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Trabalho desenvolvido por um grupo de alunos do 2º ano da Escola Estadual Israel Pinheiro sobre biomas brasileiros, políticas ambientais no Brasil, energia e meio ambiente, climas e recursos hídricos e estruturas geológicas e formas de relevoTRANSCRIPT
Geografia Trabalho desenvolvido por um grupo de alunos do 2º ano da Escola Estadual Israel Pinheiro sobre biomas brasileiros, políticas ambientais no Brasil, energia e meio ambiente, climas e recursos hídricos e estruturas geológicas e formas de relevo 21/11/2012 E.E. Israel Pinheiro
Escola Estadual Israel Pinheiro
Geografia
Trabalho referente à disciplina de Geografia do 2°ano 8 da
Escola Estadual Israel Pinheiro
Orientado pela professora Patricia
Realizado pelos alunos Daniel Gonçalves ;Wendel Ayran ;Ydilla Ferreira; Marcus Antonio .
Governador Valadares, 21 de Novembro de 2012.
Índice
Os Biomas Brasileiros ...........................................................
As Políticas Ambientais no Brasil ..........................................
Energia e Meio Ambiente .....................................................
Climas e recursos hídricos ....................................................
Estrutura Geológicas e formas de relevos ...........................
Definição de Biomas
Podemos definir bioma como um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma
estável. Um bioma é caracterizado por um tipo principal de vegetação (num mesmo
bioma podem existir diversos tipos de vegetação). Os seres vivos de um bioma vivem
de forma adaptada as condições da natureza (vegetação, chuva, umidade, calor, etc)
existentes. Os biomas brasileiros caracterizam-se, no geral, por uma grande
diversidade de animais e vegetais (biodiversidade).
Biomas Brasileiros
- Biomas Litorâneos – com um litoral muito extenso, o Brasil possui diversos tipos de biomas nestas áreas. Na região Norte destacam-se as matas de várzea e os mangues
no litoral Amazônico. No Nordeste, há a presença de restingas, falésias e mangues. No Sudeste destacam-se a vegetação de mata Atlântica e também os mangues, embora em pouca quantidade. Já no sul do país, temos os costões rochosos e manguezais.
- Caatinga – presente na região do sertão nordestino (clima semi-árido), caracteriza-se
por uma vegetação de arbustos de porte médio, secos e com galhos retorcidos. Há também a presença de ervas e cactos.
- Campos – presente em algumas áreas da região Norte (Amazonas, Pará e Roraima) e também no Rio Grande do Sul. A vegetação dos campos caracteriza-se pela presença
de pequenos arbustos, gramíneas e herbáceas.
- Cerrado – este bioma é encontrado nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins. Com uma rica biodiversidade, caracteriza-se pela presença de
gramíneas, arbustos e árvores retorcidas. As plantas possuem longas raízes para retirar água e nutrientes em profundidades maiores.
- Floresta Amazônica – é considerada a maior floresta tropical do mundo com uma
rica biodiversidade. Está presente na região norte (Amazonas, Roraima, Acre, Rondônia, Amapá, Maranhão e Tocantins). É o habitat de milhares de espécies vegetais
e animais. Caracteriza-se pela presença de árvores de grande porte, situadas bem próximas umas das outras (floresta fechada). Como o clima na região é quente e
úmido, as árvores possuem folhas grandes e largas.
- Mata dos Pinhais – também conhecida como Mata de Araucárias, em função da grande presença da Araucária angustifólia neste bioma. Presente no sul do Brasil,
caracteriza-se pela presença de pinheiros, em grande quantidade (floresta fechada). O clima característico é o subtropical.
- Mata Atlântica – neste bioma há a presença de diversos ecossistemas. No passado, ocupou quase toda região litorânea brasileira. Com o desmatamento, foi perdendo
terreno e hoje ocupa somente 7% da área original. Rica biodiversidade, com presença de diversas espécies animais e vegetais. A floresta é fechada com presença de árvores
de porte médio e alto.
- Mata de Cocais – presente, principalmente, na região norte dos estados do Maranhão, Tocantins e Piauí. Por se tratar de um bioma de transição, apresenta
características da Floresta Amazônica, Cerrado e da Caatinga. Presença de palmeiras com folhas grandes e finas. As árvores mais comuns são: carnaúba, babaçu e buriti.
