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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS
CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
PEDAGOGIA
CADERNO DE ORIENTAÇÃO ACADÊMICA
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SUMÁRIO
I. MENSAGEM DO REITOR...................................................................................03 II. ABERTURA..........................................................................................................04
III. BOAS VINDAS.................................................................................................... 05
IV. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ..................................................................06
V. PRINCÍPIOS, CONCEPÇÕES E FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS..............07
1. Concepção de formação .....................................................................................08 2. Concepção de docência ......................................................................................09 3. Concepção de currículo .....................................................................................10
VI. PERFIL DO EGRESSO .........................................................................................11 VII. EIXOS DE FORMAÇÃO ......................................................................................12
VIII. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR .......................................................................13
1. Estrutura curricular ..........................................................................................14 2. Estágio curricular supervisionado ....................................................................16 3. Trabalho de conclusão de curso .......................................................................16
IX. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO CURRÍCULO............................................18 X. ÁREAS DE APROFUNDAMENTO ....................................................................19
XI. AVALIAÇÃO
1. Concepção .......................................................................................................20 2. Registro do processo avaliativo........................................................................21 3. Resultado Final.................................................................................................22 4. 2ª Chamada.......................................................................................................22 5. Dependência.....................................................................................................22 6. Construção do portfólio....................................................................................22 7. Objetivos do portfólio.......................................................................................23
XII. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ...............................................................................26 XIII. SETORES DO UNIFESO.......................................................................................25 XIV. REFERÊNCIAS......................................................................................................27
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I. MENSAGEM DO REITOR
Prezado estudante,
Ao longo do tempo, a educação vem enfrentando o desafio de acompanhar as diversas
transformações ocorridas no mundo. A todo o momento nos deparamos com situações
complexas, para as quais, na maioria das vezes, não cabe uma única resposta. Momentos em
que as perguntas não cessam e as mudanças são companheiras inseparáveis das diversas
formas de viver e de sentir.
Entendemos que a educação deve servir como ferramenta potente de questionamento da
realidade e de invenção de possíveis soluções. O desafio com que nos deparamos é o de
promover uma formação integradora dos diversos conhecimentos.
A aposta que fazemos em metodologias ativas de ensino, centradas nos estudantes, que
valorizam o aprender a aprender e que conduzem à problematização do saber, é por acreditar
em uma formação que promova cada vez mais a construção de um profissional altamente
qualificado, autônomo e produtor de intervenções mais ativas e críticas.
O Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCHS, ao lançar os Cadernos de Orientação
Acadêmica – COAs, avança no sentido de construir um perfil de estudante que seja o de um
pesquisador, instigado pela curiosidade e com ousadia para pensar a partir de ferramentas
teórico-práticas.
Nossa meta é a de possibilitar que o estudante venha a ser um agente de transformação da
realidade, respaldado por sua competência técnica e relacional, que o torne um profissional
valorizado e um cidadão consciente de sua função para com a sociedade.
Sejam bem-vindos a mais uma etapa de construção de sua trajetória profissional!
Prof. Luis Eduardo Possidente Tostes Reitor do UNIFESO
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II. ABERTURA
“A educação é um processo de formação integral, integrada, integrante e integradora das pessoas e dos
grupos. Ela se faz na liberdade do ser humano. Nisto reside o fundamento da autonomia moral e intelectual,
que é uma capacidade a ser exercida pelos atores do processo educacional, e seu desenvolvimento se dá em
função de uma prática educativa, coerentemente com essa finalidade” (PPPI, p. 23)
“O ensino que o UNIFESO proporciona a seus estudantes garante a qualidade técnica necessária à
formação e ao mesmo tempo a inserção social cidadã, ativa e participativa” (PPPI, p.32).
Com base nos princípios citados acima, o UNIFESO propõe um paradigma que dá ênfase à aprendizagem.
Uma proposta para promover o crescimento de uma pessoa plural, de um estudante universitário, nos
diversos aspectos de sua personalidade: suas capacidades intelectuais, suas habilidades, suas atitudes e os
valores integrantes à vida profissional.
A ênfase na aprendizagem como paradigma para o ensino superior ressignifica o papel dos atores do
processo. Ao aprendiz, cabe o papel central de sujeito que exerce as ações necessárias para que aconteça a
aprendizagem: buscar informações, trabalhá-las, produzir conhecimento, adquirir habilidades e valores e
mudar atitudes. Ações estas realizadas em parceria com colegas, professores e com o mundo. Ao
professor, cabe o papel de mediador entre a comunidade, os saberes e o aluno - um orientador do processo
de aprendizagem, apoiado na organização curricular, na metodologia e, particularmente, na pesquisa.
O estudante universitário precisa acreditar na importância desta aprendizagem que pressupõe, além da
aquisição de um universo de conhecimentos interligados, um conjunto de métodos e técnicas científicas e
de uma progressiva autonomia. Essa autonomia, tão necessária ao estudante universitário, só será
conseguida através de uma pedagogia dialética entre teoria e prática, da qual resultará o desenvolvimento
de sua capacidade reflexiva e a valorização de uma formação continuada que se prolongará por toda sua
vida.
A Pró-Reitoria Acadêmica, a Diretoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão e a Direção do Centro de
Ciências Humanas e Sociais estão confiantes e envidarão esforços para que esta transformação aconteça de
forma comprometida com a ética e com a cidadania.
Prof. José Feres Abido Miranda Pró-Reitor Acadêmico
Profª Katiuscia Cristina Vargas Antunes
Diretora de Pós- Graduação Pesquisa e Extensão
Prof.ª Ana Maria Gomes de Almeida Diretora do Centro e Ciências Humanas e Sociais
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III. BOAS VINDAS
Estimados estudantes e professores, Sejam bem-vindos a esta instituição e a este semestre de trabalho! Este caderno, dedicado a vocês, traz informações importantes para o desenvolvimento do
processo ensino-aprendizagem em que vocês serão os principais protagonistas: o estudante como
o agente e construtor de seu conhecimento, da sua autonomia moral e intelectual, e o professor
como o orientador e facilitador desse processo.
Neste trabalho de formação devemos atentar para a valorização do diálogo, da ética, da justiça e
da solidariedade, valores estes que fundamentam a própria missão do UNIFESO: “promover a
educação, a ciência e a cultura constituindo-se num pólo de desenvolvimento regional, de modo
a contribuir para a construção de uma sociedade justa, solidária e ética”.
