqüências para o meio ambiente.e para a própria humanidade.

Existe um estreito relacionamento entre o clima e a vegetação, ao ponto de se dizer que a vegetação é o espelho do clima. Ela reflete, como se fosse um espelho, as características climáticas regionais.

A desertificação consiste na diminuição da capacidade produtiva do solo. É um processo que se concretiza transformando ambientes naturais frágeis - semi-áridos - em desertos com a ajuda do homem. O desmatamento é a principal ação humana no processo de desertificação.

As principais paisagens vegetais No mapa, a seguir, apresentamos as principais paisagens vegetais

do Brasil, nas suas condições e localizações originais. Lembramos que to-dos esses quadros botânicos apresentam-se bastante alterados, na atualidade.

Vegetação O Brasil apresenta uma grande variedade de paisagens vegetais, por

sua grande xtensão territorial e pela influência de vários fatores: clima, solo, relevo, fauna e ação humana.

Formações florestais Originalmente eram as predominantes em nosso território, tendo sofrido

ao longo dos tempos intensa devastação, o que levou largas áreas, principalmente próximas ao litoral, a perder quase totalmente sua cobertura original. É o caso do estado de São Paulo, que hoje não chega a ter 3% do seu território ocupado por vegetação florestal nativa. As principais formações vegetais do território brasileiro são:

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Floresta Latifoliada Equatorial (pluvial) Trata-se da Floresta Amazônica, batizada de Hiléia por Humboldt. É a maior floresta úmida do mundo em variedade e quantidade de

espécies vegetais. Cobre uma área superior a 6 milhões de km2, dos quais cerca de 4 milhões em território brasileiro. Sua vegetação predominante é do tipo higrófita, heterogênea, densa e latifoliada (vegetais com folhas largas).

Floresta Latifoliada Tropical Originalmente ocupava toda área do litoral brasileiro. Era estreita no

Nordeste, alargava-se no Sudeste, e no Sul voltava a se estreitar. Composta por inúmeras espécies, de vegetação bastante densa (menos que a Floresta Latifoliada Equatorial), foi intensamente devastada pela lógica de ocupação do espaço adotada ao longo da história econômica do país.

Floresta Subtropical (araucária) Também conhecida como Mata dos Pinhais, é mais aberta e

homogênea que as duas formações mencionadas anteriormente. É formada principalmente pela Araucária Angustifolia, espécie de pinheiro, e por algumas espécies associadas, incluindo as do tipo latifoliada, como a Imbuia, Canela, Cedro etc. Originalmente ocupava os planaltos de clima tropical de altitude em São Paulo e Paraná, até as áreas de clima subtropical do Rio Grande do Sul.

Formações herbáceas Como principais exemplos deste tipo de formação vegetal temos:

Campos ou Pradarias Predominam espécies rasteiras do tipo gramínea, caracterizada por

pequenos arbustos espalhados pelo terreno. Quando grandes áreas do terreno são cobertas pelo tipo de vegetação predominantemente de espécies gramíneas, tem-se a formação de campos limpos; quando aparecem arbustos, trata-se de campos sujos. Cobrem os Pampas no estado do Rio Grande do Sul (Campanha Gaúcha), o sul do estado do Mato Grosso do Sul áreas elevadas da Serra da Mantiqueira no sul do estado de Minas Gerais, principalmente.

Cerrado Trata-se de vegetação predominantemente arbustiva, encontrada em

quase todo Brasil Central, cobrindo particularmente o Planalto Central. Seus arbustos de galhos retorcidos podem aparecer espalhados ou em formações campactas.

Caatinga Vegetação típica do semi-árido nordestino, formada por espécies

xerófitas, representada pelas espécies de cactáceas e bromeliáceas (mandacaru, xique-xique, facheiro, por exemplo). Há ainda no território brasileiro duas outras importantes

Formações Complexas Complexo do Pantanal

Vegetação que cobre toda a planície do Pantanal Matogrossense, caracterizada por uma vegetal heterogênea, contendo extensas áreas de florestas tropicais entremeadas por formações herbáceas e arbustivas.

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Mata de Cocais

È formada por duas palmeiras de grande valor econômico, O Babaçu e a Carnaúba, sendo uma vegetação de transição entre a floresta amazônica, os cerrados e a caatinga

Formação Litorânea

Representada pelo mangue, é uma paisagem vegetal típica de litorais tropicais como o nosso. Ocorre em terrenos baixos que sofrem a ação das marés ou da água salobra. Suas espécies vegetais são geralmente arbustivas, adaptadas a ambientes de grande umidade (higrófitos) e grande acidez (halófilo).

A ESTRUTURA GEOLÓGICA BRASILEIRA Placas tectônicas e áreas de grandes terremotos Estabilidade tectônica

A situação geológica atual do território brasileiro apresenta uma grande e tranqüila estabilidade tectônica. Os terremotos e as erupções vulcânicas, que são manifestações bruscas e violentas da crosta terrestre, acontecem nas bordas das placas tectônicas e nas suas proximidades. Essas placas deslocam-se entrando em choque ou afastando-se de outras e, em ambos os casos, ocorrem terremotos e erupções vulcânicas.

O Brasil se encontra no meio da placa sul-americana, portanto afastado das zonas de perturbações tectônicas. No nosso território não existem vulcões registrando-se, apenas, pequenos tremores, resultados de acomodações de rochas ou quando é atingido pelo final das ondas de vibrações dos terremotos do meio do Atlântico Sul. Geologia do Brasil

O território brasileiro apresenta uma estrutura geológica muito antiga com escudos cristalinos datados da Era Pré-Cambriana, bacias sedimentares formadas em várias eras geológicas e alguns capeamentos vulcânicos, resultantes de manifestações na Era Mesozóica. Aqui não se re-gistraram os dobramentos modernos que deram origem às cadeias de montanhas na Era Cenozóica Terciária. No mapa, a seguir, apresentamos as diversas estruturas geológicas do Brasil. Formação da estrutura geológica brasileira através das Eras

Complexo cristalino brasileiro

A estrutura cristalina é a mais antiga da crosta terrestre. Constituída por rochas magmáticas e metamórficas, solidificou-se nas eras arqueozóica e proterozóica:

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• Os terrenos arqueozóicos ocupam, aproximadamente, 32% da superfície brasileira. Apresentam-se bastante desgastados pela erosão, formando planaltos de baixas altitudes. • Os terrenos proterozóicos, ou algonquianos, correspondem a, aproximadamente, 4% da área do Brasil. Os minerais que se formaram no interior da Terra vieram para a superfície e se solidificaram juntos com as formações proterozóicas. Portanto, são as áreas do país mais ricas em minerais. É o caso das reservas de ferro e manganês do Quadrilátero Ferrífero (MG); Serra dos Carajás (PA); Maciço de Urucum (MS), também do ouro na Serra Pelada (PA), além da bauxita do Vale das trombetas (PA); Serra dos Carajás (PA) e ainda da casiterita no Vale do Candeias (RO) e ou-tros mais como cobre, chumbo, níquel, prata, zinco etc . As bacias sedimenlares

As bacias sedimentares se formaram com a deposição de sedimentos nas áreas deprimidas, ou nos antigos mares, constituídas de rochas sedimentares formando camadas ou estratos a partir da era paleozóica e prolongando-se pelas eras mesozóica e cenozóica. Cobrem, atualmente, 64% do território brasileiro.

Esse processo de sedimentação cobriu imensas áreas com os seres vivos nelas existentes. Quando os seres vivos são aterrados e perdem contato com a atmosfera, podem se transformar em fósseis e estes, se transformar nos minerais fósseis: carvão mineral, petróleo, xisto betuminoso.

Nessa estrutura geológica, podem ser encontradas reservas de petróleo como nas bacias: Litorânea e do Recôncavo Baiano, ou ainda o carvão mineral da região Sul, como a do Vale do Tubarão (SC), ou mesmo do xisto betuminoso da Formação de Irati (de SP até RS).

Antigas classificação do relevo

A nova classificação do relevo brasileiro (De: Jurandir L. S. Ross)

A atual classificação e distribuição do relevo brasileiro foi elaborada pelo Prof. Jurandir L. S. Ross e uma equipe de professores da USP Com a utilização de tecnologia moderna: a aerofotogrametria, que consiste em fotografia aérea, com um radar instalado no avião, essa equipe elaborou um rninuncioso levantamento topográfico do território brasileiro .

O relevo brasileiro caracterizava-se pela formação geológica muito antiga, pois os agentes internos apresentaram ação intensa nas primeiras eras geológicas. A partir da era paleozóica ocorreu intenso processo de erosão e intemperismo, rebaixando as áreas mais altas e aterrando as mais baixas, aplainando o relevo. Isso é o responsável pelas baixas altitudes e as formas suaves e arredondadas que caracterizam as terras brasileiras.

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A classificação de Jurandir Ross distingue três unidades de relevo: os planaltos, as depressões e as planícies. Na distribuição, foram identificadas 28 unidades que estão apresentadas no mapa a seguir.

OBSERVAÇÃO

Para definir a nova classificação do relevo brasileiro dois fatores foram utilizados pelo prof. Jurandir Ross e geógrafos da USP: o fator estrutural e o fator escultural. • O fator estrutural- o tipo e a origem das rochas constituem predominantemente cada unidade, ou seja, a estrutura geológica . • O fator escultural - a forma ou tipo do relevo, serras, chapadas, cuestas etc., que é o resultado da ação dos agentes internos e externos.

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS BRASILEIROS

Os diversos elementos que compõem a natureza apresentam-se interligados formando um conjunto chamado domínio morfoclimático ou domínio natural. Embora as mudanças no quadro natural ocorram lentamente, a natureza tem caráter dinâmico.

Os limites dos elementos naturais (clima, solo, vegetação, relevo e hidrografia) não coincidem e, por isso, a delimitação dos domínios morfoclimáticos não é muito clara. Nas áreas de contato entre dois domí-nios, as características naturais se misturam, constituindo as faixas ou zonas de transição.

No mapa, a seguir, está a distribuição territorial dos grandes domínios morfoclimáticos brasileiros.

As principais características

Amazônico - O clima equatorial, quente e úmido, com chuvas abundantes ao longo do ano, condiciona o predomínio do intemperismo químico, com solos profundos e lixiviados. A floresta Amazônica (hetero-gênea e latifoliada) é um dos mais ricos ecossistemas do planeta. O processo de desmatamento empreendido nas últimas décadas é preocupante e pode trazer danos irreversíveis à região. A bacia Amazônica é a mais extensa do mundo com, inclusive, o mais volumoso e extenso rio

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 18

do planeta (o Amazonas). O relevo é constituído de terras baixas, com planícies e depressões no centro e ao norte e ao sul planaltos de baixas altitudes.

Cerrado - Clima tropical quente e úmido, com duas estações definidas e as chuvas concentradas nos seis meses do verão. Os planaltos e as depressões sedimentares, com chapadas e chapadões caracterizam o relevo. A vegetação dominante é o cerrado (arbustiva e herbácea), mas nos vales dos rios encontram-se as matas galerias ou ciliares. Os solos sofrem o processo de laterização, apresentando elevada acidez que é corrigida pela calagem.

Mares de morros O clima tropical e úmido promoveu intensa erosão nas elevações dos planaltos e serras cristalinas do Atlântico Leste-Sudeste, transformando-as numa sucessão de morros de cumes arredondados. A floresta Atlântica que revestia essa região foi quase totalmente destruída pelo homem.

Caatinga - O clima tropical semi-árido e a vegetação caatinga ocupam o mesmo espaço geográfico (Sertão nordestino). Predomina a depressão delimitada por planaltos e chapadas. A vegetação xerófila é adaptada à semi-aridez do clima. A baixa pluviosidade condiciona solos rasos e os rios são intermitentes. Essa área é sujeita a processos de desertificação.

Araucária - Ocupa os planaltos sedimentares-basálticos da bacia do Paraná, com elevações do tipo cuesta. O clima subtropical tem as quatro estações do ano e apresenta um inverno frio. A Floresta Araucária ou Mata dos Pinhais (aciculifoliada) que revestia essa região foi quase toda devastada pela ação humana.

Pradaria - Constituída de terras baixas com elevações onduladas chamadas de coxilhas. Esse domínio é conhecido, também, como Campa-nha Gaúcha. A vegetação herbácea campestre recobre essa área. A principal atividade econômica é a pecuária extensiva. Mas a pecuária e a monocultura excessivas podem aumentar a erosão e até dar início a um processo de desertificação. OBSERVAÇÃO

Lixiviação – Ocorre em região de muita chuva. Consiste na lavagem do solo pela água da chuva, retirando elementos importantes e prejudicando-o para o uso na agricultura.

Laterização – É comum em região de clima com duas estações bem definidas. No período das chuvas, o solo fica encharcado e, no período da estiagem, a evaporação traz para a superfície elementos ricos em ferro e alumínio, formando-se uma crosta ferruginosa.

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HIDROGRAFIA BRASILEIRA Bacias hidrográficas

O território brasileiro é dividido em seis grandes bacias hidrográficas e uma grande quantidade de bacias menores denominadas de secundárias.

As grandes bacias hidrográficas são: Amazônica; Tocantins-Araguaia; do São Francisco; do Paraguai; do Paraná e do Uruguai, Brasil: bacias hidrográficas Bacias Área em: mil km2 Potencial hidrelétrico(MW)

Prim

ária

s Amazônica Paraná e Paraguai Tocantins-Araguaia São Francisco Uruguai

3904 1220 814 645 178

105,5 59,6 28,3 19,7 17,1

Secu

ndár

ias Do Norte e Nordeste*

Do Leste Do Sul-Sudeste Totais

990 572 224

8547

3,1 15,2 6,5

255,00

Aproveitamento econômico dos rios brasileiros Navegação

O rio de planície corre em terras planas e baixas, não apresentando cachoeira ou corredeira e, assim, suas águas são calmas e lentas. Por esse motivo apresenta as melhores condições naturais para o aproveitamento pela navegação. Bacia Amazônica - o grande destaque

A bacia hidrográfica Amazônica, com seus rios de planície e de grande caudal, desempenha um notável papel como meio de transporte, de comunicação e de organização do espaço regional. Em território brasileiro o rio Amazonas percorre cerca de 3.200km, sofrendo um desnível mínimo de 82 metros, sem apresentar cachoeiras ou mesmo corredeiras. Isso significa que as suas condições naturais são excelentes, permitindo

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ampla navegação, podendo receber navios de grande porte que chegam ao Porto de Manaus, distante do litoral (foz) 1700km.

Nessa bacia estão vários rios de grande extensão e bastante

volumosos, predominando os de planície, com aproximadamente 20.000km de vias navegáveis só em território brasileiro . Bacia do Paraguai

O rio Paraguai é típico de planície em toda sua extensão, apresentando excelentes condições para a navegação. Ele atravessa o Pantanal Mato-grossense e com seus afluentes provoca a inundação dessa área no verão. Serve como via de transporte para os minérios (ferro e manganês) extraídos do Maciço de Urucum. O embarque é feito no seu principal porto: Corumbá (MS). Bacia do Paraná

A bacia do Paraná possui elevado potencial hidráulico e, por isso, tem grande destaque na produção de energia elétrica. Mas com a construção de eclusas, como as de Jupiá e Três Irmãos, formou-se uma importante hidrovia de 2.400km de extensão, que integra a região Centro-Sul do Brasil aos países Paraguai, Argentina e Uruguai. Devido à grande importância que representa no transporte e comercialização de produtos desses quatro países, ela foi denominada de hidrovia do Mercosul. Bacia do São Francisco

O rio São Francisco é planáltico, com várias quedas d'água aproveitadas na produção de energia elétrica. Mas apresenta-se navegável no trecho entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA) / Petrolina (PE), com 1.370km de extensão. Nesse trecho encontra-se a barragem de Sobradinho, que não interrompeu a navegação graças à construção de uma eclusa. Irrigação

O rio que atravessa uma região árida, ou semi-árida, pode ter suas águas aproveitadas para complementar ou substituir as chuvas, através da irrigação.