- Pantanal – este bioma está presente nos estados de Mato-Grosso e Mato-Grosso do Sul. Algumas regiões do pantanal sofrem alagamentos durante os períodos de chuvas. Presença de gramíneas, arbustos e palmeiras. Nas regiões que sofrem inundação, há
presença de árvores de floresta tropical.
Política ambiental no Brasil em sua formação
Existe uma deficiência dramática no forma em que tratamos a natureza, com
diferenças políticas e sociais extremas.
Os conceitos de equilíbrio e capacidade de sustentação são fundamentais para
entender a situação ambiental no Brasil. Para se e tender a escassez de recursos, deve-
se também tentar entender o processo social através dela. Esta desordem ecológica
tem sido relacionada ao uso dos recursos naturais sem precedentes na história ao
longo dos tempos.
O limite de reivindicação não deve ter como base à idéia de equilíbrio e sim a noção de
capacidade de sustentação.
As atividades humanas tendem a simplificar o ecossistema e sua atividade e uma
consciência ecológica conduz ao reconhecimento de que toda a atividade humana
conduz a um custo ecológico a ela vinculado.
- As dimensões da desordem ecológica na realidade Brasileira.
O pensamento Brasileiro através de três dimensões da desordem ecológica:
1) Hierarquia
2) Paternalismo
3) Repressão e Autoritarismo.
O Primeiro refere-se ao processo da formação social no Brasil, sendo também
extremamente formalista com regras e regulamentos mais importantes que fatos que
conduz à prática clientelistas.
A hierarquia da igreja e burocracia estatal são predominantes mesmo com domínio
militar e a presença do patrimonialismo no desenvolvimento político Brasileiro no
controle social, permanecendo acima das classes sociais.
O Brasil transformou-se de uma sociedade agrária e mercantil dos tempos coloniais em
uma das mais avançadas sociedades industriais e capitalistas do terceiro mundo, mas
sua formação social dificilmente perderá sua casta patrimonial, reforçando sua
característica autoritária, resultando numa sociedade onde prima à distribuição de
privilégios.
O regime militar instalado no Brasil depois de 1964 representa uma aliança da
burguesia financeira e industrial com interesses multinacionais e o que tornou isso
possível foi à existência de uma tecnocracia tanta civil como militar.
Os Posicionamentos do Governo Brasileiro diante da questão ambiental
O governo Brasileiro tem seu ponto de partida nas questões ambientais na conferencia
das nações unidas sobre meio ambiente em Estocolmo 1972.
A acelerada industrialização e urbanização somada com o nível crescente da população
aliada ao rápido esgotamento dos recursos naturais causavam um desconforto nos
países desenvolvidos.
Os posicionamentos do governo Brasileiros foram bastante claros, defendendo que o
crescimento econômico não deveria ser sacrificado em nome de um ambiente mais
puro. Reconhecendo a ameaça da poluição ambiental, sugerindo que os países
desenvolvidos deveriam pagar pelos esforços dessa purificação.
A soberania nacional não poderia ser sujeitada em nome de “Interesses ambientais
mal definidos”.
O político burocrático relacionado às políticas ambientais pode ser abordado através
da analise da secretária especial de meio ambiente (SEMA) e sua criação em 1971.
O SEMA foi à resposta a uma situação emergencial, vindo a criar mais tarde um efeito
duradouro em seu propósito. Nesse contexto a questão crucial se transforma em como
administrar bem os conflitos, dificultando a maneira pela qual se inicia a cooperação
entre os indivíduos de uma espécie.
O rápido crescimento econômico tem prioridade sobre a conservação, o conflito criado
em torno da qualidade ambiental pode ser delineado na formação de duas dimensões
de condutas.
Investindo em politização de carências Transformando-as através de ação
mobilizatórias, com possibilidades objetivas de reprodução da vida coletiva.
Em outro sentido, deliberadamente ou não se investiu na politização de um estigma do
grande poluidor devastador, estampado no imaginário político da década, sendo
incorporado no discurso político do estado. A visão positivista militar desintegrou-se
no próprio seio das forças armadas, havendo uma socialização dos ônus, dos prejuízos
e a privatização dos lucros advindos desse processo desencadeado antes de 1964.
