fundaÇÃo technos de previdÊncia social · 2018-08-29 · bancários e fundos de investimentos) e...
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FUNDAÇÃO TECHNOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DOS
EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E DE 2016
(Em R$ mil)
1 CONTEXTO OPERACIONAL
A Fundação Technos de Previdência Social é uma entidade fechada de
previdência complementar, sem fins lucrativos. Sua finalidade é previdencial,
com autonomia administrativa e financeira, seu funcionamento foi autorizado
através da Portaria nº. 755 de 29 de dezembro de 1993, publicada no Diário
Oficial da União em 30 de dezembro de 1993, pela Secretaria da Previdência
Complementar, tendo iniciado suas atividades em 24 de junho de 1994.
A Fundação é dotada de autonomia administrativa e financeira, tendo como
finalidade a concessão de benefícios suplementares ou assemelhados aos da
Previdência Social aos seus participantes e beneficiários, provenientes das
patrocinadoras ATP Tecnologia e Produtos S.A. e DATALINK LTDA.
As entidades de previdência complementar estão isentas de Imposto de Renda
Pessoa Jurídica desde janeiro de 2005, de acordo com a Lei nº. 11.053, de
29/12/2004.
Em observância aos artigos 9º e 14º do Código Tributário Nacional, a Fundação
Technos de Previdência Social, não distribui dividendos, aplicando no país a
totalidade de seus recursos, mantendo também a escrituração de suas receitas
e despesas em livros formais capazes de assegurar sua exatidão.
A Fundação possui apenas um plano de benefício inscrito no Cadastro Nacional
de Planos de Benefícios – CNPB, sob o nº 19980025-19, na modalidade de
Contribuição Definida e um Plano de Gestão Administrativa – PGA, o qual tem a
finalidade de registrar as atividades referentes à gestão administrativa da
Fundação Technos de Previdência Social.
2 APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com as práticas
contábeis em vigor no Brasil, aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade
– CFC, em conformidade com as seguintes normas específicas: Resolução CGPC
nº. 08, de Através da notificação datada de 26/07/2013, a 31 de outubro de
2011; Resolução CNPC nº. 12, de 19 de agosto de 2013; Instrução Normativa
MPS/SPC nº. 34, de 24 de setembro de 2009; Instrução SNPC nº. 05, de
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setembro de 2011; Resolução PREVIC/DC nº 6, de 13 de novembro de 2013;
Instrução MPS/PREVIC nº. 15, de 12 de novembro de 2014; Resolução CNPC
nº. 16, de 19 de novembro de 2014; Resolução nº. 1.272, de 22 de janeiro de
2010, que aprova a NBC TE 11, e as práticas contábeis brasileiras. A estrutura
da planificação contábil padrão das EFPC’s reflete o ciclo operacional de longo
prazo da sua atividade, de forma que a apresentação de ativos e passivos,
observadas as gestões Previdencial, Assistencial, Administrativa e dos
Investimentos, proporcione informações mais adequadas, confiáveis e
relevantes do que a apresentação em circulante e não circulante, em
conformidade com o item 63 da NBC T 19.27.
A sistemática introduzida pelos órgãos normativos apresenta, além das
características já descritas, a segregação dos registros contábeis em três
gestões distintas (Previdencial, Assistencial e Administrativa) e o Fluxo dos
Investimentos, que é comum às Gestões Previdencial e Administrativa,
segundo a natureza e a finalidade das transações.
Conforme Resolução CNPC nº 8, de 31 de outubro de 2014 e Instrução MTPS-
PREVIC nº 25, de 17 de dezembro de 2015, as EFPC apresentam os seguintes
demonstrativos contábeis:
a) Balanço Patrimonial com o comparativo com o exercício anterior;
b) Demonstração da Mutação do Patrimônio Social – DMPS com o comparativo
com o exercício anterior;
c) Demonstração da Mutação do Ativo Líquido – DMAL com o comparativo com
o exercício anterior;
d) Demonstração do Ativo Líquido – DAL com o comparativo com o exercício
anterior;
e) Demonstração do Plano de Gestão Administrativa – DPGA com o
comparativo com o exercício anterior;
f) Demonstração das Provisões Técnicas – DPT com o comparativo com o
exercício anterior e
g) Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis.