O rio São Francisco é o único que atravessa grande extensão do Sertão semi-árido (Minas Gerais e Bahia) sem secar. Suas águas são utilizadas pela população ribeirinha para pequenas culturas e para a criação de gado. Com o lago formado pela represa de Sobradinho (BA), foram instalados grandes projetos de cultura irrigada.

No Brasil, a área que mais necessita de irrigação é o Sertão semi-árido do Nordeste, mas sua área irrigada representa, apenas, 20% dos 2 milhões de hectares irrigados em todo o país.

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POPULAÇÃO BRASILEIRA E MUNDIAL

TEORIAS DEMOGRÁFICAS

1- Lei de Malthus ou Malthusianismo No final do século XVIII, o pastor anglicano Thomas Robert Malthus,

laçou sua famosa teoria, segundo a qual a razão para a existência da miséria e das enfermidades sociais, seria o descompasso entre: a capacidade de produção de alimentos, que se daria numa progressão aritmética (1,2,3,4,5), em relação ao crescimento populacional que se daria numa progressão geométrica (1,2,4,8,16).

Malthus chegou a propor que só deveriam Ter filhos aqueles que pudessem criar, e que os pobres em decorrência disso deveriam se abster do sexo. Além disso, defendia a tese de que o estado não deveria dar assistência a saúde das populações pobres. Para ele, se não acontecessem "obstáculos positivos", como guerras, epidemias, que causassem grande mortandade, o desequilíbrio entre a produção de alimentos e o crescimento populacional, geraria o caos total.

Malthus errou, pois a tecnologia possibilitou um aumento exponencial na produção de alimentos que hoje são produzidos a taxas superiores as do crescimento populacional, além disso, temos verificado uma tendência a estabilização do crescimento populacional nos países desenvolvidos, além de uma desaceleração do crescimento em grande parte dos países subdesenvolvidos, especialmente nas últimas décadas.

Com isso podemos concluir que, se há fome no mundo e no Brasil hoje, isso não se deve a falta de alimentos ou ao excesso de pessoas, mas a má distribuição e destinação dos mesmos.

2- Neomalthusianismo No pós 2ª Guerra Mundial, o crescimento populacional acelerado nos

países subdesenvolvidos, fez despertarem os adeptos de Malthus chamados de neomalthusianos.

Segundo eles, a pobreza e o subdesenvolvimento seriam gerados pelo grande crescimento populacional, e em virtude disso seriam necessárias drásticas políticas de controle de natalidade, que se dariam através do famoso e bastante difundido, "planejamento familiar". Muitos países subdesenvolvidos adotaram essas políticas anti-natalistas, mas com exceção da China onde a natalidade caiu pela metade em quarenta anos nos outros praticamente não surtiu efeito.

Hoje em dia existem também os chamados ecomalthusianos, que defendem a tese de que o rápido crescimento populacional geraria enorme pressão sobre os recursos naturais, e por conseqüência sérios riscos para o futuro.

No Brasil nunca chegou a acontecer um controle de natalidade rígido por parte do estado nacional, mas a partir da década de 70 o governo brasileiro passou a apoiar programas desenvolvidos por entidades nacionais e estrangeiras como a Fundação Ford, que visavam o controle de natalidade no país.

3- Reformistas ou marxistas Diferentemente do que defendem os neomalthusianos, os demógrafos

marxistas, consideram que é a própria miséria a responsável pelo acelerado crescimento populacional. E por conta disso, defendem reformas de caráter sócio-econômico que possibilitem a melhoria do padrão de vida das populações dos países subdesenvolvidos, segundo eles isso traria por conseqüência o planejamento familiar espontâneo, e com isso a redução

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das taxas de natalidade e crescimento vegetativo, como ocorreu em vários países hoje desenvolvidos. 4- Crescimento Populacional

O primeiro recenseamento oficial da população brasileira foi realizado somente em 1872. Antes desta data, só existiam estimativas, não muito precisas, a respeito da população.

A partir de 1872, foi possível ter-se um melhor controle e conhecimento a respeito da evolução do crescimento populacional.

O crescimento vegetativo ou crescimento natural da população é a diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade, ou seja:

Observa-se uma redução da natalidade, a partir de 1872. Essa redução, embora lenta, foi provocada por diversos fatores, como urbanização, elevação do padrão socioeconômico da população, casamentos mais tardios e maior adoção de métodos anticoncepcionais.

A taxa de mortalidade, embora tenha sido bastante elevada até a década de 30, sofreu forte redução a partir de 1940 (2o Guerra Mundial). A redução acentuada da mortalidade, após 1940,deve-se a fatores como o progresso da Medicina e da Bioquímica (antibióticos, vacinas), melhoria da assistência médico-hospitalar, das condições higiênico-sanitárias e urbanização da população

A mortalidade infantil continua sendo bastante elevada no Brasil. situando-se em torno de 50 por mil em 1990.

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Estrutura etária e formação da população 1. Estrutura etária da população

O Brasil sempre foi considerado um país jovem. No entanto, de acordo com o último censo, realizado em 1991, o perfil etário da população tem apresentado mudanças. A taxa de natalidade está se reduzindo de maneira significativa nos últimos anos e isto apresenta reflexo imediato na construção da pirâmide etária.

O Brasil é considerado um país subdesenvolvido e, como tal, sempre apresentou a pirâmide com base larga e ápice estreito. Mas, de acordo com o censo de 91, houve uma mudança deste quadro, pois a população adulta passou a predominar em relação à jovem. Caracteriza, assim, uma transição demográfica.

Este fenômeno ocorreu porque o Brasil passou a ser um país urbano-industrial e nestas condições as taxas de natalidade são naturalmente mais baixas.

2. Estrutura por sexos

O Brasil, bem como a maioria dos países ocidentais, apresenta um ligeiro predomínio de mulheres. Nos estados nordestinos, onde a saída da população masculina é bem mais acentuada, encontramos predomínio

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feminino, enquanto nos estados de migrações recentes da região centro-oeste e norte há o predomínio de homens. A maior participação da população feminina ocorre em atividades sociais e de prestação de serviços. Nestas áreas, a participação feminina chega a superar a masculina.

A região de maior participação da população feminina na população economicamente ativa é a Sudeste. População economicamente ativa - PEA

Dentre os aspectos relevantes que caracterizam a estrutura de uma

população, ressaltam-se, pela sua influência no desenvolvimento do País, as atividades principais exercidas pela população.

Segundo um critério hoje universalmente aceito, agrupamos as atividades humanas em três classes principais, assim denominadas: - Setor Primário: agricultura, pecuária, silvicultura e pesca; - Setor Secundário: indústria de transformação; construção civil e extrativa minerais - Setor Terciário: comércio, serviços e profissões liberais.

A população ativa no Brasil, em 2008, era de 53%, o que, conjugado ao baixo nível tecnológico dos diversos setores de atividades, acarreta um baixo nível de produção econômica. IDH

Desde 1990, os relatórios divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) nos permitem realizar algumas comparações entre a qualidade de vida da população dos diversos países do planeta utilizando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Este índice reflete as condições de três variáveis básicas para uma boa qualidade de vida: a expectativa de vida ao nascer, a escolaridade e o Produto Interno Bruto per capita. Veja o que significam essas variáveis:

* Expectativa de vida ao nascer – se a população apresenta uma expectativa de vida elevada, isto indica que as condições de saneamento básico, alimentação, assistência médico-hospitalar e moradia são boas, além de haver o acesso a um meio ambiente saudável.

* Escolaridade – quanto maior o índice de escolarização da população, melhor o nível de desenvolvimento, exercício da cidadania, produtividade do trabalho etc.

* Produto Interno Bruto per capita – o Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de tudo o que foi produzido pela economia de um país no período de um ano. O PIB de um país dividido por sua população corresponde à renda per capita, que é o valor que caberia, em média, a cada pessoa.

No cálculo do IDH, o PIB é ajustado ao poder de compra da moeda nacional, porque os gastos com alimentação, saúde e moradia variam muito de um país para outro.

Essas três variáveis são expressas em uma escala que varia de 0,0 a 1,0: quanto mais baixo o índice, piores são as condições de vida; quanto mais próximo de 1,0, mais elevada é a qualidade de vida da população em geral.

Brasil: distribuição da população ativa por setores de atividade (%)

Setor 1940

1950

1960

1970

1980

2006

Primário

70,2

60,7

54,0

44,2

29,0

22,5

Secundário

10,0

13,1

12,7

17,8

25,0

23,0

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 25

MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS INTERNOS

1. Os principais movimentos migratórios ocorridos no Brasil foram:

a) Migração de nordestinos da Zona da Mata para o sertão, séculos XVI e XVII (gado);

b) Migrações de nordestinos e paulistas para Minas Gerais, século XVIII (ouro);

c) Migração de mineiros para São Paulo, século XIX (café); d) Migração de nordestinos para a Amazônia, século XIX (borracha); e) Migração de nordestinos para Goiás, década de 50 (construção de

Brasília); e f) Migrações de sulistas para Rondônia e Mato Grosso (década de 70).

2. Migração de campo-cidade ou êxodo rural 3. Migrações diárias

Podemos citar outros fluxos migratórios internos pela sua temporariedade, apresentando ritmos, dimensões e objetivos variados e que são chamados migrações pendulares.

Os principais são:

> Deslocamentos dos Bóias-Frias Morando na cidade dirigem-se diariamente às fazendas para trabalhos agrícolas, conforme as necessidades dos fazendeiros. Trata-se de um movimento urbano-rural.

> Deslocamentos dos Habitantes de Cidades-Dormitórios > Movimentos pendulares diários inconstantes dos núcleos

residenciais periféricos em direção aos centros industriais empurra o trabalhador para longe do seu trabalho, obrigando-o a se utilizar de, transporte coletivo, na maior parte precário ou insuficiente para atender ao enorme fluxo populacional.

3. Imigração no Brasil Fatores favoráveis à imigração Entre os vários fatores favoráveis à imigração, podemos citar os seguintes:

• Grande extensão do território e escassez de população; • Desenvolvimento da cultura cafeeira no Planalto Paulista, que passou a

exigir numerosa mão-de-obra;

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 26

• Dificuldades em se obter escravos africanos após a extinção do tráfico (1850);

Abolição da escravatura (13/5/1888); • Custeio dos gastos de transporte do imigrante pelo governo; • Crise econômica na Itália, Alemanha e Espanha, caracterizada pelo

desemprego, estimulando o fluxo imigratório para o Brasil. Fatores desfavoráveis à imigração Entre os fatores desfavoráveis, podemos citar os seguintes:

• Tropicalidade do país, em contraste com os países de emigração, que são, em geral, de clima temperado;

• Falta de uma firme política de colonização e imigração; • Falta de garantias para os que aqui chegavam como imigrantes; • Obrigatoriedade, por parte do imigrante, de pagar o financiamento da

viagem. Fatores que motivaram a imigração para o sudeste e sul

• Natureza climática dessas regiões, por terem favorecido a instalação dos europeus; desenvolvimento da cultura cafeeira, principalmente em São Paulo;

• Colonização de povoamento, desenvolvida no Sul do país principalmente; • Desenvolvimento econômico ocorrido anós 1850.

Grupos de imigrantes 1. Japoneses 2. Italianos 3. Espanhóis 4. Portugueses 5. Alemães 6. Eslavos 7. Turcos e árabes Classificação das Cidades Quanto à Origem Cidades espontâneas ou naturais

Aquelas que surgiram naturalmente, a partir da expansão de antigos hábitats rurais aglomerados nas diversas fases do desenvolvimento da economia brasileira: Cidades planejadas ou artificiais

Criadas a partir de um plano previamente estabelecido. No Brasil, temos:

Teresina (PI) 1851, Aracaju (SE) 1858, Belo Horizonte (MG) 1898, Goiânia (GO) 1937, Brasília (DF) 1960 Palmas (TO) 1990 Classificação das Cidades quanto à Hierarquia Urbana

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 27

QUESTÃO AGRÁRIA BRASILEIRA A origem da péssima distribuição de terras no País está em seu passado colonial de exploração, articulado inicialmente por Portugal. Os primeiros latifúndios foram às capitanias hereditárias, que inseriram o Brasil no sistema colonial mercantilista. Portanto, desde o início, o País mostrava sua tendência latifundiária, notadamente exemplificada pelo sistema de plantation, com a cana-de-açúcar no litoral nordestino.

O grande marco histórico foi a Lei das Terras, de 1850, que praticamente instituiu a propriedade privada da terra no Brasil, determinando que as terras públicas ou devolutas só podiam ser adquiridas por meio de compra favorecendo os abastados proprietários rurais.

2. Classificação dos Imóveis Rurais • Módulo rural: área explorável que, em determinada posição do País, é

direta e pessoalmente explorada por um conjunto familiar equivalente a quatro pessoas, correspondendo a mil jornadas anuais. O módulo rural varia conforme o desenvolvimento da região, sendo menor quanto maior o desenvolvimento.

• Empresa Rural: Propriedade com área de 600 módulos rurais regionais, mas que possua 50% de sua área efetivamente explorada

• Minifúndio: será todo o imóvel com área explorável inferior ao módulo rural fixado para a respectiva região e tipos de exploração nela ocorrentes.

• Latifúndio por dimensão: será todo o imóvel com área superior a 600 vezes o módulo rural médio fixado para a respectiva região e tipos de exploração nelas ocorrente.

• Latifúndio por exploração: será todo o imóvel cuja dimensão não exceda aquela admitida como máxima para empresa rural, tendo área igual ou superior à dimensão do módulo da região, mas que seja mantida inexplorada em relação às possibilidades físicas, econômicas e sociais do meio, com fins expeculativos, ou que seja deficiente, ou inadequadamente explorada de modo a vedar-Ihe a classificação como empresa rural.

3. Subutilização do Espaço Rural

Conflitos no Campo

Os conflitos sociais no campo brasileiro decorrem de um histórico processo de espoliação e expropriação do campesinato. A extrema concentração fundiária demonstra o desprezo do grande capital para com o camponês e é representada pelo número reduzido de proprietários, concentrando imensa área e, por outro lado, um grande número de pequenos proprietários com terras insuficientes para o sustento de suas famílias.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 28

1. Personagens

• Bóia-fria: essa denominação decorre do fato de tais trabalhadores comerem fria a refeição que levam de casa, pois no local de trabalho não existem instalações para esquentar a comida. O nome correto do trabalhador diarista é volante ou assalariado temporário; ele reside normalmente nas cidades e trabalha no campo, em geral nas colheitas. Esse tipo de trabalhador teve crescimento numérico, devido à mecanização no cultivo de certos produtos, o que diminuiu a necessidade de mão-de-obra no cultivo, mas aumentou na época da colheita.

• Posseiro: indivíduo que se apossa de uma terra que não lhe pertence, geralmente plantando para o sustento familiar.

• Grileiro: indivíduo que falsifica títulos de propriedade, para vendê-los como se fossem autênticos, ou para explorar a terra alheia.

• Parceiros: pessoas que trabalham numa parte das terras de um proprietário, pagando a este com uma parcela da produção que obtêm , ficando com metade (meeiros) ou com a terça parte (terceiros).