Atualmente a escola superior de guerra recomenda que se tratem as
Organizações não governamentais ambientalistas com objetivos nacionais
estratégicos. Nessa perspectiva, as entidades ambientalistas são tão perigosos quanto
os grupos de narcotraficantes e como tal devem ser convertidas em alvos de
guerras(ESG1990).
Depois de enfrentar um primeiro momento de perplexidade, talvez pressionado pela
conferência mundial do meio ambiente 1992, fez uma difícil constatação, a sociedade
civil esta entendendo a duras penas as contradições entre o oficial e o “oficialesco”.
Referência: In Ferreira L e Vila E (org).Incertezas da Sustentabilidade na Globalização.
Campinas: Editora Unicamp; 1996. Pg.77 a 87.
Comentários: O texto retrata com muita propriedade a evolução das questões
ambientais no Brasil, aliada ao processo Socioeconômico e a elite dominante.
Sendo abordada a questão da transformação sem perder a condução colocando o
posicionamento do Brasil no cenário mundial de uma forma bem clara.
O território brasileiro é formado por estruturas geológicas antigas. Com exceção das
bacias de sedimentação recente, como a do Pantanal Matogrossense, parte ocidental
da bacia amazônica e trechos do litoral nordeste e sul, que são do Terciário e do
Quaternário (Cenozoico), o restante das áreas tem idades geológicas que vão do
Paleozoico ao Mesozoico, para as grandes bacias sedimentares, e ao Pré-cambriano
(Arqueozoico-Proterozoico), para os terrenos cristalinos.
No território brasileiro, as estruturas e as formações litológicas são antigas, mas as
formas do relevo são recentes. Estas foram produzidas pelos desgastes erosivos que
sempre ocorreram e continuam ocorrendo, e com isso estão permanentemente sendo
reafeiçoadas. Desse modo, as formas grandes e pequenas do relevo brasileiro têm
como mecanismo genético, de um lado, as formações geológicas e os arranjos
estruturais antigos, de outro os processos mais recentes associados à movimentação
das placas tectônicas e ao desgaste erosivo de climas anteriores e atuais. Grande parte
das rochas e estruturas que sustentam as formas do relevo brasileiro são anteriores à
atual configuração do continente sul-americano, que passou a ter o seu formato
depois da orogênese andina e da abertura do oceano Atlântico, a partir do Mesozoico.
A macroestrutura do subsolo do território brasileiro desempenha importante papel na
configuração das grandes formas do relevo, apesar das prolongadas fases erosivas.
Desse modo, pode-se dizer de forma simplificada que são três as grandes estruturas
que definem os macrocompartimentos de relevo encontrados no Brasil: em
plataformas ou crátons, cinturões orogênicos e grandes bacias sedimentares.
AS ÁREAS CRATÔNICAS As plataformas ou crátons correspondem aos terrenos mais antigos e arrasados por muitas fases de erosão. Constituem-se numa grande complexidade litológica, prevalecendo as rochas metamórficas muito antigas (Pré-cambriano Médio a Inferior, com 2 a 4,5 bilhões de anos). Também ocorrem rochas intrusivas antigas (Pré-cambriano Médio a Superior, com 1 a 2 bilhões de anos) e resíduos de rochas sedimentares datadas do Pré-cambriano Superior, que em alguma fase da história da Terra encobriam partes das plataformas. São três áreas de plataformas ou crátons: a plataforma das Guianas, a Sul-amazônica e a do São Francisco. A área cratônica das Guianas tem terrenos elevados na extremidade norte do Brasil, nas faixas fronteiriças da Venezuela e das Guianas, onde se encontram rochas intrusivas e efusivas associadas com metamórficas antigas. Ao sul, a plataforma das Guianas está em terrenos mais baixos, onde prevalecem rochas metamórficas, encontrando-se parcialmente encobertas pelos sedimentos da bacia sedimentar amazônica. A plataforma ou cráton sul-amazônica, cujos terrenos são mais baixos ao norte e ganham altitudes em direção ao sul, é constituída principalmente por rochas metamórficas antigas, ocorrendo frequentemente rochas intrusivas, como granitos e depósitos sedimentares residuais que sustentam relevos mais altos.