A coordenação do Curso, constituída de seu coordenador, docentes e agentes administrativos,
será seu referencial para a busca de informação e orientação, sempre que necessárias.
Como nos ensinou Guimarães Rosa: mais importante que a partida e a chegada é a travessia.
Tenha uma jornada significativa!
É o que deseja A Coordenação do Curso
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IV. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS CONSELHO DIRETOR Presidente: Antônio Luiz da Silva Laginestra
Vice-presidente: Jorge de Oliveira Spinelli
Conselheiros
Alice Rodrigues Nunes Pereira
Basílio Nodar Matalobos
Hermínio Gomes de Mello
Kival Simão Arbex
Jorge Farah
CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS - UNIFESO
REITORIA
Chanceler:
Sr. Antonio Luiz da Silva Laginestra
Reitor:
Prof. Ms.Luis Eduardo Possidente Tostes
Pró-Reitor Acadêmico:
Prof. Ms.José Feres Abido Miranda
Diretora de Pós- Graduação Pesquisa e Extensão:
Profª. Ms..Katiuscia Cristina Vargas Antunes
Diretora de Administração:
Solange Soares Diaz Horta
Diretora de Planejamento:
Prof.ª Ms.Edenise da Silva Antas
Secretária Geral:
Profª Suely Miguens Labuto
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS - CCHS
Diretora:
Prof.ª Drª. Ana Maria Gomes de Almeida
Coordenadora dos Cursos de Graduação em Administração:
Prof.ª Ms Valéria de Oliveira Brites
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Coordenadora do Curso de Graduação em Ciências Contábeis:
Prof.ª Ms Valéria de Oliveira Brites
Coordenadoras do Curso de Graduação em Direito:
Profª. Tania Regina Peixoto Barone - Adjunta
Coordenadora do Curso de Graduação em Pedagogia:
Prof.ª Drª Maria Terezinha Espinosa de Oliveira
Coordenadora do Banco de Talentos:
Profª Rita de Cássia da Silva Mello
Supervisora do Núcleo de Prática Jurídica:
Profª Ms. Lygia Brandão da Silva Pombo
Assessora Pedagógica do CCHS:
Prof.ª Hosana Carreiro Carvalho
V. PRINCÍPIOS, CONCEPÇÕES E FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS
“ Ninguém educa ninguém. Ninguém se educa sozinho. Os homens se educam em comunhão mediatizados pelo mundo.” (Paulo Freire)
As transformações que vêm se delineando no contexto educacional apontaram para a
necessidade de se (re)pensar o Curso de Pedagogia de nossa instituição. A aprovação das
Diretrizes Nacionais para o Curso de Pedagogia, em 2006, trouxe à cena novas perspectivas
para a formação do pedagogo e, consequentemente, exigiram um novo olhar sobre os cursos
de formação de professores. Frente a tais acontecimentos, fez-se necessária uma reflexão
acerca das concepções, princípios e fundamentos pedagógicos que norteiam a formação de
professores no Curso de Pedagogia.
O homem, agindo sobre a natureza e relacionando-se socialmente, produz saberes, idéias e
entendimentos a respeito do meio natural e das relações humanas, fazendo emergir uma nova
concepção de sujeito: um ser cuja identidade é formada historicamente a partir da interação
com o meio e com o outro. Assim, a realidade humana deixa de ser pensada de forma natural
e espontânea e passa a ser encarada como resultado das relações sociais que os homens e
mulheres estabelecem entre si para criar condições que atendam à totalidade de suas
necessidades.
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A tomada de consciência que o homem faz da sua própria condição humana e do seu papel
social permite-lhe projetar outras condições de vida e buscar mecanismos, nos diversos
espaços sociais, que visem à superação das condições atuais e à efetivação de um outro
projeto de sociedade pautado no respeito à diversidade humana, na justiça e na democracia,
portanto, uma sociedade mais igualitária para todos. A busca por esse novo projeto de
sociedade nos leva a admitir, assim como fez Paulo Freire, o caráter inacabado e inconcluso
do homem que, consciente de seu inacabamento, persegue a utopia de construir uma nova
sociedade.
Tendo como princípios a pesquisa e a práxis educativa, o trabalho pedagógico e a autonomia,
o projeto político-pedagógico do curso de Pedagogia é norteado pelo princípio da
complexidade. O pensamento complexo persegue a idéia de um conhecimento
multidimensional ao mesmo tempo em que reconhece a incompletude e a transitoriedade de
todo conhecimento. A construção do conhecimento no paradigma da complexidade dá-se
através de elos entre os diferentes campos do saber, interligando-os. As ilhas de conhecimento
cedem lugar a um arquipélago de saberes que são construídos dialogicamente, num contínuo
processo de reflexão e ressignificação do real.
A partir dos princípios acima explicitados, é necessário apresentar as concepções que
norteiam a estrutura do Curso de Pedagogia.
1. Concepção de formação
“A formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexibilidade crítica sobre as práticas e de (re)construção permanente de uma identidade pessoal. Por isso é tão importante investir na pessoa e dar um estatuto ao saber da experiência.” (Antonio Nóvoa)
O Curso de Pedagogia e os profissionais da educação têm um importante papel político, social
e pedagógico no processo de formação. Sob este prisma, e tendo em vista as transformações
que vêm se desenhando na sociedade e, consequentemente, na esfera educacional, esta área de
conhecimento vem sendo reformulada em sua forma e conteúdo. Torna-se um lugar
privilegiado do pensar e do agir sobre os diferentes matizes da formação humana, sendo,
assim, produto e produtora das concepções acerca da compreensão das relações humanas.
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É com base numa concepção pedagógica crítica, pautada no princípio da complexidade,
comprometida com o processo de transformação social, que se deve pensar a formação. Uma
formação que leve a uma reflexão sobre os condicionantes históricos que estabelecem as
relações de poder na sociedade e demarcam os lugares que os indivíduos devem ocupar, numa
lógica cruel de dominação sobre aqueles que se encontram numa posição inferior, seja ela
determinada por razões sociais, políticas ou econômicas; uma formação humanista, ampla,
que leve os indivíduos a produzirem uma compreensão de si mesmos, como parte de uma
coletividade e de inserção social como sujeitos históricos. Tudo isso remete a uma prática
construtivista no processo de produção do conhecimento.