• Arrendatários: pessoas que arrendam ou alugam a terra e pagam ao proprietário em dinheiro.

• Peões: surgiram na década de 1970, com as fronteiras agrícolas em direção ao norte. São contratados fora da Amazônia, em geral no Nordeste, pelos intermediários (“gatos”), que iludem esses trabalhadores e, por causa de dívida por alimentação nos armazéns dos latifúndios, são escravizados, sendo impedidos de deixar o serviço.

Problemas Ambientais

A poluição atmosférica

A queima de combustíveis fósseis, notadamente do carvão mineral e dos derivados de petróleo, produz grandes quantidades de dióxido de carbono (C02), o principal fator da poluição do ar.

Só em 1996, por exemplo, foram lançados na atmosfera terrestre quase 24 bilhões de toneladas desse gás. Desse total, 5,3 bilhões (mais de 22%) foram produzidos pelos Estados Unidos.

Esse problema da qualidade do ar é antigo: já nas primeiras fases da Revolução Industrial, na Inglaterra, muitos trabalhadores denunciavam as péssimas condições do ar que respiravam. Hoje a fiscalização das indústrias é mais rígida, mas mesmo assim muitas fábricas ainda não instalaram filtros que controlem a poluição.

A chuva ácida

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 29

O buraco na camada de ozônio

O agravamento do efeito estufa

Graves problemas atmosféricos urbanos

A inversão térmica

As ilhas de calor

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 30

A questão da água Em grande quantidade, o lançamento de lixo orgânico nas águas também gera a proliferação de microrganismos e de algas.

A maré vermelha, por exemplo, forma-se por meio do crescimento exagerado de algas marinhas, superalimentadas pelo material orgânico que compõe o lixo doméstico e por nutrientes, como o nitrato e o fósforo, presentes em fertilizantes. Trata-se de um fenômeno perigoso, já que impede a passagem da luz e libera substâncias tóxicas, pondo em risco a sobrevivência de quase todas as espécies aquáticas.

Os recursos hídricos também são contaminados pelas atividades agrícolas praticadas sem programas de sustentabilidade ambienta!. Nesses casos lançam-se pesticidas nos plantios de forma descontrolada, e estes são levados aos rios pelas enxurradas: a agricultura é responsável por 90% dos resíduos tóxicos encontrados na água.

A questão do lixo

A produção de resíduos representa um problema desde que o homem abandonou a vida nômade e tornou-se sedentário. Diariamente, milhões de toneladas de lixo são lançadas no ambiente, colocando em risco o equilíbrio da natureza e a qualidade de vida do homem.

A prática de depositar resíduos ao ar livre, isto é, lançá-los em cursos d'água, descartá-los em terrenos baldios, bem como usar o fogo para eliminar restos inaproveitáveis, teve início nas civilizações antigas, em que o método de lidar com os resíduos consistia em depositar bem longe os restos da atividade humana. Essa solução vigorou por longo tempo, até ficar evidente que o crescimento da população e do consumo levaram a humanidade a uma enorme produção de resíduos, que causam poluição quando são depositados de forma inadequada no ambiente.

O que é desenvolvimento sustentável

O desenvolvimento sustentável pretende criar um modelo econômico capaz de gerar riqueza e bem-estar e, ao mesmo tempo, promover a coesão social e impedir a destruição da natureza.

Por isso coloca na berlinda o modelo de produção e consumo ocidentais, que ameaça o equilíbrio do planeta.

O desenvolvimento sustentável abrange os aspectos econômico (crescimento do Terceiro Mundo), social (integração e solidariedade entre os hemisférios Norte e Sul) e de ambiente (preservação dos bens mundiais de todos e regeneração dos recursos naturais). Além disso, se preocupa com os problemas a longo prazo, enquanto o atual modelo de desenvolvimento, fundado em uma lógica puramente econômica, se centra no "aqui e agora".

O termo foi utilizado pela primeira vez em 1980 por um organismo privado de pesquisa, a Aliança Mundial para a Natureza (UICN). Em 1987, o

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 31

conceito apareceu em um informe realizado pela ex-ministra norueguesa Gro Harlem Brundtland para a ONU, no qual se dizia que um desenvolvimento é duradouro quando "responde às necessidades do presente sem colocar em perigo as capacidades das gerações futuras para fazer o mesmo".

"A formulação do conceito de desenvolvimento sustentável implicava o reconhecimento de que as forças de mercado, abandonadas à sua livre dinâmica, não garantiam a não-destruição dos recursos naturais e do ambiente".

Questões Étnico-Separatistas Os Estados Unidos e o “eixo do mal"

Desde a tragédia de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos

aplicam o que é conhecido como doutrina! Bush. Trata-se de um conjunto de procedimentos estratégicos visando aniquilar os regimes que, segundo os norte-americanos, representam ameaça bélica à supremacia dos Estados Unidos. Nesse contexto o presidente George W. Bush anunciou a célebre frase: "Quem não estiver conosco estará contra nós".

Para preparar o terreno para ações internacionais, o governo norte-americano lançou um alerta aos países considerados perigosos e os classificou como "eixo do mal". Iraque, Irã e Coréia do Norte estariam, juntamente com outros países, financiando grupos anti-americanos que colocavam em perigo a integridade do território dos Estados Unidos.

Em março de 2003, as tropas norte-americanas iniciaram a invasão do Iraque juntamente com tropas britânicas. EUA e Grã-Bretanha alegavam que o país, governado de forma ditatorial por Saddam Hussein, dispunha de "armas de destruição em massa" - armas químicas, biológicas e nucleares. As alegações mostraram-se falsas e logo descobriu-se que os governantes das nações agressoras haviam mentido para as populações de seus países e para a comunidade internacional.

O ditador iraquiano foi derrubado em abril de 2003, e um vácuo de poder deixou o Iraque no caos total. Saques, rivalidades étnicas e religiosas e conflitos tribais completaram a tarefa que as tropas americanas tinham iniciado: a destruição do país. Previa-se que a reconstrução ficaria a cargo de empresas norte-americanas e que os Estados Unidos gerenciariam inclusive as ricas reservas de petróleo do país, mas uma persistente resis-tência de grupos armados iraquianos impediu que esses planos fossem levados a cabo segundo o cronograma original.

O unilateralismo dos Estados Unidos

Desde o fim da União Soviética, os Estados Unidos têm imposto ao mundo uma ordem baseada em seus interesses, decidindo sem considerar resoluções de organismos internacionais. Por exemplo:

• não ratificaram o Protocolo de Kyoto, que prevê a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa;

• mantiveram o bloqueio a Cuba; • invadiram o Afeganistão (2001-2002) e o Iraque (2003); • desrespeitaram várias resoluções da ONU.

Áreas de tensões Internacionais:

Oriente Médio:

IRÃ, IRAQUE, SÍRIA, LÍBANO, FAIXA DE GAZA, CISJORDÂNIA, ISRAEL, AF-PAK ÍNDIA X PAQUISTÃO (Região da caxemira), KORÉIA DO NORTE PAÍS BASCO, IRLANDA, BÉLGICA, CÁUCASO HAITI, CANADÁ, COLÔMBIA

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 32

CARTOGRAFIA

Projeções cilíndricas

Projeções cônicas

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 33

Projeções planas ou Azimutais

Anamorfoses

O problema do tamanho: a importância da escala

A representação de qualquer terreno ou área esbarra em um problema inicial. Para retratar uma parcela do espaço é necessário fazer uma redução, de modo que a área escolhida seja reproduzida com fidelidade, em uma folha que possa ser manuseada e compreendida.

A escala se define como a relação entre as dimensões de um objeto ou lugar representado e sua medida real. Para compreendê-la melhor, vamos usar como exemplo a representação desenhada de um automóvel. Considerando a escala 1:45, tem-se que cada 1 cm obtido na representação desenhada equivale a 45 cm do carro real. Um mapa na

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 34

escala 1:5.000.000 significa que 1 cm no mapa equivale a 5.000.000 de cm (ou 50 km) da distância real.

As principais formas de apresentação das escalas são duas:

• Gráfica

• Numérica 1: 30.000.000

Dimensionando uma escala - Para dimensionar uma escala podemos afirmar que, quanto menor o denominador, mais próxima da realidade é a representação e, portanto, maior é a riqueza de detalhes do mapa; ou seja, quanto menor o denominador, maior a escala, e uma escala grande permite melhor visualização dos locais ou eventos cartografados.

Por exemplo, 1/100.000 é uma escala maior que 1/500.000, uma vez que, em 1/100.000, 1 cm representa os eventos ou locais na distância de 1 km, enquanto na outra escala o mesmo centímetro representa os eventos ou locais na distância de 5 km.

Dessa forma, o globo terrestre somente pode ser representado com uma escala muito pequena, proporcionando um detalhamento sempre pequeno.

Quando se trata da representação de uma área urbana, temos a possibilidade de colocar no mapa maior riqueza de detalhes, que proporciona maior fidelidade do desenho em relação à realidade cartografada. Nesse caso, a escala é classificada como grande.

De maneira geral, podemos afirmar que a escala será tanto maior quanto menor for a área representada. Inversamente, quanto maior a área a ser retratada, menor deve ser a escala. Industrialização e Padrões de Localização Industrial

Resumo Teórico Artesanato, manufatura e maquinofatura

O artesanato, primeira forma de produção industrial, surgiu no fim da Idade Média com o renascimento comercial e urbano e definia-se pela produção independente; o produtor possuía os meios de produção: instalações, ferramentas e matéria-prima. Em casa, sozinho ou com a família, o artesão realizava todas as etapas da produção.

A manufatura resultou da ampliação do consumo, que levou o artesão a aumentar a produção e o comerciante a dedicar-se à produção industrial. O manufatureiro distribuía a matéria-prima e o artesão trabalhava em casa, recebendo pagamento combinado. Esse comerciante passou a produzir. Primeiro, contratou artesãos para dar acabamento aos tecidos; depois, tingir; e tecer; e finalmente fiar. Surgiram fábricas, com assalariados, sem controle sobre o produto de seu trabalho. A produtividade aumentou por causa da divisão social, isto é, cada trabalhador realizava uma etapa da produção.

Na maquinofatura, o trabalhador estava submetido ao regime de funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. Foi nesta etapa que se consolidou a Revolução Industrial.

Em geral, os geógrafos associam os países a três processos distintos de industrialização:

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MODELOS PRODUTIVOS ou DOUTRINAS INDÚSTRIAIS

( Da Segunda revolução industrial à revolução Técnico-científica).

TAYLORISMO

- Separação do trabalho por tarefas e níveis hierárquicos. - Racionalização da produção. - Controle do tempo. - Estabelecimento de níveis mínimos de produtividade. FORDISMO

- Produção e consumo em massa. - Extrema especialização do trabalho. - Rígida padronização da produção. - Linha de montagem. PÓS-FORDISMO ou TOYOTISMO - Estratégias de produção e consumo em escala planetária. - Valorização da pesquisa científica. - Desenvolvimento de novas tecnologias. - Flexibilização dos contratos de trabalho. Industrialização Clássica

É aquela que se vincula à Revolução Industrial (ou 1.a Revolução Industrial, pelo critério tecnológico), cujo país pioneiro foi a Inglaterra, no período 1750 . 1850, estendendo-se posteriormente aos demais países da Europa Ocidental (França, Bélgica, Alemanha, etc), aos EUA e ao Japão.

Nesse processo de industrialização, a máquina a vapor teve um papel essencial; o carvão mineral constituiu-se na principal fonte de energia e as zonas industriais já nasciam junto às reservas minerais, particularmente nas proximidades das bacias carboníferas. Dessa forma, até os dias de hoje, extensas concentrações industriais localizam-se próximo de matérias primas, ou fortemente dependentes de sistemas de transportes que permitem acessá-las. Vamos enumerar algumas delas:

> Vale dos rios Reno e Ruhr, na Alemanha, em cidades como Colônia, Düsseldorf, etc;

> A Bacia do Tâmisa, as Midlands, o Eixo Manchester . Liverpool, na Inglaterra;

> A região de Calais, a Bacia de Paris e região da Alsácia e Lorena na França;

> O Nordeste dos EUA .

No caso do Japão, o padrão de localização industrial obedeceu a diferentes imperativos: a carência de recursos naturais favoreceu a implantação de gigantescos pólos industriais nas zonas portuárias, articulados com esquemas de importação maciça de ferro, carvão mineral, petróleo e toda sorte de recursos minerais. Da segunda metade do século XIX ao início do século XX, uma 2.a Revolução Industrial dominou o processo produtivo. O desenvolvimento da eletricidade e dos motores a combustão interna foram suas marcas principais; paralelamente, teve curso um extraordinário aperfeiçoamento da metalurgia e da siderurgia, o desenvolvimento do setor petroquímico e a afirmação do automóvel como o carro-chefe do setor de bens de consumo. Esta segunda etapa intensificou ainda mais a concentração espacial das indústrias.

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Industrialização Planificada

Nos países que implantaram economias socialistas, durante parte do século XX, o processo industrial estruturou-se de modo diferente. A dependência dos recursos naturais evidentemente não era superada e a planificação econômica criou sistemas combinados de extrativismo de recursos naturais e produção industrial. O Estado, porém, optava muitas vezes por uma maior dispersão espacial das indústrias.

No caso da ex-URSS, por exemplo, muitas zonas industriais foram implantadas em áreas distantes de Moscou, objetivando uma melhor ocupação dos vastos vazios demográficos, dentro das preocupações de defesa do território, na ótica geopolítica da Guerra Fria.

Eis algumas concentrações industriais do antigo bloco soviético: • Moscou, São Petersburgo, Donbass e região dos Urais, na URSS; • Região da Silésia, na Polônia; • Região da Boêmia, na atual República Tcheca

Industrialização Tardia

Os países subdesenvolvidos, outrora agrupados dentro do .Terceiro Mundo., tiveram uma industrialização bem posterior ao nascimento das grandes potências industriais. Esse processo consolidou-se fundamentalmente logo após a 2a. Guerra Mundial e apoiou-se nos seguintes fatores:

• atuação do Estado na infra-estrutura e na indústria de base; • estratégia de substituição de importações., através de políticas

protecionistas (restringindo as importações de bens industriais) e fomento à nascente indústria nacional;

• estímulo à implantação de filiais das empresas transnacionais ou multinacionais, principalmente no setor de bens de consumo duráveis (automobilísticas e eletro-eletrônicas, por exemplo);

• produção voltada essencialmente para o mercado interno.

A industrialização dos países subdesenvolvidos também gerou significativas concentrações industriais, algumas das quais estão relacionadas a seguir:

• Sudeste do Brasil; • Grande Buenos Aires, na Argentina; • Eixo cidade de México . Guadalajara . Monterrey; • Cidade do Cabo e Johanesburgo, na África do Sul

A industrialização dos .Tigres Asiáticos.

Os países do Extremo Oriente e Sudeste Asiático passaram por um processo de industrialização com características diferentes dos países latino-americanos. Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong Kong (hoje incorporado à China) industrializaram-se sob as seguintes condições:

• direcionamento da economia para o mercado externo, constituindo verdadeiras plataformas de exportação.;

• parceria entre o Estado e os conglomerados empresariais capazes de ocupar posições vantajosas no mercado internacional;

• emprego de mão-de-obra barata, embora beneficiada por grande investimento em educação;

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• ética voltada para a disciplina, o trabalho e sentimento de coesão nacional.

