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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA UNIR CAMPUS PROFESSOR FRANCISCO GONÇALVES QUILES DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS LEANDRO JÚNIOR PEREIRA O CUSTO DO ABSENTEÍSMO NO HOSPITAL REGIONAL DE CACOAL RO NO PERÍODO DE 2011 A 2013 Trabalho de Conclusão de Curso Artigo Científico CACOAL - RO 2016

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR

CAMPUS PROFESSOR FRANCISCO GONÇALVES QUILES

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

LEANDRO JÚNIOR PEREIRA

O CUSTO DO ABSENTEÍSMO NO HOSPITAL REGIONAL DE

CACOAL – RO NO PERÍODO DE 2011 A 2013

Trabalho de Conclusão de Curso

Artigo Científico

CACOAL - RO

2016

1

LEANDRO JÚNIOR PEREIRA

O CUSTO DO ABSENTEÍSMO NO HOSPITAL REGIONAL DE

CACOAL – RO NO PERÍODO DE 2011 A 2013

Artigo – Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Fundação Universidade Federal

de Rondônia – UNIR – Campus Professor

Francisco Gonçalves Quiles, como requisito

para obtenção do grau de Bacharel em Ciências

Contábeis, sob a orientação da Profa. Dra.

Maria Bernadete Junkes, PhD.

CACOAL - RO

2016

2

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR

CAMPUS PROFESSOR FRANCISCO GONÇALVES QUILES

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

O Artigo – Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “O CUSTO DO ABSENTEÍSMO NO

HOSPITAL REGIONAL DE CACOAL – RO NO PERÍODO DE 2011 A 2013”, elaborado

pelo acadêmico Leandro Júnior Pereira, foi avaliado e julgado pela banca examinadora

formada por:

______________________________________________________

Profª. Dra Maria Bernadete Junkes, PhD

Presidente

______________________________________________________

Profª. Dra. Suzenir Aguiar Silva Sato

Membro

______________________________________________________

Prof. Me. Geraldo da Silva Correia

Membro

__________

Média

3

AGRADECIMENTOS

A Deus, força suprema, criador de todas as coisas, por estar sempre presente.

Aos meus pais José e Maria, sem os quais eu não existiria e responsáveis por tudo o que sou.

Aos meus irmãos Cristiane e Leonardo e sobrinha Ana Luiza por acreditarem sempre em

mim.

À minha amiga Sandra Helena pelo apoio, amizade, parceria, companheirismo, conselhos e

momentos de descontração ao longo do curso.

Ao meu amigo Ricardo Naujokat pela disponibilidade de materiais bibliográficos.

Aos meus amigos e colegas da “Turma de Pimenta” que conheci nesta jornada, em especial

Ricardo Bautz, Diego Fernando e Cristina Santos pelo apoio, amizade, companheirismo e

momentos de estudos ao longo do curso.

A todos os professores que atuaram no curso de Ciências Contábeis pela contribuição na

minha formação.

À professora Dra. Maria Bernadete pela confiança, competência, dedicação, incentivos,

ensinamentos e orientações.

Ao departamento do curso de Ciências Contábeis - UNIR de Porto Velho/RO pela recepção e

oportunidade de finalizar o curso, em especial à professora Dra. Gleimiria Batista.

À direção do Hospital Regional de Cacoal pela autorização para realização deste estudo.

Enfim, a todos que contribuíram para que este trabalho fosse realizado.

Muito obrigado!

4

O CUSTO DO ABSENTEÍSMO NO HOSPITAL REGIONAL DE

CACOAL – RO NO PERÍODO DE 2011 A 2013

Leandro Júnior Pereira1

RESUMO: O absenteísmo é um problema recorrente nas organizações, sejam elas públicas ou privadas, quando

caracterizado pela ausência ao trabalho. No setor público é uma realidade bastante preocupante, uma vez que

gera gastos públicos, afetando toda a população, que é a parte responsável pelo pagamento adicional das

ausências. Este estudo teve como objetivo analisar os custos incorridos pelas ausências dos profissionais em

enfermagem no Hospital Regional de Cacoal, no período de 2011 a 2013. Foram verificadas as ausências em

virtude de atestados médicos, licença maternidade, doação de sangue e faltas não justificadas. Os dados foram

coletados por meio de consulta documental nos registros do setor de Recursos Humanos e Gerência de

Enfermagem da unidade hospitalar e organizados em planilhas eletrônicas. Os resultados evidenciaram que as

ausências por atestados médicos somaram 2.654, totalizando 12.467 dias de afastamento, com índice de 4,49%

de absenteísmo no período. Também, a categoria dos técnicos em enfermagem é responsável pelo maior

percentual com 83,13% do total. Os valores ocorridos em virtude das ausências investigadas atingiram R$

920.448,32 destacando-se o ano de 2013 com R$ 448.800,68 responsável por 48,76% do montante.

Considerando a quantidade de atestados médicos apresentada pela equipe de enfermagem, indica a necessidade

de análise destes atestados correlacionando-os às patologias e o período de afastamento. Também, é interessante

pesquisar o absenteísmo de outros grupos de profissionais que atuam na unidade hospitalar.

Palavras-Chave: Absenteísmo; Doenças Ocupacionais; Custos; Enfermagem.

1 INTRODUÇÃO

Durante a jornada de trabalho, os profissionais de enfermagem são acometidos por

fatores, tais como acidentes de trabalho, doenças profissionais e ocupacionais, más condições

de trabalho, valorização profissional, entre outros, que levam os trabalhadores a afastarem-se

das suas atividades. Com isso, o absenteísmo que atinge os profissionais da enfermagem

preocupa os gestores das unidades de saúde, refletindo na qualidade da assistência prestada

aos pacientes, causando também desmotivação na equipe e gerando sobrecarga de trabalho

aos demais colegas (PEREIRA et al, 2011).

Compreende-se por absenteísmo, a ausência nos momentos em que os empregados

deveriam estar trabalhando; trata-se do não comparecimento ou ausência no local de trabalho.

Corresponde às ausências quando esperava que os profissionais estivessem presentes ao

trabalho e constitui-se na frequência ou duração do tempo de trabalho perdido quando os

1 Acadêmico concluinte do curso de Ciências Contábeis da Fundação Universidade Federal de Rondônia –

Campus Professor Francisco Gonçalves Quiles, com TCC elaborado sob a orientação da Profa. Dra. Maria

Bernadete Junkes, PhD.

5

trabalhadores não comparecem ao serviço, seja por falta, atraso ou outro motivo

(CHIAVENATO, 2004).

O absenteísmo é um grande problema das organizações, sejam elas públicas ou

privadas, quando caracterizado pela ausência ao trabalho. No setor público é uma realidade

bastante preocupante, uma vez que gera gastos públicos, afetando toda a população, que é a

parte responsável pelo pagamento adicional das ausências. As organizações públicas

apresentam maior quantidade de dias perdidos por consequência do absenteísmo (LEÃO et al,

2011).

É notório que vários sãos os fatores que levam o servidor público a ausentar-se do

trabalho, bem com existem vários tipos de afastamentos, inclusive alguns previstos em

legislação. Com isso, o servidor público, principalmente no Brasil, que já possui uma imagem

cercada de mitos a respeito de “regalias”, torna-se mais difícil compreender as causas que o

levam a afastar-se das atividades laborais (NASCIMENTO, 2003).

Estudo realizado por Junkes e Pessoa (2010), já apontava que havia grande impacto na

folha de pagamento em decorrência do absenteísmo nos hospitais públicos na cidade de

Cacoal/RO. Com a implantação do Hospital Regional de Cacoal em 2010, mesmo com sua

estrutura considerada de qualidade, foi verificado in loco que existe absenteísmo nessa

unidade hospitalar. Ainda, o quantitativo do número de pesquisas sobre o tema e a ausência

delas na região de estudo, demonstra a importância em abordar o absenteísmo no trabalho.