Importa ressaltar que a abordagem pedagógica proposta neste curso requer admitir que o
trabalho docente traz consigo uma série de intencionalidades, o que implica em escolhas,
valores e compromissos éticos. É preciso, ainda, considerar que todo o saber resulta de um
longo processo de construção do conhecimento, logo a pesquisa está, necessariamente,
relacionada ao trabalho docente.
2. Concepção de docência
“Tornei-me um professor enquanto aluno. E foi gostando de ser aluno, gostando de exercer a minha curiosidade, de procurar a razão de ser dos fatos e dos objetos, é que fui gostando de aprender e, dessa forma, descobrindo também o gosto de ensinar. Então, eu não cheguei por acaso à docência.”(Paulo Freire)
Um novo tempo nos aponta novas concepções de profissionais. Os professores já não utilizam
apenas o quadro, o giz e o livro didático como instrumentos de trabalho. Não são mais aqueles
que apenas transmitem informações, nem mesmo são os únicos capacitados, detentores de
todo o saber. O trabalho docente está se transformando, apontando para práticas inovadoras,
que contribuem para a luta contra o fracasso escolar, que desenvolvem a cidadania, que
recorrem à pesquisa, que enfatizam a prática reflexiva e promovem aprendizagens
significativas para o desenvolvimento pleno do educando ( Perrenoud, 2000).
A escola de hoje requer profissionais mais críticos, criativos, que participem, que ousem.
Profissionais mais inteiros, isto é, com mais consciência pessoal e profissional.
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Há no processo de formação do educador quatro pilares: a dimensão do conhecimento e da
aprendizagem; a rede de relacionamentos; a dimensão humana; a dimensão sócio-histórico-
cultural (Christóvam apud Tavares, 2004):
O curso de Pedagogia, atendendo as diretrizes propostas pelo Ministério da Educação, busca
na formação de professores estimular e desenvolver competências, tais como: compromisso
com o ensinar; saber contar histórias; promover situações significativas de aprendizagem;
mediar problemas e conflitos; servir de exemplo; enxergar o conhecimento de forma não-
fragmentada; saber trabalhar em equipe; ampliar o próprio repertório cultural; ter
conhecimento teórico sobre grandes áreas do saber, para além da didática e da pedagogia;
entender o aluno; estar aberto ao novo, mas com critério; estar preparado para ser o elo de
comunicação entre a família e escola; saber gerenciar a sala de aula; aprender a aprender;
entender o papel da televisão e da internet; ter competência para ser orientador e também
conselheiro.
3. Concepção de currículo “Nenhuma sociedade é capaz de pensar a si mesma com a sabedoria e autonomia sem a religacão” (Carvalho)
A concepção de currículo que perpassa a proposta do curso aponta para a compreensão de que
este é o espaço onde a formação se efetiva e a proposta pensada se concretiza. Neste sentido, é
importante considerar que o currículo manifesta os saberes e fazeres, aqui concebidos como
processos que se constroem coletivamente, por meio da participação e da visão de que o
conhecimento é uma construção.
Busca-se, portanto, uma proposta de formação onde a relação com o conhecimento possibilite
concretizar uma abordagem que transite pela multi, inter e transdisciplinaridade. Implementar
um currículo que rompa com a disciplinaridade é um processo complexo e estas três
dimensões coexistem na construção dinâmica de uma estrutura curricular que se renova a
partir de um contínuo processo avaliativo.
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VI. PERFIL DO EGRESSO Almeja-se formar um profissional:
• Que concebe, no seu processo de formação e no exercício de sua atividade
profissional, o movimento de formar e ser formado nas relações com os demais
agentes sociais da realidade educacional;
• Que compreende o impacto do desenvolvimento histórico do homem e das
transformações das relações sociais globais na formação do educador e nos processos
educativos implicados na vida das pessoas;
• Que se constitui como sujeito da educação, pautado no entendimento de que o fazer
pedagógico pressupõe ação-reflexão-ação e está intimamente ligado à dinâmica das
relações sociais mais amplas;
• Comprometido no sentido político e ético com o processo educativo, com a
democratização das relações pedagógicas e com a transformação das relações sociais;
• Capaz de exercer a docência vinculada a sua participação na gestão e avaliação das
instituições de ensino em geral, bem como na elaboração, execução e
acompanhamento de programas e atividades educativas;
• Que tenha na pesquisa um princípio educativo orientador do seu trabalho e
constitutivo da produção de conhecimentos decorrentes do trabalho pedagógico
desenvolvido;
• Capaz de manejar diferentes metodologias de ensino e se utilizar das novas
tecnologias como mais uma ferramenta a serviço do trabalho educativo/pedagógico;
• Consciente das demandas educativas locais, regionais, nacionais e globais e da
necessidade da formação continuada no seu exercício profissional;
• Que leve em consideração a dimensão humana do conhecimento e que tenha a
consciência do inacabamento e inconclusão do ser humano, portanto, da sua constante
busca pelo conhecimento e do seu constante processo de transformação.
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VII. EIXOS DE FORMAÇÃO
“Só existe saber na invenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros. Busca esperançosa também.” (Paulo Freire)
A diversidade de temáticas na área da educação há muito vem se colocando como um desafio
para os cursos de formação de professores. A complexidade do contexto social e as novas
tendências no campo educacional vêm se consolidando como temas frequentes de pesquisa
em educação.
Frente a este cenário, o Curso de Pedagogia procurou eleger alguns eixos de formação que
foram delineados a partir de uma profunda reflexão sobre as Diretrizes Nacionais para o
Curso de Pedagogia, admitindo a necessidade de uma (re)significação do papel do pedagogo
neste novo contexto de formação. São eles: relação entre educação, cultura e sociedade;
currículo, cultura escolar e produção de conhecimento; gestão e organização do trabalho
pedagógico.
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VIII. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
As Diretrizes para o Curso de Graduação em Pedagogia indicam uma conformação
diferenciada para o currículo, definindo núcleos para a composição geral da formação: núcleo
de estudos básicos, núcleo de aprofundamento e diversificação e núcleo de estudos
integradores.
Neste sentido, o projeto político-pedagógico apresenta três abordagens que definem e
consubstanciam estes núcleos, já apresentados anteriormente, e que se fazem presentes,
necessariamente, na apresentação da organização curricular do curso:
• Concepções;
• Eixos de formação;
• Áreas de aprofundamento.
