gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

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Gêneros Discursivos, For mas de Textualização e Tipologia Textual: distinções Adail Sobral (PPGL UCPEL)

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Palestra UNIPAMPA - Jaguarão

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Page 1: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

Gêneros

Discursivos, For

mas de

Textualização e

Tipologia

Textual:

distinções

Adail Sobral

(PPGL – UCPEL)

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Tipologia Textual: Descrição

A descrição é um tipo de texto queprocura retratar, através de palavras, ascaracterísticas de uma pessoa, de umobjeto, de um animal, de uma paisagemou de uma situação qualquer.

Um bom texto descritivo é aquele quepermite que o ser descrito sejaidentificado pelo que ele tem departicular, de característico em relaçãoaos outros seres da mesma espécie.

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Tipologia Textual: Descrição

“O grande homem da fé cristã

Considerado símbolo de fé, amor e perseverança, JesusCristo pode ser tomado como um dos maioresrevolucionários que o mundo já conheceu. Ele provou auma sociedade hipócrita e primitiva que um homem nãose faz de seus matérias, mas do seu valor moral.

Em sua tênue expressão facial, Jesus sempre tinha umbelo sorrido resplandecente. Seu carisma e simplicidadeatraíram para si diversos seguidores, bem como inimigos.Ele propôs uma nova filosofia de vida, baseada no amorao próximo, o que contrastou com as leis do povojudeu, as quais se baseavam no ódio aos inimigos. [...]”

Fonte: http://www.algosobre.com.br/redacao/

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Tipologia Textual: Narração

Situa seres e objetos no tempo. Divide-seem:

- Introdução: Apresenta aspersonagens, localizando-as no tempo eno espaço.- Desenvolvimento: Através das açõesdas personagens, constrói-se a trama e osuspense que culmina no clímax.- Conclusão: Existem várias maneiras dese concluir uma narração. Esclarecer atrama é apenas uma delas.

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Tipologia Textual: Narração “O dia que virou um dia

Os primeiros raios de sol, brandos como um leve

toque, anunciam um novo dia de uma preguiçosa segunda-

feira. Maria acorda, ingere algum pão e café, despede-se

da família e se põe a caminhar em direção ao ponto de

ônibus. Não tão longe dela, José executa as mesmas

ações, porém, não se sabe se desperdiçou os mesmos

momentos de adeus.

Maria cumpre mais uma jornada de trabalho

e, cansada, roga a volta a casa. Entra então, em um

lotação, cujos passageiros a rotina a fez conhecer.

José, bandido inveterado, passa o mesmo dia a

caminhar, tramar e agir. Todavia, finda-se a data para ele

também e, não estando satisfeito com as finanças

adquiridas, envolve-se em dantescos pensamentos. [...]” Fonte: http://www.algosobre.com.br/redacao/

Page 9: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

Tipologia Textual: Dissertação

Dissertar é refletir, debater, discutir, questionar

a respeito de um determinado

tema, expressando o ponto de vista de quem

escreve em relação a esse tema.

Dissertar, assim, é emitir opiniões de maneira

convincente, ou seja, de maneira que elas

sejam compreendidas e aceitas pelo leitor; e

isso só acontece quando tais opiniões estão

bem

fundamentadas, comprovadas, explicadas, e

xemplificadas.

Page 10: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

Tipos Textuais: Dissertação “Páscoa é a festa espiritual da libertação, simbolizada por

objetos incorporados em nossas vidas como o ovo depáscoa, que está ligado a um ritual egípcio e, porconveniências comerciais, ganhou seu lugar nasfestividades do Domingo de Páscoa assim como outratradições que surgiram do anseio popular (a malhação doJudas em Sábado de Aleluia).

Mas a verdadeira Páscoa está narrada em Exodus e depoisa Nova Páscoa está descrita no Evangelho de Jesus Cristocomo a vitória do Filho do Homem. A primeira Páscoa daHistória foi celebrada pelos hebreus no século 13 a.C. paraque todos lembrassem que Moisés, com a ajuda doSenhor, salvou o seu povo das mãos do Faraó. Assim, ocordeiro foi o sinal de aliança e o anjo podia saber quemestava com Javé ou Jeová. [...]