Neste sentido, este trabalho buscou analisar o custo do absenteísmo dos profissionais

em enfermagem no Hospital Regional de Cacoal no período de 2011 a 2013. Para isso, teve

como objetivos específicos descrever os principais tipos de ausências dos profissionais de

enfermagem lotados no Hospital Regional de Cacoal; identificar o período de afastamento de

cada categoria dos profissionais em enfermagem do Hospital Regional de Cacoal no período

em estudo e determinar os custos incorridos em virtude das ausências dos profissionais.

É perceptível que os profissionais em enfermagem possuem mais de um vínculo

empregatício e essa situação pode ser constatada nas instituições hospitalares públicas ou

privadas. Isso ocorre devido os profissionais, em sua maioria, desenvolverem as suas

atividades em escalas de plantão, facilitando a conciliação de escalas de modo a acumular

duas ou até três escalas de trabalho. Com isso, a jornada de trabalho de 40 horas pode chegar

a 80 ou até 120 horas semanais.

6

Nas unidades hospitalares, é notório que os profissionais da enfermagem constituem

maior número de trabalhadores e, consequentemente, o quantitativo de ausência é mais

elevado. Assim, este grupo de profissionais pode ser objeto de estudo acerca do tema em

discussão, visto que ainda pouco se conhece sobre o perfil de afastamento do trabalho destes

profissionais.

A pesquisa foi realizada no Hospital Regional de Cacoal no período de fevereiro a

março de 2014, tendo como universo de estudo a equipe de enfermagem, totalizando 352

profissionais, dos quais 06 são auxiliares em enfermagem, 57 são enfermeiros e 289 técnicos

em enfermagem. O estudo caracteriza-se como pesquisa básica de abordagem quali-

quantitativa, de cunho retrospectivo sobre os tipos de ausências dos servidores.

Foram analisados os afastamentos por atestados médicos, licença maternidade, doação

de sangue e faltas não justificadas no período de 2011 a 2013. Os dados foram coletados na

Gerência de Recursos Humanos e Gerência de Enfermagem da unidade hospitalar, utilizando

um instrumento constituído por variáveis necessárias à obtenção das informações necessárias,

organizados com o auxílio do programa Microsoft Excel 2010 e os resultados apresentados

sob a forma de textos, tabelas e figuras.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico busca apresentar a literatura pertinente ao tema desta pesquisa.

Assim, nesta parte do trabalho serão apresentados os seguintes temas: absenteísmo e

principais tipos de ausências; ônus do absenteísmo, administração hospitalar e gestão de

custos.

2.1 ABSENTEÍSMO

Ferreira (2006, p. 84) caracteriza absentismo ou absenteísmo como “hábito de estar

frequentemente ausente de um local (de trabalho, estudo, etc); o fato de não comparecer a um

ato, de abster-se de um dever, etc [...]”.

A palavra absenteísmo, de origem francesa, absentéisme, significa pessoa que falta ao

trabalho, ou ainda, ausência no serviço por inúmeros motivos: propositais ou por

circunstâncias alheias à vontade do trabalhador (MALTEZ, 2003).

7

Nesse contexto, Junkes (2010, p.18) conceitua que “o absenteísmo refere-se às

ausências nos momentos em que os empregados deveriam estar trabalhando normalmente e ao

somatório dos períodos em que os empregados de determinada organização ausentam-se do

trabalho, incluindo atrasos”.

É visível que qualquer absenteísmo aumenta os custos, diminui a produtividade e

causa problemas administrativos. De todos os tipos de absenteísmo, o que mais afasta o

trabalhador é a ausência causada por algum tipo de doença, sendo observada também como

sendo a principal causa de faltas imprevistas. Tais ausências podem gerar desorganização das

equipes, insatisfação e sobrecarga dos trabalhadores presente, diminuindo a qualidade do

serviço prestado.

2.1.1 Tipos de ausências

Na vigência do contrato de trabalho, os profissionais podem deixar de comparecer ao

serviço sem prejuízo na remuneração, além do descanso semanal remunerado, por vários

motivos: doenças, direitos legais, fatores sociais, fatores culturais e acidentes de trabalho

(NASCIMENTO, 2003).

No serviço público estadual em Rondônia, a Lei Complementar 68/92, que dispõe

sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis, em consonância com a Consolidação

das Leis do Trabalho (CLT), estabelece as principais concessões em que os servidores podem

ausentar-se do trabalho, sem perda da remuneração, conforme quadro 01:

Tempo Concessão

08 dias consecutivos

Em razão de casamento ou falecimento de cônjuge, companheiro,

pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob sua guarda

e irmão (LEI COMPLEMENTAR 68/92, art. 135)

02 (dois) dias

Para alistar-se como eleitor. Aqueles que forem convocados

mediante declaração da Justiça Eleitoral para exercerem trabalhos

em períodos eleitorais serão dispensados das atividades laborais

pelo dobro dos dias de convocação (LEI N. 9.504/97, art. 98)

01 (um) dia

Para doação de sangue. Ainda no âmbito do estado de Rondônia,

serão concedidos 08 (oito) dias de folga ao servidor público

estadual que efetuar 04 (quatro) doações de sangue no período de

01 (um) ano, excluindo-se o dia previsto no art. 135 da Lei

Complementar 68/92. (LEI N. 865/1999)

Quadro 01: Concessões de Ausências de Servidores Fonte: Rondônia (2000) adaptado pelo autor

8

Outros afastamentos, também sem prejuízo da remuneração recebida pelo servidor,

são chamados de licenças, dentre as quais destacam-se no quadro 02:

Tempo Licença

Indeterminado

Por motivo de doença do trabalhador, mediante a apresentação de

atestado médico, conferido pelo Núcleo de Perícia Médicas do

Estado de Rondônia (NUPEM), independente do quantitativo de

dias (INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 001/2004)

Até 90 dias

Por motivo de doença em pessoa da família, mediante parecer da

junta médica oficial do Estado, prorrogável por igual período, para

acompanhar o tratamento de saúde de parentes até o segundo grau

civil (LEI COMPLEMENTAR 68/92, art. 119)

02 anos

Por afastamento do cônjuge ou companheiro que for deslocado

para outro estado da federação, para o exterior ou exercício eletivo,

podendo ser renovada de dois em dois anos (LEI

COMPLEMENTAR 68/92, art. 120)

03 meses

Licença prêmio por assiduidade, após cada quinquênio ininterrupto

de efetivo exercício prestado ao Estado de Rondônia, com

remuneração integral do cargo e função que exerce (LEI

COMPLEMENTAR 68/92, art. 123)

Período do mandato

Por desempenho de mandato classista, quando eleito para dirigente

sindical, por período igual ao do mandato, podendo ser renovado

em caso de reeleição (LEI COMPLEMENTAR 68/92, art. 131)

Período do curso

Para frequentar curso de aperfeiçoamento e qualificação

profissional, quando não oferecidos em instituições de ensino

superior no Estado, o servidor faz jus à remuneração integral do

cargo para participar de cursos de qualificação ou aperfeiçoamento

profissional (LEI COMPLEMENTAR 68/92, art. 132)

180 dias consecutivos

Para as servidoras gestantes, além dos dias necessários à realização

de consultas médicas e exames complementares, a servidora

gestante terá direito ao período de licença maternidade (LEI N.

11.770/2008)

Quadro 02: Demais afastamentos dos Servidores do Estado de Rondônia Fonte: Rondônia (2000) adaptado pelo autor

Ressalta-se que as licenças, exceto doença do trabalhador, doença em pessoa da

família e licença maternidade, somente serão concedidas aos servidores após a aprovação no

estágio probatório.

9

2.1.2 Tipos de doenças e acidentes ocupacionais

Os trabalhadores, no desenvolvimento de suas atividades, estão submetidos às

situações que podem ocasionar doenças do trabalho, acidentes de trabalho e doença

profissional.

Costa apud Medeiros (2009, p. 7) define que “doenças ocupacionais são as moléstias

de evolução lenta e progressiva, originárias de causa igualmente gradativa e durável,

vinculadas às condições de trabalho”, ou seja, estão diretamente ligadas às atividades

desempenhadas pelo trabalhador ou às condições em que ele está submetido.