As presentes demonstrações contábeis foram aprovadas pela Administração da
Fundação em 25 de março de 2018.
3 PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS
A escrituração contábil das operações obedece ao plano de contas padrão em
vigor das EFPC’s observadas as normas, os procedimentos e os critérios gerais
determinados pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar
(PREVIC).
3.1 Registro das Adições, Deduções, Receitas, Despesas, Rendas/Variações
Positivas e Deduções / Variações Negativas
As Adições e Deduções da Gestão Previdencial, Receitas e Despesas da Gestão
Administrativa, as Rendas/Variações Positivas e Deduções/Variações Negativas
do Fluxo de Investimento são escrituradas pelo regime contábil de competência
de exercícios.
3.2 Reservas Matemáticas e Fundos da Gestão Previdencial
São apurados com base em cálculos atuariais, procedidos por atuários
externos. Representam os compromissos acumulados no encerramento do
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exercício, quanto aos benefícios concedidos e a conceder aos participantes e
assistidos.
3.3 Estimativas Atuariais e Contábeis
As estimativas atuariais e contábeis foram baseadas em fatores objetivos que
refletem a posição em 31 de dezembro de 2017 e 2016, com base no
julgamento da administração para determinação dos valores adequados a
serem registrado nas demonstrações contábeis. Os itens significativos sujeitos
às referidas estimativas incluem as provisões matemáticas, calculadas
atuarialmente por profissional externo, e as contingências cujas probabilidades
de êxito foram informadas pelos advogados que patrocinam as ações.
3.4 Ativo Realizável – Fluxo dos Investimentos
Os principais critérios de avaliação e de reconhecimento de receitas são os
seguintes:
I. Renda Fixa-os investimentos em Renda Fixa estão registrados pelo custo,
acrescido dos rendimentos auferidos de forma “pro rata” até a data de
encerramento do Balanço e deduzidos, quando aplicável, das provisões para
perdas. As Rendas/Variações Positivas e Deduções/Variações Negativas da
carteira são apropriadas mensalmente em contas específicas diretamente
vinculadas à modalidade de aplicação.
II. Os Fundos de Investimentos são contabilizados pelo valor efetivamente
desembolsado nas aquisições de cotas e incluem, se for o caso, taxas e
emolumentos. Os montantes relativos aos fundos de investimento são
representados pelo valor de suas cotas na data de encerramento do balanço.
Alguns ativos relevantes alocados nesses fundos vêm sendo precificados
pelo valor econômico, conforme previsto na legislação estabelecida pela
Comissão de Valores Mobiliários – CVM e de acordo com o item 17.b das
Normas Complementares da Instrução MPS/SPC n.º 34, de 24/09/2009.
III. Operações com Participantes - estão registradas pelo valor atualizado dos
débitos dos participantes oriundos de empréstimos concedidos pela
Fundação e deduzida pela provisão para créditos de liquidação duvidosa.
IV. Investimentos Imobiliários - estão registrados ao custo de aquisição, ,
deduzida da depreciação, calculada pelo método linear, de acordo com o
prazo de vida útil de cada
3.5 Exigível Operacional
É demonstrado por valores conhecidos ou calculáveis, acrescido, quando
aplicável, dos correspondentes encargos e variação monetários incorridos
3.6 Exigível Contingencial
Registra o montante das provisões em decorrência de ações judiciais passivas
mantidas contra a Fundação. É atualizado através das informações jurídicas
sobre o curso dessas ações, de acordo com a possibilidade de êxito
determinada pelos advogados patrocinadores dos processos.
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3.7 Patrimônio Social – Provisões Matemáticas
São determinadas segundo cálculos efetuados por atuário externo, contratado
pela Fundação, e representam os compromissos previdenciais assumidos com
os participantes ativos, assistidos e beneficiários.
3.8 Apurações de Resultado
O resultado das operações é registrado pelo regime contábil de competência.