Buscou-se avançar para uma organização curricular com uma estrutura que possibilite
concretizar uma concepção filosófica e metodológica que transite pela multi, inter e
transdisciplinaridade. Sendo assim, diferentes categorias norteiam o trabalho de formação do
curso a cada semestre, promovendo uma integração vertical entre os diferentes componentes
curriculares de cada período. São elas:
1º período – Educação
2º período - Infância
3º período – Cotidiano escolar
4º período – Trabalho Docente
5º período – Cultura
6º período – Gestão educacional
7º período – Linguagens
Outras categorias atravessam a estrutura curricular, buscando uma integração horizontal. São
elas: educação, cultura e sociedade; conhecimento pedagógico; currículo e cultura escolar.
A estrutura curricular compreende, então, diversos componentes, propostos com a intenção de
se constituírem em espaços concretos para viabilização das concepções filosóficas,
epistemológicas e metodológicas que perpassam a proposta do curso:
• Disciplinas presenciais;
• Disciplinas semipresenciais;
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• Seminários interdisciplinares;
• Grupos de estudos independentes.
1 Estrutura Curricular Aprovada pela Res/CAS/05/2011
1º Período
Componentes curriculares
Carga horária
Filosofia e Práxis Educativa 60h Educação e Sociedade 60h Psicologia da Educação 60h Leitura e Produção Textual 60h Teoria Pedagógica (semipresencial) 40h Educação e Tecnologia da Informação e da Comunicação (semipresencial)
40h
Seminário Interdisciplinar 80h Grupos de Estudos Independentes (GEI) 70h 2º Período
Componentes curriculares
Carga horária
Fundamentos da Educação Inclusiva 60h Letramento e Alfabetização 60h Sociologia e Infância 40h Fundamentos da Educação Infantil I 40h Corpo e Movimento 40h Filosofia e Infância (semipresencial) 40h Educação e saúde (semipresencial) 40h Seminário Interdisciplinar 80h Grupos de Estudos Independentes (GEI) 70h 3º Período
Componentes curriculares
Carga horária
Psicologia do Desenvolvimento 60h Organização da Educação Básica 60h Língua Portuguesa: conteúdo e método 60h Fundamentos da educação Infantil II 60h Teorias da Aprendizagem (semipresencial) 40h Educação e Formação da sociedade 40h
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brasileira (semipresencial) Seminário Interdisciplinar 80h Grupos de Estudos Independentes (GEI) 70h 4º Período
Componentes curriculares
Carga horária
Planejamento Educacional Educação e Estudos Culturais
60h
Gestão e Coordenação do TP 60h Didática 40h Educação e Estudos Culturais 40h LIBRAS 40h Economia Política da Educação (semipresencial)
40h
Teorias do currículo (semipresencial) 40h Seminário Interdisciplinar 80h Grupos de Estudos Independentes (GEI) 70h 5º Período
Componentes curriculares
Carga horária
História: conteúdo e método 60h Literatura Infanto-Juvenil 60h Geografia: Conteúdo e Método 60h Pesquisa em Educação I 60h Cultura e Infância (semipresencial) 40h Avaliação Educacional (semipresencial) 40h Seminário Interdisciplinar 80h Grupos de Estudos Independentes (GEI) 70h 6º Período
Componentes curriculares
Carga horária
Matemática:conteúdo e método 60h Currículo e conhecimento escolar 60h Ciências, Conteúdo e Método 60h Pesquisa em Educação II 60h Gestão Escolar (semipresencial) 40h EJA (semipresencial) 40h Seminário Interdisciplinar 80h Grupos de Estudos Independentes (GEI) 70h
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7º Período
Componentes curriculares Carga horária
Interação Desenvolvimento Humano e Escola
60h
Arte e Educação 60h Conhecimento e Linguagem 60h Trabalho Monográfico (semipresencial) 140h Seminário Interdisciplinar 80h Grupos de Estudos Independentes (GEI) 70h 2. Estágio Curricular Supervisionado
Conforme as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em
Pedagogia, o estágio curricular deve ser realizado ao longo do curso, do primeiro ao sexto
período, perfazendo um total de 300 horas. Esta carga horária está assim organizada no curso
de Pedagogia: atividades em campo, práticas de docência, encontros com os professores
supervisores para desenvolver discussões acerca das questões trazidas sobre as atividades
realizadas nos espaços escolares e não-escolares, planejamento, organização, realização e
avaliação de projetos que contemplem as necessidades dos ambientes escolhidos para campo
de estágio. As normas para o desenvolvimento do Estágio Curricular Supervisionado estão
regulamentadas em documento próprio.
3. Trabalho de Conclusão de Curso
O trabalho de conclusão de curso é o requisito final para a formação dos estudantes.
No decorrer de cada período, este trabalho é desenvolvido pelos estudantes com o auxílio dos
professores que dinamizam os Seminários Interdisciplinares e os Grupos de Estudos
Independentes. Estes espaços, juntamente com as práticas de estágio que ocorrem ao longo do
curso, ajudam os estudantes a construírem o seu tema de pesquisa e posteriormente o projeto
monográfico que, também, é alvo de estudo das disciplinas Pesquisa em Educação I e II.
No sétimo período, os estudantes têm à sua disposição um componente curricular denominado
de Trabalho Monográfico, com uma carga horária de 80 horas, na modalidade semipresencial,
para finalizarem o seu trabalho com o auxílio do professor orientador.
O objetivo é que a construção do trabalho monográfico perpasse toda a vida acadêmica dos
estudantes.
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As normas para a apresentação e avaliação do trabalho de conclusão de curso estão
regulamentadas em documento próprio.
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IX. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO CURRÍCULO O desenho abaixo permite a visualização da proposta interdisciplinar que orienta a
organização curricular, articulando os eixos de formação com os componentes curriculares.
Os seminários interdisciplinares concretizam no currículo o diálogo entre as diferentes áreas
de conhecimento que constituem a formação do pedagogo.