O fenômeno da desconcentração geográfica da indústria

A 1ª Revolução Industrial, situada historicamente entre 1750 e 1850, foi baseada na máquina a vapor e no carvão mineral. A 2.a Revolução Industrial fundamentou-se na eletricidade, na siderurgia, no motor a combustão interna e, portanto, na dependência do petróleo.

Atualmente, vivemos uma 3ª etapa tecnológica: a era da microeletrônica, das tecnologias de informação, da robótica e da biotecnologia. As novas conformações do trabalho e da produção capitalistas, aliadas a esses novos padrões técnicos e científicos, impuseram intensas transformações às indústrias. São várias as estratégias indispensáveis à atual economia, altamente competitiva, integrada e globalizada. Entre elas, podemos citar:

• a automação do processo produtivo, com a substituição da mão-de-obra por equipamentos automatizados;

• exigência de trabalho cada vez mais qualificado; • reestruturação da linha de montagem, com maior integração

entre as tarefas ou etapas do processo produtivo (superando o antigo e rígido sistema taylorista);

• flexibilização das normas do trabalho, que possam restringir a atividade das empresas;

• o sistema .just-in-time., que consiste na redução ao mínimo dos estoques das empresas (a expansão dos transportes e das comunicações permite atualmente que se atenda aos clientes com maior rapidez, evitando-se os gastos com manutenção desses estoques).

Já não estamos no tempo em que as indústrias procuravam a

proximidade das antigas concentrações, na antiga ótica de localização espacial, cujo lema era .indústria atrai indústria.. A modernização dos transportes, o uso de novos materiais, a dependência da pesquisa científica e a velocidade das inovações tecnológicas libertaram as indústrias das áreas tradicionais.

No passado, a tendência era a de concentração espacial das indústrias, uma vez que era muito vantajoso, de fato, aproveitar-se a infra-estrutura já instalada nessas regiões. Obedecia-se também à lógica de complementaridade produtiva entre as indústrias.

Entretanto, as grandes concentrações industriais tornaram-se muito onerosas para as empresas, devido ao alto preço dos terrenos, aos problemas ambientais, aos custos elevados que o trânsito intenso e caótico representa e, até mesmo, ao fortalecimento dos movimentos sindicais que tendem a elevar os padrões salariais. Esse fenômeno ocorre tanto nos países centrais da economia capitalista, como naqueles considerados .emergentes..

Os Estados Unidos, por exemplo, passam atualmente por um processo de descentralização industrial; o enorme cinturão industrial localizado no nordeste do país – denominado manufacturing belt - parece ter atingido um ponto de esgotamento.Dentro do novo padrão espacial as indústrias estão se deslocando para o sul e para o leste, buscando áreas onde os custos de produção são menores ou a proximidade de universidades e centros de pesquisa, geradores de novas tecnologias. Entre as cidades que mais crescem pode-se citar Dallas, Houston, Phoenix, Atlanta, São Francisco, Los Angeles, Seattle, entre outras.

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Forma-se, assim, um novo cinturão industrial - denominado Sun Belt .

que se estende entre o sul e a costa oeste do país, incluindo áreas de acelerado desenvolvimento, nos setores de ponta. A Califórnia, por exemplo, tem se destacado nas áreas de informática e microeletrônica; na cidade de Houston, no Texas, os setores mais desenvolvidas são o petroquímico e o aeroespacial; Seattle é sede da mais importante indústria aeronáutica, a Boeing. A nova divisão do trabalho e da produção no mundo

Desde a década de 1970, a concentração de capitais, o domínio das tecnologias de ponta e a grande desigualdade de desenvolvimento entre os países convergiam para a formação de novos padrões espaciais da produção industrial. Na década seguinte, o aperfeiçoamento dos transportes edas tecnologias de informação permitiram grande dispersão da produção de peças e componentes industriais. Atualmente, os três principais pólos industriais . EUA, União Européia e Japão . concentram-se em determinadas funções da atividade econômica e dispersam suas empresas pelo mundo, aproveitando incentivos, facilidades e custos vantajosos de países menos desenvolvidos:

As empresas transnacionais preferem concentrar em suas sedes, nos Países Desenvolvidos, atividades como pesquisa, desenvolvimento tecnológico, gerência e marketing. �A montagem dos produtos cada vez mais é transferida para os Países Emergentes, onde os custos de produção são mais baixos (terrenos mais baratos, salários menores, leis ambientais menos severas, etc). O caso brasileiro

O que ocorre atualmente com a concentração industrial da Grande São Paulo, particularmente o ABCD, é um exemplo muito ilustrativo. Essa área encontra-se praticamente saturada e acarreta custos muito elevados para as empresas. Atualmente, muitas indústrias estão preferindo localizações alternativas como o interior de São Paulo, o Vale do Paraíba fluminense e o sul de Minas.

Observa-se também que muitas indústrias têxteis estão se transferindo para o Nordeste, onde o custo da mão-de-obra é menor; por outro lado, empresas que lidam com tecnologias mais avançadas preferem a proximidade de universidades e centros de pesquisa, como é o caso das cidades de Campinas, São Carlos e São José dos Campos, caracterizadas como tecnopólos do estado de São Paulo.

A montadora Mercedes Benz, por exemplo, optou por uma localização alternativa às grandes concentrações industriais como o ABCD, em São Paulo, a área metropolitana do Rio de Janeiro ou a Grande Belo Horizonte. A escolha recaiu sobre a cidade de Juiz de Fora, no sul de Minas Gerais, que apresenta vantagens e baixos custos de produção, proximidade com o Quadrilátero Ferrífero, no centro do estado, além do fato de ser bem servida por rede de transportes e não estar situada muito longe dos principais centros urbanos. Industrialização brasileira

Processo de expansão industrial ocorrido no Brasil nas décadas de 40 e 50. A partir da segunda metade dos anos 50, o setor passa a ser o carro-chefe da economia do país.

Os primeiros esforços para a industrialização do Brasil vêm do Império. Durante o Segundo Reinado (1840-1889), empresários brasileiros como

Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá, e grupos estrangeiros, principalmente ingleses, investem em estradas de ferro, estaleiros,

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empresas de transportes urbanos e gás, bancos e seguradoras. A política econômica, porém, privilegia a agricultura exportadora. Beneficiadas pelo investimento de parte das rendas do café e da borracha, as atividades industriais limitam-se a marcenarias, tecelagens, chapelarias, serrarias, moinhos de trigo, fiações e fábricas de bebidas e conservas. Metalúrgicas e fundições são raras. O país importa os bens de produção e parte dos bens de consumo.

Indústria de base – Os efeitos da crise de 1929 sobre a agricultura cafeeira e as mudanças geradas pela Revolução de 1930 modificam o eixo da política econômica, que assume um caráter mais nacionalista. Já em 1931, Getúlio Vargas anuncia a determinação de implantar uma “indústria de base”. Com ela, o país poderia produzir insumos e equipamentos industriais e reduzir sua importação, estimulando a produção nacional de bens de consumo. As medidas concretas para a industrialização, contudo, são tomadas durante o Estado Novo, em 1937.

As dificuldades causadas pela 2ª Guerra Mundial (1939-1945) ao comércio mundial favorecem essa estratégia de substituição de importações. Em 1943, é fundada no Rio de Janeiro a Fábrica Nacional de Motores. Em 1946, começa a operar o primeiro alto-forno da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, no estado do Rio. A Petrobras, que detém o monopólio da pequisa, extração e refino de petróleo, é criada em outubro de 1953. Todas elas são empresas estatais.

Anos JK – O nacionalismo da era Vargas é substituído pelo desenvolvimentismo dos anos JK (governo Juscelino Kubitschek , de 1956 a 1961). O governo implanta uma política tarifária protecionista. Amplia os serviços de infra-estrutura, como transportes e fornecimento de energia elétrica, atraindo grandes investimentos de capital estrangeiro. Com os investimentos externos estimula a diversificação da economia nacional, aumentando a produção nacional de insumos, máquinas e equipamentos pesados para mecanização agrícola, fabricação de fertilizantes, frigoríficos, transporte ferroviário e construção naval. A industrialização consolida-se com a implantação da indústria de bens de consumo duráveis, sobretudo eletrodomésticos e veículos, com o efeito de multiplicar o número de fábricas de peças e componentes. No início dos anos 60, o setor industrial supera a média dos demais setores da economia brasileira.

“Milagre econômico” – O desenvolvimento acelera-se e diversifica-se no período do chamado “milagre econômico” (1968-1974). A disponibilidade externa de capital e a determinação dos governos militares de fazer do Brasil uma “potência emergente” viabilizam pesados investimentos em infra-estrutura (rodovias, ferrovias, telecomunicações, portos, usinas hidrelétricas, usinas nucleares), nas indústrias de base (mineração e siderurgia), de transformação (papel, cimento, alumínio, produtos químicos, fertilizantes), equipamentos (geradores, sistemas de telefonia, máquinas, motores, turbinas), bens duráveis (veículos e eletrodomésticos) e na agroindústria de alimentos (grãos, carnes, laticínios). Em 1973, a economia apresenta resultados excepcionais: o Produto Interno Bruto (PIB) cresce 14%, e o setor industrial, 15,8%.

Já em meados dos anos 70, a crise do petróleo e a alta internacional nos juros desaceleram a expansão industrial. Inicia-se uma crise que leva o país, na década de 80, ao desequilíbrio do balanço de pagamentos e ao descontrole da inflação. O Brasil mergulha numa longa recessão que praticamente bloqueia a industrialização. No início dos anos 90, a produção industrial é praticamente a mesma de dez anos atrás.

Indicadores sociais – Sustentada na urbanização e em um modelo industrial, a modernização da economia brasileira é conservadora. Apesar de deixar de ser apenas um país agrário, exportador de alimentos e

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matérias-primas, e de desenvolver uma apreciável base industrial e tecnológica, há uma grande distorção na distribuição de renda.

A política industrial favorece alguns setores, como os de bens de capital e bens de consumo durável. Ao mesmo tempo, concentra os investimentos nas regiões Sul e Sudeste, principalmente em setores geradores de empregos e com efeito multiplicador da economia. No Nordeste os investimentos limitam-se a setores de consumo não-durável, como a indústria têxtil, que não tem um efeito dinâmico sobre a economia.O resultado é um alargamento das diferenças econômicas entre as regiões geográficas brasileiras e, dentro de cada região, entre as classes sociais. A situação torna-se crítica sobretudo nas áreas de saúde pública, habitação, alimentação e educação.

Exercícios 01. (UMM) A indústria de alta tecnologia . eletrônica, informática, biotecnologia e química

fina, aeroespacial e bélica . reflete, nas suas opções de localização, uma reação às aglomerações industriais. Esses setores industriais procuram novas localizações nos subúrbios afastados dos núcleos metropolitanos ou em pequenas cidades interioranas. Por outro lado, mão-de-obra científica e técnica altamente qualificada e intensos investimentos de capital constituem as principais exigências para o sucesso desses empreendimentos. A região abaixo, que apresenta as características do texto é a ( o ):

a) Região dos Grandes Lagos ( EUA ). b) Vale do Silício, na Califórnia ( EUA ). c) Bacia de Londres ( Inglaterra ). d) Vale do Ruhr ( Alemanha ). e) Vale do Damodar ( Índia ).

02. (UMM) Considere os seguintes itens: I. Indústria têxtil II. Países do Primeiro Mundo III. Países industrializados IV. Indústria petroquímica V. Trabalho qualificado em jornadas menores VI. Trabalho intensivo sem regulamentação VII. Uso intensivo de matéria-prima VIII.Setor terciário moderno Assinale a alternativa que contém itens que melhor caracterizam a Terceira Revolução

Industrial: a) I, III e VI b) II, IV e VII c) III, IV e VIII d) II, V e VIII

02. (UMM) A questão a seguir, aborda as relações entre os Estados modernos e o processo

de globalização. Leia com bastante atenção o texto abaixo: .Se os capitalistas se tornam mais sensíveis às qualidades espacialmente diferenciadas

de que se compõe a geografia do mundo, é possível que as pessoas e forças que dominam esses espaços os alterem de um modo que os torne mais atraentes para o capital altamente móvel. As elites dirigenteslocais podem, por exemplo, implementar estratégias de controle da mão-de-obra local, de melhoria de habilidades, de fornecimento de infra-estrutura de política fiscal, de regulamentação estatal etc,

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a fim de atrair o desenvolvimento para seu espaço particular (...) A produção ativa de lugares dotados de qualidades especiais se torna um importante trunfo na competição espacial entre lugares, cidades, regiões e nações..

David Harvey, A condição pós-moderna, Ed. Loyola, São Paulo, 1992.

Assinale a alternativa que não corresponde à lógica sobre a competição espacial entre

os lugares presente no texto. a) Os locais especialmente preparados para atrair investimentos

articulam-se aos interesses das empresas transnacionais, cuja ação geográfica tem alcance mundial.

b) Os conglomerados transnacionais, ao aproveitarem a geografia do mundo para sua localização, criam uma estrutura espacial com pontos articulados entre si, a qual pode ser chamada de rede espacial.

c) Os países querem receber novos investimentos mundiais, mas, para isso, é preciso que as transnacionais submetam-se às condições técnicas, à ordem jurídica e aos traços culturais locais.

d) O enxugamento dos Estados, a redução das leis trabalhistas e a remoção de normas e obstáculos de parcelas dos territórios estão dentro da lógica descrita no texto.

e) Para que a organização em rede espacial seja eficiente para uma empresa transnacional, é preciso que o espaço que ela vai ocupar seja composto por tecnologia adequada de comunicações.

GLOBALIZAÇÃO

Globalização é como um prisma que reflete várias realidades complexas.

Intensifica múltiplas conexões entre governos e sociedades, entre público e privado, entre mercado e cultura, conformando o sistema mundial. Aumenta o grau de interdependência da produção, das finanças e dos serviços, na veloz propagação das redes de comunicação, dos ricos e das ameaças ambientais, constituindo a dimensão planetária da vida. Parece ser a inauguração do mundo maravilhoso, mas não seria também a receita para o desastre?

É bom lembrar que, se no império da globalização tudo parece representar a união de todos num só mundo, isso não significa que vivemos todos harmonicamente integrados, com respeito e entendimento humano, como se a felicidade tivesse batido a nossa porta.

SURGE UM NOVO MUNDO

Com as idéias de um só mundo, a globalização vem com tremendo impacto em nosso dia-a-dia, a palavra globalização produz, como mágica, uma sensação estranha de que, estamos vivendo todo conectado. Estados, sociedades, pessoas, culturas, mercados, meios de transportes, de comunicação e de informação. E assim a globalização vem tornando seus rumos e trazendo mudanças na tecnologia, na economia, na política, na cultura e também na área logística.

Com isso a globalização significa a remoção das fronteiras e, portanto representa uma ameaça para aquele Estado-Nação que vigia quase sempre suas fronteiras.

Mais que tudo a globalização expressa formas de vida, valores, opiniões, pensamentos, idéias, teorias, ideologias sobre o que chamaría-mos, simplesmente de política Global da Globalização.

Mediante a isso os dados e fatos de um fenômeno de amplitude inigualável, como faces de um prisma que reflete várias realidades complexas. Também alimenta dilemas inacreditáveis.

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O atual processo da globalização é o núcleo central de nosso tempo, a força de aglutinar, difunde e integra todas as demais características.

A globalização também estimula a autonomia dos antes estatais locais, as cidades, municípios, estados ou províncias – em relação ao governo central. Com novas possibilidades comunicacionais, os governos locais estão atuando cada vez, mas no cenário internacional, por conta própria, e isso vem dar menos poder central para um país e mais poder para o estado.