3.9 Operações Administrativas
Em conformidade com a Resolução CNPC nº 08, de 31 de outubro de 2011, e
Instrução SPC nº 34, de 24 de setembro de 2009, os registros das operações
administrativas são efetuados através do Plano de Gestão Administrativa -
PGA, que possui patrimônio próprio segregado do plano de benefícios
previdências.
O patrimônio do Plano de Gestão Administrativa - PGA é constituído pelas
receitas (Previdencial, Investimentos e Diretas) administrativas, deduzidas das
despesas comuns e específicas da administração previdencial, e dos
investimentos, sendo as sobras ou insuficiências administrativas alocadas ou
revertidas ao Fundo Administrativo. O saldo do Fundo Administrativo é
segregado por plano de benefício previdencial, não caracterizando obrigações
ou direitos aos patrocinadores, participantes e assistidos dos planos.
4 PRINCIPAIS CONTAS PATRIMONIAIS
a) Disponível
No disponível estão registrados os recursos em contas correntes bancárias da
Realizável – Gestão Previdencial
Registram os recursos a receber referente às contribuições previdências dos
participantes, patrocinadoras e auto patrocinados normais ou extraordinárias, e
contribuições sobre 13º salário, do mês em curso.
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b) Realizável - Gestão Administrativa
A composição dos realizáveis da Gestão Administrativa em 31 de dezembro de
2017 e 2016 é a seguinte:
Descrição 31.12.2016 31.12.2016
Contribuições Para Custeio Patrocinadora 0 0 Participantes 0 2
Participantes em BPD 10 5
10 7
Outros Recursos a Receber 26 14 Depósitos e Bloqueios judiciais 1.108 1.032
Total 1.144 1.053
d) Realizável - Investimentos
No Programa de Investimentos estão registradas as aplicações dos recursos
garantidores do plano de benefícios da Fundação. A carteira de investimento é
composta basicamente por aplicações em renda fixa (Certificados de Depósitos
Bancários e Fundos de Investimentos) e por Operações com Participantes,
totalizando o montante de R$ 29.121 mil (R$ 35.407 mil em 2016), assim
distribuídos: Descrição 31.12.2017 31.12.2016
Renda Fixa Créditos com Instituições Financeiras (CDB e DPGE) 10.800 18.587 Fundos de Investimentos 6.072 7.533
16.872 26.120 Operações com Participantes 5.624 6.047
Empréstimos 5.624 6.047 Outros 1.856 1.856
Depósitos Judiciais 1.856 1.856 Investimentos Imobiliários 4.769 1.384
Alugueis e Renda 4.769 1.384
Total 29.122 35.407
Os títulos de renda fixa estão demonstrados pelos seguintes critérios de
classificação e avaliação contábil:
As aplicações juntos as instituições financeiras (CDB´s - Certificado de
Depósito Bancário e DPGEs – Depósitos a Prazo com Garantia especial) foram
classificados na categoria “Títulos mantidos até o Vencimento” e os mesmos
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são contabilizados pelo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos
até a data dos balanços:
Posição em 31 de dezembro de 2017
Data Valores em R$ Mil
Aplicação Vencimento Instituição Financeira Custo Saldo Atual
16/05/2017
16/05/2018
MERCANTIL
2.600
2.753
22/05/2017 22/05/2018 MERCANTIL 2.500 2.643 26/12/2017 25/06/2018 BANRISUL 1.543 1.544 12/07/2017 12/07/2018 BANRISUL 670 695 17/12/2017 17/12/2018 BANRISUL 1.100 1.139 17/04/2017 17/04/2018 PANAMERICANO 1.900 2.026
Total
10.313
10.800
Posição em 31 de dezembro de 2016
Data Valores em R$ Mil
Aplicação Vencimento Instituição Financeira Custo Saldo Atual
14/04/2015
16/05/2017
MERCANTIL
2.300
2.512
07/12/2015 22/05/2017 MERCANTIL 2.200 2.399
19/04/2016 22/12/2017 BANRISUL 1.400 1.404
20/05/2016 12/07/2017 BANRISUL 600 639