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X. ÁREAS DE APROFUNDAMENTO
“Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo socialmente que, historicamente, mulheres e homens descobriram que era possível ensinar.” (Paulo Freire)
Existe um grande número de temáticas que perpassam a educação e se tornam alvo de
discussão nos diferentes cursos de formação de professores existentes em todo o território
nacional. Assim, o desafio foi tentar direcionar as áreas de aprofundamento para as
necessidades e características que são peculiares ao cenário educacional do município de
Teresópolis e das cidades que o circundam. Nas aulas de aprofundamento, estão
contempladas as características institucionais e as competências já presentes no curso,
identificadas pela produção acadêmica docente e discente por meio de projetos de pesquisa e
extensão e trabalhos de conclusão de curso. São elas:
1. Educação e diversidade;
2. Educação ambiental;
3. Educação e Tecnologia.
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XI. AVALIAÇÃO
1. Concepção:
“Toda e qualquer ação avaliativa é carregada de intenções, reveladora de posturas de vida.” (Jussara Hoffmann)
A avaliação é uma questão polêmica que vem se caracterizando ao longo do tempo, nas suas
várias concepções, como uma dificuldade latente na ação de professores e gestores na escola.
Os educadores e educandos estão sempre em busca da conclusão de caminhos inconclusos, se
desencontrando. Isto porque avaliação é evolução, fazer e refazer, movimento contínuo. Por
ser uma ação que se estabelece a partir de um processo e constitui uma interação para a
construção, é importante considerar as diferentes dimensões da avaliação descritas por Alonso
(2004): política, ética e curricular.
Trata-se de uma concepção de avaliação que se baseia na aproximação, na assistência com
rigor e afeto, oportunizando a escolha do estudante por rumos em sua trajetória de
conhecimento. Sendo assim, o Curso de Pedagogia desenvolve uma proposta metodológica
para avaliação que abre o espaço dialógico entre docentes, discentes e currículo, em
consonância com o trabalho interdisciplinar.
A avaliação formativa não tem um caráter punitivo ou de simples verificação da
aprendizagem. É um processo que leva o estudante a compreender o seu erro, ou mesmo o seu
acerto, com vistas a aprimorar o seu conhecimento com a possibilidade de rever sua avaliação
e refazer quando necessário (Hoffmann, 2000; Hoffmann, 2003). “A ação avaliativa,
enquanto mediação, se faria presente, justamente, no interstício entre uma etapa de
construção de conhecimento do aluno e a etapa possível de produção, por ele, de um saber
enriquecido, complementado” (HOFFMANN, 2000, p. 63-4).
Na perspectiva da avaliação formativa, o Regimento Interno do UNIFESO, aprovado em
2007, traz no artigo 106 o princípio de avaliação que a instituição assume: “Na visão dos
princípios teóricos que regem a avaliação, esta deve ser considerada como uma dimensão
essencial do processo acadêmico do curso ou programa, como mecanismo permanente de
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acompanhamento e regulação do desenvolvimento da proposta curricular, em todas suas
dimensões, partes e agentes.” (p.34)
Conforme o Regimento Interno do UNIFESO, a avaliação da aprendizagem tem por
objetivos: “I- o desenvolvimento integral do estudante, na sua formação como cidadão e
como profissional; II- avaliação do nível de aproveitamento acadêmico-didático do
estudante; III- a programação de intervenções qualificadas no processo de ensino-
aprendizagem, no sentido de se alcançarem os objetivos propostos; IV- o aperfeiçoamento do
processo de ensino-aprendizagem.” (p. 35)
2. Registro do Processo Avaliativo
De acordo com as propostas para Curso de Pedagogia de oferecer um currículo que tem como
objetivo promover o conhecimento num movimento dialógico, de pesquisa, de autonomia
para aprendizagens significativas, indicam-se diferentes instrumentos de avaliação, cujo
registro se dá da seguinte forma:
Registro avaliativo 1 - que se constitui de um conjunto de pelo menos três atividades
avaliativas (provas, testes, trabalhos, seminários, etc.) realizadas ao longo do semestre letivo
de modo a totalizar uma nota de zero a dez. No caso de o discente não alcançar a nota mínima
6,0 (seis) nas atividades desenvolvidas, este terá a chance de realizar uma recuperação
paralela, que se dará ao longo do processo. Dentre as atividades realizadas, pelo menos uma,
deverá ser individual e realizada em sala de aula.
No caso das disciplinas semipresenciais, o registro avaliativo 1 se constituirá de dois
momentos: uma atividade avaliativa presencial e a avaliação da participação individual no
ambiente virtual de aprendizagem. Esta participação no ambiente virtual deverá corresponder
a 50% (cinquenta por cento) da nota.
Registro avaliativo 2 - que se constitui da nota do portfólio mediante critérios especificados,
tanto para as disciplinas presenciais como para as semipresenciais.
O portfólio deve ser entregue ao professor responsável pelo Seminário Interdisciplinar, o qual
fará sua avaliação juntamente com os demais professores do período.
O registro desta avaliação será realizado numa ficha específica com os critérios de avaliação a
serem considerados.
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3- Resultado Final
Constitui-se da média aritmética obtida a partir do Registro Avaliativo 1 e Registro Avaliativo
2.
4- 2ª Chamada
Será oportunizada ao estudante no decorrer do processo, caso ele não realize uma das
atividades avaliativas.
5- Recuperação Final
Caso o discente, após a média final, não obtenha a nota mínima (6,0) terá a possibilidade de
recuperação, ao final do período, em função de suas dificuldades identificadas no processo
avaliativo.
5- Dependência
Em caso de reprovação em apenas um componente curricular, o estudante terá o direito ao
regime de dependência, cujo plano de estudos será organizado pelo professor regente e
desenvolvido através do ambiente virtual de aprendizagem moodle. Fica estabelecido que se o
estudante ficar reprovado em mais de um componente curricular, ficará retido no respectivo
período, devendo cursar apenas os componentes em questão.
6. Adaptação Curricular
A adaptação curricular constitui-se de um conjunto de atividades prescritas com o objetivo de
ajustar o estudante em relação a planos e padrões de estudo nos casos de transferência,
religamento, reingresso e alteração curricular, vinculando-o na estrutura curricular mais
conveniente.
O processo de adaptação curricular se dá após análise da Coordenação de Curso e elaboração
de um plano de estudos para a integralização de conteúdos, conforme o projeto político-
pedagógico do Curso.
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No curso de Pedagogia, o estudante que cursar um componente curricular em regime de
adaptação deverá ser avaliado a partir dos mesmos critérios definidos anteriormente. A nota
do registro avaliativo 2 corresponderá ao portfólio que o estudante estiver construindo no
período ao qual estará vinculado.
