fuvest 2013 prova v

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  • 7/30/2019 FUVEST 2013 Prova V

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    PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS

    25/11/2012

    A prova compe-se de 90 questes objetivas que versam sobre o conjunto das

    disciplinas do ncleo comum obrigatrio do Ensino Mdio: Portugus, Histria,

    Geografia, Matemtica, Fsica, Qumica, Biologia e Ingls.

    A prova contm algumas questes interdisciplinares.

    Instrues

    9 S abra este caderno quando o fiscal autorizar.

    9 Verifique se sua folha de respostas pertence ao grupo V.

    9 Em cada teste, h 5 alternativas, sendo correta apenas uma.

    9 Preencha completamente o alvolo na folha ptica de respostas, utilizando

    necessariamente caneta esferogrfica com tinta azul ou preta. Exemplo:

    9 No deixe questes em branco na folha ptica de respostas.9 Durao da prova: 5h. O candidato deve controlar o tempo disponvel. No haver

    tempo adicional para transcrio de gabarito para a folha ptica de respostas.

    9 O candidato poder retirar-se do local de prova a partir das 16h.

    9 No final da prova, obrigatria a devoluo deste caderno de questes e da folha

    ptica de respostas. Poder ser levado somente o gabarito provisrio de respostas.

    Obs. Divulgao da lista de convocados e dos locais de exame da 2 fase: 17/12/2012.

    ASSINATURA DO CANDIDATO:

    V

    008008/008

    FUVEST 20131 Fase Conhecimentos Gerais (25/11/2012)

    V

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    01 O cido gama-hidroxibutrico utilizado no tratamento do alcoolismo. Esse cido pode ser obtido a partir dagamabutirolactona, conforme a representao a seguir:

    Assinale a alternativa que identifica corretamente X (de modo que a representao respeite a conservao damatria) e o tipo de transformao que ocorre quando a gamabutirolactona convertida no cido gama-hidroxibutrico.

    X Tipo de transformao

    a) CH3OH esterificao

    b) H2 hidrogenao

    c) H2O hidrlise

    d) luz isomerizao

    e) calor decomposio_____________________________________________________________________________________________

    02 A uma determinada temperatura, as substnciasHI, H2 e I2 esto no estado gasoso. A essa temperatura,o equilbrio entre as trs substncias foi estudado, emrecipientes fechados, partindo-se de uma misturaequimolar de H2 e I2 (experimento A) ou somente de HI(experimento B).

    Pela anlise dos dois grficos, pode-se concluir que

    a) no experimento A, ocorre diminuio da pressototal no interior do recipiente, at que o equilbrioseja atingido.

    b) no experimento B, as concentraes dassubstncias (HI, H2 e I2) so iguais no instante t1.

    c) no experimento A, a velocidade de formao de HIaumenta com o tempo.

    d) no experimento B, a quantidade de matria (emmols) de HI aumenta at que o equilbrio seja

    atingido.e) no experimento A, o valor da constante de equilbrio(K1) maior do que 1.

    03 Quando certos metais so colocados em contatocom solues cidas, pode haver formao de gshidrognio. Abaixo, segue uma tabela elaborada poruma estudante de Qumica, contendo resultados deexperimentos que ela realizou em diferentes condies.

    Experi-mento

    Reagentes Tempoparaliberar30 mLde H2

    Observaes

    Soluo deHCl(aq) deconcentrao0,2 mol / L

    Metal

    1 200 mL

    1,0 g de

    Zn(raspas) 30 s

    Liberao

    de H2 ecalor

    2 200 mL1,0 g deCu (fio)

    Noliberou

    H2

    Semalteraes

    3 200 mL1,0 g deZn (p)

    18 sLiberao

    de H2 ecalor

    4 200 mL

    1,0 g deZn

    (raspas)+

    1,0 g deCu (fio)

    8 s

    Liberaode H2 ecalor;

    massa deCu no se

    alterou

    Aps real izar esses experimentos, a estudante fez trsafirmaes:

    I. A velocidade da reao de Zn com cido aumentana presena de Cu.

    II. O aumento na concentrao inicial do cido causa oaumento da velocidade de liberao do gs H2.

    III. Os resultados dos experimentos 1 e 3 mostram que,quanto maior o quociente superfcie decontato/massa total de amostra de Zn, maior avelocidade de reao.

    Com os dados contidos na tabela, a estudante somentepoderia concluir o que se afirma em

    a) I.b) II.

    c) I e II.d) I e III.e) II e III.

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    04 Um aluno estava analisando a Tabela Peridica eencontrou vrios conjuntos de trs elementos qumicosque apresentavam propriedades semelhantes.

    Assinale a alternativa na qual os conjuntos de trselementos ou substncias elementares estocorretamente associados s propriedades indicadas noquadro abaixo.

    Nmerosatmicos

    consecutivos

    Reatividadessemelhantes

    Mesmo estadofsico

    temperaturaambiente

    a) Pt, Au, Hg H2, He, Li Cl2, Br2, I2b) Cl, Br,I O2, F2, Ne Ne, Ar, Kr

    c) Li, Na, K O2, F2, Ne Pt, Au, Hg

    d) Ne, Ar, Kr Mg, Ca, Sr Cl2, Br2, I2

    e) Pt, Au, Hg Li, Na, K Ne, Ar, Kr

    05 O craqueamento cataltico um processo utilizadona indstria petroqumica para converter algumasfraes do petrleo que so mais pesadas (isto ,constitudas por compostos de massa molar elevada)

    em fraes mais leves, como a gasolina e o GLP, porexemplo. Nesse processo, algumas ligaes qumicasnas molculas de grande massa molecular sorompidas, sendo geradas molculas menores.

    A respeito desse processo, foram feitas as seguintesafirmaes:

    I. O craqueamento importante economicamente,pois converte fraes mais pesadas de petrleo emcompostos de grande demanda.

    II. O craqueamento libera grande quantidade deenergia, proveniente da ruptura de ligaesqumicas nas molculas de grande massamolecular.

    III. A presena de catalisador permite que astransformaes qumicas envolvidas nocraqueamento ocorram mais rapidamente.

    Est correto o que se afirma em

    a) I, apenas.b) II, apenas.c) I e III, apenas.d) II e III, apenas.e) I, II e III.

    06 A porcentagem em massa de sais no sangue deaproximadamente 0,9%. Em um experimento, algunsglbulos vermelhos de uma amostra de sangue foramcoletados e separados em trs grupos. Forampreparadas trs solues, identificadas por X, Y e Z,cada qual com uma diferente concentrao salina. Acada uma dessas solues foi adicionado um grupo deglbulos vermelhos. Para cada soluo, acompanhou-se, ao longo do tempo, o volume de um glbulo

    vermelho, como mostra o grfico.

    Com base nos resultados desse experimento, corretoafirmar que

    a) a porcentagem em massa de sal, na soluo Z, menor do que 0,9%.

    b) a porcentagem em massa de sal maior na soluoY do que na soluo X.

    c) a soluo Y e a gua destilada so isotnicas.d) a soluo X e o sangue so isotnicos.e) a adio de mais sal soluo Z far com que ela e

    a soluo X fiquem isotnicas.

    07 A partir de consideraes tericas, foi feita uma

    estimativa do poder calorfico (isto , da quantidade decalor liberada na combusto completa de 1 kg decombustvel) de grande nmero de hidrocarbonetos.Dessa maneira, foi obtido o seguinte grfico de valorestericos:

    Com base no grfico, um hidrocarboneto que libera10.700 kcal/kg em sua combusto completa pode serrepresentado pela frmula

    a) CH4b) C2H4

    c) C4H10d) C5H8e) C6H6

    Dados:Massas molares (g/mol) C = 12,0

    H = 1,00

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    08 Um funcionrio de uma empresa ficou encarregadode remover resduos de diferentes polmeros queestavam aderidos a diversas peas. Aps algumainvestigao, o funcionrio classificou as peas em trsgrupos, conforme o polmero aderido a cada uma. Asfrmulas estruturais de cada um desses polmeros soas seguintes:

    Para remover os resduos de polmero das peas, ofuncionrio dispunha de apenas dois solventes: gua en-hexano. O funcionrio analisou as frmulas estruturaisdos trs polmeros e procurou fazer a correspondnciaentre cada polmero e o solvente mais adequado parasolubiliz-lo. A alternativa que representa corretamenteessa correspondncia :

    Polmero I Polmero II Polmero III

    a) gua n-hexano guab) n-hexano gua n-hexanoc) n-hexano gua guad) gua gua n-hexanoe) gua n-hexano n-hexano

    09 Uma moeda antiga de cobre estava recoberta comuma camada de xido de cobre (II). Para restaurar seu

    brilho original, a moeda foi aquecida ao mesmo tempoem que se passou sobre ela gs hidrognio. Nesseprocesso, formou-se vapor de gua e ocorreu a reduocompleta do ction metlico.

    As massas da moeda, antes e depois do processodescrito, eram, respectivamente, 0,795 g e 0,779 g.