24/05/2016 22/12/2017 BANRISUL 1.000 1.062
11/07/2016 27/11/2017 PANAMERICANO 4.700 5.454
19/07/2016 17/04/2017 PANAMERICANO 1.700 1.874
22/12/2016 04/04/2017 BRB 2.300 3.243
Total
16.200
18.587
As aplicações em fundos de investimentos são atualizadas pelo valor da cota
patrimonial dos fundos, nas datas do balanço, e totalizam os seguintes valores:
Descrição 31.12.2017 31.12.2016
Fundo de Investimento – Itaú 40 3.786 Fundo de Investimento – Bradesco Fundo de Investimento – CEF
5 6.027
2.968 779
Total 6.072 7.533
As operações com participantes correspondem a empréstimos simples e seus
saldos incluem: o principal, atualizado monetariamente e descontadas as
amortizações referentes às prestações pagas. Em 31 de dezembro de 2017 e
de 2016 a composição da carteira de operações com participantes era a
seguinte:
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Descrição 31.12.2017 31.12.2016
Empréstimo SAC3 Empréstimo Price3 Repasse de empréstimos em atraso
5.073 0
538
5182 64
287 Empréstimo a receber 13 514
Total 5.624 6.047
Provisão para Créditos em Liquidação Duvidosa
Em conformidade à Resolução nº 08, de 31 de outubro de 2011, alterada pelas
Resoluções nº 10, de 05 de julho de 2002 e n.º 01, de 24 de janeiro de 2003,
anexo E, itens 30 e 31, a Fundação vem constituindo provisão para fazer face
às operações representadas por direitos creditórios de liquidação duvidosa
desde 2005 e ao mesmo tempo, continua conferindo todos os esforços
necessários para recuperação estes recursos.
5 PASSIVO
a) Exigível Operacional
Neste grupo são registradas as obrigações a pagar relativas a
fornecedores, pessoal, bem como retenções fiscais e outros descontos
decorrentes dessas obrigações. A seguir, apresentamos a composição do
saldo em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:
a.1) Gestão Previdencial
Descrição 31.12.2017 31.12.2016
IRRF sobre Restituições de Poupança a Recolher 6 14 Reservas não resgatadas 53 26 Doações da ATP 2 2 Obrigações com o PGA 10 6
Total 71 48
a.2) Gestão Administrativa
Descrição 31.12.2017 31.12.2016
Contas a pagar 3 0 Tributos Retidos a Recolher 1 1 COFINS/PIS a recolher 1 1
Total 4 2
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b) Exigível Contingencial
O Exigível Contingencial registra a ocorrência de fatos que merecerão decisões
futuras e que poderão ou não gerar desembolso para a Fundação. Tais valores
estão amparados por relatório (parecer) técnico dos assessores jurídicos da
Fundação e observadas às classificações de risco.
A seguir, apresentamos o Exigível Contingencial da Gestão Previdencial, Gestão
Administrativa e de Investimentos, em 31 de dezembro de 2017, com o
comparativo do exercício anterior:
Descrição 31.12.2017 31.12.2016
Gestão Previdencial CSLL – Execução Fiscal 3.136 3.027
Total 3.136 3.027 Gestão Administrativa COFINS 407 401 PIS 277 277 CSLL 94 94
Total 778 772
Investimentos IRRF:
Sobre aplicações financeiras 1.458 1.458 Sobre empréstimos 72 72 Sobre regime especial – MP 2222 326 326 IOF Compensado 5 5
Total 1.861 1.861
Total 5.774 5.510
CSLL – Execução Fiscal – Provisão Extraordinária
Em junho de 2008, o Conselho Deliberativo da Fundação deliberou pela
constituição de uma provisão extraordinária para contingências tributárias no
montante de R$ 1.723 mil, referente ao processo de execução fiscal nº
2006.34.00.024325-0, oriundo de auto de infração emitido pela Receita Federal
do Brasil para a cobrança de CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro, uma vez
que a posição do consultor jurídico da Fundação é que a perda é provável.
