fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

161

Upload: vanessa-casaro

Post on 23-Jun-2015

22.005 views

Category:

Education


6 download

TRANSCRIPT

Page 1: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 2: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 3: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 4: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 5: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 6: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 7: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 8: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 9: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 10: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 11: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 12: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 13: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 14: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 15: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 16: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 17: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

FUNDAMENTOS

EPISTEMOLÓGICOS

DA

PSICOPEDAGOGIALUCINEYDE PICELLI PEZZINI

[email protected]

Page 18: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 19: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 20: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Quanto tempo nós temos??

Page 21: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

QUANTO TEMPO NÓS TEMOS PARA APRENDER?

O QUE QUEREMOS APRENDER?

Page 22: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

NOSSO TEMPO

Trabalho

Família

Lazer

Estudos

Amigos

???

Page 23: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Aprendizagens

profissão

relacionamentos

linguagens

dirigir

Cozinhar

lavar

passar

...

Page 24: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Horário

Perguntas

Participações

Celulares

“Eco-lógica” para o grupo

Programa

Caracterização da Psicopedagogia enquanto área de atuação e construção de conhecimento;

Reconhecimento do Histórico da Psicopedagogia, o espaço conquistado pelo sujeito com dificuldades na aprendizagem e a situação atual no Brasil;

O profissional psicopedagogo e as questões éticas;

Identificação do objeto de estudo da psicopedagogia: o processo de aprendizagem, com estudo das diferentes visões sobre esse processo.

Os campos de atuação do psicopedagogo: a prática institucional e a prática clínica.

Horário

Perguntas CONTRATO – COM TRATO

Page 25: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 26: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Por que alguns não aprendem?

Sintoma

Causas atuais

Causas

históricas

Page 27: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

QUE DIFICULDADES EXPERIMENTAMOS NO PROCESSO DE

APRENDIZAGEM?

Page 28: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

ÔNIBUS INTERMUNICIPAL(Rubens Portugal)

Quais comportamentos temos num ônibus??

Page 29: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 30: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 31: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 32: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 33: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 34: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 35: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

No atendimento psicopedagógico:

Inúmeros condicionantes e dimensões da atuação:

Contexto familiar;

Contexto escolar;

Contexto social;

Relacionamento social;

Aprendizagem;

Cognição;

Linguagem;

Afetividade,etc.

Page 36: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Respeitar a diferença não pode significar “deixar que o outro seja como eu sou ou deixar que o outro seja diferente de mim tal como eu sou diferente (do outro)”, mas deixar que o outro seja como eu não sou, deixar que ele seja esse outro que não pode ser eu, que eu não posso ser, que não pode ser um (outro) eu; significa deixar que o outro seja diferente, deixar ser uma diferença que não seja, em absoluto, diferença entre duas identidades, mas diferença da identidade, deixar ser uma outridade que não é outra “relativamente a mim” ou “relativamente ao mesmo” mas que é absolutamente diferente, sem relação alguma com a identidade ou com a mesmidade.

(Pardo - apud SILVA, 2000. p.101)

Page 37: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Objeto da Pp

SUJEITO

COGNOSCENTE

A Psicopedagogia é, deste

modo, uma área de saber

que se ocupa em estudar as

melhores estratégias para

levar os sujeitos a

adquirir/integrar

conhecimento...

O melhor ensinar mas,

também, o aprender...

Page 38: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

O QUE É APRENDER?

Page 39: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

O QUE É APRENDER?

APRENDER É A-PRENDER, OU SEJA, É NÃO

PRENDER. DESPRENDER E DESPRENDER-SE.Alícia Fernandez

Page 40: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

APRENDER

Page 41: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIMENSÕES DA APRENDIZAGEMSILVA, Cecília

RELACIONAL

AFETIVA/DESIDERATIVA

RACIONAL

Page 42: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

A Psicopedagogia nasceu da necessidade de uma melhor

compreensão do processo de aprendizagem, ou seja, contribuir na

busca de soluções para a difícil questão do problema de

aprendizagem.

A aprendizagem deve ser olhada como a atividade de indivíduos

ou grupos humanos, que mediante a incorporação de informações

e o desenvolvimento de experiências, promovem modificações

estáveis na personalidade e na dinâmica grupal as quais revertem

no manejo instrumental da realidade.

Page 43: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

O objeto central de estudo da Psicopedagogia está se

estruturando em torno do processo de aprendizagem humana: seus

padrões evolutivos normais e patológicos e a influência do meio

(família, escola, sociedade) em seu desenvolvimento.

A Psicopedagogia é um campo de conhecimento e atuação em

Saúde e Educação, enquanto prática clínica, tem-se transformado

em campo de estudos para investigadores interessados no

processo de construção do conhecimento e nas dificuldades que se

apresentam nessa construção.

Como prática preventiva, busca construir uma relação saudável

com o conhecimento, de modo a facilitar a sua construção.

Page 44: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

O profissional especializado em Psicopedagogia pode atuar em uma perspectiva preventiva ou curativa.

Vincular-se a uma instituição (escola, hospital, centro comunitário, empresas, etc...) ou a um consultório, desenvolvendo ações mais individuais.

diálogo interdisciplinar, dada a complexidade existencial daquele que aprende, em sua totalidade constitutiva e de manifestação.

O trabalho clínico se dá por meio da relação entre um sujeito com sua história pessoal e seu modo de aprender, buscando compreender a mensagem emitida por um outro sujeito, implícita no sintoma do “não –aprender”.

Nesta modalidade de trabalho, o profissional deve procurar compreender o que o sujeito aprende, como aprende e por que aprende, além de perceber a dimensão da relação entre ele, o psicopedagogo e o sujeito aprendente, de forma a favorecer o processo de Aprendizagem.

