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EXPEDIENTE ANOTA AÍ ANOTA AÍ GENTE QUE FAZ Diretor do HUPE: Rodolfo Acatauassú Nunes Vice-Diretor: Maurílio Pereira de Carvalho Salek Coordenadoria de Comunicação Social do HUPE Coordenação: Marilda Santos Equipe de Reportagem: Alex Calheiros, Anaise Alvernaz e Lícia Gigliucci Revisão: Marilda Santos Edição: Marilda Santos Diagramação: Paulo Carvalho e Geferson Gomes Coutinho Fotos: COMHUPE Projeto Gráfico: Robson Carlos Impressão: Gráfica Sumaúma Email: [email protected] Tel.: (21) 2868-8158 / 8448 Esta seção é permanente. Não deixe de nos enviar informações sobre seu evento DICA S DE SAÚDE Programe-se Mamães não esqueçam o Teste do Pezinho A nutrição tem papel funda- mental na promoção da saúde e a alimentação deixou de ser apenas uma maneira de saciar a fome para assumir um papel de prevenção e combate ao tra- tamento de doenças crônicas. A nutricionista do HUPE, Si- mone Jardim, atualmente res- ponsável pela área de oncolo- gia, conhece muito bem esse novo papel e nos conta que está cada vez mais apaixona- da pelo atendimento no ambu- latório. Nunca havia trabalhado com pacientes de câncer e sente que recebe mais do que dá. Segundo ela, “apesar de todos os problemas que o hospital enfrenta, de infraestrutura e fal- ta de pessoal, conseguimos fa- zer um bom trabalho de acom- panhamento. Saber que você é uma pessoa que faz diferença no momento difícil que estão vivendo, é muito gratificante”, completa a nutricionista. “Para eles a alimentação é tão importante quanto o cari- nho e a paciênciaDesde 1989, e prestes a com- pletar 25 anos no HUPE, Simo- ne tem vontade de terminar sua carreira fazendo um mestrado na área de oncologia. A expe- riência que adquiriu e vem ad- quirindo, pode se transformar em excelente material de traba- lho para uma pesquisa. Traba- lhar com residentes, orientan- do a respeito da doença e da melhor maneira de alimentar, é o que pretende antes de se aposentar. SIMONE JARDIM ALMEIDA DE LIMA A Triagem Neonatal, popularmente conhe- cida como Teste do Pezinho, é uma bate- ria de exames que os bebês são submetidos logo que nascem e que pode detectar doenças metabólicas, genéticas e infecciosas graves. Por ser um dos exa- mes mais importan- tes na hora de iden- tificar irregularidades na saúde da criança, o Dr. Gustavo Guida, médico geneticista do HUPE, fala um pouco mais do assunto para as mamães de plantão. Após o nascimento até quando pode ser feito o Teste do Pezi- nho? O ideal é que seja feito na primeira semana de vida, o mais cedo possí- vel após o início da ali- mentação. Até pode ser feito mais tardiamente, mas esse atraso pode prejudicar as crianças que tiverem nascido com alguma patologia. Porque as mamães devem levar seus be- bês para fazer o teste? As doenças que podem ser identificadas no exame causam graves problemas de saúde aos bebês. Eles podem ser evitados se o trata- mento adequado tiver iniciado o mais rápido possível. No caso do teste do pezinho detectar al- guma doença, qual a orientação a família? A família que recebe um resultado alterado deve buscar, o mais rápido possível, os serviços de referência para realizar os testes que podem confirmar a doença. Após a confirmação, é iniciar o tratamento para garantir o melhor resul- tado para a criança. * O teste do pezinho chegou ao Brasil na década de 70 e em 1992, o tornou-se obriga- tório em todo o território nacio- nal. No SUS, a triagem básica é gratuita, mas em hospitais e maternidades particulares ele, geralmente, é pago. de 25 a 29 de agosto Inscrições abertas http://congresso.hupe.uerj.br/congresso/ 2º CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM OTORRINOGERIATRIA Data: 07/06 Horário: 8h às 16h30 Local: Anfiteatro Ney Palmeiro Informações: 2868-8506 SIMPÓSIO DE CIRURGIA ENDÓCRINA Data: 09/06 Horário: 8h às 18h Local: Anfiteatro Ney Palmeiro Informações: 2868-8062 PSIQUIATRIA: “CASO CLÍNICO Nº 175” Data: 10/06 Local: Auditório Washington Loyello Horário: 10h30 REUNIÃO DE ONCOLOGIA TORÁCICA Data: 11/06 Local: Auditório do Copa D´or - Copacabana Informações: 97205-9961/ Paula.gomes@ oncologiador.com.br REUNIÃO DE URO ONCOLOGIA Data: 12/06 Local: Hospital Quinta D´or Informações: 97205-9961 PSIQUIATRIA: “DEPRESSÃO MATERNA: DADOS DA PESQUISA NASCER NO BRASIL” Data: 24/06 Local: Auditório Washington Loyello Horário: 10h30 Jornal Ano 7 - Nº 71 JUNHO 2014 Coordenadoria de Comunicação Social Psiquiatra transformador recebe homenagem Pág. 2 “Experiência apaixonante na oncologia” Pág. 4 GENTE QUE FAZ A importância da doação de sangue Pág. 3 Lançamento do livro de rotinas da obstetrícia Pág. 2 HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO N o dia 09 de junho a Faculdade de Ciências Médicas/UERJ realiza o 1º Simpósio de Cirurgia Endócrina no Hospital Universitário Pedro Ernesto. O evento vai discutir temas que envol- vem as principais glândulas endócrinas do organismo acometidas de patologias que necessitem de intervenções cirúrgi- cas como a Tireóide, a Paratireóide, as Adrenais e o Pâncreas. O evento coordenado pela chefe do departamento de Cirurgia Geral do HUPE, Prof.ª Maria Cristina Araujo Maya, vai contar com a participação do cirurgião do sistema endócrino e ex-presidente da Associação Americana de Cirurgiões En- dócrinos, Quan Yang Duh. Formado na Universidade da Califórnia, São Francis- co, o médico é referência em cirurgias minimamente invasivas e laparoscópicas. Ele também é autor do capítulo sobre a Cirurgia da Adrenal, do livro base da gra- duação e pós-graduação da FCM. Atualmente no município do Rio de Janeiro poucos hospitais realizam este tipo de cirurgia. Entre eles destacam-se o HUPE, o Hospital de Bonsucesso e o Hospital do Fundão, que está tempora- riamente, desativado. De acordo com a médica, a elevada demanda cirúrgica no município refle- te de maneira positiva na excelência e na qualidade do setor clínico do HUPE. “Por ter mais cirurgias, desenvolvemos grande expertise na área e formamos excelentes profissionais. Em relação às cirurgias, como no caso da tireóide, por exemplo, temos o índice de complicação no pós-operatório menor, com menos sangramentos, rouquidão e riscos de in- fecções do que o indicado na literatura médica, o que é extremamente positivo.”, revela a chefe. Cirurgia endócrina é tema de simpósio no HUPE No ambulatório do HUPE, a maioria dos atendimentos das doenças da tireói- de é de casos com suspeita de maligni- dade e extremamente graves. A demanda mais elevada é de hipertireoidismo, onde a glândula funciona demais gerando des- conforto para o paciente. A médica chama atenção ainda para a condição da para- tireóide, em pacientes com insuficiência renal, que tem os ossos destruídos numa tentativa do organismo de resgatar cálcio para o sangue. Esses casos convivem com a dor extrema e com a destruição óssea, tendo assim, uma vida muito ruim. Para Maria Cristina a falta de estrutura do Estado é um fator limitador para esses pacientes que esperam há anos por uma cirúrgica endócrina. “Temos disponibilida- de e mão-de-obra qualificada para aten- der os casos graves no Rio de Janeiro, mas não temos muitos locais para operar. A realização da cirurgia reflete de manei- ra significativa na melhoria da qualidade e na sobrevida desses pacientes. Quem opera vive mais do quem não opera, isso é certo! – finaliza ela.