A partir do exercício de 2011, Fundação orientada pelos seus advogados e com
o propósito de resguardar o patrimônio dos participantes vem efetuando a
atualização do valor provisionado para fins de garantia, perante a Justiça
Federal.
COFINS, PIS CSLL e IRRF
No Mandado de Segurança impetrado pela Fundação, no qual se questiona a
exigência dos débitos vencidos e vincendos de IR, CSLL, PIS e COFINS. Foi
requerida liminar para afastar a exigência contida na MP nº 2.222/01.
Subsidiariamente, foi requerido, caso não fosse afastada a exigência contida na
referida Medida Provisória, o direito de recolher o estoque dos débitos
(pretéritos) sem a incidência de multa moratória e de juros equivalentes à taxa
Selic.
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Embora o pedido liminar tenha sido indeferido, foi autorizado conforme decisão
nº (57/2002), à Fundação o depósito em juízo dos valores discutidos, incluindo
aqueles relativos ao estoque de débitos, sem a incidência de multa moratória e
juros equivalentes à taxa Selic.
No que tange à anistia para pagamento das obrigações com fatos anteriores e
posteriores ao regime especial de tributação, a Fundação optou pelos depósitos
judiciais das contribuições e com relação aos tributos do PIS e da COFINS, os
mesmos veem sendo efetuados mensalmente.
No exercício de 2011, a Fundação recebeu um Auto de Infração da COFINS –
processo administrativo nº 10166.003498/2003-84- Decisão final. De acordo
com a orientação dos seus consultores jurídicos, a Fundação procedeu o
deposito judicial complementar das diferenças decorrentes do erro constatado
nas bases de calculo da COFINS, no valor de R$ 70.262,31 nos autos do
Mandado de Segurança, com finalidade de suspender a exigibilidade do credito
tributário e, assim evitar o ajuizamento da respectiva execução fiscal.
Por deliberação administrativa, a Fundação optou por não proceder ao registro
da correção monetária dos depósitos judiciais.
Passivos Contingentes – Perda Possível
Os processos com chance de perda possível envolvem questões
previdenciárias, tributárias, cíveis e outros. Com fundamento nas normas
contábeis em vigor, está dispensada a constituição de provisão para essas
contingências.
6 PATRIMÔNIO SOCIAL
A Fundação adota o regime financeiro de capitalização para o cálculo das suas
provisões matemáticas e as mesmas foram constituídas com base na nota
técnica atuarial. A seguir, apresentamos a composição do saldo em 31 de
dezembro de 2017 e de 2016:
a) Provisões Matemáticas
A seguir, apresentamos as Reservas Matemáticas, em 31 de dezembro 2017 e de 2016:
Descrição 31.12.2017 31.12.2016
Benefícios Concedidos (¹) 7.914 10.268
Benefícios a conceder (²) 19.699 19.970
Total 27.613 30.239
¹ Benefícios Concedidos – Corresponde ao valor dos benefícios futuros (dos
participantes já aposentados ou em gozo de pensão), líquido das contribuições
futuras.
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² Benefícios a Conceder – Corresponde ao valor presente dos benefícios futuros
(ainda não concedidos), líquidos das contribuições futuras.
b) Resultado Acumulado
O Superávit apurado a cada ano é destinado à formação de reserva de
contingência, até o limite de 25% do valor das provisões matemáticas.
O Superávit Técnico é constituído ou revertido com base em cálculos atuariais
elaborados por consultor atuarial externo e representa o valor patrimonial
excedente em relação aos compromissos totais assumidos pela Fundação.
c) Fundos
c.1) Gestão Administrativa
A Resolução CGPC no. 28 de 26 de janeiro de 2009 e a Instrução MPS/SPC no.
34 de 24 de dezembro de 2009 tornaram obrigatória a apresentação da DPGA
– Demonstração do Programa de Gestão Administrativa Consolidada. Nesse
contexto foram elaborados o Regulamento e a Política de Investimentos
Próprios do PGA, aprovados pelo Conselho Deliberativo da Fundação em 07 de
dezembro de 2010 e 15 de dezembro de 2011, respectivamente.