Page 45: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

No trabalho preventivo, as instituições, enquanto

espaços físicos e psíquicos da aprendizagem são

objetos de estudo da Psicopedagogia. Nelas são

avaliados os processos didático-metodológicos e a

dinâmica institucional que interferem no processo de

aprendizagem. As instituições não são apenas as

educacionais, mas todas aquelas em que se

processam as aprendizagens.

Page 46: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Objeto de estudos

Não só o conhecimento teórico, sobre: Psicologia da

aprendizagem, Psicologia Genética, Teorias da

Personalidade, Pedagogia, Fundamentos da

Biologia, Lingüística, Psicologia Social, Filosofia,

Ciências Neurocognitivas, mas principalmente a

capacidade de articular estes conhecimentos e

manter o compromisso ético e social na prática e na

investigação científica do processo de aprender,

formam o alicerce da prática psicopedagógica.

Page 47: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

O que é êxito escolar?

O êxito escolar é um fato imaginário, que depende dascaracterísticas e idade da criança, da estrutura edinâmica familiar, da escola, do meio social, da épocae do local onde tudo isso acontece.

O fracasso na aprendizagem atinge o individuo, a suafamília e o meio social já que o conhecimento significapoder na nossa cultura.

Os problemas de aprendizagem são construídos natrama da organização familiar e social que lhe outorgasignificações.

Page 48: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Para todas as crianças o sucesso escolar é importantíssimo,já que seu desempenho como pessoa está vinculado emgrande parte à sua atuação como aluno

Para a família, o sucesso escolar dos filhos é quase que umatestado social de exito dos pais como educadores

Para a escola, alunos com bom desempenho acadêmico, emgeral significam profissionais bem sucedidos no futuro

Page 49: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Psicopedagogia

“campo de atuação em saúde e educação que lida

com o processo de aprendizagem humana, seus

padrões normais e patológicos, considerando a

influência do meio-família, escola e sociedade, no

seu desenvolvimento, utilizando procedimentos

próprios da psicopedagogia.”

(Código de Ética da ABPp, 1996)

Page 50: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Psicopedagogia

tem um papel decisivo e importante na construção

do bom desempenho escolar ou seja do sucesso

escolar, pois trabalha com as dificuldades de

aprendizagem e suas vicissitudes, dentro da

realidade vivida por cada criança, jovem ou

adulto.

Page 51: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

As crianças com dificuldades de aprendizagemdevem ser encorajadas a superarem seusproblemas a partir de suas reais potencialidades;

A profissional deve conhecer os pontos favoráveisda modalidade de aprendizagem para ajudar aosprofessores, aos pais e à criança, a superar suasdificuldades de aprendizagem;

Ter em mente que mesmo nos grandes prejuízosna aprendizagem, há alguma área na qual adificuldade é menor e esse é um dado que deveser valorizado...

Page 52: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Informar e orientar escola, professores sobre os transtornos e comotrabalhar com a criança / adolescente quanto à orientação doespaço físico, do tempo, da execução de tarefas segundo suaprioridades, etc.

Mostrar a importância de se considerar e utilizar a afetividadepara permear as relações oportunizando situações que o alunopossa utilizar todo o seu potencial

Desenvolver a atenção do corpo docente para a importância daauto-estima de seus alunos e valorizá-los individualmente por seuscomportamentos positivos, não enfatizando os negativos

Mostrar as vantagens de se dar igual valor às relações afetivas eaos conteúdos programáticos durante o processo ensino –aprendizagem.

Page 53: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Fatores presentes no NÃO APRENDER

Genético, biológico e psicológico,

Escola, a família, os aspectos sócio-culturais,

O valor que se dá ao conhecimento emdeterminado momento da vida da criança e emcada sociedade, o que também interfere muito naaquisição da aprendizagem da criança,

Método adotado pela escola, pode prejudicar nãosó a avaliação dos problemas de aprendizagemcomo ainda evidenciá-los de forma exagerada enão lhes dar continência e encaminhamentoadequado.

Page 54: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Sintomas importantes do NÃO APRENDER

1. Redução significativa de interesse e atenção;

2. Redução do rendimento escolar ou presença de transtornos deaprendizagem

3. Presença de comportamentos de hiperatividade, impulsividade oudesatenção com freqüência maior que o esperado

4. Abandono de atividades antes desejadas

5. Retraimento social

6. Perturbações súbitas do sono (relato da criança ou da mãe)acompanhadas de um dos itens acima;

7. Reações emocionais violentas;

8. Rebeldia, birra, implicância, atividades de oposição;

9. Preocupação ou ansiedade exageradas.

Page 55: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Em adolescentes:

1. Redução significativa no rendimento escolar;

2. Abandono de atividades antes prazerosas, de amigosou familiares;

3. Mudança de conduta:alterações do sono, do apetite;

4. Agressões freqüentes, rebeldia, oposição ou reaçõesviolentas;

5. Comportamentos destrutivos;

6. Comportamento sexualizado excessivo.

Page 56: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

“As representações de sucessoe fracasso são construídas pelosistema escolar e tem maiorimpacto no destino dos alunosque as desigualdades decompetências que estespossam apresentar”.

(Perrenoud, 2001)

Page 57: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

HISTÓRICO DA

PSICOPEDAGOGIA

Page 58: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Segundo Yaegashi (1998), estuda e lida com o processo de aprendizagem e suas dificuldades, englobando, numa ação profissional, vários campos de conhecimento, integrando-os e sintetizando-os.

Os primeiros Centros Psicoterápicos foram fundados na Europa, em 1 946 por Boutonier e George Mauco, com direção médica e pedagógica.

Estes Centros uniam conhecimentos da área da psicologia, psicanálise e pedagogia onde se tentava readaptar crianças com comportamentos socialmente inadequados na escola ou lar e atender muitas outras com dificuldades de aprendizagem apesar destas serem crianças inteligentes.