No caso de reprovação, o estudante terá que cursar a disciplina presencialmente.
7. Recursos e Apelações
O estudante que obtiver resultado final de avaliação contraditório ou passível de contestação
tem a possibilidade de impetrar recurso e apelação à Coordenação do Curso, por meio do
Protocolo Geral, desde que seja justificado e fundamentado, no prazo legal de até dez dias
após a entrega da ata de resultados finais na SEGEN.
8. Construção do Portfólio:
O portfólio é um dos procedimentos de avaliação condizentes com a avaliação formativa e
contempla, segundo Villas Boas (2006), três princípios básicos:
• A avaliação como um processo em desenvolvimento;
• A participação ativa dos estudantes nesse processo, no sentido de que aprendam a
identificar e revelar o que sabem e o que ainda não sabem;
• A reflexão do estudante sobre sua aprendizagem.
Por se tratar de uma produção individual, o portfólio contém aspectos que são significativos
para quem o escreve e deverá retornar ao estudante, cabendo ao professor o registro de
questões pertinentes nele apresentadas o sigilo sobre seu conteúdo.
A avaliação do portfólio seguirá os seguintes critérios:
• Clareza e coerência no texto escrito;
• Capacidade de agregar fundamentação teórica às atividades propostas;
• Capacidade de formular as atividades propostas no Seminário Interdisciplinar;
• Capacidade de se posicionar criticamente nos textos produzidos;
• Capacidade de dialogar com diferentes autores, relacionando suas idéias com o tema
em discussão.
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Importa ressaltar que a nota atribuída ao portfólio será dada com base no seu conteúdo, a
partir dos critérios pré-estabelecidos e não apenas pela sua entrega.
9. Objetivos do Portfólio
Os objetivos majoritários de sua realização são o desenvolvimento individual da capacidade
de reflexão sobre as questões pertinentes à educação. Ainda, através do portfólio, podem ser
fortalecidas as habilidades de análise, síntese, expressão escrita, criatividade e busca
autônoma do conhecimento pelo estudante, além da possibilidade de acompanhar
processualmente a sua trajetória de aprendizagem.
O portfólio prevê o enfoque na sistematização dos conteúdos, na construção do conhecimento
e na reflexão sobre os processos de aprendizagem. Para tal, foram definidas quatro dimensões
que compõem o portfólio do estudante: trajetória, situações-problema, projetos de trabalho,
narrativas da prática e integração ensino-trabalho-comunidade.
• No memorial de sua trajetória acadêmica, os estudantes produzem relatos auto-
reflexivos sobre sua vida antes e após o ingresso no Curso. O estudante pode abordar
sua história familiar, social, escolar e profissional (caso já trabalhe ou tenha
trabalhado). Essa dimensão contempla, ainda, o processo de socialização e integração
na vida universitária e aborda o crescimento individual, as facilidades e dificuldades
experimentadas no processo de aprendizagem. A cada período, o estudante vai
acrescentando novos relatos da sua trajetória acadêmica e do seu processo de
formação profissional.
• O relatório de estágio se compõe do relato reflexivo sobre o estágio curricular
realizado pelo estudante a cada período, elaborado a partir de um roteiro previamente
estabelecido pelos professores que compõem a equipe de supervisão de estágio. No
portfólio não deverão ser anexados os demais documentos exigidos para comprovação
de carga horária de estágio e atividades complementares.
• Os trabalhos realizados no Grupo de Estudos Independentes – GEI fazem parte do
portfólio dos estudantes, porém somente após a apreciação e indicação do professor
responsável pelo GEI.
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• Projeto de trabalho - um projeto elaborado individualmente pelos estudantes com base
na categoria vertical norteadora do período. Seu processo de construção é discutido
nos encontros do Seminário Interdisciplinar, sob o acompanhamento dos professores
do período, e todas as etapas vivenciadas são devidamente registradas no portfólio,
bem como o produto final.
• Registro do processo de problematização – construção elaborada com base na
categoria vertical dos últimos períodos do curso nos encontros do Seminário
Interdisciplinar, sob o acompanhamento dos professores do período.
A avaliação do portfólio será registrada numa ficha de avaliação específica e individual em
duas vias, (uma para o professor e outra para o estudante). A avaliação segue os seguintes
critérios:
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ÁREAS OBJETOS DE AVALIAÇÃO INDICADORES Peso
DESEMPENHO
Qualidade dos trabalhos obrigatórios
• Clareza e coerência no texto escrito
• Capacidade de relatar e refletir sobre as atividades realizadas no Seminário Interdisciplinar e no GEI
• Capacidade de agregar fundamentação teórica às atividades propostas
• Capacidade de formular as atividades propostas no Seminário Interdisciplinar
60 %
PROCESSO DE
APRENDIZAGEM
Reformulações e correções dos
trabalhos (devolutivas)
• Atende as orientações do professor
• Busca novas fontes de pesquisa
• Agrega conhecimento aos trabalhos
25%
REFLEXÕES
Reflexões
• Capacidade de se posicionar criticamente nos textos produzidos
• Capacidade de dialogar com diferentes autores, relacionando suas idéias sobre o tema em discussão
15%
TOTAL 100%
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XII. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
O desenvolvimento da carga horária do Curso de Graduação em Pedagogia na modalidade
semipresencial vem ao encontro de uma tendência que se amplia, a cada dia, no meio
educacional em relação ao fomento da educação a distância. A possibilidade de ter até 20%
da carga horária total do curso a distância é regulamentada pela Portaria n°. 4.059, de
10 de dezembro de 2004.
As disciplinas do curso nesta modalidade constituem-se de 12 disciplinas de 40 horas,
somando 480 horas, com o trabalho desenvolvido a distância. São realizados dois encontros
presenciais: um inicial e outro final. No primeiro, o objetivo é a familiarização dos estudantes
com o ambiente virtual de aprendizagem (AVA); no segundo, o encerramento do curso, além
da data prevista para a realização da atividade avaliativa. Também estão incluídas nesta
modalidade 140 horas destinadas a finalização do trabalho monográfico no sétimo período.
A proposta metodológica para estas disciplinas se baseia na mediação pedagógica realizada
pelo professor por meio dos recursos das diversas ferramentas do ambiente virtual de
aprendizagem e da interação entre professores/estudantes e estudantes/estudantes.
