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TREINAMENTO GD&T

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  • TREINAMENTO GD&T

  • INTRODUOO que GD&T ?Geometric Dimensioning and Tolerancing (GD&T) uma norma de dimensionamento e tolernciamento (ASME Y14.5m-1994). No projeto mecnico, o GD&T a linguagem que expressa a variao dimensional do produto no que diz respeito a funo e ao relacionamento de seus elementos.O GD&T uma ferramenta de projeto mecnico que: Promove a uniformidade na especificao e interpretao do desenho; Elimina conjecturas e suposies errneas; Permite que o desenho seja uma ferramenta contratual efetiva do projeto do produto; Assegura que os profissionais do projeto, da produo e da qualidade estejam todos trabalhando na mesma lngua.

    As tcnicas e princpios do GD&T consideram o requisito de projeto sem prejudicar a qualidade e a funcionalidade do elemento. Atravs do dimensionamento funcional, permitem-se tolerncias mais abertas em todos os estgios do processo de manufatura com garantia de montagem. O seu objetivo a COMUNICAO alm da simples aplicao geomtrica FUNO e RELACIONAMENTO so as palavras chaves.

  • HISTRICOSculo XVIII Revoluo Industrial;1905 Willian Taylor cria o calibrador Passa / No Passa;1935 ASA (American Standard Association) publica a American Standad Drawing and Drafting Room Practices. Primeira norma reconhecida para desenhos de engenharia;1940 O engenheiro escocs Stanley Parker, trabalhando na empresa inglesa Royal Torpedo Factory, realiza experincias com peas de torpedos e demonstra que a zona de tolerncia para o posicionamento na montagem deve ser circular (trueposition) e no quadrada.1944 No Reino Unido publicado um conjunto de normas pioneiras para desenho baseado nos estudos de Stanley Parker;1957 Nos Estados Unidos a ASA aprova a ASA Y14.5. Primeira norma americana sobre dimensionamento e tolernciamento;1966 Nos Estados Unidos a ANSI Y14.5M. Primeira norma americana unificada com o sistema mtrico, aps muitos anos de debate;1973 Atualizao para ANSI Y14.5M-1973;Anos 70 Primeiros estudos vetoriais de cadeias de tolerncias na GM;1982 Nova atualizao para ANSI Y14.5M-1982. Globalizao aumenta a necessidade de especificaes unificadas de tolerncias. Boom do GD&T;Anos 80 Softwares de anlise de tolerncia 3D;1982 e 1994 23 reunies oficiais do sub-comit Y14.5 e 7 reunies mundiais com sub-comits da ISO;1994 ASME publica a ASME Y14.5M-1994. Com o objetivo de unificar os princpios de dimensionamento e tolernciamento com as normas internacionais da srie ISO.

  • As 8 Vantagens do GD&T x Os 8 Mitos do GD&T

    possvel aprender GD&T em 2 dias. Possui consistncia para ser usado em aplicaescomputacionais.

    Dimensionamento e tolernciamento geomtrico so etapasseparadas; No interpretvel. Minimiza controvrsias e falsassuposies nas intenes do projeto;

    O GD&T deve ser usado somente em peas crticas; Garante zero defeito, atravs de uma caracterstica exclusivaque so os calibres funcionais;

    O GD&T e a norma ASME Y1.M-1994 so confusos; Garante a intercambiabilidade entre as peas na montagem;

    Desenhos com GD&T levam mais tempos para serem feitos; Em alguns casos, fornece bnus de tolerncia;

    O sistema cartesiano mais fcil de usar; Aumenta a zona permissvel de tolerncia de fabricao;

    No h necessidade do uso do GD&T; Permite uma interpretao precisa e proporciona o mximo de manufaturabilidade do produto;

    O GD&T aumenta o custo do produto; Reduo de custos pela melhoria da comunicao;

    MitosVantagens

    A tolerncia especfica pode ser usada para se especificar tolerncias mais apertadas ou mais abertas do que a tolerncia geral.

  • DEFINIESTolerncias Geomtricas Informaes de projeto utilizadas para controlar a variao de caractersticas geomtricas (funo); nica forma de garantir o inter-relacionamento dos elementos de uma pea;Termo geral aplicado categoria de tolerncias usadas para controlar forma, localizao, orientao, batimento e perfil;

    A tolerncia dimensional permite controlar a tolerncia geomtrica que pode ser considerada um refino da primeira.Os desenhos EMBRAER, a partir do programa do EMBRAER 170, que possuem tolerncias geomtricas devem conter a NI-856, que faz um link para NE 03-073, a qual possui a ASME Y14.5M-1994 anexada.

    Dimenses Bsicas (Cotas Bsicas) Valores numricos usados para descrever a posio, o perfil, a forma e a orientao teoricamente exatos de um elemento ou de um alvo datum; A variao permissvel nesse caso estabelecida pelo quadro de controle; Para a identificao, os valores das cotas bsicas so colocados dentro de retngulos; Elas pressupem um quadro associado, pois s assim fazem sentido, exceto no caso de localizao do alvo datum.