CONCLUSÃO

Fato novo, mas que veio por ondas no longo processo histórico e social, a globalização, defendida e enaltecida por uns criticada e vilipendiada por outros, cumpre sua trajetória no novo milênio.

Globalização confunde-se com mundialização, internacionalização, universalização, constituindo-se no somatório de comandos, aparentemente descentralizados, muitas vezes imperceptíveis ao cidadão comum, entrando em sua vida cotidiana, criando emoções vivas e dilacerantes.

A globalização pode acrescentar perspectivas de governabilidade global, integrando forças, mas também pode caminhar para o desgoverno, despedaçando mais identidades e cultivando choques de civilização e de culturas. Integra o grande mercado de seus bens e serviços, regionais e de blocos sim, mas desintegra formas que pretendem a autonomia nacional, a autonomia dos negócios e a proteção de corporativismos.

E assim devemos destacar dois aspectos:

O primeiro de natureza geral é útil para nos guiar na avaliação sobre tudo o processo da globalização. O outro aspecto é saber como se dará a inserção de nações, povos e culturas no processo da globalização, mantendo suas individualidades próprias.

1- FONTES DE ENERGIA A energia se apresenta sob diferentes formas:

Mecânica, calorífica, elétrica, luminosa, química, nuclear, etc.Todas as

formas de energia podem se transformar em outras, e o homem aproveita essa propriedade. São fontes de energia todos aqueles componentes da natureza dos quais se pode extrair energia utilizável pelo homem. Dessas fontes de energia pode-se fazer a seguinte classificação: Fontes de energia renováveis e fontes de energia não-renováveis. 1a. As Fontes de Energia Renováveis

São aquelas cuja quantidade é quase inesgotável, como a energia solar, a energia eólica, a energia hidráulica, as marés e a biomassa. A energia solar é a que chega à Terra na forma de radiação, procedente do Sol, onde é gerada por um processo de fusão nuclear. É utilizada diretamente ou por conversão, nos chamados coletores solares, em energia calorífica ou elétrica. A energia eólica é a contida no vento como conseqüência de sua velocidade, utilizada desde a Antigüidade, como nos moinhos, e atualmente para produzir eletricidade.

A energia hidráulica utiliza a água representada a uma determinada altura para transformá-la, por meio de sua queda, em energia elétrica. O mar também pode proporcionar energia aproveitando-se a diferença de altura da água produzida nas marés. Chama-se biomassa o conjunto de vegetais utilizados na produção de energia, seja através da combustão (energia calorífica ), seja por meio da obtenção de metano e álcool metílico.

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1b. Fontes de Energia Não-Renováveis Há quantidades limitadas. Portanto esgotam-se progressivamente ao

serem consumidas. As fontes não renováveis conhecidas atualmente são: o carvão mineral, o petróleo, o gás natural, a energia nuclear de fissão (urânio),a energia nuclear de fusão ( deutério) e a energia geotérmica. Os recursos não-renováveis provêm, em parte,da energia solar acumulada por meio de processos que envolvem decomposição e fossilização de matéria orgânica (carvão, petróleo).

O carvão mineral é uma fonte não-renovável formada ao longo de milhões de anos a partir de florestas sepultadas debaixo da terra. Para se formar carvão naturalmente a partir das florestas atuais, serão precisos outros milhões de anos.

Outros recursos não-renováveis são as energias contidas em minerais que podem ser utilizados na obtenção de combustíveis nucleares. Quanto ao seu uso, uma fonte de energia pode ser eventualmente substituída por outra: é possível produzir energia elétrica utilizando carvão ou energia nuclear. A energia nuclear de fusão está em fase experimental e ainda não é empregada em explorações comerciais. Já a energia geotérmica, está contida no interior da Terra. A técnica para obtê-la consiste em injetar um líquido, geralmente água, que extraia calor do centro do planeta. Transformando-se em vapor, essa água pode mover um gerador de corrente elétrica.

FONTES TRADICIONAIS DE ENERGIA

CARVÃO MINERAL

Popularizado a partir da Revolução Industrial, o carvão mineral é responsável por 40% da produção total de energia no mundo. No atual ritmo de consumo, as reservas conhecidas são suficientes para mais dois séculos.

PRÓ: é abundante, encontrado com facilidade na maioria dos países. CONTRA: o carvão mineral é o mais poluidor entre os combustíveis

fósseis.

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PETRÓLEO

Responde por 40% de toda a energia produzida no planeta. Ainda não se encontrou substituto mais eficiente e barato para a gasolina usada nos automóveis.

PRÓ: funciona bem na maioria dos motores, apesar das oscilações de preço, mantém boa relação custo-benefício.

CONTRA: as reservas concentram-se em poucos países, que podem manipular o preço. É um dos maiores poluidores do ar.

GÁS NATURAL Ao contrário de que se pensava há duas décadas, as reservas de

combustível fóssil são abundantes, a produção deve dobrar até 2010. É cada vez mais usado para gerar a eletricidade.

PRÓ: é versátil, de alta eficiência na produção de eletricidade e não vai faltar. Polui menos que o carvão e o petróleo.

CONTRA: os preços instáveis em algumas regiões; exige grandes investimentos em infra-estrutura de transporte (gasodutos ou terminais marítimos).

HIDRELÉTRICAS

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As usinas respondem por 18% da energia elétrica global. São

responsáveis pelo fornecimento de 50% da eletricidade em 63 países e por 90% em outras 23, entre eles o Brasil.

PRÓ: são uma fonte de energia renovável, que produz eletricidade de forma limpa, não poluente e barata.

CONTRA: exigem grande investimento inicial na construção de barragens. Podem ter a operação prejudicada pela falta de chuvas.

ENERGIA NUCLEAR

Apesar da chiadeira dos ambientalistas, é a 3ª maior fonte de geração de eletricidade. Há 438 usinas nucleares em operação, 6 delas recém-inauguras(uma na República Tcheca, uma no Brasil, 3 na Índia e uma no Paquistão.

PRÓ: as reservas de combustível nuclear são abundantes,não emite poluentes, o avanço tecnológico tornou as usinas mais seguras.

CONTRA: a usina exige grande investimento, demora para entrar em operação e produz lixo radioativo.

FONTES DE ENERGIA ALTERNATIVAS: EÓLICA

É a fone e energia alternativa com maior taxa de crescimento. Ainda assim, só entra com 0,1% da produção total de eletricidade.

CONTRA: só é viável em algumas regiões, que não incluem o Brasil. É mais usada como auxiliar nos sistemas de calefação.

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SOLAR

Ainda não se mostrou capaz de produzir eletricidade em grande escala. A tecnologia deixa a desejar e o custo da instalação é alto. Para produzir a mesma energia elétrica de uma hidrelétrica, os painéis solares custariam dez vezes mais.

PRÓ: útil como fonte complementar em residências e áreas rurais distantes da rede elétrica central. Índice zero de poluição.

CONTRA: o preço proibitivo da produção em média em larga escala. Só funciona bem em áreas muito ensolaradas.

BIOMASSA Agrupa várias opções como queima de madeira, carvão vegetal e

processamento industrial de celulose e bagaço da cana de açúcar. Inclui o uso de álcool como combustível. Responde 1% da energia elétrica mundial.

PRÓ: aproveita restos, reduzindo o desperdício. O álcool tem eficiência equivalente ao da gasolina. Como combustível para automóveis.

CONTRA: o uso em larga escala na geração de energia esbarra nos limites da sazonalidade. A produção de energia cai no período da entre-safra. Dependendo de que como se queima, pode ser muito poluente. ENERGIA GEOTÉRMICA

A energia geotérmica é um tipo de energia que funciona graças à capacidade natural da Terra e/ou da sua água subterrânea em reter calor, e consiste em transferir esse calor, num sistema composto de canos subterrâneos e de uma "bomba de sucção de calor", para aquecer ou arrefecer um edifício.

central geotérmica

Uma bomba de sucção de calor é a componente do sistema que

necessita de energia elétrica para poder funcionar. O seu papel consiste em extrair energia térmica da Terra para um edifício durante o inverno e o contrário acontece durante o verão onde transfere o calor do edifico até uma zona mais fria da Terra, assim mantendo-o fresco.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 47

Para isto ser realizável, a energia térmica tem de viajar através de um meio líquido (água subterrânea) contendo uma solução que previne a gelificação da água nos locais onde ela atinge temperaturas baixas.

Este sistema de funcionamento é exemplificado pelo seguinte esquema:

A mudança

aquecimento/arrefecimento pode ser feita através de uma simples alteração num termostato de interior. Esta simplicidade é devida ao fato de que, uma vez que é no mesmo sistema de canos, que ocorrem estes dois processos, basta um carregar de botão para inverter o sentido de transferência do calor.

As vantagens dos sistemas geotérmicos são tais que:

permitem poupar energia (75% de eletricidade numa casa) uma vez que substituem ar condicionado e aquecedores elétricos.

são muito flexíveis, uma vez que podem ser facilmente subdivididos ou expandidos para um melhor enquadramento, (e aproveitamento de energia) num edifício, e isto, ficando relativamente barato.

libertam relativamente menos gases poluentes para a atmosfera que outras fontes de energia não renováveis,

Porém, este sistema contém algumas desvantagens a ter em consideração:

Se não for usado em pequenas zonas onde o calor do interior da Terra vem á superfície através de gêiseres e vulcões, então a perfuração dos solos para a introdução de canos é dispendiosa.

Os anti-gelificantes usados nas zonas mais frias são poluentes: apesar de terem uma baixa toxicidade, alguns produzem CFCs e HCFCs.

Este sistema tem um custo inicial elevado, e a barata manutenção da bomba de sucção de calor (que por estar situada no interior da Terra ou dentro de um edifício não está exposta ao mau tempo e a vandalismo), é contrabalançada pelo elevado custo de manutenção dos canos (onde a água causa corrosão e depósitos minerais).

A energia geotérmica é utilizada em muitas partes do planeta, com

destaque para:

Tuscani, na Itália, onde em 1904 se passou, pela primeira vez, a utilizar a energia geotérmica para a produção de electricidade.

Budapeste (Hungria), alguns subúrbios de Paris, Reykjavík (Islândia), e muitas outras cidades, que usam em grande escala a energia geotérmica para aquecimento doméstico.

a California, por ter a maior central geotérmica do mundo. Em Portugal, a energia geotérmica é utilizada principalmente no

Arquipélago dos Açores

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GEOGRAFIA

TURMA INVERNO | MÓDULO 1 48

Revisão CDF- Objetivas:- Bosco 1. A revolução técnico-científica e informacional produzida no século XX, a qual se estende

aos nossos dias, trouxe profundas mudanças aos sistemas de produção e às relações de trabalho que incidem diretamente sobre a organização do espaço geográfico. Acerca das novas formas de relações de trabalho, é possível afirmar, corretamente, que:

a) nos países desenvolvidos, com o grande avanço tecnológico, o desemprego foi reduzido e os sindicatos foram fortalecidos, respondendo aos interesses trabalhistas. b) o sistema de flexibilização da produção (modelo toyotista), que acarretou mudanças nas relações de trabalho, aplica-se apenas à indústria japonesa. c) o regime de trabalho permanente nas empresas industriais e de serviços ampliou-se, e foram fortalecidos os direitos sociais dos trabalhadores. d) a terceirização tem sido utilizada pelas empresas como uma das formas de flexibilização das relações de trabalho.

2. O BRAZIL quem USA sou EEUU Essa frase, retirada de um grafite de parede de uma cidade brasileira, é uma crítica:

a) à crise nas escolas públicas brasileiras. b) ao alto índice de analfabetismo da sociedade. c) à obrigatoriedade do ensino do Inglês nas escolas. d) à influência da cultura norte-americana no Brasil.

3. Analise as seguintes afirmações sobre a urbanização brasileira:

I – O espaço urbano é fragmentado, pois a segregação social revela-se através dos condomínios residenciais, por um lado, e dos cortiços, favelas e loteamentos clandestinos, por outro.

II - Apesar da integração econômica das regiões do país, as principais cidades brasileiras estão localizadas no centro-sul e na faixa litorânea, onde são mais intensas as conexões e as trocas entre elas.

III - A dominação do espaço urbano pelo poder público impõe investimentos direcionados aos serviços sociais e de infra-estrutura, como saneamento básico, saúde, educação, transporte coletivo, oportunizando à população urbana o acesso à modernização.

IV - Em virtude das transformações produtivas e das novas tecnologias urbanas, a urbanização brasileira vem promovendo um aumento na qualificação, remuneração e estabilidade do emprego, conseqüentemente, há melhoria nas condições de vida urbana.

Estão corretas

a) apenas I e II. b) apenas II e III. c) apenas I e III. d) apenas III e IV.

4. Com base no texto abaixo, analise as proposições apresentadas e, em seguida, assinale a alternativa cujos números correspondem a afirmações verdadeiras:

"A metrópole (palavra que em grego significa “mãe das cidades") é aquela que, tendo exercido o papel de pólo de atração, provocou o surgimento ou crescimento de outras e passou a comandar, de certa forma, a vida econômica, social, cultural e política dos municípios estabelecidos ao seu redor, funcionando como elemento integrador e articulador desse conjunto gerando movimento constantes de seus habitantes em sua direção à procura de trabalho, instituições de saúde, ensino, rede bancária, bens de consumo, lazer, etc." 1 – Rio de Janeiro e São Paulo, por oferecerem mais oportunidades de emprego e

melhores equipamentos sociais, funcionam como áreas de atração, desenvolvendo-se e, ao mesmo tempo, fazendo crescer outros municípios próximos.

2 - A formação das aglomerações metropolitanas fez emergir um conjunto de problemas, que ultrapassam a, competência política das esferas de poder municipais.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 49

3 - No Brasil, a urbanização seguiu o caminho da metropolização, pois durante um bom período de tempo as grandes metrópoles e os municípios limítrofes apresentaram um crescimento demográfico superior ao das demais cidades (pequenas e médias)

4 - As capitais estaduais são consideradas metrópoles, uma vez que a tendência à metropolização foi um reflexo das condições em que ocorreu a modernização da economia do Brasil.

a) 1, 2 e 3 b) Apenas 2 e 3 c) Apenas 3 e 4 d) 1, 2, 3, e 4

5. Bacias sedimentares são depressões dos antigos escudos que receberam sedimentos dos próprios escudos. Os recursos minerais típicos destas formações são: a) ferro e níquel. b) carvão mineral e petróleo. c) ouro e manganês. d) bauxita e cassiterita

6. As zonas sísmicas do globo estão associadas:

a) às áreas de contacto das placas tectônicas. b) à presença de estruturas geológicas muito antigas. c) à formação das bacias sedimentares. d) aos escudos cristalinos ou maciços antigos.

7. Observe a figura: Marque a alternativa que caracteriza a paisagem observada:

a) Ocorre entre os trópicos, nas terras baixas, recebendo uma precipitação elevada e

bem distribuída ao longo do ano. São ecossistemas nos quais concentra-se uma grande biodiversidade terrestre.

b) Ocorre em uma região em que as chuvas são irregulares, e seu solo não é necessariamente pobre. Sua vegetação apresenta pequenas árvores espaçadas, arbustos e gramíneas. c) Ocorre em uma área onde as chuvas têm distribuição uniforme, com estações bem

marcadas. São ecossistemas em que prevalece a formação arbórea, como os pinheiros.

d) Ocorre em uma região de altitudes mais elevadas, com chuvas bem distribuídas durante o ano. Sua vegetação é densa, formada principalmente por árvores, quase não há ocorrência de arbustos e gramíneas.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 50

8. A tabela abaixo mostra a situação fundiária do Brasil em 2005

Com base nesses dados podemos afirmar que:

a) Os estabelecimentos com área menor do que 10 ha. correspondem a cerca de um terço do número total e há uma elevada concentração da terra nos grandes estabelecimentos (latifúndios).

b) Os grandes estabelecimentos (latifúndios) diminuíram em 0,9% de 1970 para 1980, demonstrando a tendência natural de distribuição das terras no país.

c) Os estabelecimentos com menos de 10 hectares dominam a maior parte da área ocupada no Brasil.

d) Os estabelecimentos com mais de 1.000 hectares ocupam a menor parte da área efetivamente explorada.