A Lei N. 8.213/1991, no art. 20, subdivide e equipara as doenças ocupacionais em:

a) doença profissional: aquela adquirida ou desencadeada pelo exercício do trabalho,

peculiar a determinada atividade e constante na relação elaborada pelo Ministério do

Trabalho e da Previdência Social;

b) doença do trabalho: adquirida ou desencadeada em função das condições em que o

trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente.

O conceito de acidente de trabalho é definido pela Lei N. 8.213/1991, em seu art. 19 e

estabelece que “acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho do segurado

especial, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou

redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.

Também, o art. 21 da referida lei, equipara o acidente de trabalho aquele ocorrido no

trajeto entre a residência e o local de trabalho do segurado e vice-versa, bem como aqueles

ocorridos em viagens a serviço da empresa, independente do meio de locomoção utilizado.

Com o tempo, os profissionais de algumas áreas começam a sofrer os efeitos dos

perigos aos quais estão expostos. Os profissionais da área da saúde, assim como os demais

trabalhadores, estão expostos às doenças profissionais, inerentes ao desenvolvimento de suas

atividades laborais, que se apresentam como síndromes típicas em outros trabalhadores de

mesma situação (JUNKES, 2010).

É notório que os problemas surgidos em virtude de doenças ocupacionais constituem

um dos principais problemas que acometem os trabalhadores de instituições hospitalares em

geral e, em especial, os profissionais em enfermagem (MENDES, 1991).

Dentre as principais doenças freqüentes nos profissionais em enfermagem, o

Ministério da Saúde destaca os seguintes grupos:

10

1. Doenças infecciosas e parasitárias

2. Dermatites por contato

3. Enfermidades de radiações ionizantes

4. Enfermidades por gases respiráveis

5. Enfermidades por vícios ergonômicos

Em relação às doenças infecciosas, a contaminação pelo Vírus da Imunodeficiência

Humana (HIV), ocasionada principalmente por exposição percutânea com objetos perfuro-

cortante, exigem cuidados rigorosos para evitar a doença. As Lesões por Esforço Repetitivo

(LER) representam 70% das doenças relacionadas ao trabalho (JUNKES, 2010).

2.1.3 Aspectos legais dos acidentes ocupacionais

Todos os trabalhadores acidentados regidos pela CLT, bem como aqueles sujeitos a

regime jurídico próprio devem ter seus acidentes comunicados aos setores competentes.

Quando empregados da iniciativa privada, o empregador deve encaminhar a Comunicação de

Acidente de Trabalho (CAT), em até vinte e quatro horas ao Instituto Nacional de Seguro

Social (FRANÇA, 1999).

As notificações de acidentes de trabalho do servidor público estadual em Rondônia

devem ser encaminhadas ao Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Rondônia

(IPERON), observando a Instrução Normativa n. 001/GGRH/SEPLAD/RO, de 01 de Março

de 2004.

Em todos os registros de acidentes de trabalho é necessário constar as condições do

acidente, os dados do acidentado, a conduta indicada após o acidente, o planejamento

assistencial e o nome do profissional responsável pelo atendimento e condução do caso.

No Brasil, a Norma Regulamentadora NR – 32, que dispõe sobre a Segurança e Saúde

no Trabalho nos Estabelecimentos de Saúde, preconiza que as instituições de saúde devem

implantar programas de promoção, proteção e recuperação da saúde dos trabalhadores,

proporcionando-lhes melhores condições de trabalho (MARZIALE et al, 2012).

11

2.2 ÔNUS DO ABSENTEÍSMO

A necessidade de realizar uma avaliação econômica referente aos custos ocorridos na

área da saúde surgiu no Brasil entre as décadas de 1950 e 1960, em virtude do acréscimo dos

custos relacionados à saúde, com a implantação de programas de tecnologia no setor de saúde

(PINHEIRO, 2012).

Penatti (2006) aponta que na década de 1990, na União Europeia, o absenteísmo

devido à incapacidade para o trabalho por doença, acidente ou lesão tem um custo total

estimado entre 1,5% e 4% do PIB, conforme os Estados-Membros. Com isso, conclui-se que

pagaram o equivalente a sua taxa de crescimento econômico de um ano normal.

Estudo realizado por Oliveira (2007) mostra que o absenteísmo nos Estados Unidos

resulta em mais de 400 milhões de dias perdidos por ano e que, em média, as indústrias

registram taxas de absenteísmo de 10% a 20% da força de trabalho. Também, estima-se que o

absenteísmo custe mais de 40 bilhões de dólares às empresas norte-americanas anualmente.

2.2.1 Ônus do absenteísmo no Brasil

No Brasil, os estudos acerca dos valores ocasionados pelo absenteísmo têm sido

discutidos em programas de mestrados e doutorados. Assim, vários são os obstáculos

encontrados para estudar e quantificar o ônus econômico acarretado pelas ausências ao

trabalho.

Em um hospital filantrópico de médio porte, localizado na região norte do estado do

Paraná, com 311 funcionários em enfermagem e administrativos, dados revelaram que no

período de julho/2007 a junho/2008, 152 funcionários entregaram atestados médicos no setor

de recursos humanos, totalizando 286 atestados. Destes, 50,70% dos atestados apresentados

eram de trabalhadores da área de enfermagem e 49,30% da área administrativa. Em relação

aos atestados apresentados, verificou-se que 47,90% eram para afastamento de 01 dia, 15,73%

para afastamento de 02 dias, 8,39% para afastamento de 03 dias, 23,08% para afastamento de

04 a 15 dias e 4,90% acima de 15 dias de ausência (FERNANDES et al, 2011).

Alves e Oliveira (2012), ao analisarem 13 trabalhos literários sobre absenteísmo,

revelaram que o principal fator associado à ocorrência do afastamento nas equipes de

enfermagem é as patologias que acometem os profissionais. Também, as mulheres são as mais

atingidas pelas ausências, visto que a enfermagem ainda é vista com uma profissão feminina.

12

Um trabalho realizado por Pacheco (2013) em um pronto socorro de um hospital público na

Amazônia reforça essa afirmativa ao observar que o maior número de afastamento ao trabalho

foi entre as mulheres.

Em Cacoal-RO, Junkes e Pessoa (2010) apontaram 1.704 ausências não programadas

dos profissionais de enfermagem e médicos em dois hospitais, no período de 2004-2007,

sendo 1.486 ausências justificadas por atestados médicos e 218 sem justificativas. O

acréscimo na folha de pagamento foi de 7,4% para a categoria médica e 5,2% de adicional

para pagamento dos auxiliares em enfermagem. O estudo mostrou, ainda, que o valor gasto

pelo pagamento do absenteísmo por motivo de doença é maior do que o salário pago ao

trabalhador doente.

2.3 ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR

A administração hospitalar consiste na coordenação das atividades de um hospital. O

administrador precisa reunir conhecimentos e técnicas necessárias para o planejamento,

organização e gerência da instituição hospitalar. O trabalho de um administrador hospitalar

deve envolver a garantia do bem estar dos pacientes, bem como o bem estar dos trabalhadores

da saúde.

2.3.1 Hospitais públicos e privados

A palavra hospital é derivada do latim hospes, que significa hóspede, dando origem a

hospitais, que na antiguidade representavam as casas que prestavam assistências aos pobres,

peregrinos e enfermos. Também, o termo hospital tem a mesma acepção de nosocomium, de

fonte grega, cujo significado é tratar os doentes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1977).

A Organização Mundial de Saúde entende que hospital é parte integrante de um

sistema coordenado de saúde, cuja função consiste em assegurar assistência médica,

preventiva e curativa à comunidade, cujos serviços estendem-se até o núcleo familiar.

Também é um centro de medicina e pesquisa biossocial (HAUSER, 2012).

