fuvest 2012 prova v oficina do estudante

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Questo 1 - Prova V Observe as charges.

CURSO E COLGIO

As charges, respectivamente, dos cartunistas Henfil (1982) e Dalcio (2011) esto separadas por quase trinta anos de histria, mas unidas na crtica a) ao preo, no mercado internacional, da madeira extrada das florestas brasileiras. b) presena de capital estrangeiro na explorao de madeiras de florestas no pas. c) exportao ilegal, via pases vizinhos, de madeira extrada das florestas brasileiras. d) ao desmatamento extensivo e indiscriminado das florestas brasileiras. e) ao uso recorrente de queimadas na eliminao de florestas no pas.

Alternativa: D

CURSO E COLGIO

As charges dos cartunistas Henfil e Dalcio apresentam um grave problema ambiental relativo ao desmatamento indiscriminado no territrio brasileiro, promovido pela expanso agropecuria que pode se intensificar aps a aprovao do Novo Cdigo Florestal.

Questo 2 - Prova Considere os mapas.

CURSO E COLGIO

Com base no mapa e em seus conhecimentos, correto afirmar que, tendo em vista as dinmicasespaciais na cidade de So Paulo, os hotis a) acompanharam o desenvolvimento, na cidade, de novas reas de centralidade. b) expandiram-se para o sudeste da cidade, devido ao desenvolvimento do setor primrio. c) deslocaram-se em direo s avenidas marginais, acompanhando o processo de conurbao. d) migraram em direo regio sudoeste, em funo do despovoamento do centro histrico. e) foram atrados para a periferia, devido descentralizao das indstrias paulistanas.

Alternativa: A

CURSO E COLGIO

As grandes cidades brasileiras, a exemplo de So Paulo, nos ltimos 30 anos, apresentaram expanso de hotis voltados para o turismo empresarial. Tais hotis acabaram atraindo convenes, simpsios e conferncias de grande porte. Alm disso, verifica-se tambm uma melhor infraestrutura, com melhor malha viria e aeroportos.

Questo 03 - Prova V

CURSO E COLGIO

Ainda no comeo do sculo 20, Euclides da Cunha,em pequeno estudo, discorria sobre os meios desujeio dos trabalhadores nos seringais da Amaznia, no chamado regime de peonagem, a escravido por dvida. Algo prximo do que foi constatado em So Paulo nestes dias [agosto de 2011] envolvendo duas oficinas terceirizadas de produo de vesturio.Jos de Souza Martins, 2011. Adaptado.

No texto acima, o autor faz meno presena de regime de trabalho anlogo escravido, na indstria de bens a) de consumo no durveis, com a contratao de imigrantes asiticos, destacandose coreanos e chineses. b) de consumo durveis, com a superexplorao, por meio de empresas de pequeno porte, de imigrantes chilenos e bolivianos. c) intermedirios, com a contratao prioritria de imigrantes asiticos, destacando-se coreanos e chineses. d) de consumo no durveis, com a superexplorao, principalmente, de imigrantes bolivianos e peruanos. e) de produo, com a contratao majoritria, por meio de empresas de mdio porte, de imigrantes peruanos e colombianos.

Alternativa: D

CURSO E COLGIO

Nos ltimos anos, verifica-se um grande movimento migratrio, principalmente de bolivianos e peruanos para os grandes centros urbanos procura de empregos. Esta mo-de-obra vem sendo utilizada em regime de semi-escravido, j que os trabalhadores recebem, em geral, apenas moradia e alimentao.

Questo 04 - Prova V Observe os seguintes mapas do Brasil.

CURSO E COLGIO

Os mapas representam, respectivamente, os temasI a) b) c) d) e) Natalidade Mortalidade Infantil Alfabetizao Natalidade Alfabetizao II Mortalidade Infantil Alfabetizao Trabalho Infantil IDH Mortalidade Infantil III IDH Trabalho infantil IDH Trabalho infantil Natalidade

Alternativa: C Os mapas temticos so respectivamente:

CURSO E COLGIO

Mapa I Taxa de alfabetizao no Brasil, mostrando os grandes contrastes entre So Paulo e Rio de Janeiro (+95%) e Regio Nordestina e Acre (- 85%) Mapa II Referente ao trabalho infantil. Apresenta altos ndices de mo-de-obra infantil em regies de grande carncia e predomnio do setor primrio da economia (principalmente extrativismo) Mapa III referente ao IDH, que ilustra grande desenvolvimento econmico e social do Centro-Sul do Brasil.

Questo 05 - Prova V Observe os mapas do Brasil.

CURSO E COLGIO

Considere as afirmativas relacionadas aos mapas. I. Alta concentrao fundiria e pouca diversificao da atividade econmica so caractersticas de um bolso de pobreza existente no extremo sul do Brasil. II. A despeito de seus excelentes indicadores econmicos bem como de seu elevado grau de industrializao, a Regio Sudeste abriga bolses de pobreza. III. A biodiversidade da floresta assegura alta renda per capita aos habitantes da Amaznia, enquanto moradores da caatinga nordestina padecem em bolses de pobreza. IV. Embora Braslia detenha alguns dos melhores indicadores socioeconmicos do pas, o prprio Distrito Federal e arredores abrigam um bolso de pobreza. Est correto o que se afirma em a) I, II e III, apenas. b) I, II e IV, apenas. c) II e III, apenas. d) III e IV, apenas. e) I, II, III e IV.

Alternativa: B

CURSO E COLGIO

Os mapas do Brasil so referentes renda per capita e aos bolses de pobreza. As afirmaes corretas so: I, II e IV, que apresentam caractersticas histricas do processo de desenvolvimento socio-econmico brasileiro, como a concentrao fundiria, agricultura voltada para exportao e grandes disparidades regionais.

Questo 06 - Prova V

CURSO E COLGIO

Logo aps a entrada de milhares de imigrantes norte-africanos na Itlia, em abril deste ano, o presidente da Frana, Nicolas Sarkozy, e o primeiro ministro da Itlia, Silvio Berlusconi, fizeram as seguintes declaraes a respeito de um consenso entre pases da Unio Europeia (UE) e associados. Queremos mant-lo vivo, mas para isso preciso reform-lo.Nicolas Sarkozy.

No queremos coloc-lo em causa, mas em situaes excepcionais acreditamos que preciso fazer alteraes, sobre as quais decidimos trabalhar em conjunto.Silvio Berlusconi. http://pt.euronews.net. Acesso em julho/2011. Adaptado.

Sarkozy e Berlusconi encaminharam pedido UE, solicitando a reviso do a) Tratado de Maastricht, o qual concede anistia aos imigrantes ilegais radicados em pases europeus h mais de 5 anos. b) Acordo de Schengen, segundo o qual Itlia e Frana devem formular polticas sociais de natureza bilateral. c) Tratado de Maastricht, que implementou a Unio Econmica Monetria e a moeda nica em todos os pases da UE. d) Tratado de Roma, que criou a Comunidade Econmica Europeia (CEE) e suprimiu os controles alfandegrios nas fronteiras internas. e) Acordo de Schengen, pelo qual se assegura a livre circulao de pessoas pelos pases signatrios desse acordo.

Alternativa: E

CURSO E COLGIO

As declaraes das lideranas europeias fazem referncia questo migratria dentro da Unio Europeia, regida pelo acordo de Schengen de livre circulao de pessoas. A crise econmica e o avano dos segmentos polticos conservadores vem reacendendo o sentimento de xenofobia.

Questo 07 - Prova V

CURSO E COLGIO

Considere as afirmativas, o mapa, o grfico e a imagem das casas semissoterradas, na China, para responder questo.

Alternativa: C

CURSO E COLGIO

O item I est correto, pois relaciona as tempestades de areia ao deserto que as origina. O item II falso, pois o deserto na verdade uma rea e alta presso (disperso de ventos). O item III est correto ao elencar as principais caractersticas da desertificao. O item IV est correto devido presena de desertos similares em mdias latitudes.

Questo 8 - Prova

CURSO E COLGIO

Observe o mapa, no qual esto assinaladas reas de plantio de um importante produto agrcola.

Esse produto e caractersticas de suas reas de ocorrncia esto corretamente indicados em:Produto a) b) c) d) e) arroz soja cana-de-acar milho trigo Declividade do terreno muito baixa ( 348 kJ/mol. b) d < 0,154 nm e E < 348 kJ/mol. c) d = 0,154 nm e E = 348 kJ/mol. d) d > 0,154 nm e E < 348 kJ/mol. e) d > 0,154 nm e E > 348 kJ/mol. Alternativa: ACURSO E COLGIO

A ligao covalente ocorre por sobreposio de orbitais e, conseqentemente, compartilhamento de eltrons. Para uma ligao simples, a sobreposio dos orbitais facilitada, pois ocorre entre orbitais que esto na mesma direo, resultando em uma distncia d entre os tomos. Para uma ligao dupla ocorrer necessrio haver, alm da sobreposio dos orbitais frontais, a sobreposio de orbitais paralelos, resultando em uma maior aproximao dos tomos e, consequentemente, uma menor distncia entre eles d: d = 0,154 nm Portanto: d < 0,154 nm

Como os tomos na ligao dupla esto mais prximos e mais fortemente ligados, a energia necessria para romper tal ligao ser maior que a energia para romper a ligao simples: Esimples = 348 kJ/mol Portanto: Edupla > 348 kJ/mol

Questo 28 - Prova V

CURSO E COLGIO

O monxido de nitrognio (NO) pode ser produzido diretamente a partir de dois gases que so os principais constituintes do ar atmosfrico, por meio da reao representada por N2(g) + O2(g) 2NO(g)

H=+180 kJ.

O NO pode ser oxidado, formando o dixido de nitrognio (NO2), um poluente atmosfrico produzido nos motores a exploso: 2NO(g) + O2(g) 2NO2(g) Tal poluente pode ser decomposto nos gases N 2 e O2: 2NO2(g) N2(g) + 2O2(g). Essa ltima transformao a) libera quantidade de energia maior do que 114 kJ. b) libera quantidade de energia menor do que 114 kJ. c) absorve quantidade de energia maior do que 114 kJ. d) absorve quantidade de energia menor do que 114 kJ. e) ocorre sem que haja liberao ou absoro de energia. Alternativa: BCURSO E COLGIO

H= -114 kJ.

Para o clculo da energia envolvida na decomposio de NO 2 pode-se empregar os dados de variao de entalpia (H) fornecidos para as outras duas reaes, empregando-se a Lei de Hess: N2(g) + O2(g) 2NO(g) 2 NO(g) + O2(g) 2NO2(g) H = + 180 kJ H = - 114 kJ (x -1) (x -1)

2 NO(g) N2(g) + O2(g)

H = - 180 kJ

2 NO2(g) 2NO(g) + O2(g) H = + 114 kJ ______________________________________ 2 NO2(g) N2(g) + 2O2(g) H = - 66 kJ

+

Portanto, esta reao libera 66 kJ de energia.