Fonte:http://www.mundovestibular.com.br/articles/1266/1/EXEMPLOS-DE-REDACAO/Paacutegina1.html

Page 11: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

As “esferas de atividade” são entendidas no círculode Bakhtin como “regiões” de recorte sócio-histórico-ideológico do mundo, lugar de relações especificasentre sujeitos, e não só em termos de linguagem. Sãodotadas de maior ou menor grau de estabilização adepender de seu grau de formalização, ouinstitucionalização, no âmbito da sociedade e dahistória, de acordo com as conjunturas específicas.Assim, “esfera” deve ser entendida como a versãobakhtiniana marxista de “instituição”, ou seja, demodalidade relativamente estável derelacionamento cristalizado entre os sereshumanos, por definição de cunho social e histórico.Logo, o conceito de instituição tem raízes marxistas eabarca desde a intimidade familiar até o aparatoinstitucional do Estado, passando por circunstânciascomo as que tornam possíveis comentários casuaisque desconhecidos fazem um para o outro na ruasobre diversos assuntos cotidianos.

Page 12: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

Nesses termos, tudo é social: a relação entreduas pessoas traz à cena a soma total dasrelações sociais dessas pessoas, envolvendono mínimo um espectro que vai da famíliaao Estado. A sociedade não existeindependentemente das relações entre ossujeitos que dela fazem parte, seja qual for oambiente e o grau específico de“formalização” desse ambiente: somospovoados pelo outro, dado que o sujeito édividido interior e exteriormente. Logo, ossujeitos são constituídos pela sociedade esão seus constituintes, nela deixando sua“assinatura” existencial e as de suas relaçõescom essa mesma sociedade (cf.CLOT, 2004).

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“Texto” designa, grosso modo, a materialidade dosdiscursos/gêneros, o que envolve o escrito, ofalado, o pictórico, as mídias eletrônicas etc. Otexto assim entendido em termos materiais é meuobjeto, mas não o texto como mera“textualidade”, isto é, fora de uma discursividade ede uma genericidade. “Textualidade” (ou“textualização”) designa os aspectos linguístico-textuais estritos dos textos, envolvendo recursos decoesão e coerência, sintáticos etc., entendidoscomo componentes da superfície aparente dodiscurso. Compõem-no elementos que, quanto àsua forma, podem estar presentes em diferentesdiscursos e gêneros sem alterar as característicasessenciais destes

Page 14: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

Para explicar essa questão, recorro a um exemplo:a presença de uma forma textual historicamentetípica de um dado gênero, a coluna social (tiposde enunciado como “x recebe y em sua novahouse...”) no gênero coluna editorial assinada nãoaltera o caráter deste último em suaprodução, circulação e recepção; a introduçãodesse elemento “externo” muda a forma decomposição, o tema e o estilo da forma discursivaeditorial, mas não sua forma arquitetônica nemseus “compromissos” enunciativos de gênero – umpronunciamento opinativo explícito assinado porum editorialista – e uso “explicito” porque a“reportagem” mais “objetiva” ou mesmo amontagem da “capa” do jornal é, por sua própriaconstituição, uma opinião (cf. BRAIT, 2005c)!

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Por outro lado, a coluna social também não sealtera quanto ao gênero ao ser introduzida noeditorial, mas sua textualização, ao mudar degênero, perde os vínculos com o gênero em que secristalizou e passa a produzir novossentidos, estranhos ao desse gênero, o quedesvincula o texto do gênero. Chamo ainda aatenção para um aspecto curioso: o impacto quea introdução num editorial de formas textuaiscomuns na coluna social é bem menor, dada anatureza das relações enunciativas de umeditorial, do que a introdução na coluna social deformas textuais típicas de um editorial – o que muitodiz dos recortes do mundo que essas formasgenéricas estabelecem, e num mesmo veículo.

Page 16: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

Uma forma arquitetônica pode realizar-secomposicionalmente de mais de uma maneira, e comdistintas textualizações, sem por isso ver-se alteradaenquanto tal (cf. SOBRAL, 2005b), claro que não,tipicamente, ao mesmo tempo. Por essa razão, uma dadaforma textual cristalizada não constitui uma camisa-de-força que define um dado gênero de uma vez por todas.Do mesmo modo, não nego a existência de cristalizaçõestextuais típicas de certos gêneros, com maior ou menorgrau de “institucionalização” que vão, por exemplo, doformulário de Imposto de Renda aos blogues(originalmente diários digitais públicos surgidos damoderna “ânsia” de autoexpressão pública da intimidade,incluindo opiniões pessoais dos autores sobre os maisdiversos assuntos). Contudo, assim como o formulário podeser alterado e “flexibilizado”, uma forma específica deblogue pode fixar-se no âmbito de sua esfera e passar aser considerada o blogue – até mudar. Do mesmo modo,o blogue pode ir se diversificando a ponto de se ter defalar de “blogue pessoal”, “blogue acadêmico” etc.