    Assim sendo, a porcentagem em massa do xido decobre (II) presente na moeda, antes do processo derestaurao, era

    a) 2%b) 4%c) 8%d) 10%e) 16%

    10 O fitoplncton consiste em um conjunto deorganismos microscpicos encontrados em certosambientes aquticos. O desenvolvimento dessesorganismos requer luz e CO2, para o processo defotossntese, e requer tambm nutrientes contendo oselementos nitrognio e fsforo.Considere a tabela que mostra dados de pH e deconcentraes de nitrato e de oxignio dissolvidos nagua, para amostras coletadas durante o dia, em dois

    diferentes pontos (A e B) e em duas pocas do ano(maio e novembro), na represa Billings, em So Paulo.

    pHConcentrao

    de nitrato(mg/L)

    Concentraode oxignio

    (mg/L)

    Ponto A(novembro)

    9,8 0,14 6,5

    Ponto B(novembro)

    9,1 0,15 5,8

    Ponto A(maio)

    7,3 7,71 5,6

    Ponto B

    (maio) 7,4 3,95 5,7

    Com base nas informaes da tabela e em seusprprios conhecimentos sobre o processo defotossntese, um pesquisador registrou trs concluses:

    I. Nessas amostras, existe uma forte correlao entreas concentraes de nitrato e de oxigniodissolvidos na gua.

    II. As amostras de gua coletadas em novembrodevem ter menos CO2 dissolvido do que aquelascoletadas em maio.

    III. Se as coletas tivessem sido feitas noite, o pH dasquatro amostras de gua seria mais baixo do que o

    observado.

    correto o que o pesquisador concluiu em

    a) I, apenas.b) III, apenas.c) I e II, apenas.d) II e III, apenas.e) I, II e III.

    Dados:Massas molares (g/mol) H = 1,00

    O = 16,0Cu = 63,5

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    11 Admite-se que as cenouras sejam originrias daregio do atual Afeganisto, tendo sido levadas paraoutras partes do mundo por viajantes ou invasores.Com base em relatos escritos, pode-se dizer que ascenouras devem ter sido levadas Europa no sculo XIIe, s Amricas, no incio do sculo XVII.Em escritos anteriores ao sculo XVI, h refernciaapenas a cenouras de cor roxa, amarela ou vermelha. possvel que as cenouras de cor laranja sejam

    originrias dos Pases Baixos, e que tenham sidodesenvolvidas, inicialmente, poca do Prncipe deOrange (1533-1584).No Brasil, so comuns apenas as cenouras laranja, cujacor se deve presena do pigmento betacaroteno,representado a seguir.

    Com base no descrito acima, e considerando corretasas hipteses ali aventadas, possvel afirmar que ascenouras de colorao laranja

    a) podem ter sido levadas Europa pela Companhiadas ndias Ocidentais e contm um pigmento que um polifenol insaturado.

    b) podem ter sido levadas Europa por rotascomerciais norte-africanas e contm um pigmentocuja molcula possui apenas duplas ligaes cis.

    c) podem ter sido levadas Europa pelos chineses econtm um pigmento natural que um polistersaturado.

    d) podem ter sido trazidas ao Brasil pelos primeirosdegredados e contm um pigmento que umpolmero natural cujo monmero o etileno.

    e) podem ter sido trazidas a Pernambuco durante ainvaso holandesa e contm um pigmento naturalque um hidrocarboneto insaturado.

    12 Louis Pasteur realizou experimentos pioneiros emMicrobiologia. Para tornar estril um meio de cultura, oqual poderia estar contaminado com agentescausadores de doenas, Pasteur mergulhava orecipiente que o continha em um banho de guaaquecida ebulio e qual adicionava cloreto desdio.Com a adio de cloreto de sdio, a temperatura deebulio da gua do banho, com relao da gua

    pura, era ______. O aquecimento do meio de culturaprovocava _______.

    As lacunas podem ser corretamente preenchidas,respectivamente, por:

    a) maior; desnaturao das protenas das bactriaspresentes.

    b) menor; rompimento da membrana celular dasbactrias presentes.

    c) a mesma; desnaturao das protenas dasbactrias.

    d) maior; rompimento da membrana celular dos vrus.e) menor; alteraes no DNA dos vrus e das bactrias.

    13 Em um recipiente termicamente isolado e mantidoa presso constante, so colocados 138 g de etanollquido. A seguir, o etanol aquecido e sua temperaturaT medida como funo da quantidade de calorQ a eletransferida. A partir do grfico de TxQ, apresentado nafigura abaixo, pode-se determinar o calor especficomolar para o estado lquido e o calor latente molar devaporizao do etanol como sendo, respectivamente,prximos de

    a) 0,12 kJ/(moloC) e 36 kJ/mol.b) 0,12 kJ/(moloC) e 48 kJ/mol.c) 0,21 kJ/(moloC) e 36 kJ/mol.d) 0,21 kJ/(moloC) e 48 kJ/mol.e) 0,35 kJ/(moloC) e 110 kJ/mol.

    Note e adote:Frmula do etanol: C2H5OHMassas molares: C(12 g/mol), H(1 g/mol), O(16 g/mol)

    14 Compare as colises de uma bola de vlei e deuma bola de golfe com o trax de uma pessoa, parada eem p. A bola de vlei, com massa de 270 g, temvelocidade de 30 m/s quando atinge a pessoa, e a degolfe, com 45 g, tem velocidade de 60 m/s ao atingir amesma pessoa, nas mesmas condies. Considereambas as colises totalmente inelsticas. corretoapenas o que se afirma em:

    a) Antes das colises, a quantidade de movimento dabola de golfe maior que a da bola de vlei.

    b) Antes das colises, a energia cintica da bola degolfe maior que a da bola de vlei.

    c) Aps as colises, a velocidade da bola de golfe maior que a da bola de vlei.

    d) Durante as colises, a fora mdia exercida pelabola de golfe sobre o trax da pessoa maior que aexercida pela bola de vlei.

    e) Durante as colises, a presso mdia exercida pelabola de golfe sobre o trax da pessoa maior que aexercida pela bola de vlei.

    Note e adote:A massa da pessoa muito maior que a massa dasbolas.

    As colises so frontais.O tempo de interao da bola de vlei com o trax dapessoa o dobro do tempo de interao da bola degolfe.

    A rea mdia de contato da bola de vlei com o trax 10 vezes maior que a rea mdia de contato dabola de golfe.

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    15 No experimentodescrito a seguir, doiscorpos, feitos de ummesmo material, dedensidade uniforme,um cilndrico e o outrocom forma de paralele-ppedo, so colocadosdentro de uma caixa,

    como ilustra a figura aolado (vista de cima).Um feixe fino deraios X, com intensi-dade constante, produ-zido pelo gerador G,atravessa a caixa eatinge o detector D,colocado do outro lado.Gerador e detectoresto acoplados epodem mover-se sobre um trilho. O conjunto Gerador-Detector ento lentamente deslocado ao longo dadireo x, registrando-se a intensidade da radiao nodetector, em funo de x. A seguir, o conjunto Gerador-Detector reposicionado, e as medidas so repetidasao longo da direo y. As intensidades Idetectadas aolongo das direes xe y so mais bem representadaspor

    Note e adote:A absoro de raios X pelo material ,aproximadamente, proporcional sua espessura, nascondies do experimento.

    16 No circuito da figura ao lado, adiferena de potencial, em mdulo,entre os pontos A e B de

    a) 5 V.b) 4 V.c) 3 V.d) 1 V.e) 0 V.

    17 Um raio proveniente de uma nuvem transportoupara o solo uma carga de 10 C sob uma diferena depotencial de 100 milhes de volts. A energia liberadapor esse raio

    a) 30 MWh.b) 3 MWh.c) 300 kWh.d) 30 kWh.

    e) 3 kWh.

    Note e adote:1 J = 3 x 10-7 kWh

    18 A extremidade de uma fibra tica adquire o formatoarredondado de uma microlente ao ser aquecida por umlaser, acima da temperatura de fuso. A figura abaixoilustra o formato da microlente para tempos deaquecimento crescentes (t1 < t2< t3).

    Considere as afirmaes:

    I. O raio de curvatura da microlente aumenta comtempos crescentes de aquecimento.

    II. A distncia focal da microlente diminui com temposcrescentes de aquecimento.

    III. Para os tempos de aquecimento apresentados na

    figura, a microlente convergente.Est correto apenas o que se afirma em

    a) I.b) II.c) III.d) I e III.e) II e III.

    Note e adote:A luz se propaga no interior da fibra tica, daesquerda para a direita, paralelamente ao seu eixo.

    A fibra est imersa no ar e o ndice de refrao doseu material 1,5.

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    19 A energia potencial eltrica U de duas partculasem funo da distncia r que as separa estrepresentada no grfico da figura abaixo.

    Uma das partculas est fixa em uma posio, enquantoa outra se move apenas devido fora eltrica deinterao entre elas. Quando a distncia entre aspartculas varia de ri = 3 x 10

    -10 m a rf = 9 x 10-10 m, a

    energia cintica da partcula em movimento

    a) diminui 1 x 10-18 J.b) aumenta 1 x 10-18 J.

    c) diminui 2 x 10-18 J.d) aumenta 2 x 10-18 J.e) no se altera.

    20 Uma flauta andina, ou flauta de p, constitudapor uma srie de tubos de madeira, de comprimentosdiferentes, atados uns aos outros por fios vegetais. Asextremidades inferiores dos tubos so fechadas. Afrequncia fundamental de ressonncia em tubos dessetipo corresponde ao comprimento de onda igual a4 vezes o comprimento do tubo. Em uma dessasflautas, os comprimentos dos tubos correspondentes,respectivamente, s notas Mi (660 Hz) e L (220 Hz)so, aproximadamente,

    a) 6,6 cm e 2,2 cm.b) 22 cm e 5,4 cm.c) 12 cm e 37 cm.d) 50 cm e 1,5 m.e) 50 cm e 16 cm.

    Note e adote:A velocidade do som no ar igual a330 m/s.

    21 O pndulo de um relgio constitudo por uma hastergida com um disco de metal

    preso em uma de suasextremidades. O disco oscilaentre as posies A e C,enquanto a outra extre-midade da haste permaneceimvel no ponto P. A figuraao lado ilustra o sistema. A fora resultante que atua nodisco quando ele passa por B, com a haste na direovertical,

    a) nula.b) vertical, com sentido para cima.c) vertical, com sentido para baixo.d) horizontal, com sentido para a direita.e) horizontal, com sentido para a esquerda.

    Note e adote:g a acelerao local da gravidade.