Questo 29 - Prova V Volumes iguais de uma soluo de I 2 (em solvente orgnico apropriado) foram colocados em cinco diferentes frascos. Em seguida, a cada um dos frascos foi adicionada uma massa diferente de estanho (Sn), variando entre 0,2 e 1,0 g. Em cada frasco, formou-se uma certa quantidade de SnI4, que foi, ento, purificado e pesado. No grfico abaixo, so apresentados os resultados desse experimento. Com base nesses resultados experimentais, possvel afirmar que o valor da relao

CURSO E COLGIO

, aproximadamente, a) 1 : 8 b) 1 : 4 c) 1 : 2 d) 2 : 1 e) 4 : 1 Alternativa: DCURSO E COLGIO

O grfico fornece a massa total obtida de SnI 4 e a massa de Sn adicionada, portanto, obtm-se a massa de I2 pela diferena de massas, segundo a Lei de Conservao das Massas. Pelo grfico, retiram-se os seguintes dados: Dados retirados do grfico Massa de SnI4 (g) 1,0 2,0 3,0 Massa de Sn (g) 0,2 0,4 0,6 Diferena das massas Massa de I2 (g) 0,8 1,6 2,4

Como se pode observar, a relao entre as massas de Sn e I 2 pode ser descrita por:

mI mSn2

=

0,8 0,2

=

1,6 0,4

=

2,4 0,6

=

4 1

Como o exerccio pede a reao das massas molares, temos que considerar a proporo em mols, da equao balanceada, ou seja: 1 Sn + 2 I2 SnI4

Temos:

n=

m M

ou

M=

m n

Ento: mI2 nI2 mSn nSn 4 2 1 1

MI2 MSn

=

=

=

2 1

Questo 30 - Prova V

CURSO E COLGIO

Observa-se que uma soluo aquosa saturada de HCl libera uma substncia gasosa. Uma estudante de qumica procurou representar, por meio de uma figura, os tipos de partculas que predominam nas fases aquosa e gasosa desse sistema sem representar as partculas de gua. A figura com a representao mais adequada seria

Alternativa: C

CURSO E COLGIO

cidos so substncias, que quando dissolvidas em gua, sofrem reao de ionizao; portanto, no sistema apresentado deve constar tal reao: HC(g) HC(aq) H+(aq) + C-(aq) Alm disso, por se tratar de um cido voltil saturado, espera-se ainda que parte de suas molculas estejam presentes no estado gasoso e, portanto, esta representao tambm deve constar na figura.

Questo 31 - Prova V

CURSO E COLGIO

A isomerizao cataltica de parafinas de cadeia no ramificada, produzindo seus ismeros ramificados, um processo importante na indstria petroqumica. A uma determinada temperatura e presso, na presena de um catalisador, o equilbrio

atingido aps certo tempo, sendo a constante de equilbrio igual a 2,5. Nesse processo, partindo exclusivamente de 70,0 g de n-butano, ao se atingir a situao de equilbrio, x gramas de n-butano tero sido convertidos em isobutano. O valor de x a) 10,0 b) 20,0 c) 25,0 d) 40,0 e) 50,0 Alternativa: ECURSO E COLGIO

Considerando o equilbrio dado, bem como seu valor de constante, temos:

CH3CH2CH2CH3(g) Incio 70g M V x M V 70 x M V = 2,5

(CH3)2CHCH3(g)

0

Reao

-

+

Equilbrio

x M V x M V

Kc = x M V 70 x M V

[produto] [reagente]

Kc =

= 2,5

x 70 - x

=2,5x = 175 2,5 x 3,5x = 175

x=

175 3,5 = 50

Questo 32 - Prova V

CURSO E COLGIO

Para investigar o fenmeno de oxidao do ferro,fez-se o seguinte experimento: No fundo de cada um de dois tubos de ensaio, foi colocada uma amostra de fios de ferro, formando uma espcie de novelo. As duas amostras de ferro tinham a mesma massa. O primeiro tubo foi invertido e mergulhado, at certa altura, em um recipiente contendo gua. Com o passar do tempo, observouse que a gua subiu dentro do tubo, atingindo seu nvel mximo aps vrios dias. Nessa situao, mediu-se a diferena (x) entre os nveis da gua no tubo e no recipiente. Alm disso, observou-se corroso parcial dos fios de ferro. O segundo tubo foi mergulhado em um recipiente contendo leo em lugar de gua. Nesse caso, observou-se que no houve corroso visvel do ferro e o nvel do leo, dentro e fora do tubo, permaneceu o mesmo. Sobre tal experimento, considere as seguintes afirmaes: I. Com base na variao (x) de altura da coluna de gua dentro do primeiro tubo de ensaio, possvel estimar a porcentagem de oxignio no ar. II. Se o experimento for repetido com massa maior de fios de ferro, a diferena entre o nvel da gua no primeiro tubo e no recipiente ser maior que x. III. O segundo tubo foi mergulhado no recipiente com leo a fim de avaliar a influncia da gua no processo de corroso. Est correto o que se afirma em a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) II, apenas. d) III, apenas. e) I, II e III. Alternativa: BCURSO E COLGIO

Avaliando-se as consideraes feitas acerca do experimento, pode-se concluir: I. Correta, pois a quantidade de oxignio consumido para a formao de ferrugem (corroso do ferro), conjuntamente com o ferro e a gua, proporcional diferena x entre os nveis, que se relaciona diretamente como volume ocupado por este gs. II. Incorreta, pois, nota-se no experimento com a gua, que h sobra de ferro aps a reao (ferro parcialmente corrodo), o que indica que um aumento na massa de fios de ferro no originaria maior consumo do oxignio dentro do tubo. III. Correta, pois ao se testar o experimento na presena de gua, h a ocorrncia da reao, mas possvel observar visualmente apenas a participao do oxignio (pela diferena x entre os nveis), uma vez que no se nota o consumo da gua. Assim, somente ao se trocar a gua pelo leo, mantendo-se todos os outros parmetros da reao iguais, que se comprova sua grande influncia: sem a gua, o processo de corroso (ferrugem) no ocorre.

Questo 33 - Prova V Na dcada de 1780, o mdico italiano Luigi Galvani realizou algumas observaes, utilizando rs recentemente dissecadas. Em um dos experimentos, Galvani tocou dois pontos da musculatura de uma r com dois arcos de metais diferentes, que estavam em contato entre si, observando uma contrao dos msculos, conforme mostra a figura:

CURSO E COLGIO

Interpretando essa observao com os conhecimentos atuais, pode-se dizer que as pernas da r continham solues diludas de sais. Pode-se, tambm, fazer uma analogia entre o fenmeno observado e o funcionamento de uma pilha. Considerando essas informaes, foram feitas as seguintes afirmaes: I. Devido diferena de potencial entre os dois metais, que esto em contato entre si e em contato com a soluo salina da perna da r, surge uma corrente eltrica. II. Nos metais, a corrente eltrica consiste em um fluxo de eltrons. III. Nos msculos da r, h um fluxo de ons associado ao movimento de contrao. Est correto o que se afirma em a) I, apenas. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. Alternativa: ECURSO E COLGIO

Avaliando-se as afirmaes feitas, podem-se fazer as seguintes consideraes: I. Correta, pois uma corrente eltrica surge quando h diferena de potencial entre 2 dispositivos condutores eltricos (conhecidos como eletrodos) e quando h um material tambm condutor entre estes eletrodos, que, neste caso, a soluo salina. II. Correta, pois nos metais h eltrons livres, devido ligao metlica existente entre estes tomos. Com a presena destes eltrons livres, h a possibilidade de sua movimentao para a gerao de corrente eltrica (fluxo de eltrons). III. Correta, pois, segundo a fisiologia animal, diversos ons esto associados aos movimentos musculares, como o Ca+2 e o K+.

Questo 34 - Prova Texto para as questes de 34 a 36

CURSO E COLGIO

Todas as variedades lingusticas so estruturadas, e correspondem a sistemas e subsistemas adequados s necessidades de seus usurios. Mas o fato de estar a lngua fortemente ligada estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliao distinta das caractersticas das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilsticas. A lngua padro, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal lingustico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua funo coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma pondervel fora contrria variao.Celso Cunha. Nova gramtica do portuguscontemporneo. Adaptado.

Depreende-se do texto que uma determinada lngua um a) conjunto de variedades lingusticas, dentre as quais uma alcana maior valor social e passa a ser considerada exemplar. b) sistema de signos estruturado segundo as normas institudas pelo grupo de maior prestgio social. c) conjunto de variedades lingusticas cuja proliferao vedada pela norma culta. d) complexo de sistemas e subsistemas cujo funcionamento prejudicado pela heterogeneidade social. e) conjunto de modalidades lingusticas, dentre as quais algumas so dotadas de normas e outras no o so. Alternativa: ACURSO E COLGIO

citado no texto que a lngua possui um conjunto de variedades e uma delas passa a ser considerada como modelo, norma e ideal, ou seja, exemplar.

Questo 35 - Prova Texto para as questes de 34 a 36

CURSO E COLGIO

Todas as variedades lingusticas so estruturadas, e correspondem a sistemas e subsistemas adequados s necessidades de seus usurios. Mas o fato de estar a lngua fortemente ligada estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliao distinta das caractersticas das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilsticas. A lngua padro, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal lingustico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua funo coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma pondervel fora contrria variao.Celso Cunha. Nova gramtica do portuguscontemporneo. Adaptado.

De acordo com o texto, em relao s demais variedades do idioma, a lngua padro se comporta de modo a) inovador. b) restritivo. c) transigente. d) neutro. e) aleatrio. Alternativa: BCURSO E COLGIO

Interpreta-se que a lngua padro atua de forma restritiva, uma vez que dito que uma fora contrria variao, deixando claro seu papel.

Questo 36 - Prova V Texto para as questes de 34 a 36

CURSO E COLGIO

Todas as variedades lingusticas so estruturadas, e correspondem a sistemas e subsistemas adequados s necessidades de seus usurios. Mas o fato de estar a lngua fortemente ligada estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliao distinta das caractersticas das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilsticas. A lngua padro, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal lingustico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua funo coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma pondervel fora contrria variao.Celso Cunha. Nova gramtica do portuguscontemporneo. Adaptado.

Considere as seguintes afirmaes sobre os quatro perodos que compem o texto: I. Tendo em vista as relaes de sentido constitudas no texto, o primeiro perodo estabelece uma causa cuja consequncia aparece no segundo perodo. II. O uso de oraes subordinadas, tal como ocorre no terceiro perodo, muito comum em textos dissertativos. III. Por formarem um pargrafo tipicamente dissertativo, os quatro perodos se organizam em uma sequncia constituda de introduo, desenvolvimento e concluso. IV. O procedimento argumentativo do texto dedutivo, isto , vai do geral para o particular. Est correto apenas o que se afirma em a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. Alternativa: ECURSO E COLGIO

No possvel dizer que a afirmao I correta, uma vez que a relao entre os perodos no de causa/consequncia. A afirmao II correta, evidenciada pelo perodo possuir duas oraes subordinadas adverbiais, assim como a III tambm vlida (que traz a estrutura bsica dissertativa, presente no trecho) e a IV (que diz que o texto traz uma viso ampla que se restringe a um aspecto). Assim, a alternativa correta a E.