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Page 1: GENTE QUE FAZ Jornal Ano 7 - Nº 71JUNHO 2014 2014.pdf · A nutricionista do HUPE, Si-mone Jardim, atualmente res-ponsável pela área de oncolo- ... homenagem Pág. 2 “Experiência

EXPEDIENTE

ANOTA AÍ ANOTA AÍGENTE QUE FAZ

Diretor do HUPE: Rodolfo Acatauassú NunesVice-Diretor: Maurílio Pereira de Carvalho SalekCoordenadoria de Comunicação Social do HUPECoordenação: Marilda Santos

Equipe de Reportagem: Alex Calheiros, Anaise Alvernaz e Lícia GigliucciRevisão: Marilda SantosEdição: Marilda SantosDiagramação: Paulo Carvalho e Geferson Gomes Coutinho

Fotos: COMHUPEProjeto Gráfi co: Robson Carlos Impressão: Gráfi ca SumaúmaEmail: [email protected].: (21) 2868-8158 / 8448

Esta seção é permanente. Não deixe de nos enviar informações sobre seu evento

DICAS DE SAÚDE

Programe-se

Mamães não esqueçam o Teste do Pezinho

A nutrição tem papel funda-mental na promoção da saúde e a alimentação deixou de ser apenas uma maneira de saciar a fome para assumir um papel de prevenção e combate ao tra-tamento de doenças crônicas. A nutricionista do HUPE, Si-mone Jardim, atualmente res-ponsável pela área de oncolo-gia, conhece muito bem esse novo papel e nos conta que está cada vez mais apaixona-da pelo atendimento no ambu-latório. Nunca havia trabalhado com pacientes de câncer e sente que recebe mais do que dá. Segundo ela, “apesar de todos os problemas que o hospital enfrenta, de infraestrutura e fal-ta de pessoal, conseguimos fa-zer um bom trabalho de acom-panhamento. Saber que você é uma pessoa que faz diferença no momento difícil que estão vivendo, é muito gratifi cante”, completa a nutricionista.

“Para eles a alimentação é tão importante quanto o cari-

nho e a paciência”

Desde 1989, e prestes a com-pletar 25 anos no HUPE, Simo-ne tem vontade de terminar sua carreira fazendo um mestrado na área de oncologia. A expe-riência que adquiriu e vem ad-quirindo, pode se transformar em excelente material de traba-lho para uma pesquisa. Traba-lhar com residentes, orientan-do a respeito da doença e da melhor maneira de alimentar, é o que pretende antes de se aposentar.

SIMONE JARDIM

ALMEIDA DE LIMA

A Triagem Neonatal, popularmente conhe-cida como Teste do Pezinho, é uma bate-ria de exames que os bebês são submetidos logo que nascem e que pode detectar doenças metabólicas, genéticas e infecciosas graves. Por ser um dos exa-mes mais importan-tes na hora de iden-tifi car irregularidades na saúde da criança, o Dr. Gustavo Guida, médico geneticista do HUPE, fala um pouco mais do assunto para as mamães de plantão.

Após o nascimento até quando pode ser feito o Teste do Pezi-nho? O ideal é que seja feito na primeira semana de

vida, o mais cedo possí-vel após o início da ali-mentação. Até pode ser feito mais tardiamente, mas esse atraso pode prejudicar as crianças que tiverem nascido com alguma patologia.

Porque as mamães devem levar seus be-bês para fazer o teste?As doenças que podem ser identifi cadas no exame causam graves problemas de saúde aos bebês. Eles podem

ser evitados se o trata-mento adequado tiver iniciado o mais rápido possível.

No caso do teste do pezinho detectar al-guma doença, qual a orientação a família?A família que recebe um resultado alterado deve buscar, o mais rápido possível, os serviços de referência para realizar os testes que podem confi rmar a doença. Após a confi rmação, é iniciar o tratamento para garantir o melhor resul-tado para a criança.

* O teste do pezinho chegou ao Brasil na década de 70 e em 1992, o tornou-se obriga-tório em todo o território nacio-nal. No SUS, a triagem básica é gratuita, mas em hospitais e maternidades particulares ele, geralmente, é pago.

de 25 a 29 de agosto

Inscrições abertashttp://congresso.hupe.uerj.br/congresso/

2º CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM OTORRINOGERIATRIA Data: 07/06 Horário: 8h às 16h30 Local: Anfi teatro Ney Palmeiro Informações: 2868-8506

SIMPÓSIO DE CIRURGIA ENDÓCRINA Data: 09/06 Horário: 8h às 18h Local: Anfi teatro Ney Palmeiro Informações: 2868-8062

PSIQUIATRIA: “CASO CLÍNICO Nº 175”Data: 10/06Local: Auditório Washington Loyello Horário: 10h30