Na extremidade sul, essa plataforma encontra-se coberta por extensa formação sedimentar correspondente ao planalto e chapada dos Parecis. Cráton ou plataforma Sul-amazônica A plataforma do São Francisco, que se estende desde o norte de Minas Gerais e avança pelo centro da Bahia, é a área cratônica de mais difícil delimitação, pois uma parte encontra-se parcialmente encoberta por sedimentação antiga e as extremidades confundem-se com as áreas dos cinturões orogênicos que a margeiam. Com relação ao cráton sul-riograndense há interpretações divergentes entre autores, alguns o consideram como área cratônica, outros como parte do cinturão orogenético do atlântico.
AS ÁREAS DE DOBRAMENTOS ANTIGOS
Os cinturões orogênicos existentes no território brasileiro são muito antigos, ou seja,
de diversas idades ao longo do Pré-cambriano. Esses cinturões são o do Atlântico, o de
Brasília e o Paraguai-Araguaia. Essas três cadeias montanhosas encontram-se
atualmente muito desgastadas pelas várias fases erosivas ocorridas, mas ainda
guardam aspectos serranos em grandes extensões. Essas faixas de dobramentos foram
no passado geossinclinais estreitas e alongadas que margeiavam a borda das
plataformas. Os sedimentos formadores das bacias geossinclinais, em função da
movimentação da crosta terrestre, foram por várias vezes dobradas por pressões das
plataformas. Nesse processo de movimentação da crosta, os sedimentos, ao serem
dobrados, também sofreram metamorfização, intrusões e possivelmente até efusões
vulcânicas. Algumas dessas áreas orogênicas, como é o caso do cinturão do Atlântico,
passaram por até três fases de dobramentos, acompanhados de metamorfismo e
intrusões alternados por longas fases erosivas.
(planalto central do Brasil)
O cinturão orogênico do Atlântico estende-se desde a parte oriental da região
Nordeste até o sudeste do Rio Grande do Sul. É uma faixa de grande complexidade
litológica e estrutural, prevalecendo rochas metamórficas de diferentes tipos e idades,
como gnaisses, migmatitos, quartzitos, micaxistos, filitos e, secundariamente,
intrusivas, como os granitos e os sienitos.
O cinturão orogênico do Atlântico tem trechos mais elevados sustentadas por rochas
do tipo quartzito. As cristas serranas desse cinturão estão mais preservadas do ataque
erosivo, como ocorre com a serra do Espinhaço, que se estende do centro-norte de
Minas Gerais até o interior da Bahia. Outras serras de grande significado no relevo são
as serras do Mar e da Mantiqueira, que se constituem em escarpas altas e abruptas
produzidas por grandes linhas de falhas bem mais recentes. Os terrenos elevados do
cinturão do Atlântico são resultantes de dobramentos, de falhamentos extensos e das
grandes massas intrusivas, como é o caso do maciço de Itatiaia, da ilha de São
Sebastião e do maciço de Poços de Caldas, entre inúmeros outros.
(serra de Itatiaia)
O cinturão de Brasília estende-se desde o sul de Tocantins até o sudeste de Minas
Gerais. É formado principalmente por rochas metamórficas de diferentes tipos, como
micaxistos, ardósias, filitos, gnaisses, quartzitos, e carbonáticas de baixo
metamorfismo. Encontra-se também muito arrasado pelos processos erosivos que
permitiram a exposição de rochas intrusivas do interior dos dobramentos. O relevo
que se desenvolveu nessa área é de serras alongadas e estreitas, em alguns trechos
associadas com chapadas de topos planos e altos. No cinturão orogênico de Brasília
destacam-se as serras da Canastra e Negra, em Minas Gerais, as serras de Caldas
Novas, da Mesa, Dourada, Boqueirão, entre outras, e algumas chapadas, como a de
Brasília, a dos Veadeiros e a de Cristalina, em Goiás.
(canastra)
O cinturão orogênico Paraguai-Araguaia estende-se desde o norte de Goiás e Tocantins
até Mato Grosso, na região de Cuiabá, reaparecendo na extremidade sul do Pantanal,
na serra da Bodoquena. Esse cinturão está em grande parte arrasado por erosão:
entretanto, a noroeste e oeste de Cuiabá encontra-se a província serrana de Mato
Grosso. Essa área é constituída por várias serras geradas por dobramentos antigos e
que se encontram parcialmente preservados. As rochas são sedimentares ou com
baixo metamorfismo, destacando-se os metarenitos, filitos, arenitos, calcários,
argilitos, siltitos, folhelhos e arcóseos.