13

Para o Ministério da Saúde (1977, p. 9), o conceito de hospital:

É parte integrante de uma organização médica e social, cuja função básica consiste

em proporcionar à população assistência médica integral, curativa e preventiva, sob

quaisquer regimes de atendimento, inclusive o domiciliar, constituindo-se também

em centro de educação, capacitação de recursos humanos e de pesquisas em saúde,

bem como de encaminhamento de pacientes, cabendo-lhe supervisionar e orientar os

estabelecimentos de saúde a ele vinculados tecnicamente.

Em relação à natureza administrativa, os hospitais são classificados como públicos e

privados. Os públicos são mantidos pelo Estado, em qualquer esfera de governo (federal,

estadual ou municipal). Os hospitais privados, pertencentes à pessoa jurídica de direito

privado, provém seus recursos vindos dos pagamentos realizados por seus clientes ou de

outras fontes provedoras como seguradoras, cooperativas ou instituições filantrópicas

(CALVO, 2012).

Quanto ao porte, o Ministério da Saúde (1977) classifica os hospitais em:

a) Pequeno – capacidade menor ou igual a 50 leitos;

b) Médio – possui de 51 a 150 leitos;

c) Grande – oferece de 151 a 500 leitos;

d) Porte especial – dispõe quantidade superior a 500 leitos.

Referente ao tipo de atendimento, para Abreu (2011), os hospitais podem ser divididos

em:

a) Baixa complexidade: os serviços são oferecidos pelas unidades básicas de saúde;

serve como porta de entrada para o sistema de saúde e, dependendo da situação, o usuário é

encaminhado aos serviços de maior complexidade;

b) Média complexidade: atende casos de urgência e emergência, incluindo

atendimento de clínicas médicas, pediátricas, ambulatoriais e algumas especialidades;

c) Alta complexidade: oferece atendimento aos casos mais graves, com procedimentos

que envolvem altos riscos como cirurgias, partos de risco, especialidades e assistência de

terapia intensiva.

14

2.4 GESTÃO DE CUSTOS

Em qualquer ramo de atividade é perceptível que uma das principais obrigações da

administração é otimizar os recursos existentes, com a finalidade de obter maiores receitas ou

ganhos utilizando o mínimo de recursos disponíveis. Nesse contexto, Martins (2006, p. 25)

define custo como “gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou

serviços”.

Em atividades não industriais, muitas vezes, os conceitos de custos podem confundir

com despesas. Porém, nessas categorias de atividades, as despesas utilizadas transformam-se

em custos, pois são bens necessários à produção de outros bens e serviços. Numa atividade

hospitalar, os custos podem ser compreendidos como os dispêndios relativos a materiais e

serviços utilizados na produção médica (MARTINS, 2000).

Como nas indústrias, os custos em uma unidade hospitalar, de acordo com Ching

(2001), podem ser classificados em:

a) Custos diretos: são aqueles diretamente apropriados a um produto ou serviço,

bastando haver uma medida de consumo;

b) Custos indiretos: não podem ser diretamente apropriados a um objeto de custo sendo

necessária a utilização de critérios de rateio de maneira estimada e muitas vezes

arbitrária.

Falk (2001) acrescenta, ainda, outras classificações para os custos hospitalares:

a) Custos fixos: não se relacionam com o volume de atendimento, ou seja, são estáveis e

não variam em relação à quantidade de produto ou serviço produzida;

b) Custos variáveis: estão relacionados com o volume de produção e seus valores

alteram de acordo com a quantidade de produtos ou serviços ofertados.

Assim, em qualquer administração hospitalar, é necessário que se tenha uma boa

estrutura para avaliar e mensurar os custos hospitalares, pois eles consomem boa parte das

receitas, bem como servem de base para a formação dos preços recebidos pelos usuários do

sistema de saúde (MARTINS, 2000).

15

2.4.1 Sistemas de custos hospitalares

Ao conhecer os custos existentes em uma atividade, é preciso utilizar um sistema de

custo para atender as necessidades de gerenciamento da organização. Nesse contexto, um

sistema de custo deve ser utilizado para controlar, fornecer informações, avaliar os estoques e

ajudar a contabilidade na apuração dos resultados (CHING, 2001).

Na atividade hospitalar, os sistemas de custos gerenciais devem permitir a

determinação dos preços dos serviços, melhorar o funcionamento da unidade, contribuir para

a análise das informações, escolha de programas assistenciais e estabelecer as políticas para a

área da saúde (JUNKES, 2010).

Ching (2001) apresenta alguns métodos para apropriação de custos utilizados nos

Estados Unidos, mas que podem ser aplicados em qualquer unidade hospitalar:

1. Método RCC: implantado por um programa federal americano chamado de Medicare,

considera que os custos do tratamento são estimados nos departamentos, aplicando o

percentual custo-receita.

2. Método RVU: estabelece medidas-padrão de intensidade de tratamento baseadas na

complexidade de um procedimento, no montante de recursos consumidos e no tempo

destinado ao tratamento.

3. Método ABC: mensura com mais precisão os recursos consumidos nos tratamentos,

considerando suas diferentes complexidades. Utiliza direcionadores para alocar os

custos de maneira mais realista aos produtos e serviços às atividades realizadas e

parece ser o mais apropriado para aplicação em organizações hospitalares.

2.4.2 Orçamentos na área da saúde

No Brasil, a Constituição Federal de 1988, nos artigos 196 a 200, preconiza que a

saúde é direito de todos e compete ao Estado a criação de políticas sociais e econômicas para

financiar as ações e serviços voltados à promoção da saúde. A Emenda Constitucional nº. 29

estabelece os percentuais mínimos destinados à área da saúde, tendo como base o Produto

Interno Bruto (PIB), nas seguintes proporções: 10% pela União, 12% pelos Estados e 15%

pelos Municípios.

Esses recursos são transferidos para o Fundo Nacional de Saúde (FNS), considerado o

gestor financeiro federal dos recursos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS). O FNS

16

tem como missão contribuir para o fortalecimento da cidadania, mediante a melhoria contínua

do financiamento das ações de saúde. Esses recursos visam prover as despesas do Ministério

da Saúde (MS) e despesas de transferências para a cobertura de ações e serviços de saúde a

serem executadas pelos Municípios, Estados e Distrito Federal (MINISTÉRIO DA SAÚDE,

2013).

Com isso, Estados e Municípios são obrigados a criarem seus fundos destinados à

saúde. A transferência de recursos ocorre fundo a fundo pelo FNS para os estados e

municípios. Esses repasses são destinados à Atenção Básica, para procedimentos de Média e

Alta Complexidade e outras assistências (JUNKES, 2010).

Conforme dados do Fundo Nacional de Saúde (2016), no período de 2011 a 2015, o

montante destinado à saúde atingiu o valor de R$ 312.976.050.456,97 conforme a tabela 01.

Tabela 01: Recursos repassados por ano - Brasil

Ano Valor (R$)

2015 73.549.725.939,75

2014 69.524.035.673,63

2013 61.168.392.461,70

2012 57.668.192.476,92

2011 51.065.703.904,97

Total 312.976.050.456,97

Fonte: Fundo Nacional de Saúde (2016).

Para o Estado de Rondônia, os valores repassados atingiram o montante de R$

2.319.197.322,49, no mesmo período conforme demonstrado na tabela 02, o que representa,

aproximadamente, 0,74% do total dos repasses da União.

Tabela 02: Recursos repassados por ano - Rondônia

Ano Valor (R$) Percentual (aproximado)

2015 572.286.413,90 0,78%

2014 512.246.617,42 0,74%

2013 443.118.119,14 0,72%

2012 418.013.753,58 0,72%

2011 373.532.418,38 0,73%

Total 2.319.197.322,49 0,74%

Fonte: Fundo Nacional de Saúde (2016).