Page 17: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

“Intergenericidade” designa o caráterconstitutivo dos gêneros em circulaçãocom respeito a gêneros elaborados/emelaboração, envolvendo igualmente aspróprias relações temporais e espaciaisentre culturas e Zeitgeisten, ou seja, asmaneiras pelas quais os gêneros seinterconstituem na sociedade e nahistória por meio das discursividades edas textualidades.

Page 18: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

“Tipo de texto” designar o que a meu ver são asformas “primárias” dos textos: descritivo, narrativo,dissertativo e instativo (manuais, instruções, normasetc.). Naturalmente, sendo essas formas entendidascomo “primárias”, não afirmo que existam textosestritamente de um ou de outro desses tipos, excetona forma de “dominantes”: no textodominantemente descritivo, destaca-se a descrição;no texto dominantemente narrativo, a narração; notexto dominantemente dissertativo, a dissertação; notexto dominantemente instativo, a injunção, naforma de instruções, sequências de operações etc.

Page 19: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

Os textos concretos em geral apresentam diferentescombinações de tipos de texto, havendo umgradiente de combinações que permite marcar ostextos, a rigor, como mais descritivos, mais dissertativosetc. Essa minha observação parte da consideração dediversas tipologias, de textos, de gêneros, de discursosetc., tendo por objetivo destacar que diferencio os“tipos” de texto dos “gêneros”, assim como diferencioos “tipos” de discurso dos “tipos” de texto. Há “tipos”de texto que comparecem com mais frequência adiscursivizações dadas, mas não há aí uma correlaçãonecessária, mas cristalizações de uso cuja fons et origopodem ser reveladas por uma análise históricafundamentada.

Page 20: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

Com base nessas considerações, proponho uma

análise genérico-discursiva “pura”, ou seja, uma

análise que não se concentra nas especificidades

da textualização (se bem que as leve

necessariamente em conta, dado que todo

discurso/gênero se manifesta em textos) mas na

discursivização, entendendo-a no âmbito de uma

generificação, planos mais amplos do que a

textualização e que, como pretendo

demonstrar, são a instância que confere sentido a

esta última.

Page 21: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

Nenhum desses elementos constitui isoladamente

o enunciado, e é sua unidade, isto é, sua

integração, que constitui os gêneros. Além disso, a

composição e o estilo do enunciado dependem

da expressividade, ou caráter valorativo do

enunciado, ou seja, a relação valorativa falante-

objeto-ouvinte determina a escolha de todos os

recursos linguísticos. Assim, a depender de sua

intenção comunicativa, o autor recorre a uma

enumeração de itens, usa um exemplo

específico, remete a fatos especiais etc. e o faz à

sua própria maneira: se lermos 10

editoriais, veremos que há neles muito de

parecido e muito de diferente, embora todos

sejam editoriais.

Page 22: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

O que é um texto? O texto pode ser abordado de 4 pontos de vista

complementares, ainda que várias sejam as propostas que ficam a meio caminho entre esses níveis, que não apenas teóricos, mas da ordem do próprio objeto “texto”:

(1) sua materialidade de sequência organizada de sinais convencionais;

(2) seu estatuto de espaço de articulação de elementos estritamente linguísticos (que vão até o nível da frase e da junção de frases);

(3) sua natureza de unidade estruturada de segmentos linguístico-semióticos ligados à produção de um sentido que vai além da estruturação sintática das frases, sentido vinculado com os mecanismos de textura: a coesão, a coerência etc.;

Page 23: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

(4) seu estatuto de unidade potencial de sentidoproduzida - a partir das restrições do uso de sinais, da combinação de elementos linguísticos e dos mecanismos de criação de textura etc. - por sujeitosconcretos, objetivados, isto é, transformados emsujeitos de discurso, numa dada situação histórico-social que sempre vai além da interaçãoimediata, visto que aí se faz presente a soma total das relações e vivências sociais dos envolvidos, incluindo sua consciência individual (quetambém é histórico-social, mas não menosindividual), relações entre grupos, classes, culturas e mesmo épocas, o que envolve as várias mediaçõesinstitucionais, informais, ou do cotidiano, e do âmbitoformal, estatal e de outros tipos

Page 24: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

Da perspectiva de uma translinguística, todosos elementos considerados pelas outras trêssão considerados pertinentes e relevantes.Não obstante, essa perspectiva mostra quefaltam a todos esses modos de ver atextualidade, o texto, dois elementos cruciaispara o entendimento do processo deprodução textual de sentido: em primeirolugar, a situação de produção do texto, datextualidade, da superfície textual, no âmbitodo enunciado, do discurso, e, emsegundo, como consequência lógica, osinterlocutores aí envolvidos em termos desuas interrelações sócio-historicamentepossíveis.