9. No mapa estão representados os grandes hotspots mundiais. São áreas que conjugam

duas características: grande biodiversidade e alto grau de ameaça de destruição, por diferentes agressões e ocupações do espaço.

.)

Sobre os hotspots, são feitas quatro afirmações. Analise-as. I. Há localização de maior número de hotspots na faixa intertropical, porque ela é, de

modo geral, propícia ao desenvolvimento de grande número de espécies vegetais e animais.

II. A expansão das áreas de cultivo, seja com objetivos alimentares ou para produção de biocombustíveis, pode representar uma grave ameaça à preservação de alguns dos hotspots.

III. A biodiversidade das regiões peninsular e insular da Ásia é gravemente ameaçada pela alta concentração populacional e intensivo uso agrícola do solo pelo cultivo tradicional de arroz.

IV. O processo acelerado de desmatamento e conseqüente ocupação da Amazônia coloca em perigo um dos mais biodiversos hotspots da atualidade.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 51

Estão corretas as afirmações: a) I, II, III e IV. b) I, II e III, apenas. c) II, III e IV, apenas. d) I e III, apenas.

10. RAPIDINHAS DO BOSCÃO PARTE I O Professor BOSCO (Maquina Mortífera) estava comentando a respeito das questões

ambientais, quando deparou-se com a seguinte o seguinte fragmento de texto A dinâmica ambiental se expressa pelo comportamento dos elementos da natureza, bem como pelos aspectos sócio-econômicos da sociedade. Sobre o assunto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) A relação entre a sociedade e a natureza forma um conjunto fundamental para a compreensão das análises sócio-ambientais do espaço geográfico.

( ) O processo de desmatamento pode ocasionar o rompimento do ciclo hidrológico, a perda do solo pelo processo erosivo bem como alterações no comportamento das variáveis climáticas.

( ) Como agente de transformação das relações entre os homens e destes com a natureza, a industrialização implicou a urbanização baseada na defesa ambiental, implementando medidas antipoluidoras e protecionistas.

( ) Os Estados Unidos da América e a China são os principais países emissores de gases de efeito estufa, devido ao grande volume de suas atividades econômicas.

( ) Os Estados Unidos foram um dos primeiros países a aderir ao primeiro tratado citado propondo, durante a Rio 92, que um país possa comprar de outro parte da cota da emissão de gases-estufa.

( ) Os acordos internacionais, apesar de polêmicos, não contrariam interesses dos produtores de petróleo e de automóveis.

( ) Vários países do mundo aderiram ao Tratado de Kyoto, concordando em estabelecer metas para reduzir a emissão de gases estufa desde o início do século XXI.

( ) A descarga de compostos sulfurosos na atmosfera em função da atividade econômica acarreta a formação das chuvas ácidas, modificando o pH das águas, arrasando a vegetação ao dificultar sua respiração e arrastando elementos essenciais à fertilidade do solo.

( ) O efeito estufa é um fenômeno natural que mantém a temperatura da Terra 33ºC mais alta; porém, a emissão de vários gases pela atividade humana forma uma barrreira gasosa que retém grande parcela da energia irradiada, aumentando as médias globais.

( ) A grande concentração de ozônio na estratosfera, entre 10 e 50 km de altitude, é um escudo natural para a vida na Terra. No entanto, o aumento da emissão de CO2 e metano tende a empurrar a camada de ozônio para a ionosfera, aumentando as médias térmicas do planeta.

( ) As inversões térmicas são fenômenos naturais que, nas grandes cidades, onde há elevada concentração de materiais particulados no ar, causam vários danos à saúde. Consiste no posicionamento de uma camada de ar quente sobre uma camada de ar mais frio, impedindo a dispersão dos poluentes.

( ) As chuvas ácidas devem-se à emissão de óxidos de enxofre e nitrogênio na atmosfera e ocasionam intemperismo nas construções urbanas, além de atingir também as áreas rurais e modificar a composição do solo e da água, comprometendo lavouras, florestas e a vida aquática.

( ) O chamado efeito estufa é um sistema natural de aquecimento indireto da atmosfera e que vem sendo agravado com a emissão de CFC a partir da queima de combustíveis fósseis e que pode ter como conseqüência o aumento do nível dos oceanos.

( ) O crescimento da população urbana tem provocado conseqüências danosas ao meio ambiente, em diversos países do mundo, inclusive no Brasil.

( ) Em áreas urbanas colinosas, a urbanização tem colaborado para a ocorrência de movimentos de massa rápidos nas encostas.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 52

( ) A construção de áreas impermeabilizadas repercute na capacidade de infiltração das águas no solo dos espaços urbanizados.

( ) Os problemas ambientais, ecológicos e sociais não atingem igualmente todo o espaço urbanizado.

( ) A urbanização afeta o funcionamento do ciclo hidrológico, pois interfere no rearranjo do armazenamento e na trajetória das águas das chuvas.

( ) Uma das possíveis soluções para o lixo orgânico domiciliar é seu retomo ao solo na forma de adubo.

( ) Para o lixo inorgânico a solução ideal é a coleta seletiva que possibilite reciclar grande parte do lixo como matéria-prima para a indústria.

( ) Nos países subdesenvolvidos materiais como vidro, papel, ferro e plástico, provenientes da reciclagem, atingem percentuais mais significativos que no mundo desenvolvido.

( ) Nos países subdesenvolvidos a solução racional para o lixo orgânico seria a produção de gás metano a partir desses resíduos.

11. A respeito dos principais fenômenos climáticos recorrentes nas cidades, é correto

afirmar: a) Friagem é o fenômeno natural mais freqüente nos meses de verão, em períodos de

penetração de massas de ar frio, acontecendo em escala local por apenas algumas horas.

b) Efeito Estufa é um fenômeno natural e fundamental para a vida, que consiste na retenção de calor irradiado pela superfície terrestre, contribuindo para o equilíbrio térmico do planeta.

c) Inversão Térmica é um fenômeno climático ocasionado por elevadas temperaturas, principalmente nas áreas centrais das cidades, onde existem poucas áreas verdes.

d) El niño é o fenômeno climático resultante de alteração antropogênica, tais como verticalização, redução de áreas verdes, impermeabilização do solo, ocasionando a elevação da temperatura.

12. A idéia de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL tem sido cada vez mais discutida junto

às questões que se referem ao crescimento econômico. De acordo com este conceito considera-se que: a) o meio ambiente é fundamental para a vida humana e, portanto, deve ser intocável. b) os países subdesenvolvidos são os únicos que praticam esta idéia, pois, por sua

baixa industrialização preservam melhor o seu meio ambiente do que os países ricos. c) ocorre uma oposição entre desenvolvimento e proteção ao meio ambiente, e,

portanto, é inevitável que os riscos ambientais sustentem o crescimento econômico dos povos.

d) se deve buscar uma forma de progresso socioeconômico que não comprometa o meio ambiente sem que, com isso, deixemos de utilizar os recursos nele disponíveis.

13. As últimas décadas do século XX assistiram a uma revolução nos sistemas de produção

e de trabalho. As opções abaixo apresentam algumas das conseqüências dessas mudanças, À EXCEÇÃO: a) da substituição do trabalho humano por robôs flexíveis e programados. b) da substituição, na ocupação da mão-de-obra, do setor de serviços pelo setor

industrial. c) do comando de sistemas de produção por computadores e programas sofisticados. d) da produção altamente concentrada combinada com uma flexível integração de

empresas subcontratadas.

14. Assinale a alternativa em que todas as indústrias são consideradas expoentes da Segunda Revolução Industrial verificada em quase todo o século XX. a) alimentícia, têxtil e cosmética; b) petroquímica, siderúrgica e automobilística; c) informática, microeletrônica e biotecnologia; d) de produtos minerais, de vestuário e de calçados;

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 53

15. Com base na idéia sugerida pela charge, marque V ou F nas proposições conforme sejam verdadeiras ou falsas, respectivamente, referentes as possíveis soluções para o lixo.

( ) Uma das possíveis soluções para o lixo orgânico domiciliar é seu retomo ao solo

na forma de adubo. ( ) Para o lixo inorgânico a solução ideal é a coleta seletiva que possibilite reciclar

grande parte do lixo como matéria-prima para a indústria. ( ) Nos países subdesenvolvidos materiais como vidro, papel, ferro e plástico,

provenientes da reciclagem, atingem percentuais mais significativos que no mundo desenvolvido.

( ) Nos países subdesenvolvidos a solução racional para o lixo orgânico seria a produção de gás metano a partir desses resíduos.

Assinale a alternativa que apresenta a seqüência correta:

a) F, V, F, V. b) V, V, V, F. c) V, V, F, V. d) V, F, V, F.

16. RAPIDINHAS DO BOSCÃO Parte 2 (__) A atividade agrícola fornecedora de alimentos para subsistência gera as maiores

receitas financeiras, seguida de fontes de matéria-prima e produtos de exportação. (__) As atividades agrárias sofrem influência de fatores naturais, como características

tropicais, que favorecem a produção de cultivos de destaque no mercado mundial. (__) A economia agro-exportadora contribuiu, durante um extenso período, para estabelecer

uma organização social que relacionou a propriedade da terra à concentração do poder político e econômico, favorecendo os conflitos existentes.

(__) A atividade agrícola apresenta forte dualidade entre uma agricultura comercial, mecanizada e de exportação, e lavouras arcaicas de subsistência, com trabalho familiar.

(__) Do ponto de vista científico e técnico, a fase moderna do desenvolvimento da atividade agrícola teve sua origem na Inglaterra, no século XVIII, com o advento da Revolução Industrial.

(__) A concentração da propriedade da terra é característica da economia rural brasileira, tendo se acentuado a partir da criação da Lei de Terras de 1850.

(__) A carcinicultura é uma atividade econômica que vem se expandindo muito na Região do Nordeste brasileiro, nos últimos anos. Contudo, ela vem causando sérios transtornos ambientais ao ecossistema dos mangues e às áreas de florestas de babaçu que estão sendo desmatadas para ocupação com a atividade.

(__) Os minifúndios são as pequenas propriedades produtivas do país com uma extensão pouco superior a do módulo rural.

(__) Nos últimos anos, o Brasil vem se destacando como um grande exportador de produtos agrícolas, resultado do excepcional desenvolvimento do agro-negócio em nosso país.

(__) Os grandes lucros obtidos pela maior parte da população camponesa com as exportações de gêneros agrícolas vêm produzindo o enriquecimento dessa população e, conseqüentemente, uma fuga do meio rural;

(__) Inchaço demográfico e a falta de emprego nas grandes cidades, associados às extraordinárias rendas obtidas através da agricultura familiar, estão produzindo um crescente processo de êxodo urbano em nosso país;

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 54

(__) Tanto no campo quanto nas cidades, a crise econômica das últimas duas décadas vem provocando a paralisação das atividades produtivas industriais, agrícolas e, conseqüentemente, o desemprego;

(__) Embora o agro-negócio gere grande produção e rentabilidade, é caracterizado pelo latifúndio e pela mecanização da agricultura, o que resulta em desemprego no campo e êxodo rural;

(__) Os mapas que representam o planisfério utilizam grandes escalas, porque neles são registrados muitos países e vários detalhes.

(__) Os mapas refletem, necessariamente, a realidade e, por essa razão, nenhum fato pode ser omitido ou destacado.

(__) A ocupação da Amazônia, durante o regime militar, tornou seguras as fronteiras, eliminando o narcotráfico e os conflitos entre posseiros e grileiros na região.

(__) A produção de biocombustíveis tem atraído críticas, sob a argumentação de que espaços são roubados à produção de alimentos.

(__) O processo de modernização da agricultura contribui para a expansão e o aumento da produtividade, integrando novas áreas à economia nacional e aumentando a exportação de produtos agrícolas.

(__) A urbanização brasileira quase sempre esteve associada a um modelo econômico excludente, responsável pela migração de grandes parcelas da população rural para as cidades, que cresceram desordenadamente.

(__) Os Estados Unidos e a União Soviética se apresentavam como blocos de dominação econômica, embora ambos atuassem, diplomaticamente, no sentido de garantir a liberdade dos povos e a democracia nos países aliados.

(__) O programa nuclear iraniano conta com a assistência técnica de Israel, que procura impor limites à intervenção estadunidense no Oriente.

(__) O princípio da “guerra preventiva”, defendido pela Doutrina Bush, foi uma das justificativas apresentadas pelos Estados Unidos para a invasão do Iraque, após o “11 de Setembro”.

(__) A disputa pela cidade de Jerusalém constitui um dos impasses básicos para a solução do conflito israelo-palestino.

(__) A anexação do Tibete pela China provocou o exílio do governo tibetano, sob a liderança do Dalai Lama.

(__) As relações conflituosas entre China e Taiwan se resolveram com o reconhecimento da independência da Ilha, pelo governo da China continental.

(__) A pretensão dos Estados Unidos de construir um escudo antimísseis na Europa Ocidental contrariou os interesses da União Européia.

(__) O terrorismo representa uma séria ameaça, cujo fator surpresa pode vitimar inocentes, além do inimigo declarado.

(__) A maior parcela da extração brasileira ocorre em solo marítimo do Estado do Rio de Janeiro, por meio de plataformas, e a Petrobras é uma das líderes mundiais na tecnologia desse tipo de exploração em águas profundas.

(__) A questão ambiental da Amazônia, com amplo debate em âmbito nacional quanto à exploração de sua biodiversidade, tem sido resolvida de forma responsável, conciliando desenvolvimento social e preservação ambiental.

(__) Os impactos regionais decorrentes dos desmatamentos, aliados ao aquecimento global, produzem climas mais quentes e, possivelmente, mais secos, favorecendo a ocorrência de incêndios florestais e ampliando a vulnerabilidade dos ecossistemas tropicais.

(__) A esculturação do relevo é muitas vezes acelerada pela ação antrópica, que pode alterar tanto o processo de erosão como o de sedimentação.

(__) As áreas montanhosas ou com fortes declives são preferidas, atualmente, para a pecuária e para a agricultura comercial, devido ao desenvolvimento de tecnologias que favorecem a mecanização para o preparo do solo e a proteção contra a erosão, mesmo em áreas desprovidas de vegetação.

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(__) O relevo brasileiro é modelado principalmente pelas variações dos elementos climáticos como a temperatura, o vento e a chuva — que atuam sobre as estruturas geológicas de diferentes idades e naturezas, causando alterações físicas e químicas.

(__) As planícies aluviais resultam de um trabalho de deslocamento e deposição de sedimentos pelas águas correntes dos rios e são, freqüentemente, muito férteis e populosas, a exemplo daquelas do Ganges (na Índia) e do Mekong (no Vietnã), entre outras.

(__) O clima predominante no Centro-Oeste brasileiro é o subtropical úmido, com temperaturas elevadas e distribuição uniforme das chuvas durante o ano.