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XIII. SETORES DO UNIFESO
1. SEGEN – Secretaria Geral de Ensino
A SEGEN é o órgão responsável pelos registros acadêmicos e de diplomas, arquivo,
correspondência, escrituração e atendimento ao público, incluindo o Protocolo Geral do
UNIFESO.
Horários de Funcionamento:
- Campus Sede: de segunda à sexta-feira - de 8h às 21h; sábado – de 8h às 14h
- Campus Fazenda Quinta do Paraíso - de segunda à sexta-feira – de 8h30 às 20h 30
- Campus FESO Pro Arte - de segunda à sexta-feira – de 18h às 21h
Todos os atos e procedimentos acadêmicos estão fundamentados no Estatuto do UNIFESO,
aprovado pela Resolução 17/06/CAS e Regimento Geral do UNIFESO, aprovado pela
Resolução 20/07/CAS e no Regimento Interno da SEGEN, aprovado pela Resolução nº 07/09.
Alguns procedimentos que você precisa conhecer: a) Dos processos seletivos (RG, art. 156)
A admissão para todos os cursos e programas no UNIFESO é realizada por processos
seletivos que são regulamentados por editais específicos, aprovados pelo CEPE e divulgados
à comunidade.
São procedimentos utilizados para a seleção o exame do ENEM (Exame Nacional do Ensino
Médio), a prova e redação aprovatória; a redação aprovatória e a análise curricular do
desempenho no Ensino Médio.
a.1. Do ingresso e matrícula nos cursos (RG, art. 170) Após a avaliação de aptidão do
candidato realizada pelo processo seletivo, o ingresso é regulamentado pelo ato formal de
matrícula, ficando assim o candidato vinculado ao UNIFESO.
a.2. Da identidade estudantil A identidade escolar e o crachá devem ser solicitados pelo
estudante e atualizados com o selo anual na SEGEN, conforme o sistema de matrícula, no
ato da inscrição no período. Ela é importante para o acesso às instalações da instituição,
sendo sua apresentação obrigatória em setores como as bibliotecas, o Hospital das Clínicas
de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO), as Clínicas-Escolas de Fisioterapia,
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Medicina Veterinária e Odontologia, as Unidades Básicas de Saúde e o Núcleo de Prática
Jurídica.
a.3. Do trancamento de matrícula (RG, art. 179) É o direito do estudante de interromper
temporariamente seus estudos, mantendo o vínculo com a instituição e seu direito de
retorno. Procedimentos a serem observados: estar em dia com suas obrigações financeiras,
obedecer o prazo previsto no calendário ( até dos terços do período cursado); ter até quatro
semestres consecutivos ou oito semestres intercalados de afastamento.
a.4. Do cancelamento de matrícula (RG, art. 180) É ato da Direção de Centro de Ensino
Pesquisa e Extensão, motivado por pedido do interessado; não cumprimento de normas
acadêmicas, como não renovação de inscrição no período por dois semestres consecutivos;
ter decorrido quatro semestres consecutivos e oito semestres intercalados de trancamento;
integralização do tempo máximo para conclusão do curso; por não cumprimento de
normas regimentais e apresentação de documentação fraudulenta, constatada a qualquer
momento. O desligamento do estudante é oficializado por portaria de cancelamento da
matrícula.
a.5. Do religamento de matrícula (RG, art. 184) É o ato concedido ao estudante que
interrompeu seu curso, desde que haja vaga; não tenha ultrapassado quatro períodos
letivos de afastamento ou o limite para integralização. O candidato deve obedecer as
normas previstas em edital próprio, emitido a cada semestre pela Reitoria.
a.6. Das transferências (ingresso) (RG, art. 188) A transferência é o ato de passagem de
um estudante de um curso para o outro (transferência interna), ou de um estabelecimento
para o outro (transferência externa). Ambos os procedimentos obedecem ao edital próprio
emitido semestralmente pela Reitoria.
a.7. Das saídas por transferência (RG, art. 193) A transferência é direito do estudante,
podendo a qualquer época do período letivo solicitá-la, desde que cumpra o Contrato de
Prestação de Serviços Educacionais em vigor na época de sua solicitação.
a.8. Da equivalência e aproveitamento de estudos (RG, art. 194) O estudante que já
tenha cursado componentes curriculares com aproveitamento e freqüência pode requerer a
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análise de seu histórico escolar e conteúdo programático, os quais serão analisados de
acordo com os critérios dos Conselhos de Centro a que o curso é vinculado.
a.9. Da frequência (RG, art. 196) Nos cursos regulares a freqüência é obrigatória a
docentes e discentes como garantia da participação no processo ensino-aprendizagem,
levando-se, contudo, em conta as especificidades de modalidades metodológicas como a
semipresencial e atentando-se para o não abono de faltas. Considera-se reprovado o
estudante que não obtenha o mínimo de 75% de freqüência nas atividades curriculares
previstas no Calendário Geral. Nos estágios curriculares a freqüência integral da carga
horária é obrigatória. O estudante que tem necessidade comprovada de afastamento deve
certificar-se dos procedimentos para requerer o tratamento especial.
b. Do Tratamento Especial (RG, art. 203) “Tratamento Especial” é um regime de ensino
concedido ao estudante impedido de freqüentar as aulas devido a condições específicas
alheias à sua vontade, motivadas por enfermidades ou situações que tenham amparo legal. São
condições em que pode ser concedido o Tratamento Especial:
• Doença grave e prolongada do estudante;
• Doença aguda prolongada grave ou terminal em parentes de primeiro grau
(ascendentes e descendestes), por período analisado pelo Conselho de Centro, para que não
haja comprometimento pedagógico com o afastamento;
• Falecimento de parentes de primeiro grau;
• Gestação, pelo período de 120 dias, podendo ser concedido a partir do oitavo mês;
• Prestação de Serviço Militar ou convocação pelo Poder Judiciário, excetuado o
exercício profissional nas Forças Armadas ou no Judiciário;
• Participação em eventos estudantis, como congressos, jornadas, simpósios,
submetida á análise prévia do Coordenador do Curso.