17

Desses recursos, foi repassado ao município de Cacoal-RO, o valor de R$

94.325.128,47, representando aproximadamente 4,07% dos valores destinados aos programas

de atendimento à saúde, conforme discriminação abaixo:

Tabela 03: Recursos repassados por ano - Cacoal-RO

Ano

Atenção

Básica à

Saúde

Média e Alta

Complexidade

Vigilância

em Saúde

Assistência

Farmacêutica

Gestão do

SUS Investimentos

Outros

Pagamentos Total

2015 5.168.476,49 11.554.555,13 799.099,95 1.763.644,82 475.600,00 1.171.375,00 - 20.932.751,39

2014 4.497.818,16 11.490.755,95 890.895,70 1.570.667,73 430.799,14 1.975.384,16 - 20.856.320,84

2013 4.357.158,72 9.040.578,82 927.579,59 1.510.515,07 465.200,00 542.635,00 - 16.843.667,20

2012 4.835.651,30 9.059.410,09 854.624,23 1.300.595,02 3.240,00 287.221,04 - 16.340.741,68

2011 5.468.398,00 12.293.128,97 523.047,16 800.360,53 25.040,00 240.000,00 1.672,70 19.351.647,36

Total 24.327.502,67 53.438.428,96 3.995.246,63 6.945.783,17 1.399.879,14 4.216.615,20 1.672,70 94.325.128,47

Fonte: Fundo Nacional de Saúde (2016).

3 METODOLOGIA

Para estruturar esse trabalho, foi realizada uma pesquisa básica com fundamentação na

literatura existente acerca do tema, que incluíram livros, revistas, dissertações, teses e artigos

localizados em sítios on line.

Considera-se a pesquisa retrospectiva, com apresentação de informações coletadas em

períodos anteriores, que subsidiaram a análise com aspectos quantitativos e qualitativos que

abordam os dados coletados em documentos e relatórios disponíveis pelo setor de recursos

humanos e gerencia de enfermagem do Hospital Regional de Cacoal no ano de 2015.

Para descrever os principais tipos de ausências dos servidores foi elaborado um

instrumento de coleta de dados adaptado, constituído por variáveis como: quantidade de

servidores, motivos dos afastamentos, período de afastamento, valor do vencimento básico,

quantidade de horas extras.

O levantamento de informações para a pesquisa foi realizado no Hospital Regional de

Cacoal no período de fevereiro a março de 2014, tendo como universo da amostragem a

equipe de enfermagem, representando cerca de 44% dos profissionais lotados na unidade

hospitalar totalizando 352 profissionais, dos quais 06 são auxiliares em enfermagem, 57 são

enfermeiros e 289 técnicos em enfermagem.

18

A pesquisa foi iniciada primeiramente com a direção da unidade hospitalar

selecionada, procedendo-se uma exposição dos objetivos da pesquisa e considerações acerca

da metodologia a ser adotada no estudo por meio de ofício e carta de apresentação expedidos

pelo departamento do curso de Ciências Contábeis da UNIR, campus Professor Francisco

Gonçalves Quiles/Cacoal.

Posteriormente, já com a autorização da direção do hospital, ocorreu a obtenção de

dados junto ao setor de Recursos Humanos e Gerência de Enfermagem, juntamente com os

responsáveis indicados para fornecer a listagem dos profissionais lotados na unidade

hospitalar, bem como as planilhas em que constam as anotações de faltas dos servidores e

documentos necessários para obtenção das informações acerca do tipo de afastamento,

período e fatores relacionados.

Para o cálculo do índice de ausência, foi aplicada a fórmula conforme quadro 03

(adaptada por Junkes e Pessoa, 2010) que abrange as ausências por atestados médicos, licença

maternidade, doação de sangue e faltas não justificadas. Nesse sentindo, aplicou-se a divisão

total das ausências não previstas ao trabalho pelo número médio de servidores da categoria

que está pesquisando multiplicado pelo número de dias de trabalhados no período. O

resultado multiplica-se por 100 para apresentar o índice em porcentagem.

Índice de absenteísmo= Total de dias das ausências não previstas ao trabalho x100

Nº médio de servidores x Nº de dias trabalhados no período

Quadro 03: Fórmula para cálculo do índice do absenteísmo

Fonte: Junkes e Pessoa (2010).

Em relação aos profissionais pesquisados, não houve necessidade de assinatura do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, pois as informações foram coletadas em fontes

secundárias, já existentes em banco de dados do setor de recursos humanos do hospital.

Quanto à folha de pagamento, foi preservado o sigilo dos valores recebidos pelos servidores,

não havendo nenhuma identificação pessoal quanto à remuneração. Os valores

disponibilizados referem-se o vencimento básico das categorias profissionais pesquisadas.

4 ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS

No Hospital Regional de Cacoal, os servidores da categoria Enfermagem foram

admitidos mediante concurso público na esfera estadual, sendo que alguns enfermeiros

ocupam, também, a função de coordenadores das clínicas bem como a gerência de

enfermagem.

19

O quadro 04 demonstra que no período de 2011 a 2013, a quantidade de servidores

vem diminuindo. Segundo a gerência de Recursos Humanos, isso ocorreu em virtude de

pedidos de exoneração e, também, de remoção para outras unidades de saúde do estado de

Rondônia.

Categoria 2013 2012 2011

Auxiliar em Enfermagem 6 3 2

Enfermeiro 57 61 67

Técnico em Enfermagem 289 296 311

Total 352 360 380

Quadro 04: Quantidade de servidores

Fonte: Dados da pesquisa (HRC), 2014.

Observa-se que a quantidade total de servidores na enfermagem passou de 380 em

2011 para 352 em 2013. Destes, 70 são do sexo masculino e 282 são do sexo feminino,

reforçando a literatura de que a enfermagem ainda é composta, em sua maioria, por mulheres,

conforme já verificado por Alves e Oliveira (2012). Ainda, Nascimento (2003) aponta que a

enfermagem se aproxima das características femininas, pois as mulheres possuem melhores

aptidões para cuidar dos outros.

Ao verificar a idade dos servidores no ano de 2013, o intervalo começa a partir de 18

anos, em observação à idade mínima exigida para contratação em concurso público.

Faixa Etária Auxiliar em

Enfermagem Enfermeiro

Técnico em

Enfermagem Total

18 - 24 anos - - 14 14

25 - 31 anos - 29 82 111

32 - 38 anos - 16 96 112

39 - 45 anos 1 6 68 75

46 - 52 anos 1 4 17 22

Acima de 52 anos 4 2 12 18

Total 6 57 289 352

Quadro 05: Idade dos servidores em 2013

Fonte: Dados da pesquisa (HRC), 2014.

O quadro 05 mostra que a faixa etária de 32 – 38 anos tem 112 servidores,

representando 31,82% dos profissionais, seguido da faixa etária de 25 – 31 anos,

correspondendo a 31,53%, com 111 servidores, demonstrando que a maioria dos servidores da

equipe de enfermagem do hospital possui idade entre 25 e 38 anos. Nesse aspecto, estudo

20

realizado por Fernandes (2011) mostrou que a maioria dos trabalhadores, em um hospital

filantrópico de médio porte localizado no Paraná, tinha idade entre 28 e 37 anos.

Em relação ao tempo de trabalho no Hospital Regional de Cacoal, a pesquisa mostrou

que 289 servidores apresentavam mais de três anos de efetivo exercício. Nesse aspecto, é

importante destacar que o HRC começou suas atividades no ano de 2010, com concurso

específico para lotação na unidade hospitalar.

Quanto aos vencimentos básicos dos profissionais, de acordo com a Gerência de

Recursos Humanos, esses têm variados de um ano para o outro, em virtude de reajustes

concedidos no período. Nesse item, foi considerado o valor do vencimento de cada categoria

profissional no mês de dezembro do ano apresentado.

Categoria 2013 2012 2011

Auxiliar em Enfermagem R$ 1.165,32 R$ 985,33 R$ 881,14

Enfermeiro R$ 2.606,62 R$ 2.372,28 R$ 2.121,43

Técnico em Enfermagem R$ 1.183,80 R$ 1.154,27 R$ 1.032,22

Quadro 06: Valores dos vencimentos

Fonte: Dados da pesquisa (HRC), 2014.