REUNIÃO DE ONCOLOGIA TORÁCICAData: 11/06Local: Auditório do Copa D´or - CopacabanaInformações: 97205-9961/ [email protected]

REUNIÃO DE URO ONCOLOGIAData: 12/06Local: Hospital Quinta D´orInformações: 97205-9961

PSIQUIATRIA: “DEPRESSÃO MATERNA: DADOS DA PESQUISA NASCER NO BRASIL”Data: 24/06Local: Auditório Washington Loyello Horário: 10h30

JornalAno 7 - Nº 71JUNHO 2014

Coordenadoria de Comunicação Social

Psiquiatra transformador

recebe homenagem

Pág. 2

“Experiência apaixonante na

oncologia”

Pág. 4

GENTE QUE FAZ

A importância da doação de

sangue

Pág. 3

Lançamento do livro de rotinas da

obstetrícia

Pág. 2

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO

No dia 09 de junho a Faculdade de Ciências Médicas/UERJ realiza o 1º Simpósio de Cirurgia Endócrina

no Hospital Universitário Pedro Ernesto. O evento vai discutir temas que envol-vem as principais glândulas endócrinas do organismo acometidas de patologias que necessitem de intervenções cirúrgi-cas como a Tireóide, a Paratireóide, as Adrenais e o Pâncreas.

O evento coordenado pela chefe do departamento de Cirurgia Geral do HUPE, Prof.ª Maria Cristina Araujo Maya, vai contar com a participação do cirurgião do sistema endócrino e ex-presidente da Associação Americana de Cirurgiões En-dócrinos, Quan Yang Duh. Formado na Universidade da Califórnia, São Francis-co, o médico é referência em cirurgias minimamente invasivas e laparoscópicas. Ele também é autor do capítulo sobre a Cirurgia da Adrenal, do livro base da gra-duação e pós-graduação da FCM.

Atualmente no município do Rio de Janeiro poucos hospitais realizam este tipo de cirurgia. Entre eles destacam-se o HUPE, o Hospital de Bonsucesso e o Hospital do Fundão, que está tempora-riamente, desativado.

De acordo com a médica, a elevada demanda cirúrgica no município refl e-te de maneira positiva na excelência e na qualidade do setor clínico do HUPE. “Por ter mais cirurgias, desenvolvemos grande expertise na área e formamos excelentes profi ssionais. Em relação às cirurgias, como no caso da tireóide, por exemplo, temos o índice de complicação no pós-operatório menor, com menos sangramentos, rouquidão e riscos de in-fecções do que o indicado na literatura médica, o que é extremamente positivo.”, revela a chefe.

Cirurgia endócrina é tema de simpósio no HUPE

No ambulatório do HUPE, a maioria dos atendimentos das doenças da tireói-de é de casos com suspeita de maligni-dade e extremamente graves. A demanda mais elevada é de hipertireoidismo, onde a glândula funciona demais gerando des-conforto para o paciente. A médica chama atenção ainda para a condição da para-tireóide, em pacientes com insufi ciência renal, que tem os ossos destruídos numa tentativa do organismo de resgatar cálcio para o sangue. Esses casos convivem com a dor extrema e com a destruição óssea, tendo assim, uma vida muito ruim.

Para Maria Cristina a falta de estrutura do Estado é um fator limitador para esses pacientes que esperam há anos por uma cirúrgica endócrina. “Temos disponibilida-de e mão-de-obra qualifi cada para aten-der os casos graves no Rio de Janeiro, mas não temos muitos locais para operar. A realização da cirurgia refl ete de manei-ra signifi cativa na melhoria da qualidade e na sobrevida desses pacientes. Quem opera vive mais do quem não opera, isso é certo! – fi naliza ela.

Page 2: GENTE QUE FAZ Jornal Ano 7 - Nº 71JUNHO 2014 2014.pdf · A nutricionista do HUPE, Si-mone Jardim, atualmente res-ponsável pela área de oncolo- ... homenagem Pág. 2 “Experiência

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HUPE comemora dia Internacional do BrincarA Brinquedoteca do Ambulatório de Pediatria comemorou no

dia 28 de maio, o Dia Internacional do Brincar. As atividades lúdi-cas e recreativas aconteceram durante a realização do III Curso Brinquedista Hospitalar, realizado no Anfi teatro Ney Palmeiro.