(__) O cerrado — um ecossistema tropical de savana, com similares na África e na Austrália —está distribuído por quase todo o Brasil Central, além de abranger porções significativas do Maranhão, do Piauí, de Roraima, do oeste da Bahia e áreas isoladas em São Paulo e no Paraná.

(__) O cerrado típico é constituído por árvores de baixo porte com raízes profundas, troncos tortuosos e galhos retorcidos, cascas espessas e folhas grossas, esparsas e disseminadas em meio a arbustos, e um extrato herbáceo constituído, em geral, por gramíneas.

(__) O aspecto xeromórfico da paisagem do cerrado se deve ao déficit hídrico, uma vez que os solos são férteis e, naturalmente, ricos em nutrientes, fato que impulsionou a sua total transformação, na atualidade, em pastagens e monoculturas.

(__) O Complexo do Pantanal é um ecossistema constituído por ampla baixada e elevações isoladas,recobertas por um mosaico de vegetação hidrófila, higrófila, mesófila e até xerófita, apresentando áreas permanentemente e/ou periodicamente inundadas pelas cheias do rio Paraguai e seus afluentes.

(__) A construção de Brasília, a abertura de rodovias, a implantação de redes de distribuição de energia elétrica e a pesquisa agropecuária — que adaptou diversas variedades de produtos agrícolas ao solo da região — estimularam a ocupação dos cerrados a partir dos anos 60 do século XX.

(__) No Brasil, em pelo menos dois domínios, o Amazônico e o do Cerrado, a vegetação ainda permanece intacta.

(__) No domínio da Araucária, a ocupação foi tão intensa que a cobertura vegetal se restringe a menos de 10% do que havia originalmente.

(__) No domínio dos Mares de Morros, localizado na porção litorânea do país, a unidade fitogeográfica dominante foi a Floresta Atlântica.

(__) O domínio das Pradarias, no extremo sul do Brasil, caracteriza-se por alta densidade hidrográfica, devido às condições climáticas presentes: alta pluviosidade e temperaturas elevadas durante todo o ano.

(__) Existem áreas de transição entre os diferentes domínios, onde coexistem elementos de dois ou mais domínios adjacentes.

(__) No domínio da Caatinga, o clima é semi-árido, predominando a escassez e o regime incerto de chuvas.

17. Waleska e Wanessa estavam navegando na internet e encontraram dois mapas físicos

do estado do Rio Grande do norte com as seguintes escalas: 1: 750.000 (mapa 1) e 1: 2.500.000 (mapa 2). Então, é correto afirmar:

a) Em ambos, a representação cartográfica apresenta-se com grande riqueza de

detalhes do relevo e hidrografia. b) Os dois mapas estão representados com as mesmas dimensões e mesmo

detalhamento de todos os aspectos físicos. c) No mapa 1, é possível identificar-se maior detalhamento dos compartimentos de

relevo que no mapa 2. d) O mapa 2 tem maior tamanho e apresenta maior detalhamento da hidrografia que o

mapa 1.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 56

18. Duas alunas do OVERDOSE, estavam estudando geografia ambiental com os Professor Bosco e Agenor e encontraram o seguinte texto. “A inevitável devastação ambiental decorrente do processo de desenvolvimento industrial é um "quadro" que começa a se modificar a partir da defesa pública de um novo conceito: O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL”.

O uso dessa expressão tem a finalidade de

a) sustentar a inevitável necessidade do desenvolvimento. b) garantir que o desenvolvimento contemporâneo não se sustenta. c) sustentar o meio ambiente em detrimento do desenvolvimento. d) propor a conciliação do desenvolvimento com o meio ambiente.

19. A respeito da conservação e da preservação do meio ambiente, foram apresentadas as

proposições seguintes.

I. Conservar, ou conservação dos recursos naturais, significa não aproveitar, isto é, guardar ou preservar.

II. A idéia de preservar normalmente implica tombar ou estabelecer um patrimônio cultural-ecológico.

III. A questão ambiental era mais importante, em nível internacional, durante a ordem bipolar, de 1945 a 1991.

IV. A biodiversidade é um assunto que ganhou crescente destaque nas discussões ambientais, a partir da Terceira Revolução Industrial.

Estão corretas as proposições: a) I e IV. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III.

20. As afirmativas a seguir referem-se ao tema "as fontes de energia". Assinale a

INCORRETA. a) No Nordeste brasileiro, a utilização da energia solar torna-se difícil, porque os valores

regionais de insolação, em face do clima seco dominante no sertão, são baixos, comparados com os de outras regiões mais úmidas do país.

b) As melhores condições geográficas para a utilização da energia eólica são os vales planos e extensos, expostos à direção dos ventos predominantes, e os terrenos planos de áreas costeiras.

c) O biogás é o produto da fermentação anaeróbica de resíduos de origem orgânica; essa fonte de energia é de aplicação segura e tem um custo relativamente baixo.

d) Dentre as principais vantagens proporcionadas pelas fontes de energia alternativas, podemos citar: não alteram as condições climáticas ambientais, não contaminam o meio ambiente nem produzem mutações nos seres vivos.

21. Uma embarcação situada no oceano Atlântico está a 30° Oeste em relação ao meridiano

de Greenwich. Para chegar ao porto do Rio de Janeiro, a embarcação deverá seguir a direção 12° Sudoeste na bússola em relação a sua posição atual.

Considerando que eram 14h em Greenwich quando a embarcação estava naquele

meridiano e que, para chegar ao porto, ela levará 8 horas, pode-se dizer que a embarcação chegará ao Rio de Janeiro, pelo horário local, às:

a) 8h. b) 14h. c) 19h. d) 20h.

22. Se no fuso horário 45° Leste, são 3 horas, nos fusos horários 75° Oeste e 90° Leste,

serão, respectivamente:

a) 6 horas e 18 horas. b) 6 horas e 19 horas. c) 7 horas e 18 horas. d) 19 horas e 6 horas.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 57

23. A respeito das questões ambientais, assinale a alternativa correta:

a) As chuvas ácidas devem-se à emissão de óxidos de enxofre e nitrogênio na atmosfera e ocasionam intemperismo nas construções urbanas, além de atingir também as áreas rurais e modificar a composição do solo e da água, comprometendo lavouras, florestas e a vida aquática.

b) O chamado efeito estufa é um sistema natural de aquecimento indireto da atmosfera e que vem sendo agravado com a emissão de CFC a partir da queima de combustíveis fósseis e que pode ter como conseqüência o aumento do nível dos oceanos.

c) A urbanização acelerada reduz a capacidade de escoamento superficial das chuvas, acabando por gerar enchentes e deslizamentos de terras, ocasionando perda de vidas, prejuízo patrimonial e ainda a disseminação de doenças como a leptospirose.

d) A inversão térmica é um problema ambienta! urbano em que as temperaturas da zona central são superiores às das áreas suburbanas, devido a vários fatores como a intensa verticalização, a grande movimentação de carros e a ausência de áreas verdes.

24. Segundo o Geógrafo Potiguar João Bosco, A cartografia pode ser entendida como

uma disciplina que abrange o desenvolvimento cientifico e a melhoria de técnicas usadas na comunicação dos dados relacionados espacialmente. Portanto um mapa não é uma simples ilustração, mas a representação de um determinado espaço geográfico. Isso quer dizer que quando um geógrafo observa um mapa ele está interagindo com o espaço.

Sobre o tema, é correto afirmar: (01) 0 bom uso da linguagem cartográfica compreende a capacidade de entendimento

dos símbolos utilizados na representação dos fenômenos geográficos. (02) A indicação da escala utilizada é indispensável para a leitura adequada de produtos

cartográficos. (04) 0 traçado de curvas de nível, ou isoípsas, é um dos recursos cartográficos utilizados

para representar o relevo terrestre. (08) Na projeção cartográfica de Mercator, a superfície terrestre é representada sobre um

cone imaginário. (16) Quanto menor a escala de uma representação cartográfica, maiores e mais visíveis

serão os detalhes de cada fenômeno representado.

Dê como resposta a soma dos números das opções corretas. 25. O perfil topográfico abaixo representa áreas da região Sul do Brasil.

Nele, a área mais antiga e a área mais fértil são, respectivamente:

a) 1 e 3 c) 3 e 1 b) 3 e 2 d) 2 e 3

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 58

26. O Professor Bosco, de posse de uma carta esquemática da Cidade de Natal, confeccionada na escala de 1: 50000 constatou que da sua residência até o OVERDOSE a distância virtual era de 20 cm. Quantos kilômetros o professor tem que trafegar todas as quartas feiras para ministrar aulas no referido estabelecimento de ensino:

a) 12 km b) 25 km c) 10 km d) 20 km

27. No mapa está destacada uma área muito complexa da Terra. Assinale a alternativa que

reúne o maior número de afirmações corretas sobre a área.

01. Trata-se de uma área que produz muito petróleo, mas que consome muito pouco em relação à produção.

02. Apesar de alguns países terem alta renda per capita, a maioria da população é muito pobre.

04. A maior parte da população está empregada na indústria e por isso seu poder aquisitivo é muito elevado.

08. Trata-se do Oriente Médio, onde o clima predominante é árido e semi-árido, 16. É uma das maiores produtoras de alimentos do mundo, sendo conhecida

exatamente pela grande exportação de produtos de origem agrícola. 28. O Sistema de Posicionamento Global GPS foi um sistema criado para navegação e

posicionamento utilizando sinais emitidos por satélites artificiais. Sobre essa geotecnologia, não é correto afirmar que: a) A localização de qualquer ponto da superfície terrestre é realizada a partir de um

sistema de coordenadas, contendo informações de latitude, longitude e altitude do local.

b) A utilização dessa geotecnologia está cada vez mais presente nas atividades humanas, destacando-se o uso para mapeamentos, rastreio de veículos, orientação e controle de rotas.

c) Essa tecnologia desenvolveu-se a partir de tecnologia militar e ainda mantém forte ligação com as estratégias de controle e dominação dos territórios.

d) O GPS é considerado uma ferramenta de Sensoriamento Remoto, pois consegue informações sem ter contato direto com o local mapeado.

29. Em 2004, na Amazônia brasileira, foi registrado um índice recorde de devastação:

21.500 km². Para se ter uma idéia do problema, na região norte da Amazônia, há um arco de destruição que pode atingir 28 cidades.

As queimadas são as grandes responsáveis por esse quadro. Elas ocorrem devido:

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 59

a) à expansão da fronteira agrícola. b) à produção de petróleo e gás natural. c) à intensa atividade mineradora, em especial pela exploração do minério de urânio. d) ao fato de o governo permitir o desmatamento através de empresas asiáticas.

30. Em 1975, o Brasil assinou um tratado de cooperação nuclear com a ex-Alemanha

Ocidental para a construção de 7 usinas nucleares, dentre as quais as construções de Angra 2 e 3. Após 30 anos, Angra 3 ainda não está concluída e a sua potência total é de 1,3 mil megawatts. Nos anos 70, o governo desenvolveu o programa nuclear para fazer frente à crise do petróleo e, atualmente, o programa tem um grande peso político, pois o país pretende acelerar o programa nuclear para:

a) produzir armas nucleares. b) fabricar reatores nucleares para os submarinos da Marinha de Guerra. c) exportar tecnologia nuclear para a Índia e para o Paquistão. d) obter uma vaga no Conselho de Segurança da ONU.

31. O Vale do Silício concentra grande parte das indústrias de informática e eletrônica dos

EUA, entre as quais a Microsoft. Além disso, essa região foi a primeira a se desenvolver no Sun Belt, possibilitando o avanço da indústria de softwares, da biotecnologia e de grandes indústrias eletroeletrônicas. O trecho se refere:

a) à região Nordeste dos EUA. b) às regiões de Seattle e da Califórnia. c) à região das grandes Planícies Centrais. d) ao sul dos Grandes Lagos e do rio São Lourenço.

32. Assinale a alternativa que indica a principal característica do processo de modernização

da agricultura brasileira. a) Redução da produtividade por falta de insumos. b) Atendimento à demanda interna por produtos agrícolas. c) Aplicação de técnicas tradicionais no uso agrícola da terra. d) Atendimento à demanda externa por produtos agrícolas.

33. Os grandes centros urbanos possuem grandes problemas ambientais. Sobre esses

problemas é incorreto afirmar que a) a industrialização é um problema ambiental que se origina nas cidades médias. b) a poluição visual por placas e anúncios e a poluição sonora são intensos nos grandes

centros urbanos. c) o esgoto cloacal e os resíduos sólidos urbanos são problemas ambientais de difícil

controle pelo poder público devido ao crescimento desordenado, muitas vezes em áreas impróprias à urbanização.

d) comumente ocorre alteração ambiental e formação de microclima, decorrente do adensamento de construções e forte urbanização.

34. As coordenadas geográficas foram criadas para localizar pontos específicos na superfície

terrestre. Nesse sentido, pode-se considerar correto que I - os paralelos e os meridianos são as linhas imaginárias que servem de base para a

localização de qualquer ponto da superfície terrestre. II - os paralelos permitem o cálculo da latitude, distância em quilômetros entre o ponto

que se quer localizar e o Equador. III - a longitude pode ser Norte ou Sul e é indicada pelos meridianos. IV - a latitude varia de 0 a 90º e pode ser Norte ou Sul. V - a longitude varia de 0 a 160º, iniciando no Meridiano de Greenwich e pode ser

Norte ou Sul. Assinale a alternativa correta:

a) Todas as afirmativas estão corretas. b) Todas as afirmativas estão incorretas. c) Somente as afirmativas III e IV estão corretas. d) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 60

35. Petróleo mais caro preocupa EUA, União Européia e Japão. No ano de 2008, os preços do petróleo no mercado internacional tiveram sucessivas

altas, lançando dúvidas sobre o crescimento econômico mundial. A elevação do preço do petróleo é conseqüência de uma série de fatores e tem graves repercussões em alguns países.

A alternativa que NÃO apresenta corretamente uma dessas situações é: a) a alta do preço do petróleo interfere na economia japonesa que depende do petróleo

importado. b) o preço do petróleo depende das cotas de petróleo estabelecidas pelos países da

OPEP. c) o preço do petróleo aumenta devido aos estoques acumulados pelos Estados Unidos. d) o preço do petróleo oscila devido à situação de insegurança existente no Oriente

Médio.

36. Sobre a representação cartográfica da Terra, assinale a opção CORRETA:

a) Os paralelos são linhas traçadas paralelamente ao Meridiano de Greenwich. b) A distância em graus, que vai do Equador aos pólos, chama-se longitude. c) O Equador divide o globo em Hemisfério Oriental e Ocidental. d) No Hemisfério Meridional, encontram-se os paralelos: Trópico de Capricórnio e

Círculo Polar Antártico. 37. Responder à questão com base nos mapas.

O mapa mais adequado para apresentar as informações referentes à atividade industrial

no Brasil é a) o mapa 1, pois está representado numa escala menor que o 2, o que torna as

informações mais claras. b) o mapa 2, pois um centímetro na representação compreende a um quilômetro do

espaço real. c) o mapa 1, pois está representado numa escala maior que o 2, o que favorece uma

maior quantidade de informações representadas. d) o mapa 2, por ter uma escala maior do que o 1, permitindo, assim, mais informações.

38. Os alunos Miranda Jr e Carlos André estavam analisando questões a respeito da

conservação e da preservação do meio ambiente, a eles foram apresentadas as proposições seguintes.

I. Conservar, ou conservação dos recursos naturais, significa não aproveitar, isto é,

guardar ou preservar. II. A idéia de preservar normalmente implica tombar ou estabelecer um patrimônio

cultural-ecológico.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 61

III. A questão ambiental era mais importante, em nível internacional, durante a ordem bipolar, de 1945 a 1991.

IV. A biodiversidade é um assunto que ganhou crescente destaque nas discussões ambientais, a partir da Terceira Revolução Industrial.