No período de 2011 a 2013, os auxiliares em enfermagem tiveram reajustes de 32,25%

nos vencimentos básicos, os enfermeiros obtiveram 22,87% de reajustes e para os técnicos em

enfermagem, categoria com maior número de servidores, esse reajuste chegou a ser de

14,68% no acumulado do período dos três anos pesquisados.

4.1 AUSÊNCIAS

As ausências investigadas no Hospital Regional de Cacoal foram pelos seguintes

motivos: atestados médicos, licença maternidade, doação de sangue, faltas não justificadas e

outros motivos.

O quadro 07 demonstra o quantitativo dessas ausências, sendo consideradas as

seguintes informações: as ausências por atestados médicos e outros motivos estão descritas

em quantidade de atestados médicos e servidores, respectivamente. As licenças maternidades

estão em meses, pois a mãe faz jus a 180 dias a partir do nascimento da criança. Os

afastamentos por doação de sangue e faltas não justificadas estão contabilizados em dias.

21

Quadro 07: Resumo das ausências Fonte: Dados da pesquisa (HRC), 2014.

Das ausências estudadas, é interessante observar que os atestados médicos no período

de 2011 a 2013 somam um quantitativo de 2.654 atestados, sendo o principal motivo de

ausência ao trabalho. Outro dado importante é destacar que as faltas não justificadas

chegaram ao patamar de 896 dias no período. É significativa a quantidade de dias ausentes em

virtude de doação de sangue, que somou 326 dias nos três anos. Esses valores vão ao encontro

de trabalho realizado por Alves e Oliveira (2012) que verificaram que o índice de absenteísmo

mais elevado nas instituições é absenteísmo-doença, caracterizado pela apresentação de

atestado médico para justificar a falta.

Ao observar-se proporcionalmente entre a quantidade de profissionais e o total das

ausências, os técnicos em enfermagem representam 82,10% dos servidores, sendo

responsáveis por 83,13% dos afastamentos. Os enfermeiros constituem 16,20% dos

profissionais e respondem por 14,39% das ausências. A categoria dos auxiliares em

enfermagem compõe 1,70% dos trabalhadores e somam 2,48% do total dos afastamentos.

Nessa perspectiva, observa-se que os auxiliares em enfermagem constituem a

categoria profissional responsável pelo maior percentual de ausências, quando comparado ao

número total de profissionais. Os técnicos em enfermagem ausentam-se, praticamente, na

mesma proporção e a categoria dos enfermeiros apresenta percentual de ausências abaixo da

representatividade na quantidade de servidores.

Para melhor entendimento e visualização do leitor, serão apresentadas a seguir,

informações mais detalhadas de cada motivo das ausências, objeto deste estudo. Ressalta-se

que não foram disponibilizadas pelo setor de Recursos Humanos, as informações dos técnicos

Categoria

Profissional Período

Atestado

Médico

(unidade)

Licença

Maternidade

(em meses)

Doação de

Sangue

(em dias)

Faltas não

Justificadas

(em dias)

Outros

(servidores)

Auxiliar em

Enfermagem

2011 18 0 3 6 2

2012 23 0 3 11 1

2013 19 0 3 14 3

Enfermeiro

2011 133 20 19 15 15

2012 143 14 17 25 15

2013 114 30 15 23 16

Técnico em

Enfermagem

2011 558 71 79 140 44

2012 826 47 114 295 42

2013 820 37 73 367 34

Total 2.654 219 326 896 172

22

em enfermagem no mês de junho/2012, de modo que o valor/quantidade das ausências está

“zerado”.

4.1.1 Atestados médicos

Conforme destacado no quadro 07, os atestados médicos somaram 2.654, que se

encontram detalhados mês a mês no quadro 08, levando-se em consideração pelo que foi

apresentado pelos servidores ao setor de Recursos Humanos no período pesquisado.

Ano Categoria Mês

Total Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2011

Aux. Enf. 1 1 0 0 1 1 1 4 3 2 1 3 18

Enferm. 4 7 10 5 8 15 18 13 16 11 14 12 133

Téc. Enf. 19 24 29 33 42 61 57 48 64 55 69 57 558

Sub-Total 24 32 39 38 51 77 76 65 83 68 84 72 709

2012

Aux. Enf. 1 1 4 3 1 0 1 1 0 5 2 4 23

Enferm. 12 11 9 13 14 11 11 4 7 14 18 19 143

Téc. Enf. 59 70 73 65 90 0 75 94 60 85 85 70 826

Sub-Total 72 82 86 81 105 11 87 99 67 104 105 93 992

2013

Aux. Enf. 5 2 0 1 1 4 0 2 2 1 0 1 19

Enferm. 10 11 12 12 11 7 14 8 7 7 9 6 114

Téc. Enf. 75 122 65 68 56 64 52 67 65 51 63 72 820

Sub-Total 90 135 77 81 68 75 66 77 74 59 72 79 953

TOTAL 186 249 202 200 224 163 229 241 224 231 261 244 2.654

Quadro 08: Quantidade de atestados médicos – mês a mês

Fonte: Dados da pesquisa (HRC), 2014.

No quadro 08 verifica-se que a maior quantidade de atestados médicos apresentados

pelos servidores da unidade hospitalar foi em 2012, com um total de 992. Nesse ano, a

maioria dos meses também apresenta a maior quantidade de atestados, quando comparados

com os meses dos demais anos. Quando observados as quantidades por ano, essas estão

parecidas com aquelas encontradas por Pereira et al (2011), que apontaram 963 atestados

médicos no período de um ano em um hospital universitário.

Ainda, é possível verificar que a equipe de técnicos em enfermagem é responsável por

2.204 atestados médicos representando 83,04% dos atestados, seguidos pelos enfermeiros

com 390 atestados, cujo índice é de 14,70% e, por último, os auxiliares em enfermagem com

60 atestados médicos, cujo percentual é de 2,26% do total de atestados médicos.

23

Esses valores são elevados quando comparados com pesquisa realizada por Pinheiro

(2012), que apontou a categoria profissional mais prevalente em afastamentos é a de técnico

de enfermagem, com índice de 78,7%. Nesse estudo, os enfermeiros somaram 21,3% dos

afastamentos. Ainda, Furlan e Stancato (2013) indicaram que a incidência de faltas por

atestados médicos na equipe de enfermagem no Hospital das Clínicas da UNICAMP foi de

1,30% entre os auxiliares em enfermagem, 65,37% de técnicos em enfermagem e 33,33% de

enfermeiros.

Do total de atestados médicos, observou o período de afastamentos concedidos aos

servidores, conforme figura 01. Dos 2.654 atestados, constata-se que a predominância dos

atestados médicos é de 01 a 03 dias em todas as categorias profissionais, totalizando 1.507,

representando 56,78%. Destaca, também, que os atestados médicos com período acima de 15

dias chegou ao patamar de 390, com percentual de 14,69%, sendo o segundo maior período de

afastamento. O menor intervalo de afastamento foi de 10 a 12 dias, cujo percentual foi de

3,84% do total de atestados médicos.

Figura 01: Período de afastamento por atestado médico

01 - 03 dias 04 - 06 dias 07 - 09 dias 10 - 12 dias 13 - 15 dias

acima de 15

dias

Aux. Enf. 1,28% 0,11% 0,15% 0,15% 0,30% 0,26%

Enf. 6,41% 1,81% 1,17% 0,49% 1,02% 3,81%

Téc. Enf. 49,10% 8,70% 5,43% 3,20% 5,99% 10,63%

Fonte: Dados da pesquisa, 2014.

24

Quando comparados com outros estudos, os percentuais por período de afastamento no

Hospital Regional de Cacoal estão abaixo dos resultados encontrados. Pereira et al (2011)

observou que 58,3% das licenças médicas foram por período compreendido de 01 a 02 dias.

Junkes (2010) verificou que a maior quantidade de atestados médicos em hospitais do centro-

sul de Rondônia foi de 01 a 03 dias, cujo percentual foi de 65,2%.