Questo 37 - Prova V Texto para as questes 37 e 38

CURSO E COLGIO

Leia o seguinte trecho de uma entrevista concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa: Entrevistador: O protagonismo do STF dos ltimos tempos tem usurpado as funes do Congresso? Entrevistado: Temos uma Constituio muito boa, mas excessivamente detalhista, com um nmero imenso de dispositivos e, por isso, suscetvel a fomentar interpretaes e toda sorte de litgios. Tambm temos um sistema de jurisdio constitucional, talvez nico no mundo, com um rol enorme de agentes e instituies dotadas da prerrogativa ou de competncia para trazer questes ao Supremo. um leque considervel de interesses, de vises, que acaba causando a interveno do STF nas mais diversas questes, nas mais diferentes reas, inclusive dando margem a esse tipo de acusao. Nossas decises no deveriam passar de duzentas, trezentas por ano. Hoje, so analisados cinquenta mil, sessenta mil processos. uma insanidade.Veja, 15/06/2011.

Tendo em vista o contexto, a palavra do texto que sintetiza o teor da acusao referida na entrevista a) usurpado. b) detalhista. c) fomentar. d) litgios. e) insanidade. Alternativa: ACURSO E COLGIO

O candidato deve perceber que a resposta do entrevistado concentra-se na justificativa de uma acusao descrita na pergunta do entrevistador, evidenciada pela utilizao da palavra usurpado.

Questo 38 - Prova Texto para as questes 37 e 38

CURSO E COLGIO

Leia o seguinte trecho de uma entrevista concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa: Entrevistador: O protagonismo do STF dos ltimos tempos tem usurpado as funes do Congresso? Entrevistado: Temos uma Constituio muito boa, mas excessivamente detalhista, com um nmero imenso de dispositivos e, por isso, suscetvel a fomentar interpretaes e toda sorte de litgios. Tambm temos um sistema de jurisdio constitucional, talvez nico no mundo, com um rol enorme de agentes e instituies dotadas da prerrogativa ou de competncia para trazer questes ao Supremo. um leque considervel de interesses, de vises, que acaba causando a interveno do STF nas mais diversas questes, nas mais diferentes reas, inclusive dando margem a esse tipo de acusao. Nossas decises no deveriam passar de duzentas, trezentas por ano. Hoje, so analisados cinquenta mil, sessenta mil processos. uma insanidade.Veja, 15/06/2011.

No trecho dotadas da prerrogativa ou de competncia, a presena de artigo antes do primeiro substantivo e a sua ausncia antes do segundo fazem que o sentido de cada um desses substantivos seja, respectivamente, a) figurado e prprio. b) abstrato e concreto. c) especfico e genrico. d) tcnico e comum. e) lato e estrito. Alternativa: CCURSO E COLGIO

A questo faz referncia a uma funo comum dos artigos, a especificao. Deste modo, era necessrio perceber que a presena do artigo definido a em da prerrogativa, traz para o substantivo o sentido especfico e a ausncia do artigo em de competncia, generaliza o sentindo. Portanto, alternativa C.

Questo 39 - Prova V

CURSO E COLGIO

Como no expressa viso populista nem elitista, o livro no idealiza os pobres e rsticos, isto , no oculta o dano causado pela privao, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrrio, o livro trata de realar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramtico de limitao intelectual e esforo reflexivo. Essas afirmaes aplicam-se ao modo como, na obra a) Auto da barca do inferno, so representados os judeus, marginalizados na sociedade portuguesa medieval. b) Memrias de um sargento de milcias, so figuradas Luisinha e as crias da casa de D. Maria. c) Dom Casmurro, so figurados os escravos da casa de D. Glria. d) A cidade e as serras, so representados os camponeses de Tormes. e) Vidas secas, so figurados Fabiano, sinha Vitria e os meninos. Alternativa: ECURSO E COLGIO

O narrador revela Fabiano e sua famlia como instncias marginalizadas ou negligenciadas pelo Estado do bem estar social (Estado Novo), que abandonou o sujeito de direito a prpria sorte, isto , margem do processo histrico. Da o enlace estreito e dramtico de limitao intelectual e esforo reflexivo do cidado diante daqueles que representam o autoritarismo.

Questo 40 - Prova V Texto para as questes de 40 a 46

CURSO E COLGIO

Passaram-se semanas. Jernimo tomava agora, todas as manhs, uma xcara de caf bem grosso, moda da Ritinha, e tragava dois dedos de parati pra cortar a friagem. Uma transformao, lenta e profunda, operava-se nele, dia a dia, hora a hora, reviscerando-lhe o corpo e alando-lhe os sentidos, num trabalho misterioso e surdo de crislida. A sua energia afrouxava lentamente: faziase contemplativo e amoroso. A vida americana e a natureza do Brasil patenteavam-lhe agora aspectos imprevistos e sedutores que o comoviam; esquecia-se dos seus primitivos sonhos de ambio, para idealizar felicidades novas, picantes e violentas; tornava-se liberal, imprevidente e franco, mais amigo de gastar que de guardar; adquiria desejos, tomava gosto aos prazeres, e volvia-se preguioso, resignando-se, vencido, s imposies do sol e do calor, muralha de fogo com que o esprito eternamente revoltado do ltimo tamoio entrincheirou a ptria contra os conquistadores aventureiros. E assim, pouco a pouco, se foram reformando todos os seus hbitos singelos de aldeo portugus: e Jernimo abrasileirou-se. (...) E o curioso que, quanto mais ia ele caindo nos usos e costumes brasileiros, tanto mais os seus sentidos se apuravam, posto que em detrimento das suas foras fsicas. Tinha agora o ouvido menos grosseiro para a msica, compreendia at as intenes poticas dos sertanejos, quando cantam viola os seus amores infelizes; seus olhos, dantes s voltados para a esperana de tornar terra, agora, como os olhos de um marujo, que se habituaram aos largos horizontes de cu e mar, j se no revoltavam com a turbulenta luz, selvagem e alegre, do Brasil, e abriam-se amplamente defronte dos maravilhosos despenhadeiros ilimitados e das cordilheiras sem fim, donde, de espao a espao, surge um monarca gigante, que o sol veste de ouro e ricas pedrarias refulgentes e as nuvens toucam de alvos turbantes de cambraia, num luxo oriental de arbicos prncipes voluptuosos.Alusio Azevedo, O cortio.

Considere as seguintes afirmaes, relacionadas ao excerto de O cortio: I. O sol, que, no texto, se associa fortemente ao Brasil e ptria, um smbolo que percorre o livro como manifestao da natureza tropical e, em certas passagens, representa o princpio masculino da fertilidade. II. A viso do Brasil expressa no texto manifesta a ambiguidade do intelectual brasileiro da poca em que a obra foi escrita, o qual acatava e rejeitava a sua terra, dela se orgulhava e envergonhava, nela confiava e dela desesperava. III. O narrador aceita a viso extico-romntica de uma natureza (brasileira) poderosa e transformadora, reinterpretando-a em chave naturalista. Aplica-se ao texto o que se afirma em a) I, somente. b) II, somente. c) II e III, somente. d) I e III, somente. e) I, II e III.

Alternativa: E

CURSO E COLGIO

A questo 40, sobre o romance O Cortio, exigia do candidato um conhecimento mais amplo sobre os discursos que circulavam no contexto intelectual brasileiro e que embasavam a produo do livro. Foi exigido que o candidato tivesse conhecimento de que a cincia da poca considerava o papel do sol e do calor como fundamentais para a origem do mpeto sexual, principalmente nos machos. Exigia-se tambm que o candidato conhecesse que as perspectivas crticas do Brasil apresentavam um conflito de vozes: ora bebiam em fontes romnticas de valorizao ptria, ora pregavam uma perspectiva cientificista sobre a sociedade. Vale ressaltar que a questo apresenta problemas e exigia um conhecimento muito especfico de UMA interpretao sobre a sociedade brasileira do sculo XIX. Alm disso, o item traz a expresso "extico-romntica", imprpria para referir-se viso de natureza representada por Alusio Azevedo no romance.

Questo 41 - Prova V Texto para as questes de 40 a 46

CURSO E COLGIO

Passaram-se semanas. Jernimo tomava agora, todas as manhs, uma xcara de caf bem grosso, moda da Ritinha, e tragava dois dedos de parati pra cortar a friagem. Uma transformao, lenta e profunda, operava-se nele, dia a dia, hora a hora, reviscerando-lhe o corpo e alando-lhe os sentidos, num trabalho misterioso e surdo de crislida. A sua energia afrouxava lentamente: faziase contemplativo e amoroso. A vida americana e a natureza do Brasil patenteavam-lhe agora aspectos imprevistos e sedutores que o comoviam; esquecia-se dos seus primitivos sonhos de ambio, para idealizar felicidades novas, picantes e violentas; tornava-se liberal, imprevidente e franco, mais amigo de gastar que de guardar; adquiria desejos, tomava gosto aos prazeres, e volvia-se preguioso, resignando-se, vencido, s imposies do sol e do calor, muralha de fogo com que o esprito eternamente revoltado do ltimo tamoio entrincheirou a ptria contra os conquistadores aventureiros. E assim, pouco a pouco, se foram reformando todos os seus hbitos singelos de aldeo portugus: e Jernimo abrasileirou-se. (...) E o curioso que, quanto mais ia ele caindo nos usos e costumes brasileiros, tanto mais os seus sentidos se apuravam, posto que em detrimento das suas foras fsicas. Tinha agora o ouvido menos grosseiro para a msica, compreendia at as intenes poticas dos sertanejos, quando cantam viola os seus amores infelizes; seus olhos, dantes s voltados para a esperana de tornar terra, agora, como os olhos de um marujo, que se habituaram aos largos horizontes de cu e mar, j se no revoltavam com a turbulenta luz, selvagem e alegre, do Brasil, e abriam-se amplamente defronte dos maravilhosos despenhadeiros ilimitados e das cordilheiras sem fim, donde, de espao a espao, surge um monarca gigante, que o sol veste de ouro e ricas pedrarias refulgentes e as nuvens toucam de alvos turbantes de cambraia, num luxo oriental de arbicos prncipes voluptuosos.Alusio Azevedo, O cortio.

O papel desempenhado pela personagem Ritinha (Rita Baiana), no processo sintetizado no excerto, assemelha-se ao da personagem a) Iracema, do romance homnimo, na medida em que ambas simbolizam o poder de seduo da terra brasileira sobre o portugus que aqui chegava. b) Vidinha, de Memrias de um sargento de milcias, tendo em vista que uma e outra constituem fatores decisivos para o desencaminhamento de personagens masculinas anteriormente bem orientadas. c) Capitu, de Dom Casmurro, a qual, como a baiana, tambm lana mo de seus encantos femininos para obter ascenso social. d) Joaninha, de A cidade e as serras, pois ambas representam a simplicidade natural das mulheres do campo, em oposio beleza artificiosa das mulheres das cidades. e) Dora, de Capites da areia, na medida em que ambas so responsveis diretas pela regenerao fsica e moral de seus respectivos pares amorosos.