    22 Um fton, com quantidade demovimento na direo e sentido do eixox, colide com um eltron em repouso.Depois da coliso, o eltron passa a semover com quantidade de movimento pe ,no plano xy, como ilustra a figura ao lado.Dos vetores pf abaixo, o nico quepoderia representar a direo e sentido da quantidadede movimento do fton, aps a coliso,

    Note e adote:O princpio da conservao da quantidade demovimento vlido tambm para a interao entreftons e eltrons.

    23 Uma das primeirasestimativas do raio da Terra atribuda a Eratstenes,estudioso grego que viveu,aproximadamente, entre275 a.C. e 195 a.C.Sabendo que em Assu,cidade localizada no sul doEgito, ao meio dia dosolstcio de vero, umbasto vertical no apresentava sombra, Eratstenesdecidiu investigar o que ocorreria, nas mesmascondies, em Alexandria, cidade no norte do Egito. Oestudioso observou que, em Alexandria, ao meio dia dosolstcio de vero, um basto vertical apresentava

    sombra e determinou o ngulo entre as direes dobasto e de incidncia dos raios de sol. O valor do raioda Terra, obtido a partir de e da distncia entre

    Alexandria e Assu foi de, aproximadamente, 7500 km.O ms em que foram realizadas as observaes e ovalor aproximado de so

    a) junho; 7.b) dezembro; 7.c) junho; 23.d) dezembro; 23.e) junho; 0,3.

    Note e adote:Distncia estimada por Eratstenes entre Assu e

    Alexandria 900 km. 3

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    24 Vinte times de futebol disputam a Srie A doCampeonato Brasileiro, sendo seis deles paulistas.Cada time joga duas vezes contra cada um dos seusadversrios. A porcentagem de jogos nos quais os doisoponentes so paulistas

    a) menor que 7%.b) maior que 7%, mas menor que 10%.c) maior que 10%, mas menor que 13%.

    d) maior que 13%, mas menor que 16%.e) maior que 16%.

    25 So dados, no plano cartesiano, o ponto decoordenadas e a circunferncia de equao . Uma reta passa por e tangente a em um ponto . Ento a distncia de a

    a)

    b) c) d) e)

    26 Os vrtices de um tetraedro regular so tambmvrtices de um cubo de aresta 2. A rea de uma facedesse tetraedro

    a) b) c) d)

    27 As propriedades aritmticas e as relativas noode ordem desempenham um importante papel noestudo dos nmeros reais. Nesse contexto, qual dasafirmaes abaixo correta?

    a) Quaisquer que sejam os nmeros reais positivos e, verdadeiro que .

    b) Quaisquer que sejam os nmeros reais e taisque , verdadeiro que .

    c) Qualquer que seja o nmero real , verdadeiroque .

    d) Quaisquer que sejam os nmeros reais e nonulos tais que , verdadeiro que .

    e) Qualquer que seja o nmero real , com , verdadeiro que .

    28 Sejam e nmeros reais com e . Se o sistema de equaes, dado

    em notao matricial,

    for satisfeito, ento igual a

    a) b) c)

    d) e)

    29 Quando se divide o Produto Interno Bruto (PIB) deum pas pela sua populao, obtm-se a renda percapita desse pas. Suponha que a populao de umpas cresa taxa constante de 2% ao ano. Para quesua renda per capita dobre em 20 anos, o PIB devecrescer anualmente taxa constante de,aproximadamente,

    a) b) c) d) e)

    30 O mapa de uma regio utiliza a escala de1: 200 000. A poro desse mapa, contendo uma reade Preservao Permanente (APP), est representadana figura, na qual e so segmentos de reta, oponto est no segmento , o ponto est nosegmento , um retngulo e umtrapzio. Se , , , e indicam valores em centmetros no mapareal, ento a rea da APP

    a) b) c) d) e)

    Dado:

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    31 Seja uma funo a valores reais, com domnio , tal que , para

    todo .

    O conjunto que pode ser o domnio

    a)

    b) ou

    c)

    d) ou

    e)

    32 O imposto de renda devido por uma pessoa fsica Receita Federal funo da chamada base de clculo,que se calcula subtraindo o valor das dedues do valordos rendimentos tributveis. O grfico dessa funo,

    representado na figura, a unio dos segmentos dereta , , , e da semirreta . Joo preparousua declarao tendo apurado como base de clculo ovalor de . Pouco antes de enviar adeclarao, ele encontrou um documento esquecidonuma gaveta que comprovava uma renda tributveladicional de . Ao corrigir a declarao,informando essa renda adicional, o valor do impostodevido ser acrescido de

    a) b) c) d) e)

    33 Um caminho sobe uma ladeira com inclinao de15. A diferena entre a altura final e a altura inicial deum ponto determinado do caminho, depois depercorridos da ladeira, ser de,aproximadamente,

    a) b) c)

    d) e)

    34 A tabela informa a extenso territorial e apopulao de cada uma das regies do Brasil, segundoo IBGE.

    RegioExtenso territorial

    (km2)Populao

    (habitantes)Centro-Oeste 1.606.371 14.058.094Nordeste 1.554.257 53.081.950Norte 3.853.327 15.864.454Sudeste 924.511 80.364.410Sul 576.409 27.386.891

    IBGE: Sinopse do Censo Demogrfico 2010 eBrasil em nmeros, 2011.

    Sabendo que a extenso territorial do Brasil de,aproximadamente, 8,5 milhes de km2, correto afirmar

    que a

    a) densidade demogrfica da regio sudeste de,aproximadamente, 87 habitantes por km2.

    b) regio norte corresponde a cerca de 30% doterritrio nacional.

    c) regio sul a que tem a maior densidadedemogrfica.

    d) regio centro-oeste corresponde a cerca de 40% doterritrio nacional.

    e) densidade demogrfica da regio nordeste de,aproximadamente, 20 habitantes por km2.

    Dados:

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    35 A figura abaixo representa uma clula de umaplanta jovem.

    Considere duas situaes:

    1) a clula mergulhada numa soluo hipertnica;2) a clula mergulhada numa soluo hipotnica.

    Dentre as figuras numeradas de I a III, quaisrepresentam o aspecto da clula, respectivamente, nassituaes 1 e 2?

    a) I e II.b) I e III.c) II e I.d) III e I.e) III e II.

    36 Na figura abaixo, est representado o ciclo celular.Na fase S, ocorre sntese de DNA; na fase M, ocorre amitose e, dela, resultam novas clulas, indicadas noesquema pelas letras C.

    Considerando que, em G1, existe um par de alelos Bb,quantos representantes de cada alelo existiro ao finalde S e de G2 e em cada C?

    a) 4, 4 e 4.b) 4, 4 e 2.c) 4, 2 e 1.

    d) 2, 2 e 2.e) 2, 2 e 1.

    37 A forma do lobo da orelha, solto ou preso, determinada geneticamente por um par de alelos.

    O heredograma mostra que a caracterstica lobo daorelha solto NO pode ter herana

    a) autossmica recessiva, porque o casal I-1 e I-2 temum filho e uma filha com lobos das orelhas soltos.

    b) autossmica recessiva, porque o casal II-4 e II-5 tem

    uma filha e dois filhos com lobos das orelhas presos.c) autossmica dominante, porque o casal II-4 e II-5

    tem uma filha e dois filhos com lobos das orelhaspresos.

    d) ligada ao X recessiva, porque o casal II-1 e II-2 temuma filha com lobo da orelha preso.

    e) ligada ao X dominante, porque o casal II-4 e II-5 temdois filhos homens com lobos das orelhas presos.

    38 A lei 7678 de 1988 define que vinho a bebidaobtida pela fermentao alcolica do mosto simples de

    uva s, fresca e madura. Na produo de vinho, soutilizadas leveduras anaerbicas facultativas. Ospequenos produtores adicionam essas leveduras aomosto (uvas esmagadas, suco e cascas) com ostanques abertos, para que elas se reproduzam maisrapidamente. Posteriormente, os tanques sohermeticamente fechados. Nessas condies, pode-seafirmar, corretamente, que

    a) o vinho se forma somente aps o fechamento dostanques, pois, na fase anterior, os produtos da aodas leveduras so a gua e o gs carbnico.

    b) o vinho comea a ser formado j com os tanquesabertos, pois o produto da ao das leveduras,nessa fase, utilizado depois como substrato para a

    fermentao.c) a fermentao ocorre principalmente durante a

    reproduo das leveduras, pois esses organismosnecessitam de grande aporte de energia para suamultiplicao.

    d) a fermentao s possvel se, antes, houver umprocesso de respirao aerbica que forneaenergia para as etapas posteriores, que soanaerbicas.

    e) o vinho se forma somente quando os tanquesvoltam a ser abertos, aps a fermentao secompletar, para que as leveduras realizemrespirao aerbica.

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    39 Nos mamferos, o tamanho do corao proporcional ao tamanho do corpo e corresponde aaproximadamente 0,6% da massa corporal.

    O grfico abaixo mostra a relao entre a frequnciacardaca e a massa corporal de vrios mamferos.

    O quadro abaixo traz uma relao de mamferos e oresultado da pesagem de indivduos adultos.

    Animal Massa corporal (g)

    Cuca 30Sagui 276

    Gamb 1 420Bugio 5 180

    Capivara 37 300Fauna silvestre Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, SP, 2007.

    Considerando esse conjunto de informaes, analise asafirmaes seguintes:

    I. No intervalo de um minuto, a cuca tem maisbatimentos cardacos do que a capivara.

    II. A frequncia cardaca do gamb maior do que ado bugio e menor do que a do sagui.

    III. Animais com corao maior tm frequncia cardacamaior.

    Est correto apenas o que se afirma em

    a) I.b) II.c) III.d) I e II.e) II e III.