Page 59: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Esperava-se na época através da união psicologia-psicanálise-pedagogia conhecer a criança e o seu meio para que fosse possível compreender o caso para determinar uma ação reeducadora;

Diferenciar os que não aprendiam dos que aprendiam daqueles que apresentavam alguma deficiência mental, física ou sensorial era a maior preocupação da época;

Podemos dizer que a psicopedagogia teve uma trajetória significativa tendo inicialmente um caráter médico-pedagógico dos quais faziam parte da equipe do centro psicopedagógico: médicos, psicólogos, psicanalistas e pedagogos.

Page 60: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Esta corrente européia influenciou significativamente a Argentina. Conforme Alicia Fernández a Psicopedagogia surgiu na Argentina há mais de 30 anos e foi em Buenos Aires a primeira cidade a oferecer o curso. Foi na década de 70 que surgiram lá os Centros de Saúde Mental, onde equipes de psicopedagogos atuavam fazendo diagnóstico e tratamento. Estes psicopedagogos perceberam um ano após o tratamento que os pacientes resolveram seus problemas de aprendizagem mas desenvolveram distúrbios de personalidade como deslocamento de sintoma. Resolveram assim incluir o o olhar e a escuta clínica psicanalítica na sua práxis ;

Na Argentina a psicopedagogia tem um caráter diferenciado da psico no Brasil. São aplicados lá testes de uso corrente, alguns dos quais não são permitidos no Brasil por serem de uso exclusivo dos psicólogos, os argentinos também usam as provas de inteligência , de nível de pensamento , de nível pedagógico, avaliação perceptomotora, testes projetivos, testes psicomotores, jogo pedagógico, etc.

Page 61: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

A Pp chegou ao Brasil na década de 70;

Nesta época as dificuldades de aprendizagem eram associadas a uma disfunção neurológica denominada de disfunção cerebral mínima (DCM) que virou moda neste período, servindo para camuflar problemas sociopedagógicos;

Inicialmente, os problemas de aprendizagem foram estudados e tratados por médicos na Europa no séculoXIX e no Brasil percebemos, ainda hoje, que na maioria das vezes a primeira atitude dos familiares é levar seus filhos a uma consulta médica;

Na prática do psicopedagogo, ainda hoje é comum receber no consultório crianças que já foram examinadas por um médico, por indicação da Escola ou mesmo por iniciativa da família, devido aos problemas que este indivíduo está apresentando na Escola.

Page 62: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

A Psico foi introduzida aqui no nosso país baseada em modelos médicos e foi assim que se iniciaram nos anos 70 cursos de formação de especialistas em psicopedagogia na clínica médico-pedagógica com duração de dois anos;

De acordo com Visca a psico foi num primeiro momento uma ação subsidiada da Medicina e da psicologia, perfilando-se como saber independente;

Argentinos como Jacob Feldmann, Visca, Ana Maria Muniz contribuíram com informações a respeito deste objeto de estudo que é a psico;

Visca - cognitivo - emocional - relações interpessoais.

Page 63: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Existe no Brasil há 30 anos a Associação Brasileira de Psicopedagogia dando suporte à profissão do psicopedagogo.

http://www.abpp.com.br

Nossa missão é fortalecer e valorizar a Psicopedagogia, empenhando-nos em ações que favoreçam sua cientificidade, enfrentando os desafios na defesa de nossa classe e lutando junto ao Senado para que tenhamos igual sucesso ao conquistado na Câmara dos Deputados para a aprovação do Projeto de Lei que visa a regulamentação da profissão.

Responsável pela organização de eventos, pela publicação de temas relacionados à psicopedagogia, cadastro de profissionais;

Sessões da ABPp em todos os Estados brasileiros

Page 64: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

QUEM É O PSICOPEDAGOGO?

O psicopedagogo é o profissional que, reunindo conhecimento de várias áreas e estratégias pedagógicas e psicológicas, volta-se para o processo de

desenvolvimento e aprendizagem, atuando numa linha preventiva e/ou terapêutica.

A formação do psicopedagogo requer um conhecimento de diversas

áreas do conhecimento. Neste sentido, este profissional deve ter:

• Uma formação filosófica, que fornecerá embasamento para que

encontre a idéia de homem e os valores implícitos em cada teoria educacional.

• Uma formação sociológica, que possibilitará a compreensão do seu

tempo e do seu espaço sócio-cultural.

Na medida em que torna-se sensível à realidade social, o profissional

pode discriminar as influências positivas e/ou negativas que as organizações têm

sobre o educando.

Page 65: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

• Uma formação psicológica, que deverá fornecer conhecimento sobre:

- o desenvolvimento humano, sob os pontos de vista evolutivo e dinâmico;

- as relações interpessoais na família e na escola;

- as teorias da aprendizagem e da personalidade;

- os processos psicopatológicos.

Só a partir desses subsídios é que o profissional poderá compreender as

formas particulares através das quais as dificuldades emocionais alteram os

processos de aprendizagem.

• Uma formação pedagógica, que deverá fornecer conhecimento sobre

métodos e técnicas de ensino relativos ao desenvolvimento das operações lógicas

do pensamento e ao desenvolvimento das habilidades psicomotoras e lingüísticas.

Este domínio das estratégias didático-pedagógicas possibilita ao

psicopedagogo a prevenção e/ou intervenção nas dificuldades de aprendizagem,

permitindo-lhe adaptar métodos e técnicas às situações e aos indivíduos.

• Uma formação em neuropsicologia, que deverá fornecer subsídios para

que possa compreender:

- o desenvolvimento psicomotor e suas alterações;

- o desenvolvimento perceptivo e as alterações dos processos de

integração percepto-cognoscitiva;

- o desenvolvimento lingüístico e a escrita;

- o desenvolvimento do pensamento e as alterações dos processos

cognitivos relacionados à atenção, abstração e memória.