Alternativa: A

CURSO E COLGIO

Em uma questo tpica de literatura comparada, foi exigido do candidato que identificasse com qual outra personagem feminina a personagem Rita Baiana mais se assemelhava. Embora muito distintas entre si, a resposta correta relacionava Ritinha e Iracema quanto seduo extica brasileira que exerciam sobre personagens de origem portuguesa. Uma alternativa que poderia gerar confuso a que relaciona Rita a Vidinha, dadas suas semelhanas. Essa alternativa mostrava-se equivocada, pois Vidinha no foi responsvel por um desencaminhamento de Leonardo.

Questo 42 - Prova V Texto para as questes de 40 a 46

CURSO E COLGIO

Passaram-se semanas. Jernimo tomava agora, todas as manhs, uma xcara de caf bem grosso, moda da Ritinha, e tragava dois dedos de parati pra cortar a friagem. Uma transformao, lenta e profunda, operava-se nele, dia a dia, hora a hora, reviscerando-lhe o corpo e alando-lhe os sentidos, num trabalho misterioso e surdo de crislida. A sua energia afrouxava lentamente: faziase contemplativo e amoroso. A vida americana e a natureza do Brasil patenteavam-lhe agora aspectos imprevistos e sedutores que o comoviam; esquecia-se dos seus primitivos sonhos de ambio, para idealizar felicidades novas, picantes e violentas; tornava-se liberal, imprevidente e franco, mais amigo de gastar que de guardar; adquiria desejos, tomava gosto aos prazeres, e volvia-se preguioso, resignando-se, vencido, s imposies do sol e do calor, muralha de fogo com que o esprito eternamente revoltado do ltimo tamoio entrincheirou a ptria contra os conquistadores aventureiros. E assim, pouco a pouco, se foram reformando todos os seus hbitos singelos de aldeo portugus: e Jernimo abrasileirou-se. (...) E o curioso que, quanto mais ia ele caindo nos usos e costumes brasileiros, tanto mais os seus sentidos se apuravam, posto que em detrimento das suas foras fsicas. Tinha agora o ouvido menos grosseiro para a msica, compreendia at as intenes poticas dos sertanejos, quando cantam viola os seus amores infelizes; seus olhos, dantes s voltados para a esperana de tornar terra, agora, como os olhos de um marujo, que se habituaram aos largos horizontes de cu e mar, j se no revoltavam com a turbulenta luz, selvagem e alegre, do Brasil, e abriam-se amplamente defronte dos maravilhosos despenhadeiros ilimitados e das cordilheiras sem fim, donde, de espao a espao, surge um monarca gigante, que o sol veste de ouro e ricas pedrarias refulgentes e as nuvens toucam de alvos turbantes de cambraia, num luxo oriental de arbicos prncipes voluptuosos.Alusio Azevedo, O cortio.

Ao comparar Jernimo com uma crislida, o narrador alude, em linguagem literria, a fenmenos do desenvolvimento da borboleta, por meio das seguintes expresses do texto: I. transformao, lenta e profunda (L. 5); II. reviscerando (L. 6); III. alando (L. 7); IV. trabalho misterioso e surdo (L. 7). Tais fenmenos esto corretamente indicados em a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) III e IV, apenas. d) II, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. Alternativa: ECURSO E COLGIO

A questo 42 exigia do candidato uma razovel capacidade de interpretao para identificar quais expresses destacadas se relacionavam ao desenvolvimento de uma borboleta. Dos itens oferecidos, todos se relacionavam com a crislida, elemento de comparao com a personagem Jernimo.

Questo 43 - Prova

CURSO E COLGIO

Texto para as questes de 40 a 46 Passaram-se semanas. Jernimo tomava agora, todas as manhs, uma xcara de caf bem grosso, moda da Ritinha, e tragava dois dedos de parati pra cortar a friagem. Uma transformao, lenta e profunda, operava-se nele, dia a dia, hora a hora, reviscerando-lhe o corpo e alando-lhe os sentidos, num trabalho misterioso e surdo de crislida. A sua energia afrouxava lentamente: faziase contemplativo e amoroso. A vida americana e a natureza do Brasil patenteavam-lhe agora aspectos imprevistos e sedutores que o comoviam; esquecia-se dos seus primitivos sonhos de ambio, para idealizar felicidades novas, picantes e violentas; tornava-se liberal, imprevidente e franco, mais amigo de gastar que de guardar; adquiria desejos, tomava gosto aos prazeres, e volvia-se preguioso, resignando-se, vencido, s imposies do sol e do calor, muralha de fogo com que o esprito eternamente revoltado do ltimo tamoio entrincheirou a ptria contra os conquistadores aventureiros. E assim, pouco a pouco, se foram reformando todos os seus hbitos singelos de aldeo portugus: e Jernimo abrasileirou-se. (...) E o curioso que, quanto mais ia ele caindo nos usos e costumes brasileiros, tanto mais os seus sentidos se apuravam, posto que em detrimento das suas foras fsicas. Tinha agora o ouvido menos grosseiro para a msica, compreendia at as intenes poticas dos sertanejos, quando cantam viola os seus amores infelizes; seus olhos, dantes s voltados para a esperana de tornar terra, agora, como os olhos de um marujo, que se habituaram aos largos horizontes de cu e mar, j se no revoltavam com a turbulenta luz, selvagem e alegre, do Brasil, e abriam-se amplamente defronte dos maravilhosos despenhadeiros ilimitados e das cordilheiras sem fim, donde, de espao a espao, surge um monarca gigante, que o sol veste de ouro e ricas pedrarias refulgentes e as nuvens toucam de alvos turbantes de cambraia, num luxo oriental de arbicos prncipes voluptuosos.Alusio Azevedo, O cortio.

Os costumes a que adere Jernimo em sua transformao, relatada no excerto, tm como referncia, na poca em que se passa a histria, o modo de vida a) dos degredados portugueses enviados ao Brasil sem a companhia da famlia. b) dos escravos domsticos, na regio urbana da Corte, durante o Segundo Reinado. c) das elites produtoras de caf, nas fazendas opulentas do Vale do Paraba fluminense. d) dos homens livres pobres, particularmente em regio urbana. e) dos negros quilombolas, homiziados em refgios isolados e anrquicos. Alternativa: DCURSO E COLGIO

Novamente um conhecimento sobre o contexto histrico do momento da produo do romance O Cortio foi necessrio. Nessa questo, o candidato deveria identificar com qual tipo social Jernimo poderia ser relacionado. A alternativa D era a correta, considerando que Jernimo era um imigrante portugus, branco e pobre, que veio ao Brasil para tentar ganhar a vida, mas foi vtima da influncia (determinismo) de um meio corrompido.

Questo 44 - Prova V

CURSO E COLGIO

Texto para as questes de 40 a 46 Passaram-se semanas. Jernimo tomava agora, todas as manhs, uma xcara de caf bem grosso, moda da Ritinha, e tragava dois dedos de parati pra cortar a friagem. Uma transformao, lenta e profunda, operava-se nele, dia a dia, hora a hora, reviscerando-lhe o corpo e alando-lhe os sentidos, num trabalho misterioso e surdo de crislida. A sua energia afrouxava lentamente: faziase contemplativo e amoroso. A vida americana e a natureza do Brasil patenteavam-lhe agora aspectos imprevistos e sedutores que o comoviam; esquecia-se dos seus primitivos sonhos de ambio, para idealizar felicidades novas, picantes e violentas; tornava-se liberal, imprevidente e franco, mais amigo de gastar que de guardar; adquiria desejos, tomava gosto aos prazeres, e volvia-se preguioso, resignando-se, vencido, s imposies do sol e do calor, muralha de fogo com que o esprito eternamente revoltado do ltimo tamoio entrincheirou a ptria contra os conquistadores aventureiros. E assim, pouco a pouco, se foram reformando todos os seus hbitos singelos de aldeo portugus: e Jernimo abrasileirou-se. (...) E o curioso que, quanto mais ia ele caindo nos usos e costumes brasileiros, tanto mais os seus sentidos se apuravam, posto que em detrimento das suas foras fsicas. Tinha agora o ouvido menos grosseiro para a msica, compreendia at as intenes poticas dos sertanejos, quando cantam viola os seus amores infelizes; seus olhos, dantes s voltados para a esperana de tornar terra, agora, como os olhos de um marujo, que se habituaram aos largos horizontes de cu e mar, j se no revoltavam com a turbulenta luz, selvagem e alegre, do Brasil, e abriam-se amplamente defronte dos maravilhosos despenhadeiros ilimitados e das cordilheiras sem fim, donde, de espao a espao, surge um monarca gigante, que o sol veste de ouro e ricas pedrarias refulgentes e as nuvens toucam de alvos turbantes de cambraia, num luxo oriental de arbicos prncipes voluptuosos.Alusio Azevedo, O cortio.

Um trao cultural que decorre da presena da escravido no Brasil e que est implcito nas consideraes do narrador do excerto a a) desvalorizao da mestiagem brasileira. b) promoo da msica a emblema da nao. c) desconsiderao do valor do trabalho. d) crena na existncia de um carter nacional brasileiro. e) tendncia ao antilusitanismo. Alternativa: CCURSO E COLGIO

Em outra questo que exigia conhecimento sobre o contexto social e ideolgico de O Cortio, o candidato deveria identificar que trao cultural da sociedade brasileira, do final do sculo XIX, se originou da escravido. Das alternativas, a C mostra-se correta, pois est relacionada ideia de que o trabalho, sendo uma atividade realizada por escravos (base da pirmide social), no consistia em uma atividade nobre, valiosa.

Questo 45 - Prova V Texto para as questes de 40 a 46

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Passaram-se semanas. Jernimo tomava agora, todas as manhs, uma xcara de caf bem grosso, moda da Ritinha, e tragava dois dedos de parati pra cortar a friagem. Uma transformao, lenta e profunda, operava-se nele, dia a dia, hora a hora, reviscerando-lhe o corpo e alando-lhe os sentidos, num trabalho misterioso e surdo de crislida. A sua energia afrouxava lentamente: faziase contemplativo e amoroso. A vida americana e a natureza do Brasil patenteavam-lhe agora aspectos imprevistos e sedutores que o comoviam; esquecia-se dos seus primitivos sonhos de ambio, para idealizar felicidades novas, picantes e violentas; tornava-se liberal, imprevidente e franco, mais amigo de gastar que de guardar; adquiria desejos, tomava gosto aos prazeres, e volvia-se preguioso, resignando-se, vencido, s imposies do sol e do calor, muralha de fogo com que o esprito eternamente revoltado do ltimo tamoio entrincheirou a ptria contra os conquistadores aventureiros. E assim, pouco a pouco, se foram reformando todos os seus hbitos singelos de aldeo portugus: e Jernimo abrasileirou-se. (...) E o curioso que, quanto mais ia ele caindo nos usos e costumes brasileiros, tanto mais os seus sentidos se apuravam, posto que em detrimento das suas foras fsicas. Tinha agora o ouvido menos grosseiro para a msica, compreendia at as intenes poticas dos sertanejos, quando cantam viola os seus amores infelizes; seus olhos, dantes s voltados para a esperana de tornar terra, agora, como os olhos de um marujo, que se habituaram aos largos horizontes de cu e mar, j se no revoltavam com a turbulenta luz, selvagem e alegre, do Brasil, e abriam-se amplamente defronte dos maravilhosos despenhadeiros ilimitados e das cordilheiras sem fim, donde, de espao a espao, surge um monarca gigante, que o sol veste de ouro e ricas pedrarias refulgentes e as nuvens toucam de alvos turbantes de cambraia, num luxo oriental de arbicos prncipes voluptuosos.Alusio Azevedo, O cortio.