    40 Frequentemente, os fungos so estudadosjuntamente com as plantas, na rea da Botnica. Em

    termos biolgicos, correto afirmar que essaaproximao

    a) no se justifica, pois a organizao dos tecidos nosfungos assemelha-se muito mais dos animais que das plantas.

    b) se justifica, pois as clulas dos fungos tm o mesmotipo de revestimento que as clulas vegetais.

    c) no se justifica, pois a forma de obteno earmazenamento de energia nos fungos diferenteda encontrada nas plantas.

    d) se justifica, pois os fungos possuem as mesmasorganelas celulares que as plantas.

    e) se justifica, pois os fungos e as algas verdes tm omesmo mecanismo de reproduo.

    41 A figura representa uma hiptese das relaesevolutivas entre alguns grupos animais.

    De acordo com essa hiptese, a classificao dosanimais em Vertebrados e Invertebrados

    a) est justificada, pois h um ancestral comum paratodos os vertebrados e outro diferente para todos osinvertebrados.

    b) no est justificada, pois separa um grupo querene vrios filos de outro que apenas parte de umfilo.

    c) est justificada, pois a denominao de Vertebradopode ser considerada como sinnima de Cordado.

    d) no est justificada, pois, evolutivamente, osvertebrados esto igualmente distantes de todos osinvertebrados.

    e) est justificada, pois separa um grupo que possuimuitos filos com poucos representantes de outrocom poucos filos e muitos representantes.

    42 A prtica conhecida como Anel de Malpighiconsiste na retirada de um anel contendo alguns tecidosdo caule ou dos ramos de uma angiosperma. Essaprtica leva morte da planta nas seguintes condies:

    Tipo(s)de

    planta

    Partesretiradasno anel

    rgo do qualo anel foiretirado

    a) Eudicotilednea Periderme,parnquima efloema

    Caule

    b) EudicotiledneaEpiderme,

    parnquima exilema

    Ramo

    c) MonocotiledneaEpiderme eparnquima

    Caule ou ramo

    d) EudicotiledneaMonocotilednea

    Periderme,parnquima e

    floemaCaule ou ramo

    e) EudicotiledneaMonocotilednea

    Periderme,parnquima e

    xilemaCaule

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    46 A escravido na Roma antigaa) permaneceu praticamente inalterada ao longo dos

    sculos, mas foi abolida com a introduo docristianismo.

    b) previa a possibilidade de alforria do escravo apenasno caso da morte de seu proprietrio.

    c) era restrita ao meio rural e associada ao trabalhobraal, no ocorrendo em reas urbanas, nematingindo funes intelectuais ou administrativas.

    d) pressupunha que os escravos eram humanos e, porisso, era proibida toda forma de castigo fsico.

    e) variou ao longo do tempo, mas era determinada portrs critrios: nascimento, guerra e direito civil.

    47 Quando Bernal Daz avistou pela primeira vez acapital asteca, ficou sem palavras. Anos mais tarde, as

    palavras viriam: ele escreveu um alentado relato desuas experincias como membro da expedioespanhola liderada por Hernn Corts rumo ao Imprio

    Asteca. Naquela tarde de novembro de 1519, porm,quando Daz e seus companheiros de conquistaemergiram do desfiladeiro e depararam-se pela primeiravez com o Vale do Mxico l embaixo, viram um cenrio

    que, anos depois, assim descreveram: vislumbramostamanhas maravilhas que no sabamos o que dizer,nem se o que se nos apresentava diante dos olhos erareal.

    Matthew Restall. Sete mitos da conquista espanhola.Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira,

    2006, p. 15-16. Adaptado.

    O texto mostra um aspecto importante da conquista daAmrica pelos espanhis, a saber,

    a) a superioridade cultural dos nativos americanos emrelao aos europeus.

    b) o carter amistoso do primeiro encontro e da posteriorconvivncia entre conquistadores e conquistados.

    c) a surpresa dos conquistadores diante de

    manifestaes culturais dos nativos americanos.d) o reconhecimento, pelos nativos, da importncia doscontatos culturais e comerciais com os europeus.

    e) a rpida desapario das culturas nativas daAmrica Espanhola.

    48 O senhor acredita, ento, insistiu o inquisidor,que no se saiba qual a melhor lei? Menocchiorespondeu: Senhor, eu penso que cada um acha quesua f seja a melhor, mas no se sabe qual a melhor;mas, porque meu av, meu pai e os meus so cristos,eu quero continuar cristo e acreditar que essa seja amelhor f.

    Carlo Ginzburg. O queijo e os vermes. So Paulo:Companhia das Letras, 1987, p. 113.

    O texto apresenta o dilogo de um inquisidor com umhomem (Menocchio) processado, em 1599, pelo SantoOfcio. A posio de Menocchio indica

    a) uma percepo da variedade de crenas, passveisde serem consideradas, pela Igreja Catlica, comoherticas.

    b) uma crtica incapacidade da Igreja Catlica decombater e eliminar suas dissidncias internas.

    c) um interesse de conhecer outras religies e formasde culto, atitude estimulada, poca, pela IgrejaCatlica.

    d) um apoio s iniciativas reformistas dos protestantes,que defendiam a completa liberdade de opo

    religiosa.e) uma perspectiva atesta, baseada na suaexperincia familar.

    49 A populao indgena brasileira aumentou 150% nadcada de 1990, passando de 294 mil pessoas para734 mil, de acordo com uma pesquisa divulgada peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). Ocrescimento mdio anual foi de 10,8%, quase seisvezes maior do que o da populao brasileira em geral.

    http://webradiobrasilindigena.wordpress.com, 21/11/2007.

    A notcia acima apresenta

    a) dado pouco relevante, j que a maioria daspopulaes indgenas do Brasil encontra-se em fasede extino, no subsistindo, inclusive, maisnenhuma populao originria dos tempos dacolonizao portuguesa da Amrica.

    b) discrepncia em relao a uma forte tendnciahistrica observada no Brasil, desde o sculo XVI,mas que no uniforme e absoluta, j que nasltimas dcadas no apenas tais populaesindgenas tm crescido, mas tambm o prprionmero de indivduos que se autodenominamindgenas.

    c) um consenso em torno do reconhecimento daimportncia dos indgenas para o conjunto da

    populao brasileira, que se revela na valorizaohistrica e cultural que tais elementos sempremereceram das instituies nacionais.

    d) resultado de polticas pblicas que provocaram o fimdos conflitos entre os habitantes de reservasindgenas e demais agentes sociais ao seu redor,como proprietrios rurais e pequenos trabalhadores.

    e) natural continuidade da tendncia observada desdea criao das primeiras polticas governamentais deproteo s populaes indgenas, no comeo dosculo XIX, que permitiram a reverso do anteriorquadro de extermnio observado at aquelemomento.

    50 Oh! Aquela alegria me deu nuseas. Sentia-me aomesmo tempo satisfeito e descontente. E eu disse:tanto melhor e tanto pior. Eu entendia que o povocomum estava tomando a justia em suas mos.

    Aprovo essa justia, mas poderia no ser cruel?Castigos de todos os tipos, arrastamentos eesquartejamentos, tortura, a roda, o cavalete, afogueira, verdugos proliferando por toda partetrouxeram tanto prejuzo aos nossos costumes! Nossossenhores colhero o que semearam.

    Graco Babeuf, citado por R. Darnton. O beijo de Lamourette.Mdia, cultura e revoluo. So Paulo:

    Companhia das Letras, 1990, p. 31. Adaptado.

    O texto parte de uma carta enviada por Graco Babeuf

    sua mulher, no incio da Revoluo Francesa de 1789.O autor

    a) discorda dos propsitos revolucionrios e defende acontinuidade do Antigo Regime, seus mtodos ecostumes polticos.

    b) apoia incondicionalmente as aes dosrevolucionrios por acreditar que no havia outramaneira de transformar o pas.

    c) defende a criao de um poder judicirio, que atuejunto ao rei.

    d) caracteriza a violncia revolucionria como umareao aos castigos e represso antes existentesna Frana.

    e) aceita os meios de tortura empregados pelosrevolucionrios e os considera uma novidade nahistria francesa.

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    51 A economia das possesses coloniais portuguesasna Amrica foi marcada por mercadorias que, uma vezexportadas para outras regies do mundo, podiamalcanar alto valor e garantir, aos envolvidos em seucomrcio, grandes lucros. Alm do acar, exploradodesde meados do sculo XVI, e do ouro, extradoregularmente desde fins do XVII, merecem destaque,como elementos de exportao presentes nessaeconomia:

    a) tabaco, algodo e derivados da pecuria.b) ferro, sal e tecidos.c) escravos indgenas, arroz e diamantes.d) animais exticos, cacau e embarcaes.e) drogas do serto, frutos do mar e cordoaria.

    52 Maldito, maldito criador! Por que eu vivo? Por queno extingui, naquele instante, a centelha de vida quevoc to desumanamente me concedeu? No sei! O

    desespero ainda no se apoderara de mim. Meussentimentos eram de raiva e vingana. Quando a noitecaiu, deixei meu abrigo e vagueei pelos bosques. (...)Oh! Que noite miservel passei eu! Sentia um infernodevorar-me, e desejava despedaar as rvores,devastar e assolar tudo o que me cercava, para depoissentar-me e contemplar satisfeito a destruio. Declareiuma guerra sem quartel espcie humana e, acima detudo, contra aquele que me havia criado e me lanara aesta insuportvel desgraa!

    Mary Shelley. Frankenstein. 2 ed. Porto Alegre: LPM, 1985.

    O trecho acima, extrado de uma obra literria publicadapela primeira vez em 1818, pode ser lido corretamente

    como uma

    a) apologia guerra imperialista, incorporando odesenvolvimento tecnolgico do perodo.

    b) crtica condio humana em uma sociedadeindustrializada e de grandes avanos cientficos.

    c) defesa do clericalismo em meio crescentelaicizao do mundo ocidental.

    d) recusa do evolucionismo, bastante em voga noperodo.

    e) adeso a ideias e formulaes humanistas deigualdade social.