Embora a maioria das ausências ao trabalho seja justificada por atestados médicos,

nem sempre isso significa que essas ausências sejam decorrentes de doenças. Muitas vezes, os

servidores utilizam-se dessa justificativa para expressarem suas insatisfações, seja com a

chefia imediata, seja com os colegas de trabalho. Além disso, os baixos salários, as condições

inadequadas e sobrecarga de trabalho, os vários vínculos empregatícios e a ausência de

reconhecimento profissional contribuem para elevar o percentual das ausências por atestado

médico.

4.1.2 Licença maternidade

Outro fator do absenteísmo analisado é sobre as licenças maternidades. O quadro 09

mostra a quantidade, em meses, das licenças maternidades no período investigado.

2013 2012 2011 Total

Aux. Enf. 0 0 0 0

Enf. 30 14 20 64

Téc. Enf. 37 47 71 155

Total 67 61 91 219

Quadro 09: Licença maternidade - em meses Fonte: Dados da pesquisa (HRC), 2014.

Baseado no quadro 09, constata-se que nos três anos teve uma soma de 219 meses de

afastamento por licença maternidade, sendo que 2011 representa 41,55%, com expressiva

quantidade de técnicas em enfermagem que se afastaram por este motivo, cujo total atingiu

155 meses. Em relação às auxiliares em enfermagem, não houve licença maternidade no

período, em virtude da idade das mesmas.

Sobre esse aspecto, Nascimento (2003) constatou que, das profissionais em

enfermagem de uma unidade básica de saúde de Ribeirão Preto/SP, 33,9% ausentaram-se do

trabalho por licença à gestante. Estes índices traduzem o perfil das profissionais, em geral um

grupo jovem e em fase reprodutiva.

25

4.1.3 Doação de sangue

Com relação aos afastamentos por doação de sangue, o quadro 09 mostra que houve

326 dias justificados nos três anos pesquisados. Nessa quantidade, estão incluídos os dias

dedicados à doação de sangue, bem como a concessão de 08 (oito) dias conforme disposto na

Lei Estadual n. 865/1999.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

Aux.

Enf. 0 1 1 0 2 1 1 0 0 1 1 1 9

Enf. 2 4 3 3 4 3 7 5 4 6 5 5 51

Téc.

Enf. 25 33 27 19 23 10 23 25 14 23 23 21 266

Total 27 38 31 22 29 14 31 30 18 30 29 27 326

Quadro 10: Doação de sangue - em dias

Fonte: Dados da pesquisa (HRC), 2014.

Os dados mostram que fevereiro é o mês com maior afastamento por doação de

sangue, com percentual de 11,66%, somando 38 dias. Também, a categoria dos técnicos em

enfermagem somou 266 dias no período, equivalendo a 81,60% do total de dias de ausências

por doação de sangue.

Revisando a literatura, pouco se discute sobre esse aspecto do absenteísmo, não sendo

possível comparar as ausências por doação de sangue no Hospital Regional de Cacoal com

outros estudos ou unidades hospitalares.

4.1.4 Faltas não justificadas

A quantidade de faltas não justificadas pode ser verificada no quadro 11. Esses dias

foram informados ao setor responsável pela folha de pagamento para que fossem descontados

na remuneração do servidor.

2013 2012 2011 Total

Aux. Enf. 14 11 6 31

Enf. 23 25 15 63

Téc. Enf. 367 295 140 802

Total 404 331 161 896

Quadro 11: Quantidade de faltas não justificadas em dias

Fonte: Dados da pesquisa (HRC), 2014.

26

A quantidade de faltas não justificadas cresceu quando comparada de um ano para

outro. Em 2011 foram 161 dias e em 2013 foram 404 dias, um aumento de mais de 250%. Do

total, o ano de 2013 representa 45,09%, seguido de 2012 com 36,94% e, por último, 2011

com 17,97% de representatividade no afastamento por faltas não justificadas.

Esses valores são muito elevados quando comparados com resultados encontrados em

outros estudos. Nascimento (2003), em sua dissertação de mestrado, apurou que as faltas

injustificadas somaram 201 dias, representando 4,5% das ausências não previstas ao trabalho

em uma unidade básica de saúde, no período de quatro anos. Junkes e Pessoa (2010), em sua

pesquisa, apontaram 854 dias perdidos por ausências injustificadas, no período de quatro

anos, em hospitais de Rondônia, representando um percentual de 12,90% sobre o total de

ausências não previstas dos profissionais.

Com relação aos outros motivos de ausência, no período de 2011 a 2013, somou-se

184 servidores que se afastaram por diversos motivos, dentre eles: capacitação/cursos,

convocação da justiça, licença gala, licença paternidade, licença prêmio entre outros.

4.2 ÍNDICES DE ABSENTEÍSMO E CUSTOS

Com os dados apresentados, o estudo propôs a verificar o índice de absenteísmo e os

custos ocasionados pelas ausências dos profissionais em enfermagem. Para os cálculos

podemos considerar que durante o período dos três anos pesquisados, os dias úteis trabalhados

foram de 762 dias, descontados os finais de semana e feriados nacionais e o número médio de

servidores foi de 364 servidores no período.

O índice de absenteísmo foi encontrado com base na fórmula (adaptada), proposta no

projeto deste estudo.

Índice de absenteísmo= Total de dias das ausências não previstas ao trabalho x100

Nº médio de servidores x Nº de dias trabalhados no período

Assim, optou-se por apresentar o índice de absenteísmo ocasionado por atestados

médicos, licença maternidade, doação de sangue e faltas não justificadas por ano. O quadro 12

mostra esses índices por categoria com o tempo em dias que contribuíram para o absenteísmo.

27

Motivo Ausência 2013

(em dias)

2012

(em dias)

2011

(em dias) Índice % Absenteísmo

Atestado Médico 6.421 3.601 2.445 4,49%

Licença Maternidade 2.010 1.830 2.730 2,37%

Doação de Sangue 91 134 101 0,12%

Faltas não Justificadas 404 331 161 0,32%

Quadro 12: Índices de absenteísmo por motivo de ausência

Fonte: Dados da pesquisa (HRC), 2014.

O resultado por motivo de ausência mostrou que os profissionais atingiram o índice de

7,30% de absenteísmo, sendo que por atestado médico o índice foi de 4,49%, seguido por

licença maternidade com 2,37%. Faltas não justificadas e doação de sangue somaram 0,44%

de índice de absenteísmo no período.

Observando o índice total de absenteísmo no Hospital Regional de Cacoal, verifica-se

que esse está bem acima do que é aceito pela Organização Internacional do Trabalho (OIT),

que segundo Leão et al (2011) é de 2,50%. Ainda, estudo realizado pela autora encontrou uma

proporção de absenteísmo motivada por licença médica de 3,16% dos servidores municipais

de Goiânia. Outro estudo realizado por Nascimento (2003) observou que o índice de

absenteísmo geral foi de 6,61% da equipe de enfermagem em Ribeirão Preto/SP. Em

comparação com trabalho realizado por Junkes (2010), verificou que o índice geral de

absenteísmo no HRC foi 7,16 vezes maior do que o encontrado pela autora, que apurou índice

de 1,02% dos profissionais de enfermagem e médicos.

Ao verificar os índices por motivo de ausência, o índice de absenteísmo por atestado

médico foi de 4,49%. Esse percentual encontrado é 5,04 vezes maior do que o encontrado no

estudo de Junkes (2010), que apurou índice de 0,89% de absenteísmo dos médicos e

profissionais da enfermagem. Quando observado os índice de absenteísmo por licença

maternidade e faltas não justificadas, encontramos os percentuais de 2,37% e 0,32%,

respectivamente. Estes percentuais são menores do que aqueles encontrados por Nascimento

(2003), que apontou índice de 3,11% para gestante e 1,21% por faltas injustificadas.

Partindo para a questão financeira, teremos os valores do ônus provocado pelas

ausências. O quadro 13 apresenta os valores em reais dos dias não trabalhados por categoria e

ano, pois o vencimento dos servidores é diferenciado no período do estudo.