EM SÍNTESE, PODE-SE DIZER QUE O PSICOPEDAGOGO OPERA COM DIVERSAS

ÁREAS DO CONHECIMENTO. CONTUDO, A INTEGRAÇÃO ENTRE ESTAS ÁREAS NÃO

LHE É DADA A PRIORI, ELE A CONSTRÓI COMO PRODUTO DE SUA SENSIBILIDADE E

DA SUA EXPERIÊNCIA.

Page 66: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

OS FUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA

SOCIOCULTURAIS

PSICOLÓGICOS

FILOSÓFICOS

BIOLÓGICO-ORGANICISTAS

Page 67: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

LOCAIS DE ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO

clínica psicopedagógica

instituição escolar

instituição hospitalar

empresas

Page 68: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

compreender de forma global e integrada oprocessos

cognitivos, emocionais, sociais, culturais, orgânicos e

pedagógicosinterferem na aprendizagem,

possibilitar situações que resgatem o prazer

de aprender em sua totalidade

Pp clínica

integração entre pais,

professores, orientadores

educacionais e demais especialistas

investigação cuidadosa, que permite

levantar uma série de hipóteses

indicadoras

das estratégias capazes de criar a

situação terapêutica que facilite uma

vinculação

satisfatória mais adequada para a

aprendizagem

Page 69: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Trabalhando a escolaridade "in loco"

escolar

Trabalhando a instituição enquanto aparelho e estrutura resistente à

mudança,

resgatar de modo prazeroso o ato de

aprender

PpINSTITUCIONAL

Page 70: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Dificuldades de Aprendizagem escolar

Causas Intra Escolares

Metodologia do professor

Formação do professor

Cultura da escola

Relação professor – aluno

Política educacional

Representação do professor sobre a dificuldade

da aprendizagem escolar.

Dra. Nadia A. Bossa

Page 71: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Dificuldades de Aprendizagem escolarDra. Nadia A. Bossa

Causas Extras Escolares:

Orgânico: lesões, doenças, hiperatividade, imaturidade SNC

Emocionais: neuroses, psicoses, perversões, inibição intelectual

Culturais: falta de estímulo, condições sócio econômicas

Intelectuais: atraso no desenvolvimento intelectual, deficiência

Específicos: dislexia, disgrafia, discalculia

Relação dos pais com o estudo dos filhos

Page 72: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 73: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 74: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 75: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 76: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Esse trabalho pode ser desenvolvido em diferentes níveis,

propiciando aos educadores conhecimentos para:

A reconstrução de seus próprios modelos de

aprendizagem, de modo que, ao se perceberem também

como 'aprendizes', revejam seus modelos didáticos;

A identificação das diferentes etapas do desenvolvimento

evolutivo dos alunos e a compreensão de sua relação com

a aprendizagem;

O diagnóstico do que é possível ser melhorado no próprio

ambiente escolar e do que presa ser encaminhado para

profissionais fora da escola;

Page 77: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

A percepção de como se processou a evolução dos

conhecimentos na história da humanidade, para

compreender melhor o processo de construção de

conhecimentos dos alunos;

As intervenções para a melhoria da qualidade do

ambiente escolar;

A compreensão da competência técnica e do

compromisso político presentes em todas as dimensões

do sujeito.

Page 78: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

LEPORELO

Page 79: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 80: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

COMBINANDO ...

Page 81: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

POSICIONAMENTO

Page 82: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

ARGUMENTAÇÃO

Page 83: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

NEGOCIAÇÕES ??

Page 84: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

RESISTÊNCIA

Page 85: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

ATITUDE DOS PAIS = RESPOSTA DOS FILHOS

Page 86: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

MANIPULAÇÃO*

*Controlar; dominar

Page 87: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

EXPECTATIVA

Page 88: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

AMBIENTE DESCONHECIDO

Page 89: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIFERENTES REAÇÕES

Page 90: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

COMPORTAMENTO IMITADO

Page 91: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

O ADULTO DIANTE DA CRIANÇA

Page 92: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

TENTATIVAS

Page 93: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

ADAPTAÇÃO

Page 94: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

PROPOSTAS

Page 95: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

PARTICIPAÇÃO

Page 96: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 97: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIVERSAS EXPRESSÕES

Page 98: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

CONVIVÊNCIA

Page 99: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

“MÃO NA MASSA”

Page 100: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

INTENCIONALIDADE

Page 101: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

LUDICIDADE

Page 102: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

REGRAS

Page 103: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

SEPARAÇÃO

Page 104: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 105: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

COMO FUNCIONA?

Page 106: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

ROTINA

Page 107: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

ADAPTAÇÃO

Page 108: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

PONTUALIDADE

Page 109: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIÁLOGO

Page 110: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 111: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

VALORIZAÇÃO

Page 112: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

CAMPOS NORTEADORES DA AÇÃO

PSICOPEDAGÓGICA

Abordagem psiconeurológica

fundamentada na biologia, psicologia e processos educativos e

de treinamento

aluno : ORGANISMO, o CORPO, o DESEJO e a INTELIGÊNCIA

Disfunções endócrinas, Fatores genéticos, Desnutrição,

Doenças crônicas, problemas emocionais

Abordagem neuropsiquiátrica

fundamentada na medicina e medicalização dos problemas de

aprendizagem

adequado consultar um médico com residência em neurologia, e com

compreensão do movimento inclusivo

Page 113: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

CAMPOS NORTEADORES DA AÇÃO

PSICOPEDAGÓGICA

No

Abordagem comportamental

Psicologia experimental de Watson (Behaviorismo Metodológico) e B.F. Skinner (Behaviorismo

Radical

observação e descrição clara dos comportamentos inadequados, a identificação daquilo que mantém (reforça/ recompensa)

Esse comportamento desviado/ patológico –segundo o contexto do meio - e a intervenção de modificação, por meio de técnicas de controle do comportamento e a instalação de um novo e mais

adequado comportamento

Abordagem Fenomenológica

importante nessa abordagem são as atitudes e posturas do cuida(dor).