Com o objetivo capacitar profi ssionais e estudantes da área saúde e educação para a prática do “brincar”, o curso busca sensibilizar os participantes para a importância desta ação no ambiente hospitalar.

Coordenado pela assistente social, Cândida Miriam, a Brinquedoteca faz parte do Projeto BrinQsaúde e conta com a pedadoga e psicopedagoga institucional e clínica, Vera Lúcia Hernandes no planejamento e desenvolvimento de projetos e ações educativas das atividades lúdicas e recreativas que auxiliam no desenvolvimento infantil e buscam promover a saúde da criança e do adolescente hospitalizado.

Para Candida Miriam, o “brincar” no hospital colabora com a administração das atividades derivadas da hospitalização e dos procedimentos cirúrgicos. As ações, promovem a intera-ção das crianças internadas, seus pais e a equipe multiprofi s-

Protocolos e Rotinas do Núcleo Perinatal do HUPE

Psiquiatria homenageia Washington Loyello

Todo dia é dia. Doar para salvar vidasO Núcleo Perinatal do HUPE, re-

presentado pelo Coordenador da UDA, Profº Alexandre Trajano, foi o primeiro a concluir o Livro de Rotinas do Departamento, que atende um dos quesitos para o processo de Acredi-tação Hospitalar. O lançamento está previsto para julho e vai ser de extre-ma importância para nortear os proce-dimentos e criar rotinas no hospital.

O volume tem 30 Protocolos, es-critos por staffs, médicos especialis-tas e enfermeiros, que colaboraram com suas experiências, consideran-do a existência de normas específi -cas do Ministério da Saúde. O livro vai se tornar prático para os resi-dentes, que vão encontrar a melhor conduta para os atendimentos, prin-cipalmente os considerados graves.

Para Denise Monteiro, obstetra do Núcleo e uma das organizado-ras do livro, “medicina não é ciên-

sional fortalecendo o vínculo entre eles e melhorando a qualidade de vida do paciente.

No dia 28 de maio, Dia Internacional do Brincar, foi realizada uma viagem de recreio com a participação de toda a equipe da Brinquedoteca, percorrendo com muita música, animação e brincadeiras as enfermarias pediátricas e corredores do HUPE.

cia exata, a gente tem divergência de opiniões. Uma pessoa acha que é melhor fazer de uma forma, outra tem experiência para fazer de outra forma. Então, assim, a gente consegue unifi car as condutas”.

A publicação aborda temas como abortamento, aleitamento materno, assistência clínica ao parto, cardio-patia na gravidez, hemorragia puer-peral, entre outros. Essa proposta do livro foi da direção do hospital e da Comissão Científi ca Pedro Ernesto (COCIPE) para a participação das UDAS no Processo de Acreditação.

O Programa Brasileiro de Acredi-tação Hospitalar, desenvolvido pelo Ministério da Saúde, se encontra

O Centro de Estudos Nobre de Melo da FCM/UERJ, da UDA de Psiquiatria do HUPE, pres-tou, no último dia 27, uma linda homenagem ao professor Wa-shington Loyello. Médico que tanto contribuiu para a história da psiquiatria no Brasil, lutou contra a indústria da loucura e por uma psiquiatria da libertação.

Loyello nasceu em 8 de abril de 1922, em Cruzeiro, SP, e veio para o Rio de Janeiro, aos 16 anos, como estudante de medicina, onde também iniciou sua par-ticipação em movimentos nacionalistas da época. Op-tou pela área de cirurgia, mas o destino resolveu agir de modo bem peculiar. Sem dinheiro para se manter no Rio, foi morar no antigo hospício da Praia Vermelha onde recebeu casa, comida e trabalho e onde também nasceu a paixão pela psiquiatria, especialidade que escolheu e amou até o fi m dos seus dias.

Durante a homenagem, o profº Paulo Roberto Pa-vão, chefe da UDA de psiquiatria, lembrou que Loyello fez com ele o caminho contrário: “estava extremamen-te decepcionado e angustiado com a área. Não via como continuar conivente com o que presenciava no

Hospital Psiquiátrico do Engenho de Dentro”. Por sor-te, essa relação mudou sua vida. Aprendeu a visão hu-manitária e realizaram juntos, a partir daí, um trabalho revolucionário a favor do movimento antimanicomial.