O Fundo Administrativo tem por finalidade garantir as despesas excedentes
relativas à manutenção da estrutura administrativa da Fundação. É constituído
ou revertido a partir do resultado positivo ou negativo encontrado na apuração
das receitas, despesas e resultado dos investimentos da Gestão Administrativa.
A seguir, apresentamos a composição do Fundo do Programa Administrativo,
em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:
Descrição 31.12.2017 31.12.2016
Programa Administrativo Fundo para Cobertura de Custeio Administrativo 403 618
Total 403 618
c.2) Programa de Investimentos O Fundo do Programa de Investimentos é constituído para fazer face à quitação
dos empréstimos concedidos aos participantes na eventualidade da sua
inadimplência e para garantir a quitação de resíduos porventura existentes
após o prazo contratual dos financiamentos.
Descrição 31.12.2017 31.12.2016
Programa Administrativo Fundo de Empréstimos 79 70
Total 79 70
7 CONTRIBUIÇÕES DAS PATROCINADORAS As Patrocinadoras contribuem para o Plano de Contribuição Definida com igual
valor os participantes, os quais por sua vez, contribuem baseados em tabela
variável de acordo com o salário percebido individualmente, em conformidade
com a Lei Complementar no. 109 de 2001. A seguir, apresentamos a
composição dos Recursos Coletados, em 31 de dezembro 2016 e de 2015:
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Descrição 31.12.2017 31.12.2016
Patrocinadoras Contribuições Normais – ATP/DATALINK 0 272 Contribuições Afastados ATP/DATALINK
0 272 Participantes Contribuições Normais – ATP/DATSLINK 35 355 Outras Contribuições (Adicionais e Facultativos e Autopatrocinado)
0
3
0 358 Total 35 630
8 RECURSOS UTILIZADOS
Os recursos utilizados no Programa Previdencial referem-se basicamente para
os pagamentos dos benefícios concedidos de aposentadoria, pecúlio e de
restituição de reserva de poupança. A seguir, apresentamos a composição dos
Recursos Coletados, em 31 de dezembro de 2017 e de 2016:
Descrição 31.12.2017 31.12.2016
Benefícios por Renda Continuada:
Tempo de Contribuição 3.677 366 Auxilio Doença 254 0
3.921 366 Beneficio de Pagamento Único: Restituição de Poupança e Pecúlio 1.958 366
1.958 366 Outros Recursos Utilizados: Recursos não regatados 28 56
28 56
Total
5.917
422
9 CUSTEIO ADMINISTRATIVO
Corresponde o valor liquido das importâncias transferidas à Gestão
Administrativa para cobertura dos gastos com o plano de benefício. O custeio
administrativo tem origem nas seguintes fontes:
Custeio administrativo da gestão Previdencial – corresponde a 5% das
taxas administrativas (reservas individuais). As despesas que excederam a
esses percentuais serão cobertas pelo Fundo Administrativo; e
Custeio Administrativo de Investimentos – baseia-se na transferência
mensal de recursos dos investimentos aos gastos administrativos realizados
na sua gestão.
Taxa Administrativa de empréstimos – corresponde a 1% sobre o valor
solicitado de empréstimos aos participantes.
10 OUTRAS INFORMAÇÕES
a) Governança Corporativa
Em continuidade ao processo de melhoria da Governança Corporativa da
Entidade, o Conselho Fiscal tem analisado, semestralmente, a estrutura dos
controles internos da Fundação, baseando-se entre outros, no relatório da
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Auditoria Interna que é realizada nos controles internos e operacionais da
entidade.
À luz das análises realizadas pela Auditoria Interna e pelos gestores dos
processos, o Conselho Fiscal constatou que todos os controles apresentaram
resultados satisfatórios, considerando a medição dos riscos associados, e que
não houve mudança significativa com relação às avaliações realizadas em
2012, confirmando a eficácia das ações tomadas, em consonância com as
recomendações anteriores deste Conselho.
b) Certificação dos Dirigentes da Fundação Technos pelo ICSS -
Instituto de Certificação Dos Profissionais Da Seguridade Social.