É vital o envolvimento existencial com aquilo que se põe ao meu ser Total (Holismo) e o necessário

distanciamento reflexivo da coisa mesma,

Page 114: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

CAMPOS NORTEADORES DA AÇÃO

PSICOPEDAGÓGICA

No

Epistemologia

Convergente - Jorge Visca

importante nessa abordagem são as atitudes e posturas do cuida(dor).

É vital o envolvimento existencial com aquilo que se põe ao meu ser Total (Holismo) e o necessário

distanciamento reflexivo da coisa mesma,

Page 115: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 116: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIFERENÇAS

FUNCIONAIS

Page 117: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIFERENÇAS FUNCIONAIS

ESTRUTURAÇÃO COGNITIVA

Visca,1987

Aqueles que apresentam o predomínio da assimilação, ou

seja, apresentam uma certa rigidez dos esquemas de

aprendizagem e aprendem somente o que modificará o

mínimo possível seus esquemas anteriores. São aprendizes

que fazem

suas tarefas mais do seu jeito;podem ser mais criativos, mas

apresentam mais dificuldades para seguir regras, para se

encaixar em atividades que exigem determinadas normas;

Page 118: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIFERENÇAS FUNCIONAIS

ESTRUTURAÇÃO COGNITIVA

Visca,1987

Aqueles que apresentam um predomínio da acomodação e

que de certa forma, colocam-se mais a serviço do outro e

modificam seus esquemas em função do que o outro coloca.

São aprendizes mais repetitivos, reprodutivos, que criam

menos;

Page 119: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIFERENÇAS FUNCIONAIS

ESTRUTURAÇÃO COGNITIVA

Visca,1987

Aqueles que apresentam uma defasagem entre o

pensamento operatório e o pensamento figurativo podem

mostrar funcionamentos diferentes. Operatoriedade =

lógica/estudos matemáticos. figurativos= imagens e

linguagem;

Page 120: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIFERENÇAS FUNCIONAIS

VINCULAÇÃO AFETIVAVisca, 1987

AQUELES IMPULSIVOS, QUE MAL PODEM OUVIR A CONSIGNA E JÁ ESTÃO

REALIZANDO A TAREFA

Page 121: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIFERENÇAS FUNCIONAIS

VINCULAÇÃO AFETIVA

Visca, 1987

AQUELES EXTREMAMENTE CUIDADOSOS QUE OUVEM TODAS AS INFORMAÇÕES,

PENSAM ANTES DE COMEÇAR E ORGANIZAM-SE DE FORMA A REALIZAR UMA

TAREFA APRESENTÁVEL

Blá, blá, blá

Page 122: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIFERENÇAS FUNCIONAIS

VINCULAÇÃO AFETIVA

Visca, 1987

AQUELES QUE FOGEM DA TAREFA PARA FAZER OUTRA TAREFA E ESTÃO SEMPRE

ATRASADOS EM SEUS COMPROMISSOS

Page 123: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIFERENÇAS FUNCIONAIS

VINCULAÇÃO AFETIVA

Visca, 1987

Aqueles que se preocupam com a forma, mas não conseguem

aprofundar no conteúdo

Page 124: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIFERENÇAS FUNCIONAIS

VINCULAÇÃO AFETIVA

Visca, 1987

Aqueles que nunca sabem e pedem ajuda de alguém, invariavelmente;

Page 125: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIFERENÇAS FUNCIONAIS

VINCULAÇÃO AFETIVA

Visca, 1987

Aqueles que integram conhecimentos que possuem facilidade para

realizar síntese.

Page 126: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIFERENÇAS FUNCIONAIS

ASPECTOS INESPECÍFICOS DA APRENDIZAGEM

ATENÇÃO E MEMÓRIA

Visca, 1987

APRENDIZES MUITO DISPERSOS

Page 127: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIFERENÇAS FUNCIONAIS

ASPECTOS INESPECÍFICOS DA APRENDIZAGEM

ATENÇÃO E MEMÓRIA

Visca, 1987

APRENDIZES CONCENTRADOS

Page 128: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIFERENÇAS FUNCIONAIS

ASPECTOS INESPECÍFICOS DA APRENDIZAGEM

ATENÇÃO E MEMÓRIA

Visca, 1987

APRENDIZES ESQUECIDOS

Page 129: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

DIFERENÇAS FUNCIONAIS

ASPECTOS INESPECÍFICOS DA APRENDIZAGEM

ATENÇÃO E MEMÓRIA

Visca, 1987

APRENDIZES CAPAZES DE LEMBRAR

DE SUAS AQUISIÇÕES E FAZER RELAÇÕES

Page 130: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

“Pessoas não podem ser identificadas como se fossem suas próprias dificuldades”

Hiperativo,

agressivo,

desatento

...

Page 131: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Código de ética

Page 132: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 133: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia
Page 134: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

PROFISSÃO E CÓDIGO DE ÉTICA Para CAMARGO (1999) a ética profissional é a aplicação da ética geral no campo das atividades profissionais. Já para PAVIANI (1998), a ética profissional é a tentativa de legitimar princípios morais de validade comum aceitos por determinada comunidade. Assim sendo, existem os códigos de ética das diversas profissões como Direto, Medicina, Psicologia e Psicopedagogia.A respeito dos códigos de ética acentua PAVIANI (1988, p.108), que “a ética profissional estuda códigos de ética específicos a cada área de aplicação e que na realidade seriam códigos morais, pois se limitam a normas que possibilitam um bom relacionamento interpessoal...”.Adverte a autora que é preciso reconhecer os limites das normas, já que elas dependem de situações sociais e históricas, ainda que o fato de não existir um código de ética em determinada profissão não impede os profissionais de refletir a respeito do comportamento ético.CAMARGO (1999) atribui, ao código de ética, a estruturação e sintetização das exigências éticas no plano de orientação, disciplina e fiscalização. Para este autor, os códigos profissionais visam a garantir os interesses dos profissionais e dos clientes, amparando seus interesses e protegendo seus relacionamentos.