    ! A cota bsica deve necessariamente nascer de um datum!! No se pode aplicar tolerncia geral cota bsica!

  • DEFINIESQuadros de Controle (Feature Control Frames ou Call Outs) Retngulos usados para aplicao das tolerncias que contm o smbolo da caracterstica geomtrica, o valor de tolerncia, os datums de referncia e os modificadores, se aplicveis; A leitura correta do quadro de controle um ponto-chave para a interpretao em GD&T. Lembrando que o GD&T uma linguagem precisa e clara, este deve possuir somente uma interpretao. O GD&T permite a incluso de notas abaixo do quadro de controle para elucidar alguma dvida que possa existir somente com a leitura do quadro ou simplesmente para acrescentar alguma informao que no possvel expressar dentro do mesmo.

    A C

    Modificador do Datum TerciarioDatum TerciarioModificador do Datum SecundrioDatum SecundrioDatum Primrio

    0.28 B

    Caracterstica Geomtrica

    Valor da tolernciaModificador do Elemento

    Forma da zona de tolerncia

    M M M

  • DEFINIES

  • DEFINIESRegra # 1Quando se utiliza somente tolerncia dimensional em um elemento FOS, ela exerce controle sobre a dimenso e

    tambm sobre as caractersticas de forma ( , , , ) dos elementos com trs condies;1. As variaes dimensionais do elemento em qualquer seo devem estar dentro do envelope definido pela AMES;2. As superfcies de um elemento no devem ultrapassar o limite de forma perfeita na MMC. Esse limite a

    verdadeira forma geomtrica representada pelo desenho. No permitida a variao na forma se o elemento for produzido no seu limite da MMC.

    3. No h exigncia de forma perfeita quando o elemento estiver na condio de mnimo Material.Aplicada somente a elementos que so FOS!A Regra # 1 no aplicada a:

    Elementos que no so FOS; Peas sujeitas a variao em estado livre (sem rigidez estrutural); Mercadorias como tubos, barras, chapas e perfis estruturais a menos que especificada em desenho atravs de

    tolerncia geomtrica. Tolerncia Geomtrica s faz sentido para refinar a regra #1 ou para garantir o inter-relacionamento entre os

    elementos. Quando desejvel permitir que uma superfcie de um elemento exceda os limites de forma perfeita na MMC,

    pode-se utilizar a nota: PERFECT FORM AT MMC NOT REQUIRED.

    !

    !

  • DEFINIESRegra # 2A utilizao de modificadores nos quadros de controle obedece s seguintes regras: Para todos os tipos de tolerncias geomtricas, o modificador (FRS Regardiess of Feature Size) se aplica

    tolerncia individual, ao datum ou a ambos, quando nenhum outro smbolo de modificador especificado. No preciso colocar o smbolo;

    Os demais modificadores, como MMC, , ou LMC, , precisam ser especificados no desenho quando requeridos.As caractersticas geomtricas de , , , , , , , no podem ser aplicadas na MMC ou LMC devido natureza do controle!

    Fixao de Peas no EspaoUm objeto, sem limitaes de movimento no espao, tem seis graus de liberdade.Antes de uma operao de fabricao, inspeo ou montagem, esses seis graus de liberdade devem ser fixados, este

    procedimento realizado com auxlio de elementos de referncia externos pea.

    S

    M L

    !

  • DATUMSDefinio de Datum. Elementos fsicos externos pea, usados para sujeitar os graus de liberdade da mesma; Correspondem, sempre que possvel, s interfaces de montagem da pea; No GD&T, as tolerncias de orientao e localizao so referenciadas nos datums e as cotas bsicas usam

    esses elementos como origem.As letras I,O e Q no podem ser utilizadas para a identificao dos datums!!

  • DATUMSDatum Superfcie. a superfcie de uma pea utilizada para se estabelecer um datum; O smbolo do datum superfcie deve ser aplicado diretamente na superfcie plana, cilndrica, esfrica, etc, ou na

    sua linha de extenso, mas claramente separado da cota. Pode-se tambm simular um datum FOS utilizando dois elementos diferentes, como na figura acima. Quando isso

    ocorre, este datum denominado datum conjugado ou datum simulado (simulated datum).

  • DATUMSDatum Linha de Centro. a linha central da FOS associada;

    S existe depois da definio da FOS correspondente! O smbolo do datum linha de centro deve ser aplicado no prolongamento da linha da cota correspondente, ou, se o

    elemento for controlado por uma tolerncia geomtrica, deve-se aplicar no quadro de controle.

    Nunca colocar o diretamente na linha de centro!

    Datum Plano Central. o plano central da FOS associada.

    S existe depois da definio da FOS correspondente! O smbolo do datum plano central deve ser colocado na extenso da linha da cota, como no caso do datum linha

    de centro.

    Nunca colocar o diretamente na linha de centro!