Energia e Meio Ambiente
Toda energia produzida se dá pelo resultado de transformações e utilização de forças e
recursos oferecidos pela natureza, portanto o assunto energia pode ser sempre
associado ao meio ambiente e são temas muito próximos pela dependência de
recursos naturais.
Já faz aproximadamente um século e meio que o ser humano vem utilizando
combustíveis fósseis pra produzir fontes de energia.
Se analisarmos bem, desde o advento da descoberta do fogo, o homem utiliza galhos e
troncos de árvore para produzir calor e luz. Mas com a invenção da máquina a vapor a
devastação de florestas passou a ser um sério problema que acarretou muitos
impactos que hoje sofremos.
As alterações climáticas provocadas principalmente pelo efeito estufa e a destruição
da camada de ozônio, principalmente pela emissão de toneladas de gases que hoje são
emitidos diariamente por veículos que foram feitos pelo setor industrial que soube
utilizar os recursos ambientais para gerar energia e crescer desordenadamente
gerando sérios problemas no meio ambiente.
As Usinas Hidroelétricas afetam o meio ambiente por causarem alagamento de
grandes áreas, modificando o ecossistema da região, afetando a fauna, a flora e os
seres humanos, modificando o clima e emitindo gases prejudiciais à atmosfera, isso
pelo resultado do apodrecimento e fermentação da vegetação que ficou submersa na
área do alagamento.
As Usinas Térmicas são em sua maioria ainda mais prejudiciais ao meio ambiente, pois
queimam combustíveis não-renováveis e altamente poluentes em emissões de gases
prejudiciais à atmosfera.
As Usinas Nucleares, de todas as formas de geração de energia conhecidas, é com
certeza a mais perigosa (embora as pesquisas na área estejam evoluindo) para os seres
vivos e o meio ambiente em geral. Um vazamento em uma dessas usinas poderá
contaminar uma grande área com material radioativo, que além de destruir tudo o que
encontrar, vai levar milhares de anos para se descontaminar.
Embora praticamente todos os tipos de geração de energia, de alguma forma tragam
impactos negativos ao meio ambiente, a energia precisa continuar sendo gerada para
poder atender ao crescimento da população e suas necessidades de desenvolvimento
e sobrevivência.
Por isso, o ideal a ser feito é a conscientização para exploração e utilização das fontes
naturais de energia renovável e de menor impacto ao meio ambiente.
Uma mudança cultural da forma de utilização da energia para o atendimento de suas
necessidades, procurando utilizá-la de forma inteligente, racional e responsável pode
proteger por mais tempo nosso patrimônio ambiental sem deixar de gerar energia
para atender a população.
Climas e recursos hídricos
Devido ao a grandeza territorial do Brasil, são identificados diversos tipos de climas,
sendo os principais: equatorial, tropical, tropical de altitude, tropical úmido, semiárido
e subtropical.
Como o Brasil tem aproximadamente 93% de seu território localizado no hemisfério
sul e o restante no hemisfério norte, isso faz o país estar na zona intertropical do
planeta, com exceção da região Sul. A seguir, serão apresentados os climas de acordo
com as regiões.
Clima Equatorial – está presente em quase todos os Estados da região Norte e
também encobre alguns pontos do Mato Grosso e maranhão.
O clima equatorial domina a região amazônica e é caracterizado por:
temperatura elevada; grande umidade e baixa amplitude térmica (varia entre 24°C e
26°C ao ano).
A temperatura elevada acontece em decorrência da evaporação das massas de água.
Além disso, outra característica deste clima é que a quantidade de chuvas é abundante
(os índices pluviométricos chegam a passar dos 2.000 mm) e a Floresta Amazônica é
influenciada pelo clima equatorial.