Page 135: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Já FLORES (1993) acredita que o Código de Ética visa a proporcionar ocasiões de articular interesses individuais e coletivos, ainda que ele represente uma tentativa de elevar a consciência moral dos indivíduos na busca de inseri-los numa relação social abrangente.Ao longo da vida, toda pessoa depara com situações inusitadas, situações que desequilibram a rotina. Nestes, e em outros momentos decisivos, o Código de Ética pode sugerir, fundamentar e amparar atitudes a serem tomadas. Contudo, ele não dá garantias de acertos, como também, não visa a criar dependências. Mas a direcionar o profissional para o interesse mútuo, ordenando as relações interpessoais com apoio na autoridade de uma comunidade, formalizando o convívio de pessoas.Neste aspecto, PADIM (1997), nos lembra que o Código de Ética deve estar sob o controle de seu órgão representativo, e ser homologado pelo poder público e ser dado ao conhecimento de toda a sociedade. Também, enfatiza que o órgão representativo deverá contar com um Conselho de Ética, eleito pelos integrantes da profissão, para o julgamento dos profissionais que forem denunciados por violar normas do código e estabelecer as sanções necessárias.

Page 136: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

PADIM (1997) enfatiza que o poder de julgar e punir os profissionais que não seguirem o código de Ética. O Código de Ética não tolhe a liberdade do profissional, pois ele é livre para segui-lo ou não, mas deverá ser responsável por sua escolha e arcar com as conseqüências de seus atos.Respeitar as normas contidas num código de ética implica segundo CAMARGO (1999), a necessidade de compreender e viver a razão básica das determinações nele contidas e, evidentemente a consciência profissional por parte de cada um subordinados a esse código.E a consciência profissional é algo que se vem plasmando aos poucos no indivíduo, conforme afirma SÁ (in Camargo, p.36). Salienta PAVIANI (1988) o fato da crise ética ser uma experiência universal presente em todas as épocas e comum a todas as classes sociais e profissões, assim ninguém pode livrar-se do ético, da constante necessidade de escolher, de decidir, do dever ser, do agir ou do saber prudencial.

Page 137: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Considera MAXIMIANO (apud CAMARGO, 1999, p.34), que os códigos de ética fazem parte do sistema de valores que orientam o comportamento das pessoas, grupos e das organizações e seus administradores. Então, se os códigos de ética fazem parte dos sistemas de valores que organizam o comportamento das pessoas, cabe a elas dar alma aos códigos, dar-lhes significado, ou seja, acreditar na importância deles. As diretrizes éticas têm estado presentes em inúmeras profissões, nas quais o código de ética vem a ser um como instrumento norteador da postura dos profissionais. É o caso de áreas como a Medicina, o Direito “Código de Ética e Disciplinar do Advogado”, a Psicologia e a Psicopedagogia.

Page 138: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

O primeiro Código de Ética da Psicopedagogia foi

formulado em 1992 e reformulado pelo Conselho

Nacional e Nato de Psicopedagogia no biênio

95/96. Ele é composto por dez capítulos e vinte

artigos abordados a seguir.

Page 139: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Dos Princípios (Capítulo I), neste item é realizada a definição do campo de atuação do psicopedagogo como sendo área que integra saúde e educação, e que cuida dos problemas de aprendizagem. Considera que a Psicopedagogia possui recursos próprios para o diagnóstico e intervenção psicopedagógica. Aponta a natureza deste trabalho como sendo clínica ou institucional, preventiva e curativa. Considera ainda curso de formação em pós-graduação, para o exercício da Psicopedagogia, também aponta a necessidade da supervisão, aconselha a supervisão do trabalho.

Das Responsabilidades do Psicopedagogo (Capítulo II) enfatiza a necessidade de atualização profissional, aborda o relacionamento com outros profissionais (especialistas em outras áreas), aponta para o respeito aos limites da profissão; trata do sigilo profissional visando resguarda o cliente; considera importante a colaboração do profissional para com a promoção do crescimento de suas áreas de atuação através do desenvolvimento de pesquisas.

Das Relações Com Outros Profissionais (Capítulo III) aborda a necessidade de se reconhecer os limites da Psicopedagogia, aconselha o encaminhamento quando necessário, delimitar o campo de atuação como sendo o problema de aprendizagem.

Page 140: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Do Sigilo (Capítulo IV) esclarece a necessidade da manutenção do sigilo e da permissão do cliente para informar a outros especialistas dados de seu desenvolvimento, assim como resultados da avaliação e acesso a prontuários.Das Publicações Científicas (Capítulo V), este item orienta a publicação de trabalhos, a necessidade de se limitar às críticas à matéria e não ao autor; recomenda ainda o uso da ordem de prioridade ou ordem alfabética para destacar colaborados de trabalhos de pesquisa, enfatiza a necessidade de não se beneficiar da posição hierárquica que ocupa para obter privilégios; aconselha que seja indicada na bibliografia, as obras usadas no desenvolvimento de pesquisas, esclarecendo as idéias descobertas.

Page 141: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Da Publicidade do Profissional (Capítulo VI) fornece

critérios para publicidade do profissional

salientando a necessidade da honestidade ao

divulgar o trabalho profissional.

Dos Honorários (Capítulo VII) aponta para a

necessidade de combinar, com antecedência,

horários e preço justo para diagnósticos e

intervenção.