A certificação é uma exigência para aferição de conhecimento e habilidades do
dirigente para o exercício do cargo ou função que ocupa na Fundação. Essa
exigência legal está prevista na Resolução CMN 3.792. Para o ano de 2010, a
obrigatoriedade da certificação foi exigida apenas para AETQ - Administrador
Estatutário Tecnicamente Qualificado. Em 2011, foi estendida a 25% dos
técnicos envolvidos no processo decisório de investimentos até atingir 100%
em 2014.
c) Agente Custodiante
A Fundação trocou, no exercício de 2015, o Banco Itaú S.A pela Caixa
Econômica Federal o agente custodiante responsável pelos fluxos de
pagamentos e recebimentos, relativos às operações de renda fixa, conforme
determina conforme determina o art. 14 e art. 15 da Resolução nº 3.792 de
setembro de 2009 do Conselho Monetário Nacional.
d) Retirada de patrocínio da Associação Nacional de Bancos – ASBACE
Em 2008 a patrocinadora ASBACE, solicitou a rescisão do convênio de adesão e
sua Retirada de Patrocínio do Plano "B" de Contribuição Definida, administrado
pela Fundação Technos de Previdência Social. No final de 2009, ocorreu a
homologação da Retirada de Patrocínio da ASBACE, pela Diretoria Técnica da
SPC/MPS e em fevereiro de 2010, foram pagas/transferidas as reservas
matemáticas aos participantes que solicitaram resgate/portabilidade no
montante de R$ 2.066.029,17.
A ex-patrocinadora ASBACE, deixou duas pendências com a Fundação Technos:
a) Alteração Estatutária - A ASBACE, por deliberação unânime de seus
associados, tomada em 27 de novembro de 2008, registrada em Ata da 82ª
Assembleia Geral Extraordinária de Presidentes de Bancos Associados, aprovou
a exclusão da Fundação Technos de Previdência Social do rol de beneficiários
de seu patrimônio em caso de dissolução da Associação, conforme previa o
parágrafo único do Artigo 30 de seu Estatuto Social.
b) Despesas Administrativas - Quota-parte das despesas acumuladas, de
outubro de 2007 a março de 2010, permaneceu sem pagamento pela ex-
patrocinadora ASBACE, em decorrência do Processo de Retirada de Patrocínio,
protocolado em 22 de dezembro de 2008, sob o n.º Comando: Protocolo SPC/
333136571/2008, junto a Secretaria de Previdência Complementar.
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Após amplas negociações dos Dirigentes da Fundação Technos com o Comitê
Gestor da ex-patrocinadora, as partes lograram êxito e conduziram a solução
das duas questões a bom termo:
Em relação à alteração estatutária, que excluíra a Fundação do rol de
beneficiários da divisão do patrimônio da Associação, no caso de sua extinção,
foi firmado o Instrumento Particular de Contrato nº 09/2010, em 30/11/2010,
arquivado e registrado sob o nº 0000999861, em 10/12/2010, no Cartório de
2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos do Distrito Federal.
Por meio desse instrumento contratual, a ASBACE se obriga a restabelecer a
Fundação Technos como uma das beneficiárias da divisão de seu patrimônio,
incluindo novamente em seu Estatuto Social, no prazo de até 90 dias, a contar
da data de assinatura do contrato, disposição idêntica à que se encontrava no
Parágrafo Único, do Artigo 30, do Estatuto que estava em vigor em novembro
de 2007.
Após a comprovação pela ASBACE do cumprimento da obrigação prevista na
alínea "a", da Cláusula Primeira, do Instrumento Particular de Contrato nº
09/2010, de 30/11/2010, a Fundação Technos peticionou em Juízo, com o de
acordo da ASBACE, nos autos do processo nº 2009.01.1.176051-8, perante a
14ª Vara Cível de Brasília-DF, requerendo a desistência do processo sem
julgamento de mérito.