Estão corretas as proposições:

a) I e IV. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III.

39. Considere o seguinte depoimento: Meu nome é Benedito. Sou do interior. Moro na capital. No interior, o trabalho era pouco,

as cercas eram muitas, a seca era grande. Às vezes, trabalhava na cana, às vezes, trabalhava de servente, às vezes, fazia bico brocando mato. Eu não tinha terra. Vim para a capital. Aqui trabalho na construção civil. Levanto edifícios, levanto casas, levanto pontes e cavo galerias. A minha mão faz a cidade maior. Sonho construir uma boa casa. A casa da minha família.

(Revista "Travessia", maio/agosto de 2001, p. 38) A leitura do texto e seus conhecimentos sobre a dinâmica populacional brasileira

permitem afirmar que a) nos anos de 1990, as migrações cíclicas no campo perderam força, principalmente,

devido às oportunidades de trabalho nas cidades. b) desde o início dos anos de 1980, que praticamente não há mais migração do campo

para a cidade, sendo este depoimento bem antigo. c) nos anos de 1990, a nova abertura das fronteiras agrícolas, no Norte, redirecionou as

migrações para o campo e não mais para as cidades. d) no início do século XXI, a estrutura fundiária concentradora, ainda, é responsável pelo

êxodo de milhares de trabalhadores rurais. 40. Inúmeros conflitos têm ocorrido no mundo como resultado do processo histórico de

ocupação e invasão de territórios. Sobre esses conflitos, é correto afirmar que:

a) os palestinos lutam, desde a criação do Estado de Israel pela ONU, em 1948, pelo reconhecimento e pela demarcação de fronteiras que configurem um Estado palestino independente.

b) os curdos, menor dos grupos étnicos do Globo, que ocupavam territórios do Iraque, da Síria e do Irã, conseguiram recentemente a formação de um Estado independente.

c) o povo basco tem procurado uma solução pacífica para seus conflitos territoriais, ao abandonar a luta armada, após o acordo de paz assinado, em 1980, com o governo espanhol.

d) a diversidade étnica e cultural é apontada como o principal motivo dos conflitos territoriais na Iugoslávia, sendo a guerra da Bósnia-Herzegovina o mais recente na região dos Bálcãs.

41. Ocupando uma região muito rica em petróleo, espremida entre as fronteiras da Turquia,

Síria, Iraque e Irã, este povo, que não constitui um Estado, tem lutado por sua independência desde o século XVI. Constitui hoje o maior grupo étnico - cerca de 24 milhões de pessoas - sem Estado no mundo. Reivindica a formação de seu próprio país e teve todas as suas tentativas de emancipação reprimidas com extrema violência. Trata-se dos:

a) palestinos. b) curdos. c) judeus. d) libaneses.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 62

42. As últimas décadas do século XX assistiram a uma revolução nos sistemas de produção e de trabalho.

As opções abaixo apresentam algumas das conseqüências dessas mudanças, À

EXCEÇÃO: a) da substituição do trabalho humano por robôs flexíveis e programados. b) da substituição, na ocupação da mão-de-obra, do setor de serviços pelo setor

industrial. c) do comando de sistemas de produção por computadores e programas sofisticados. d) da produção altamente concentrada combinada com uma flexível integração de

empresas sub-contratadas. 43. Os Professores J. Bosco e Agenor debatiam sobre as fontes energéticas de grande

destaque no Mundo atual e depararam-se com a seguinte questão. Sobre "as fontes de energia". Assinale a INCORRETA. a) No Nordeste brasileiro, a utilização da energia solar torna-se difícil, porque os valores

regionais de insolação, em face do clima seco dominante no sertão, são baixos, comparados com os de outras regiões mais úmidas do país.

b) Dentre as chamadas fontes de energia alternativa, podemos destacar a biomassa, o sol, a geotérmica e o vento.

c) As melhores condições geográficas para a utilização da energia eólica são os vales planos e extensos, expostos à direção dos ventos predominantes, e os terrenos planos de áreas costeiras.

d) O biogás é o produto da fermentação anaeróbica de resíduos de origem orgânica; essa fonte de energia é de aplicação segura e tem um custo relativamente baixo.

Discursivas 1. O texto abaixo se refere aos impactos ambientais em curso ou possíveis de acontecer em

breve.

A Terra está mais quente. A temperatura média do planeta elevou-se 4°C em relação à do século XX. As calotas polares estão se derretendo, e o nível do mar já subiu 1m. As zonas climáticas estão mudando, milhares de hectares de florestas estão se transformando em campos, e a lista de espécies ameaçadas de extinção triplicou. Importantes áreas agrícolas do mundo estão se tornando improdutivas, e os estoques mundiais de grãos atingiram seus níveis mais baixos. Em muitas regiões litorâneas as pessoas estão deixando suas casas por causa das inundações provocadas pela elevação do nível dos oceanos. Esses fatos serão uma realidade ou não passarão de ficção?

A partir da leitura do texto e dos seus conhecimentos sobre o assunto, responda aos itens que se seguem: a) Qual é o impacto ambiental a que o texto está se referindo? b) Enumere causas deste impacto.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 63

2. Área no cerrado permite produzir oito vezes mais O estudo do Ministério da Fazenda sobre a agricultura destaca que há cerca

de 90 milhões de hectares cultiváveis ainda não utilizados no cerrado, o que representa um potencial de produção da ordem de 230 milhões de toneladas de soja ou 320 milhões de toneladas de milho. "Isto torna possível multiplicar por 6 ou 8 vezes, respectivamente, a produção destes grãos", enfatiza o ministério (...)

www.estadao.com.br

Considerando o texto e o mapa: Caracterize o cerrado quanto aos aspectos climáticos, edáficos (solos) e de vegetação. 3. Descreva as características físicas dos domínios I e III.

4. Na sociedade contemporânea, o lixo tornou-se um dos problemas cruciais. Esse problemas era menor antigamente e exclusivo das cidades. Nas zonas rurais, as sobras faziam parte da forma de produzir e de viver.

Relacione o problema do lixo com os processos de urbanização e industrialização. 5. Relacione pelo menos quatro problemas ambientais que ocorrem no Rio Grande do

Norte

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 64

6. Descreva o problema rural brasileiro expresso na charge.

7. Analise a letra da música que segue e responda o que se pede. CIDADÃO Tá vendo aquele edifício, moço? Ajudei a levantar Foi um tempo de aflição, era quatro condução Duas pra ir, duas pra voltar Hoje, depois dele pronto Olho pra cima e fico tonto Mas me vem um cidadão Que me diz desconfiado: Cê tá ai admirado, ou tá querendo roubar? Meu domingo está perdido Vou pra casa entristecido Dá vontade de beber E pra aumentar meu tédio Eu nem posso olhar pro prédio Que eu ajudei a fazer Tá vendo aquele colégio, moço? Eu também trabalhei lá Lá eu quase me arrebento Fiz a massa, pus cimento Ajudei a rebocar Minha filha inocente Veio pra mim toda contente: Pai, vou me matricular Mas me diz um cidadão: Criança de pé no chão aqui não pode estudar Essa dor doeu mais forte Nem sei porque deixei o norte Então me pus a dizer Lá a seca castigava mas o pouco que eu plantava tinha direito a colher

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 65

Tá vendo aquela igreja, moço? Onde o padre diz amém Pus o sino e o badalo Enchi minha mão de calo Lá eu trabalhei também Mas ali valeu a pena Tem quermesse, tem novena E o padre me deixa entrar Foi lá que Cristo me disse: Rapaz, deixe de tolice não se deixe amedrontar Fui eu quem criou a terra enchi os rios e fiz as serras não deixei nada faltar hoje o homem criou asas E na maioria das casas Eu também não posso entrar

A) qual o setor de atividades expresso na letra? B) Descreva o movimento migratório em destaque na música.

7. Analisando a letra da musica a seguir, explique o movimento migratório descrito na composição.

Asa Branca Quando oiei a terra ardendo com a fogueira de São João Eu perguntei, a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Que braseiro, que fornaia Nem um pé de prantação Por falta d'água perdi meu gado morreu de sede meu alazão Inté mesmo a asa branca Bateu asas do sertão Entonce eu disse adeus Rosinha Guarda contigo meu coração Hoje longe muitas légua Numa triste solidão Espero a chuva cair de novo Para mim vorta pro meu sertão Quando o verde dos teus olhos Se espalhar na prantação Eu te asseguro não chore não, viu Que eu voltarei, viu Meu coração.

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8. "Água que nasce na fonte serena do mundo e que abre o profundo grotão água que faz inocente riacho e deságua na corrente do ribeirão águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão águas que banham aldeias e matam a sede da população"

("Planeta Água'; Guilherme Arantes) Na atualidade, o debate em torno da questão da utilização racional da água está em

evidência.

a) Aponte duas formas de utilização dos recursos hídricos: uma identificada e outra não identificada nos versos acima.

b) Cite duas ações humanas que podem comprometer a qualidade das águas.

9. Sobre a temática das fontes energéticas, Explique a frase a seguir: “O petróleo e o carvão mineral, dois importantes combustíveis fósseis, são

encontrados em veios nos terrenos de escudos, particularmente no Brasil”.

10. Nas duas últimas décadas, o agro-negócio brasileiro acostumou-se a vencer. Os números espetaculares da nossa balança comercial mostram a eficiência do setor.

Evolução do saldo do comércio internacional de produtos agropecuários

Sobre o agro-negócio brasileiro: a) Localize dois espaços onde vem ocorrendo a expansão do agro-negócio. b) Liste os principais produtos que se destacam nesta atividade.

11. Waleska e Wanessa estavam navegando na internet e encontram um texto sobre fontes de energia, que fazia alusão as fontes energéticas limpas. Explique o que são Fontes Energéticas Limpas e liste quatro exemplos.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 67

12. Enumere as principais mudanças que ocorreram na composição etária brasileira

13. Descreva o movimento migratório representado na charge e explique por que o mesmo ocorre no Brasil com tanta intensidade:

14. Descreva o problema ambiental representado na charge a seguir:

15. Relacione três problemas que ocorrem na Amazônia e descreva um deles.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 68

16. Qual fenômeno geográfico as porções escuras no mapa a seguir, indicadas pelas setas, correspondem:

17. Justifique a seguinte frase:

“A Terceira Revolução Industrial ou Revolução Técnico-Científica iniciou-se no final do século XIX, com a utilização do petróleo como fonte de energia.”

18. Descreva as representações cartográficas a seguir:

a)

b)

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 69

20. Dois alunos do OVERDOSE estavam estudando as paisagens vegetais brasileiras, quando encontraram as expressões “Biopirataria” e “Desenvolvimento Sustentável”. Estabeleça a diferença entre os dois termos.

21. Descreva o fenômeno representado a seguir.

22. Explique os dois momentos geopolíticos expressos nas charges que seguem.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 70

23. As charges a seguir expressam o temor da Comunidade Internacional, a partir de maio de 2009. Faça um comentário suscinto sobre este acontecimento de forte tensão geopolítica.

24. Enumere as Meso-Regiões Potiguares destacadas no mapa e liste pelo menos uma

atividade econômica de destaque nas mesmas.

25. O Protocolo de Kyoto - uma convenção das Nações unidas que é marco sobre

mudanças climáticas - estabelece que os países mais industrializados devem reduzir até 2012 a emissão dos gases causadores do efeito estufa representado na charge em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990. Essa meta estabelece valores superiores ao exigido para países em desenvolvimento. No ano de 2005, mais de 170 países, incluindo nações industrializadas da Europa e da Ásia, ratificaram o protocolo. No entanto, nos EUA, o presidente George W. Bush anunciou que o país não ratificaria "Kyoto", com os argumentos de que os custos prejudicariam a economia americana e que o acordo era pouco rigoroso com os países em desenvolvimento. Enumere pelo menos cinco (05) evidências do aquecimento global.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 71

26. "É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”

(Art. 4° - Estatuto da Criança e do Adolescente) "Quando a foice cortou meu dedo eu não sabia se sentia dor, fome ou raiva, muita raiva."

Arnon, 13 anos, carvoeiro (MG) "Faço estria nas árvores, jogo ácido e meto a mão na resina das 7 até as 6 horas. Não

sei escrever o meu nome porque, depois do serviço, eu só quero comer e ir para a cama."

Vanderley dos Santos, 14 anos, seringueiro (SP) "Colocar veneno nos formigueiros cansa e irrita as mãos."

Alexandra, 14 anos, caçadora de formigas (MG) "Doem as costas porque estamos pegando folhas da base do pé. Eu tenho que vir com

essa blusa de uma manga comprida porque tem o suco do fumo que fica colado na gente."

Carla, 15 anos, fumicultora (RS) Cite e comente duas características da exploração do trabalho infantil nas áreas rurais

brasileiras. 27. Ao longo do século XX o Brasil passou por dois grandes fluxos migratórios distintos, o

primeiro, intensificado a partir de 1850 como alternativa para o fim do tráfico negreiro, só perdendo a intensidade a partir do estabelecimento da Lei de Cotas de Imigração em 1934. O segundo, mais recente, observado a partir da década de 80, reflete a crise econômica interna e em grande parte da América Latina, bem como o fortalecimento econômico dos Estados Unidos e da Europa Ocidental.

Desenvolva uma análise comparativa entre estes dois fluxos migratórios. 27. A fruticultura e a soja são dois cultivos que se beneficiaram do processo de

modernização da agricultura brasileira nas últimas décadas. Embora compartilhem de diversos aspectos desta modernização, há diferenças importantes no sistema produtivo de cada um.

Aponte duas destas diferenças. 28. Explique a atuação da massa de ar caracterizada no mapa 2 com o número 5.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 72

27. Considere o mapa apresentado abaixo.

a) Identifique o problema ambiental que ocorre nas áreas destacadas no mapa. b) Relacione dois fatores que propiciam o surgimento e o agravamento desse problema.

28. Observe o cartograma e a figura adiante.

a) Identifique e caracterize o ecossistema aqui representado, quanto aos aspectos físicos, relacionados à formação vegetal e à fauna.

b) Apresente uma atividade humana que degrada este ecossistema para as regiões 1 e

2. 29. Faça uma análise do gráfico a seguir e responda as seguintes indagações.

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TURMA INVERNO | MÓDULO 1 73

a) Descreva o fenômeno representado no gráfico. b) Enumere pelo menos 4 causa do fenômeno destacado.

30. O território brasileiro apresenta importantes paisagens naturais que justificaram a criação

de unidades de conservação. Descreva as principais características climáticas e de vegetação, que definem o caráter

especial da unidade de conservação do Parque das dunas de Natal. 31. Identifique e relacione três conseqüências do fenômeno descrito na figura que segue:

32. Analise o mapa hipsométrico abaixo e identifique:

a) O sentido seguido pelo rio. b) A distância real que separa as cidades X e Y.

33. Na sociedade contemporânea, o lixo tornou-se um dos problemas cruciais. Esse

problemas era menor antigamente e exclusivo das cidades. Nas zonas rurais, as sobras faziam parte da forma de produzir e de viver.

Relacione o problema do lixo com os processos de urbanização e industrialização. 34. Apesar das cidades serem áreas de habitação coletiva. Sua posse é de uso individual”. A

frase demonstra que a cidade é um ambiente segregacionista. Liste dois exemplos de segregação sócio-espacial no meio urbano. Justifique sua resposta.