Page 142: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Das Relações com a Saúde e Educação (Capítulo VIII), aborda a importância de o psicopedagogo participar e refletir junto às autoridades sobre organização e desenvolvimento de projetos que abordem as questões de aprendizagem e integrem saúde e educação.Da Observância e Cumprimento (Capítulo IX) trata da liberdade como princípio de ética, enfatiza a apuração de irregularidades no exercício da Psicopedagogia, aponta a necessidade da advertência; esclarece que as alterações do Código é de competência da ABPp. Das Disposições Gerais (Capítulo X) esclarece a data em que o Código de Ética foi formulado, assinala que esta é a primeira alteração (1996).

Page 143: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Considerando que este Código foi reformulado em 1996 tratar-se-á de discorrer sobre algumas alterações.O Artigo 1º: define a Psicopedagogia como um campo de atuação em Educação e Saúde que lida com o processo de aprendizagem humana em seus padrões normais e patológicos, considerando a influência do meio – família, escola e sociedade – no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da Psicopedagogia. Este artigo teve sua redação alterada e desdobra nos seguintes:

Page 144: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Artigo 2: considera que a Psicopedagogia é de natureza interdisciplinar e utiliza recursos das várias áreas do conhecimento humano para a compreensão do ato de aprender, no sentido ontológico e filogenético, valendo-se de métodos e técnicas próprias.Parágrafo Único: esclarece que a intervenção psicopedagógica é sempre da ordem do conhecimento relacionado com o processo de aprendizagem.Faz-se necessário ressaltar que o artigo 3º, que rege o trabalho psicopedagógico foi alterado e recebeu a seguinte redação: “O trabalho psicopedagógico é de natureza clínica e institucional, de caráter preventivo e/ou remediativo”. (Código de Ética da Psicopedagogia).

Page 145: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

O Artigo 4º: dá providência ao exercício da profissão:

estarão em condições do exercício da Psicopedagogia

os Profissionais graduados em 3º grau, portadores de

certificados de cursos de Pós-Graduação de

Psicopedagogia, ministrado em estabelecimento de

ensino oficial e/ou reconhecido, ou mediante direitos

adquiridos, sendo indispensável submeter-se à

supervisão e aconselhável trabalho de formação

pessoal. (Código de Ética da Psicopedagogia).

Page 146: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Artigo 5º: traz esclarecimentos a respeito dos fins do trabalho psicopedagógico considerando que: ... tem como objetivo: (i) promover a aprendizagem, garantindo o bem estar das pessoas em atendimento profissional, devendo valer-se dos recursos disponíveis, incluindo a relação interprofissional; (ii) realizar pesquisas científicas no campo da psicopedagogia (Código de Ética da Psicopedagogia).

Page 147: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

No Capítulo II, o que trata das “Responsabilidades dos Psicopedagogos”, o código estipula, no Artigo 6º, que são deveres fundamentais dos Psicopedagogos:a) Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos que tratem do fenômeno da aprendizagem humana;b) Zelar pelo bom relacionamento com especialistas de outra área, mantendo uma atitude crítica, de abertura e respeito em relação às diferentes visões de mundo;c) Assumir somente as responsabilidades para as quais esteja preparado dentro dos limites da competência Psicopedagógica;d) Colaborar com o progresso da Psicopedagogia;e) Difundir seus conhecimentos e prestar serviços nas agremiações de classe sempre que possível;f) Responsabilizar-se pelas avaliações feitas fornecendo ao cliente uma definição clara do seu diagnóstico;g) Preservar a identidade, parecer e/ou diagnóstico do cliente nos relatos e discussões feitos a título de exemplos e estudos de casos;h) Responsabilizar-se por crítica feita a colegas destes;i) Manter atitude de colaboração e solidariedade com colegas sem ser conivente ou acumpliciar-se, de qualquer forma, com ato ilícito ou calúnia. O respeito e a dignidade na relação profissional são deveres fundamentais do psicopedagogo para a harmonia da classe e manutenção do conceito público (Código de Ética da Psicopedagogia)

Page 148: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Reza o Artigo 7º, Capítulo III, que para o psicopedagogo deve manter e desenvolver boas relações com os componentes das diferentes categorias profissionais, deverá observar o seguinte:“a) Trabalhar nos restritos limites das atividades que lhes são reservadas;b) Reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de especialização, encaminhando-os a profissionais habilitados e qualificados para o atendimento.” (Código de Ética da Psicopedagogia).

Page 149: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Sofreu alterações o Capítulo IV, o que trata Do

sigilo (Artigo 8º, 9º, 10º e 11º). Neste, é enfatizada

a importância do sigilo. No Artigo 9º está previsto

que o psicopedagogo não deverá revelar como

testemunha, fatos de que tenha conhecimento no

exercício de seu trabalho, a menos que seja

intimado a depor perante autoridade competente.

Page 150: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

O Capítulo V, que rata das Publicações Científicas também sofreu alterações na sua redação, em especial nas letras b e c, mas seu conteúdo permaneceu o mesmo, ficando redigido da seguinte maneira:Na publicação de trabalhos científicos deverão ser observadas as seguintes normas:a)As discordâncias ou críticas deverão ser dirigidas à matéria em discussão e não ao autor;Em pesquisa ou trabalho em colaboração, deverá ser dada ênfase aos autores, sendo de boa norma dar prioridade na enumeração dos colaboradores, àqueles que mais contribuíram para a realização do trabalho;b)Em nenhum caso, o psicopedagogo se prevalecerá da posição hierárquica para fazer publicar trabalhos sob sua orientação c)Em todo trabalho científico, deve ser indicada a fonte bibliográfica utilizada, bem como esclarecidas as idéias descobertas e ilustrações de cada autor. (Código de Ética da Psicopedagogia).

Page 151: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

O Capítulo VI, referente a Publicidade Profissional,

sofreu modificação no Artigo 13º, onde a palavra

dignidade foi substituída pelo termo honestidade,

também. O artigo 14º também foi alterado em sua

redação, sem ter, contudo modificado seu sentido.

