geografia - pré-vestibular impacto - divisão internacional do trabalho dit

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KL 200208 A DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (DIT) FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!! PROFº: CARVALHO Fale conosco www.portalimpacto.com.br VESTIBULAR – 2009 CONTEÚDO A Certeza de Vencer 02 1 A DIVISÃODOTRABALHOCLÁSSICA: No final do século XV inicio do século XVI o ciclo de reprodução do capital estava assentado principalmente na circulação e distribuição mercadorias realizadas entre as metrópoles e as colônias., isto é, na divisão internacional do trabalho, no qual as diversas regiões do mundo passaram a desenvolver funções diferenciadas, pois cada uma das regiões especializaram-se em fornecer produtos manufaturados, industriais matérias primas etc. Os papéis diferentes que assumiram a Europa, de um lado, e de outro, a Ásia e as terras recém descobertas do além-mar, inauguraram a divisão internacional do trabalho, genericamente caracterizada pela exportação de manufaturas pelas metrópoles e pela produção de matérias-primas pelas colônias. A conquista de novas terras se inseriu como sabemos, na necessidade européia de expansão e ampliação do capital mercantil. A partir desse momento todos os cantos do mundo foram submetidos a uma dinâmica de produção, circulação e de idéias ditadas pelos europeus. A análise da dinâmica que se iniciou nesse período nos fornecera parte dos elementos explicativos para o entendimento dos caminhos de riqueza, ou de pobreza, que os vários países hoje constituídos na América, Ásia e áfrica trilham. A partir da Europa, e pela primeira vez em escala mundial, foram impostas funções econômicas aos cantos do globo. Assim, estabeleceu-se aquilo que chamamos de divisão internacional do trabalho (DIT). DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO Geograficamente falando essa distribuição de tarefas é de muita importância, pois é isso que em grande parte nos explica muitas das nossas paisagens que até hoje podemos observar nas chamadas áreas “subdesenvolvidas” do globo. À África e a América latina, por exemplo, foram impostas funções como as de fornecimento de mão-de-obra escrava e matérias primas, tais funções se traduziram nesses locais em paisagens bastante diferentes daquela que observamos nos países da Europa. Neste sentido os europeus desenvolveram um intenso processo de colonização, marcados pela desorganização nas formas de produzir, circular e pensar dos povos nativos das áreas colonizadas, onde ação genócida e etnocida, além da desterritorialização foi pontos importantes no sentido de consolidar o poder do colonizador e abrir caminho para reorganizar o espaço dessas áreas com a perspectiva de atender o desejo de acumulação de riquezas da burguesia européia. No entanto, o sistema capitalista só iria se consolidar definitivamente no século XVIII, cuja a intensa transformação do processo produtivo ficou conhecida historicamente como Revolução industrial dividindo-a em três etapas: Primeira a Segunda e a Terceira Revolução Industrial. Nesse período a divisão internacional do trabalho (DIT) iria sofre modificações devido o surgimento de um novo modelo de produção, já que não era mais suficiente aquele modelo em que o trabalhador se agrupava em vilas de aldeões para que a partir das oficinas de ofício desenvolvesse o seu trabalho. Por advento da revolução industrial esse sistema foi sendo deixado de lado, pois era bem mais lucrativo para os capitalistas produzirem em fábricas do que ficar dependente dos artesões. Por este motivo iniciou-se uma nova fase na DIT (divisão internacional do trabalho) que vai da revolução industrial até a segunda guerra mundial. Nesse momento o mudo está dividido em países que se especializaram em fornecer matérias primas e países que se especializaram em fornecer produtos industrializados. É interessante perceber todos os países que se especializaram no fornecimento de matérias primas sofreram um fenômeno conhecido como descapitalização, e o seu futuro ficou fadado ao subdesenvolvimento, como exemplo podemos citar: BRASIL, ARGENTINA e o restante da AMÉRICA LATINA.