Page 25: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

Assim, o texto é um objeto material que, ao sertomado como o texto produzido por umsujeito, é incorporado a um discurso, algoproferido por alguém num dado contexto, umprocesso cujas “marcas” estão no próprio texto!Logo, os sujeitos e os contextos não estãosubmetidos ao texto, não se podendo tomar otexto como unidade autárquica transferívelintegralmente. O texto traz assim potenciais desentidos; é uma materialidade em que sãocriados sentidos a partir da produção dodiscurso, que transforma frases em enunciados. Otexto em si, tal como a frase, não pertence aninguém; o enunciado e o discurso, aocontrário, vêm de alguém, dirigem-se aalguém, são “endereçados”, trazem em si umtom avaliativo e remetem a uma compreensãoresponsiva ativa.

Page 26: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

O que é discurso? Discurso é uma unidade de produção de

sentido que é parte das práticas simbólicasde sujeitos concretos e articuladadialogicamente às suas condições deprodução, bem como vinculadaconstitutivamente com outros discursos.Mobilizando as formas da língua e as formastípicas de enunciados em suas condiçõessociais e históricas de produção, o discursoconstitui seus sujeitos e inscreve em suasuperfície sua própria existência elegitimidade social e histórica.

Page 27: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

O que é gênero? Gênero: formas ou tipos relativamente

estáveis de enunciados/discursos que têmuma lógica própria, de caráter concreto, erecorrem a certos tipos estáveis detextualização (tipos de frases e deorganizações frasais mobilizadascostumeiramente pelos enunciados ediscursos de certos gêneros), mas nãonecessariamente a textualizações estáveis(frases e organizações frasais que sempre serepitam), pois são tipos ou formas deenunciados.

Page 28: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

Ainda o gênero

Ou seja, gêneros são formas de

interlocução vinculadas a esferas de

atividade, onde ocorre a

produção, circulação e recepção de

discursos, definindo-se através da forma

de composição, do tema e do

estilo, mobilizados pelo projeto

enunciativo, estando este vinculado com

uma dada arquitetônica.

Page 29: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

Chamo sentido ao que é resposta a uma

pergunta. O que não responde a

nenhuma pergunta carece de sentido.

[...] O sentido sempre responde a uma

pergunta. O que não responde a nada

parece-nos insensato, separa-se do

diálogo.

Page 30: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

Essa consideração [do destinatário] irá determinartambém a escolha do gênero do enunciado e a escolhados procedimentos composicionais e, por último, dosmeios linguísticos, isto é, o estilo do enunciado.(Bakhtin 1953/2003, p. 302)Portanto, o direcionamento, o endereçamento doenunciado é sua peculiaridade constitutiva, sem a qualnão há nem pode haver enunciado [grifei]. As váriasformas típicas de tal direcionamento e as diferentesconcepções típicas de destinatários são peculiaridadesconstitutivas e determinantes dos vários gêneros dodiscurso. (...) A escolha de todos os recursoslinguísticos é feita pelo falante sob maior ou menorinfluência do destinatário e da sua resposta antecipada[grifei]. (Bakhtin 1953/2003, p. 305-306)

Page 31: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

Logo, os tipos de textos descrevem dominantes

textuais; formas de textualização descrevem

formas habitualmente, mas não

obrigatoriamente, empregadas em gêneros do

discurso; e gêneros do discurso são formas

relativamente estáveis de interlocução

vinculadas a esferas de atividade, onde ocorre

a produção, circulação e recepção de

discursos, definindo-se através da forma de

composição, do tema e do estilo, mobilizados

pelo projeto enunciativo de um dado locutor,

estando este vinculado com uma dada

arquitetônica.

Page 32: Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologia

De modo geral, numa análise, fazem-se“perguntas” aos exemplares de gênero. Essasperguntas abordam (1) as condições em queos gêneros são produzidos e recebidos e nasquais circulam e quem os produz para quem; e(2) as características textuais e composicionaisdesses exemplares. Em outras palavras, cabecobrir os aspectos textuais mais restritos e osaspectos enunciativos mais amplos, porque umgênero é composto por um texto inserido deuma dada maneira num contexto. Não sedeve propriamente procurar isolar tema, estiloe forma de composição, mas ver o texto apartir dessas categorias. E as perguntas devemser adequadas ao nível dos alunos com osquais se trabalha usando os gêneros.