Page 152: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Na redação anterior, o código apresentava um

capítulo que dispunha sobre a cobrança dos

honorários. Na atual, este item foi abordado no

Capítulo VI, que trata da Publicidade Profissional:

Artigo 13º - “O Psicopedagogo, ao promover

publicamente a divulgação de seus serviços, deverá

fazê-lo com exatidão e honestidade”. (Código de

Ética da Psicopedagogia.).

Page 153: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

O Artigo 14º, considera que “O psicopedagogo poderá atuar como consultor científico em organizações que visem lucro com venda, de produtos, desde que busque sempre a qualidade dos mesmos”. (Código de Ética da Psicopedagogia).O Artigo 15º, afirma que “os honorários deverão ser fixados com cuidado a fim de que representem justa retribuição aos serviços prestados e devem ser contratados previamente”. (Código de Ética da Psicopedagogia).

Page 154: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

O Capítulo IX, que trata da Observância e Cumprimento do Código de Ética e o Artigo 18º, apresentam modificações na redação, pois, no anterior dizia que cabe ao Conselho Nacional da Abpp, a apuração de faltas cometidas, contra este código, a avaliação e advertência quando necessária. A redação atual é a seguinte: Artigo 18º - “Cabe ao Conselho Nacional da ABPp orientar e zelar pela fiel; observância dos princípios éticos da Classe”. (Capítulo X, Código de Ética da Psicopedagogia.).Neste mesmo capítulo houve alterações na redação do artigo 19º ressaltando que: “Código poderá ser alterado por proposta do Conselho da ABPp e aprovado em Assembléia Geral.” (Capítulo X, Código de Ética da Psicopedagogia.).

Page 155: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

O Capítulo X, “Disposições Gerais”, em seu Artigo 20º na redação anterior (1992) dizia respeito à entrada em vigor do código de ética após sua aprovação em assembléia geral. Pela redação atual do Artigo 20, o Código de Ética entrou em vigor após sua aprovação em Assembléia Geral, realizada no 5º Encontro e 2º Congresso de Psicopedagogia da ABPp em 12/07/1992 e que sofreu a primeira alteração proposta pelo Congresso Nacional e Nato no biênio 95/96 sendo aprovado em 19/07/96, na Assembléia Geral de III Congresso Brasileiro de Psicopedagogiada ABPp, da qual resultou a presente redação. .

Page 156: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

O código de ética aqui abordado foi elaborado por meio do consenso da categoria profissional objetivando esclarecer princípios norteadores da profissão, para caracterizá-la, para delimitar o campo de atuação profissional, nortear a práxis, esclarecer as responsabilidades, acentuar a necessidade do respeito ao ser humano quer seja ele cliente, profissional da mesma área ou não, dentre outros, também ressaltar a necessidade do sigilo profissional. No código de ética da Psicopedagogia foram constatadas normas que visam nortear a práxis dos profissionais e também dá a eles a liberdade de escolha para seguir ou não o Código, fato que não os isentam de responsabilidades. Assim, o código de ética da Psicopedagogia é um instrumento capaz de nortear a práxis do psicopedagogo.Nesse sentido, acredita-se que toda categoria que se preocupa com questões éticas está zelando pelo bem estar de seus clientes, contribuindo dessa forma, para melhora da qualidade de vida das pessoas que procuram por seus serviços. No caso da Psicopedagogia, área que lida com as questões da aprendizagem, esse fato não poderia deixar de ser, porque os que a exercem estão delineando uma profissão, a qual está prestes a ser reconhecida pelos órgãos oficiais como tal, visto que já possui com um campo teórico vasto, tem instrumentos específicos para o diagnóstico e a intervenção, conta com a credibilidade da comunidade que busca, por meio de seus serviços do psicopedagogo a resolução de problemas de aprendizagem.No que tange à formação do psicopedagogo, embora haja diversidade na graduação dos que optam por esta área, e diferenças nos currículos oferecidos pelas instituições de ensino superior, os profissionais que realmente apresentarem competência e ética permanecerão no mercado, visto que este setor é implacável com os maus profissionais.

Page 157: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

APELO DE QUEM NÃO APRENDE

Se eu aprendo com o outro

onde está o outro que me ensina?

Onde está que não vejo agora

porque foi bloqueado pelas coisas que me afetam.

Quem dirige quem?

Quem permite o quê?

O que está interditado?

Sin-toma. Toma sim.

Toma as minhas dificuldades

e transforme-as em possibilidades.

Em aprendizagens: vinculares, de valores, assistemáticas e sistemáticas.

Provoque o meu desejo,

espantando todos os meus medos.

Page 158: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

Ouça a minha demanda

e contenha o que precisa ser contido, com limites claros.

Direcione minha atenção

para o que é mais importante

neste mundo aberto 24 horas.

O que tentas me ensinar que ainda não posso aprender?

O que me dás que ainda não posso receber?

Onde aconteceu o desencontro dos desejos?

Em qual dimensão? Racional, relacional ou desiderativa?

Corporalmente eu lhe mostrarei.

Não sou anjo barroco (só cabeça e mãos)

Sou pessoa que quer aprender

Com toda integração do meu SER.

Lu Picelli 17mar07

Page 159: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

QUAL O PAPEL QUE VOCÊ, ENQUANTO

PSICOPEDAGOGO PRETENDE

EXERCER:

Emancipador?

Reforçador de motivos de exclusão,

corroborando com uma visão da criança

como inadequada, diferente para

menos??

Page 160: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

avaliação

Em duplas:

Descreva detalhadamente 2 casos que conhecem que necessitam de atendimento psicopedagógico.

Idade: 10 anos

Série:3º ano

Queixa da escola:

“dificuldade de aprendizagem

imaturidade

problemas de comportamento”

Hipótese Diagnóstica: problemas emocionais

Page 161: Fundamentos epistemológicos da psicopedagogia

COM – tato (s)

Lucineyde Picelli Pezzini

(41) 8483-6722

[email protected]