No trecho dos maravilhosos despenhadeiros ilimitados e das cordilheiras sem fim, donde, de espao a espao, surge um monarca gigante (L. 35 a 37), o narrador tem como referncia a) a Chapada dos Guimares, anteriormente coberta por vegetao de cerrado. b) os desfiladeiros de Itaimbezinho, outrora revestidos por exuberante floresta tropical. c) a Chapada Diamantina, ento coberta por florestas de araucrias. d) a Serra do Mar, que abrigava originalmente a densa Mata Atlntica. e) a Serra da Borborema, caracterizada, no passado, pela vegetao da caatinga. Alternativa: DCURSO E COLGIO

A questo exigia do candidato a identificao da regio geogrfica a qual se referia o trecho destacado. Como o enredo se passa no Rio de Janeiro e apenas a Serra do Mar se localiza no Sudeste, a alternativa D a correta.

Questo 46 Prova V Texto para as questes de 40 a 46

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Passaram-se semanas. Jernimo tomava agora, todas as manhs, uma xcara de caf bem grosso, moda da Ritinha, e tragava dois dedos de parati pra cortar a friagem. Uma transformao, lenta e profunda, operava-se nele, dia a dia, hora a hora, reviscerando-lhe o corpo e alando-lhe os sentidos, num trabalho misterioso e surdo de crislida. A sua energia afrouxava lentamente: faziase contemplativo e amoroso. A vida americana e a natureza do Brasil patenteavam-lhe agora aspectos imprevistos e sedutores que o comoviam; esquecia-se dos seus primitivos sonhos de ambio, para idealizar felicidades novas, picantes e violentas; tornava-se liberal, imprevidente e franco, mais amigo de gastar que de guardar; adquiria desejos, tomava gosto aos prazeres, e volvia-se preguioso, resignando-se, vencido, s imposies do sol e do calor, muralha de fogo com que o esprito eternamente revoltado do ltimo tamoio entrincheirou a ptria contra os conquistadores aventureiros. E assim, pouco a pouco, se foram reformando todos os seus hbitos singelos de aldeo portugus: e Jernimo abrasileirou-se. (...) E o curioso que, quanto mais ia ele caindo nos usos e costumes brasileiros, tanto mais os seus sentidos se apuravam, posto que em detrimento das suas foras fsicas. Tinha agora o ouvido menos grosseiro para a msica, compreendia at as intenes poticas dos sertanejos, quando cantam viola os seus amores infelizes; seus olhos, dantes s voltados para a esperana de tornar terra, agora, como os olhos de um marujo, que se habituaram aos largos horizontes de cu e mar, j se no revoltavam com a turbulenta luz, selvagem e alegre, do Brasil, e abriam-se amplamente defronte dos maravilhosos despenhadeiros ilimitados e das cordilheiras sem fim, donde, de espao a espao, surge um monarca gigante, que o sol veste de ouro e ricas pedrarias refulgentes e as nuvens toucam de alvos turbantes de cambraia, num luxo oriental de arbicos prncipes voluptuosos.Alusio Azevedo, O cortio.

Destes comentrios sobre os trechos sublinhados, o nico que est correto : a) tragava dois dedos de parati (L. 3): expresso tpica da variedade lingustica predominante no discurso do narrador. b) pra cortar a friagem (L. 3 e 4): essa expresso est entre aspas, no texto, para indicar que se trata do uso do discurso indireto livre. c) patenteavam-lhe agora aspectos imprevistos (L. 10 e 11): assume o sentido de registravam oficialmente. d) posto que em detrimento das suas foras fsicas (L. 26 e 27): equivale, quanto ao sentido, a desde que em favor. e) tornava-se (...) imprevidente (L. 13 e 14) e resignando-se (...) s imposies do sol (L. 16 e 17): trata-se do mesmo prefixo, apresentando, portanto, idntico sentido. Alternativa: BCURSO E COLGIO

A questo 46 exigia que o candidato identificasse qual alternativa apresentava a interpretao correta do trecho destacado. A alternativa A equivocada, pois traz um trecho informal, enquanto o narrador utiliza linguagem formal. A alternativa C equivocada, pois o verbo patentear pode ser melhor substitudo pelo verbo conferir. A alternativa D equivocada, pois posto que em detrimento pode ser substitudo por ao contrrio de. A alternativa E equivocada pois o prefixo im- apresenta valor negativo em imprudente, que no corre em imposies. Resta-nos, portanto, a alternativa B como correta.

Questo 47 - Prova V Texto para as questes de 47 a 49

CURSO E COLGIO

No era e no podia o pequeno reino lusitano ser uma potncia colonizadora feio da antiga Grcia. O surto martimo que enche sua histria do sculo XV no resultara do extravasamento de nenhum excesso de populao, mas fora apenas provocado por uma burguesia comercial sedenta de lucros, e que no encontrava no reduzido territrio ptrio satisfao sua desmedida ambio. A ascenso do fundador da Casa de Avis ao trono portugus trouxe esta burguesia para um primeiro plano. Fora ela quem, para se livrar da ameaa castelhana e do poder da nobreza, representado pela Rainha Leonor Teles, cingira o Mestre de Avis com a coroa lusitana. Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei o melhor das suas atenes. Esgotadas as possibilidades do reino com as prdigas ddivas reais, restou apenas o recurso da expanso externa para contentar os insaciveis companheiros de D. Joo I.Caio Prado Jnior, Evoluo poltica do Brasil. Adaptado.

Infere-se da leitura desse texto que Portugal no foi uma potncia colonizadora como a antiga Grcia,porque seu a) peso poltico-econmico, apesar de grande para o sculo, no era comparvel ao dela. b) interesse, diferentemente do dela, no era conquistar o mundo. c) aparato blico, embora considervel para a poca, no era comparvel ao dos gregos. d) objetivo no era povoar novas terras, mas comercializar produtos nelas obtidos. e) projeto principal era consolidar o prprio reino, libertando-se do domnio espanhol. Alternativa: DCURSO E COLGIO

Atravs da leitura do texto base, especificamente, mas fora apenas provocado por uma burguesia comercial sedenta de lucros, e que no encontrava no reduzido territrio ptrio satisfao sua desmedida ambio e Esgotadas as possibilidades do reino com as prdigas ddivas reais, restou apenas o recurso da expanso externa para contentar os insaciveis companheiros de D. Joo I, infere-se que Portugal tinha preocupaes exclusivamente comerciais.

Questo 48 - Prova Texto para as questes de 47 a 49

CURSO E COLGIO

No era e no podia o pequeno reino lusitano ser uma potncia colonizadora feio da antiga Grcia. O surto martimo que enche sua histria do sculo XV no resultara do extravasamento de nenhum excesso de populao, mas fora apenas provocado por uma burguesia comercial sedenta de lucros, e que no encontrava no reduzido territrio ptrio satisfao sua desmedida ambio. A ascenso do fundador da Casa de Avis ao trono portugus trouxe esta burguesia para um primeiro plano. Fora ela quem, para se livrar da ameaa castelhana e do poder da nobreza, representado pela Rainha Leonor Teles, cingira o Mestre de Avis com a coroa lusitana. Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei o melhor das suas atenes. Esgotadas as possibilidades do reino com as prdigas ddivas reais, restou apenas o recurso da expanso externa para contentar os insaciveis companheiros de D. Joo I.Caio Prado Jnior, Evoluo poltica do Brasil. Adaptado.

O pronome "ela" da frase "Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei o melhor das suas atenes", refere-se a a) desmedida ambio. b) Casa de Avis. c) esta burguesia. d) ameaa castelhana. e) Rainha Leonor Teles. Alternativa: CCURSO E COLGIO

O texto de Caio Prado Jnior foi organizado em uma srie de perodos que explicavam o papel da burguesia nos processos de colonizao portuguesa. Como, neste caso, as funes do pronome substituir e retomar os termos, o contexto evidenciado permite apenas a relao entre ela e esta burguesia.

Questo 49 - Prova V Texto para as questes de 47 a 49

CURSO E COLGIO

No era e no podia o pequeno reino lusitano ser uma potncia colonizadora feio da antiga Grcia. O surto martimo que enche sua histria do sculo XV no resultara do extravasamento de nenhum excesso de populao, mas fora apenas provocado por uma burguesia comercial sedenta de lucros, e que no encontrava no reduzido territrio ptrio satisfao sua desmedida ambio. A ascenso do fundador da Casa de Avis ao trono portugus trouxe esta burguesia para um primeiro plano. Fora ela quem, para se livrar da ameaa castelhana e do poder da nobreza, representado pela Rainha Leonor Teles, cingira o Mestre de Avis com a coroa lusitana. Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei o melhor das suas atenes. Esgotadas as possibilidades do reino com as prdigas ddivas reais, restou apenas o recurso da expanso externa para contentar os insaciveis companheiros de D. Joo I.Caio Prado Jnior, Evoluo poltica do Brasil. Adaptado.

No contexto, o verbo enche indica a) habitualidade no passado. b) simultaneidade em relao ao termo ascenso. c) ideia de atemporalidade. d) presente histrico. e) anterioridade temporal em relao a reino lusitano. Alternativa: DCURSO E COLGIO

Um dos usos comuns do presente do indicativo a revelao de um presente histrico, contextualizado pelo prprio gnero. o caso do verbo enche no texto de Caio Prado Jnior.

Questo 50 - Prova V

CURSO E COLGIO

Tendo em vista o conjunto de proposies e teses desenvolvidas em A cidade e as serras, pode-se concluir que coerente com o universo ideolgico dessa obra o que se afirma em: a) A personalidade no se desenvolve pelo simples acmulo passivo de experincias, desprovido de empenho radical, nem, tampouco, pela simples erudio ou pelo privilgio. b) A atividade intelectual do indivduo deve-se fazer acompanhar do labor produtivo do trabalho braal, sem o que o homem se infelicita e desviriliza. c) O sentimento de integrao a um mundo finalmente reconciliado, o sujeito s o alcana pela experincia avassaladora da paixo amorosa, vivida como devoo irracional e absoluta a outro ser. d) Elites nacionais autnticas so as que adotam, como norma de sua prpria conduta, os usos e costumes do pas profundo, constitudo pelas populaes pobres e distantes dos centros urbanos. e) Uma vida adulta equilibrada e bem desenvolvida em todos os seus aspectos implica a participao do indivduo na poltica partidria, nas atividades religiosas e na produo literria. Alternativa: ACURSO E COLGIO

Jacinto, homem de seu tempo, erudito, privilegiado social e economicamente, ao tomar contato com a simplicidade restauradora do mundo da natureza e depois de presenciar os males da pobreza em suas prprias terras, procurou auxiliar os mais necessitados e recebeu a alcunha de Pai dos Pobres. Sua formao cientfica e urbana serviu como ferramenta das prticas que ele aplicou em suas terras.

