fundamentação

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Page 1: FundamentaçãO

Cidadezinha qualquer

Page 2: FundamentaçãO

Casas entre bananeiras mulheres entre laranjeiras

pomar amor cantar.

Page 3: FundamentaçãO

Um burro vai devagar.

Um homem vai devagar.Um cachorro vai devagar.

Page 4: FundamentaçãO

Devagar... as janelas olham. Eta vida besta, meu Deus.

Page 5: FundamentaçãO

O TÍTULO: CIDADEZINHA QUALQUER

• Síntese do poema;

• O uso do diminutivo;

• O uso do pronome adjetivado qualquer;

(Se a cidadezinha fez-se a alma do poema é porque exatamente a sua mesmice e a sua simplicidade cativaram o poeta, quem sabe em um processo de identificação)

Page 6: FundamentaçãO

• A ausência de artigo e adjetivos na primeira estrofe - generalização visão panorâmica da paisagem;

• A falta de pontuação dinamiza a cena;• Tessitura sonora: “Pomar amor cantar”• Ausência de verbos - reforça a inércia da

cidade;• “Casas entre bananeira”. Por que não

bananeiras entre casas?• “Mulheres entre laranjeiras” aproxima elementos

de um mesmo campo semântico, de acordo com o contexto e a época.

Page 7: FundamentaçãO

• Paralelismo – “Um homem vai devagar; Um cachorro vai devagar; Um burro vai devagar”;

• A utilização do artigo indefinido “um” indica o anonimato;

• A presença do verbo de ação “ir” introduz um movimento na cena;

• A presença do advérbio “devagar” reitera a idéia de lentidão;

• A ausência de adjetivos – coloca os sujeitos no mesmo plano existencial;

• A inversão do advérbio “devagar” – provoca uma quebra seqüencial e rítmica;

• O uso das reticências – introduz uma reflexão e conduz ao desfecho;

Page 8: FundamentaçãO

• A utilização do artigo definido “as” confere reconhecimento e precisão às janelas;

• O substantivo “janelas” – representa o foco que foi aos poucos se fechando do geral para o particular;

• O uso da figura de linguagem em “as janelas olham” faz um contraponto entre o conhecido e o difuso, num contexto em que não se dispunha de TV e rádio, além de reforçar a idéia de vida imóvel.

• O último verso revela o cansaço do poeta em relação à rotina; “Eta vida besta, meu Deus”

• O emprego do adjetivo “besta” expressa o descontentamento do eu poético. Por que não tola?