28

Motivo

Ausência Categoria

2013 2012 2011

Nº de

dias

ausentes

Valor

recebido

por dia

(R$)

Total

(R$)

Nº de

dias

ausentes

Valor

recebido

por dia

(R$)

Total (R$)

Nº de

dias

ausent

es

Valor

recebi

do por

dia

(R$)

Total

(R$)

Atestado

Médico

Aux. Enf. 120 38,84 4.660,80 136 32,84 4.466,24 86 29,37 2.525,82

Enf. 1.459 86,89 126.772,51 538 79,08 42.545,04 417 70,71 29.486,07

Téc. Enf. 4.842 39,46 191.065,32 2.927 38,48 112.630,96 1.942 34,41 66.824,22

Licença

Materni

dade

Aux. Enf. 00 38,84 00,00 00 32,84 00,00 00 29,37 00,00

Enf. 900 86,89 78.201,00 420 79,08 33.213,60 600 70,71 42.426,00

Téc. Enf. 1.110 39,46 43.800,60 1.410 38,48 54.256,80 2.130 34,41 73.293,30

Doação

de

Sangue

Aux. Enf. 03 38,84 116,52 03 32,84 98,52 03 29,37 88,11

Enf. 15 86,89 1.303,35 17 79,08 1.344,36 19 70,71 1.343,49

Téc. Enf. 73 39,46 2.880,58 114 38,48 4.386,72 79 34,41 2.718,39

Total 448.800,68 Total 252.942,24 Total 218.705,40

Quadro 13: Valores em R$ das ausências por categoria e ano

Fonte: Dados da pesquisa (HRC), 2014.

Os cálculos mostraram que no período dos três anos pesquisados, o valor dos dias

ausentes representaram R$ 920.448,32 nas categorias profissionais, objetos deste estudo.

Desse valor, as ausências por atestados médicos somaram R$ 580.976,98, responsável por

63,12% do total. Em virtude de licença maternidade, o valor agregado no período chegou a

R$ 325.191,30, um percentual de 35,33% e o absenteísmo por doação de sangue somou R$

14.280,04 com percentual de 1,55% do valor total das ausências. As faltas não justificadas,

não inclusas no quadro acima, totalizaram R$ 36.768,16, sendo esse valor descontado da

remuneração dos servidores.

Esses valores são elevados quando comparados com estudo realizado por Pereira et al

(2011), em um hospital universitário na Serra Gaúcha, em que a autora calculou que os custos

decorrentes do absenteísmo foi de R$ 184.584,59 no período de um ano. Porém, abaixo dos

cálculos realizados por Pinheiro (2012), onde verificou que as análises de 1.216 afastamentos

demonstraram um custo total de R$ 2.653.558,62 durante o ano de 2010 em um hospital

universitário do Rio de Janeiro/RJ.

Para diminuir os impactos causados pelas ausências dos servidores, os gestores do

Hospital Regional de Cacoal solicitaram o pagamento de horas extras. Ao consultar a

Gerência de Enfermagem da unidade hospitalar, foi informado que no período de 2011 a

2013, foi solicitado o pagamento de 60.372 horas extras. Na prática, os servidores trabalham

em regime de plantão, porém os cálculos são feitos em hora pelo fato do recebimento ser

estipulado em horas e não em plantões.

29

O quadro 14 demonstra, em detalhes, os valores pagos em horas extras, tendo como

base de cálculo o vencimento dos servidores, acrescidos o percentual de 50% sobre o valor da

hora extra.

Categoria

2013 2012 2011

Qtde.

Horas

Extras

$ Hora

Extra

$ Pagamento

H. E.

Qtde.

Horas

Extras

$ Hora

Extra

$ Pagamento

H. E.

Qtde.

Horas

Extras

$ Hora

Extra

$ Pagamento

H. E.

Aux. Enf. 00 R$ 7,95 R$ 0,00 00 R$ 6,72 R$ 0,00 00 R$ 6,01 R$ 0,00

Enf. 5.140 R$ 17,77 R$ 91.337,80 2.091 R$ 16,17 R$ 33.811,47 989 R$ 14,46 R$ 14.300,94

Téc. Enf. 42.996 R$ 8,07 R$ 346.977,72 4.867 R$ 7,87 R$ 38.303,29 4.289 R$ 7,04 R$ 30.194,56

Total R$ 438.315,52 Total R$ 72.114,76 Total R$ 44.495,50

Quadro 14: Valores pagos em horas extras

Fonte: Dados da pesquisa (HRC), 2014.

A soma dos valores referentes à solicitação de horas extras atingiu o patamar de R$

554.925,78 nos três anos pesquisados. Desse valor, o ano de 2013 representa 78,99%, seguido

do ano de 2012 com 13,00% e o ano de 2011 representou 8,01% do pagamento de horas

extras. De acordo com a Gerência de Enfermagem, as solicitações no ano de 2013, além de

suprir o absenteísmo, também ocorreram em virtude do aumento das atividades na unidade

hospitalar e da diminuição do quantitativo de servidores.

Percebe-se que para a categoria dos auxiliares em enfermagem não houve pagamento

de horas extras, visto que os trabalhos extras dessa categoria são supridos pelos técnicos em

enfermagem, que no período acumulou o pagamento no valor de R$ 415.475,57. Os

enfermeiros receberam a quantia de R$ 139.450,21 no acumulado do período.

Considerando os valores pagos na modalidade de horas extras aos servidores que

compensaram as ausências na unidade hospital, percebe-se que estes são inferiores aos valores

apresentados por Junkes (2010) em seu estudo, onde no período de quatro anos, foram

efetuados pagamentos de R$ 738.715,00 de horas extras em hospitais do centro sul de

Rondônia. Pereira et al (2011) constatou que o custo da reposição com as licenças dos

servidores em um hospital universitário chegou a R$ 276.876,88 em horas extras no período

de um ano.

30

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste estudo, o absenteísmo foi compreendido como as ausências dos trabalhadores

em suas atividades laborais e permitiu verificar alguns aspectos que levaram os profissionais

de enfermagem do Hospital Regional de Cacoal a faltarem ao trabalho. Os resultados

evidenciaram que o principal motivo de absenteísmo foi por atestado médico, com 2.654

atestados, somando 12. 467 dias. Destes atestados, a predominância de atestados em relação à

quantidade de dias, foi de 01 a 03 dias de afastamento, representando 56,78%, no período

pesquisado. Dentre as categorias pesquisadas, a equipe de técnicos em enfermagem, composta

pelo maior número de profissionais, é responsável pelo maior percentual de ausências com

83,13% do total.

Além dos atestados médicos, a pesquisa mostrou que os profissionais também se

ausentaram por motivos de licença maternidade totalizando 219 meses, por doação de sangue

com 326 dias e por faltas não justificadas na quantidade de 896 dias perdidos. Quanto ao

período de afastamento, constatou-se que no ano de 2012 houve o maior número de ausências

com 1.576 motivos de afastamento. Em consequência desses afastamentos, a simulação dos

valores incorridos pelas ausências foi de R$ 920.448,32 nos três anos pesquisados. No mesmo

período, foi solicitado o pagamento de 60.372 horas extras, cujo valor atingiu o patamar de

R$ 554.925,78.

Constatou-se que o índice geral de absenteísmo encontrado foi de 7,30%, sendo que

por atestado médico o índice foi de 4,49%, percentuais considerados elevados quando

comparados aos parâmetros recomendados na literatura.

Os resultados mostraram o índice de ausência dos profissionais em enfermagem da

unidade pesquisada, contribuindo para as estatísticas sobre absenteísmo e os custos gerados.

Entretanto, novos trabalhos contribuirão para acompanhamento do absenteísmo desses

profissionais, bem como subsidiar o planejamento de ações e intervenções por parte dos

gestores na utilização de programas e de medidas preventivas que visem à diminuição do

absenteísmo.

Ainda, considerando a quantidade de atestados médicos apresentados pela equipe de

enfermagem, indica a necessidade de análise destes atestados correlacionando-os às

patologias e o período de afastamento. Também, é interessante pesquisar o absenteísmo de

outros grupos de profissionais que atuam na unidade hospitalar.

31

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