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Page 1: Geografia - Pré-Vestibular Impacto - Divisão Internacional do Trabalho DIT

KL 200208

A DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (DIT)

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

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A Certeza de Vencer

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1

A DIVISÃO DO TRABALHO CLÁSSICA: No final do século XV inicio do século XVI o ciclo de reprodução do capital

estava assentado principalmente na circulação e distribuição mercadorias realizadas entre as metrópoles e as colônias., isto é, na divisão internacional do trabalho, no qual as diversas regiões do mundo passaram a desenvolver funções diferenciadas, pois cada uma das regiões especializaram-se em fornecer produtos manufaturados, industriais matérias primas etc.

Os papéis diferentes que assumiram a Europa, de um lado, e de outro, a Ásia e as terras recém descobertas do além-mar, inauguraram a divisão internacional do trabalho, genericamente caracterizada pela exportação de manufaturas pelas metrópoles e pela produção de matérias-primas pelas colônias. A conquista de novas terras se inseriu como sabemos, na necessidade européia de expansão e ampliação do capital mercantil. A partir desse momento todos os cantos do mundo foram submetidos a uma dinâmica de produção, circulação e de idéias ditadas pelos europeus.

A análise da dinâmica que se iniciou nesse período nos fornecera parte dos elementos explicativos para o entendimento dos caminhos de riqueza, ou de pobreza, que os vários países hoje constituídos na América, Ásia e áfrica trilham. A partir da Europa, e pela primeira vez em escala mundial, foram impostas funções econômicas aos cantos do globo. Assim, estabeleceu-se aquilo que chamamos de divisão internacional do trabalho (DIT).

DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO Geograficamente falando essa distribuição de tarefas é de muita importância,

pois é isso que em grande parte nos explica muitas das nossas paisagens que até hoje podemos observar nas chamadas áreas “subdesenvolvidas” do globo.

À África e a América latina, por exemplo, foram impostas funções como as de fornecimento de mão-de-obra escrava e matérias primas, tais funções se traduziram nesses locais em paisagens bastante diferentes daquela que observamos nos países da Europa.

Neste sentido os europeus desenvolveram um intenso processo de colonização, marcados pela desorganização nas formas de produzir, circular e pensar dos povos nativos das áreas colonizadas, onde ação genócida e etnocida, além da desterritorialização foi pontos importantes no sentido de consolidar o poder do colonizador e abrir caminho para reorganizar o espaço dessas áreas com a perspectiva de atender o desejo de acumulação de riquezas da burguesia européia.

No entanto, o sistema capitalista só iria se consolidar definitivamente no século XVIII, cuja a intensa transformação do processo produtivo ficou conhecida historicamente como Revolução industrial dividindo-a em três etapas: Primeira a Segunda e a Terceira Revolução Industrial.

Nesse período a divisão internacional do trabalho (DIT) iria sofre modificações devido o surgimento de um novo modelo de produção, já que não era mais suficiente aquele modelo em que o trabalhador se agrupava em vilas de aldeões para que a partir das oficinas de ofício desenvolvesse o seu trabalho. Por advento da revolução industrial esse sistema foi sendo deixado de lado, pois era bem mais lucrativo para os capitalistas produzirem em fábricas do que ficar dependente dos artesões. Por este motivo iniciou-se uma nova fase na DIT (divisão internacional do trabalho) que vai da revolução industrial até a segunda guerra mundial.

Nesse momento o mudo está dividido em países que se especializaram em fornecer matérias primas e países que se especializaram em fornecer produtos industrializados. É interessante perceber todos os países que se especializaram no fornecimento de matérias primas sofreram um fenômeno conhecido como descapitalização, e o seu futuro ficou fadado ao subdesenvolvimento, como exemplo podemos citar: BRASIL, ARGENTINA e o restante da AMÉRICA LATINA.

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FAÇO IMPACTO – A CERTEZA DE VENCER!!!

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2009

Por outro lado todos aqueles países que se especializaram em produzir produtos de valor, isto é, produtos manufaturados ou industrializados tornaram-se países desenvolvidos e lideres do sistema capitalista.