Questo 51 - Prova Texto para as questes 51 e 52 RECEITA DE MULHER As muito feias que me perdoem Mas beleza fundamental. preciso Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso Qualquer coisa de dana, qualquer coisa de [haute couture* Em tudo isso (ou ento Que a mulher se socialize elegantemente em azul, [como na Repblica Popular Chinesa). No h meio-termo possvel. preciso Que tudo isso seja belo. preciso que sbito Tenha-se a impresso de ver uma gara apenas [pousada e que um rosto Adquira de vez em quando essa cor s encontrvel no [terceiro minuto da aurora.

CURSO E COLGIO

Vinicius de Moraes. * haute couture: alta costura.

No conhecido poema Receita de mulher, de que se reproduziu aqui um excerto, o tratamento dado ao tema da beleza feminina manifesta a a) oscilao do poeta entre a angstia do pecador (tendo em vista sua educao jesutica) e o impudor do libertino. b) conjugao, na sensibilidade do poeta, de interesse sexual e encantamento esttico, expresso de modo provocador e bem-humorado. c) idealizao da mulher a que chega o poeta quando, na velhice, arrefeceu-lhe o desejo sexual. d) crtica ao carter frvolo que, por associar-se ao consumo, o amor assume na contemporaneidade. e) sntese, pela via do erotismo, das tendncias europeizantes e nacionalistas do autor. Alternativa: BCURSO E COLGIO

A sensualidade, entendida como provocadora dos estmulos sensoriais relacionados beleza da mulher, embeleza, canaliza e cria uma sexualizao. O bom humor se revela logo nos dois primeiros versos.

Questo 52 Prova V Texto para as questes 51 e 52 RECEITA DE MULHER As muito feias que me perdoem Mas beleza fundamental. preciso Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso Qualquer coisa de dana, qualquer coisa de [haute couture* Em tudo isso (ou ento Que a mulher se socialize elegantemente em azul, [como na Repblica Popular Chinesa). No h meio-termo possvel. preciso Que tudo isso seja belo. preciso que sbito Tenha-se a impresso de ver uma gara apenas [pousada e que um rosto Adquira de vez em quando essa cor s encontrvel no [terceiro minuto da aurora.

CURSO E COLGIO

Vinicius de Moraes. * haute couture: alta costura.

Tendo em vista o contexto, o modo verbal predominante no excerto e a razo desse uso so: a) indicativo; expressar verdades universais. b) imperativo; traduzir ordens ou exortaes. c) subjuntivo; indicar vontade ou desejo. d) indicativo; relacionar aes habituais. e) subjuntivo; sugerir condies hipotticas. Alternativa: CCURSO E COLGIO

Levando em conta que o poeta faz uma srie de apelos ao longo do texto, o modo verbal predominante o subjuntivo, como em que haja, que a mulher se socialize, que tudo seja belo. Esta preferncia refora a indicao de vontades ou desejos, ou seja, possibilidades, tpicas do modo subjuntivo.

Questo 53 - Prova V JUST 10 YEARS INTO A NEW CENTURY, MORE THAN TWO-thirds of the country sees the past decade as a period of decline for the U.S., according to a new TIME/Aspen Ideas Festival poll that probed Americans on the decade since the tragic events of Sept. 11, 2001. Osama bin Laden is dead and alQaeda seriously weakened, but the impact of the 9/11 attacks and the decisions that followed have, in the view of most Americans, put the U.S. in a tailspin that the country has been unable to shake during two administrations and almost 10 years of trying. ACCORDING TO THE POLL, ONLY 6% OF MORE THAN 2,000 Americans believe the country has completely recovered from the events of 9/11. Some of this pessimism can be tied to fears of more terrorist attacks. Despite the death of bin Laden, most Americans think another terrorist attack in the U.S. is likely.

CURSO E COLGIO

A pesquisa descrita no texto mostrou que a maioria dos norte-americanos a) est satisfeita com as respostas dos EUA aos ataques de 11 de setembro de 2001. b) avalia a ltima dcada nos EUA de forma desfavorvel. c) pede ao governo aes mais efetivas de combate ao terrorismo. d) acredita que, desde os ataques de 11 de setembro de 2001, o governo conseguiu melhorar sua imagem. e) espera que o pas supere, completamente, o trauma dos ataques de 11 de setembro de 2001.

Alternativa: B

CURSO E COLGIO

Segundo o texto, no nicio do 1 pargrafo, mais de 2/3 dos americanos veem a ltima dcada como um perodo de declnio para os EUA (more than two-thirds of the country sees the past decade as a period of decline for the U.S.).

Questo 54 Prova V JUST 10 YEARS INTO A NEW CENTURY, MORE THAN TWO-thirds of the country sees the past decade as a period of decline for the U.S., according to a new TIME/Aspen Ideas Festival poll that probed Americans on the decade since the tragic events of Sept. 11, 2001. Osama bin Laden is dead and alQaeda seriously weakened, but the impact of the 9/11 attacks and the decisions that followed have, in the view of most Americans, put the U.S. in a tailspin that the country has been unable to shake during two administrations and almost 10 years of trying. ACCORDING TO THE POLL, ONLY 6% OF MORE THAN 2,000 Americans believe the country has completely recovered from the events of 9/11. Some of this pessimism can be tied to fears of more terrorist attacks. Despite the death of bin Laden, most Americans think another terrorist attack in the U.S. is likely.

CURSO E COLGIO

A sequncia most Americans think another terrorist attack in the U.S. is likely significa que, para a maioria dos norte-americanos, outro ataque terrorista nos EUA a) iminente. b) muito temido. c) impensvel. d) provvel. e) uma incgnita.

Alternativa: D

CURSO E COLGIO

A palavra likely est sempre associada ideia de probabilidade. Portanto, segundo o texto, para a maioria dos norte-americanos outro ataque terrorista nos EUA provvel (another terrorist attack in the U.S. IS LIKELY).

Questo 55 - Prova V JUST 10 YEARS INTO A NEW CENTURY, MORE THAN TWO-thirds of the country sees the past decade as a period of decline for the U.S., according to a new TIME/Aspen Ideas Festival poll that probed Americans on the decade since the tragic events of Sept. 11, 2001. Osama bin Laden is dead and alQaeda seriously weakened, but the impact of the 9/11 attacks and the decisions that followed have, in the view of most Americans, put the U.S. in a tailspin that the country has been unable to shake during two administrations and almost 10 years of trying. ACCORDING TO THE POLL, ONLY 6% OF MORE THAN 2,000 Americans believe the country has completely recovered from the events of 9/11. Some of this pessimism can be tied to fears of more terrorist attacks. Despite the death of bin Laden, most Americans think another terrorist attack in the U.S. is likely.

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Com base nos grficos que acompanham o texto, correto afirmar que, para os norteamericanos, a) o evento de 11 de setembro de 2001 mais significativo que outros eventos ocorridos na ltima dcada. b) a morte de Osama bin Laden reduz o receio de novos ataques terroristas contra os EUA. c) o governo de Obama avaliado com pessimismo e descrdito, hoje. d) o risco de um ataque praticado por terroristas internos maior que o de um ataque praticado por terroristas externos. e) a recesso econmica tem relao com os ataques e as ameaas sofridos pelos EUA.

Alternativa: A

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Se observarmos o 1 dos trs grficos apresentados, vemos que 41% dos entrevistados acreditam que o 11 de Setembro (9/11) foi o mais importante evento da ltima dcada (what was the most important event in the past decade?). Tal percentual superior aos outros trs itens apresentados no mesmo grfico (30%, 9%, 7%).

Questo 56 - Prova V

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Although robots have made great strides in manufacturing, where tasks are repetitive, they are still no match for humans, who can grasp things and move about effortlessly in the physical world. Designing a robot to mimic the basic capabilities of motion and perception would be revolutionary, researchers say, with applications stretching from care for the elderly to returning overseas manufacturing operations to the United States (albeit with fewer workers). Yet the challenges remain immense, far higher than artificial intelligence obstacles like speaking and hearing. All these problems where you want to duplicate something biology does, such as perception, touch, planning or grasping, turn out to be hard in fundamental ways, said Gary Bradski, a vision specialist at Willow Garage, a robot development company based in Silicon Valley. Its always surprising, because humans can do so much effortlessly.http://www.nytimes.com, July 11, 2011. Adaptado.

Segundo o texto, um grande desafio da robtica a) no desistir da criao de robs que falem e entendam o que ouvem. b) melhorar a capacidade dos robs para a execuo de tarefas repetitivas. c) no tentar igualar as habilidades dos robs s dos seres humanos. d) voltar a fabricar robs que possam ser comercializados pela indstria norteamericana. e) projetar um rob que imite as habilidades bsicas de movimento e percepo dos seres humanos.

Alternativa: E

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O segundo pargrafo do texto afirma que desenvolver um rob que imite as habilidades bsicas de movimento e percepo seria revolucionrio. Portanto, eis a o grande desafio da robtica.

Questo 57 - Prova V

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Although robots have made great strides in manufacturing, where tasks are repetitive, they are still no match for humans, who can grasp things and move about effortlessly in the physical world. Designing a robot to mimic the basic capabilities of motion and perception would be revolutionary, researchers say, with applications stretching from care for the elderly to returning overseas manufacturing operations to the United States (albeit with fewer workers). Yet the challenges remain immense, far higher than artificial intelligence obstacles like speaking and hearing. All these problems where you want to duplicate something biology does, such as perception, touch, planning or grasping, turn out to be hard in fundamental ways, said Gary Bradski, a vision specialist at Willow Garage, a robot development company based in Silicon Valley. Its always surprising, because humans can do so much effortlessly.http://www.nytimes.com, July 11, 2011. Adaptado.

De acordo com o texto, o especialista Gary Bradski afirma que a) a sua empresa projetou um rob com capacidade de percepo. b) os robs j esto bem mais desenvolvidos, atualmente. c) a construo de robs que reproduzam capacidades biolgicas difcil. d) as pessoas podem ser beneficiadas por robs com capacidade de planejamento. e) a habilidade das pessoas em operar robs sofisticados surpreendente.

Alternativa: C

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O especialista Gary Bradski citado no ltimo pargrafo do texto. E, nas primeiras aspas associadas ao especialista, ele diz que todos os problemas que decorrem das tentativas de reproduzir algo biolgico, como percepo, toque, (...) acabam sendo muito complexos/difceis.

Questo 58 - Prova V

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Em uma festa com pessoas, em um dado instante, 31 mulheres se retiraram e restaram convidados na razo de 2 homens para cada mulher. Um pouco mais tarde, 55 homens se retiraram e restaram, a seguir, convidados na razo de 3 mulheres para cada homem. O nmero de pessoas presentes inicialmente na festa era igual a a) b) c) d) e)

Alternativa: D Sendo o nmero de homens e

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o nmero de mulheres, teremos:

Resolvendo o sistema, encontraremos

,

e

.

Questo 59 - Prova O segmento lado de um hexgono regular de rea

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. O ponto vale

pertence

mediatriz de de tal modo que a rea do tringulo de ao segmento igual a a) b) c) d) e)

. Ento, a distncia

Alternativa: E

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Observao: o ponto P poderia ter sido considerado no interior do polgono.