Clima Tropical – age em grande parte do centro do país se destacando nos Estados do
Centro-Oeste e se estende para partes do Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia e Minas
Gerais. Tem como principal característica as temperaturas elevadas em grande parte
do ano, em média 24°C. Apresenta duas estações bem definidas:
seca (maio a setembro) e chuvosa (outubro a abril – a quantidade de chuvas chega em
torno de 1.500 mm ao ano)
Tropical de altitude – este clima se apresenta nas regiões serranas e de planaltos,
especialmente na região Sudeste. A amplitude térmica é geralmente menor, onde a
temperatura média oscila entre 17°C e 22°C.
O comportamento pluviométrico é igual ao do clima tropical. As chuvas de verão são
mais intensas por causa da massa de ar tropical atlântica.
No inverno, as frentes frias originárias da massa polar atlântica podem provocar
geadas.
Tropical Úmido – ocorre principalmente no litoral oriental e sul do país e tem como
características alto índice de temperaturas e elevada umidade ao longo do ano. As
médias anuais são relatadas por volta dos 25°C e com índices pluviométricos entre
1250 mm e 2000 mm.
Clima Semiárido – é caracterizado pelas altas temperaturas durante todo o ano e é
típico da região Nordeste (principalmente em seu interior). Apresenta elevadas
temperaturas durante o ano todo e devido à escassez de chuva seus índices
pluviométricos apresentam uma média inferior a 750 mm.
Clima Subtropical – apresenta chuvas bem distribuídas, resultando em índices
pluviométricos superiores a 1.250 mm ao ano.
Este clima predomina ao sul do Trópico de Capricórnio, compreendendo parte de São
Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul e os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do
Sul. Abrange a porção do território nacional localizada ao sul do Trópico de
Capricórnio, conhecida como Brasil Meridional.
Durante o período de inverno é comum as passagens frentes frias de origem polar
(podendo ocorrer algumas nevascas ocasionais em algumas épocas do ano)
As quatro estações do ano também acorrem de forma bem definidas nos domínios
deste clima.
Recursos Hídricos
Para iniciar este tópico, é importante citar as grandes bacias hidrográficas brasileiras.
De acordo com a classificação do Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica -
DNAEE (recentemente transformado em Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL),
São as bacias: Amazonas, Tocantins e Araguaia, Atlântico Sul trechos Norte e Nordeste,
São Francisco, Atlântico Sul trechos Leste, Paraná e Paraguai, Uruguai Atlântico Sul
trecho Sudeste.
O Brasil tem posição privilegiada no mundo, em relação à disponibilidade de recursos
hídricos. Em termos de vazão média por habitante, com cerca de 33 mil m3/hab/ano, o
Brasil é considerado rico, mas apresenta uma grande variação espacial e temporal das
vazões. A Região Hidrográfica Amazônica, por exemplo, detém 74% dos recursos
hídricos superficiais e é habitada por menos de 5% da população brasileira (dados da
Agência Nacional de Águas-ANA).
A região hidrográfica Amazônica é a de maior extensão territorial, seguida pela do
Tocantins–Araguaia e pela do rio Paraná.
Para estimar as reservas subterrâneas exploráveis em cada região hidrográfica
distribuem-se os montantes de cada sistema aquífero entre essas regiões,
considerando aproximadamente as respectivas áreas superpostas. Essas reservas não
podem ser somadas às disponibilidades hídricas superficiais, pois são exatamente elas
que sustentam as vazões nos períodos de estiagem.
As águas subterrâneas até muito recentemente foram pouco reconhecidas como
integrantes da disponibilidade hídrica para os diversos usos.
Em um segundo grupo, ocorre práticas de irrigação como alternativa de superação da
seca em regiões semiáridas, no Atlântico Nordeste Oriental e no São Francisco.
A demanda animal destaca as regiões hidrográficas do Paraná, do Tocantins–Araguaia
e Amazônica, resultante da intensa atividade pecuária, dentre alternativas para suprir
a falta de água em regiões onde se tem tão pouco recurso hidrográfico.
Sob uma análise comparativa, a região hidrográfica Amazônica destaca-se pela
proximidade entre os usos humano urbano, de irrigação e animal, algo que se repete
no Tocantins–Araguaia e é notável o uso da irrigação animal nesses locais.
o patrimônio hídrico brasileiro como uma vantagem comparativa que poderá tornar-se
um fator favorável em relação ao ambiente de competição internacional caso venha a
ser bem gerenciado, tanto em termos da promoção de seus possíveis usos quanto da
sua proteção e da harmonização de conflitos potenciais que afetam nossos recursos.
