gÊnero - projeto iv ufsc 2010 a 2016 | atelier de projeto ... · funções a cada sexo ... as...

37
acadêmica Leticia Ferrari dos Santos Orientador Américo Ishida GÊNERO CORPO ARQUITETURA ESPAÇO Universidade Federal de Santa Catarina ctc - depto. de arquitetura e urbanismo TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I

Upload: votram

Post on 08-Nov-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

acadêmica Leticia Ferrari dos Santos

Orientador Américo Ishida

GÊNERO

CORPO

ARQUITETURA

ESPAÇO

Universidade Federal de Santa Catarina

ctc - depto. de arquitetura e urbanismo

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSOI

GÊNERO

CORPO

ARQUITETURA

ESPAÇOEste trabalho de

conclusão de curso

não é uma proposta projetual. Ele é um ensaio,

é um questionamento

sobre as fórmulas prontas de concepção do espaço.

Fórmulas estas que não são neutras, que refletem a

hierarquia na qual a sociedade atual é constituída.

Afinal, quando cada espaço, cada elemento urbano, cada

equipamento é criado, poderes são refletidos,

direitos são

tornados visíveis,

barreiras psicológicas são formadas.

Senso comum

Funções a cada sexo

Revelado pelo movimento feminista

Trabalho reprodutivo– mulher –

subjetividade

Trabalho produtivo– homem –objetividade

GÊNERO

Diante disso é melhor compreender a formação da diferença e encontrar

formas de conciliar as suas

divisões.

Estrutura Determinista

GÊNERO

“Porque nós nos recusamos a ter direitos iguais em uma sociedade corrupta”

“.. com mulheres as coisas essenciais para às mulheres (...) nós sabemos que a

cidade não nos dá provisões, nós sabemos que a cidade não nos permite

prover a nós mesmas”.

– Manifesto feminista de Ano Novo de 1971/NY –

As mulheres têm dificuldade de inserção no espaço público, salvo quando escolhem se comportar como homens. Abrindo mão de questões culturalmente determinadas como coisas de mulher, como ter filhos, cuidar da família, da saúde e alimentação, dos cuidados com a casa.

WEISMAN

As mulheres são percebidas como tendopouco a ver com o espaço produtivo dotrabalho.Por exemplo, uma mulher com uma criançaem um carrinho, tentando passar por umaporta giratória ou catraca de metrô é umapessoa “deficiente”, precisa de ajuda deoutros para garantir seu direito de passagem(falta de autonomia).

Podemos ainda afirmar que locaispúblicos raramente fornecem oespaço em que as crianças podemser amamentadas ou ter suas fraldastrocadas. “A implicação é que asmães e as crianças devem ficar emcasa a que pertencem” Ironiza

Não adianta simplesmente garantir que as mulheres vão às ruas, é preciso dar suporte para que elas tenham autonomia para realizar todas as atividades que desejam neste espaço.

Seria a solução um espaço

Feminino

“Os espaços são percebidos de formas diferentes, porque seuscorpos são diferentes, a cultura para o que foram educados é diferente. Oque tem que acontecer é uma troca de relações de poder, compartilhartudo”.

Zaida Muxí

O que tem que acontecer é ainclusão do conhecimentoe os hábitos da mulher

no ambiente cotidiano,inclusão das várias atividades“reprodutivas” que fazem usosdiários dos espaços urbanos.

Para compreender o funcionamento real de umambiente através da experiência cotidiana das pessoasdevem-se vincular as necessidades e o desejo

de uma variabilidade de pessoas, especialmente as maisfrágeis no contato com o espaço público. Permitir aautonomia de todos os usuários para realizar todasas atividades.

Temos de deixar de projetarpolíticas e soluções espaciais parahabitantes neutros e abstratos,mas nos basear em pessoas reais,pessoas complexas. Possibilitar ouso equitativo para usuários comcapacidades diferentes.

Frustrações

Antropometria

Funcionalismo

Estética

Padrões que moldam os espaços projetados

Repressão da mulher ao incluí-la em outrospadrões (Diane Agrest)

Padrões para adaptar ao trabalho, não paraenfatizar as relações humanas

Espaços monofuncionais refletem a visão do trabalho produtivo

Atividade múltiplas– habitante da casa– responsável por sua manutenção– cuidadora dos demais habitantes da habitação

Comparação de opostos (Agrest)

Sexualidade/ Sensualidade (Tschumi)

“Guerrilla Girls”

Casa como máquina

Usuárias

Mulheres

Moradoras deconjuntos

habitacionais

dupla jornada

Chefes de família

Panorama

Objeto de estudo e de contraste

Lar decente

Tradicional família

As habitações foram desenhadas paramulheres ligadas ao lar. Se deve entãodesenvolver um novo paradigma dehabitação que comece a descrever umdesenho físico, social e econômico de um

assentamento humano que suportaria, ao invés de restringir,as atividades de mulheres empregadas e de suas famílias.