Questo 60 - Prova V O nmero real , com Ento, a) b) c) d) e) vale , satisfaz a equao .

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Alternativa: E Sabemos que: Pela propriedade do produto, temos:

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Aplicando a definio de logaritmo:

Logo:

E, aplicando a relao fundamental, chegamos em: .Como , temos que . Assim:

Questo 61 - Prova V Considere a funo

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,a qual est definida para igual a a) b) c) d) e) . Ento, para todo e , o produto

Alternativa: B Temos que ou seja,

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, .por , temos: . , ou seja,

Trocando

Portanto,

Questo 62 - Prova V

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Em um plano, dado um polgono convexo de seis lados, cujas medidas dos ngulos internos, dispostas em ordem crescente, formam uma progresso aritmtica. A medida do maior ngulo igual a 11 vezes a medida do menor. A soma das medidas dos quatro menores ngulos internos desse polgono, em graus, igual a a) b) c) d) e)

Alternativa: B(gabarito oficial, que pode ser contestado)CURSO E COLGIO A inteno da FUVEST era que o candidato resolvesse a questo da seguinte forma:

Razo r > 0 ( Temos:

crescente)

Assim, A soma dos termos a soma dos ngulos internos de um hexgono.

Os ngulos so: Porm, para um polgono ser convexo, seus ngulos internos tem que ser menores do que 180, o que no ocorre.

Questo 63 - Prova V Na figura, tem-se paralelo a , paralelo a , Nessas condies, a distncia do ponto ao segmento a) b) c) d) e)

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, igual a

e

.

Alternativa: A

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Questo 64 - Prova V Considere a matriz , em que um nmero real. Sabendo que , a soma dos elementos da diagonal principal de a) b) c) d) e)

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admite inversa

cuja primeira coluna

igual a

Alternativa: A A matriz inversa de Sendo assim: dada por , onde

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a matriz adjunta de .

Ento, conclumos que:

Resolvendo isso

, obtendo

e

, destas,

a nica que satisfaz

. Com

Assim, a soma dos elementos da diagonal principal ser

Questo 65 - Prova

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No plano cartesiano , a circunferncia tangente ao eixo no ponto de abscissa 5 e contm o ponto . Nessas condies, o raio de vale a) b) c) d) e)

Alternativa: C

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Temos:

Questo 66 - Prova V

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Considere todos os pares ordenados de nmeros naturais , em que e e . Cada um desses pares ordenados est escrito em um carto diferente. Sorteando-se um desses cartes ao acaso, qual a probabilidade de que se obtenha um par ordenado de tal forma que a frao seja irredutvel e com denominador par? a) b) c) d) e)

Alternativa: E

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Pelas condies do enunciado, os cartes que interessam so:

O nmero total de cartes possveis dado por:

Logo, a probabilidade pedida

Questo 67 Prova V

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Em um tetraedro regular de lado , a distncia entre os pontos mdios de duas arestas no adjacentes igual a a) b) c) d) e) Alternativa: D Considerando o seguinte tetraedro regular de lado :CURSO E COLGIO

N /2 : Altura

M

Como a distncia entre 2 arestas no adjacentes (reversas) a medida do segmento perpendicular a ambas (no caso MN). Podemos considerar o tringulo abaixo: N

/2

M

Questo 68 Prova V

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Uma substncia radioativa sofre desintegrao ao longo do tempo, de acordo com a relao , em que um nmero real positivo, dado em anos, a massa da substncia em gramas e , so constantes positivas. Sabe-se que gramas dessa substncia foram reduzidos a 20% em 10 anos. A que porcentagem de ficar reduzida a massa da substncia, em 20 anos? a) 10% b) 5% c) 4% d) 3% e) 2%

Alternativa: C

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Para Para Para

(II)

(I)

Substituindo (I) em (II) temos: Ou seja, em 20 anos ficar reduzida em 4%.

Questo 69 - Prova V

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Francisco deve elaborar uma pesquisa sobre dois artrpodes distintos. Eles sero selecionados, ao acaso, da seguinte relao: aranha, besouro, barata, lagosta, camaro, formiga, caro, caranguejo, abelha, carrapato, escorpio e gafanhoto. Qual a probabilidade de que ambos os artrpodes escolhidos para a pesquisa de Francisco no sejam insetos? a) b) c) d) e)

Alternativa: C

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Na relao dada, temos 12 artrpodes, sendo 5 deles insetos (besouro, barata, formiga, abelha e gafanhoto). Assim, a probabilidade de que sejam escolhidos 2 artrpodes que no sejam insetos :

Questo 70 - Prova V

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H cerca de 2000 anos, os stios superficiais e sem cermica dos caadores antigos foram substitudos por conjuntos que evidenciam uma forte mudana na tecnologia e nos hbitos. Ao mesmo tempo que aparecem a cermica chamada itarar ( no Paran) ou taquara ( no Rio Grande do Sul) e o consumo de vegtais cultivados, encontram-se novas estruturas de habitaes.Andr Prous.O Brasil antes dos brasileiros. A pr-histria do nosso pas. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 49. Adaptado.

O texto associa o desnvolvimento da agricultura com o da cermica entre os habitantes do atual territrio do Brasil, h 2000 anos. Isso se deve ao fato de que a agricultura a) Favoreceu a ampliao das trocas comerciais com povos andinos, que dominavam as tcnicas de produo de cermica e as transmitiram aos povos guarani. b) Possibilitou que os povos que a praticavam s tornassem sedentrios e pudessem armazenar alimentos, criando a necessidade de fabricao de recipientes para guard-los. c) Proliferou, sobretudo, entre os povos dos sambaquis, que conciliaram a produo de objetos de cermica com a utilizao de conchas e ossos na elaborao de armas e ferramentas. d) Difundiu-se, originalmente, na ilha de Fernando de Noronha, regio de caa e coleta restritas, o que forava as populaes locais a desenvolver o cultivo de alimentos. e) Era praticada, prioritariamente, por alguns grupos que viviam nas reas litorneas e que estavam, portanto, mais sujeitos a influncias culturais de povos residentes da Amrica.

Alternativa: B

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A questo retrata o perodo anterior conquista portuguesa no Brasil, sobretudo as transformaes nas sociedades amerndias. Demonstra a transio de comunidades simples, nmades, que viviam como predadores do meio ambiente, em sociedades mais complexas, sedentrias e produtoras de alimentos. Essa mudana ocorreu devido ao desenvolvimento da agricultura, algo conhecido em Pr-Histria como Revoluo Neoltica.

Questo 71 - Prova V

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A palavra feudalismo carrega consigo vrios sentidos. Dentre eles, podem-se apontar aqueles ligados a a) b) c) d) e) Sociedades marcadas por dependncias mtuas e assimtricas entre senhores e vassalos. Relaes de parentesco determinadas pelo local de nascimento, sobretudo quando urbano. Regimes inteiramente dominados pela f religiosa, seja ela crist ou muulmana. Altas concentraes fundirias e capitalistas. Formas de economias de subsistncia pr-agrcolas.

Alternativa: A

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A questo clssica sobre Alta Idade Mdia, tratando das caractersticas sociais do sistema feudal, sobretudo suas relaes sociais de dependncia mtua. Essa dependncia existia nas relaes verticais ( entre senhores e servos) e tambm nas horizontais ( entre nobres). No caso, a nfase foi dada relao horizontal, conhecido como suserania e vassalagem.

Questo 72 - Prova V

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Deve-se notar que a enfse dada faceta cruzadstica da expanso portuguesa no implica, de modo algum, que os interesses comerciais estivessem dela ausentes como tampouco o haviam estado das cruzadas do Levante, em boa parte manejadas e financiadas pela burguesia das repblicas martimas da Itlia. To mesclados andavam os desejos de dilatar o territrio cristo com as aspiraes por lucro mercantil que, na sua orao de obedincia ao pontfice romano, D. Joo II no hesitava em mencionar entre os servios prestados por Portugal cristandade o trato do ouro da Mina comrcio to santo, to seguro e to ativo que o nome do Salvador, nunca antes nem de ouvir dizer conhecido, ressoava agora nas plagas africanas...Luiz Felipe Thomaz, D. Manuel, a ndia e o Brasil. Revista de Histria (USP), 161, 2 Semestre de 2009, p.16-17. Adaptado.

Com base na afirmao do autor, pode-se dizer que a expanso portuguesa dos sculos XV e XVI foi um empreendimento a) Puramente religioso, bem diferente das cruzadas dos sculos anteriores, j que essas eram, na realidade, grandes empresas comerciais financiadas pela burguesia italiana. b) Ao mesmo tempo religioso e comercial, j que era comum, poca, a concepo de que a expanso da cristandade servia expanso econmica e vice-versa. c) Por meio do qual os desejos por expanso territorial portuguesa, dilatao da f crist e conquista de novos mercados para economia europeia mostrar-se-iam incompatveis. d) Militar, assim como as cruzadas dos sculos anteriores, e no qual objetivos econmicos e religiosos surgiram como complemento apenas ocasional. e) Que visava, exclusivamente, lucrar com o comrcio intercontinental, a despeito de, oficialmente, autoridades polticas e religiosas afirmarem que seu nico objetivo era a expanso da f crist.

Alternativa: B

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O tema retratado o das Grandes Navegaes, a partir das quais os europeus almejavam ampliar suas relaes comerciais como uma forma de superao dos efeitos da Crise do sculo XIV. Alm deste vis econmico, os pases ibricos viram na expanso ultramarina uma forma de reeditar o movimento cruzadista do incio da Alta Idade Mdia. Porm, o foco no era mais a reconquista de Jerusalm, mas a ampliao do nmero de catlicos pelo mundo, principalmente durante o sculo XVI em que o monoplio da f catlica foi ameaado em partes da Europa Ocidental.

Questo 73 - Prova V

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Fui terra fazer compras com Glennie. H muitas casas inglesas, tais como celeiros e armazns no diferentes do que chamamos na Inglaterra de armazns italianos, de secos e molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. (...) As ruas esto, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta as palavras Superfino de Londres saltam aos olhos: algodo estampado, panos largos, loua de barro, mas, acima de tudo, ferragens de Birmingham, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil.Maria Graham. Dirio de uma viagem ao Brasil. So Paulo, Edusp, 1990, p. 230 (publicado originalmente em 1824). Adaptado.

Esse trecho do dirio da inglesa Maria Graham refere-se sua estada no Rio de Janeiro em 1822 e foi escrito em 21 de janeiro deste mesmo ano. Essas anotaes mostram alguns efeitos a) do Ato de Navegao, de 1651, que retirou da Inglaterra o controle militar e comercial dos mares do norte, mas permitiu sua interferncia nas colnias ultramarinas do sul. b) do Tratado de Methuen, de 1703, que estabeleceu a troca regular de produtos portugueses por mercadorias de outros pases europeus, que seriam tambm distribudas nas colnias. c) da abertura dos portos do Brasil s naes amigas, decretada por D. Joo em 1808, aps a chegada da famlia real portuguesa Amrica. d) do Tratado de Comrcio e Navegao, de 1810, que deu incio exportao de produtos do Brasil para a Inglaterra e eliminou a concorrncia hispano-americana. e) da ao expansionista inglesa sobre a Amrica do Sul, gradualmente anexada ao Imprio Britnico, aps sua vitria sobre as tropas napolenicas, em 1815.