É também importante observar que existem grandes contrastes entre as regiões em
termos de área, demografia, balanços hídricos, usos de água em quantidade e tipo e
poluição hídrica doméstica (problema de nível mundial).
As entidades competentes para administrar os recursos hídricos visam assegurar a
necessária disponibilidade de água pra a atual e as futuras gerações, com padrões de
qualidade que sejam adequados ao uso.
Quando se fala de recursos hídricos, podemos ir além para expor sua utilização voltada
para o transporte aquaviário, já que como conseqüência, a importância dos recursos
hídricos está basicamente relacionada à característica de navegabilidade, com os
maiores cursos d’água constituindo-se nos principais corredores de transporte e
comunicação da região.x
As principais inovações introduzidas pela Lei 9.433/97 está o estabelecimento claro
dos instrumentos que devem ser utilizados para viabilizar a implantação da Política
Nacional de Recursos Hídricos:
I. os Planos de Recursos Hídricos
II. o enquadramento dos corpos de águas em classes de usos preponderantes
III. a outorga de direitos de uso dos recursos hídricos
IV. a cobrança pelo uso dos recursos hídricos
V. a compensação aos Municípios
VI. Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos
Desde então isso foi um avanço para a ordenação territorial do país, pois promove
constituições e parcerias públicas e privadas.
Existe um programa que tem a missão de despoluir as bacias hidrográficas e tratar dos
esgotos (PRODES-Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas), essa entidade
fornece verbas para a Agência nacional de Águas.
Segundo dados da Agência, o PRODES visa a incentivar a implantação ou ampliação de
estações de tratamento para reduzir os níveis de poluição em bacias hidrográficas,
com prioridade para as bacias dos rios São Francisco, Doce, Paraíba do Sul, Paranaíba e
Piranhas-Açu. Também conhecido como "programa de compra de esgoto tratado", o
PRODES paga pelo esgoto efetivamente tratado – desde que cumpridas as condições
previstas em contrato (metas de remoção de carga poluidora) – em vez de financiar
obras ou equipamentos. A seleção dos empreendimentos corresponde a uma
expectativa de contratação, condicionada à disponibilidade financeira do Programa.
Enfim, tratar de recursos hídricos é um assunto com grande gama de conteúdo pois
isso implica a tratar de questões políticas também. Serviços de abastecimento de água,
saneamento básico, energia elétrica através das represas, irrigação de solos e
drenagem.
Praticamente todos os usos de água geram resíduos que, ao serem lançados direta ou
indiretamente nos corpos hídricos, em cargas superiores às capacidades naturais de
assimilação, alteram adversamente suas qualidades, ocasionando a poluição.
Com essa abordagem situacional dos problemas relacionados à gestão de recursos
hídricos, mesmo que seja necessário se resolver, ainda está longe de alcançar um
patamar mais seguro.
De acordo com Paulo R. Haddad (ex Ministro do Planejamento) , um plano de longo
prazo, multiinstitucional e integrado como o Plano Nacional de Recursos Hídricos
deverá encontrar restrições ou condicionalidades ao seu processo de implementação
relacionadas ao desmonte do sistema nacional de planejamento, à limitada capacidade
operacional da máquina administrativa dos três níveis de governo e a um ambiente de
profundo ajuste fiscal e financeiro.
Estrutura geológica e formas de relevos
Nosso país é constituído de três tipos distintos de estrutura geológica: escudos
cristalinos, bacias sedimentares e terrenos vulcânicos.
O primeiro (também conhecido como escudos antigos) é responsável por
aproximadamente 36% do território nacional, e seus componentes permitem
encontrar rochas como granito, gnaisses e grafita.
Por sua formação ser a mais antiga, há rochas metamórficas que formam jazidas
minerais (ferro, níquel, chumbo, ouro, prata, diamantes e manganês), tendo como
exemplo a serra dos Carajás, no Pará.
Já as Bacias sedimentares recobrem cerca de 60% do nosso território. Possui camadas
espessas de rochas sedimentares originados da ação marinha de depositar os
sedimentos nas partes mais baixas do relevo. Nesse tipo de terreno é possível
encontrar petróleo e carvão mineral (combustíveis fósseis) e também alguns minerais
radioativos (urânio e tório), além de areia, cascalho e calcário.