Em relação às despesas administrativas não pagas, foram firmados os
seguintes instrumentos contratuais:
a) Instrumento Particular de Contrato de Reconhecimento e Confissão de
Dívida, Novação e Outras Avenças, nº 07/2010, de 30/11/2010, arquivado e
registrado sob o nº 0001000222, em 10/12/2010, no Cartório de 2º Ofício de
Registro de Títulos e Documentos do Distrito Federal. Por meio desse
instrumento, a ASBACE reconhece e confessa, de forma, definitiva, irretratável,
irrevogável, dever à Fundação Technos, a quantia líquida, certa e exigível de
R$ 841.942,12 (oitocentos e quarenta e um mil, novecentos e quarenta e dois
reais e doze centavos), atualizado financeiramente até o dia 30/11/2010;
b) Instrumento Particular de Promessa de Dação em Pagamento - Contrato nº
11/2010, arquivado e registrado sob o nº 0001001038, em 20/12/2010, no
Cartório de 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos do Distrito Federal; e
c) Instrumento Particular de Penhor de Créditos Financeiros nº 08/2010, em
30/11/2010, arquivado e registrado sob o nº 0000999862, em 10/12/2010,
perante o Cartório de 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos do Distrito
Federal.
Tendo em vista a solução da pendência, obtida com a formalização dos
instrumentos contratuais, descritos em "a", "b" e "c", a Fundação Technos
peticionou em Juízo, com o de acordo da ASBACE, nos autos do processo nº
2010.01.1.176753-3, distribuição CNJ nº 005.6172-41.2010.8.07.0001,
perante a 1ª Vara Cível de Brasília- DF, requerendo a desistência do processo
sem julgamento de mérito.
f) Taxas de Juros nas projeções atuariais do plano de benefícios
Em decorrência do atual cenário econômico do Brasil, em especial a redução
das taxas de juros, o Conselho de Gestão de Previdência Complementar -
CNPC, por meio da Resolução nº 9, de 29 de novembro de 2012 estabeleceu a
redução gradual e escalonada de 0,25% ao ano, até o exercício de 2018, da
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taxa máxima de juros permitida nas projeções atuariais. Dessa forma, a taxa
máxima de desconto para apuração do valor presente dos fluxos de
contribuições e benefícios, que no exercício de 2014 é de 5,5% a.a. passará a
ser 4,50% a partir de 2018.
g) Retirada de patrocínio da ATP- Tecnologia e Produtos S.A e
DATALINK LTDA
Em 04 de novembro de 2016 as patrocinadoras solicitaram junto a
Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc, a suspensão
temporária da sua contribuição, por um período de 02 (dois), anos, renováveis
por períodos iguais e sucessivos, mediante comprovação de sua incapacidade
financeira para verter as contribuições, sendo esta aprovada pela mesma em
09 de janeiro de 2017. Esta situação indica a existência de incerteza relevante
que pode levantar dúvida significativa quanto a capacidade de continuidade
operacional da Fundação e, portanto, será consignado em nosso relatório,
como um parágrafo de ênfase em conformidade com a NBC TA 706..
Em 23 de junho de 2017, as patrocinadoras comunicaram a Fundação
contrataram a empresa de consultoria JCM Junqueira de Carvalho e Murgel-
Advogados Associados para a realização de estudos sobre os procedimentos a
serem adotados com o propósito de se adotarem as medidas legais e
administrativas a serem implementadas para a retirada de patrocínio total do
Plano de Benefício B da Fundação.
Em virtude disso, em 05 de julho de 2017, a Fundação encaminhou um oficio a
Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc,
comunicando que iniciou o processo de documentação para retirada de
patrocínio total.
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Juarez Lopes Cançado Durais Vogado Barreto 086.268.786-34 417.843.240-91
Diretor Presidente Diretor Financeiro
William Acácio Ayres Angola Wellington Ribeiro Guimarães 782.696.601-91 986.043.251-15
Diretor Administrativo Diretor de Seguridade
Rosana Cristina Mendes Rodrigues 222.727.801-30
CRC: DF-009558/O-8
Contadora