    53 Durante os primeiros tempos de sua existncia, oPCB prosseguiu em seu processo de diferenciaoideolgica com o anarquismo, de onde provinha partesignificativa de sua liderana e de sua militncia. Nessecurso, foi necessrio, no que se refere questo

    parlamentar, tambm proceder a uma homogeneizaode sua prpria militncia. Houve algumas tentativas de

    participao em eleies e de formulao de propostasa serem apresentadas sociedade que se revelaram

    infrutferas por questes conjunturais. A primeira vez emque isso ocorreu foi, em 1925, no municpio porturio

    paulista de Santos, onde os comunistas locais,apresentando-se pela legenda da Coligao Operria,tiveram um resultado pfio. No entanto, como todos osatos pioneiros, essa participao deixou uma importanteherana: a presena na cena poltica brasileira dostrabalhadores e suas reivindicaes. Estas, em

    particular, expressavam um acmulo de anos de lutasdo movimento operrio brasileiro.

    Dainis Karepovs. A classe operria vai ao Parlamento.So Paulo: Alameda, 2006, p.169.

    A partir do texto acima, pode-se afirmar corretamente

    que

    a) as eleies de representantes parlamentaresadvindos de grupos comunistas e anarquistas foramfrequentes, desde a Proclamao da Repblica, eprovocaram, inclusive, a chamada Revoluo de1930.

    b) comunistas, anarquistas e outros grupos derepresentantes de trabalhadores eram formalmenteproibidos de participar de eleies no Brasil desde aproclamao da Repblica, cenrio que s semodificaria com a Constituio de 1988.

    c) as primeiras dcadas do sculo XX representam umperodo de grande diversidade poltico-partidria noBrasil, o que favoreceu a emergncia de variadosgrupos de esquerda, cuja excessiva diviso impediu-os de obter resultados eleitorais expressivos.

    d) as experincias parlamentares envolvendo operriose camponeses, no Brasil da dcada de 1920,resultaram em sua presena dominante no cenriopoltico nacional, aps o colapso do primeiro regimeencabeado por Getlio Vargas.

    e) as primeiras participaes eleitorais de candidatostrabalhadores ganharam importncia histrica, umavez que a poltica partidria brasileira da chamadaPrimeira Repblica era dominada por gruposoriundos de grandes elites econmicas.

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    54 Fosse com militares ou civis, a frica esteve porvrios anos entregue a ditadores. Em alguns pases,vigorava uma espcie de semidemocracia, com umaoposio consentida e controlada, um regime que era,em ltima anlise, um governo autoritrio. A nica sada

    para os insatisfeitos e tambm para aqueles que tinhamambies de poder passou a ser a luta armada. Alguns

    pases foram castigados por ferozes guerras civis, que,em certos casos, foram alongadas por interesses

    extracontinentais.Alberto da Costa e Silva. A frica explicada aos meus filhos.

    Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 139.

    Entre os exemplos do alongamento dos conflitosinternos nos pases africanos em funo de interessesextracontinentais, a que se refere o texto, pode-se citara participao

    a) da Holanda e da Itlia na guerra civil do Zaire, nadcada de 1960, motivada pelo controle sobre aminerao de cobre na regio.

    b) dos Estados Unidos na implantao do apartheidnafrica do Sul, na dcada de 1970, devido s tensesdecorrentes do movimento pelos direitos civis.

    c) da Frana no apoio luta de independncia naArglia e no Marrocos, na dcada de 1950,motivada pelo interesse em controlar as reservas degs natural desses pases.

    d) da China na luta pela estabilizao poltica noSudo e na Etipia, na dcada de 1960, motivadapelas necessidades do governo Mao Tse-Tung emobter fornecedores de petrleo.

    e) da Unio Sovitica e Cuba nas guerras civis deAngola e Moambique, na dcada de 1970,motivada pelas rivalidades e interesses geopolticoscaractersticos da Guerra Fria.

    55 O que acontece quando a gente se v duplicado nateleviso? (...) Aprendemos no s durante os anos deformao mas tambm na prtica a lidar com nsmesmos com esse eu duplo. E, mais tarde, (...) em1974, ainda detido para averiguao na penitenciria deColnia-Ossendorf, quando me foi atendida, sem

    problemas, a solicitao de um aparelho de televiso nacela, apenas durante o perodo da Copa do Mundo, osacontecimentos na tela me dividiram em vriossentidos. No quando os poloneses jogaram uma

    partida fantstica sob uma chuva torrencial, no quandoa partida contra a Austrlia foi vitoriosa e houve umempate contra o Chile, aconteceu quando a Alemanha

    jogou contra a Alemanha. Torcer para quem? Eu ou eutorci para quem? Para que lado vibrar? Qual Alemanhavenceu?

    Gunter Grass. Meu sculo. Rio de Janeiro:Record, 2000, p. 237. Adaptado.

    O trecho acima, extrado de uma obra literria, alude aum acontecimento diretamente relacionado

    a) poltica nazista de fomento aos esportesconsiderados arianos na Alemanha.

    b) ao aumento da criminalidade na Alemanha, com ofim da Segunda Guerra Mundial.

    c) Guerra Fria e diviso poltica da Alemanha emduas partes, a ocidental e a oriental.

    d) ao recente aumento da populao de imigrantes naAlemanha e reforo de sentimentos xenfobos.

    e) ao carter despolitizado dos esportes em umcontexto de capitalismo globalizado.

    56 Quando a guerra mundial de 1914-1918 se iniciou,a cincia mdica tinha feito progressos to grandes quese esperava uma conflagrao sem a interferncia degrandes epidemias. Isso sucedeu na frente ocidental,mas leste o tifo precisou de apenas trs meses paraaparecer e se estabelecer como o principal estrategistana regio (...). No momento em que a Segunda GuerraMundial est acontecendo, em territrios em que o tifo endmico, o espectro de uma grande epidemia constitui

    ameaa constante. Enquanto estas linhas esto sendoescritas (primavera de 1942) j foram recebidasnotificaes de surtos locais, e pequenos, mas adoena parece continuar sob controle e muito

    provavelmente permanecer assim por algum tempo.

    Henry E. Sigerist, Civilizao e doena.So Paulo: Hucitec, 2010, p. 130-132.

    O correto entendimento do texto acima permite afirmarque

    a) o tifo, quando a humanidade enfrentou as duasgrandes guerras mundiais do sculo XX, era umaameaa porque ainda no tinha se desenvolvido a

    biologia microscpica, que anos depois permitiriaidentificar a existncia da doena.

    b) parte significativa da pesquisa biolgica foiabandonada em prol do atendimento de demandasmilitares advindas dessas duas guerras, o quecausou um generalizado abandono dos recursosnecessrios ao controle de doenas como o tifo.

    c) as epidemias, nas duas guerras mundiais, noafetaram os combatentes dos pases ricos, j queestes, ao contrrio dos combatentes dos pasespobres, encontravam-se imunizados contra doenascausadas por vrus.

    d) a ameaa constante de epidemia de tifo resultava daprecariedade das condies de higiene esaneamento decorrentes do enfrentamento depopulaes humanas submetidas a uma escala dedestruio incomum promovida pelas duas guerrasmundiais.

    e) o tifo, principalmente na Primeira Guerra Mundial, foiutilizado como arma letal contra exrcitos inimigosno leste europeu, que eram propositadamentecontaminados com o vrus da doena.

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    Com base nas charges e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.

    a) Apesar da grave crise econmica que atingiu alguns pases da Zona do Euro, entre os quais a Grcia, outrasnaes ainda pleiteiam sua entrada nesse Bloco.

    b) A ajuda financeira dirigida aos pases da Zona do Euro e, em especial Grcia, visou evitar o espalhamento,pelo mundo, dos efeitos da bolha imobiliria grega.

    c) Por causa de exigncias dos credores responsveis pela ajuda financeira Zona do Euro, a Grcia foitemporariamente suspensa desse Bloco.

    d) Com a crise econmica na Zona do Euro, houve uma sensvel diminuio dos fluxos tursticos internacionaispara a Europa, causando desemprego em massa, sobretudo na Grcia.

    e) Graas rpida interveno dos pases membros, a grave crise econmica que atingiu a Zona do Eurorestringiu-se Grcia, Frana e Reino Unido.

    _____________________________________________________________________________________________

    58 Grandes lagos artificiais de barragens, como oNasser, no Rio Nilo, o Three Gorges, na China, e o deItaipu, no Brasil, resultantes do represamento de rios,esto entre as obras de engenharia espalhadas pelo

    mundo, com importantes efeitos socioambientais.

    Acerca dos efeitos socioambientais de grandes lagos debarragens, considere as afirmaes abaixo.

    I. Enquanto no passado, grandes lagos de barragemrestringiam-se a reas de plancie, atualmente,graas a progressos tecnolgicos, situam-se,invariavelmente, em regies planlticas, comsignificativos desnveis topogrficos.

    II. A abertura das comportas que represam as guasdos lagos de barragens impede a ocorrncia deprocessos de sedimentao, assim como provocagrandes enchentes a montante.

    III. Frequentes desalojamentos de pessoas para a

    implantao de lagos de barragens levaram aosurgimento, no Brasil, do Movimento dos Atingidospor Barragens MAB.

    IV. Por se constiturem como extensos e, muitas vezes,profundos reservatrios de gua, grandes lagos debarragens provocam alteraes microclimticas nassuas proximidades.

    Est correto o que se afirma em

    a) I e II, apenas.b) I, II e III, apenas.c) II, III e IV, apenas.d) III e IV, apenas.

    e) I, II, III e IV.