Quanto mais for horizontal representa a ausência de processos tectônicos.
Os Terrenos vulcânicos são áreas que já sofreram ação de derrames vulcânicos, que
forma rochas como o basalto (fertiliza o solo).
Relevo é um conjunto de forma que juntas modelam a superfície da crosta terrestre e
as ações naturais podem modifica-los.
No Brasil temos diversas manifestações de relevo as principais formas abordadas são:
Planaltos: terrenos que são relativamente planos em lugares de altitude mais elevada
como o Planalto Central Brasileiro e o Planalto Centro-Sul Mineiro.
são formas de relevo aplanadas e com altitudes variadas superiores a 200 metros, são
antigas montanhas que, ao longo dos tempos, foram desgastadas pela erosão (da água
ou do vento).
Planícies: tem algumas características semelhantes aos planaltos no sentido de serem
relativamente planas (ou pouco onduladas) mas geralmente se situa em altitudes
pouco elevadas e são formadas por sedimentos depositados pela ação do vento ou da
água. Quando um lago é soterrado, a planície é denominada de lacustres.
Entre as planícies brasileiras destacamos a planície do Rio Amazonas e seus afluentes.
Depressões: são áreas rebaixadas em consequência da erosão, que se formam entre as
bacias sedimentares e os escudos cristalinos. Também é um conjunto de relevos
planos que também podem ser ondulados e que ficam a uma altitude abaixo das
regiões vizinhas. Exemplo: depressões do Acre a do Amapá.
Serras: são terrenos acidentados com fortes desníveis, frequentemente aplicados a
escarpas assimétricas, possuindo uma vertente abrupta e outra menos inclinada
(montanhas ligadas umas às outras). Possui partes altas seguidas por saliências com
seu topo mais aguçado. Um bom exemplo é a Serra da Mantiqueira.
Chapadas: tem como característica as altitudes medianas a elevadas.
Temos a Chapada Diamantina como uma das principais, sendo delas a maior, situa-se
no interior da Bahia, a cerca de 400 quilômetros de Salvador.
No Nordeste Oriental a Depressão Sertaneja e do rio São Francisco sofreram transgressão
marinha, o que contribuiu para a presença de fósseis de répteis gigantescos na Chapada do
Araripe e em jazidas de sal-gema.
A chapada é usada como pasto para abastecer o gado pelos fazendeiros que tem o
privilégio de usar os recursos desse tipo de relevo em sua propriedade.
Montanhas: são elevações que apresentam grandes desníveis, vales profundos e
cumes muito altos e altitudes, geralmente, superiores a 1000 metros. Os cumes
podem se apresentar em forma de pico ou arredondados, podendo até conter
vegetações.
Abismo: define-se como uma depressão natural, no relevo de uma paisagem. Também
pode ser definido como uma caverna com um desenvolvimento predominantemente
na vertical.
Ainda há uma grande diversidade de relevos que são abordados em pesquisas atuais e
publicações com estudos mais recentes apontam outros tipos de relevo, mas os mais
característicos notáveis no Brasil são estes acima.
Abaixo vamos citar os relevos submarinos, que mesmo sem ser vistos com facilidade,
fazem parte do território nacional.
Relevos Submarinos: Os estudos sobre esse tipo de relevo começou a evoluir na
década de 1940 com instrumentos de observação mais modernos.
As principais manifestações neste relevo são:
Planalto continental – podem chegar a 70 quilômetros e 200 metros de profundidade;
Ilhas tectônicas - pequenas extensões de terras emersas que se formam no fundo dos
oceanos e se afloram na superfície;
Bacia oceânica – na linguagem geográfica é considerado um relevo suave e pode
oscilar de 2.000 a 5.000 metros de profundidade.
Fossas marinhas – são áreas bem profundas que podem chegar a atingir 8.000 metros
abaixo do nível do mar.
Fonte de pesquisa
Agência Nacional de Águas (ANA): http://www.ana.gov.br/
Portal Brasil: http://www.brasil.gov.br/
Agência Nacional de Transportes Aquaviários:
http://www.antaq.gov.br/Portal/default.asp?#
IBGE: http://www.ibge.gov.br/home/
Brasil Escola: http://www.brasilescola.com