Alternativa: C

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A questo retrata as transformaes ocorridas durante a estadia da Corte portuguesa no Brasil (1808 1821), enfatizando as conseqncias da abertura portos s naes amigas. Esta medida joanina encerrou o longo perodo de pacto-colonial (exclusivismo metropolitano) e garantiu autonomia econmica para o Brasil, fator fundamental para o processo de Independncia.

Questo 74 - Prova V

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Os indgenas foram tambm utilizados em determinados momentos, e sobretudo na fase inicial [da colonizao do Brasil]; nem se podia colocar problema nenhum de maior ou melhor aptido ao trabalho escravo (...). O que talvez tenha importado a rarefao demogrfica dos aborgines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte, etc. Mas na preferncia pelo africano revela-se, mais uma vez, engrenagem do sistema mercantilista de colonizao; esta se processa num sistema de relaes tendentes a promover a cumulao primitiva de capitais na metrpole; ora, o trfico negreiro, isto , o abastecimento das colnias com escravos, abria um novo e importante setor do comcio colonial, enquanto o apresamento dos indgenas era um negcio interno da colnia. Assim, os ganhos comerciais resultantes da preao dos aborgines mantinham-se na colnia, com os colonos empenhados nesse gnero da vida; a acumulao gerada no comrcio de africanos, entretanto, flua para a metrpole; realizam-na os mercadores metropolitanos, engajados no abastecimento dessa mercadoria. Esse talvez seja o segredo da melhor adaptao do negro lavoura... escravista. Paradoxalmente, a partir do trfico negreiro que pode entender a escravido africana colonial, e no o contrrio.Fernando A. Novis Potugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. So Paulo: Hucitec 1979, p. 105. Adaptado.

Nesse trecho , o autor afirma que, na Amrica portuguesa, a) Os escravos indgenas eram de mais fcil obteno do que os de origem africana, e por isso a metrpole optou pelo uso dos primeiros, j que eram mais produtivos e mais rentveis. b) Os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indgenas, o que justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para obteno, na frica, daqueles trabalhadores. c) O comrcio negreiro s pde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos preocupavam-se com as condies de vida dos trabalhadores africanos, enquanto que outros os consideravam uma mercadoria. d) A rentabilidade propiciada pelo emprego da mo de obra indgena contribuiu decisivamente para que , a partir de certo momento, tambm escravos africanos fossem empregados na lavoura, o que resultou em um lucrativo comrcio de pessoas. e) O principal motivo da adoo da mo de obra de origem africana era o fato de que esta precisava ser tranpostada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentvel comrcio para a metrpole, que se articulava perfeitamente s estruturas dos sistema de colonizao. Alternativa: ECURSO E COLGIO

A questo aborda um tema clssico da histria da escravido no Brasil, qual seja: a substituio da mo de obra indgena pela africana, devido alta rentabilidade do comrcio atlntico metrpole. Foi exigida do aluno a capacidade de interpretar o texto e descartar as alternativas que no se enquadravam.

Questo 75 - Prova V

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No sculo XIX, o surgimento do transporte ferrovirio provocou profundas modificaes em diversas partes do mundo, possibilitando maior e melhor circulao de pessoas e mercadorias entre grandes distncias. Dentre tais modificaes, as ferrovias a) facilitaram a integrao entre os Estados nacionais latino-americanos, ampliaram a venda do caf brasileiro para os pases vizinhos e estimularam a constituio de amplo mercado regional. b) permitiram que a cidade de Manchester se conectasse diretamente com os portos do sul da Inglaterra e, dessa forma, provocaram o surgimento do sistema de fbrica. c) facilitaram a integrao comercial do ocidente com o extremo oriente, substituram o transporte de mercadorias pelo Mar Mediterrneo e despertaram o sonho de integrao mundial. d) permitiram uma ligao mais rpida e gil, nos Estados Unidos, entre a costa leste e a costa oeste, chegando at a Califrnia, palco da famosa corrida do ouro. e) permitiram a chegada dos europeus ao centro da frica, reforaram a crena no poder transformador da tecnologia e demonstraram a capacidade humana de se impor natureza.

Alternativa: D

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importante perceber que o desenvolvimento do transporte ferrovirio consequncia direta da Revoluo Industrial, porm as linhas se concentraram no continente europeu e na Amrica do Norte at fins do sculo XIX diante dos grandes investimentos exigidos. Desse modo, enquanto o transporte ferrovirio contribuiu para a integrao do territrio norte-americano e dos Estados Nacionais europeus, sua ampla expanso para os demais continentes s ocorreria muito posteriormente.

Questo 76 Prova V

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O Estado de compromisso, expresso do reajuste nas relaes internas das dominantes, corresponde, por outro lado, a uma nova forma do Estado, caracteriza pela maior centralizao, o intervencionismo ampliado e no apenas rea do caf, o estabelecimento de uma certa racionalizao no algumas fontes fundamentais de riqueza pelo capitalismo internacional (...).

classes que se restrito uso de

Boris Fausto. Revoluo de 1930. Historiografia e histria. So Paulo: Brasilense, 1987, p. 109-110.

Segundo o texto, o Estado de compromisso correspondeu, no Brasil do perodo posterior a 1930, a) retomada do comando poltico pela elite cafeicultora do sudeste brasileiro. b) Ao primeiro momento de interveno governamental na economia brasileira. c) reorientao da poltica econmica, com maior presena do Estado na economia. d) Ao esforos de eliminar os problemas sociais internos gerados pelo capitalismo internacional. e) ampla democratizao nas relaes polticas, trabalhistas e sociais. Alternativa: CCURSO E COLGIO

O governo Vargas, ps-revoluo de 1930, foi marcado por uma reorientao na poltica econmica, que levou maior interveno do Estado na economia, num contexto mundial de conteno dos efeitos da crise de 1929. Vale ressaltar que o governo Vargas rompe com o comando poltico da elite cafeicultora do sudeste determinando as novas regras para a produo e comercializao do caf, transferindo o eixo econmico para as elites urbanas industriais.

Questo 77 - Prova V Examine a seguinte tabela: ANO 1845 1846 1847 1848

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N de escravos que entraram no Brasil 19.453 50.325 56.172 60.000

A tabela apresentada dados que podem ser explicados a) Pela le de 1831, que reduziu os impostos sobre os escravos importados da frica pra o Brasil. b) Pelo descontentamento dos grandes proprietrios de terras em meio ao auge da campanha abolicionista no Brasil. c) Pela renovao, em 1844, do Tratado de 1826 com a Inglaterra, que abriu nova rota de trfico de escravos entre Brasil e Moambique. d) Pelo aumento da demanda por escravos no Brasil, em funo da expanso cafeeira, a despeito da promulgao da Lei Aberdeen, em 1845. e) Pela aplicao da Lei Eusbio de Queirs, que ampliou a entrada de escravos no Brasil e tributou o trfico interno.

Alternativa: D

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O aluno que prestou outros vestibulares neste ano ficou feliz ao ver esta questo! Mais uma vez o trfico negreiro no Brasil aparece aqui acompanhado de uma tabela com o nmero de escravos que entraram nos portos brasileiros. Pela tabela verifica-se um acrscimo destacado do nmero de escravos importados que acompanha a necessidade crescente de trabalhadores na cafeicultura. A expanso das lavouras de caf para o oeste Paulista amplia a demanda por est mo de obra, apesar da presso crescente das autoridades ingleses na tentativa de combater o trfico materializado em leis como a Bill Aberdeen.

Questo 78 Prova V

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No incio de 1969, a situao poltica se modifica. A represso endurece e leva retrao do movimento de massas. As primeiras greves, de Osasco e Contagem, tm seus dirigentes perseguidos e so suspensas. O movimento estudantil reflui. A oposio liberal est amordaada pela censura imprensa e pela cassao de mandatos.Apolnio de Carvalho. Vale a pena sonhar. Rio de Janeiro: Rocco, 1997, p. 202.

O testemunho, dado por um participante da resistncia ditadura militar brasileira, sintetiza o panorama poltico dos ltimos anos da dcada de 1960, marcados a) pela adeso total dos grupos oposicionistas luta armada e pela subordinao dos sindicatos e centrais operrias aos partidos de extrema esquerda. b) pelo bipartidarismo implantado por meio do Ato Institucional n 2, que eliminou toda forma de oposio institucional ao regime militar. c) pela desmobilizao do movimento estudantil, que foi bastante combativo nos anos imediatamente posteriores ao golpe de 64, mas depois passou a defender o regime. d) pelo apoio da maioria das organizaes da sociedade civil ao governo militar, empenhadas em combater a subverso e afastar, do Brasil, o perigo comunista. e) pela decretao do Ato Institucional n 5, que limitou drasticamente a liberdade de expresso e instituiu medidas que ampliaram a represso aos opositores do regime.

Alternativa: E

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O texto se refere aos anos que se seguiram imposio do AI-5 por parte do regime militar, ocorrido em dezembro de 1968. As restries que este ato determinou sobre habeas corpus e a liberdade de expresso empurraram parte do movimento estudantil para a luta armada, enquanto outras lideranas apelaram cultura como forma de protesto contra a ditadura. Em comum, estas duas vertentes de protesto mantiveram sua oposio represso e falta de liberdade, sendo acompanhadas por um grande conjunto de organizaes civis.

Questo 79 - Prova V

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O presidente do Senado, Jos Sarney (PMDB-AP), disse nesta segunda-feira [30/5] que o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello foi apenas um acidente na histria do Brasil. Sarney minimizou o episdio em que Collor, que atualmente senador, teve seus direitos polticos cassados pelo Congresso Nacional. Eu no posso censurar os historiadores que foram encarregados de fazer a histria. Mas acho que talvez esse episdio seja apenas um acidente que no devia ter acontecido na histria do Brasil, disse o presidente do Senado.Correio Braziliense, 30/05/2011.

Sobre o episdio mencionado na notcia acima, podese dizer acertadamente que foi um acontecimento a) de grande impacto na histria recente do Brasil e teve efeitos negativos na trajetria poltica de Fernando Collor, o que faz com que seus atuais aliados se empenhem em desmerecer este episdio, tentando diminuir a importncia que realmente teve. b) nebuloso e pouco estudado pelos historiadores, que, em sua maioria, trataram de censur-lo, impedindo uma justa e equilibrada compreenso dos fatos que o envolvem. c) acidental, na medida em que o impeachment de Fernando Collor foi considerado ilegal pelo Supremo Tribunal Federal, o que, alis, possibilitou seu posterior retorno cena poltica nacional, agora como senador. d) menor na histria poltica recente do Brasil, o que permite tomar a censura em torno dele, promovida oficialmente pelo Senado Federal, como um episdio ainda menos significativo. e) indesejado pela imensa maioria dos brasileiros, o que provocou uma onda de comoo popular e permitiu o retorno triunfal de Fe