    59 Observe a Carta Topogrfica abaixo, querepresenta a rea adquirida por um produtor rural.

    Em parte da rea acima representada, ondepredominam menores declividades, o produtor ruralpretende desenvolver uma atividade agrcolamecanizada. Em outra parte, com maiores declividades,esse produtor deseja plantar eucalipto.Considerando os objetivos desse produtor rural, asreas que apresentam, respectivamente, caractersticasmais apropriadas a uma atividade mecanizada e aoplantio de eucaliptos esto nos quadrantes

    a) sudeste e nordeste.b) nordeste e noroeste.c) noroeste e sudeste.d) sudeste e sudoeste.

    e) sudoeste e noroeste.

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    ]

    60 Leia o texto e observe o mapa.

    Em 1884, durante umcongresso internacio-nal, em Washington,EUA, estabeleceu-seum padro mundialde tempo. A partir de

    ento, ficou conven-cionado que o tempopadro terico, nosdiversos pases domundo, seria definidopor meridianos espa-ados a cada 15,tendo como origem omeridiano de Greenwich,Inglaterra (Reino Unido).

    Com base no mapa e nas informaes acima, considere a seguinte situao: Joo, que vive na cidade de Pequim,

    China, recebe uma ligao telefnica, s 9h da manh de uma segunda-feira, de Maria, que vive na cidade deManaus, Brasil. A que horas e em que dia da semana Maria telefonou?a) 21h do domingo. d) 17h da tera-feira.b) 17h do domingo. e) 21h da tera-feira.c) 21h da segunda-feira.

    _____________________________________________________________________________________________

    61 Observe o mapa da Malha Ferroviria do Brasil.

    Com respeito s reas indicadas no mapa acima,assinale a alternativa que relaciona corretamentesistemas logsticos e produtos de exportao.

    I II III

    a)

    Portos de Be-lm e de SoLus: minrio deferro, papel ecelulose.

    Portos do Rio deJaneiro e deNiteri: trigo efertilizantes.

    Portos de Pa-ranagu e deItaja: soja e car-nes (congeladas).

    b)

    Portos de SoLus e de Natal:pescados e car-vo mineral.

    Portos de Tu-baro e de Vit-ria: minrio deferro, papel ecelulose.

    Portos de So Fran-cisco do Sul ede Florianpolis:minrio de ferro,papel e celulose.

    c)

    Portos de Itaquie de Pecm: mi-nrio de ferro, man-gans e frutas.

    Portos de Tu-baro e de Vit-ria: minrio deferro, papel ecelulose.

    Portos de Pa-ranagu e deItaja: soja e car-nes (congeladas).

    d)

    Portos de Be-lm e de SoLus: minrio deferro, papel ecelulose.

    Portos do Rio deJaneiro e de Nite-ri: pescados ecarvo mineral.

    Portos de So Fran-cisco do Sul ede Florianpolis:minrio de ferro,papel e celulose.

    e)

    Portos de Itaqui

    e de Pecm: mi-nrio de ferro, man-gans e frutas.

    Portos de Tuba-

    ro e do Rio de Ja-neiro: soja e car-nes (congeladas).

    Portos de Pa-

    ranagu e deItaja: trigo e fer-tilizantes.

    62 Observe o mapa.

    Considere as afirmaes sobre o Sistema Aqufero Guarani.I. Trata-se de um corpo hdrico subterrneo e

    transfronteirio que abrange parte da Argentina, doBrasil, do Paraguai e do Uruguai.II. Representa o mais importante aqufero da poro

    meridional do continente sul-americano e estassociado s rochas cristalinas do Pr-Cambriano.

    III. A grande incidncia de poos que se observa naregio A explicada por sua menor profundidade eintensa atividade econmica nessa regio.

    IV. A baixa incidncia de poos na regio indicada pelaletra B deve-se existncia, a, de uma rea decerrado com predomnio de planaltos.

    Est correto o que se afirma em

    a) I, II e III, apenas.b) I e III, apenas.

    c) II, III e IV, apenas.d) II e IV, apenas.e) I, II, III e IV.

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    63 Observe os grficos.

    Com base nos grficos e em seus conhecimentos,assinale a alternativa correta.

    a) O comrcio bilateral entre China e frica cresceutimidamente no perodo e envolveu, principalmente,bens de capital africanos e bens de consumochineses.

    b) As exportaes chinesas para a frica restringem-sea bens de consumo e produtos primrios destinadosa atender ao pequeno e estagnado mercadoconsumidor africano.

    c) A implantao de grandes obras de engenharia,com destaque para rodovias transcontinentais,ferrovias e hidrovias, associa-se ao investimentochins no setor da construo civil na frica.

    d) O agronegcio foi o principal investimento da Chinana frica em funo do exponencial crescimento dapopulao chinesa e de sua grande demanda poralimentos.

    e) O investimento chins no setor minerador, na frica,associa-se ao crescimento industrial da China e suaconsequente demanda por petrleo e outrosminrios.

    64 Observe a imagem e leia o texto.

    Por muitos anos, as vrzeas paulistanas foram umaespcie de quintal geral dos bairros encarapitados nascolinas. Serviram de pastos para os animais das antigascarroas que povoaram as ruas da cidade. Serviram deterreno baldio para o esporte dos humildes, tendoassistido a uma proliferao incrvel de campos defutebol. Durante as cheias, tais campos improvisadosficam com o nvel das guas at o meio das traves degol.

    Aziz AbSaber, 1956.Considere a imagem e a citao do gegrafo Aziz

    AbSaber na anlise das afirmaes abaixo:

    I. O processo de verticalizao e a impermeabilizaodos solos nas proximidades das vias marginais aorio Tiet aumentam a sua susceptibilidade aenchentes.

    II. A retificao de um trecho urbano do rio Tiet e aconstruo de marginais sobre a vrzea do riopotencializaram o problema das enchentes naregio.

    III. A extino da Mata Atlntica na regio da nascentedo rio Tiet, no passado, contribui, at hoje, paraagravar o problema com enchentes nas vias marginais.

    IV. A vrzea do rio Tiet um ambiente susceptvel inundao, pois constitui espao de ocupaonatural do rio durante perodos de cheias.

    Est correto o que se afirma em

    a) I, II e III, apenas.b) I, II e IV, apenas.c) I, III e IV, apenas.d) II, III e IV, apenas.e) I, II, III e IV.

    _____________________________________________________________________________________________

    65 Observe os grficos.

    Com base nos grficos e em seus conhecimentos,assinale a alternativa correta.

    a) Em funo de polticas de reforma agrria levadas acabo no Norte do pas, durante as ltimas dcadas,a populao rural da regio superou, timidamente,

    sua populao urbana.b) O aumento significativo da populao urbana do

    Sudeste, a partir da dcada de 1950, decorreu dodesenvolvimento expressivo do setor de servios empequenas cidades da regio.

    c) O avano do agronegcio no Centro-Oeste, a partirda dcada de 1970, fixou a populao no meio rural,fazendo com que esta superasse a populaourbana na regio, a partir desse perodo.

    d) Em funo da migrao de retorno de nordestinos,antes radicados no chamado Centro-Sul, apopulao urbana do Nordeste superou a populaorural, a partir da dcada de 1970.

    e) A maior industrializao na regio Sul, a partir dos

    anos 1970, contribuiu para um maior crescimento desua populao urbana, a partir desse perodo,acompanhado do decrscimo da populao rural.

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    66 Observe os mapas.

    Os perodos do ano que oferecem as melhores

    condies para a produo de energia hidreltrica noSudeste e energia elica no Nordeste so aqueles emque predominam, nessas regies, respectivamente,

    a) primavera e vero.b) vero e outono.c) outono e inverno.d) vero e inverno.e) inverno e primavera.

    67 Observe o mapa abaixo.

    Com base no mapa e em seus conhecimentos, assinalea alternativa correta.

    a) O rio So Francisco foi caminho natural para aexpanso da cana-de-acar e do algodo da Zonada Mata, na Bahia, at a Capitania de So Paulo eMinas de Ouro.

    b) A ocupao territorial de parte significativa dessaregio foi marcada por duas caractersticasgeomorfolgicas: a serra do Espinhao e o vale dorio So Francisco.

    c) Essa regio caracterizava-se, nesse perodo, porpaisagens onde predominavam as minas e oscurrais, mas no sculo XIX a minerao sobrepujouas outras atividades econmicas dessas capitanias.

    d) O caminho pelo rio So Francisco foi estabelecidopelas bandeiras paulistas para penetrao na regioaurfera da Chapada dos Parecis e posteriorpagamento do quinto na sede da capitania, emSalvador.

    e) As bandeiras que partiam da Capitania da Bahia deTodos os Santos para a Capitania de So Paulo eMinas de Ouro propiciaram o surgimento de

    localidades com economia baseada na agriculturamonocultora de exportao.

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    Texto para as questes de 68 a 70

    Vivendo e...

    Eu sabia fazer pipa e hoje no sei mais. Duvido quese hoje pegasse uma bola de gude conseguisseequilibr-la na dobra do dedo indicador sobre a unha do

    polegar, quanto mais jog-la com a preciso que tinhaquando era garoto. (...)

    Juntando-se as duas mos de um determinado jeito,com os polegares para dentro, e assoprando peloburaquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusivevariava de tom conforme o posicionamento das mos.Hoje no sei mais que jeito esse. Eu sabia a frmulade fazer cola caseira. Algo envolvendo farinha e gua emuita confuso na cozinha, de onde ramos expulsossob ameaas. Hoje no sei mais. A gente comeava acontar depois de ver um relmpago e o nmero a quechegasse quando ouvia a trovoada, multiplicado poroutro nmero, dava a distncia exata do relmpago.No me lembro mais dos nmeros. (...)

    Lembro o orgulho com que consegui, pela primeiravez, cuspir corretamente pelo espao adequado entreos dentes de cima e a ponta da lngua de modo que o

    cuspe ganhasse distncia e pudesse ser mirado. Comprtica, conseguia-se controlar a trajetria elptica dacusparada com uma mnima margem de erro. Era puroinstinto. Hoje o mesmo feito requereria complicadosclculos de balstica, e eu provavelmente s acertaria afrente da minha camisa. Outra habilidade perdida.