Como trajetória profi ssional de Loyello, estão vários cursos de extensão universitária; designação para a cadeira de Psicologia e Neurologia Infantis e Higie-ne Mental do curso de Puericultura e Administração do Departamento Nacional da Criança. Estagiou no Centre de Readaptation Social do Hospital Psychia-trique de Ville Juit, em Paris; foi médico do Ministério da Saúde; ocupou vários cargos no serviço público; participou de simpósios, congressos nacionais e inter-nacionais, onde apresentou trabalhos valiosos para a história da psiquiatria, dentre eles, o livro: Para Uma Psiquiatria da Libertação.

No Hospital Gustavo Riedel, sua equipe criou um serviço modelo, que foi a inclusão dos ambulatórios, o que aumentou de 290 para 2.600 atendimentos. Os pacientes participavam de várias atividades, porque segundo ele: “ A ociosidade só servia para cronifi car o doente”. Para ser curativa, preventiva e reabilitadora, a psiquiatria tinha que estar ao lado de outras espe-cialidades. Nesta época já era defendido o tratamento multidisciplinar nessa e em outras áreas.

cia exata, a gente tem divergência de opiniões. Uma pessoa acha que é melhor fazer de uma forma, outra

outra forma. Então,

dentro do Programa de Garantia e Aprimoramento de Qualidade em Saúde. Trata-se de um método de avaliação voluntário, periódico e re-servado dos recursos institucionais de cada hospital para garantir a qua-lidade da assistência por meio de pa-drões previamente defi nidos. Não é uma forma de fi scalização, mas um programa de educação continuada.

Através da Acreditação, a institui-ção de saúde tem a possibilidade de realizar um diagnóstico objetivo acer-ca do desempenho de seus proces-sos, incluindo as atividades de cuida-do direto ao paciente e de natureza administrativa. O Programa surgiu devido à necessidade de adotar me-didas que apontem para a melhoria contínua da qualidade da assistência prestada pelos hospitais brasileiros, independente do porte e complexi-dade institucional.

Mais do que uma homenagem para quem ajuda a salvar vidas, o Dia Mundial do Doador de Sangue é uma data que simbo-liza a luta permanente na busca de mais e novos colaboradores. Comemorado desde 2004, o dia 14 de junho celebra também o aniversário de Karl Landsteineir, prêmio Nobel pela descoberta do sistema de grupos de sangue ABO. O Jornal do HUPE esteve no setor de Hemoterapia para saber mais sobre esta dura batalha pela manu-tenção da vida.

Quais as maiores difi culdades enfrentadas por vocês para angariar novos doadores?Flávia Miranda Bandeira - No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, apenas 1.8% da população é doadora de sangue. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), este número deveria estar em torno de 3 a 5%. Muitas são as razões para os baixos índices. Basicamente, eles variam de acordo com questões culturais, religiosas e até a falta de informação.

Quem doa? Flávia Miranda Bandeira - Os homens ainda são a maioria dos doadores no Brasil e também no Serviço de Hemoterapia Herbert de Souza (SHHS) no HUPE, onde representam cerca de 60% deles. Porém, exis-

te uma tendência ao aumento no número de mulheres que compa-recem para doação.

Quem pode doar?Flávia Miranda Bandeira - O candidato à doação passará por uma entrevista com um profi ssio-nal de saúde que fará uma ava-

liação clínica e laboratorial para verifi car a condição de aptidão para a doação. Ter entre 16 e 69 anos de idade, estar em boas condições de saúde, pesar mais de 50 Kg, não ter tido hepatite após os 10 anos de idade, ter dormido bem na noite anterior à doa-ção, evitar alimentos gordurosos no dia da doação, não estar grávida e/ou amamentando e trazer docu-mento ofi cial com foto.

Há alguma campanha programada pela OMS e pelo HUPE para o próximo dia 14?Flávia Miranda Bandeira - A campanha deste ano da OMS (“Safe blood for saving mothers”) visa conscientizar a população para a importância do acesso ao sangue de qualidade para mulheres víti-mas de complicações como hemorragia pós-parto. O envolvimento do HUPE é com a campanha para manutenção e reforço do estoque de hemocompo-nentes para o evento Copa do Mundo. A campanha do SHHS permanecerá ativa durante todos os jo-gos da competição.

A equipe da Brinquedoteca durante a comemoração do Dia do Brincar