A fase de desenvolvimento do capitalismo após a segunda guerra mundial ficou conhecida com capitalismo financeiro, e novamente acarretou varias modificações na divisão internacional do trabalho (DIT). Foi nessa época que os paises desenvolvidos trataram de consolidar a dependências dos países subdesenvolvidos principalmente através de empréstimos, financiados pelos países detentores de capital, a partir deste momento vários países passaram a desenvolver indústrias dentro do seu território como foi o caso do Brasil Argentina e países do sudeste asiático.

Outro fato a ser destacado é a mudança ocorrida no mundo do trabalho, já que o modelo de produção estava sendo substituído, pois o fordismo já não mais dava conta da demanda e não atendia mais as exigências do mercado internacional. O Japão foi um dos países pioneiro na passagem do fordismo para a fase pós-fordismo, para acumulação flexível.

A NOVA DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO.

Terceira Divisão Internacional do Trabalho - Desde a década de 1970 verificou-se o surgimento de uma modificação substancial na Divisão Internacional do Trabalho ocasionada principalmente por dois vetores estruturais no centro do capitalismo mundial. O primeiro vetor está associado ao processo de reestruturação empresarial, acompanhado da maturação de uma nova Revolução Tecnológica.

O PAPEL DA INFRA-ESTRUTURA NO MUNDO DO TRABALHO.

Para se atrair uma grande empresa, é necessário que se ofereça uma rede complexa e interligada de infra-estrutura, onde o principal agente montador de tal rede é o estado, mais para que a empresa vem há a se instalar em um local é necessário que haja uma parceria entre o poder público e a iniciativa privada, mesmo dentro do estado neoliberal tal aliança acontece, pois o estado mínimo serve aos interesses do sistema capitalista. Ele torna-se o maior agente modificador do espaço, pois através dele notamos as viabilizações estruturais desenvolvidas para receber as indústrias em mobilidade pelo mundo, já que uma das exigências feita pelo grande capital é que no mínimo o lugar que queira receber uma grande empresa ofereça condições de reprodução do capital, condições como: infra-estrutura adequada, rede de transporte eficiente e rapidez no escoamento da produção, sistemas de telecomunicações bastante eficazes, para facilitar a comunicação entre a linha de produção e o comando da empresa etc. devido a relocação das empresas pelo mundo, notamos a relocação do trabalho, já que junto com as empresa vão se fechando e abrindo novos posto de trabalhos pelo mundo afora.

De acordo com Schumpeter, a economia industrial evolui por meio da "destruição criadora". Quando um conjunto de novas tecnologias encontra aplicação produtiva, as tecnologias tradicionais são "destruídas", isto é, deixam de criar produtos capazes de competir no mercado e acabam sendo abandonadas. Na fase inicial, ascendente, do ciclo, as novas tecnologias distinguem os empresários inovadores dos que continuam utilizando as tecnologias tradicionais.

Os inovadores são "premiados" com elevadas taxas de lucros e erguem verdadeiros impérios empresariais. Na fase de estabilização, os lucros caem para patamares menores, pois a maior parte das empresas adotou o novo conjunto de tecnologias e a competição tornou-se mais acirrada. Finalmente, a fase descendente caracteriza-se por um excesso de oferta em relação à demanda. As tecnologias que inauguraram o ciclo tornaram-se, a essa altura, tradicionais. A queda acentuada dos lucros prenuncia mais uma ruptura na base técnica, que deflagrará novo ciclo.

No mundo atual, passamos pela era informacional, das infovias. E o controle dessas infovias é utilizado como instrumento de poder e de dominação, porém com o avanço da biotecnologia e da engenharia genética o controle desse conhecimento científico também será instrumento de poder, o que tem gerado diversa polêmica de conteúdo ético e até religioso. Em relação à forma com esse setor de conhecimento pode ser manuseado, a exemplo da clonagem humana e a utilização de células troncas extraídas de embriões humanos pela medicina que possuem vários defensores e oponentes.