    Na verdade, deve-se revisar aquela antiga frase. vivendo e .................... . No falo daquelas coisas quedeixamos de fazer porque no temos mais as condiesfsicas e a coragem de antigamente, como subir embonde andando mesmo porque no h mais bondesandando. Falo da sabedoria desperdiada, das artesque nos abandonaram. Algumas at teis. Quem nuncadesejou ainda ter o cuspe certeiro de garoto paraacertar em algum alvo contemporneo, bem no olho, edepois sair correndo? Eu j.

    Lus F. Verssimo, Comdias para se ler na escola.

    68 A palavra que o cronista omite no ttulo,substituindo-a por reticncias, ele a emprega no ltimopargrafo, na posio marcada com pontilhado. Tendoem vista o contexto, conclui-se que se trata da palavra

    a) desanimando.b) crescendo.c) inventando.

    d) brincando.e) desaprendendo.

    69 Um dos contrastes entre passado e presente quecaracterizam o desenvolvimento do texto manifesta-sena oposio entre as seguintes expresses:

    a) preciso (L. 4) / frmula (L. 10).b) muita confuso (L. 12) / distncia exata (L. 16).c) trajetria elptica (L. 22) / mnima margem de erro

    (L. 23).d) puro instinto (L. 23-24) / complicados clculos

    (L. 24-25).e) habilidade perdida (L. 26) / artes que nos

    abandonaram (L. 32-33).

    70 Considere as seguintes substituies propostaspara diferentes trechos do texto:

    I. o nmero a que chegasse (L. 14-15) = o nmero aque alcanasse.

    II. Lembro o orgulho (L. 18) = Recordo-me doorgulho.

    III. coisas que deixamos de fazer (L. 28-29) = coisasque nos descartamos.

    IV. no h mais bondes (L. 31) = no existe maisbondes.

    A correo gramatical est preservada apenas no quefoi proposto em

    a) I.b) II.c) III.d) II e IV.e) I, III e IV.

    Texto para as questes de 71 a 73

    A essncia da teoria democrtica a supresso dequalquer imposio de classe, fundada no postulado ouna crena de que os conflitos e problemas humanos econmicos, polticos, ou sociais so solucionveis

    pela educao, isto , pela cooperao voluntria,mobilizada pela opinio pblica esclarecida. Est claroque essa opinio pblica ter de ser formada luz dosmelhores conhecimentos existentes e, assim, a

    pesquisa cientfica nos campos das cincias naturais edas chamadas cincias sociais dever se fazer a maisampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difuso dessesconhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e emtermos que os tornem acessveis a todos.

    Ansio Teixeira, Educao um direito. Adaptado.

    71 De acordo com o texto, a sociedade serdemocrtica quando

    a) sua base for a educao slida do povo, realizadapor meio da ampla difuso do conhecimento.

    b) a parcela do pblico que detm acesso aoconhecimento cientfico e poltico passar a controlara opinio pblica.

    c) a opinio pblica se formar com base tanto norespeito s crenas religiosas de todos quanto noconhecimento cientfico.

    d) a desigualdade econmica for eliminada, criando-se,

    assim, a condio necessria para que o povo sejalivremente educado.

    e) a propriedade dos meios de comunicao e difusodo conhecimento se tornar pblica.

    72 No trecho chamadas cincias sociais, o empregodo termo chamadas indica que o autor

    a) v, nas cincias sociais, uma panaceia, no umaanlise crtica da sociedade.

    b) considera utpicos os objetivos dessas cincias.c) prefere a denominao teoria social

    denominao cincias sociais.

    d) discorda dos pressupostos tericos dessas cincias.e) utiliza com reserva a denominao cinciassociais.

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    73 Dos seguintes comentrios lingusticos sobrediferentes trechos do texto, o nico correto :

    a) Os prefixos das palavras imposio e imparcialtm o mesmo sentido.

    b) As palavras postulado e crena foram usadas notexto como sinnimas.

    c) A norma-padro condena o uso de essa, no trechoessa opinio, pois, nesse caso, o correto seria usar

    esta.d) A vrgula empregada no trecho e a difuso desses

    conhecimentos, a mais completa indica que, a,ocorre a elipse de um verbo.

    e) O pronome sublinhado em que os tornem temcomo referente o substantivo termos.

    Texto para as questes de 74 a 77

    V O samba

    direita do terreiro, adumbra-se* na escurido ummacio de construes, ao qual s vezes recortam noazul do cu os trmulos vislumbres das labaredasfustigadas pelo vento.

    (...) a o quartel ou quadrado da fazenda, nome que

    tem um grande ptio cercado de senzalas, s vezescom alpendrada corrida em volta, e um ou dois portesque o fecham como praa darmas.

    Em torno da fogueira, j esbarrondada pelo cho,que ela cobriu de brasido e cinzas, danam os pretos osamba com um frenesi que toca o delrio. No sedescreve, nem se imagina esse desesperadosaracoteio, no qual todo o corpo estremece, pula,sacode, gira, bamboleia, como se quisesse desgrudar-se.

    Tudo salta, at os crioulinhos que esperneiam nocangote das mes, ou se enrolam nas saias dasraparigas. Os mais taludos viram cambalhotas e

    pincham guisa de sapos em roda do terreiro. Umdesses corta jaca no espinhao do pai, negro fornido,que no sabendo mais como desconjuntar-se, atirouconsigo ao cho e comeou de rabanar como um peixeem seco. (...)

    Jos de Alencar, Til.

    (*) adumbra-se = delineia-se, esboa-se.

    74 Para adequar a linguagem ao assunto, o autorlana mo tambm de um lxico popular, como atestamtodas as palavras listadas na alternativa

    a) saracoteio, brasido, rabanar, senzalas.b) esperneiam, senzalas, pincham, delrio.

    c) saracoteio, rabanar, cangote, pincham.d) fazenda, rabanar, cinzas, esperneiam.e) delrio, cambalhotas, cangote, fazenda.

    75 Na composio do texto, foram usados,reiteradamente,

    I. sujeitos pospostos;II. termos que intensificam a ideia de movimento;III. verbos no presente histrico.

    Est correto o que se indica em

    a) I, apenas.b) II, apenas.c) III, apenas.d) I e II, apenas.e) I, II e III.

    76 Ao comentar o romance Til e, inclusive, a cena docaptulo O samba, aqui reproduzida, Araripe Jr.,parente do autor e estudioso de sua obra, observou queesses so provavelmente os textos em que Alencarmais se quis aproximar dos padres de uma novaescola, deixando, neles, reconhecvel que, nomomento em que os escreveu, algum livro novo oimpressionara, levando-o pelo estmulo at superfetar*a sua verdadeira ndole de poeta. Alguns dos

    procedimentos estilsticos empregados na cena aquireproduzida indicam que a nova escola e o livro novoa que se refere o crtico pertencem ao que historiadoresda literatura chamaram de

    (*) superfetar = exceder, sobrecarregar, acrescentar-se (umacoisa a outra).

    a) Romantismo-Condoreirismo.b) Idealismo-Determinismo.c) Realismo-Naturalismo.d) Parnasianismo-Simbolismo.e) Positivismo-Impressionismo.

    77 Considerada no contexto histrico a que se refereTil, a desenvoltura com que os escravos, no excerto, seentregam dana representativa do fato de que

    a) a escravido, no Brasil, tal como ocorreu na Amricado Norte e no Caribe, foi branda.

    b) se permitia a eles, em ocasies especiais e sobvigilncia, que festejassem a seu modo.

    c) teve incio nas fazendas de caf o sincretismo dasculturas negra e branca, que viria a caracterizar acultura brasileira.

    d) o narrador entendia que o samba de terreiro era, emrealidade, um ritual umbandista disfarado.

    e) foi a generalizao, entre eles, do alcoolismo, que

    tornou antieconmica a explorao da mo de obraescrava nos cafezais paulistas.

    78 Em Viagens na minha terra, assim como em

    a) Memrias de um sargento de milcias, embora sesituem ambas as obras no Romantismo, criticam-seos exageros de idealizao e de expresso queocorrem nessa escola literria.

    b) A cidade e as serras, a preferncia pelo mundo ruralportugus tem como contraponto a ojeriza scidades estrangeiras Paris, em particular.

    c) Vidas secas, os discursos dos intelectuais so vistoscomo a prosa vil da nao, ao passo que asabedoria popular procede da sntesetranscendente, superior e inspirada pelas grandes eeternas verdades.

    d) Memrias pstumas de Brs Cubas, a prtica dadivagao e da digresso exerce sobre todos osvalores uma ao dissolvente, que culmina, emambos os casos, em puro niilismo.

    e) O cortio, manifestam-se, respectivamente, tanto oantibrasileirismo do escritor portugus quanto oantilusitanismo do seu par brasileiro, assim como oabsolutismo do primeiro e o liberalismo do segundo.

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    Texto para as questes 79 e 80

    Ata

    Acredito que o mau tempo haja concorrido para queos sabadoyleanos* hoje no estivessem na casa deJos Mindlin, em So Paulo, gozando das delcias docuscuz paulista aqui amavelmente prometido. Depois doalmoo, visita aos livros dialogantes, na expresso de

    Drummond, no sabemos se no rigoroso sistema devigilncia de Plnio Doyle, mas de qualquer forma comas gentilezas das reunies cariocas. Para o amigo deSo Paulo as saudaes afetuosas dos ausentes-

    presentes, que neste instante todos nos voltamos parao seu palcio, aquele que se iria desvestir dos aresaristocrticos para receber camaradescamente osdescamisados da Rua Baro de Jaguaribe.