Caso o estudante se encontre numa das condições relacionadas, deverá ele próprio, um
familiar ou procurador constituído, preencher o requerimento e dar entrada no Protocolo da
SEGEN, anexando a respectiva comprovação, no prazo de até 10 dias úteis contado a partir do
afastamento. Observe-se que não há abono de falta no ensino superior. O limite de faltas é de
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25% nas atividades curriculares previstas, este controle o próprio estudante deve fazê-lo. São
documentos comprobatórios:
• Para casos de doenças do estudante ou parentes, deve ser apresentado o atestado do
médico que assiste o paciente, informando sua condição de saúde e o período necessário de
afastamento. Nos casos de doença de parentes, a documentação será avaliada no Conselho
de Centro.
• Para casos de falecimento de parente de primeiro grau, deve ser apresentada cópia da
certidão de óbito;
• Para caso de gestação, deve ser apresentado o atestado médico;
• Para convocações de Serviço Militar e do Poder Judiciário, deve ser apresentado o
comprovante expedido pelo órgão competente;
• Para participar de jogos universitários e eventos estudantis, o estudante deve solicitar no
Protocolo, por requerimento, a autorização prévia da Coordenação do Curso. Após o
evento, deve apresentar, em até 10 dias úteis, o comprovante da participação, também por
meio do Protocolo.
c. Do Tratamento Especial para integralização de período para alunos “sub-judice” -
Para os estudantes com matrícula sub-judice, deverá ser elaborado pelo responsável
acadêmico um Plano de Integralização do Período. Este Plano deverá:
- obedecer ao sistema de avaliação do curso;
- fixar frequência necessária definida para o curso;
- definir claramente as avaliações a que serão submetidos e a data das mesmas;
- constar, por escrito, a aceitação do estudante.
A elaboração do plano deverá ser feita pela coordenação do curso ou seu preposto. Após sua
implementação, deverá ficar arquivado na SEGEN na pasta individual do estudante.
2. Tesouraria
A Tesouraria presta os seguintes serviços: recebimento de: impressões, multa da biblioteca,
taxas de requerimentos e mensalidades atrasadas (após 30 dias do vencimento).
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Horários de Funcionamento:
- Campus Sede: de segunda a sexta-feira - de 8h 30 às 21h
- Campus Fazenda Quinta do Paraíso – 8h às 12h / 14 às 21h
3. Bibliotecas
Em nossas bibliotecas, exceto no Campus FESO Pró-Arte, os estudantes têm acesso livre às
estantes de livros, bem como todo o acervo pode ser consultado via on-line através do
endereço http://www.feso.br/unifeso/biblioteca/bibliotecas.html.
O acervo do Curso de Pedagogia encontra-se na Biblioteca Setorial Campus Quinta do
Paraíso.
Caso o empréstimo do livro seja feito fora do prazo, será cobrada multa para cada dia de
atraso nas devoluções, incluídos sábados, domingos e feriados.
Horários de Funcionamento:
- Campus Sede: Biblioteca Central Giorgio Mazzantini - de segunda à sexta-feira - de 8h às
23h; sábado – de 8h às 14h;
- Biblioteca Setorial Campus Quinta do Paraíso - de segunda à sexta-feira – de 8h às 22h;
sábado – de 8h às 12h;
- Biblioteca Setorial Campus FESO Pró-Arte - de segunda à sexta-feira – de 13h às 22h;
- Biblioteca Setorial do Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano - de
segunda à sexta-feira – de 8h às 17h;
- Biblioteca do Centro Educacional Serra dos Órgãos (CESO) – de segunda à sexta-feira – de
8h às 17h.
4. NAPP – Núcleo de Apoio Psicopedagógico
O NAPP foi criado em 1989 para atender, a princípio, às necessidades na área de
ensino/aprendizagem do curso de Medicina e, atualmente, as atividades do NAPP se
estendem a todos os cursos superiores oferecidos no UNIFESO.
O NAPP oferece aos estudantes uma estrutura de apoio acadêmico, visando o estímulo ao
crescimento intelectual, moral e emocional para que possam ampliar suas habilidades em um
quadro mais maduro de referências, com base em valores humanos. Por esse motivo, o NAPP
tem como principal objetivo prestar um serviço de caráter preventivo-assistencial, voltado
aos estudantes em suas demandas psicológicas e/ou psicopedagógicas.
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Horário de Funcionamento:
• Campus Sede
Prédio Renascimento, Sala 17 Telefones: (21) 2641-7025 / 2641-7050
E-mail: [email protected] - Atendimento: diário - de 9h às 21h
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XIV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERGIER, Jacques & PAWELS, Louis. O despertar dos mágicos. São Paulo: DIFEL, 1980.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro. Brasília: MEC, 1996.
BRASIL. Constituição Federal Brasileira. 1988.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Pedagogia, 13 de dezembro de 2005.
FESO. Projeto Político-Pedagógico Institucional do Centro Universitário Serra dos Órgãos. Dezembro de 2006.
FESO. Projeto Político-Pedagógico do Curso de graduação em Pedagogia. Dezembro de 2007.
HOFFMANN, Jussara. Pontos e Contrapontos: do pensar ao agir em avaliação. 2ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2004.
LIBANEO, Jose Carlos et al. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003.
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Lisboa: Instituto Piaget, 1990.
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.
TAVARES, Maria Carmem, COLOMBO Sonia Simões(org.). Gestão Educacional - Uma nova visão.Porto Alegre: Artmed, 2004.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ALONSO, M. Gestão escolar: revendo conceitos. São Paulo, PUC-SP, 2004.
DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 1999.
FAZENDA, Ivani (org). Dicionário em construção: interdisciplinaridade. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2005.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
NÓVOA, Antônio. Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1991.
______. Profissão professor. Lisboa: Porto Editora, 1999a.
SOUSA SANTOS, Boaventura de A construção multicultural da igualdade e da diferença. Palestra proferida no VII Congresso Brasileiro de Sociologia, realizado no Instituto de Filosofia me Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, de 04 a 06 de setembro de 1995. Publicado na Oficina do CES – Centro de Estudos Sociais de Coimbra – Portugal, 1999.
______. Reconhecer para libertar os caminhos do cosmopolitismo multicultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, v. 3, 2003.
TEODORO, António, VASCONCELOS, Maria Lúcia (Org.). Ensinar e Aprender no Ensino Superior – Por uma epistemologia da curiosidade na formação universitária. São Paulo: Cortez Editora, 2003.