    Alvo DatumA sua aplicao de grande valor para peas sem superfcies planas. O alvo datum pode ser de trs tipos: ponto,

    linha ou rea. O alvo datum estabelece o sistema de referncia dos datums e, adicionalmente, assegura repetibilidade da localizao da pea para as operaes de manufatura e medio.

    As localizaes e/ou formas dos alvos datums ponto, linha e rea so controladas por cotas bsicas.

    !

    !

    !

    !

  • DATUMSAlvo Datum rea.Esse tipo de datum deve ser estabelecido quando uma rea ou reas de contato so necessrias para assegurar a estabilidade da pea. Sua utilizao corresponde a reas de contato com ferramental ou gabaritos de montagem onde a face de contato do elemento de sujeio com a pea plana.Alvo Datum Linha. indicado por um ponto em uma vista do desenho e uma linha tracejada na outra. Quando o comprimento do alvo datum linha deve ser limitado, o mesmo deve ser indicado no smbolo.Alvo Datum Ponto. indicado por um ponto. So usados pelo menos trs pontos para a definio de um datum primrio, dois pontos para um secundrio e um para um datum tercirio. Pode ser utilizado para definir datums usando planos diferentes. Quando usar o alvo datum ? Peas sem rigidez estrutural; Pea fica bamba no contato com a superfcie completa; Somente partes (pontos, linhas ou reas) da pea so funcionais; A pea no possui superfcies planas ou FOS para serem usadas como datums.

  • DATUMSSujeio de Datums Planos.O estabelecimento dos datums se d na ordem em que os mesmos aparecem no quadro de controle, obedecendo ordem de sujeio das peas nos dispositivos de fabricao e controle. Dessa forma, eles podem ser do tipo primrio, secundrio ou tercirio.O datum superfcie A o primrio e se estabelece por intermdio de trs pontos de contato mais proeminentes. Nesse caso, trava trs graus de liberdade da pea. O datum B o secundrio e trava mais dois graus de liberdade. No mnimo duas extremidades ou pontos de contato devem existir para que se obtenha o plano datum B, perpendicular ao plano A. O datum C trava mais um grau de liberdade, usando apenas o ponto mais proeminente da fase associada a ele, referenciando a pea por completo no espao. Se a ordem dos datums no quadro de controle for alterada, a posio da pea no espao tambm muda, pois os pontos mais proeminentes, responsveis pelo estabelecimento dos datums, sero outros.Sujeio de Datums Cilndricos.O conceito de sujeio dos datums cilndricos o mesmo dos datums planos. A ordem dos datums no quadro de controle tambm altera o procedimento de estabelecimento das referncias das peas.O procedimento real, usado nas operaes de torneamento, por exemplo, feito apertando levemente a castanha para sujeitar o datum cilndrico A.O menor cilindro circunscrito estabelece o datum linha de centro A.O datum secundrio B estabelecido encostando a superfcie no fundo da placa.

  • DATUMSRegra do Dimetro Primitivo Roscas e Engrenagens.Quando uma fixao roscada especificada como um datum, o eixo de referncia derivado do dimetro primitivo. Se uma exceo for necessria, a caracterstica da rosca a partir da qual o eixo se deriva (assim como MAJOR ou MINOR ) deve ser apresentada abaixo do quadro de controle ou do smbolo do datum.Quando uma engrenagem ou uma ranhura especificada como datum, uma caracterstica especfica deve ser designada para derivar o eixo de referncia (assim como PITCH , PD, MAJOR ou MINOR ) deve ser apresentada abaixo do quadro de controle ou do smbolo do datum. Esse tipo de Datum deve ser evitado devido dificuldade no controle; Especificaes de roscas so cobertas por normas internas EMBRAER NE 06-008: Roscas simbologias e terminologia; NE 06-010: Roscas unificadas para estruturas e/ou para fixao Dados para fabricao; NE 06-011 Roscas ANPT Dados para fabricao. Na ausncia de documentos internos aplicveis deve-se referenciar a norma usada. A ASME Y14.5 sugere a aplicao das normas ASME Y14.6 e Y14.6aM. Especificaes de engrenagens no so cobertas por normas internas EMBRAER. A ASME Y14.5 sugere as normas da srie ASME Y 14.7 para engrenagens e ANSI B.32 para eixos ranhurados.

  • POSIO Forma da Zona de Tolerncia

  • POSIO Outras Zonas de Tolerncia de PosioTolerncia de posio bidirecional:

    Necessidade de especificao de tolerncias mais abertas em uma direo que em outra. Nesse caso a zona de tolerncia no ser cilndrica mas sim retangular. Pode ser aplicada tanto em furos cilndricos quanto em furos quadrados.

    Outras formas de FOS - BoundaryA zona de tolerncia igual diferena entre o elemento na MMC e sua tolerncia de posio. A forma dessa zona a mesma do elemento na sua posio verdadeira. Para isso usada a nota BOUNDARY abaixo do quadro de controle.

    Para furos no paralelos e no normais a superfcie, a tolerncia de posio tambm se aplica. A forma da zona de tolerncia pode ser cilndrica ou bidirecional, como para qualquer outra FOS.