Planta

Corte a

Jane jacobs

SEGURANÇA INFORMAL

Muros e grades Janelas e olhos

Nova relação - Rua Pública x edificação

Rua Recuo ajardinado comoárea de convivência Olhos vigilantes de Jane Jacobs

Olhos vigilantes de Jane Jacobs

Variabilidade de horários para o espaço público

Olhos vigilantes de Jane Jacobs

Variabiliadade de usuários e Espaços de troca

ÁREAS DE LAZER EPLAYGROUND PÚBLICOSSEPARADO DOS OLHOS EDAS ATIVIDADES DASHABITAÇÕES.

POR QUE NÃO UTILIZAR OS ESPAÇOS RESIDUAIS ENTRE ASEDIFICAÇÕES PARA CRIAR ÁREAS DE RECREAÇÃOINTEGRADA AOS SERVIÇOS DOMÉSTICOS E PASSAGEM DEPESSOAS?

Espaços de troca reais

Planta

Corte B

Espaço de trocas

Antecipação do espaço público

Facilidades do lar no espaço público

Um fraldário emambiente públicopoderia facilitar a vidade mães com filhospequenos queprecisam sair e muitasvezes não podemcontar com creche ououtras pessoas paracuidar.

Bibliografia

• HABITAT DEBATE: Women in cities. Nairobi, Kenya: Un-habitat, v. 11, n. 1, mar. 2005.• UN-HABITAT (Comp.). Gender equality for smarter cities: challenger and progress. Nairobi, Kenya: Un-habitat, 2010.• WEISMAN, Leslie Kanes. Women's Environmental Rights: A Manifesto. In: RENDELL, Jane; PENNER, Barbara; BORDEN, Iain (Org.). Gender Space Architecture: An InterdisciplinaryIntroduction. London: Routledge, 2000. p. 1-5.• BARAHONA, Luis Diego. Arquitectura y género: Entrevista a Zaida Muxí. Su Casa, Costa Rica, p.152-155, 2007.• MUXÍ, Zaida. Revisar y repensar el habitar contemporáneo. Riurb: Revista iberoamericana de urbanismo, Costa Rica, n. 03, p.4-9, 2009.

Bibliografia

•FERRACINI, Renato (Org.). Corpos em fuga, corpos em arte. São Paulo: Fapesp, 2006.• COHEN, Renato. Performance como linguagem. São Paulo: Perspectiva, 2 ed., 2007.•Guerrilla Girls. The advantages of being a woman artist: http://www.guerrillagirls.com/posters/index.shtml• AGREST, Diana I. À margem da arquitetura: corpo, lógica e sexo. In: RENDELL, Jane; PENNER, Barbara; BORDEN, Iain (Org.). Gender Space Architecture: An Interdisciplinar Introduction. London: Routledge, 2000. P. 1-5.• HAYDEN, Dolores. What would a non-sexist city be like? Speculations on housing, urban desing as human work. In: RENDELL, Jane; PENNER, Barbara; BORDEN, Iain(Org.).•Gender Space Architecture: An Interdisciplinary Introduction. London: Routledge, 2000. P.266-281• JANE, Jacobs. Morte e Vida de grandes cidades. Ed Martin Fontes. • ROTHSCHILD, Joan; CHENG, Alethea. Design and Feminism: Re-visioning spaces, places, and everyday things. United States, 1999.• TSCHUMI, Bernard. O prazer da arquitetura. In: NESBITT, Kate. Uma nova agenda para arquitetura. Ed. Ccosac Naify, 2008.

Bibliografia

•SERRES, Michel, citação In: FERRACINI, Renato (Org.). Corpos em fuga, corpos em arte. São Paulo: Fapesp, 2006.• http://www.archdaily.com/17985/why-are-there-so-few-women-architects/• http://actionatlas.org/humanitarian• http://campaign.hic-net.org• http://www.cepal.org/dds/innovacionsocial/portada_p.htm• http://www.arquitaxi.com/ponentes/6/adriana-ciocoletto• http://www.youtube.com/watch?v=FVEyA_NdnTI• http://www.punt6.net/• http://www.laboratoriovivienda21.com• http://www.sarahmaple.com/