    Guarde, amigo Mindlin, para breve o cuscuz datradio bandeirante, que hoje nos conformamos comos biscoitos la Plnio Doyle.

    Rio, 20-11-1976.

    Signatrios: Carlos Drummond de Andrade, Gilberto de

    Mendona Teles, Plnio Doyle e outros.

    Cartas da biblioteca Guita e Jos Mindlin. Adaptado.

    * sabadoyleanos: frequentadores do sabadoyle, nome dadoao encontro de intelectuais, especialmente escritores,realizado habitualmente aos sbados, na casa do biblifiloPlnio Doyle, situada no Rio de Janeiro.

    79 Da leitura do texto, depreende-se que

    a) o anfitrio carioca, embora gentil, cioso de sua

    biblioteca.b) o anfitrio paulista recebeu com honrarias os amigoscariocas, que visitaram a sua biblioteca.

    c) os cariocas no se sentiram vontade na casa dopaulista, a qual, na verdade, era uma manso.

    d) os cariocas preferiram ficar no Rio de Janeiro,embora a recepo em So Paulo fosse convidativa.

    e) o fracasso da visita dos cariocas a So Paulo abaloua amizade dos biblifilos.

    80 As expresses ares aristocrticos edescamisados relacionam-se, respectivamente,

    a) aos sabadoyleanos e a Plnio Doyle.b) a Jos Mindlin e a seus amigos cariocas.c) a gentilezas e a camaradescamente.d) aos signatrios do documento e aos amigos de So

    Paulo.e) a reunies cariocas e a tradio bandeirante.

    81 Leia o seguinte texto.

    O autor pensava estar romanceando o processobrasileiro de guerra e acomodao entre as raas, emconformidade com as teorias racistas da poca, mas, naverdade, conduzido pela lgica da fico, mostrava um

    processo primitivo de explorao econmica e formaode classes, que se encaminhava de um modo

    passavelmente brbaro e desmentia as iluses do

    romancista.Roberto Schwarz. Adaptado.

    Esse texto crtico refere-se ao livro

    a) Memrias de um sargento de milcias.b) Til.c) O cortio.d) Vidas secas.e) Capites da areia.

    82 Em quatro das alternativas abaixo, registram-sealguns dos aspectos que, para bem caracterizar ognero e o estilo das Memrias pstumas de BrsCubas, o crtico J. G. Merquior ps em relevo nessaobra de Machado de Assis. A nica alternativa que,invertendo, alis, o juzo do mencionado crtico, apontauma caracterstica que NO se aplica obra emquesto :

    a) ausncia praticamente completa de distanciamentoenobrecedor na figurao das personagens e desuas aes.

    b) mistura do srio e do cmico, de que resulta umaabordagem humorstica das questes mais cruciais.

    c) ampla liberdade do texto em relao aos ditames da

    verossimilhana.d) emprego de uma linguagem que evita chamar aateno sobre si mesma, apagando-se, assim, pordetrs da coisa narrada.

    e) uso frequente de gneros intercalados porexemplo, cartas ou bilhetes, historietas etc. embutidos no conjunto da obra global.

    83 Os momentos histricos em que se desenvolvemos enredos de Viagens na minha terra, Memrias deum sargento de milcias e Memrias pstumas deBrs Cubas (quanto a este ltimo, em particular no quese refere primeira juventude do narrador) so, todos,determinados de modo decisivo por um antecedentehistrico comum menos ou mais imediato, conforme ocaso. Trata-se da

    a) invaso de Portugal pelas tropas napolenicas.b) turbulncia social causada pelas revoltas regenciais.c) volta de D. Pedro I a Portugal.d) proclamao da independncia do Brasil.e) antecipao da maioridade de D. Pedro II.

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    Texto para as questes 84 e 85

    Morro da Babilnia

    noite, do morrodescem vozes que criam o terror(terror urbano, cinquenta por cento de cinema,e o resto que veio de Luanda ou se perdeu na lngua

    [geral).

    Quando houve revoluo, os soldados se espalharam[no morro,

    o quartel pegou fogo, eles no voltaram.Alguns, chumbados, morreram.O morro ficou mais encantado.

    Mas as vozes do morrono so propriamente lgubres.H mesmo um cavaquinho bem afinadoque domina os rudos da pedra e da folhageme desce at ns, modesto e recreativo,como uma gentileza do morro.

    Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo.

    84 Leia as seguintes afirmaes sobre o poema deDrummond, considerado no contexto do livro a quepertence:

    I. No conjunto formado pelos poemas do livro, areferncia ao Morro da Babilnia feita no ttulo dotexto mais as menes ao Leblon e ao Mier, aCopacabana, a So Cristvo e ao Mangue,presentes em outros poemas , sendo todas, aomesmo tempo, espaciais e de classe, constituemuma espcie de discreta topografia social do Rio deJaneiro.

    II. Nesse poema, assim como ocorre em outros textosdo livro, a ateno vida presente abre-se tambmpara a dimenso do passado, seja ele dado noregistro da histria ou da memria.

    III. A meno ao cavaquinho bem afinado, ao cabo dopoema, revela ter sido nesse livro que o poetafinalmente assumiu as canes da msica popularbrasileira como o modelo definitivo de sua lrica,superando, assim, seu antigo vnculo com a poesiade matriz culta ou erudita.

    Est correto o que se afirma em

    a) I, apenas.b) I e II, apenas.c) III, apenas.d) II e III, apenas.e) I, II e III.

    85 Guardadas as diferenas que separam as obras aseguir comparadas, as tenses a que remete o poemade Drummond derivam de um conflito de

    a) carter racial, assim como sucede emA cidade e asserras.

    b) grupos lingusticos rivais, de modo semelhante aoque ocorre em Viagens na minha terra.

    c) fundo religioso e doutrinrio, como o que agita oenredo de Til.

    d) classes sociais, tal como ocorre em Capites daareia.

    e) interesses entre agregados e proprietrios, como o

    que tensiona as Memrias pstumas de BrsCubas.

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    Texto para as questes de 86 a 88

    Time was, advertising was a relatively simpleundertaking: buy some print space and airtime, createthe spots, and blast them at a captive audience. Todayits chaos: while passive viewers still exist, mostly we

    pick and choose what to consume, ignoring ads with atouch of the DVR remote. Ads are forced to becomemore like content, and the best aim to engageconsumers so much that they pass the material on tofriends by email, Twitter, Facebook who will pass iton to friends, who will you get the picture. In theindustry, viral has become a usefully vague way todescribe any campaign that spreads from person to

    person, acquiring its own momentum.

    Its not that online advertising has eclipsed TV, but ithas become its full partner and in many ways the moresubstantive one, a medium in which the audience mustbe earned, not simply bought.

    Newsweek, March 26 & April 2, 2012. Adaptado.

    86 De acordo com o texto, a indstria publicitriaa) passou a criar anncios mais curtos.b) deixou de comprar tempo na TV devido ao aumento

    de custo por minuto.c) foi forada a se modificar em funo das novas

    tecnologias.d) aumentou sua audincia cativa.e) comeou a privilegiar a forma em vez de contedos.

    87 No texto, a palavra viral refere-se aa) campanhas publicitrias divulgadas entre usurios

    de mdias eletrnicas.b) vrus eletrnicos acoplados a anncios publicitrios.c) mensagens de alerta aos consumidores para os

    riscos de determinados produtos.d) mdias eletrnicas que tm dificuldade em controlar

    a disseminao de vrus.e) quantidades de anncios que congestionam as

    caixas postais dos usurios de correio eletrnico.

    88 Afirma-se, no texto, que, diferentemente da TV, napublicidade online a audincia tem de ser

    a) partilhada.b) valorizada.

    c) comprada.d) multiplicada.e) conquistada.

    Texto para as questes 89 e 90

    Missing Out: In Praise of the Unlived Life is AdamPhillips's 17th book and is a characteristic blend ofliterary criticism and philosophical reflection packagedaround a central idea. The theme here is missedopportunities, roads not taken, alternative versions ofour lives and ourselves, all of which, Phillips argues,exert a powerful hold over our imaginations. Using a

    series of examples and close readings of authorsincluding Philip Larkin and Shakespeare, the booksuggests that a broader understanding of life's inevitabledisappointments and thwarted desires can enable us tolive fuller, richer lives. Good things come to those whowait.

    Does he see himself as a champion of frustration?I'm not on the side of frustration exactly, so much as theidea that one has to be able to bear frustration in orderfor satisfaction to be realistic. I'm interested in how theculture of consumer capitalism depends on the idea thatwe can't bear frustration, so that every time we feel a bitrestless or bored or irritable, we eat, or we shop.

    .guardian.co.uk, 1 June 2012. Adaptado.

    89 Segundo o texto, o livro Missing Out: In Praise ofthe Unlived Life sugere que

    a) a fantasia deve se sobrepor a nossos planos devida.

    b) uma compreenso maior das decepes e dosdesejos no realizados pode nos ajudar a viver melhor.

    c) os relatos de vida dos escritores no nos servem deexemplo.

    d) um controle maior de nossa imaginao importante para lidarmos com nossas frustraes.e) as oportunidades perdidas devem ser recuperadas

    para uma vida satisfatria.

    90 No texto, em resposta pergunta Does he seehimself as a champion of frustration?, o autor do livroargumenta ser necessrio que as pessoas

    a) tenham experincias satisfatrias para compreendera frustrao.

    b) entendam cada vez mais a cultura capitalista deconsumo.

    c) se distraiam fazendo compras quando estoirritadas.

    d) lidem com as frustraes para que suas satisfaessejam realistas.

    e) percebam o que as deixa frustradas no dia a dia.

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  • 7/30/2019 FUVEST 2013 Prova V

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    FUVEST 20131 Fase Conhecimentos Gerais (25/11/2012)

    XXX.X

    XX.X

    XX.X

    XXDD/MM/AA

    AAHH:MM:SS